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ORÇAMENTO PARTICIPATIVO COMO INSTRUMENTO DE GESTÃO
DEMOCRÁTICA E PARTICIPATIVA: CASO DO MUNICÍPIO DE SANTARÉM-PARÁ
Ádria Oliveira dos Santos Deise Marcela dos Anjos Lopes
Leila de Fátima de Oliveira Monte
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Painel 23/003 Governança, Participação e Controle Social
ORÇAMENTO PARTICIPATIVO COMO INSTRUMENTO DE GESTÃO DEMOCRÁTICA E PARTICIPATIVA: CASO DO MUNICÍPIO DE
SANTARÉM-PARÁ Isidro-Filho
Ádria Oliveira dos Santos Deise Marcela dos Anjos Lopes
Leila de Fátima de Oliveira Monte
RESUMO
O presente artigo se propõe a analisar a funcionalidade do Orçamento Participativo-
OP no município de Santarém no Estado do Pará, enquanto instrumento de gestão
democrática e participativa no período de 2005 a 2012. Procura-se, identificar o
processo de definição para a implantação do OP no referido Município, assim como o
grau de participação dos atores envolvidos. Por fim, constatar a efetividade da
realização das ações previstas no OP pelo Poder Executivo. A metodologia utilizada
foi revisão de literatura explorando as teses, dissertações, artigos e demais
publicações e levantamento de dados secundários utilizando documentos oficiais
como relatórios, cartilhas e registros fotográficos, que subsidiaram no entendimento e
tratamento do tema estudado. Observou-se a participação ativa da população, como
forma de discutir e propor ações para a solução de diversos problemas enfrentados
nos bairros. Nesse sentido, o orçamento participativo torna-se um instrumento
importante de democratização da gestão pública, por garantir a participação do
cidadão na tomada de decisão que definem o futuro da cidade.
Palavras-Chave: Orçamento participativo; democracia; participação.
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1. INTRODUÇÃO
O Orçamento público é um dos instrumentos mais antigos e tradicionais
utilizados na gestão dos recursos públicos, sendo, assim, de extrema relevância para
os gestores públicos planejarem seus gastos e estimarem as suas receitas
(GIACOMONI, 2012). É, portanto, uma ferramenta utilizada pelo governo para
promover o crescimento social e econômico do país, pois, quanto maior o interesse
do poder público em aumentar a eficiência e a eficácia relativas à implementação dos
programas existentes no orçamento, mais relevantes e necessárias se tornam os
mecanismos de avaliação e fiscalização dos gastos púbicos (PERES, 2000).
No Brasil, o modelo adotado é o Orçamento-Programa, que define os gastos
segundo programas de trabalho detalhados por órgão, função, até o nível de projeto
ou atividade a ser executado (PERES, 2000). Essa técnica orçamentária foi
introduzida na esfera federal pelo Decreto-Lei nº 200, de 23 de fevereiro de 1967, que
menciona o orçamento-programa como plano de ação do governo federal. Contudo,
o marco legal que cristalizou a adoção do orçamento-programa no Brasil foi a Portaria
da Secretaria de Planejamento e Coordenação da Presidência da República nº 9, de
28 de janeiro de 1974, que instituiu a classificação funcional-programática e vigorou
até 1999. A partir do exercício de 2000, houve sua revogação, pela Portaria nº 42, de
14 de abril de 1999, do então Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão
(MPOG), que instituiu uma classificação funcional e remeteu a estrutura programática
aos planos plurianuais de cada governo e esfera da federação.
A concepção do orçamento-programa está ligada à ideia de planejamento. De
acordo com ela, o orçamento deve considerar os objetivos que o governo pretende
alcançar, durante um determinado período. Sendo assim, pode-se dizer que o
orçamento passa a ser um instrumento de operacionalização das ações do governo,
em consonância com os planos e diretrizes formulados no planejamento.
O Orçamento Público reveste-se de diversas formalidades legais e sua
essência está prevista constitucionalmente, solidificada anualmente numa lei
específica que “estima a receita e fixa despesa” para um determinado exercício.
Dessa forma, as despesas só poderão ser realizadas se forem previstas ou
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incorporadas ao orçamento. A Lei nº 4.320, de 1964, instituiu normas gerais de direito
financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos
estados, dos municípios e do Distrito Federal, a qual define:
Art. 2º. A Lei de Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política econômica, financeira e programa de trabalho do governo, obedecendo aos princípios de unidade, universalidade e anualidade (LEI 4.320, 1964, Artigo 2º).
