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Projeto de Lei Orçamentária Anual . Orçamento Cidadão Nosso compromisso é com você. PLOA 2015

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  • PLOA2015

    Projeto de LeiOramentria Anual

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    Oramento Cidado Nosso compromisso com voc.

    PLOA2015

  • MINISTRIO DO PLANEJAMENTO, ORAMENTO E GESTO

    Ministra do Planejamento, Oramento e GestoMiriam Belchior

    Secretria-ExecutivaEva Maria Cella Dal Chiavon

    Secretrio de Oramento FederalJos Roberto Fernandes Jnior

    Secretrios-AdjuntosAntonio Carlos Paiva FuturoFranselmo Arajo CostaGeorge Alberto de Aguiar Soares

    Coordenador-Geral de Inovao e Assuntos Oramentrios e FederativosLuiz Guilherme Pinto Henriques

    Coordenadora de Inovao, Transparncia Oramentria e Qualidade do GastoIsabella Amaral da Silva

    Equipe TcnicaContedo Carlos Leonardo Klein BarcelosJorge Gabriel Moiss FilhoJos Paulo de Arajo MascarenhasLeila Barbieri de Matos Frossard Leonardo Cavalcanti de Melo

    ColaboradoresGeraldo Julio JuniorErnani Luiz Barros FernandesRicardo Alfredo Ribeiro Bezerra

    FotografiaASCOM MDS (Ubirajara Machado: 4,36)ASCOM MDA (Eduardo Aigner: 50)Fotos com uso permitido do PAC:flicker.com/photos/pacgov/

    Arte GrficaDeBrito Propaganda Ltda.

    ColaboradoresIrla MaiaLatitude/UnB(Resp. Tc.:Tiago Ianuck/Karen Scaff)

    Informaes: www.orcamentofederal.gov.br Secretaria de Oramento FederalSEPN 516, Bloco D, Lote 8, 70770-524, Braslia DF Tel.: (61) 2020-2000

    Brasil. Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto. Secretaria de Oramento Federal. Oramento Cidado: Projeto de Lei Oramentria Anual - PLOA 2015. Braslia, 2014. 60p: il.color 1 - Oramento pblico. 2. Proposta oramentria. I. Ttulo.

    CDU: 336.14(81)2015 CDD: 351.722

  • Apresentao Edio 2015

    Manter a populao informada uma importante tarefa do governo. Um dos desafios governamentais superar a linguagem tcnica usualmente utilizada de forma a permitir que o cidado tenha melhor compreenso da matria oramentria. com o intuito de melhorar esta compreenso e aumentar a transparncia das aes de governo que a Secretaria de Oramento Federal publica, desde 2011, uma verso simplificada do Projeto de Lei Oramentria Anual enviado ao Congresso Nacional em cada ano.

    O objetivo deste oramento simplificado contribuir para a formao de uma sociedade melhor informada e mais participativa na gesto dos recursos pblicos. no oramento que se define o que ser feito e quanto ser gasto pelo Governo Federal para atender s necessidades da populao, nas diversas reas, tais como sade, agricultura, educao e segurana. Entender como esta atividade funciona e participar de sua conduo, direta ou indiretamente, uma condio essencial para o exerccio da cidadania.

    Por se tratar de uma sntese, um documento dessa natureza sempre ser limitado e jamais suprir integralmente as necessidades de informao sobre o oramento da Unio. Porm, espero que esta referncia inicial permita ao cidado conhecer a proposta para 2015, motivando-o a ampliar seus conhecimentos sobre a matria e influir futuramente na aprovao e execuo da despesa pblica.

    No Brasil democrtico, redutor das desigualdades e em acelerado desenvolvimento, crescente o nmero de cidados que procuram se informar sobre a receita pblica, obtida a partir do esforo de cada brasileiro, e a despesa pblica, que produz bens e servios necessrios. A voc, leitor, que certamente um deles, desejo uma boa leitura.

    Jos Roberto Fernandes JniorSecretrio de Oramento Federal

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    Oramento CIDADO. Nosso compromisso com voc.

    Oramento CIDADO.

    SUMRIO

    Nosso compromisso com voc.

  • PLOA2015

    NOES GERAIS SOBRE ORAMENTO 6Conhecendo o Oramento 7Instrumentos do Processo Oramentrio 8O Processo Oramentrio 10 Elaborao da Proposta Oramentria 11 Aprovao: Autorizao Legislativa 12 Programao e Execuo Oramentria 13 Controle e Avaliao 14Prazos 15

    VALORES GLOBAIS: PLOA 2015 16Projees Macroeconmicas para 2015 18Definio da Meta de Resultado Primrio para 2015 19Resultado Primrio do Governo Federal para 2015 22Sistemas Previdencirios 27Despesa com Pessoal e Encargos Sociais 31

    DETALHES DO PLOA 2015 32reas de Atuao 34Polticas de Destaque 36 Programa de Acelerao do Crescimento PAC 38 Programa de Investimentos em Logstica 46 Reforma Agrria 50 Jogos Olmpicos 2016 52 Programa Mais Mdicos 53 Plano Brasil Sem Misria 54 Segurana Pblica 56

    SAIBA MAIS 58

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    Oramento CIDADO. Nosso compromisso com voc.

    noes geraissobre oramento

    Oramento CIDADO. Nosso compromisso com voc.

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    PLOA2015

    CONHECENDO OORAMENTO

    P ara que se possa administrar o Brasil, necessrio que o Governo tenha dinheiro para cobrir todas as despesas relacionadas com suas atividades, como manter hospitais, construir ferrovias ou contratar professores. Esse dinheiro obtido, em grande parte, pelos tributos pagos pela populao e pelas empresas. Quando algum paga um imposto, uma taxa ou uma contribuio, automaticamente faz um depsito em uma conta bancria do Governo Federal, chamada de conta nica, onde os valores depositados sero utilizados pelo governo para cobrir tais despesas.

    De forma geral as receitas proveem do valor arrecadado com impostos federais, como o Imposto de Renda (IR) e o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), bem como das contribuies, como a Contribuio para Financiamento da Seguridade Social (Cofins). Alm de serem mantidos pelas receitas dos tributos, os gastos do governo podem tambm ser financiados por diversos outros tipos de receitas, bem como pelo endividamento do Tesouro Nacional junto ao mercado financeiro interno e externo. Todo ano o governo elabora ento um documento que prev em detalhes as receitas disponveis e as despesas previstas para o ano, esse documento o oramento.

    O dinheiro disponvel para a realizao das despesas , ento, distribudo entre os programas do governo. O governo no pode gastar o valor arrecadado sem pensar no que precisa fazer no futuro e nos compromissos j assumidos, pois podem faltar recursos para programas e aes importantes. por meio dos programas que o governo atua para alcanar seus objetivos. Por exemplo, tudo o que se faz em aeroportos pode ser agrupado em um programa. Dentro do programa, o dinheiro

    distribudo para aes, que, como o nome indica, significa o que ser feito. Por exemplo, Construo do Aeroporto de Braslia ou Reforma do Terminal de Passageiros do Aeroporto de So Paulo. Esse processo de distribuio tambm chamado de alocao de recursos.

    O oramento, mais do que definir valores de gastos, aponta o que, onde e em que quantidade o cidado e a sociedade recebero em bens e servios do Estado em retribuio aos tributos pagos. Alm disso, informa para a populao como estar distribudo o dinheiro pblico e demonstra o compromisso do governo brasileiro em manter a disciplina fiscal nas suas contas para o prximo ano. Por isso um instrumento to importante.

    Todo ano, at o dia 31 de agosto, o Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto, com a colaborao dos outros Ministrios, prepara uma proposta de oramento para ser encaminhada pela Presidncia da Repblica ao Congresso Nacional. L, os Deputados Federais e Senadores discutem e aprovam o contedo da proposta de oramento, que se transforma em uma lei. Os Deputados e Senadores podem alterar a proposta, sob determinadas regras, aumentando ou reduzindo projetos e valores, por meio de emendas parlamentares.

    Dessa forma, esta publicao que voc est lendo traz as informaes do oramento que o Governo Federal props em agosto de 2014 para o ano de 2015. Os Deputados e Senadores devem aprov-lo at o ltimo dia de trabalho no Congresso Nacional em 2014.

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    Oramento CIDADO. Nosso compromisso com voc.

    O Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Oramentrias (LDO) e a Lei Oramentria Anual (LOA) so os instrumentos previstos na Constituio Federal que concretizam o processo oramentrio.

    Essas trs leis PPA, LDO e LOA so estritamente ligadas entre si, de forma compatvel e harmnica. Essa integrao forma um sistema integrado de planejamento e oramento, reconhecido na Constituio Federal de 1988, que deve ser adotado pela Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios.

    O Plano Plurianual estabelece o planejamento para um perodo de quatro anos, por meio dos programas do governo, enquanto a LOA fixa o planejamento de curto prazo, ou seja, materializa anualmente as aes e programas a serem executados anualmente.

    Conforme 5 do art. 165 da Constituio Federal - CF, a Lei Oramentria Anual compreender:

    I

    II

    III

    O oramento fiscal referente aos Poderes da Unio, seus fundos, rgos e entidades da administrao direta e indireta, inclusive fundaes institudas e mantidas pelo Poder Pblico e as empresas estatais dependentes;

    O oramento de investimentos das empresas em que a Unio, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;

    O oramento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e rgos a ela vinculados, da administrao direta ou indireta, bem como os fundos e fundaes institudos e mantidos pelo Poder Pblico.

    INSTRUMENTOS DO PROCESSO ORAMENTRIO

    Lei de Diretrizes Oramentrias, por sua vez, cabe o papel de estabelecer a ligao entre esses dois instrumentos, destacando do PPA os investimentos e gastos prioritrios que devero compor a LOA, e de definir as regras e normas que orientam a elaborao da lei oramentria que ir vigorar no exerccio seguinte ao da edio da LDO.

    A Lei Oramentria Anual, o oramento propriamente dito, estima as receitas que o governo espera arrecadar ao longo do prximo ano e fixa as despesas (os gastos) a serem realizados com tais recursos. Essa lei deve ser elaborada em consonncia com: os objetivos do PPA, as diretrizes da LDO, os princpios oramentrios e os dispositivos constitucionais e legais que regem o sistema oramentrio brasileiro.

    Oramento CIDADO. Nosso compromisso com voc.

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    PLOA2015

    A lm dos instrumentos citados anteriormente, o Decreto de Programao Oramentria e Financeira DPOF exerce um papel importante durante o processo oramentrio. Em atendimento Lei de Responsabilidade Fiscal, esse Decreto adequa valores autorizados na LOA realidade fiscal de cada ano, assegurando, assim, o equilbrio entre receitas e despesas e proporcionando o cumprimento da meta de resultado primrio.

    Diversos fatores

    influenciam montante

    arrecadado ou dispendido

    Receita Receita ReceitaDespesa Despesa Despesa

    elaboraooramento

    execuooramento

    LIMITAO DE DESPESAContingenciamento

    LDO ANUAL

    LOA ANUAL

    LOA ANUAL

    LOA ANUAL

    LOA ANUAL

    LDO ANUAL

    MANDATO ATUAL

    processo oramentrioInstrumentos legais

    PRXIMO MANDATO

    LDO ANUAL

    LDO ANUAL

    PPA4 ANOS

    Primeiro anoQuarto anoTerceiro anoSegundo anoPrimeiro ano(ltimo ano do PPA anterior)

    PLOA2015

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    Oramento CIDADO. Nosso compromisso com voc.

