orçamento participativo
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Extensa Participação: OPObjetivo: Busca-se incluir os cidadãos em um processo de tomada de decisão vinculada a gestão da administração.
Participação: Não é feita uma seleção prévia dos participantes, Mas o conjunto da população é convidado a participar nas assembléias de forma popular.
Três fases do OP
1º: ( A democracia de Base) Apresentar o processo. Prestar contas das decisões tomadas no ano anterior e fixar regras internas participativamente.
2 º (Justiça Social) Recolher, mediante deliberação em assembléias públicas, as propostas dos cidadãos.
3º (Controle cidadão) destina-se a decisão final para apresentar um proposta conjunta á administração.
Custos Processo de seleção dos particip.
Vinculação com processo político
Vantagens inconvenientes
Alto: reorganização de recursos e organização da administração
participação
Voluntária e sem seleção prévia. Em algumas experiências na Europa há uma escolha aleatória dos Particip.
Não são vinculantes, mas ao ser uma iniciativa da administração estão intimamente vinculados ás decisões públicas
-Participam muito mais cidadãos e há um alto grau de envolvimento no processos
públicos.- Grande envolvimento e educação cívica dos que participam
É um instrumento que requer um grande envolvimento da administração e dos representantes políticos-Existe muita participação mas não se rege por princípios participativos
Orçamento Público
Planejamento e execução das finanças públicas;Primeiros relatos:
1215 (Inglaterra) e 1879 (França);No Brasil:
1824: Primeira Carta Magna;1830: Império; Em seguida sofre pequenas alterações;1967: Competência retirada do Congresso Nacional;1988: Discussão volta ao Congresso e ocorre a descentralização do poder.
Orçamento Público
Segundo a Constituição de 1888:Lei formal > Executivo prevê > Legislativo autoriza;Formada pelo Plano Plurianual (PPA), Lei Orçamentária Anual (LOA) e Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO);
Orçamento Participativo:Repolitização do discurso do Orçamento Público;Possibilitado pela maior autonomia política, fiscal e administrativa dos municípios.
Porto Alegre
Em 1889 a “Frente Popular” assume o poder;Situação orçamentária desfavorável;
Receita comprometida com pagamento dos servidores;
Pressão popular;Carências materiais acumuladas;
Ênfase nos conselhos populares > trabalhadores;Executivo não possuía método de planejamento participativo eficaz;
Porto Alegre
Secr. de Planejamento Municipal inicia discussão:Reuniões informativas;Eleição de representantes de 5 regiões > 16 microrregiões;Discussão de propostas (Representantes + Técnicos);Insatisfação dos representantes comunitários;Comissão > 16 representantes + técnicos > Plano de Obras > 12,6% dos investimentos para 1990;
Out/Nov são decididas as obras prioritárias.
Porto Alegre
Discussão OP 1991Assembléias Populares (16 microrregiões);
Prestação de contas;Indicação de 2 representantes;
Escolha das microrregiões com mais recursos;Plano de Investimentos é impresso e distribuído;
Porto Alegre
Necessidade de reorganização dos órgãos públicos;1989:
GALPAN (Gabinete de Planejamento)CRC (Centro de Relações com a Comunidade);
1990:CROP (Coordenador Regional do OP);
1991:PI (Plano de Investimentos);COP (Conselho do Orçamento Público).
Porto Alegre
Pouca presença da Câmara de Vereadores;Constrangimento > Presença popular;Necessidade de indisposição com Executivo e População em geral;
Belo Horizonte
OP Regional (1993);OP Habitação (1996);
Famílias cadastradas na Secretaria de Habitação;Prioridade da construção de moradias;
OP Digital (2006);
Belo Horizonte
OP RegionalAbertura Municipal > Prefeito > Divulgação da verba;1ª Rodada de Assembléias (apresenta verba);Fórum da sub-regional (indicação das obras);2ª Rodada de Assembléias (prioridades, delegados);Caravana de Prioridades (visita aos locais);Fórum Regional (planilha de custos e escolha);Encontro Municipal.
Belo Horizonte
OP Digital Escolha bianual de obras abrangentes;Busca envolver classe média e jovens;Redução de gastos de participação;Envolve a escolha de uma entre cinco obras;Uso da Internet e telefonia;Presença de programas de inclusão digital e unidade móvel de votação;Plano de mobilização e divulgação;
OP na Itália
País 67% urbano e com concentração de pessoas em poucas cidade;Várias “Itálias” dentro do país;Constituição prevendo pouca participação;Legislação demorou a reconhecer o papel ativo do cidadão;Poder concentrado.
2002/2003 A primeira geração
Influência do II Fórum Social Mundial em Porto Alegre e II Fórum das Autoridades Locais para a inclusão social(FAL);OP é assunto na web;Aparece a experiência de Grotammare que servirá de base para a Itália.