O princípio norteador do Orçamento Público tem sido o §1º do artigo 74 da
Constituição Federal de 1988, o qual determina que “a lei estabelecerá as diretrizes e
bases do planejamento e desenvolvimento nacional equilibrado, o qual incorporará e
compatibilizará os planos nacionais e regionais de desenvolvimento”. Para
operacionalizar a demanda constitucional pelo planejamento formulado na Carta
Magna, a Constituição designou os dispositivos legais para a execução do orçamento
público, a saber:
O Plano Plurianual (PPA) que estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas para a administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada;
Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que orientará a elaboração orçamentária, compreendendo as prioridades e metas em consonância com o PPA, porém, se referindo apenas ao exercício financeiro subsequente. Também deverá dispor sobre as alterações na legislação tributária, além de estabelecer a política das agências financeiras oficiais de fomento;
A Lei Orçamentária Anual (LOA) que compreende o orçamento fiscal, o orçamento da seguridade social e o orçamento de investimento das estatais (CONSTITUIÇÃO FEDERAL, 1988, artigo, 74).
Estes dispositivos objetivam dotar as ações de governo e de Estado dentro de
parâmetros normatizados. Valorizando o planejamento, as administrações obrigam-
se a elaborar planos de médio prazo e estes mantêm vínculos estreitos com os
orçamentos anuais.
O Estado brasileiro, em função da natureza de suas atribuições jurídicas e
deveres constitucionais, tem necessidade cada vez maior de recursos financeiros para
executar a gestão de recursos públicos e sociais que atendam as contingências de
natureza relativa a direitos sociais e de assistências à sociedade na promoção da
cidadania e bem estar social.
Diante dos desafios deste cenário do Estado democrático moderno a questão
capilar em torno do Orçamento Público pelas administrações públicas, como as
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prefeituras, tem sido problematizada pela sociedade brasileira pós-constituinte, no
sentido de que também os desafios urbanos e sociais graves deveriam ser discutidos
juntamente com vários setores da sociedade civil representadas por lideranças de
bairros ou da participação democrática de cada cidadão. Assim, cada cidadão,
juntamente com os representantes do poder público na gestão dos recursos, deveria
participar, com poder de decisão e escolha das prioridades no planejamento e
aplicação dos recursos públicos. Surge então, o Orçamento Participativo.
O Orçamento Participativo surgiu como marco legal na redemocratização
brasileira por meio da Constituição Federal de 1988. Segundo a CF/1988, a
participação popular seria garantida na definição de políticas públicas nos âmbitos
estaduais, municipais e federal, por meio da criação de Conselhos setoriais de
Políticas Públicas com espaços de controle social.
A primeira cidade brasileira a implementar o Orçamento Participativo foi Porto
Alegre em 1989, tendo como proposta a discussão do Orçamento da cidade e a
alocação dos recursos públicos para diversos investimentos. Para Magalhães (2006,
p.18), “o orçamento participativo é um importante mecanismo de democracia
participativa que permite a integração do cidadão e de grupos de cidadãos na
construção da democracia local do Brasil”. Perez (2009) analisa o Orçamento
Participativo como um instrumento de participação popular na Gestão Pública com
objetivos de:
Preparar, sob a condução da Administração Pública, o projeto de lei orçamentária enviado pelo Executivo ao Legislativo. Compreende a realização de seguidas audiências públicas, geralmente regionalizadas, por vezes acompanhadas de eleição de representantes para diferentes conselhos deliberativos (PEREZ, 2009, p. 179).
O Orçamento Participativo tem se constituído como um instrumento de
discussão do Orçamento Público, não só como instrumento de participação do
cidadão na Administração Pública, como também, instrumento de conflitos por poder
de decisão, seja na forma da gestão pública ou na forma de pressão de atores sociais
diversos, incluindo os partidos políticos, associações comunitárias e empresariais,
entre outros.
Entendemos que a aplicação dos recursos não se dá apenas pela via
normatizada e legal. O Orçamento Participativo é um exemplo de experiência de
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democratização nas decisões que envolvem a sociedade e o poder público. Neste
contexto, este instrumento serve também para mostrar que, para além de demandas
meramente legais, a discussão e as decisões de aplicação de recursos para
determinados setores ou áreas depende de deliberações e escolhas realizadas não
só no âmbito do debate público, mas da centralização política do orçamento e as
prioridades determinadas pelos agentes das administrações públicas.
O Orçamento Participativo possibilita que os cidadãos façam parte do processo
pela organização social, numa experiência iniciada primeiramente com as prefeituras
ligadas ao Partido dos Trabalhadores (PT) e com uma concepção de planejamento
que inicialmente objetivava a promoção democrática do orçamento público junto à
sociedade, em bairros e áreas urbanas zoneadas pelas prefeituras, para que fossem
escolhidas as prioridades numa perspectiva social mais democrática.
No processo do OP as discussões públicas são conduzidas pelo governo, com
o intuito de escutar os cidadãos em assembleias normalmente regionalizadas e alocar
as verbas públicas de acordo com as prioridades das populações. Sua formalização
final passa, entretanto, pelo poder legislativo, cabendo mais uma vez a ação conjunta
entre governo e cidadãos organizados para fazer valer nas votações do parlamento a
vontade expressa nas assembleias populares (GURGEL, 2008).
