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IV Jornadas ORÇAMENTO DO ESTADO 2015

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IV Jornadas

OrçamentO dO estadO 2015

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IV Jornadas

OrçamentO dO estadO 2015

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5Orçamento de Estado para 2015: Bom para Portugal

Índice

Um Orçamento de responsabilidade e esperança..........................................................7

Orçamento do Estado para 2015: Bom para Portugal....................................................9

Perguntas & Respostas: Orçamento do Estado para 2015.........................................19

Principais Medidas da Reforma do IRS...................................................................................27

Reforma da Fiscalidade Verde......................................................................................................35

Orçamento do Estado para 2015..............................................................................................43

I Recuperação do Crescimento da economia e do emprego...........................50 II Recuperação do Rendimento dos portugueses....................................................61 III Solidariedade: Proteção dos mais desfavorecidos...............................................70 IV Responsabilidade: Contas certas e consolidação orçamental.....................78

Síntese do OE 2015............................................................................................................................84

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7Orçamento de Estado para 2015: Bom para Portugal

Um Orçamento de responsabilidade e esperança

O Orçamento do Estado para 2015 continua o processo de mudança que temos vindo a desenvolver ao longo destes três anos e foi essa mudança que nos permitiu, apesar das dificuldades, que a economia começasse a crescer sem provocar mais dívida. Não me refiro a previsões mas sim a factos: Portu-gal tem estado a crescer sem recorrer ao crédito ao consumo ou ao investi-mento por conta do que os Portugueses um dia teriam de pagar.

Significa que este processo de mudança pode prosseguir num quadro di-ferente das restrições que vivemos nestes três anos. Por isso, valeu a pena termos feito os sacrifícios que fizemos e por isso não tem razão quem afirma que isto é mais do mesmo. É mais do mesmo se essas pessoas estiverem a referir-se a um exercício de coerência e nesse sentido nós somos coerentes porque colocamos o interesse do país à frente de tudo. Mas não é mais do mesmo no sentido em que este Orçamento tenha os mesmos constrangi-mentos que tinha o de 2012, o de 2013 e o de 2014.

Este Orçamento transmite sinais de responsabilidade e de coerência e tam-bém de esperança porque mostra bem as mudanças que conseguimos fazer e que devemos continuar.

As mudanças de um País que tem agora um Estado e uma Administração transparentes, que não sobrecarregam os contribuintes além daquilo que é necessário para resolver os problemas do passado.

Um Estado que procura ser mais eficiente, mais amigo das famílias, como re-sulta da abertura que manifestámos para que em sede de especialidade pos-samos acolher as alterações do quociente familiar que são suportadas pela reforma da fiscalidade verde, cumprindo o que sempre dissemos, que havia neutralidade, que é possível ser mais amigo das famílias e do crescimento no futuro sem aumentar a carga fiscal.

Conseguimos também mudar o modelo económico. Conseguimos que Por-tugal se voltasse mais para o exterior, fosse mais exportador, apostasse mais nos sectores mais competitivos da sua economia. As empresas que se volta-ram para fora já não voltaram ao que eram dantes, hoje que conhecem o ro-teiro da internacionalização, que sabem onde vender melhor, não esquecem esse caminho e não querem regressar ao passado.

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Estamos todos a construir um Portugal diferente. Estamos a sair do sufoco por que passámos quando estivemos à beira do abismo em 2011. Fomos determinados mantendo o nosso rumo e é por isso que hoje podemos ter esperança.

Extractos da intervenção de Pedro Passos Coelho, Presidente da Comissão Política Nacional do PSD, realizada no dia 25 de Outubro de 2014, nas Jornadas Parlamentares.

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9Orçamento de Estado para 2015: Bom para Portugal

PRIMEIRO ORçAMENtO dE UM PORtUgAl SEM A tROIkA E SEM O MEMORANdO

2015 é o primeiro ano em que Portugal terá um Orçamento de Estado sem a troika e sem o Memorando assinado pelo Partido Socialista, como consequên-cia do empréstimo externo de que o País solicitou para evitar a bancarrota.

Portugal pode agora definir a sua política orçamental, fiscal e económica com liberdade de escolha, sem deixar de cumprir as suas obrigações de membro da União Europeia e da zona euro.

Mostramos que é possível recuperar a nossa autonomia política enquanto Esta-do, arrumar as contas públicas, pôr a economia a crescer e aliviar os sacrifícios.

O ORçAMENtO dE 2015 REVê lIgEIRAMENtE A MEtA dO dÉFICE PARA 2,7% (EM VEz dO COMPROMISSO INICIAl dE 2,5%) PARA ACOMOdAR O MONtANtE dE 1400 MIlhõES dE EUROS RESUltANtE dAS dECISõES dO tRIBUNAl CONStItUCIONAl dE 2014

O objetivo de 2,5% do PIB para o défice orçamental em 2015 exigia medidas de consolidação orçamental num montante de 0,8% do PIB, corresponden-tes a aproximadamente 1.400 milhões de euros.

Dois aspectos dificultaram, porém, profundamente os orçamentos de 2014 e 2015:

- As decisões do tribunal Constitucional relativamente a três normas do OE 2014 e aos diplomas que concretizavam a reversão de medidas de caráter transitório em 2015 .

Orçamento do Estado para 2015: Bom para Portugal

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- A finalização dos detalhes do novo Sistema Europeu de Contas Nacionais e Regionais (SEC2010) e a sua entrada em vigor no mês de Setembro.

Nestas circunstâncias, insistir no objectivo inicial criaria dificuldades enormes ao funcionamento do Estado e não seria tão protector da recuperação econó-mica em curso, exigindo forçosamente um novo aumento de impostos, facto de todo indesejável para o País e uma possibilidade que o governo recusou.

A revisão do défice para 2,7% tornou-se assim uma opção de bom senso orçamental.

Um objectivo orçamental não é um dogma de fé. Ainda para mais quando estamos a falar de 0,2 de ponto percentual.

O País ganhou credibilidade externa pela consolidação orçamental efectiva levada a cabo nos últimos 3 anos e pelo processo abrangente de reformas estruturais. Chegou a hora de se servir dela para uma revisão ligeira e pouco significativa do ponto de vista da sustentabilidade das finanças públicas.

Embora a meta de 2,5% do PIB não seja cumprida, Portugal ficará significa-tivamente perto de a atingir. E a trajectória de consolidação (2010: 11,2% de défice → 2015: 2,7%) é inequívoca e muito profunda.

COM O ORçAMENtO dE EStAdO PARA 2015, O PAíS tERá O MENOR dÉFICE dOS últIMOS 40 ANOS

desde 2010 até final de 2015 a trajectória de redução do défice é um indis-cutível marco na resolução de um problema gravíssimo herdado das gover-nações socialistas. Mantemo-nos firmes a este percurso de responsabilidade financeira que tem marcado a acção do governo. Sem eleitoralismos fáceis e sem mascarar as dificuldades.

A despesa pública total descerá em 2015 para 47,3% do PIB, ou seja, soma-rá menos 7.800 milhões de euros do que no ano que precedeu o início do ajustamento, contribuindo assim em cerca de 50% para a redução do défice orçamental.

A nossa ação fará com que Portugal atinja em 2015 o primeiro défice abaixo dos 3% do PIB, isto é, o primeiro défice não excessivo de acordo com a defini-ção do Pacto de Estabilidade e Crescimento, dos últimos 26 anos (desde 1989).

É o défice mais pequeno dos últimos 40 anos (desde 1975), com a economia de novo a crescer.

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11Orçamento de Estado para 2015: Bom para Portugal

Em 2015, voltaremos a cortar o défice público em 1/3 relativamente a 2014 e ninguém, interna ou externamente, duvida da determinação e credibilidade do processo de consolidação orçamental português.

Fecharemos em 2015 o Procedimento de défices Excessivos abertos contra Portugal em 2009.

Em termos gerais, entre 2010 e 2015, o contributo da despesa para a redução do défice é praticamente o mesmo que o da receita.