Grotammare
Cidade de 15 mil hab.;Instância administrativa originada do “Solidariedade e participação"; Em 2002 com a crise de econômica, as pessoas voltam a atenção para a prática do movimento;A partir de 2003 além discutir os participantes começam a votar em questões relevantes.Dinamiza a interação social e faz do cidadão ativo junto ao governo ao incluí-lo no processo administrativo.
Formato do OP de Grotammare
2 turnos com 7 assembléias de bairro abertas a todos;No primeiro turno ocorrem a formação do elenco de solicitações filtra-se com uma analise da viabilidade;Mesa de porta vozes eleitos, técnicos e representantes políticos dividem as prioridades do cidadão para ano seguinte e manutenção(imediato);No segundo turno ocorre a resposta dos órgãos técnicos e o cidadão escolhe as prioridades.
PIEVE EMANUELE
1993 cidadão não confiam na administração por culpa da corrupção;2002 PIEVE ALEGRE nos modelos de Porto Alegre;O mérito está na escolha clara de regulação com lei orgânica e adoção de praxis administrativa e documento anual produzido pela câmara dos vereadores.
Processo de Pieve
Coleta de propostas e necessidades em assembléias; Viabilidade;Prioridades;Aprovação do orçamento;Fim do ano resposta.
Adições no modelo italiano
No município de Roma XI foram incluídos todos que vivem no local, incluindo estrangeiros;Lazio e Toscana tentaram incluir jovens com campanhas envolvendo sites de relacionamento deu abertura para financiamentos externos;
A segunda geração
Enquanto a primeira geração está mais ligada a Porto Alegre a segunda estão mais ligada a um percurso participativo mais realista;Aumento da popularidade do OP;O princípio de inovação deu lugar a preocupação dos processos técnicos, discussão sobre formalização;Metodologias e instrumentos procedimentais reais;Tentou ligar se mais as tradições socioinstitucionais do país a partir de instituição participativas e não de administração;
Modena e a inclusão
Caso único na Itália com forte apelo participativo instigado pelo governo;Orçamento planejado para 4 anos; Divisão em territórios; Webcam para uso de diálogo com aqueles que não podem comparecer; Material informativo produzido em várias linguagens.
OP em Modena
Assembléias em que cidadãos apresentam propostas e intervém;Mesa de confronto onde atores políticos, técnicos e porta vozes populares nomeados esboçam uma grade relativa à viabilidade legal, técnica e financeira de cada hipótese em questão;Prestação de contas é exigida e fica a cargo das assembléias;
OP em Modena
Tarefa de decisão final é do executivo;Controle do processo é feito pela câmara de vereadores;É importante porque voltou para a transparência nos processos e repensa mecanismos.
Os problemas na segunda geração
Justiça social não clara;Sem empenho para com regiões frágeis;Não existe muita igualdade de gênero;Difícil de tirar responsabilidades da cultura da representatividade;Desenvolvimento das estruturas administrativas incompleta;Qualificação x Participação;
O orçamento participativo em Portugal
Divisão territorial em municípios e freguesias;Cada freguesia tem um presidente eleito;O poder não acompanhou o povo e a classe política se considera legitimada pelo processo eleitoral;Corrupção nas autarquias;Apatia dos cidadãos;Participação é normalmente um processo pouco espontânea;Descentralização do estado por meio da modificação da administração não criou ruptura suficiente com estrutura centralista de poder;
Modelo de participação de Portugal
Maior parte é de caráter consultivo;Se centra na discussão sem que implique em orçamentos e prioridades de investimento;Em alguns casos como em Palmela e São Braz de Alportel o processo inicial é parte de uma proposta elaborada e enviada ao executivo.
Lisboa e Sesimbra
Implementar no processo decisório sem definição de orçamento;Enfoque territorial com foco na dinâmica de participação em debates de dimensão da vida local;Prestação de contas pela internet.
São Braz de Alportel
Primeira experiência com crianças e jovens nas escolas;Desenho de execução ligado a administração;Portugal tem feito workshops apresentando o OP como elemento constitucional de mudança de curso na governança territorial;Sem regulamento e mal formalizado; Criação de diálogo e legitimidade política.
O orçamento em Buenos Aires
Artigo inclui implementação na participação orçamentária mas nada foi feito até 2002 quando OP é formalizado num contexto de descrédito social pelos representantes políticos;No projeto piloto 4500 participaram identificando 338 prioridades que foram incorporadas ao orçamento;Sinaliza o que deve ser feito mas não impõe dinheiro, mas sim classifica como usar o dinheiro para prioridades;Falta de interesse civil;Foi usado como política de reafirmação do governo.
Conclusão
“A participação do cidadão qualifica os processos decisórios, tornado-os mais legítimos e, principalmente, aumenta a eficiência administrativa do próprio estado. O processo tem como resultado uma transformação do cidadão que participa dos espaços institucionais, que passa a lidar com especificidades da gestão pública que eles até então desconheciam, bem como dos quadros técnicos e administrativos envolvidos, que tem que adaptar suas formas de comunicação para transmitir as informações necessárias aos leigos que participam do processo.”
Eleonora Schetti e Eduardo Moreira