Há cada vez mais experiências participativas nas administrações municipais,
onde a população pode interferir na definição de prioridades e no aproveitamento dos
recursos públicos através de iniciativas como a do Orçamento Participativo. Dessa
forma, os cidadãos participam do processo através de organizações sociais ou
individualmente. Com o OP, a Prefeitura estabelece limites e critérios para
compartilhar o poder de decisão com a população das diversas regiões da cidade
(ALMEIDA, 2000).
No entanto, apesar da proposta democrática do Orçamento Participativo, a sua
implementação pode ocasionar conflitos de interesses entre os atores envolvidos no
processo, assim como o desinteresse por parte da sociedade que nem sempre está
preparada para fazer parte das discussões em torno do uso adequado dos recursos
públicos da sua cidade, o não atendimento das demandas requeridas pela sociedade,
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seja por má vontade política do Legislativo em aprová-las ou até mesmo pela limitação
de recursos.
Neste sentido, o presente artigo busca analisar a funcionalidade do Orçamento
Participativo-OP no município de Santarém no Estado do Pará enquanto instrumento
de gestão democrática e participativa no período de 2005 a 2012. Procurou-se
identificar o processo de implantação do OP no referido Município, assim como o grau
de participação dos atores envolvidos e a sua efetividade na realização das ações
previstas pelo Poder Executivo.
Para a realização deste artigo foi necessário que se explorasse a pesquisa
qualitativa como auxílio para o entendimento teórico do Orçamento Participativo e a
sua aplicação no estudo de caso da Prefeitura Municipal de Santarém no período de
2005 a 2012. Os dados quantitativos foram alocados no trabalho com o propósito de
apresentar o município analisado aos leitores. Para tanto, as informações
populacionais foram pesquisadas no site do IBGE, por meio das estatísticas dos
Censos Demográficos de 2010. As estatísticas referentes ao Produto Interno Bruto
(PIB) foram coletadas também no banco de dados do IBGE em sua pesquisa anual
“Sistema de Contas Nacionais” para o ano de 2010 e 2013.
Os dados primários contidos na análise do Orçamento Participativo foram
coletados junto a Secretaria Municipal de Planejamento e Coordenação Geral da
Prefeitura Municipal de Santarém.
2. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Santarém é um dos 143 municípios do Estado do Pará, situado na confluência
dos rios Tapajós e Amazonas na região Oeste do Pará. Recentemente, se tornou a
sede da segunda Região Metropolitana do Estado, a Região Metropolitana de
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Santarém1. Os dados da tabela abaixo mostram que o município de Santarém ocupa
uma área superior a 22 mil quilômetros quadrados no contexto do Estado do Pará,
com mais de 73% de sua população morando na área urbana, superando a taxa de
urbanização do Estado do Pará (68,48%), conforme os dados do IBGE (Censo
Demográfico de 2010).
Tabela 1. População Urbana, taxa de urbanização, área (km²), densidade demográfica, IDH e PIB do município de Santarém.
BAIXO AMAZONA
S
População Taxa de urbani-zação
%
Área
(𝑲𝒎𝟐)
Densidade demográfic
a
IDH (2010)
PIB (2013) (em mil reais) Total Urbana
Santarém 294.580 215.790 73,25 22.886,8 12,87 0,691 3.332.539
PARÁ 7.581.051 5.193.6
37 68,48 1.247.950 7.804,41 0,647 120.948.905
Part% no Estado do
Pará 8,95 7,87 25,31 2,75%
Fonte: IBGE (Censo Demográfico, 2010). Elaboração: autores
Do ponto de vista econômico, o PIB de Santarém, ainda é considerado, em
termos de participação, com pouca representatividade no Estado do Pará. As
atividades econômicas desenvolvidas no setor de serviços são as que mais
contribuem para o valor adicionado municipal, seguidas da agropecuária, destacando
a produção agrícola familiar desenvolvida em pequenas propriedades rurais que
abastecem as feiras do centro da cidade.
Ainda em relação aos serviços e ao comércio, é importante ressaltar o papel
de Santarém nesse conjunto sub-regional. Considerada uma cidade média paraense
possui a função de polo da Região de Integração do Baixo Amazonas. Santarém
destaca-se por: a) desempenhar um importante papel na oferta de distribuição de
bens e serviços para a população e para as cidades menores de seu entorno,
1 A Região Metropolitana de Santarém foi criada através da Lei Complementar Nº 079, de 17 de janeiro de 2012. Esta é composta pelos municípios de Santarém (Sede), Mojuí dos Campos e Belterra). A proposta de criação partiu de políticos oriundos do Baixo Amazonas e tem como princípio contribuir com o desenvolvimento regional do Oeste do Pará, já que Regiões Metropolitanas teriam preferências para o recebimento de recursos federais e estaduais, assim como alguns tipos de financiamentos (IDESP, 2013, p.3013).