O ORçAMENtO PARA 2015 POdE SER VIStO COMO O ORçAMENtO dAS qUAtRO RECUPERAçõES: dA ECONOMIA E dO EMPREgO, dOS SAláRIOS, dAS PENSõES E dOS RENdIMENtOS dOS CONtRIBUINtES.

OS FUNCIONáRIOS PúBlICOS RECUPERARãO SAláRIOS, OS REFORMAdOS RECUPERARãO PENSõES, OS CONtRIBUINtES RECUPERARãO OS RENdIMENtOS dO tRABAlhO COM qUE PAgARãO O IRS dE 2015

Os orçamentos da troika impuseram uma sequência de cortes nas pensões e nos salários a que ninguém ficou imune. garantimos, durante todo este período de exceção, uma matriz de equilíbrio, pedindo mais a quem mais tinha e exigindo menos de quem menos podia.

O Orçamento de 2015 é o Orçamento das quatro recuperações:

- da economia e do emprego: crescimento da economia de 1,5% e redu-ção do desemprego. de acordo com as previsões do FMI, Portugal cres-cerá mais do que a zona euro em 2014 e 2015, retomando o processo de convergência com a Europa interrompido desde há 15 anos.

- Começará a reposição integral do rendimento dos funcionários públicos, revertendo em 20% a perda salarial atualmente em vigor;

- Fará a reposição total das pensões para a classe média, ficando sujeitas a CES apenas as pensões acima de 4.611,42 euros

- Recuperará os rendimentos do trabalho que os contribuintes pagaram a título de IRS, com a garantia de que será reduzida a sobretaxa em função do crescimento da receita fiscal e do combate à evasão fiscal.

Mais receita fiscal cobrada = mais impostos devolvidos aos portugueses.

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Funcionários públicos, reformados, contribuintes: três grupos que irão recu-perar poder de compra.

O ORçAMENtO dE 2015 ENCERRA O CIClO dE INStABIlIdAdE SOCIAlIStA, qUE COMEçOU EM 2009, E INICIA UM NOVO CIClO dE EStABIlIdAdE E dE RECUPERAçãO PARA O FUtURO

Este governo começou a legislatura herdando do governo do Partido Socia-lista os maiores défices da nossa história, superiores a 10% do PIB, a que se associavam défices externos da mesma grandeza.

O colapso financeiro herdado por este governo consistiu num profundo choque social que começou no final de 2010, quando o governo do Partido Socialista apresentou o primeiro capítulo de cortes em salários e pensões e a primeira onda de aumentos de impostos. Isto quando, precisamente no ano anterior (2009), havia feito o inverso, aumentando os salários de determina-dos grupos profissionais acima do crescimento económico com o objetivo de ganhar eleições.

Aquilo que se seguiu foi um ciclo dramático de instabilidade e incerteza que culminou, em 2011, no pedido de empréstimo ao exterior e na assinatura do Memorando nas piores condições.

O Orçamento de Estado para 2015 visa encerrar este ciclo de instabilidade, de imprevisibilidade e de incerteza.

Sabemos que os portugueses querem ter contas certas; saber aquilo que os espera; ter estabilidade e segurança nos orçamentos familiares.

O Orçamento de 2015 evita que regressem a imprevisibilidade e o choque, quer da desagregação financeira que começou em 2009, quer da recupera-ção dolorosa dos anos do ajustamento até 2014.

O ORçAMENtO dE EStAdO PARA 2015 CONSOlIdA UM tEMPO ECONóMICO dIFERENtE, dE RECUPERAçãO,

EMPREgO E INVEStIMENtO

O Orçamento de Estado para 2015 é o Orçamento que consolida os sinais positivos de recuperação económica.

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13Orçamento de Estado para 2015: Bom para Portugal

- tAxA dE dESEMPREgO dESCERá PARA 13,4%.

O governo tem, através da implementação de várias reformas estruturais, criado condições para a redução da taxa de desemprego e para a criação de emprego (90.000 novos postos de trabalho). Sabemos que o valor do desem-prego é ainda demasiado elevado, mas que a tendência é de decrescimento.

CRESCIMENtO ECONóMICO dE 1,5%.

depois dos anos da governação socialista, marcados pela recessão económi-ca, Portugal aproximar-se-á das previsões de crescimento da zona euro para 2015 (1,5%).

Em 2014, Portugal crescerá acima do ritmo da zona euro pela primeira vez desde há 14 anos, e continuará a crescer acima da zona euro em 2015, ini-ciando um novo ciclo de aproximação à Europa – a divergência relativamen-te à Europa foi mais um mau legado da governação socialista.

PREVISÕES FMI (Outubro 2014, World Economic Outlook)– CRESCIMENTO DO PIB

JUROS dA díVIdA A MíNIMOS hIStóRICOS E REdUçãO dA díVIdA PúBlICA PElO 2º ANO CONSECUtIVO.

Em 2011 Portugal não tinha qualquer credibilidade internacional, pelo que os juros da dívida atingiram máximos insuportáveis para o equilíbrio finan-ceiro do país. Findo o período de ajustamento e recuperada a credibilidade junto das entidades internacionais, Portugal consegue hoje financiar-se com sustentabilidade, suportando juros a 10 anos a uma taxa de 2,957%, quando em 2011, na altura do pedido de ajuda financeira, Portugal se financiava a juros de 8,77%.

Por outro lado, 2015 será o segundo ano consecutivo de redução da dívida pública, que até ao ano passado se tinha vindo a avolumar em resultado dos défices excessivos dos anos anteriores (nomeadamente, anteriores a 2011).

2014 2015

Zona Euro 0,8% 1,3%

Portugal 1% 1,5%

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- UM NOVO PROgRAMA dE FUNdOS EUROPEUS dE 25 MIl MIlhõES dE EUROS PARA OS PRóxIMOS 7 ANOS

Mais recursos para a economia, para o emprego, para a inovação e para a coesão territorial do que o último ciclo de fundos. E com regras novas que garantem a boa aplicação dos fundos e evitam o desperdício dos últimos 25 anos;

O ORçAMENtO qUE CORPORIzA UMA NOVA POlítICA FISCAl, AMIgA dAS FAMílIAS, dO tRABAlhO E dA ECONOMIA

Um Estado como Portugal, integrado numa União Económica e Monetária, dispõe de instrumentos mais limitados de política económica autónoma. Ao mesmo tempo, é impensável regressar ao despesismo irresponsável e à ob-sessão do Estado como o quase único motor do investimento e da dinami-zação da economia.

A economia pertence às pessoas e às empresas, aos trabalhadores e às famí-lias, às suas escolhas, atividades e aspirações. Por isso, Portugal precisava de um Orçamento de Estado para 2015 que soubesse, com visão e inteligência, definir uma Nova Política Fiscal capaz de corresponder aos valores que de-fendemos e iniciar um caminho de moderação fiscal.

Uma Política Fiscal amiga do investimento, das famílias e dos trabalhadores e da justiça social.

O Orçamento de Estado para 2015 dá concretização a uma nova Políti-ca Fiscal que será desenvolvida em várias frentes:

- reforma do IRS amiga das famílias com benefícios definidos para as famí-lias com filhos ou ascendentes a cargo;

- nova descida do IRC, pelo segundo ano consecutivo, tal como consta da reforma deste imposto;

- avanço da fiscalidade verde;

- alargamento da isenção de IMI a mais de 50.000 famílias (atualmente beneficiam da isenção cerca de 300.000 famílias);

- cláusula de salvaguarda especial para famílias de menor rendimento (dentro do 1º escalão do IRS), nos termos da qual o aumento de IMI em cada ano nunca pode exceder 75 euros;

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15Orçamento de Estado para 2015: Bom para Portugal

- eliminação progressiva da sobretaxa do IRS;

- criação de cláusula de salvaguarda que impedirá que famílias sem filhos paguem mais IRS em 2015.

No âmbito da nova política fiscal, o governo assume o objectivo de reduzir a so-bretaxa de IRS, ficando esta redução dependente dos ganhos de eficiência fiscal. A exigência das metas do défice para 2015 foi muito elevada mas não quisemos adiar mais um merecido alívio da tributação do trabalho e das famílias.