    O ciclo Oramentrio pode ser definido como um rito preesta-belecido, contendo uma srie de etapas que se repetem periodica-mente, que envolve a elaborao, dis-cusso, votao, controle e avaliao do oramento.

    Conforme visto anteriormente, os instrumentos oramentrios so o PPA, LDO e LOA. Enquanto o PPA elaborado a cada quatro anos, a LDO e a LOA so elaboradas anualmente.

    o PROCESSO ORAMENTRIO

    Dessa forma, o ciclo oramentrio compreende um conjunto de quatro grandes etapas:

    Instrumentos Encaminhamento ao Congresso Nacional Devoluo para sano presidencial

    PPA At 4 meses antes do encerramento do 1 Exerccio Financeiro (31/08)At o encerramento da sesso legislativa (22/12)

    LDO At 8 meses e meio antes do encerramento do exerccio financeiro (15/04)At o encerramento do primeiro perodo da sesso legislativa (17/07)

    LOA At 4 meses antes do encerramento do Exerccio Financeiro (31/08)At o encerramento da sesso legislativa (22/12)

    Ciclo Oramentrio: prazos, conforme 2, I a III, do art. 35 do Ato das Disposies Constitucionais Transitrias ADCT.

    Elaborao

    EXECUO

    APRO

    VA

    O

    RGOS SETORIAIS

    Cong

    ress

    o Na

    cion

    al

    CMO

    Poder Ex

    ecutivo SOF/SPI/DEST

    Cont

    role

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    o

    CG

    U/TC

    U

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    Elaborao da Proposta Oramentria

    As empresas estatais podem ser dependentes ou independentes. Empresa dependente significa que recebe do ente controlador (Unio, Estado ou Municpio) recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excludos, no ltimo caso, aqueles provenientes de aumento de participao acionria1 . o caso da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria Embrapa e da Engenharia, Construes e Ferrovias S.A. Valec. Todas as demais so consideradas independentes, como o caso da Petrleo Brasileiro S.A. Petrobrs e Banco do Brasil.

    Para as empresas independentes, a Constituio exige que conste do oramento aprovado no Congresso apenas suas despesas com investimentos. O oramento global dessas empresas, contendo seus gastos com pessoal, custeio, dvida, como tambm investimentos, so aprovados to somente no mbito do Chefe do Poder Executivo, no caso federal, o Presidente da Repblica, por decreto. Este instrumento denomina-se Programa de Dispndios Globais PDG.

    1 Art. 30, inciso III, da Lei Complementar n 101, de 4 de maio de 2000 - (LRF).

    1

    2

    3

    4

    Aelaborao das leis oramentrias de competncia do Poder Executivo, que todo ano deve elaborar e encaminhar ao Poder Legislativo o oramento segundo os prazos estabelecidos.

    No mbito do Governo Federal, a proposta oramentria construda por meio do Sistema de Planejamento e de Oramento Federal, conforme definido pela Lei n 10.180, de 6 de fevereiro de 2001, que composto pelos rgos setoriais (Ministrios) e o rgo central (Ministrio do Planejamento). Sendo assim, cabe ao Poder Executivo elaborar os seguintes projetos de lei: PLPPA, PLDO e PLOA, sendo que esses trs instrumentos devem ser compatveis entre si. Com isso, se faz a integrao entre o planejamento de mdio prazo (PPA) e a execuo oramentria (LOA).

    Especificamente em relao ao Projeto de Lei Oramentria Anual - PLOA, o Poder Executivo faz a captao e consolidao das propostas junto aos rgos setoriais do Poder Executivo, os demais Poderes, MPU e DPU.

    Cada um dos trs Poderes (Executivo, Judicirio e Legislativo), o Ministrio Pblico da Unio e a Defensoria Pblica da Unio possuem autonomia para elaborar suas propostas oramentrias parciais e encaminhar ao Poder Executivo, que o responsvel constitucional pelo envio da

    proposta consolidada para o Legislativo. Os limites de gastos para os demais poderes, MPU e DPU so definidos na LDO.

    O processo de alocao de recursos no oramento compe-se das seguintes etapas:

    Fixao da meta fiscal;

    Projeo das receitas;

    Projeo das despesas obrigatrias; e

    Apurao das despesas discricionrias.

    Cabe SOF distribuir os limites disponveis para realizao de despesas discricionrias aos rgos setoriais do Poder Executivo, considerando o perfil de gasto de cada rgo e as prioridades de governo. Uma vez definidos os limites de gastos, cada ministrio elabora sua proposta de alocao dos recursos disponveis em seus respectivos programas. Nessa etapa cabem SOF a coordenao, a consolidao e a elaborao da proposta oramentria da Unio, compreendendo os oramentos fiscal e da seguridade social. J o Departamento de Coordenao e Governana das Empresas Estatais (DEST) o rgo responsvel pela elaborao do oramento de investimentos e do Programa de Dispndios Globais (PDG) das empresas estatais independentes.

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    Oramento CIDADO. Nosso compromisso com voc.

    As emendas so prerrogativas constitucionais que o Poder Legislativo possui para aperfeioar as propostas dos instrumentos de planejamento e oramento enviadas pelo Poder Executivo. As emendas podem ser relativas a previso de receita, ao texto da lei ou a autorizao de despesas (apropriao, cancelamento ou remanejamento de despesa).

    Quem pode emendar:

    Aps aprovado, o projeto de lei segue para a sano presidencial, podendo, porm, sofrer vetos por parte do Presidente da Repblica. Os vetos podem ser apreciados pelo Congresso Nacional, podendo ser confirmados ou rejeitados.

    A ps o recebimento dos projetos de lei oramentria, encaminhados por meio de mensagem presidencial1 ao Congresso Nacional, inicia-se a discusso pelos parlamentares, que envolve a proposio de emendas, voto do relator, redao final e proposio em plenrio, conforme definido pelo art. 166 da Constituio Federal de 1988.

    Os projetos so recebidos pela Comisso Mista de Planos, Oramentos Pblicos e Fiscalizao (CMO), que possui a competncia para examinar e emitir parecer sobre:

    2 A mensagem presidencial o instrumento de comunicao oficial entre o Presidente da Repblica e o Congresso Nacional.

    Autorizao Legislativa

    1

    2

    3

    4

    Os projetos relativos ao PPA, LDO, LOA e crditos adicionais;

    As contas apresentadas anualmente pelo Presidente da Repblica;

    Planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos na Constituio; e

    Exercer o acompanhamento e a fiscalizao oramentria.

    2

    O processo legislativo oramentrio possui rito especfico, diferenciado do processo legislativo ordinrio, j que possui prazos a serem cumpridos.

    1

    2

    3

    4

    Comisses Permanentes do Senado e da Cmara com relao s matrias que lhe sejam afetas;

    Mesas Diretoras;

    Bancadas Estaduais;

    Parlamentares Individualmente.

    2 A mensagem presidencial o instrumento de comunicao oficial entre o Presidente da Repblica e o Congresso Nacional.

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    PLOA2015

    E ssa etapa consiste na efetiva arrecadao das receitas e realizao das despesas autorizadas na Lei Oramentria Anual (LOA). At 30 dias aps a publicao dos oramentos, nos termos que dispuser a LDO, o Poder Executivo estabelecer a programao financeira e o cronograma de execuo mensal de desembolso1. Dever ainda, tambm at trinta dias aps a publicao do oramento anual, efetuar o desdobramento das receitas em metas bimestrais de arrecadao, informando quais medidas sero adotadas para o combate sonegao, a cobrana da dvida ativa e os crditos executveis pela via administrativa2. Essas metas sero utilizadas como parmetros para a limitao de empenho e movimentao financeira (tambm chamado de contingenciamento).

    Conforme previsto no art. 9 da LRF, se verificado, ao final de um bimestre, que a realizao da receita poder no comportar o cumprimento das metas de resultado primrio ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministrio Pblico promovero, por ato prprio e nos montantes necessrios, nos 30 dias subsequentes, limitao de empenho e movimentao financeira (contingenciamento), segundo os critrios fixados pela lei de diretrizes oramentrias3. Trinta dias aps o encerramento de cada bimestre, o Poder Executivo dever publicar Relatrio Resumido da Execuo Oramentria (RREO)4.

    Os recursos correspondentes s dotaes oramentrias, compreendidos os crditos suplementares e especiais, destinados aos rgos dos Poderes Legislativo e Judicirio, do Ministrio Pblico e da Defensoria Pblica, ser-lhes-o entregues, em duodcimos, at o dia 20 de cada ms5.

    3 Conforme art. 8 da LRF.4 Conforme art. 13 da LRF. 5 Conforme art. 9 da LRF.6 Conforme 3 do art. 165 da CF/88.7 Art. 168 da CF88.

    Programao e Execuo Oramentria

    3

    4

    5

    6

    7

    GOVERNO

    PLDOANEXO - METAS FISCAIS

    LDOANEXO - METAS FISCAIS

    PLOA

    LOA

    DPOF

    AVALIAES BIMESTRAIS

    E

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    Oramento CIDADO. Nosso compromisso com voc.

    Existem dois sistemas de controle da execuo oramentria: interno e externo. O controle interno aquele realizado pelo rgo no mbito da prpria Administrao, dentro de sua estrutura. O controle externo aquele realizado por uma instituio independente e autnoma. No caso da Unio, o controle externo exercido pelo Congresso Nacional, auxiliado pelo Tribunal de Contas da Unio TCU.

    H ainda o controle social: qualquer cidado, partido poltico, associao ou sindicato parte legtima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da Unio.

    CONTROLE E AVALIAO

    A avaliao oramentria a parte do controle oramentrio que analisa a eficcia e a eficincia dos cursos de ao cumpridos, e proporciona elementos de juzo aos responsveis da gesto administrativa para adotar as medidas tendentes consecuo de seus objetivos e otimizao do uso dos recursos colocados sua disposio, o que contribui para realimentar o processo de Administrao Oramentria. O propsito da avaliao de contribuir para a qualidade da elaborao de uma nova proposta oramentria, reiniciando um novo ciclo oramentrio. Essa definio traz dois critrios de anlise, o de eficincia e o de eficcia. Trata-se de atribuio do sistema de controle interno de cada Poder, conforme art. 74, I da Constituio.

    AVALIAO

    Acesse a Escola Virtual SOF e aprofunde seu conhecimento. http://ead.orcamentofederal.gov.br

    O controle permite assegurar se os recursos sero aplicados conforme previsto nas leis oramentrias.

    CONTROLE

    Conforme a Lei 4.320/1964:

    Art. 75. O controle da execuo oramentria compreender:

    I a legalidade dos atos de que resultem a arrecadao da receita ou a realizao da despesa, o nascimento ou a extino de direitos e obrigaes;II a fidelidade funcional dos agentes da administrao, responsveis por bens e valores pblicos;III o cumprimento do programa de trabalho expresso em termos monetrios e em termos de realizao de obras e prestao de servios.(...)