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especialmente nas sub-regiões as quais se insere ou se articula; b) desenvolver uma
liderança política, formando opinião e polarizando os debates acerca de estratégias e
diretrizes dos seus espaços de influência; c) apresentar dinâmica econômica, política
e cultural relativamente autônoma da metrópole Belém; d) absorver grandes fluxos
migratórios da área rural ou de cidades vizinhas; e) apresentar crescimento
populacional acompanhado de empobrecimento de seus habitantes; f) chamar
atenção pelo fato de desempenhar funções que servem de mediação entre as
pequenas cidades da região e as metrópoles regionais e extra regionais; g) ser
referência nodal (circulação aérea, rodoviária e fluvial) (IDESP, 2012).
A seguir, discute-se a importância do Orçamento Participativo para o município
de Santarém, destacando a participação da população nas escolhas das ações
prioritárias para investimentos nas áreas sociais do município em questão.
2.1. ORÇAMENTO PARTICIPATIVO NO MUNICÍPIO DE SANTARÉM NO PERÍODO DE 2005 A 2012
Neste capítulo será analisado a funcionalidade do Orçamento Participativo no
município de Santarém, localizado na Região Oeste do estado do Pará durante os
anos de 2005 a 2012, com o objetivo de entender como este Orçamento foi implantado
e a sua interação com os atores sociais e, principalmente, constatar se as demandas
requeridas pela sociedade civil foram efetivadas no orçamento municipal.
O município de Santarém obteve as suas primeiras experiências com o
Orçamento Participativo somente em 2005, na gestão da então Prefeita Maria do
Carmo Martins Lima ligada ao Partido dos Trabalhadores (PT). A Figura 1 mostra
como foi estruturado este Orçamento e a sua interação com a sociedade civil no
processo de tomada de decisões sobre como alocar de forma eficiente os recursos
públicos no município de Santarém:
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Figura 1: Organograma do Orçamento Participativo do Município de Santarém/Pa.
Fonte: Prefeitura Municipal de Santarém (Núcleo Técnico do Orçamento Participativo)
No organograma acima tem-se o Núcleo Técnico do Orçamento Participativo
ligado diretamente à Secretaria Municipal de Planejamento e Coordenação Geral da
Prefeitura Municipal de Santarém. O objetivo da criação deste Núcleo consiste em
promover a participação popular dos moradores de Santarém nas decisões
governamentais, referentes à aplicação dos recursos orçamentários a partir da
inversão de prioridades, visando o bem-estar social e o exercício da cidadania. Assim,
toda parte do planejamento, mobilização e organização do Orçamento Participativo é
de inteira responsabilidade deste Núcleo.
O Conselho Municipal do Orçamento Participativo (COP) de Santarém é uma
representação popular que tem por finalidade discutir, propor e fiscalizar as ações
definidas nos Congressos do OP que serão executadas pelo Governo Municipal,
dando assim, maior transparência nos gastos dos recursos públicos. Em sua
composição, os seus Conselheiros foram eleitos no I Congresso do Orçamento
Participativo realizado em 2005 em Santarém, sendo 5 (cinco) eleitos na Micro Região
Urbana; 6 (seis) eleitos na Micro Região Rural, tais como a Várzea, Planalto e Rios; 1
(hum) Conselheiro indicado por Entidades da Sociedade Civil, tais como, FAMCOS,
UNECOS, STTR, Z-20 (Associação de Pescadores), Associação Comercial e
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Empresarial, SIRSAN, tendo a mesma proporcionalidade de suplentes e 1 (hum)
representante do Núcleo Técnico do Orçamento Participativo. O mandato dos
referidos Conselheiros tem a duração de 1 ano. Ressalta-se, também, que, este
Conselho será administrado por uma Comissão Executiva, cuja competência consiste
em:
Convocar e coordenar as atividades do Conselho Municipal do Orçamento Participativo, junto com a equipe do Núcleo Técnico do Orçamento Participativo de Santarém, representando o Conselho Municipal do OP em atividades que forem necessárias mantendo-os informado sobre o andamento das ações executadas pela Administração Municipal (Regimento Interno do Conselho Municipal, 2005, p.3).
Outra atividade desenvolvida no Orçamento Participativo foi o Congresso do
OP que se caracterizou como a instância máxima de participação da população. Este
é formado por Delegados, Titulares e Suplentes eleitos nas respectivas plenárias. O
objetivo deste Congresso consiste em discutir, elaborar, propor, deliberar e aprofundar
o processo de participação a respeito do Orçamento Municipal. Outra
responsabilidade importante deliberada neste Congresso, foi de “propor, discutir,
aprovar toda demanda de proposta orçamentária para o ano seguinte que será
entregue à Câmara de vereadores e eleger os membros Titulares e Suplentes do
COP, respeitando a representação das Plenárias Regionais e Temáticas” (Núcleo
Técnico do Orçamento Participativo, 2005, p.3).