Esta redução obedece a um princípio político basilar. quaisquer ganhos decor-rentes de uma maior captação das receitas de impostos devem ser canalizados para a diminuição do IRS, reduzindo-se consequentemente a sobretaxa.

Mais cidadãos a pagar redundam em menos impostos para todos. Mais equi-dade na cidadania fiscal representa mais moderação fiscal.

trata-se de um princípio inédito na relação entre o Estado e os contribuintes.

O Estado deve viver com os impostos de que rigorosamente precisa. Aqueles que cobrou em resultado de uma maior eficácia fiscal, ou de um maior cum-primento das obrigações fiscais dos contribuintes, não devem servir para ali-mentar a máquina do Estado; não devem ser capturados pelo Estado. devem ser devolvidos aos cidadãos.

UM ORçAMENtO dE EStAdO COM JUStIçA E NOVAS RESPOStAS SOCIAIS

Preparámos este Orçamento de Estado com a certeza de que, terminado o Programa de ajuda externa, os factos do ajustamento foram dolorosos e traumáticos. durante três anos demos prioridade à emergência social e man-temos, no Orçamento para 2015, esse programa no centro de gravidade da nossa ação pública.

- AUMENtO dO SAláRIO MíNIMO dE 485 EUROS PARA 505 EUROS.

O governo acordou com os parceiros sociais o aumento do SMN, o que não acontecia há vários anos, permitindo, em contexto de recuperação económi-ca, proporcionar melhores condições de vida aos trabalhadores.

- REPOSIçãO tOtAl dAS PENSõES PARA A ClASSE MÉdIA – CES APENAS APlICAdA A PENSõES ACIMA dOS 4.611,42 EUROS.

No contexto da sustentabilidade da Segurança Social, o governo assegura

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desta forma que o esforço de consolidação se mantém por parte de quem mais pode, salvaguardando os rendimentos da grande maioria dos reforma-dos e pensionistas.

- AUMENtO dAS PENSõES MíNIMAS PElA tERCEIRA VEz, BENEFICIANdO 1,1 MIlhõES dE PENSIONIStAS.

tal como aconteceu nos 3 anos anteriores, apesar do contexto de crise, o governo não deixa de aumentar as pensões mínimas, fomentando, assim, a coesão social e a proteção das classes sociais mais frágeis.

- INtROdUçãO dO qUOCIENtE FAMIlIAR EM SEdE dE IRS.

Com esta medida, o governo dá um sinal de apoio às famílias e à natalidade, reduzindo a carga fiscal às famílias com filhos e com dependentes a cargo. Por outro lado, o governo criará também uma cláusula de salvaguarda que permitirá que as famílias sem filhos não sejam prejudicadas com esta medi-da, fazendo com que não paguem mais IRS em 2015.

- tARIFAS SOCIAIS dE ENERgIA qUE ABRANgEM MAIS dE 500 MIl PESSOAS.

Em fase de recuperação económica, o governo não é indiferente às dificul-dades que ainda se fazem sentir e reforça as medidas de proteção social aos mais desfavorecidos, abrangendo meio milhão de portugueses com esta medida.

- tAxA SOBRE AS VENdAS dA INdúStRIA FARMACêUtICA qUE REVERtE INtEgRAlMENtE PARA O SNS.

Consciente da necessidade de criar condições de sustentabilidade ao SNS, o governo exige mais de quem pode, taxando as vendas da indústria farma-cêutica e mantendo constante o valor das taxas moderadoras.

- MANUtENçãO CONStANtE dO VAlOR dAS tAxAS MOdERAdORAS.

O governo não exigirá mais dos utentes do SNS.

- NOVAS REgRAS PARA O ARRENdAMENtO COMERCIAl E hABItACIONAl

No âmbito da recuperação económica e das reformas estruturais que a fa-cilitam, o governo criou novos mecanismos de proteção dos agentes eco-nómicos. Com as novas regras, os inquilinos com negócios até 2 milhões de euros/ano poderão beneficiar de 8 anos de permanência nos edifícios, alargando-se assim às microempresas o regime de proteção contra aumen-tos das rendas. As sociedades comerciais estarão, assim mais protegidas du-rante mais tempo.

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17Orçamento de Estado para 2015: Bom para Portugal

- AlARgAMENtO dA ISENçãO NO IMI A MAIS dE 50.000 FAMílIAS

O governo alarga a base de proteção social em matéria de propriedade, isen-tando mais de 50.000 famílias do pagamento de IMI.

- MANUtENçãO dA CláUSUlA dE SAlVAgUARdA dO IMI PARA FAMílIAS dE MENORES RENdIMENtOS

A cláusula de salvaguarda especial é aplicada a famílias de menor rendimen-to (dentro do 1º escalão do IRS), nos termos da qual o aumento de IMI em cada ano nunca pode exceder 75 euros. A cláusula tem um período de vi-gência que ultrapassa em muito os anos de 2014 ou 2015, não tendo limite temporal. Refira-se que cerca de 1 milhão de famílias estão protegidos pela cláusula especial de salvaguarda, pelo que estas famílias não verão o IMI au-mentar mais do que 75 euros por ano.

- hARMONIzAçãO dAS tARIFAS dA ágUA: 75% dOS MUNICíPIOS PASSAM A PAgAR MENOS PElA ágUA qUE CONSOMEM

Através desta medida, o governo procede à harmonização da fatura da água no território nacional e faz com que os habitantes de 75% dos municípios paguem menos pela água que consomem. - MANUtENçãO dA MAJORAçãO dO SUBSídIO dE dESEMPREgO PARA

CASAIS dESEMPREgAdOS COM FIlhOS

Apesar dos dados que indicam a redução da taxa de desemprego e o aumen-to da criação de emprego, o governo não descura aqueles que se encontram ainda sem trabalho e em situação mais débil, beneficiando em concreto os casais em que ambos estejam desempregados e tenham filhos a cargo.

O ORçAMENtO PARA 2015: SEgURANçA, RECUPERAçãO, JUStIçA, CONFIANçA

todos os portugueses perceberam que já acabou o tempo do despesismo, da irresponsabilidade e dos malabarismos financeiros.

Seria falso da parte do governo assumir um discurso desligado da realidade só porque se aproxima um calendário eleitoral. Sabemos que as adversidades não acabaram e que ainda temos de prosseguir a consolidação orçamental.

É este realismo que vai marcar a diferença daqueles que reconhecem o tra-balho difícil, empenhado mas com resultados deste governo.

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Não podemos nem devemos, depois de termos saído do resgaste, regressar ao tempo da irresponsabilidade financeira, dos défices encapotados, do endividamento excessivo e da estagnação económica com que vivemos no passado recente. O nosso papel, com este Orçamento, é tudo fazer, com realismo e responsabilidade, para que Portugal em caso algum volte a precisar de pedir ajuda externa a fim de cumprir os seus deveres públicos e sociais, e construir uma sociedade mais próspera, mais justa e com oportunidades para todos.

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19Orçamento de Estado para 2015: Bom para Portugal

1. ESTE é O PRIMEIRO ORçaMENTO DO ESTaDO (OE) TERMINaDO O PROgRaMa DE aJUSTaMENTO ECONóMICO (PaEF). O qUE TRaz DE NOVO aOS PORTUgUESES?

É um exercício orçamental onde Portugal recupera autonomia, capacida-de de efectuar escolhas e que lhe permite levar a cabo, em várias frentes, uma política de recuperação dos rendimentos, das pensões e dos salários que foram objeto de restrições durante os anos do PAEF. Ao mesmo tem-po, este é um Orçamento em que Portugal ganha na mesma medida no-vas responsabilidades. Em particular, isso quer dizer que deveremos inte-riorizar permanentemente as regras de disciplina financeira implicadas na nossa participação na área do Euro, cuja violação sistemática no passado nos precipitou na maior crise da nossa história democrática.

Em concreto, o OE2015 tem por objetivo central uma redução do saldo orçamental para -2,7% do Produto Interno Bruto (PIB), ou seja, menos 2,1 pontos percentuais do que em 2014.

trata-se, assim, do primeiro défice não excessivo, de acordo com a defi-nição do Pacto de Estabilidade e Crescimento, desde que integramos a moeda única. Na verdade, trata-se do primeiro défice não excessivo dos últimos 26 anos e o mais baixo das últimas quatro décadas.