    Art. 81. O controle da execuo oramentria, pelo Poder Legislativo, ter por objetivo verificar a probidade da administrao, a guarda e legal emprego dos dinheiros pblicos e o cumprimento da Lei de Oramento.

    Oramento CIDADO. Nosso compromisso com voc.

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    PLOA2015

    Aps a aprovao do Oramento, o Poder Executivo tem at 30 dias para estabelecer a programao financeira e o cronograma de execuo mensal de desembolso conforme art. 8o da Lei de Responsabilidade Fiscal. Essa programao feita por meio do Decreto de Programao Oramentria e Financeira. Por determinao da LDO, o Poder Executivo realiza avaliaes bimestrais e elabora relatrio de receitas e despesas oramentrias, de modo a controlar o alcance da meta fiscal estabelecida.

    prazos N a esfera federal, os prazos dos trs principais instrumentos do ciclo oramentrio esto previstos no art. 35 do Ato das Disposies Constitucionais Transitrias (ADCT). O prazo de envio corresponde data limite para o Executivo enviar ao Congresso Nacional os projetos de cada um dos instrumentos do processo oramentrio. J o prazo de aprovao corresponde data limite para o Poder Legislativo devolver os projetos para sano.

    poderexecutivo

    CONGRESSONACIONAL

    Envio at 31 de agosto

    Envio at 15 de abril

    Envio at 31 de agosto

    Aprovao at de 22 dezembro

    Aprovao at de 17 julho

    Aprovao at de 22 dezembro

    PPA4 ANOS

    LDOANUAL

    LOAANUAL

    ENVIO APROVAO

    EXECUO

    AVALIAESBIMESTRAIS

    1a Maro

    2a Maio

    3a Julho

    5a Novembro

    4a Setembro

    RELATRIO ENCAMINHADO PARA O CONGRESSONACIONAL AT ODIA 22 DO MS

    NOVODECRETO

    Decreto de ProgramaoOramentria e Financeira (DPOF)

    30 DIAS APS A PUBLICAO DA LOA

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    VALORES GLOBAIS PLOA 2015

    Oramento CIDADO. Nosso compromisso com voc.

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    PLOA2015

    DESPESA ORAMENTRIA

    ORamentosRealizado ploa

    2013 2014 2015

    Fiscal 1.261,2 1.655,1 2.079,0

    Dvida Pblica (Interna e Externa) 718,4 1.001,7 1.356,5

    Refinanciamento 213,0 654,5 868,5

    Juros e Amortizaes 505,4 347,2 488,0

    Programaes 542,8 653,4 722,4

    Seguridade Social 669,2 706,9 784,4

    Investimento das Estatais 113,5 105,6 105,7

    Total Oramento Federal 2.043,9 2.467,6 2.969,1

    C omo apresentado na primeira parte deste Oramento Cidado, o oramento pblico um nico documento, dividido em trs partes: Oramento Fiscal, Oramento da Seguridade Social e Oramento de Investimento das Empresas em que a Unio, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto (referido daqui para frente como Oramento de Investimentos das Empresas Estatais).

    O Oramento Fiscal de aproximadamente R$ 2,1 trilhes. Nele esto includas as despesas dos Poderes Legislativo (Congresso Nacional e Tribunal de Contas da Unio), Executivo (Presidncia, Ministrios e outros rgos) e Judicirio (Fruns e Tribunais), do Ministrio Pblico da Unio e da Defensoria Pblica da Unio, alm dos valores para pagamento e rolagem da dvida pblica federal.

    O Oramento de Investimento das Empresas Estatais, com cerca de R$ 105,7 bilhes, apresenta os investimentos

    das empresas dirigidas pelo Governo Federal, mas s das empresas estatais independentes, isto , aquelas que no necessitam de recursos fiscais do governo para manter ou ampliar suas atividades. So exemplos: Petrobras, Eletrobras, Banco do Brasil e Caixa Econmica Federal.

    O Oramento da Seguridade Social mostra as despesas com sade, previdncia e assistncia social. Para 2015, essas despesas representam R$ 784,4 bilhes. Os pagamentos de aposentadorias, penses e benefcios, assim como os gastos com hospitais, medicamentos e Bolsa Famlia, so exemplos de despesas desse oramento.

    Outro aspecto importante e que foi abordado no captulo referente a noes gerais sobre oramento pblico o equilbrio entre receitas e despesas, o que equivale a dizer que o total das despesas no deve superar o total das receitas. Para o oramento da Unio de 2015, o total das receitas e despesas propostas so de aproximadamente R$ 3,0 trilhes.

    importante destacar que no Oramento Fiscal, embora o valor total da despesa com a dvida pblica federal esteja estimado, para 2015, em R$ 1,4 trilho, a maior parte desse montante no representa propriamente pagamento da dvida, uma vez que R$ 868,5 bilhes correspondem ao seu refinanciamento, ou seja, substituio de ttulos anteriormente emitidos por ttulos novos, com vencimento posterior. Nesse tipo de operao, usualmente conhecida como rolagem da dvida, no h reduo nem ampliao do endividamento atual. O pagamento da dvida contempla ainda juros no total de R$ 225,2 bilhes, cobertura do Banco Central e amortizao (diminuio do principal da dvida) na ordem de R$ 262,8 bilhes.

    R$ bilhes

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    Oramento CIDADO. Nosso compromisso com voc.

    Projees Macroeconmicas para 2015Todo ano o Ministrio da Fazenda estima os parmetros macroeconmicos que so utilizados na elaborao do Projeto de Lei Oramentria para o exerccio seguinte. Essa estimativa, conhecida como grade de parmetros, traz a previso de diversas variveis macroeconmicas para o prximo ano como, por exemplo, a variao do Produto Interno Bruto - PIB, da inflao, da taxa de juros, da taxa de cmbio, entre outras.

    A grade de parmetros um importante subsdio para a elaborao do oramento federal porque apresenta aos seus formuladores o cenrio-base do quadro macroeconmico brasileiro para o ano em que o oramento ser executado. A partir desse cenrio-base, os responsveis pela elaborao do oramento

    podem prever, de forma mais precisa, as receitas e despesas do Governo Federal.

    Os impactos das polticas econmicas implementadas recentemente pelo governo e os dados disponveis sobre a economia brasileira permitem que se vislumbre uma evoluo positiva dos principais indicadores macroeconmicos do Pas em 2015. As estimativas desses indicadores pressupem, ainda, um cenrio de gradativa recuperao do cenrio internacional com elevao gradual na produo mundial.

    Com base nesse cenrio, o Projeto de Lei Oramentria Anual para 2015 foi elaborado tendo como principais parmetros:

    A variao esperada do PIB, em 2014, de 1,8%. Esse crescimento moderado reflexo de um conturbado cenrio internacional. Em 2015, no entanto, a taxa de crescimento real do PIB estimada de 3,0%, um valor mais prximo do observado antes da crise internacional que teve incio em 2008. Essa expectativa de melhora na atividade econmica tambm fruto do aumento dos investimentos ocorrido nos ltimos anos, o que permitiu ganhos na capacidade produtiva disponvel e da ampliao do mercado consumidor do Pas, decorrentes, sobretudo, do aumento da renda da populao e da disponibilidade de crdito.

    A taxa de inflao dever, durante o ano de 2015, permanecer dentro da meta fixada pelo Conselho Monetrio Nacional. A meta atual foi estabelecida em 4,5% anuais, com um intervalo de 2 pontos percentuais para cima ou para baixo.

    A previso para a taxa de juros considera que a poltica monetria mais restritiva, adotada pelo governo, e tambm as medidas implementadas para aumentar a competitividade do setor produtivo e para estimular o consumo criam condies para que o Brasil retome, em 2015, o crescimento sustentado, sem a existncia de presses inflacionrias substanciais.

    Crescimento do PIB real 3,0%

    PIB nominal R$ 5,8 trilhes

    Inflao anual - IPCA 5,0%

    Salrio Mnimo R$ 788,06

    Cmbio Mdio R$ 2,45 / US$ 1,00

    Taxa SELIC mdia 10,9%

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    PLOA2015

    O primeiro passo na elaborao do oramento para o prximo ano consiste na definio da meta de resultado primrio, que depende do nvel de endividamento que se pretende obter, calculado pela relao dvida/PIB. Se o objetivo for diminuir o valor dessa relao, h dois caminhos: diminuio da dvida (por meio de supervits) ou aumento do PIB (por meio do crescimento econmico).

    A meta de resultado primrio fixada aps uma avaliao do cenrio macroeconmico para o ano seguinte, considerando parmetros como taxa de juros, taxa de cmbio e crescimento econmico e o resultado que deve ser atingido para manter a relao dvida/PIB em um nvel adequado para o pas. No caso brasileiro, tem-se alcanado as sucessivas metas de supervit primrio. Em casos em que a relao dvida/PIB baixa, possvel se admitir uma meta de dficit primrio. De forma resumida, so essas as decises que compem a chamada poltica fiscal do governo.

    Existe uma relao entre as variveis da dvida pblica que influencia a deciso sobre o resultado primrio:

    Quanto maior for a dvida ou a taxa de juros sobre ela incidente no momento, maior dever ser o supervit primrio para no aumentar a relao dvida/PIB.

    Quanto maior for o crescimento da economia, mais fcil ser manter a dvida constante como proporo do PIB e menor ser a necessidade de gerar supervits primrios.

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    Oramento CIDADO. Nosso compromisso com voc.

    Por diversos motivos, s vezes, os agentes econmicos (famlias, empresas e o governo) precisam gastar mais do que recebem. Nessas situaes, para conseguirem realizar esses gastos, eles recorrem ao mercado financeiro (ao sistema de crdito) a fim de obter emprstimos ou financiamentos. Por exemplo: na ausncia de um sistema de crdito, muitas famlias precisariam economizar dinheiro durante vrios anos para que fosse possvel adquirir um imvel. No entanto, por meio do financiamento imobilirio, essas famlias podem antecipar a compra da casa prpria, fugir do aluguel e pagar o novo bem em prestaes que sejam compatveis com a renda familiar.

    No caso do governo, quando se gasta mais do que arrecada, diz-se que ocorreu dficit pblico. Para cobrir esse dficit o governo recorre ao mercado financeiro, seja por meio da emisso de ttulos pblicos, seja por meio de emprstimos. Com isso h criao ou aumento da dvida pblica.

    A dvida pblica fator de estmulo atividade econmica, pois significa mais recursos para investimentos. Porm, no longo prazo, se houver crescimento descontrolado da dvida, o seu pagamento pode retirar recursos do oramento pblico que deveriam ser utilizados para produo de bens e servios populao, conduzindo a um menor crescimento econmico. Para evitar esses efeitos negativos h a necessidade de se controlar o crescimento da dvida e deix-la em um patamar compatvel com a capacidade de pagamento do pas. Dessa forma, preciso avaliar a capacidade de endividamento de um governo. Para qualquer agente econmico, a melhor forma de avaliar sua capacidade de endividamento pela proporo da dvida em relao a sua riqueza. No caso de um pas, mais que o valor absoluto, ou o montante da dvida, a relao entre sua dvida e seu Produto Interno Bruto (relao dvida/PIB).