Nas Plenárias Regionais e Temáticas realizadas nas Regiões Urbana e Rural
acontecem as discussões das propostas vindas das reuniões locais realizadas em
cada região. As propostas aprovadas nessas Plenárias serão remetidas ao Congresso
dos Conselheiros que as deliberará por ordem de prioridades, observando, também
as demandas advindas das Plenárias Temáticas (Plenárias das Mulheres; da
Juventude; dos Portadores de Necessidades Especiais; da Criança e do Adolescente;
dos Negros e Quilombolas; dos Idosos; dos G.L.T.B; dos Índios; da Saúde; da
Educação; da Cultura e do Meio Ambiente).
Com o intuito de proceder as Plenárias Regionais de forma eficiente captando
as demandas das reuniões locais, a equipe do Orçamento Participativo de Santarém
dividiu a sua população por bairros, sendo as Regiões Urbanas e Rurais compostas
por Microrregiões e essas por seus respectivos bairros, conforme mostra a tabela 2.
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Tabela 2. Divisão do Orçamento Participativo de Santarém por Regiões Urbana e Rural e seus respectivos bairros
Região Urbana Região Rural
Micro Região 1
Jardim Santarém
Micro Região 1
Lago Grande
Aeroporto Velho Alto Lago
Floresta Médio Lago
Interventoria Baixo Lago
Diamantino
Micro Região 2
Esperança
Micro Região 2
Arapixuna
Caranazal Santana
Mapiri Salvação
Liberdade
Laguinho
Fátima
Aldeia
Micro Região 3
Santana
Micro Região 3
Arapiuns
Uruará Alto Arapiuns
Área Verde Médio Arapiuns
Santíssimo Baixo Arapiuns
Livramento
São José Operário
Micro Região 4
Aparecida
Micro Região 4
Tapajós
Santa Clara Alto Tapajós
Centro Médio Tapajós
São Sebastião Baixo Tapajós
Prainha
Micro Região 5
São Francisco
Micro Região 5
Eixo Forte
Nova República Alter do Chão
Vitória Régia São Braz
Matinha
Ipanema
Cambuquira
Santo André
Micro Região 6
Umari
Micro Região 6
Santarém-Cuiabá
Jutaí Santarém-Jabuti
Pérola do Maicá PA 431
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Jaderlândia
Micro Região 7
Santarém Curuá-Una
Mararu Assentamentos
Vigia Lago da Barragem
Micro Região 7
Santarenzinho Mojuí dos Campos
Amparo PA - 370
Maracanã
Micro Região 8
Ituqui
Conquista Estradas
São Cristovão Rios
Nova Jerusalém Tapera Velha
Elcione Barbalho
Micro Região 9
Várzea
Nova Vitória Tapará
Urucurituba
Aritapera
Fonte: Núcleo Técnico Participativo (2005).
A população das microrregiões e seus respectivos bairros exercem o seu poder
de cidadania e demandam obras públicas de melhorias para suas comunidades
durante as Plenárias Regionais e Temáticas realizadas em cada microrregião. A
seguir são apresentadas as principais demandas levantadas nas Plenárias do
Orçamento Participativo para os anos de 2005 a 2010 e as obras e ações realizadas
pelo governo de 2005 a 2012.
2.2. DEMANDAS LEVANTADAS, OBRAS E AÇÕES REALIZADAS PELA PREFEITURA MUNICIPAL NO PERIODO DE 2005 A 2012
Segundo a Secretaria Municipal de Planejamento do município de Santarém,
por meio da sua Coordenadoria de Orçamento Participativo, a população do município
participou ativamente das Plenárias Temáticas e Regionais para discutir e propor
ações para a solução de diversos problemas enfrentados nos bairros. As demandas
levantadas nas plenárias foram organizadas por áreas de atuação do governo
municipal, tais como, de saúde, educação, infraestrutura social, cultura e lazer e,
essas, por sua vez, aglutinadas nas respectivas secretarias municipais, conforme o
descrito na tabela 3.
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Tabela 3. Principais demandas levantadas pela população de Santarém nas Plenárias do Orçamento Participativo realizado no período de 2005 a 2012, aglutinado por Secretarias Municipais.
Secretaria Municipal de Infraestrutura
Secretaria Municipal de
Educação
Secretaria Municipal de
Saúde
Secretaria Municipal de
Habitação
Secretaria Municipal de Transporte
Asfaltamento de ruas principais em diversos bairros
Ampliações de escolas públicas
municipais na área urbana e rural da cidade
Construção de Centro/Postos de Saúde nas áreas urbanas e rurais
Desapropriação de áreas para a construção de
moradias populares
Implantação de Linhas de
Ônibus nos bairros da
cidade e na área rural
Fornecimento de energia elétrica
Construção de quadras
esportivas
Contratação de médicos para os postos de saúde
Programas de habitação popular
Construção de abrigo para passageiros
Ampliação da rede do micro sistema de abastecimento
de água
Construção de uma unidade municipal de
Educação Infantil-MEI
Atendimento odontológico;
Medicamentos básico.