É sobre esse objetivo, que estamos agora em condições de cumprir, que se funda a credibilidade que devolvemos ao país, um ativo intangível precioso, que nunca deveríamos ter desbaratado como aconteceu no passado durante a governação socialista.

2. MaS é UM ORçaMENTO qUE MaNTéM a aUSTERIDaDE DO PaEF?

É um orçamento que mantém o rigor das contas públicas mas que per-mite iniciar o desagravamento incidente sobre as famílias, através da reforma do IRS e da inovadora introdução de um crédito fiscal determi-nado pelo cumprimento das metas orçamentais, e prosseguir o desagra-vamento fiscal das empresas através de nova redução da taxa de IRC.

Perguntas & Respostas

Orçamento do Estado para 2015

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3. O CENáRIO MaCROECONóMICO DO gOVERNO NãO é DEMaSIaDO OPTIMISTa?

As estimativas e projeções do cenário macroeconómico estão generi-camente em linha com as das principais instituições internacionais e do Banco de Portugal. Isso mesmo foi destacado no parecer do Conselho de Finanças Públicas, que sublinha o facto de «as previsões macroeco-nómicas subjacentes à proposta do OE2015» estarem «em linha com as previsões conhecidas» e não apresentarem «enviesamentos a assinalar».

depois de um crescimento do PIB de 1%, estimado para este ano, prevê--se que a expansão da atividade económica acelere para 1,5%, em 2015, com contributos positivos quer da procura interna (consumo privado e investimento), quer da procura externa líquida, em resultado de um maior dinamismo das exportações e de alguma moderação na evolução das importações, favorecida pelo aumento considerável das existências no ano precedente.

O efeito social mais notável deste resultado é o aumento do emprego pelo segundo ano consecutivo e a queda da taxa de desemprego, tam-bém pelo segundo ano consecutivo, para 13,4%.

4. O gOVERNO Fala EM MUDaNçaS ESTRUTURaIS. COMO é qUE ISSO SE EVIDENCIa?

Evidencia-se pelo facto inédito em muitas décadas de a economia estar a crescer, isto é, estar a consumir e a investir mais, sem comprometer, antes pelo contrário, o reforço do equilíbrio externo.

Com efeito, 2015 será o terceiro ano consecutivo de excedente externo, e o segundo ano consecutivo em que esse excedente coincide com a expansão da atividade económica. Em 2015, a capacidade líquida de fi-nanciamento face ao exterior será equivalente a 1,5% do PIB, mantendo o valor de 2014, mas envolvendo uma melhoria na balança de bens e serviços, ou seja, da diferença entre as exportações e as importações. É preciso recuar sete décadas para observar resultado análogo na eco-nomia portuguesa, isto é, um maior volume de exportações do que de importações.

Este é provavelmente o facto mais importante a assinalar: a capacidade que a economia portuguesa está a revelar de crescer sem desequilíbrio externo. Foi a persistência deste desequilíbrio nas duas décadas que an-tecederam o ajustamento, envolvendo níveis crescentemente incom-portáveis de endividamento público e privado, que determinou a crise que deixámos para trás.

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5. O gOVERNO TEM PRIVIlEgIaDO a CONTENçãO DO DéFICE MaS a VERDaDE é qUE a DíVIDa PúBlICa CONTINUa a SUBIR.

Não é verdade. A trajetória da dívida pública inverteu em 2014, passando a ser decrescente. A dívida pública baixará já este ano em 0,8 pontos per-centuais do PIB, e voltará a baixar, em 2015, em 3,5 pontos percentuais.

Para este comportamento contribuem o crescimento nominal do PIB, os ajustamentos défice-dívida e, crescentemente, o saldo primário (descon-tados os juros), factor crucial para conferir sustentabilidade à trajetória descendente iniciada em 2014.

Com efeito, o saldo primário deverá ascender, em 2015, a 2,2% do PIB, depois de ter sido equivalente a 0,3% do PIB este ano, tal como progra-mado.

6. aS METaS ORçaMENTaIS NãO CUMPREM O aCORDaDO COM a TROIka E a RECOMENDaçãO Da COMISSãO EUROPEIa, PaRa UM DéFICE DE 2,5% DO PIB.

Em primeiro lugar, importa sublinhar que o défice de 2,7% do PIB per-mite terminar no prazo previsto o procedimento por défices excessivos (PdE) aberto contra Portugal em 2009.

A meta de 2,5% supunha a possibilidade de cumprimento das medidas previstas no documento de Estratégia Orçamental 2014-2018 (dEO), de-signadamente a redução remuneratória progressiva na Administração Pública e a solução permanente definida para substituir a Contribuição Extraordinária de Solidariedade.

Face às decisões do tribunal Constitucional, inviabilizando entre outras aquelas duas medidas estruturantes, e face ainda à entrada em vigor do novo sistema de contas SEC2010, alargando o perímetro de consolida-ção orçamental, o governo teve de reavaliar em baixa o montante total das medidas que estavam previstas no dEO para sensivelmente metade. O cumprimento da meta acordada exigiria, deste modo, medidas adicio-nais num montante de 0,5% do PIB.

O governo começou por definir medidas adicionais do lado da despesa e no âmbito da Reforma do Estado, destacando-se a introdução de um teto máximo para o recebimento de prestações sociais e uma contribui-ção extraordinária sobre as pensões acima de 4.611 euros.

dadas as restrições objetivas à redução adicional de despesa em salários e pensões, impostas pelo entendimento do tribunal Constitucional, o governo foi forçado a considerar opções ao nível da receita, evitando o recurso a alterações significativas nos principais impostos.

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No seu conjunto, estas decisões permitiram elevar o volume global de medidas de consolidação orçamental para 0,7% do PIB, resultando num défice orçamental de 2,7%, em 2015.

Neste ponto, concluiu-se que o limite de 2,5% do PIB apenas poderia ser atingido através de um novo aumento de impostos, num contexto em que a carga fiscal já se situa em níveis elevados.

Assim, mediante uma avaliação cuidada do potencial custo de não cum-prir a meta previamente fixada para o défice, o governo optou por não sobrecarregar a economia com mais impostos e rever a estimativa do défice orçamental para 2,7% do PIB – um valor ligeiramente acima do compromisso estabelecido, mas que permite concretizar a saída dos PdE, registando o primeiro ano desde a adesão do país à moeda única em que a regra do défice orçamental é cumprida.

7. a DECISãO DE NãO CUMPRIR a METa DE 2,5% PaRa O DéFICE NãO COMPROMETE a CREDIBIlIDaDE ExTERNa DO PaíS?

Vale a pena sublinhar o caminho que percorremos até chegarmos ao sal-do global de -2,7% do PIB, programado para 2015. herdámos um défice, no ano que antecedeu o resgate, de 11,2% do PIB. É face a esse valor que devemos contrastar a meta de 2,7% para o défice em 2015. Em quatro anos, reduzimos o défice global em 8,5 pontos percentuais do PIB.

A correção observada no saldo primário, isto é, no saldo sem juros, é ain-da mais expressiva. 2015 é o terceiro ano consecutivo de excedente pri-mário, devendo este atingir 2,2%, culminando uma correção acumulada em apenas quatro anos de 10,4 pontos percentuais. Uma correção desta magnitude não tem paralelo na história democrática portuguesa e é a credibilidade que com ela foi reconquistada que permitiu ao país voltar aos mercados financeiros com taxas de juro historicamente mínimas.

8. qUaIS SãO aS MEDIDaS qUE CONSUBSTaNCIaM O ESFORçO REFERIDO DE 0,7% DO PIB Na CORREçãO DO DéFICE?

As medidas específicas de consolidação orçamental ascendem a cerca de 1.200 milhões de euros, dos quais mil milhões têm carácter perma-nente e dividem-se equitativamente pela receita e pela despesa.

do lado da despesa, destacam-se uma forte compressão dos consu-mos intermédios e ainda a continuação da redução das despesas com pessoal da Administração Pública, apesar das limitações impostas pelos acórdãos do tribunal Constitucional e que obrigam à consideração de medidas adicionais no lado da receita.