    Nesse caso, tambm importante avaliar a qualidade da sua dvida, que ser tanto melhor quanto mais longo for o prazo de vencimento e menor for o seu custo (taxa de juros).

    O resultado primrio resulta do confronto entre a soma de todas as receitas primrias (no financeiras) e a soma de todas as despesas primrias (no financeiras). Ou seja, de modo geral, tudo aquilo que o governo arrecada menos tudo o que ele gasta, sem considerar, por exemplo, as receitas de emprstimos e financiamentos e as despesas decorrentes da dvida que ele j possui (juros e amortizaes).

    Esse resultado chamado de primrio porque no caso de dficit ele representa a origem e a fonte de alimentao dos dficits totais e da dvida pblica. Sucessivos dficits primrios aumentam a dvida pblica. Por outro lado, o acmulo de supervits primrios pode garantir a reduo da dvida e seu controle em um patamar razovel, sinalizando capacidade de solvncia do setor pblico em um dado perodo de tempo.

    As receitas primrias do Governo so aquelas, por exemplo, provenientes da arrecadao tributria com impostos, taxas e contribuies de melhoria (que compe a chamada carga tributria). Alm disso, o governo consegue gerar receita por meio do seu patrimnio, como aluguis e os dividendos que recebe das empresas que controla. Nessa situao, o governo est atuando como um particular, sendo remunerado pelo capital aplicado. J as receitas financeiras (ou no primrias) so aquelas que criam uma obrigao de pagamento futuro ou extinguem um direito de natureza financeira. Em termos gerais, h dois tipos de receitas que se enquadram na classe de receita financeira. No primeiro tipo esto as receitas provenientes de uma nova dvida pblica. O Governo pode, por hiptese, adquirir um novo emprstimo tanto no setor privado interno, de pessoas e instituies brasileiras, como no exterior. O outro tipo diz respeito quela receita advinda do pagamento, por terceiros, de dvidas que possuem para com o Governo. Assim, quando algum paga algum valor que devia ao poder pblico, o recurso recebido contabilizado como receita financeira.

    Dvida Pblica e Resultado Primrio do Setor Pblico

    Dvida Pblica resultado primrio

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    As despesas primrias so os gastos do governo para prover bens e servios pblicos populao (sade, educao, rodovias, por exemplo), alm de gastos necessrios para a manuteno da estrutura do Estado, ao custeio dos programas de Governo e realizao de grandes investimentos.

    Em analogia s receitas financeiras, as despesas financeiras (ou no primrias) so aquelas resultantes do pagamento de uma dvida do Governo ou da concesso de um emprstimo tomado pelo Governo em favor de outra instituio ou pessoa. Logo, as despesas financeiras extinguem uma obrigao ou criam um direito, ambos de natureza financeira. Um exemplo recorrente de despesa financeira o pagamento de juros da dvida pblica.

    Ao final do ano, aps o governo executar o seu oramento, so possveis as seguintes situaes:

    Supervit arrecadou mais que gastou, restando um valor que poder ser poupado para gasto futuro ou para pagamento da dvida.

    Neutro gastou exatamente o que arrecadou.

    Dficit gastou mais que arrecadou, restando um valor a ser financiado por meio de operaes de crdito, aumento de impostos ou emisso monetria.

    N esse contexto, a Lei de Diretrizes Oramentrias (LDO) traz todo ano o Anexo de Metas Fiscais, no qual apresentada a meta de resultado primrio para o exerccio a que se refere e para os dois seguintes. A LDO-2015 estabelece a meta de resultado primrio do setor pblico consolidado para o exerccio de 2015 e indica as metas de 2016 e 2017.

    No caso do Governo Federal, o objetivo primordial da poltica fiscal promover a gesto equilibrada dos recursos pblicos, de forma a assegurar a manuteno da estabilidade econmica, o crescimento sustentado e a distribuio da renda. Para isso, atuando por meio das polticas monetria, creditcia e cambial, o governo procura criar as condies necessrias para a queda gradual da relao entre seu endividamento lquido e o PIB, a reduo das taxas de juros de longo prazo, a melhora do perfil da dvida pblica e o fortalecimento dos programas sociais.

    A LDO 2015 fixou a meta mnima de supervit primrio para o Governo Central em R$ 114,7 bilhes para o setor pblico no financeiro, o que equivale a 2,0% do PIB nominal estimado para o ano de 2015.

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    RESULTADO PRIMRIO DOGoverno Federal PARA 2015A meta de resultado primrio estabelecida para 2015, e que serviu de parmetro para a elaborao do PLOA 2015, de R$ 114,7 bilhes, o que perfaz 2,0% do PIB. As receitas e despesas primrias estimadas para o prximo ano esto abaixo discriminadas, e os principais pressupostos adotados so descritos logo adiante.

    RESULTADO PRIMRIO DOS ORAMENTOS FISCAL E DA SEGURIDADE SOCIAL

    DiscriminaoLOA 2014 PLOA 2015

    R$ milhes % PIB R$ milhes % PIB

    I. RECEITA PRIMRIA TOTAL 1.331.612,7 25,2 1.465.824,5 25,5

    I.1. Receita Administrada pela Secretaria da Receita Federal do Brasil 797.008,7 15,1 876.620,5 15,2

    I.2. Arrecadao Lquida do Regime Geral da Previdncia Social 357.839,4 6,8 392.553,2 6,8

    I.3. Receitas No Administradas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil 176.764,6 3,3 196.650,8 3,4

    II. TRANSFERNCIAS A ESTADOS E MUNICPIOS POR REPARTIO DE RECEITA 218.283,8 4,1 228.073,2 4,0

    III. RECEITA LQUIDA DE TRANSFERNCIAS (I - II) 1.113.328,9 21,1 1.237.751,3 21,5

    IV. DESPESA PRIMRIA TOTAL 1.052.932,9 19,9 1.151.518,7 20,0

    IV.1. Pessoal e Encargos Sociais 224.397,9 4,2 237.747,5 4,1

    IV.2. Benefcios da Previdncia 388.285,5 7,4 436.289,7 7,6

    IV.3. Outras Despesas Obrigatrias (*) 157.158,0 3,0 194.469,2 3,4

    IV.4. Despesas Discricionrias & PAC 283.091,6 5,4 283.012,4 4,9

    V. RESULTADO PRIMRIO - REGIME ORAMENTRIO (III - IV) 60.395,9 1,1 86.232,5 1,5

    VI. OUTROS FATORES QUE AFETAM O RESULTADO 6.538,0 0,1 5.539,4 0,1

    VII. AJUSTE REGIMES CAIXA / ORAMENTRIO 4.214,0 0,1 5.308,9 0,1

    VIII. RESULTADO PRIMRIO (V-VI+VII) 58.072,0 1,1 86.002,0 1,5

    IX. RECURSOS PARA O PROGRAMA DE ACELERAO DO CRESCIMENTO - PAC 58.000,0 1,1 28.667,0 0,5

    X. RESULTADO PRIMRIO DO GOVERNO CENTRAL APS AJUSTE PAC (VIII + IX) 116.072,0 2,2 114.669,0 2,0

    (*) Considera: Abono e Seguro-Desemprego, Anistiados, Apoio Financeiro aos Municpios, Auxlio CDE, Benefcios de Prestao Continuada da LOAS / RMV, Compensao das Desoneraes Previdencirias, Complementao ao Fundeb, Complemento do FGTS, Crditos Extraordinrios, Despesas Custeadas com Convnios/Doaes, Despesas de Custeio e Capital do Fundo Constitucional do Distrito Federal, Despesas Discricionrias dos Poderes Legislativo/Judicirio/MPU/DPU, Indenizaes e Benefcios de Legislao Especial, Lei Kandir (LCs n 87/96 e 102/00), Proagro, Reserva de Contingncia Primria, Ressarcimento Combustveis Fsseis, Sentenas Judiciais de Custeio e Capital, Subsdios, Subvenes, Transferncia ANA - Receitas Uso Recursos Hdricos e Transferncia Multas ANEEL (Acrdo TCU n 3.389/2012).

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    C onforme j mencionado, a receita primria corresponde principalmente arrecadao tributria e demais receitas fiscais. Tradicionalmente, para fins de gesto e acompanhamento, costuma-se classific-las em trs grandes grupos: R efere-se arrecadao da Contribuio de Empregadores e Trabalhadores para a Seguridade Social, deduzidos os valores

    que so arrecadados em conjunto, porm, transferidos a terceiros, principalmente aos rgos do chamado sistema S. Como se trata de uma receita que incide sobre a folha salarial e sobre os vencimentos dos trabalhadores, o seu principal parmetro o crescimento do mercado de trabalho e dos valores dos salrios. Alm disso, devem ser descontados os valores decorrentes da desonerao da folha de pagamento que foi instituda para alguns setores da economia como forma de incentivo para essas atividades. No PLOA 2015 a previso para esta receita da ordem de R$ 392,6 bilhes.

    A pesar de representar um menor montante na arrecadao, a que possui a maior diversidade de tipos de receitas, conforme apresentado a seguir:I ncluem todos os impostos e as principais contribuies, tanto sociais quanto de interveno no domnio econmico, arrecadadas

    pela Unio e administradas pela RFB/MF. As estimativas dessas receitas so influenciadas principalmente pela atividade econmica. O valor estimado para 2015 toma como base a legislao tributria vigente em agosto de 2014, excludos os valores de restituies e incentivos fiscais. Neste item encontram-se as previses de arrecadao do Imposto de Renda IR, Imposto sobre Produtos Industrializados IPI, Contribuies Sociais como o PIS/Pasep e Cofins, alm de outros tributos cuja gesto seja de responsabilidade daquele rgo. Correspondem principal fonte de receita primria do Governo para fins de poltica fiscal. O valor total das receitas administradas estimadas no PLOA 2015 de R$ 876,6 bilhes.

    RECEITA PRIMRIA Arrecadao Lquida para o Regime Geral de Previdncia Social

    Receitas no Administradas pela RFB/MF (demais receitas primrias)

    Receitas Administradas pela Receita Federal do Brasil do Ministrio da Fazenda - RFB/MF

    Concesses e Permisses: decorrem das operaes de concesso e permisso que a Unio realiza junto s empresas privadas que exploram determi-nados servios, especialmente em setores de infraestrutura tais como telecomunicaes, petrleo, transportes e energia eltrica. O valor programado para 2015 foi calculado em funo da expectativa de venda dessas con-cesses e permisses, conforme cronograma elaborado pelas re-spectivas agncias reguladoras e outros rgos pblicos envolvidos nessas atividades.

    Receitas Administradas pela Receita Federal do Brasil do Ministrio da Fazenda - RFB/MF.

    Arrecadao Lquida para o Regime Geral de Previdncia Social.

    Demais receitas (ou no administradas pela RFB).

    continua

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    Dividendos e Participaes: consideram-se as projees de todos os pagamentos a serem efetuados pelas empresas estatais controladas pela Unio e pelas empresas em que a Unio tenha participao acionria a ttulo de remunerao do capital investido pelo Governo Federal.

    Contribuio para o Regime Prprio de Previdncia dos Servidores Pblicos: a contribuio social do servidor pblico ativo de qualquer dos Poderes da Unio, includas suas autarquias e fundaes, para a manuteno do respectivo regime prprio de previdncia social.