Sinalização das ruas dos bairros
Construção de Ginásio
Poliesportivos
Implantação de Cursinhos municipais
Implantação de Programa do Idoso
Serviços de Esgotamento
sanitário
Construção de novas escolas na área rural
Ambulância/
Ambulancha
Serviços de coleta de Lixo regular
Construção de escolas de
ensino fundamental e médio na área rural e urbana
Programa Saúde da Família
Construção de novas creches
Fonte: Orçamento Participativo (2005-2012). Elaboração: Própria
Fazendo-se uma análise mais detida dos dados levantados no Relatório
Preliminar das Plenárias do Orçamento Participativo de Santarém, observa-se que as
principais demandas da região de rios no que tange a educação são: construção,
reforma, ampliação e regularização de escolas; implantação de ensino fundamental e
médio; melhoria do transporte escolar; capacitação dos profissionais de educação;
assistência pedagógica aos docentes; construção de quadras esportivas nas escolas;
melhoria na distribuição de merenda escolar; oferta de fardamento escolar;
informatização das escolas polos e incentivo a cultura regional, entre outros.
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Na área de infraestrutura que obteve aproximadamente 22% das menções na
região de rios, foram citadas demandas como: energia elétrica para as comunidades;
abertura e recuperação de ramais; pavimentação e manutenção da rodovia Translago
(PA-257); implantação, expansão e manutenção da rede telefônica; implantação de
sistema de abastecimento de água e poços artesianos; construção de barracão
comunitário; construção de escadarias nas comunidades; construção de uma
delegacia distrital; construção e reforma dos portos de embarque e desembarque nas
comunidades; implementação de sistema de rádio amador; drenagem dos canais e
furos da região (SANTARÉM, 2012).
Outras demandas levantadas, dessa vez, para a área econômica, destaca-se
a área de agricultura, tais como: oferta de linhas de crédito e assistência técnica para
os produtores; construção de Casa Familiar Rural; construção de entreposto para
comercialização da produção familiar; transporte comunitário da produção e garantia
de mercado para escoar o produto; implementação de projetos para agricultura
familiar; mecanização das casas de farinha, entre outros (SANTARÉM, 2012).
No que tange a questão da pesca, que obteve também 3,2% das menções junto
com a questão fundiária, foram citadas demandas como: instalação de fábrica de gelo
e entreposto Pesqueiro; fiscalização dos lagos por parte do IBAMA; apoio aos agentes
ambientais voluntários; melhoria no preço do pescado; oferta de financiamento na
área de piscicultura; capacitação e técnica para o pescador; apoio do Governo
Municipal aos Conselhos de Pesca (SANTARÉM, 2012).
Por sua vez o segundo tema mais abordado, no caso a educação que obteve
mais de 27% das menções, destaca-se como principais demandas: construção,
reforma, ampliação e estruturação de escolas e creches; oferta de serviços de
transporte escolar; construção de quadra esportiva, oferta de merenda escolar de
qualidade e implantação do pré-escolar e ensino médio. Na área de saúde que obteve
cerca de 16% das menções, foram citadas demandas como: construção, ampliação,
reforma e estruturação de posto de saúde; contratação de agente comunitário de
saúde; oferta de atendimento médico e odontológico nos postos, além de
medicamentos nos postos de saúde e por fim, a disponibilização de ambulâncias.
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Por fim, no tema meio ambiente, foram destacados como demandas na área
de Planalto: a demarcar o limite dos igarapés; o reflorestamento; a transferência do
Lixão do “Perema”; a implantação de um programa de reciclagem do lixo; manejo
adequado dos bubalinos da região; a fiscalização da exploração madeireira e do
plantio de soja; o ordenamento do turismo na região e a demarcação dos territórios
indígenas e quilombolas.
2.3. ESCOLHAS DAS PRIORIDADES PELA PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTARÉM NO PERÍODO DE 2005 A 2012
No que se refere às escolhas das prioridades, os principais resultados obtidos
no período da análise foram desmembrados por Microrregiões localizadas no
município de Santarém. O Gráfico 1 mostra quais foram as demandas consideradas
prioritárias pela Prefeitura de Santarém para serem executadas por meio do
Orçamento do Município aos moradores da área rural localizada na várzea. Observa-
se inicialmente, um grande equilíbrio entre as prioridades apresentadas na
microrregião:
Gráfico 1. Áreas consideradas Prioridades na Microrregião de Várzea (2005-2012)
Fonte: Congresso do OP / 2005 a 2012.
Na mesma identifica-se como grande prioridade na área rural da várzea às
questões referentes à saúde e à infraestrutura, correspondendo ambas quando
somadas a 75% das prioridades levantas e, por fim, a educação com 25% das
menções. No que se refere ao eixo temático “Saúde” observa-se que a grande
37,5%
37,5%
25%
Saúde
Infra-estrutura
Educação
37,5%
37,5%
25%
Saúde Infra-estrutura Educação
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demanda e prioridade ainda diz respeito à construção e reforma de postos de saúde
que corresponde a 100% das prioridades de aplicação de recursos do setor na área
de várzea para o ano de 2006.
