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ORÇAMENTO E GESTÃO FINANCEIRA Prof.: Heloisa Ivone da Silva de Carvalho Ms no PPGEF/UFES Especialista em Gestão Pública IFES Especialista em Gestão Educacional UFES Professora Pesquisadora na UFES Pedagoga na SEME/ Vitória Curso de Pós Graduação FAVENI - Setembro de 2012

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ORÇAMENTO E GESTÃO

FINANCEIRA

Prof.: Heloisa Ivone da Silva de

Carvalho

Ms no PPGEF/UFES

Especialista em Gestão Pública IFES

Especialista em Gestão Educacional

UFES

Professora Pesquisadora na UFES

Pedagoga na SEME/ Vitória

Curso de Pós Graduação FAVENI -

Setembro de 2012

O que é controlar

os recursos de

uma Instituição

Pública?

Como se elabora

um Orçamento?

Como funciona

de fato a Gestão

dos Recursos

Financeiros em

uma Escola.

“A gestão financeira “é uma das tradicionais

áreas funcionais da gestão, encontrada em

qualquer organização e à qual cabem as análises,

decisões e atuações relacionados com os meios

financeiros necessários à atividade da

organização. Desta forma, a função financeira

integra todas as tarefas ligadas à obtenção,

utilização e controle de recursos (Paulo Nunes)

O QUE É GESTÃO FINANCEIRA?

FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO:

ASPECTOS LEGAIS

• No que tange ao financiamento da educação, em nosso país, temos instrumentos legais que regem essa dimensão da gestão, no que se refere à distribuição de recursos previstos pela Constituição Federal e LDB:

“A União aplicará anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências na manutenção e desenvolvimento de ensino.” (CF Art. 212 e LDB Art 69)

SIGLAS UTILIZADAS PARA AS UNIDADES FEDERAIS

DESTINAREM RECURSOS FINANCEIROS

DIRETAMENTE AS SUAS ESCOLAS.

• FUNDEF: Fundo de Manutenção e Desenvolvimento de Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério;

• FUNDEP: Fundo de Manutenção E Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação;

• MDE: Manutenção e Desenvolvimento do Ensino;

• SE: Salário Educação;

• FNDE: Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação;

• PNAE: Programa Nacional de Alimentação Escolar;

• PNLD: Programa Nacional de Livros Didáticos;

• PNLEM: Programa Nacional de Livro Didático Para o Ensino Médio;

• PNLA: Programa Nacional do livro didático para alfabetização e de Jovens e Adultos;

• PNBE: Programa Nacional Biblioteca da Escola;

• PNATE: Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar;

• PDDE: Programa Dinheiro Direto na Escola;

AUTONOMIA DA GESTÃO

FINANCEIRA NA ESCOLA

Na LDB nº 9. 394/96, em seu Art. 15,

estabelece que “os sistemas de ensino

assegurarão ás unidades escolares

públicas de educação básica que os

integram progressivos graus de

autonomia pedagógica e administrativa

e de gestão financeira, observadas as

normas gerais de direito financeiro

público.” Ao afirmar que à escola devem

ser atribuídos progressivos graus de

autonomia, reconheceu que não se trata

de autonomia absoluta, mas que,

mesmo parcial, deve progredir até um

ponto que lhe garanta seu pleno

funcionamento, nas suas múltiplas dimensões.

O termo “autonomia” significa capacidade do indivíduo de

analisar e avaliar determinada situação, tomando decisões

próprias a seu respeito. Seu conceito traz algumas

características especificas, são elas: relacional, relativo e

interdependente. E nesse sentido, o conselho escolar é um

importante instrumento de participação da comunidade, e

deve ser o maior aliado do gestor na construção da

autonomia financeira da escola.

DESTINAÇÃO DE RECURSOS AS ESCOLAS

A destinação de recursos as escolas deve sujeitar-se a um

dos dois regimes de realização da despesa previstos na lei

nº 4 320/64, ou seja, o regime normal e o regime de

adiantamento. Pelo regime normal, que consiste na

realização da despesa de acordo com os estágios de

empenho prévio, liquidação e pagamento, é possível se for

adotada pela administração municipal e descentralizada da

execução.

REGIME DE ADIANTAMENTO

O regime de adiantamento é o mecanismo mais

adequado para permitir as escolas municipais exercerem a

autonomia financeira de que trata a LDB. Para se por em

pratica essa regime é necessária a existência de uma lei

municipal que o regulamente. Dessa forma propõe-se a

criação de uma lei de adiantamento exclusiva para as

escolas municipais, caracterizada como o instrumento

legal garantidor da autonomia.

Cálculo correto

dos gastos;

Comprovação

de gastos.

GESTÃO FINANCEIRA E PRINCIPIOS A SEREM

SEGUIDOS PARA OBTENÇÃO DE ÊXITO

Em suma, a gestão financeira, seja na área educacional ou não, deve seguir alguns princípios para obter êxito, são eles:

Definição de prioridades

Elaboração do

orçamento geral;

Prestação de

contas

transparente;

DEFINIÇÃO DE PRIORIDADES

Para o professor Almir Ferreira de Sousa, da Universidade de São Paulo, "sem a visão geral das necessidades da escola, o diretor se dedica só a apagar incêndios". Esse olhar panorâmico é conseguido com a reunião de representantes de professores, funcionários, equipe gestora, estudantes, pais e comunidade para definir prioridades, com a participação ativa da APM e do Conselho Escolar.

APRENDIZAGEM

Para garantir a aprendizagem de todos os alunos vale se

perguntar: o que é imprescindível para atingi-la. Materiais?

Obras de reparo? Formação de professores? As respostas

viram uma lista e cada item ganha uma ordem de urgência

antes da distribuição dos recursos.