    Cota-Parte de Compensaes Financeiras: compreende as parcelas recebidas pela explorao de petrleo, xisto, gs natural, recursos minerais e recursos hdricos para gerao de energia eltrica, includos os royalties devidos pela Itaipu Binacional ao Brasil. Nesses casos, variveis como o volume de produo e o preo internacional do barril de petrleo, a quantidade e o preo da energia gerada so fundamentais para a estimativa dessas receitas.

    Demais receitas: constituem receitas vinculadas a rgos especficos e s suas despesas.

    Receitas Prprias: consideram-se nesse item as receitas arrecadadas diretamente pelos rgos pblicos da Administrao direta ou indireta, em decorrncia, principalmente, da prestao de servios e de convnios. Assim como as receitas tributrias e de contribuies, so preponderante-mente influenciadas pelo crescimento do PIB e da inflao.

    Salrio-Educao: uma contribuio social recolhida das empresas em geral e das entidades pblicas e privadas vinculadas ao Regime Geral da Previdncia Social. Ele destinado ao financiamento de programas, projetos e aes voltados para o financiamento da educao bsica pblica e que tambm pode ser aplicado na educao especial, desde que vinculada educao bsica.

    Em seu conjunto, as receitas no administradas pela RFB importam em um montante de R$ 196,7 bilhes para 2015. Dentre os principais parmetros que influenciam essa previso, destacam-se as variaes acumuladas esperadas para o PIB, Massa Salarial Nominal, IGP-DI, IPCA e Taxa de Cmbio.

    Transferncias Intergovernamentais por Repartio de Receita

    O Brasil adota a forma de estado federativa, sendo os entes que a compem a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios. Cada um deles possui competncia tributria prpria para que possam cumprir com suas obrigaes administrativas. Porm, para promover melhor eficincia na arrecadao, grande parte da arrecadao tributria est concentrada na Unio. Assim, as Transferncias Intergovernamentais representam a parcela de tributos que, embora arrecadada pela Unio, pertencem aos demais entes e, portanto, so transferidas aos Estados, Distrito Federal e Municpios. Similarmente, os Estados tambm transferem parte de sua arrecadao aos Municpios. O montante previsto no PLOA 2015 para estas transferncias alcana a cifra de R$ 228,1 bilhes.

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    Os Fundos de Participao dos Estados e Municpios, compostos por 48% da receita do Imposto de Renda e do IPI.

    10% do IPI aos Estados, proporcional-mente ao valor de suas exportaes de produtos industrializados.

    Transferncias legais das compen-saes financeiras por explorao de recursos naturais.

    Parcela do salrio-educao, do Imposto Territorial Rural - ITR aos Municpios, Imposto sobre Operaes Financeiras sobre o ouro, alm de parte da receita de Concursos de Prognsticos e de Concesses de Florestas Nacionais.

    Despesa Primria

    C onforme j referido, as despesas primrias, em boa medida, so responsveis pela oferta de servios pblicos sociedade. Tais despesas so classificadas como obrigatrias, discricionrias ou destinadas a financiar o PAC.

    Vale a pena destacar que um dos objetivos das Transferncias Intergovernamentais a diminuio das desigualdades regionais, por meio da redistribuio dos recursos em favor das regies mais pobres. Alm disso, tais transferncias visam promover a equidade na proviso de bens e servios pblicos em todo o Pas. De carter obrigatrio, as Transferncias Intergovernamentais tm suas regras de clculo estabelecidas na Constituio Federal e em demais dispositivos legais.

    No caso da Unio, as transferncias constituem:

    As despesas obrigatrias so aquelas em que a Unio tem a obrigao legal ou constitucional de realizar. Ou seja, so despesas cuja execuo mandatria, no se sujeitando discricionariedade do governo. Esse tipo de despesa tem previso de R$ 868,5 bilhes no PLOA 2015.

    importante perceber que quanto maiores forem as despesas obrigatrias, menor ser o espao de deciso na alocao de recursos no oramento. Os maiores grupos de despesas obrigatrias so pessoal e encargos sociais e os benefcios da previdncia social que contam com R$ 237,7 bilhes e R$ 436,3 bilhes, respectivamente.

    As demais despesas obrigatrias so: Seguro-desemprego e Abono Salarial; sentenas judiciais; complementao da Unio ao Fundo de Manuteno e Desenvolvimento da Educao Bsica e de Valorizao dos Profissionais da Educao (Fundeb); benefcios da Lei Orgnica de Assistncia Social (Loas) e da Renda Mensal Vitalcia (RMV); indenizaes relativas ao Programa de Garantia da Atividade Agropecuria (Proagro), auxlio Conta de Desenvolvimento Energtico (CDE) e outras despesas previstas no anexo de despesas obrigatrias (Anexo III) do PLDO-2015, inclusive subsdios e subvenes.

    As despesas discricionrias do Poder Executivo so aquelas cuja execuo depende do julgamento que o governo faz acerca da convenincia e da oportunidade de sua realizao. Por conta disso, tal despesa possui ampla flexibilidade quanto ao momento de sua execuo. No PLOA 2015 o montante previsto de R$ 283,0 bilhes.

    Caso seja necessria a limitao de empenho e movimentao financeira para o cumprimento da meta fiscal, tal ajustamento tende a recair exatamente sobre esse tipo de despesa, conforme estabelece o art. 9 da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

    Apesar de o Programa de Acelerao do Crescimento PAC fazer parte do conjunto das despesas discricionrias do Poder Executivo, parte delas possui tratamento diferenciado na apurao do

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    resultado primrio do Governo Federal. Isso se deve ao fato de o PAC constituir-se de investimentos que tendem a gerar aumento da atividade econmica, beneficiando o governo na forma de aumento da arrecadao, compensando, assim, o incremento do endividamento presente. Dessa forma, a LDO 2015 estabeleceu que poder ser utilizado o valor de at R$ 28,7 bilhes (0,5% do PIB) de investimentos realizados no PAC para abatimento na meta de resultado primrio. A utilizao do abatimento depender do ciclo econmico e tem por funo preservar o investimento em funo da sua relevncia para ampliar a capacidade produtiva e assim desempenhar um duplo papel anticclico.

    Demais fatores que alteram o resultado e ajuste caixa/despesa oramentria

    A metodologia empregada para apurao do resultado primrio se baseia no critrio de caixa, tanto para as receitas quanto para as despesas. Contudo, as dotaes consignadas no oramento representam o valor total que se poder empenhar no exerccio, no correspondendo, necessariamente, ao montante da despesa a ser paga no perodo. Assim, necessrio um ajuste para que as despesas oradas se aproximem da realizao do caixa, no sentido de tornar mais realista a projeo do resultado primrio para o ano seguinte.

    Ademais, outros fatores no oramentrios tambm so levados em considerao na apurao do resultado primrio, conforme metodologia empregada, proveniente do Manual de Finanas Pblicas do Fundo Monetrio Internacional FMI. Exemplos so o resultado lquido - diferena entre desembolsos e amortizaes - de determinados emprstimos concedidos pela Unio que, de acordo com a metodologia, so considerados no financeiros, como o Programa de Financiamento s Exportaes (PROEX) e o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf); o custo de fabricao de cdulas e moedas pelo Banco Central e os subsdios implcitos aos Fundos Constitucionais - Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO), Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) e Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO).

    O empenho de despesa o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigao de pagamento, pendente ou no de implemento de condio (art. 58 da Lei no 4.320, de 17 de maro de 1964).

    A liquidao da despesa consiste na verificao do direito adquirido pelo credor tendo por base os ttulos e documentos comprobatrios do respectivo crdito (art. 63 da Lei no 4.320, de 17 de maro de 1964).

    A ordem de pagamento o despacho exarado por autori-dade competente, determinan-do que a despesa seja paga. O pagamento da despesa ser efetuado por tesouraria ou pa-gadoria regularmente institu-dos por estabelecimentos bancrios credenciados e, em casos excepcionais, por meio de adiantamento (artigos 64 e 65 da Lei no 4.320, de 17 de maro de 1964).

    Fases da Despesa Oramentria

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    Sistemas Previdencirios

    P ara garantir os diversos direitos de proteo ao trabalhador, inclusive a aposentadoria, empregados e empregadores, sejam esses empresas ou o prprio governo, contribuem para sistemas previdencirios. Esses sistemas so estruturas que permitem a acumulao de recursos a serem usados para pagar benefcios que garantem subsistncia dos trabalhadores nos casos de maternidade, doena, velhice, invalidez, morte, recluso e desemprego.

    Os principais sistemas previdencirios de filiao obrigatria so aqueles que atendem aos trabalhadores da iniciativa privada e aos servidores pblicos. Os trabalhadores e empregadores da iniciativa privada contribuem para o Regime Geral de Previdncia Social e os servidores pblicos e os entes governamentais para Regime Prprio de Previdncia dos Servidores Pblicos.

    CONTRIBUIO

    CONTRIBUIO

    Trabalhadores da iniciativa

    privada

    Servidores pblicos

    Regime Geral de Previdncia

    Social

    Regime Prprio de

    Previdncia dos

    Servidores Pblicos

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    1,00

    1,20

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    15,0

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    25,0

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    35,0

    40,0

    45,0

    50,0

    55,0

    2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 PLOA 2014

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    % do PiB

    R$ Bilh

    es

    Dficit em R$ bilhes Dficit em % PIB

    Cada regime financiado pelas contribuies dos trabalhadores, dos empregadores e dos poderes pblicos. Essas contribuies so ento utilizadas para a cobertura dos benefcios dos segurados. Caso as contribuies no sejam suficientes para o pagamento de todos os beneficirios, cabe ao Tesouro Nacional complementar os valores para que todos sejam atendidos. No caso de o montante dos benefcios pagos ser superior s contribuies arrecadadas pelo sistema, tem-se uma situao de dficit do regime previdencirio. Caso contrrio, sobram recursos das contribuies aps o pagamento de todos os benefcios e configura-se, ento, uma situao de supervit.

    Regime Geral de Previdncia Social

    O resultado do Regime Geral de Previdncia Social (RGPS) corresponde diferena entre as contribuies para a Previdncia Social, recolhidas por empregados e empregadores e os benefcios previdencirios pagos aos

    trabalhadores do setor privado. Conforme se observa no grfico abaixo, historicamente, o resultado do RGPS deficitrio, cabendo ao governo (Tesouro Nacional) cobrir essa diferena e garantir que todos recebam seus benefcios.

    EVOLUO DO RESULTADO DO RGPS

  • 29

    PLOA2015

    REAJUSTES CONCEDIDOS AO SALRIO MNIMO E DEMAIS BENEFCIOS

    O Projeto de Lei Oramentria para 2015 tem a funo de prever os valores das receitas e despesas desse exerccio. Sendo assim, necessrio estimar os valores totais das contribuies e dos benefcios para que haja recursos disponveis no Tesouro para cobrir o dficit. O valor do salrio mnimo, por exemplo, impacta tanto nas receitas como nas despesas (constitui no valor mnimo a ser concedido para os benefcios), por isso sua previso consta do projeto de lei.