No que tange à infraestrutura, observa-se igual importância dada à abertura de
ramais e construção de pontes; a implantação de eletrificação rural e a construção da
chamada “Feira do Tablado”, conforme se observa no gráfico 2:
Gráfico 2. Prioridades na Área de Infraestrutura da Microrregião de Várzea (2005-2012)
Fonte: Congresso do OP / 2005 a 2012.
Em relação à figura acima e mais especificamente a prioridade referente à
construção da “Feira do Tablado” há de se frisar que embora seja uma demanda
descentralizada da microrregião de várzea, vem atender aos interesses de um
segmento bastante representativo na região, a produção familiar rural (SANTARÉM,
2012).
As prioridades traçadas para a área urbana não se distanciaram daquelas
apontadas pelos moradores da área rural. Na mesma observa-se que a principal
demanda apontada pelos participantes das plenárias se trata de investimentos em
infraestrutura urbana, ou seja, melhoria no sistema viário, iluminação pública,
construção de quadras esportivas, construção de praças, melhoria do serviço de
abastecimento de água, melhoria e implantação de novos serviços de transporte,
melhoria na coleta de lixo, construção de barracões comunitários e feiras e mercados,
além da chamada urbanização da cidade.
33,3%
33,3%
33,3%Abertura de ramal e
construção de pontes
Implantação do Programa
Luz para Todos
Construção da Feira da
Orla / Tablado
18
Em segundo lugar em termos de prioridades da região urbana, encontra-se a
área da educação com aproximadamente 20% das demandas apontadas. Neste eixo
temático foram apontadas demandas como construção, estruturação, ampliação e
reforma de escolas; construção de creches e centros profissionalizantes, construção
de espaços culturais e esportivos e a implantação de políticas públicas na área de
lazer (SANTARÉM, 2012).
Como terceira prioridade da área urbana, destaca-se a saúde, quando foram
apontadas necessidades como a construção, estruturação, ampliação e reforma de
Centros de Saúde, a melhoria dos serviços já existentes e a implantação de serviços
de saúde como, por exemplo, a expansão do Programa Saúde da Família para os
bairros ainda não beneficiados, a implementação de saneamento básico e
necessidade de serviços na área da assistência social. Além destas foram levantadas
ainda demandas na questão fundiária, isto é a necessidade de regularização fundiária.
E outras demandas relacionadas à necessidade de implantação de políticas
ambientais e de segurança pública na cidade de Santarém.
A partir dessas demandas prioritárias, seguem-se as principais intervenções da
Prefeitura Municipal de Santarém nas áreas da Saúde, Educação, Infraestrutura,
Transporte, Saneamento Básico, habitação em diversos bairros e comunidades do
município.
2.4. DEMANDAS PRIORITÁRIAS ATENDIDAS PELA PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTARÉM NO PERÍODO DE 2005 A 2012
Tomando como base as diversas demandas levantadas nas Plenárias do
Orçamento Participativo em Santarém no período de 2005 a 2012, identificamos
algumas demandas consideradas prioritárias pelo poder público municipal que se
transformaram em políticas públicas, frutos das reivindicações e participação dos
moradores das áreas rural e urbana nas tomadas de decisões.
Na área do Maicá, por exemplo, que abrange os bairros do Jutaí, Maicá,
Maruru, Jaderlândia e Comunidade do Diamantino, reivindicaram nas Plenárias do
Orçamento Participativo no período de 2005 a 2012, diversas ações do governo na
19
área da saúde, tais como a construção de postos de saúde, odontológicos, entre
outros; a população foi atendida em 2011 pelo poder público municipal quando foi
construído e equipado o Centro de Saúde no Bairro de Jaderlândia beneficiando os
demais bairros vizinhos. Neste Centro de Saúde foi implantado uma equipe da Saúde
da Família.
Na área urbana do bairro do Aeroporto Velho, conforme se observa no gráfico
3, a Construção do Centro de Saúde foi a demanda prioritária para os bairros que
fazem parte desta área, pois foi apontada por 04 bairros, o que representa 67% do
total, em seguida, vem a Implantação do Posto 24h, Relações Humanas para os
Servidores, Contratação de mais 04 (quatro) Agentes Comunitários de Saúde e
Implantação de PSF.
Gráfico 3. Principais demandas atendidas na área da saúde na área urbana do Aeroporto Velho (2005-2012)
Fonte: Congresso do OP / 2005 a 2012
Na área da Educação algumas demandas foram atendidas pela Secretaria
Municipal de Educação de Santarém. A demanda que mais se destacou foi a
Ampliação de Escolas, entre elas estão: a Escola Fernando Guilhon; Escola Frei
Juvenal e a cavação de um poço artesiano; Escola Maestro Wilson Fonseca; Escola
Olindo Neves; Escola Raimunda de Lira Maia e Escola Santa Luiza. Em seguida, a
0
1
2
3
4
SANTO ANDRÉ
DIAMANTINO
ESPERANÇA
AEROPORTO VELHO
JARDIM SANTARÉM
INTERVENTORIA
20
Construção de Escolas e Construção de uma UMEI, as demais ficaram com 6% cada.