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9. COMO é OBTIDa a REDUçãO Na DESPESa COM PESSOal?

A reversão parcial da redução remuneratória, com uma recuperação de 20% já em Janeiro de 2015 nos salários acima de 1.500 euros, será com-pensada pela redução de pessoal por via da aposentação e também das rescisões por mútuo acordo. Acrescem a estas poupanças ganhos com a utilização do sistema de requalificação dos trabalhadores. Isto significa que o governo começa em 2015 a reposição gradual dos rendimentos dos funcionários públicos, sem com isso comprometer o objectivo fun-damental de terminar o PdE.

10. O qUE aCONTECE aOS PENSIONISTaS?

Em 2015 extingue-se a Contribuição Extraordinária de Solidariedade para a esmagadora maioria das pensões. Isto quer dizer que apenas as pensões muito elevadas, isto é, acima de 4.611 euros, terão uma redução no seu valor. Esta redução será de 15% sobre o valor que exceda aquele limite, e de 40% sobre o montante que exceda 7.127 euros.

Em contrapartida, as pensões mínimas de invalidez e velhice serão atua-lizadas em 1%.

A classe média não terá qualquer redução das suas pensões em 2015.

11. EM qUE CONSISTE O TECTO glOBal SOBRE aS PRESTaçÕES SOCIaIS?

Esta é uma nova medida do lado da despesa que consiste na definição de um limite para a acumulação de prestações sociais não contributivas, visando assegurar que os seus beneficiários não aufiram mais rendimen-tos do que seria o caso dos rendimentos por via do trabalho.

12. a qUE MEDIDaS DO laDO Da RECEITa FOI NECESSáRIO RECORRER PaRa PERFazER O MONTaNTE NECESSáRIO PaRa a METa

DO DéFICE DE 2,7%?

Em primeiro lugar, e respeitando a lógica de pedir mais a quem tem maior capacidade contributiva, foi aumentada a contribuição extraordinária so-bre o sector bancário, permitindo um encaixe adicional de 31 milhões de euros. Adicionalmente, procedeu-se a um aumento da contribuição para o sector rodoviário com o objectivo de financiar os encargos com as parcei-ras público-privadas rodoviárias contratadas até 2010 e cujo pagamento se iniciou em 2014. Finalmente, o governo procedeu à regulação do jogo online, estimando uma receita adicional de 25 milhões de euros.

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Além disso, são introduzidas alterações com impacto positivo na receita em impostos sobre o consumo, como sejam o Imposto sobre os Produ-tos Petrolíferos, o Imposto sobre o tabaco e o Imposto sobre o álcool e Bebidas Alcoólicas.

13. COMO COMPaTIBIlIzaR OS aUMENTOS DE IMPOSTOS REFERIDOS COM O DESagRaVaMENTO FISCal DE FaMílIaS E EMPRESaS?

No âmbito da profunda reforma do IRC, que mereceu a anuência do Par-tido Socialista, a taxa voltará a ser reduzida, agora de 23% para 21%, com o objectivo de introduzir um ambiente progressivamente mais competi-tivo do ponto de vista fiscal para as empresas que exercem atividade em território nacional, ao mesmo tempo que se consolidam a previsibilidade e estabilidade fiscais, necessárias para o investimento.

Relativamente às famílias introduz-se um inovador mecanismo de crédi-to fiscal, dependente da execução das metas de receita do IVA e IRS. Este crédito abate à sobretaxa de IRS e será em 2016 liquidado o montante referente ao ano de 2015. O objectivo é não apenas o desagravamento da carga fiscal mas também um estímulo adicional ao combate à fraude e evasão fiscais.

Paralelamente, procede-se também à introdução de alterações legisla-tivas com vista à promoção da natalidade. destacam-se neste quadro a criação de um quociente familiar, que inclui filhos e ascendentes, mas também um novo regime de deduções, mais favorável e, entre outras medidas, a simplificação do IRS, com dispensa de entrega de declaração para uma grande parcela da população portuguesa.

14. a INTRODUçãO Da FISCalIDaDE VERDE NãO é UMa FORMa DE aUMENTO DE IMPOSTOS?

Não. A fiscalidade verde é neutral do ponto de vista fiscal, uma vez que a receita por ela obtida visa acomodar os novos benefícios em sede de IRS, ao mesmo tempo que pretende induzir comportamentos mais racionais do ponto de vista ambiental.

15. DE qUE FORMa é qUE a REFORMa DO IRS BENEFICIa aS FaMílIaS PORTUgUESaS?

As mudanças são várias e transversais, consumando um esforço sem pre-cedentes de discriminar positivamente as famílias no IRS.

Pela primeira vez é criado o quociente familiar no IRS, o que representa uma mudança estrutural da maior relevância para as famílias portuguesas:

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A partir de 2015, os filhos e os ascendentes a cargo (por exemplo, os avós) passarão a ser considerados no IRS de cada família. O quociente familiar começa com o ponderador de 0,3% por filho ou ascendente, como a Co-missão de Reforma tinha proposto. Por outro lado, o benefício total para as famílias da aplicação do quociente pode ir até 2.000 euros, sendo introdu-zidos limites crescentes em função da dimensão do agregado familiar:

• 600eurosparaagregadoscomumfilho/ascendenteacargo;

• 1.250eurosparaagregadoscomdoisfilhos/ascendentesacargo;

• 2.000eurosparaagregadoscomtrêsoumaisfilhos/ascendentesacargo.

A Reforma do IRS proposta pelo governo prevê também uma alteração substancial do atual regime de deduções fixas e variáveis em sede de IRS. Pela 1º vez, um novo regime de deduções abrange todas as despesas familiares.

Esta alteração de paradigma visa atingir 3 objetivos primordiais:

Com esta reforma, todo o tipo de despesas realizado pelas famílias será relevante para efeitos de IRS, com um limite até 600€ por casal. São re-forçadas as deduções fixas dos filhos e ascendentes que acrescem aos benefícios do quociente familiar. A dedução por ascendente a cargo é reforçada para 300 euros e a dedução por filho é aumentada para 325 euros. Em segundo lugar, é também reforçada para 15% a percentagem de dedução por despesas de saúde e mantida a dedução à coleta por exigência de fatura (beneficio e-fatura): 15% do IVA incorrido na aquisi-ção em 4 sectores (limite 250€)

Em terceiro lugar, propõe-se a criação dos vales sociais de educação para filhos até 25 anos. Como medida de apoio ao esforço económico que as famílias realizam para a educação dos seus filhos, esta Reforma do IRS permite que as entidades patronais possam pagar parte dos vencimen-tos aos seus trabalhadores (categoria A) em vales sociais de educação (“ticket escola”), excluídos de tributação em IRS. Estes vales podem ser utilizados para pagamento de serviços escolares

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MEDIDaS DE PROTEçãO Da FaMílIa

1. AlARgAMENtO dO qUOCIENtE FAMIlIAR NO IRS

O sistema atualmente em vigor consagra o quociente conjugal. de acordo com esse regime, o rendimento coletável da família é dividido por 2, aplican-do-se a taxa de IRS de acordo com esse resultado.

Agora pela 1º vez, é criado o quociente familiar no IRS, o que representa uma mudança estrutural da maior relevância para as famílias portuguesas:

A partir de 2015, os filhos e os ascendentes a cargo (por exemplo, os avós) passarão a ser considerados no IRS de cada família. O quociente familiar co-meça com o ponderador de 0,3% por filho ou ascendente, como a Comissão de Reforma tinha proposto. Por outro lado o benefício total para as famílias da aplicação do quociente pode ir até 2.000 euros, sendo introduzidos limi-tes crescentes em função da dimensão do agregado familiar:

• 600eurosparaagregadoscomumfilho/ascendenteacargo;

• 1.250eurosparaagregadoscomdoisfilhos/ascendentesacargo;

• 2.000eurosparaagregadoscomtrêsoumaisfilhos/ascendentesacargo.