    Para 2015, a previso do PLOA para o salrio mnimo de R$ 788,06 e prev-se um

    aumento da massa salarial de 10,35%. Com esse cenrio, projeta-se que a despesa total com benefcios atingir R$ 436,3 bilhes, sendo R$ 425,0 bilhes relativos a benefcios normais, R$ 8,9 bilhes destinados ao pagamento de sentenas judiciais e R$ 2,4 bi-lhes referentes compensao entre o RGPS e os regimes prprios de previdncia (Sistema de Compensao Previdenciria entre o RGPS e os RPPS). Por sua vez, a estimativa de arrecadao com contribuies ao regime ser de R$ 392,6 bilhes. Assim, espera-se um dficit do RGPS em torno de R$ 43,7 bilhes.

    A Tabela ao lado detalha a estimativa

    do dficit do RGPS e as principais hipteses

    adotadas

    DESCRIO PLOA 2015

    Arrecadao 392.553

    Benefcios 436.290

    Benefcios normais 425.059

    Precatrios e sentenas 8.866

    Comprev 2.366

    Resultado -43.736

    Hipteses adotadas

    Massa salarial nominal (%) 10,35%

    Reajuste do salrio mnimo (%) 8,85%

    Valor do salrio mnimo (R$) 788,06

    Reajuste dos demais benefcios (%) 6,20%

    R$ milhes

    0%

    2%

    4%

    6%

    8%

    10%

    12%

    14%

    16%

    18%

    20%

    2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 PLOA 2014

    PLOA 2015

    Ano

    S.M. Demais bene/cios

  • 30

    Oramento CIDADO. Nosso compromisso com voc.

    30,4 32,9

    36,7

    40,6

    45,6

    50,2

    53,5

    56,5

    61,3

    57,3

    61,5 1,42

    1,39 1,38

    1,34

    1,41

    1,33

    1,29 1,28

    1,23

    1,09 1,07

    1,00

    1,10

    1,20

    1,30

    1,40

    1,50

    25,0

    35,0

    45,0

    55,0

    65,0

    2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 PLOA 2014

    PLOA 2015

    % d

    o P

    IB

    R$ bilh

    es

    Dficit em R$ bilhes Dficit em % PIB

    Regime Prprio de Previdncia dos Servidores Pblicos Federais

    O Regime Prprio de Previdncia Social (RPPS) dos servidores da Unio diz respeito s contribuies e benefcios de servidores pblicos federais. Para o exerccio de 2015, o dficit projetado para esse regime de R$ 61,5 bilhes (1,07% do PIB). O grfico abaixo mostra a evoluo do dficit do RPPS.

    Um importante motivo que contribui para o aumento do dficit o advento da Fundao de Previdncia Complementar do Servidor Pblico Federal (Funpresp) e do novo plano de benefcios previdencirios. At 2013, os servidores pblicos no eram submetidos a um teto no valor de suas contribuies ao RPPS, isto , contribuam com 11% do seu salrio bruto, sem limitao de valor. Tambm se aposentavam com benefcios proporcionais a essas contribuies.

    Os servidores que ingressarem no servio pblico a partir de 31 de janeiro de 2013 se submetem ao novo plano de benefcios e s contribuem para o RPPS at o limite do teto do RPGS, fixado em R$ 4.390,24 para 2014. Aqueles que j eram

    servidores pblicos tambm podem aderir a esse novo plano. Essa limitao nas contribuies ao RPPS leva a uma diminuio das receitas, ao passo que as despesas no sero alteradas imediatamente. Porm, quando se aposentarem, esses novos servidores tero aposentadorias limitadas ao teto do RGPS, o que leva a uma expectativa de diminuio do dficit no longo prazo.

    Aqueles servidores que desejarem receber aposentadoria superior ao teto podem contribuir para o plano de benefcios da Funpresp. O valor a ser recebido pelo servidor ao se aposentar depender das contribuies efetuadas ao longo dos anos trabalhados e dos rendimentos dos investimentos realizados pela Fundao.

    EVOLUO DO RESULTADO DO RPPS

  • 31

    PLOA2015

    Despesa com Pessoal e Encargos Sociais

    O oramento para o exerccio de 2015 prev gastos da ordem de R$ 255,98 bilhes1 com o pagamento de pessoal, incluindo inativos e pensionistas da Unio e outras despesas relacionadas a pessoal. Esse valor representa um crescimento de 5,78% em comparao a 2014, que foi de R$ 242,0 bilhes.

    Desse total, os gastos dos Poderes Legislativo, Judicirio e Executivo representam, respectivamente, 3,45%, 10,97% e 83,91%, do Ministrio Pblico da Unio - MPU, 1,59%, e da Defensoria Pblica da Unio, 0,09%.

    Esse incremento na despesa de pessoal previsto para 2015 decorre basicamente da entrada de novos servidores pblicos no Poder Executivo para substituir servidores aposentados nas reas de atuao estratgica do Estado, como segurana pblica, infraestrutura, sade, educao, formulao de polticas pblicas e gesto governamental, bem como da expanso dos quadros de pessoal no mbito dos Poderes Legislativo e Judicirio e do MPU e da continuidade do processo de estruturao e reestruturao de carreiras e redesenho dos sistemas de remunerao no mbito da Administrao Pblica Federal.

    8 Inclui parcela de R$ 18,2 bilhes, referente Contribuio Patronal ao Regime Prprio dos Servidores, no considerada no valor de R$ 237,7 bilhes, computado na apurao do resultado primrio.

    8

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    Nosso compromisso com voc.

    detalhes doploa 2015

    Oramento CIDADO. Nosso compromisso com voc.

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    PLOA2015

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    Oramento CIDADO. Nosso compromisso com voc.

    Despesas Discricionrias do Poder ExecutivoPLOA 2015

    A classificao funcional, por funes e subfunes, busca responder basicamente indagao em que reas de despesa a ao governamental ser realizada. Cada ao oramentria - atividade, projeto e operao especial - identificar a funo e a subfuno s quais se vinculam. A atual classificao funcional foi instituda pela Portaria no 42, de 14 de abril de 1999, do ento Ministrio do Oramento e Gesto, e composta de um rol de funes e subfunes prefixadas, que servem como agregador dos gastos pblicos por rea de ao governamental nos trs nveis de Governo.

    A tabela ao lado apresenta as funes de governo com os respectivos valores previstos no PLOA 2015 e o grfico da prxima pgina traz as funes mais representativas e algumas subfunes de destaque.

    Funes PLOA 2015

    Administrao 7.632,9

    Agricultura 3.083,1

    Assistncia Social 33.104,8

    Cincia e Tecnologia 7.234,9

    Comrcio e Servios 589,2

    Comunicaes 628,5

    Cultura 1.142,8

    Defesa Nacional 19.898,6

    Desporto e Lazer 2.501,4

    Direitos da Cidadania 1.273,8

    Educao 46.942,4

    Encargos Especiais 23.574,2

    Energia 610,8

    Essencial Justia 393,8

    Gesto Ambiental 4.713,0

    Habitao 104,0

    Indstria 1.451,5

    Organizao Agrria 3.485,5

    Previdncia Social 2.254,0

    Relaes Exteriores 1.193,2

    Saneamento 2.199,0

    Sade 91.451,1

    Segurana Pblica 3.421,0

    Trabalho 1.025,7

    Transporte 17.522,4

    Urbanismo 5.580,7

    Total 283.012,4

    R$ milhes

    reas de atuao

  • 35

    PLOA2015

    Sade32%

    Demais6%

    Educao17%

    Assistncia Social12%

    Encargos Especiais8%

    Defesa Nacional7%

    Transporte6%

    Administrao - 3%

    Cincia e Tecnologia - 3%

    Urbanismo - 2%Gesto Ambiental - 2%

    Organizao Agrria - 1%Segurana Pblica - 1%

    R$ 46 bilhes paraAssistncia Hospitalar

    e Ambulatorial

    R$ 20,1 bilhes paraAteno Bsica

    R$ 11,8 bilhespara Suporte Profiltico

    e Teraputico

    R$ 13,6 bilhespara Ensino Superior

    R$ 7,8 bilhes paraEnsino ProfissionalR$ 30,9 bilhes

    para AssistnciaComunitria

    R$ 2,9 bilhes paraDefesa Naval

    R$ 4,6 bilhespara Desenvolvimento

    Cientfico

    R$ 3,4 bilhespara Recursos Hdricos

    R$ 4,4 bilhespara Transportes

    Coletivos Urbanos

    R$ 2,1 bilhespara Policiamento

    R$ 560,3 milhespara Difuso CulturalR$ 1,1 bilho

    para Reforma Agrria

    R$ 2 bilhespara Desporto de

    Rendimento

    R$ 881,8 milhespara Promoo da

    Produo Agropecuria

    R$ 9,8 bilhespara Transporte

    Rodovirio

    R$ 283 bilhes

    R$ 5,7 bilhespara Defesa Area

    R$ 2,2 bilhes paraDefesa Terrestre

  • 36

    Oramento CIDADO. Nosso compromisso com voc.

    Oramento CIDADO.

    polticasde destaque

    Nosso compromisso com voc.

  • 37

    PLOA2015

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    Oramento CIDADO. Nosso compromisso com voc.

    Recursos destinados ao PAC, estruturado por eixos (2015)(Contempla somente recursos dos Oramentos Fiscal e da Seguridade Social)

    EIXO Valor (R$ milhes)

    Eixo Transportes 17.595

    Eixo Minha Casa, Minha Vida 19.338

    Eixo Comunidade Cidad 9.540

    Eixo Cidade Melhor 7.957

    Eixo gua e Luz para Todos 4.671

    Eixo Energia 197

    Defesa 5.374

    Total dos Eixos e Defesa 64.671

    Despesas com Gesto e Coordenao do PAC 311

    Total 64.982

    PROGRAMA DE ACELERAO DO CRESCIMENTO

    O Programa de Acelerao do Crescimento PAC, lanado em janeiro de 2007, uma iniciativa do Governo Federal voltada retomada do planejamento e execuo de grandes obras em setores estruturantes do Pas, como os de infraestrutura social, urbana, logstica e energtica. Presente tanto nos Oramentos Fiscal e da Seguridade Social, quanto no Oramento de Investimentos das Empresas Estatais, o PAC vem contribuindo de maneira decisiva para a oferta de empregos e gerao de renda, elevando o investimento pblico e privado em obras consideradas fundamentais ao desenvolvimento nacional.

    Desde o seu lanamento, o PAC vem se constituindo como uma das grandes prioridades do Governo Federal e no prximo ano no ser diferente, conforme dispe o Art. 4 do Projeto de Lei de Diretrizes Oramentrias para 2015. Esto previstos investimentos em diversos setores da economia, a partir da concesso de financiamentos com recursos pblicos e privados, os quais se podem agrupar em seis eixos. A Tabela a seguir detalha os recursos federais relativos aos Oramentos Fiscal e da Seguridade Social previstos para o ano de 2015:

  • PLOA2015

    Eixo Transportes

    O eixo transportes envolve investimentos nos setores rodovirio, ferrovirio, porturio, aeroporturio e hidrovirio. Para 2015 esto previstos para este eixo R$ 17,6 bilhes.