CÁLCULO CORRETO DOS GASTOS

Quanto mais detalhado for o planejamento, melhores serão os

resultados. "Distribuir recursos é como servir um bolo. Algumas

pessoas se satisfazem com um pedaço maior, e outras, com um

menor", exemplifica Andrea Silveira, diretora financeira do Instituto de

Gestão Educacional Signorelli e professora da Fundação Getúlio

Vargas (FGV), do Rio de Janeiro.

COMO CALCULAR OS GASTOS

• Para calcular certo cada fatia

(os gastos) do orçamento e

compreender como melhorar a

receita da escola, é preciso ter

referência. Uma boa maneira de

adquirir parâmetros é levantar

nos documentos da instituição o

histórico de gastos de três ou

quatro meses do ano anterior e

fazer uma média de quanto

cada área demandou

(informática, recursos humanos, material etc).

LEI DE LICITAÇÕES

Não custa lembrar que a escola

pública deve seguir as normas

da Lei de Licitações. De acordo

com os valores e o tipo de gasto,

essa legislação estabelece a

obrigatoriedade de haver uma

ação que permita a comparação

de preços (concorrência, tomada

de preços ou carta-convite)

antes da contratação do serviço

ou da compra de material. Por

menor que seja esse gasto, o

processo referente a ele deve

conter, no mínimo, três

orçamentos registrados.

ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO GERAL

• Se você fez bem a lição

de casa nas etapas

anteriores, está pronto

para esta - que nada

mais é que o

detalhamento do plano

de gastos. Nesse

planejamento devem

constar os valores

definidos para cada uma

das prioridades, assim

separados: estimativa de

entrada de recursos e de

arrecadação (receitas) e

previsão de despesas.

De acordo com a terminologia do orçamento público, essas

últimas devem ser classificadas em dois grupos. As

"correntes" se referem aos gastos diários com a

manutenção da escola, como compra de material e

contratação de serviços. As "de capital" são as despesas

com equipamentos, materiais permanentes e execução de

obras.

CORRENTES E CAPITAL

FLUXO DE CAIXA

Para que o planejamento não desande é preciso estar sempre atento ao fluxo de caixa, ou seja, ao dinheiro que entra e sai diariamente. Como os imprevistos sempre acontecem, como margem de segurança é recomendável prever uma reserva. Outra medida que garante um bom controle da execução orçamentária é cuidar para que sejam emitidos sempre cheques nominais. Esse procedimento facilita o acompanhamento do extrato bancário, o que deve ser feito com frequência.

PRESTAÇÃO DE CONTAS

TRANSPARENTE

A escola tem de prestar contas

de seus gastos à Secretaria de

Educação à qual é vinculada,

aos executores dos programas

de financiamento com os quais

estabelece parceria - em

períodos estabelecidos

previamente por lei ou pelo

regulamento da entidade

financiadora - e à comunidade.

Os balanços financeiro e

orçamentário são obrigatórios,

conforme determina o artigo 70

da Constituição Federal..

FORMULÁRIOS No caso da verba recebida pelo PDDE, a escola também encaminha a prestação de contas para a Secretaria. Os formulários estão disponíveis no site do FNDE (www.fnde.gov.br). Já com relação aos recursos financeiros privados, é essencial atender aos critérios da instituição que repassou a verba. Numa gestão democrática, a comunidade precisa ser informada de todas as aplicações feitas em benefício da escola. Mas isso pode ser divulgado de maneira mais informal, publicando as informações no jornal interno, no mural ou em assembleias com a presença de pais e alunos.

COMPROVAÇÃO DE GASTOS

Todos os originais de documentos

fiscais precisam ser

encaminhados ao órgão

responsável pela contabilidade. Lá

ficam disponíveis para a

fiscalização do Tribunal de

Contas. Para garantir o controle

interno, porém, é recomendável

manter cópias de tudo. A boa

organização da papelada é meio

caminho andado na hora de

justificar as despesas. Fica mais

fácil encontrar os documentos e

manipulá-los se estiverem

separados por contrato.

CRIAÇÃO DE PASTAS OU PROCESSO

Uma boa prática é criar uma pasta (ou processo) para cada um. Por exemplo, se a escola recebeu da Secretaria uma verba para executar uma obra na cozinha, o ideal é documentar esses reparos, organizando a papelada por ordem cronológica: comprovantes, extratos bancários, notas fiscais e recibos, plano de aplicação dos recursos e prestação de contas. São válidos somente os recibos e documentos emitidos em nome da escola. Aqueles em nome de pessoa física ou de terceiros ficam de fora.

SEME

Sites Pesquisados:

http://www.infoescola.com/educacao/gestao-financeira-da-educacao/ Articulista: Ana Lídia Lopes do Carmo, acessado em 23 de agosto de 2012.

http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/diretor/gestao-financeira-448591.shtml. Articulista: Daniela Almeida, acessado em 23 de agosto de 2012.

Referências Bibliograficas:

VIEIRA, S. L. Educação básica: política e gestão da escola /

Sofia Lerche Vieira. – Fortaleza: Liber Livro, 2008. p. 51-72 –

(Coleção Formar);

POLO, José Carlos. “Autonomia de gestão financeira da

escola”. In. RODRIGUES, Maristela Marques, GIÁGIO,

Mônica (orgs.) PRASEM III – Guia de Consulta. Brasília,

FUNDESCOLA MEC. 2001, p.279-293.

Gestão Financeira. Revista Nova Escola. Disponível em

http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/diretor/gestao-

financeira-448591.shtml.

SCHUCH, Cleusa Conceição Terres. Gestão financeira de

duas escolas públicas estaduais do Rio Grande do Sul.

Disponível em http://www.isecure.com.br/anpae/87.pdf