Para reforçar os efeitos do quociente familiar, e se a situação económica e financeira do país assim o permitir, a ponderação por filho deverá crescer para 0,4 % em 2016 e para 0,5 % em 2017, e o limite máximo do benefício para 2.250 euros em 2016 e 2.500 euros em 2017, aproximando-se do regime mais efetivo na Europa (França).

Ao estabelecer-se um regime com benefícios progressivos conforme a di-mensão do agregado, o governo tem a preocupação da equidade. Ao esta-belecer-se um limite global, o governo tem a preocupação da não regressi-vidade.

Principais medidas da reforma do IRS

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Esta alteração da política fiscal portuguesa visa não só proteger as famílias com filhos e ascendentes a cargo, mas também contribuir, juntamente com outras políticas familiares, para criar melhores condições para promover a natalidade e, assim, inverter o défice demográfico que Portugal enfrenta nos dias de hoje.

Esta medida é absolutamente vital para:

• Protegerasfamíliascomfilhosouaquelasqueosqueremter,nãopena-lizando as que não têm filhos;

• Contribuir,juntamentecomoutraspolíticasfamiliares,paracriarmelhorescondições para promover a natalidade e inverter o défice demográfico;

• Criarmelhorescondiçõesparaqueasfamíliaspossamacolheremcasaos avós com rendimentos mais frágeis.

2. NOVO REgIME dE dEdUçõES qUE ABRANgE tOdAS AS dESPESAS FAMIlIARES

A Reforma do IRS proposta pelo governo prevê uma alteração substancial do atual regime de deduções fixas e variáveis em sede de IRS. Pela primeira vez, um novo regime de deduções abrange todas as despesas familiares.

Esta alteração de paradigma visa atingir 4 objetivos primordiais:

Com esta reforma, todo o tipo de despesas realizado pelas famílias será rele-vante para efeitos de IRS, com um limite até 600 euros por casal. São reforça-das as deduções fixas dos filhos e ascendentes que acrescem aos benefícios do quociente familiar. A dedução por ascendente a cargo é reforçada para 300 euros e a dedução por filho é aumentada para 325 euros.

É também reforçada para 15% a percentagem de dedução por despesas de saúde (com limite de 1.000 euros) e mantida a dedução à coleta por exigên-cia de fatura (beneficio e-fatura): 15% do IVA incorrido na aquisição em 4 sectores (limite 250 euros).

Este novo regime de deduções baseia-se no sistema e-fatura o que garante um regime simples e sem burocracia, ao mesmo tempo que permite à admi-nistração fiscal pré-preencher a declaração de IRS.

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3. ABAtIMENtO dAS dESPESAS gERAIS dE EdUCAçãO E CRIAçãO dOS VAlES SOCIAIS dE EdUCAçãO

A reforma do IRS prevê a criação de um abatimento à matéria coletável no valor das despesas com educação incorridas em educação pelas famílias. Este abatimento, que tem um limite de 4.500 euros por agregado familiar, permite apoiar o esforço de todas as famílias com a respectiva educação e formação, não só dos sujeitos passivos mas também dos dependentes até 25 anos. desta forma são abrangidos também os estudantes universitários, facilitando o acesso dos filhos ao ensino superior

A Reforma do IRS permite também que as entidades patronais possam pagar parte dos vencimentos aos seus trabalhadores (categoria A) em vales sociais de educação (“ticket escola”), excluídos de tributação em IRS. Estes vales po-dem ser utilizados para pagamento de serviços escolares para filhos até 25 anos a idade e concorrem também para o abatimento relativo às despesas de educação.

Esta medida permite uma maior flexibilidade na forma de remuneração dos trabalhadores e um incentivo fiscal para suportar despesas de educação dos filhos até completarem o seu ciclo de estudos.

4. FIM dA dISCRIMINAçãO FISCAl dO CASAMENtO

Nesta Reforma é proposto que a tributação separada do casal seja a regra no IRS, salvaguardando-se, no entanto, a possibilidade de opção pela tributação conjunta. Com esta mudança estrutural do IRS, que acompanha os regimes fis-cais da esmagadora maioria dos países da União Europeia, pretende-se simpli-ficar e reduzir significativamente as obrigações declarativas dos contribuintes. A manutenção da possibilidade da tributação conjunta justifica-se pelo facto de esta forma de apuramento do imposto proteger os casais em que os con-tribuintes obtenham rendimentos de valores díspares, nomeadamente em situações de desemprego de um dos sujeitos passivos.

5. AlARgAMENtO dO CONCEItO dE dEPENdENtE PARA EFEItOS dE tRIBUtAçãO dA FAMílIA

A partir de 2015, todos os filhos com idade até 25 anos que ainda residem com os seus pais e que ainda não aufiram rendimentos, passam a ser con-siderados dependentes para efeitos de IRS. Esta medida visa salvaguardar especialmente as situações de jovens desempregados que hoje afectam as famílias portuguesas.

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6. VENdA dO IMóVEl PARA AMORtIzAR EMPRÉStIMOS BENEFICIA dE ExClUSãO dE tRIBUtAçãO

dAS MAIS-VAlIAS

Nesta Reforma é proposta, de forma transitória (até 2020), a exclusão de tri-butação dos ganhos (mais valias) obtidos com a alienação de prédios, afetos a habitação própria, quando o valor da alienação seja utilizado no pagamen-to ou amortização parcial de empréstimos contraídos para a sua aquisição.

Esta medida fiscal visa proteger as famílias que enfrentam dificuldades em solver os compromissos assumidos para aquisição da sua habitação, excluin-do de tributação eventuais ganhos na venda desses imóveis.

7. AUMENtO dO MíNIMO dE ExIStêNCIA

O aumento do mínimo de existência dos atuais 8.104 euros para 8.500 euros, conforme proposto na reforma do IRS, permitirá que 120.000 agregados fa-miliares de baixos rendimentos deixem de pagar IRS.

8. CláUSUlA dO REgIME MAIS FAVORáVEl

Na reforma do IRS as famílias com filhos ou ascendentes a cargo beneficiarão um alívio fiscal sem penalização das famílias sem filhos.

Com a introdução desta cláusula, o governo garante que cada família possa beneficiar do regime mais favorável, bastando para tal, no momento da en-trega da declaração de IRS e de forma simples e electrónica, solicitar a liqui-dação da sua declaração de IRS de acordo com as regras do IRS vigentes em 2014. Estima-se que a aplicação desta cláusula seja residual .

MEDIDaS DE PROMOçãO Da MOBIlIDaDE SOCIal

9. APOIO AO EMPREENdEdORISMO INdIVIdUAl

Os trabalhadores por conta de outrem que iniciarem uma atividade econó-mica por conta própria passam a beneficiar de uma redução de IRS de 50% no 1.º ano e de 25% no 2.º ano.

Esta medida visa promover fortemente o empreendedorismo individual e apoiar o início da atividade empresarial por parte dos contribuintes como

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forma de promoção do investimento privado e criação de emprego. Esta medida também abrange os desempregados que iniciem uma ativida-de económica por conta própria.

10. APOIO à MOBIlIdAdE gEOgRáFICA dOS tRABAlhAdORES NO INtERIOR dO PAíS

A Reforma do IRS proposta pelo governo prevê uma exclusão de tributação para a compensação recebida pelos trabalhadores por conta de outrem que aceitem ir trabalhar para uma localidade situada a mais de 100 quilómetros do seu domicílio.

Esta medida visa promover a mobilidade geográfica dos trabalhadores e facilitar a aceitação de empregos, nomeadamente no interior do país, em coerência com o reforço dos incentivos fiscais de apoio aos investimentos no interior no âmbito do Código Fiscal do Investimento.

Este regime é alargado de modo a abranger não só a compensação recebida, como também as despesas e encargos suportados diretamente pela entida-de patronal com a deslocação (despesas de transporte) que assim não são considerados rendimento em espécie do trabalhador.