    Para Rodovias esto previstos investimentos tanto no transporte de bens e pessoas quanto na integrao nacional, por meio da ampliao da cobertura geogrfica das rodovias. Para tanto, sero realizadas obras de construo, pavimentao e adequao de trechos da malha rodoviria federal. Parte desses recursos ser destinada tambm melhoria da segurana das estradas, por meio do controle de pesagem e de velocidade de veculos, evitando, assim, a deteriorao precoce das rodovias federais e reduzindo os riscos de acidentes.

    Quanto ao transporte ferrovirio, que contar com o montante de R$ 2,5 bilhes para 2015, o destaque o investimento no transporte de carga para o escoamento da produo, que ser realizado por meio da interao entre as linhas frreas e os portos. Dentre os projetos de maior relevncia esto as construes das Ferrovias Norte-Sul e da Integrao Oeste-Leste.

    No que se refere ao setor aeroporturio, sero destinados cerca de R$ 2,4 bilhes para modernizar e expandir a infraestrutura e os servios aeroporturios. No que diz respeito aos aeroportos pblicos regionais, o Programa de Investimentos em Logstica de Aeroportos prev investimentos em construes, reformas e ampliaes.

    Em 2015, os investimentos destinados ao setor porturio sero aplicados em aes de construo, manuteno, ampliao da infraestrutura e melhoria da gesto dos portos. Merecem destaque, tambm, as obras de adequao de profundidade, por meio do Plano Nacional de Dragagem (PND II), que integra o Programa de Investimento em Logstica (PIL); as obras de recuperao de molhes de canais de acesso e as aes de aprimoramento da eficincia logstica.

    Para o setor hidrovirio os recursos previstos vo financiar estudos, projetos e obras com vistas a melhorar a navegao nas hidrovias aumentando a representatividade dessa modalidade de transporte no Pas.

    aeroporturio

    hidrovirio

    ferrovirioporturio

    rodovirio

    transportes

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    Oramento CIDADO. Nosso compromisso com voc.

    Eixo Minha Casa, Minha Vida

    P ara 2015, esto estimados R$ 19,3 bilhes para construo, aquisio e reforma de unidades habitacionais urbanas e rurais, em especial aquelas voltadas ao atendimento da populao de baixa renda. Deste total de recursos, R$ 18,7 bilhes sero destinados para o Programa Minha Casa, Minha Vida e R$ 658,1 milhes para a urbanizao de assentamentos precrios. A primeira etapa do Programa Minha Casa, Minha Vida foi lanada em 2009 e a segunda, em 2011, tendo por meta a contratao, at 2014, de um total de 3,75 milhes de unidades habitacionais.

  • 41

    PLOA2015

    Eixo Comunidade Cidad

    COMUNIDADE CIDAD:

    EDUCAO

    CULTURA

    ESPORTE

    SADE

    N o setor de educao, sero investidos recursos na aquisio de equipamentos, construo de creches e pr-escolas pblicas no Pas. Objetiva-se, tambm, a aquisio de cerca de 2 mil nibus e 500 lanchas escolares. Esses investimentos sero realizados por meio do Programa Caminho da Escola, que busca garantir o deslocamento adequado dos estudantes matriculados na educao bsica das redes estaduais, municipais e do Distrito Federal.

    Para apoio infraestrutura da educao bsica sero realizadas aes que visam ao apoio tcnico, material e financeiro para construo, ampliao, reforma, adequao e adaptao de espaos escolares, garantindo acessibilidade e atendendo s demandas especficas da educao bsica e da educao integral. A proposta investir R$ 1,6 bilho no apoio infraestrutura da educao bsica.

    Outra prioridade so os investimentos que sero realizados para melhorar a estrutura fsica para a realizao de atividades pedaggicas, recreativas, culturais e esportivas em escolas pblicas de ensino fundamental e mdio. Sero atendidas 12.116 escolas at 2015, sendo 7.116 com a construo de novas quadras cobertas e 5 mil com a cobertura de quadras j existentes. O investimento total ser de R$ 1,0 bilho.

    No mbito do Ministrio da Sade, merecem destaque a construo e ampliao de 13.089 Unidades Bsicas de Sade (UBS) e 80 Unidades de Pronto Atendimento (UPA).

    No setor de esporte, sero ampliados os investimentos em instalaes esportivas, com a implantao de 53 Centros de Iniciao ao Esporte. Trata-se de equipamentos pblicos, voltados ao esporte de alto rendimento, cujo objetivo estimular a formao de atletas em reas urbanas de vulnerabilidade social das grandes cidades brasileiras.

    Com vistas realizao dos Jogos Olmpicos e Paralmpicos Rio 2016, ser aplicado R$ 1,3 bilho na implantao de infraestruturas esportivas, tais como a construo do Parque Olmpico da Barra e do Centro Olmpico de Deodoro, entre outros.

    Nesse eixo do PAC merecem destaque, tambm, as aes de preservao do patrimnio das cidades histricas brasileiras.

    Este eixo do PAC receber, em 2015, R$ 9,5 bilhes que sero destinados s reas de educao, sade, cultura e esporte.

  • 42

    Oramento CIDADO. Nosso compromisso com voc.

    Eixo Cidade Melhor

    As aes do eixo Cidade Melhor promovero investimentos da ordem de R$ 8 bilhes com vistas preveno de acidentes em reas de risco, cujas obras so realizadas em parceria com Estados e Municpios, universalizao dos servios de saneamento e melhoria da mobilidade nos principais centros urbanos do Pas.

    Em 2015 sero destinados recursos para aes de preveno em reas de risco, com destaque para as obras de dragagem e canalizao de rios, implantao e ampli-ao dos sistemas de manejo de guas pluviais e conteno de encostas.

    Na rea de saneamento sero investidos recur-sos para o desenvolvimento de projetos relativos a esgotamento sanitrio (coleta, tratamento e desti-nao final), proteo de mananciais, despoluio de cursos dgua, coleta de lixo e disposio de resduos slidos e aes de saneamento integrado.

    No mbito da Fundao Nacional de Sade, o PAC pre-v investimento em aes de saneamento para implantao e melhoria de sistemas pblicos de abastecimento de gua e de esgotamento sanitrio em Municpios de at 50 mil habit-antes, com foco na preveno de doenas.

    Em relao mobilidade urbana, sero destinados R$ 4,1 bi-lhes para apoio implementao de projetos de melhoria da qualidade do transporte pblico e reduo do tempo de deslocamento das pessoas nos centros urbanos mais populosos. Esses investimentos destinam-se, em grande parte, a modalidades de transporte de alta capacidade, caso

    dos empreendimentos de transporte sobre trilhos, como metr, Veculo Leve sobre Trilhos (VLT), monotrilho e trem urbano, e dos empreendimentos que priorizam o transporte coletivo sobre pneus, como o Bus Rapid Transit (BRT), o Bus Rapid Service (BRS) e o corredor exclusivo de nibus.

    Sero realizados investimentos da ordem de R$ 748,7 milhes a cargo dos Ministrios das Comunicaes e da Defesa visando segurana da transmisso e do armazenamento de dados digitais. Esses recursos fazem parte do apoio do Governo Federal ao desenvolvimento do Satlite Geoestacionrio de Comunicao e Defesa.

    Merecem destaque, tambm, os investimentos previstos para a instalao de cabo submarino que ligar o Brasil Europa, com o objetivo de suprir as demandas por trfego internacional, tanto da Telebrs, como das redes acadmicas da Amrica do Sul e Europa, alm de atender a crescente demanda de empresas e instituies pblicas e privadas por conexo direta entre os dois continentes. Sero investidos, ainda, R$ 500,0 milhes para a infraestrutura de telecomunicaes, na construo de redes metropolitanas de fibras pticas, ampliao do atual backbone da Telebrs e aquisio de equipamentos de rede, o que tambm contribuir para a implementao do Plano Nacional de Banda Larga e a expanso da internet em todo territrio nacional.

    CIDADE MELHOR

    Preveno de reas de Risco

    Saneamento

    Mobilidade Urbana

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    PLOA2015

    Eixo gua e Luz para

    Todos

    O eixo gua e Luz para Todos contar, em 2015, com um montante de recursos da ordem de R$ 4,7 bilhes investidos em aes que contribuem para o aumento da produo, cobertura e regularidade da oferta. Para tanto, sero executadas obras de implementao de permetros de irrigao, construo de cisternas e de sistemas simplificados de abastecimento de gua, alm da construo, recuperao e manuteno de barragens, adutoras e sistemas de abastecimento de gua. Merecem destaque, tambm, a integrao e revitalizao da Bacia do Rio So Francisco. Esto previstos R$ 800 milhes para a construo de quase 100 mil cisternas e sistemas simplificados de abastecimento de gua, inclusive integrantes do Plano Brasil Sem Misria.

    Em 2015, sero realizadas, ainda, iniciativas com vistas a aumentar a oferta de gua em reas urbanas, por meio da ampliao dos sistemas de abastecimento. Para isso esto previstas aes de apoio s intervenes na infraestrutura de abastecimento, desde a captao at as ligaes domiciliares, e de promoo de tecnologias apropriadas.

  • 44

    Oramento CIDADO. Nosso compromisso com voc.

    EixoEnergia

    Para o eixo Energia esto destinados R$ 197 mi-lhes que sero aplicados em mapeamentos voltados minerao e prospeco de petrleo e gs natural, com vistas a atrair capitais privados para as diversas regies brasileiras e gerar divisas para o Pas.

  • 45

    PLOA2015

    Em 2015, alm dos eixos j apresentados, sero alocados recursos do PAC para o desenvolvimento de diversas aes na rea de Defesa Nacional que contar com recursos da ordem R$ 5,4 bilhes.

    Est prevista, em 2015, a aquisio 9 helicpteros franceses de mdio porte, que esto sendo construdos em Itajub, por meio de transferncia de tecnologia, permitindo assim a gerao de empregos e capacitao da indstria nacional na construo de aeronaves.

    A Empresa Brasileira de Aeronutica (Embraer) desenvolver a aeronave KC-X, de emprego militar, em parceria com o Ministrio da Defesa, que permitir o suprimento da necessidade de aeronaves de transporte militar, alm de possibilitar a insero dessa empresa brasileira no mercado internacional. Ter incio, em 2015, aquisio de 28 dessas aeronaves, que, alm de atender necessidade da Fora Area Brasileira, possibilitar uma linha de produo que assegure sua visibilidade no mercado internacional.

    Para equipar o Pas com aeronaves de proteo territorial est prevista, ainda, a aquisio de 36 novos caas, de origem sueca, em substituio aos equipamentos antigos e j desativados. Esse projeto permitir que o Pas absorva a tecnologia necessria para fabricao de aeronaves de ltima gerao. A etapa inicial desse projeto conta com recursos da ordem de R$ 1 bilho.

    sabido que a tecnologia nuclear no compartilhada internacionalmente, cabendo a cada pas desenvolv-la com vistas a alcanar um patamar de acesso a uma fonte energtica estratgica. Nesse escopo, o Programa Nuclear da Marinha permitir o desenvolvimento

    da tecnologia do ciclo do combustvel nuclear, que agora est sendo utilizada na construo do reator do primeiro submarino nuclear brasileiro. Esse Programa tem possibilitado agregar conhecimento que permitir, tambm, a construo de geradores que podero atuar no fornecimento energtico s diversas demandas do Pas, alm de criar a independncia em relao a um conhecimento sensvel, o qual tem acarretado nmero significativo de empregos de alto conhecimento tecnolgico, preservando a capacidade tecnolgica no Pas.