A ação que não estava prevista, mas que será realizada nos próximos anos é a
construção de uma Escola no Maracanã II, o terreno já está em fase de
desapropriação no bairro do Maracanã (SANTARÉM, 2012).
As demandas prioritárias atendidas no período de 2005-2012 pela Secretaria
Municipal de Infraestrutura nos bairros da área urbana foi a Construção de praça,
quadra de esporte e espaço de lazer, seguido de Infraestrutura, drenagem e
pavimentação e sinalização, Infraestrutura na Linha de ônibus, Asfaltamento de ruas,
Manutenção da Iluminação Pública, Conclusão e ampliação de galeria na Rua Pau
Brasil, Definição da área geográfica do bairro, Desapropriação da área entre o Igarapé
e a BR163 para construção de casas populares, iluminação e plainagem do campo de
futebol e Melhoramento do Serviço de Coleta de lixo.
Os bairros que não tiveram demandas atendidas foram o bairro do São
Francisco e Cambuquira. Entre as demandas do bairro São Francisco estão:
Melhoramento da infraestrutura das vias do bairro;
Asfaltamento da Rua Vicente Braga;
Melhoramento do Serviço de Coleta de lixo;
Recuperação da iluminação pública;
Construção de um espaço de lazer e uma quadra de esportes;
A quantidade de demandas solicitadas pela população foi no total 437
(quatrocentos e trinta e sete) levantadas durante as plenárias do Orçamento
Participativo realizadas nos anos 2005 a 2010; deste total, 45% foram destinadas a
SEMED, 43% SEMINF e 12% SEMAB.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este estudo buscou analisar a funcionalidade do Orçamento Participativo no
município de Santarém no Estado do Pará, enquanto instrumento de gestão
democrática e participativa no período de 2005 a 2012. Foi observado, por meio dos
resultados desta pesquisa, a importância de promover a participação popular dos
21
moradores de Santarém nas decisões governamentais, referentes à aplicação dos
recursos orçamentários a partir da inversão de prioridades, visando o bem-estar social
e o exercício da cidadania.
Contudo, como foi analisado, o Orçamento Participativo conseguiu resolver
parcialmente os problemas da população, principalmente na Área Rural do município
de Santarém, onde as comunidades reivindicaram 119 demandas, destas, 76 foram
atendidas pela atuação do governo municipal. Sendo assim, as demandas solicitadas
na área da Saúde foram consideradas de alta prioridade pelo governo municipal, uma
vez que, a população das áreas urbanas e principalmente as da área rural apontaram
que a falta de postos de saúde, ou então, reformas e as ampliações dos já existentes
poderiam amenizar os malefícios causados quando a execução dos serviços de saúde
é de má qualidade.
Com base nos dados colhidos, observou-se a participação ativa da população
urbana nas plenárias, como forma de discutir e propor ações para a solução de
diversos problemas enfrentados nos bairros. Nesse sentido o orçamento participativo
torna-se um instrumento importante de democratização da gestão pública, por garantir
a participação do cidadão na tomada de decisão que definem o futuro da cidade.
22
REFERÊNCIAS
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1, p. 45-76, jan./jun. 2011.
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1999.
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Brasília, DF, Senado, 1988.
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FERREIRA, Denise de Queiroz. Orçamento Participativo: instrumento para a
democratização da administração pública. Contab. Vista & Ver. Belo Horizonte. V.14,
n. 3, p. 65-85, Dez, 2003.
INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL, ECONÔMICO E AMBIENTAL DO
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___________. Lendo o Pará. Belém: IDESP, 2013, 402p.
MUSGRAVE, Richard A. Teoria das Finanças Públicas. São Paulo: Ed. Atlas, 1974.
MAGALHÃES, José Luiz Quadros de. Direito constitucional. Belo Horizonte:
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Dicas – Ideias para Ação Municipal. São Paulo. Polis, 2000.
PEREZ, Marcos Augusto. A administração pública democrática: institutos de
participação popular na administração pública. 1ª ed. 1ª reimpressão. Belo
Horizonte: Fórum, 2009.
SANTARÉM. Relatório Preliminar das Plenárias do OP realizadas no período de
2005-2012. Secretaria de Planejamento e Gestão/Núcleo Técnico do Orçamento
23
Participativo, 2012. (mimeo).
___________. Relatório Preliminar das Plenárias do OP. Secretaria de
Planejamento e Gestão/Núcleo Técnico do Orçamento Participativo, 2006. (mimeo).
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AUTORIA
Ádria Oliveira dos Santos – Acadêmica do Curso de Gestão Pública da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA).
Endereço eletrônico: [email protected]
Deise Marcela dos Anjos Lopes – Acadêmica do Curso de Gestão Pública da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA).
Endereço eletrônico: [email protected]
Leila de Fátima de Oliveira Monte – Professora Mestre do Curso de Ciências Econômicas da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA).
Endereço eletrônico: [email protected]