11. REgIME ESPECIAl dE tRIBUtAçãO PARA ExPAtRIAdOS

de forma a apoiar o esforço de internacionalização das empresas portugue-sas, o governo introduz um regime especial de tributação para expatriados já a partir de 2015. Com este regime, o rendimento pago por empresas por-tuguesas a título de compensação para os trabalhadores que se deslocam temporariamente para fora do país ao serviço dessa empresa passa a estar sujeito a um regime especial de tributação, de modo a fomentar a conquista de novos mercados por parte das empresas portuguesas.

12. AtOS ISOlAdOS NA CAtEgORIA B

A Reforma do IRS, motivada essencialmente pelo desejo de promover a progressiva integração de jovens do mercado de trabalho, nomeadamente estudantes, a qual muitas vezes acontece pela realização de tarefas pontu-ais remuneradas, propõe que o rendimento obtido pela prática do que a lei designa por “atos isolados”, quando não exceda anualmente 1.676,88 euros (o valor correspondente a quatro vezes o montante do Indexante de Apoios Sociais (IAS), fique isento de IRS, sem exigência do cumprimento de quais-quer obrigações declarativas por parte dos beneficiários.

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13. AlARgAMENtO dAS dESPESAS dEdUtíVEIS NO âMBItO dOS RENdIMENtOS PREdIAIS

Esta reforma propõe a consagração do arrendamento como atividade eco-nómica e, consequentemente, a possibilidade de dedução da maioria dos gastos que sejam efetivamente suportados e pagos pelo contribuinte que aufira rendimentos prediais.

14. AlARgAMENtO dO INCENtIVO FISCAl à POUPANçA

A presente Reforma do IRS alarga o regime de tratamento fiscal mais favo-rável aplicável aos seguros de capitalização a outras formas de poupança com prazos de imobilização equivalentes de 5 e 8 anos (nomeadamente a depósitos a prazo), como forma de incentivar a poupança dos contribuintes individuais.

MEDIDaS DE SIMPlIFICaçãO

15. AlARgAMENtO dA dISPENSA dE ENtREgA dE dEClARAçõES

A Reforma do IRS propõe o alargamento do regime de dispensa de entrega de declaração de rendimentos a todos os contribuintes que se encontram abrangidos pelo mínimo de existência e que apenas aufiram de rendimentos da categoria A e h.

Esta medida, de carácter estrutural, visa eliminar as obrigações declarativas de mais de 2 milhões de famílias e reduzir os custos de contexto de uma parte significativa dos contribuintes portugueses.

Por fim, a administração fiscal fica obrigada a emitir uma certidão comprova-tiva dos rendimentos auferidos por estes contribuintes dispensados de en-tregar declaração (utilizando os dados que já possui), para poder ser utilizada para efeitos de apoios sociais.

16. CRIAçãO dA dEClARAçãO SIMPlIFICAdA dE IRS

todos os contribuintes que estejam abrangidos pela tributação separada passarão a beneficiar de uma “declaração simplificada”. Esta declaração estará totalmente pré-preenchida pela administração fiscal e os contribuintes ape-

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nas terão que a confirmar com um simples ato de aceitação, caso concorda-rem com o seu conteúdo. Esta medida tem evidentes vantagens ao nível da redução dos atuais custos de cumprimento.

Esta medida permitirá reduzir significativamente as obrigações declarativas de um universo potencial de 1,7 milhões de famílias em Portugal.

17. ElIMINAçãO dE OUtRAS OBRIgAçõES dEClARAtIVAS (SIMPlIFICAçãO)

A Reforma do IRS materializa soluções que permitem dispensar de obriga-ções declarativas (cerca de 30 obrigações declarativas) um elevado número de contribuintes e, em muitos outros casos, a redução de tais obrigações a um ato de simples confirmação de uma liquidação pré-elaborada pelos serviços. demonstra-se assim a capacidade de reduzir e facilitar, em muito, os deveres de cooperação que ora recaem sobre os contribuintes e sobre ter-ceiros, sem que seja posta em causa a segurança da liquidação e a cobrança do imposto.

A título de exemplo, propõe-se a eliminação da necessidade de obter, até 31 de janeiro de cada ano, uma carta da entidade pagadora de rendimentos de capitais (juros de contas a prazo, por exemplo), que comprove os mon-tantes pagos e retidos no ano anterior, para efeitos de englobamento dos rendimentos.

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1. O qUE é? trata-se de um conjunto de medidas que pretendem penalizar os comporta-mentos poluentes e incentivar atitudes mais verdes.

A Fiscalidade Verde nasce a partir de um anteprojeto de reforma, levado a cabo por uma comissão que depois cresceu com uma ampla consulta públi-ca – com mais de 100 participações de entidades e particulares.

São os impostos verdes, que pretendem promover comportamentos mais sustentáveis e amigos do ambiente, que permitem o alívio fiscal em sede de IRS para as famílias portuguesas.

A Reforma está enquadrada numa visão alargada e estratégica para o futuro do país, plasmada no Compromisso para o Crescimento Verde e, por isso, contém medidas que ultrapassam o ano de 2015. 2. OBJETIVOS:

• Reduziradependênciaenergéticadoexterior;

• Induzirpadrõesdeproduçãoedeconsumomaissustentáveis,reforçan-do a liberdade e responsabilidade dos cidadãos e das empresas;

• Promover aeficiêncianautilizaçãode recursos,nomeadamenteágua,energia e materiais (alteração de paradigma – da economia linear para a economia circular);

• Fomentaroempreendedorismoeacriaçãodeemprego;

• Diversificarfontesdereceita,numcontextodeneutralidadedosistemafiscal e de competitividade económica.

3. PRESSUPOSTOS Da REFORMa: Neutralidade fiscal: a receita líquida gerada de 148 milhões de euros é recicla-

Reforma da Fiscalidade Verde

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da através do desagravamento do IRS pelo quociente familiar, já no próximo ano.

triplo dividendo: proteger o ambiente e reduzir dependência energética do exterior + fomentar o crescimento e emprego + contribuir para a responsa-bilidade orçamental e para a redução dos desequilíbrios externos.

SETOR MEDIDA IMPACTO ESTIMADO

Energia e Transportes

Taxa de Carbono: sobre setores não incluídos no sistema europeu de comércio de emissões. Viagens de avião foram excluídas porque vão entrar no mercado CELE.

+ 95 milhões de euros

Reforço das Taxas de ISV em função das emissões de CO2; Revisão do limite de CO2 dos táxis para efeitos da concessão do benefício em sede de ISV

+ 28 milhões de euros

Incentivos aos carros elétricos, híbridos plug-in, GPL e GNV (através de IRS e IRC)

- 8 milhões de euros

Dedução do IVA em viaturas de turismo elétricas ou híbridas plug-in

- 1 milhões de euros

Incentivo à criação de sistemas de bike-sharing e car--sharing nas empresas

Incentivo ao abate fiscal de viaturas em fim de vida; subsí-dios atribuídos por veículo elétrico novo (4500 euros) e por híbrido plug-in (3250 euros)

Águas e Resíduos

Taxa de 8 cêntimos sobre sacos plásticos leves (10 cêntimos com IVA); sacos do lixo são mais baratos e bio-degradáveis; cada português gasta em média 466 sacos de plástico/ano

+ 40 milhões de euros

Revisão da Taxa de Gestão de Resíduos – 5,5 euros/ton em 2015

+ 2,5 milhões de euros

Revisão da Taxa de Recursos Hídricos – para 2016 +4,09 milhões de euros

Território

Redução de IMI: 50% para prédios destinados à produção de energia renovável e integrados em áreas classificadas que proporcionem serviços de ecossistema

Isenção de IMI para prédios afetos ao abastecimento público de água, saneamento, gestão de resíduos ou utili-zados para fins florestais ou integrados na bolsa de terras

Desoneração fiscal da propriedade com uso florestal sustentável

Atribuição da receita da derrama das empresas atenden-do ao impacto da exploração de recursos naturais ou do tratamento de resíduos.

Reforço das atividades do Fundo de Conservação da Natureza; 15% da receita proveniente da taxa dos sacos de plástico é para financiar projetos como o Natural.PT

4. PRINCIPaIS MEDIDaS:

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OBJEtIVOS:

• Reduziradependênciaenergéticadoexterior

• Induzirpadrõesdeproduçãoedeconsumomaissustentáveis,reforçan-do a liberdade e responsabilidade dos cidadãos e das empresas.

• Promoveraeficiêncianautilizaçãoderecursos,nomeadamente,água,energia e materiais (alteração de paradigma – da economia linear para a economia circular)

• Fomentaroempreendedorismoeacriaçãodeemprego

• Diversificarfontesdereceita,numcontextodeneutralidadedosistemafiscal e de competitividade económica.

PRESSUPOStOS dA REFORMA:

1. NEUtRAlIdAdE FISCAl:

• Oaumentolíquidodareceitatemdeserutilizadoparadiminuiroutrosimpostos, nomeadamente, sobre o rendimento.

2. tRIPlO dIVIdENdO:

• Protegeroambienteereduziradependênciaenergéticadoexterior;

• Fomentarocrescimentoeemprego;

• Contribuirparaaresponsabilidadeorçamentaleparaareduçãodosde-sequilíbrios externos.

SOBRE O PROCESSO:

• 29deJaneiro:iníciodefunçõesdaComissãodaReformadaFiscalidadeVerde, presidida pelo Prof. Jorge Vasconcelos;

• 30deJunho:entregadoAnteprojetodeReforma;

• Consulta eDiscussãopúblicadaspropostasdaComissãonumamploprocesso com a participação de mais de 100 entidades e particulares

• 15deSetembro:apresentação,pelaComissão,doProjetodeReforma

• 16deOutubro:aprovaçãopeloCM

• ...:discussãoeaprovaçãonaAR

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• AVALIAÇÃODEIMPACTO:aComissãoutilizou4modelostecnológicoseeconómicos aplicados à economia portuguesa – tIMES, dgEP, MOdEM e gEM.

ENERgIA E tRANSPORtES

1. tAxA dE CARBONO

• Incidirásobreossetoresnãoincluídosnosistemaeuropeudecomérciode emissões (CElE). A taxa anual será indexada à cotação de carbono apurada no leilão CElE do ano anterior. Atualmente, 5€.

• Impactoem2015:+95M€

2. REFORçO dAS tAxAS dE ISV EM FUNçãO dAS EMISSõES dE CO2

• Agravamentodas taxasde ISVem funçãodasemissõesdeCO2,bemcomo a revisão do limite de CO2 dos táxis para efeitos da concessão do benefício em sede de ISV.

• Impacto:+28M€

3. INCENtIVOS AOS CARROS ElÉtRICOS, híBRIdOS PlUg-IN, gPl E gNV (AtRAVÉS dOS MONtANtES ElEgíVEIS PARA gAStO FISCAl E dA tRIBUtAçãO AUtóNOMA IRS E IRC)

• Impacto:-8M€/ano

Receita estimada

2020 +153 M€

2025 +284 M€2030 +419 M€2035 +453 M€2040 +471 M€2045 +490 M€2050 +510 M€

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4. dEdUçãO dO IVA EM VIAtURAS dE tURISMO ElÉCtRICAS OU híBRIdAS PlUg-IN

• Benefícioaplicadoàaquisição,aofabrico,àimportação,àlocação,àuti-lização, à transformação e à reparação das viaturas

• Impacto:-1M€/ano

5. INCENtIVO à CRIAçãO dE SIStEMAS dE BIkE-ShARINg E CAR-ShARINg NAS EMPRESAS

• Aaquisiçãodefrotasdebicicletasbeneficiarádotratamentofiscalequi-valente àquele que é conferido às despesas com a aquisição de passes de transportes públicos.

6. INCENtIVO FISCAl AO ABAtE dE VEíCUlOS EM FIM dE VIdA:

• Incentivofiscal sob a formadedevoluçãode ISVoude atribuiçãodesubsídio, mediante a compra de nova viatura.

ágUA E RESídUOS

7. REVISãO dA tAxA dE RECURSOS hídRICOS (CRIAdA EM 2008)

• Oobjetivoépromoverasimplificação,aeficiêncianaadução,nadistri-buição e na utilização e a proteção dos recursos hídricos da taxa.

• Medidaaaplicarem2016.

• Impacto:+4,09M€/ano

8. REVISãO dA tAxA dE gEStãO dE RESídUOS

• Comovalordereferênciade5,5€/tonem2015e11€/tonem2020paradesincentivar o depósito em aterro.

• Impactoem2015:+2,5M€

Subsídios atribuídos

Veículo elétrico novo 4500 €

Veículo híbrido plug-in 3250 €

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9. tAxA SOBRE OS SACOS dE PláStICO lEVES

• Novalorde8cêntimosporsaco,comoobjetivodereduzirasuautili-zação para um nível máximo de 50 sacos per capita/ano em 2015, e de 35 sacos per capita/ano em 2016, quando atualmente cada português utiliza em média 466 sacos por ano.

• Impacto:+40M€

tERRItóRIO, BIOdIVERSIdAdE E FlOREStA

10. REdUçãO dO IMI

• Redução,em50%,dacoletadeIMInosprédiosdestinadosàproduçãode energias renováveis;

• Redução,em50%,sobpropostadas freguesias,do IMIdeprédiosrús-ticos integrados em áreas classificadas, que proporcionem serviços de ecossistema;

• Isençãode IMIparaprédiosafetosaoabastecimentopúblicodeáguaàs populações, de saneamento de águas residuais urbanas e de gestão de resíduos urbanos e para os prédios utilizados para fins florestais ou integrados na bolsa de terras;

• Desoneraçãofiscaldapropriedadecomusoflorestalsustentável.

11. AtRIBUIçãO dA RECEItA dA dERRAMA dAS EMPRESAS AtENdENdO AO IMPACtO dA ExPlORAçãO dE RECURSOS NAtURAIS

OU dO tRAtAMENtO dE RESídUOS.

• Seovolumedenegóciosdaempresaforresultante,emmaisde50%,daexploração de recursos naturais ou do tratamento de resíduos, a derrama é atribuída ao respetivo município.

12. REFORçO dAS AtIVIdAdES dO FUNdO dE CONSERVAçãO dA NAtUREzA • ReforçodoFundodeConservaçãodaNatureza,atravésde15%darecei-

ta proveniente da tributação dos sacos plásticos, para financiar projetos nos municípios que integram áreas classificadas, nomeadamente, atra-vés do programa NAtURAl.Pt.

• Impactoem2015:-6M€

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OUtRAS AltERAçõES:

• Reconhecimento das provisões para reparação de danos ambientaiscomo fiscalmente dedutíveis.

• Adoçãodeumprazomáximodevidaútilde25anos,aquecorrespon-derá um prazo mínimo de vida útil de 12,5 anos de período de amortiza-ção, de equipamentos eólicos e fotovoltaicos para efeitos de IRC.

• Majoraçãoparaefeitosfiscaisdocustocomeletricidade,GPLeGNVutili-zados em transportes públicos de passageiros e mercadorias.  

• Revogaçãodataxaaplicávelàconversãodeveículosacombustãoparaveículos elétricos.

• Desoneraçãodosrendimentosgeradospelaexploraçãosustentáveldosrecursos florestais em função do investimento efetuado em IRS e IRC

• Criaçãodeumregimedebenefíciosfiscaisespecíficos,designadamentese aderente à zIF

EStRAtÉgIA dA NEUtRAlIdAdE FISCAl PARA 2015:

RECEITA FISCAL 2015 DESPESA FISCAL 2015RECEITA LÍQUIDA A RECICLAR 2015

desagravamento do IRS através do quociente familiar

+165,5 M€* -17,5M € 148 M€

* A proposta da Comissão de Reforma da Fiscalidade Verde previa uma receita de 198 M€

De futuro, a estratégia de reciclagem da receita gerada a partir da fisca-lidade verde, deverá contribuir não apenas, como em 2015, para o desa-gravamento dos impostos sobre o rendimento do trabalho e das famílias, mas também, como analisou a Comissão de Reforma, para a atribuição de créditos fiscais às empresas em investimentos em eficiência energética.

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