    Ainda neste eixo do PAC ser destinado R$ 1,8 bilho para o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), realizado em parceria com a Frana, que proporcionar o projeto e a construo do submarino nuclear e a construo de mais quatro submarinos convencionais. O projeto j est sendo realizado por meio da construo do estaleiro e da base naval para submarinos, no Estado do Rio de Janeiro.

    A implantao do Sistema Integrado de Fronteiras (Sisfron) tambm ter continuidade em 2015. Esse projeto contar com R$ 285,0 milhes para viabilizar as aes de vigilncia das fronteiras terrestres sob a responsabilidade das Foras Armadas. Ainda nesta rea, a aquisio dos Blindados Guarani equipar a Fora Terrestre de capacidade de atuao em situaes crticas e para permitir a continuidade da linha de produo sero destinados R$ 200,0 milhes. A destinao de R$ 90,6 milhes para o projeto ASTROS 2020 permitir a ampliao da capacidade de defesa terrestre, dotando o Pas de capacidade tecnolgica na produo de modernos sistemas de defesa de longo alcance terra terra.

  • 46

    Oramento CIDADO. Nosso compromisso com voc.

    PROGRAMA DE INVESTIMENTOS EM LOGSTICA

    O Programa de Investimentos em Logstica (PIL), criado pelo Governo Federal em agosto de 2012, tem o objetivo de melhorar a infraestrutura de transportes do Pas e, junto com o PAC, representa os principais investimentos no Pas. O valor previsto para os investimentos no PIL de R$ 209 bilhes, que sero investidos em rodovias, ferrovias, portos e aeroportos. So objetivos principais do programa aumentar a integrao entre rodovias, ferrovias, hidrovias, portos e aeroportos e ampliar a articulao desses modais com as cadeias produtivas.

  • Quanto s rodovias, foi desenvolvido um modelo de concesso em que os pedgios s podero ser cobrados aps a concluso de 10% das obras de duplicao. Dessa forma, o usurio j recebe os benefcios antes mesmo de comear a pagar a tarifa de pedgio.

    Concesso iniciativa privada: 7.500 km (dos quais 5.000 devero ser duplicados).

    Investimentos previstos: R$ 46 bilhes em 25 anos, sendo R$ 25,7 bilhes nos primeiros cinco anos.

    O Objetivo desses investimentos impulsionar o crescimento econmico do Pas. Caber Empresa de Planejamento e Logstica (EPL) acompanhar a execuo do programa de investimentos.

    As aes do Programa de Investimento em Logstica no modal porturio foram lanadas em dezembro de 2012 com o objetivo de aumentar a competitividade e

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    PLOA2015

    Metas do PILA) a disponibilizao de uma ampla e moderna rede de infraestrutura; B) a obteno de uma cadeia logstica eficiente e competitiva; e C) a modicidade tarifria.

    o desenvolvimento da economia brasileira por meio do:

    a) fim das barreiras entrada; b) estmulo expanso dos investimentos

    do setor privado; c) modernizao da gesto e da infraestru-

    tura porturia; e d) aumento da movimentao de cargas

    com reduo de custos.

    Vrias aes foram desenvolvidas para melhorar a eficincia do setor, como o aprimoramento do marco regulatrio.

    A Comisso Nacional das Autoridades nos Portos - Conaportos desenvolveu as seguintes atividades que tero impacto em 2015: a) Plano Safra, com o objetivo de melhorar a eficincia do escoamento da safra agrcola nos portos; b) avaliao do Programa Porto 24 horas; e c) integrao do Porto sem Papel ao Sistema Integrado de Comrcio Exterior (Siscomex).

    Na realizao de novos investimentos, enfatiza-se a coordenao com o PAC, responsvel por obras de acessos aquavirios e terrestres.

    A Comisso Nacional das Autoridades nos Portos - CONAPORTOS foi instituda pelo Decreto n 7.861, de 6 de dezembro de 2012, com a finalidade de integrar as atividades desempenhadas pelos rgos e entidades pblicas nos portos e instalaes porturias.

    rodovias

    portos

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    O PIL prev a aplicao de R$ 91 bilhes na construo e modernizao de 11,7 mil quilmetros de linhas frreas, por meio de concesses. Com esses investimentos haver aumento da capacidade de carga e da velocidade dos trens, por meio de um melhor traado e da utilizao de bitola larga, o que possibilitar diminuio das tarifas.

    Os 11,7 mil quilmetros de ferrovias foram divididos em dois grupos. O grupo um (1), com 6,2 mil quilmetros de extenso (Ferroanel

    SP Tramo Norte, Lucas do Rio Verde Campinorte, Estrela dOeste-Dourados, Rio de Janeiro Vitria, Anpolis Corinto, Corinto Guanambi, Sinop Miritituba, Sapezal Porto Velho e Aailndia Barcarena).

    O grupo dois (2), com 5,5 mil quilmetros de extenso (Feira de Santana Recife, Feira de Santana Parnamirim, Manoel Vitorino Candeias, Maracaju Paranagu, Panorama Chapec, Chapec-Rio Grande).

    A Valec Engenharia, Construes e Ferrovias S.A. uma empresa pblica, sob a forma de sociedade por aes, vinculada ao Ministrio dos Transportes, nos termos previstos na Lei n 11.772, de 17 de setembro de 2008. A funo social da Valec a construo e explorao de infraestrutura ferroviria.

    ferrovias

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    As aes do PIL no modal areo foram lanadas em dezembro de 2012, tendo por objetivo: a) reconstruir a rede de aviao regional;

    b) ampliar a oferta de transporte areo no Pas; e

    c) melhorar a qualidade dos servios e da infraestrutura aeroporturia para usurios.

    Entre as medidas adotadas para assegurar que os objetivos sejam atingidos, destacam-se:

    Celebrao de novas parcerias com o setor privado por meio das concesses dos aeroportos de Galeo e de Confins e da criao da Infraero Servios em parceria com operador internacional;

    Fortalecimento e ampliao da aviao regional com: a) investimentos na construo de novos aeroportos; b) concesso de subsdio para rotas entre cidades pequenas e mdias do interior e destas cidades para as capitais; c) estabelecimento de parcerias com Estados e Municpios; e d) uso de concesso administrativa;

    Aprimoramento regulatrio: distribuio anual dos slots de acordo com critrios de eficincia; e

    Aviao em geral: regulamentao da autorizao para explorao comercial de aeroportos privados dedicados exclusivamente aviao geral.

    Com relao concesso dos aeroportos de Galeo e de Confins, a licitao foi feita em novembro de 2013 e estima-se investimento de R$ 9,1 bilhes ao longo do perodo de concesso, sendo R$ 5,7 bilhes no Galeo e R$ 3,4 bilhes em Confins.

    aeroportos

  • Oramento CIDADO. Nosso compromisso com voc.

    reforma agrria

    Foto

    : Ed

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    O Ministrio do Desenvolvimen-to Agrrio (MDA), por meio do Instituto Nacional de Colo-nizao Agrria (Incra), vem reali-zando o trabalho de Reforma Agrria pelo Pas com foco na implantao de um novo modelo de assentamen-to, baseado na viabilidade econmi-ca, na sustentabilidade ambiental e no desenvolvimento territorial.

    Nos ltimos seis anos, foram assentadas cerca de 234 mil famlias e a meta para 2015 assentar mais 30 mil.

    Um ponto de destaque foi a criao da Agncia Nacional de Assistncia Tcnica e Extenso Rural (Anater), por meio da Lei no 12.897, de 18 de dezembro de 2013, cuja finalidade, entre outras, promover programas de assistn-cia tcnica e extenso rural, com vistas inovao tecnolgica, es-pecialmente os que contribuam para a elevao da produo, da produtividade e da qualidade dos produtos e servios rurais.

    Para 2015, a meta atender a aproximadamente 287 mil famlias pelo Programa, com a aplicao de cerca de R$ 355,4 milhes.

    Com o objetivo de dar condies para a fixao do agricultor no campo e o desenvolvimento de sua famlia, esse pblico conta

    com o apoio do Programa Nacional de Educao na Reforma Agrria (Pronera), que em 2013 beneficiou aproximadamente 10,6 mil jovens e adultos que vivem no meio rural. No perodo de 2003 a 2013,foram investidos aproximadamente R$ 108,7 milhes e, para 2015, a meta alcanar 12 mil alunos, com o oramento de R$ 29,2 milhes.

    Outro instrumento com a mesma proposta o Programa de Cadastro de Terras e Regularizao Fundiria, que viabiliza aos agricultores familiares a permanncia na terra, por meio da segurana jurdica da posse do imvel. Na regularizao fundiria sero investidos R$ 8,5 milhes com a meta de regularizar 17 mil imveis em 2015.

    De um modo geral, o objetivo principal do MDA criar oportuni-dades para que as populaes rurais alcancem plena cidadania, por meio da promoo do desenvolvimento sustentvel do segmento rural, de modo a propiciar-lhe o aumento da capacidade produtiva, a gerao de empregos e a melhoria da renda. Dessa forma, sero investidos no prximo exerccio aproximadamente R$ 201,3 milhes em aes voltadas para a infraestrutura bsica visando beneficiar 20,4 mil famlias.

  • Oramento CIDADO. Nosso compromisso com voc.

    JOGOS OLMPICOS E

    PARALMPICOS RIO 2016

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    O Ministrio do Esporte tem como um de seus objetivos prover condies para implantao, modernizao e ampliao da infraestrutura necessria realizao dos Jogos na cidade do Rio de Janeiro e, principalmente, garantir que as duas competies deixem ao Brasil amplo e duradouro legado esportivo.

    Entre as principais atribuies do Ministrio est a preparao dos atletas brasileiros. As aes de preparao englobam financiamento de competies e treinamento no Brasil e no exterior; contratao de comisses tcnicas e equipes multidisciplinares; aquisio de equipamentos e materiais esportivos; bolsas para atletas; procedimentos mdico-cientficos; controle de dopagem; e construo e reforma de centros de treinamento.

    O Programa Bolsa Atleta que, desde seu incio, em 2005, j concedeu mais de 24 mil bolsas a atletas que representam o Brasil em competies locais, nacionais e internacionais. So seis as categorias

    de bolsas oferecidas para atletas de modalidades individuais: Atleta de Base, Estudantil, Nacional, Internacional, Olmpico/Paralmpico e a Atleta Pdio. O benefcio atende atletas que cumpram os requisitos legais, mantenham-se treinando e competindo e alcancem bons resultados nas competies qualificatrias indicadas pelas respectivas confederaes. A principal prestao de contas do atleta ao Governo e sociedade a obteno de resultados expressivos nas disputas.

    O Plano Brasil Medalhas, lanado em setembro de 2012, destina-se a apoiar atletas de modalidades olmpicas e paralmpicas com chances de subir ao pdio nos Jogos Rio 2016. O objetivo colocar o Brasil entre os dez primeiros pases nos Jogos Olmpicos e entre os cinco primeiros nos Jogos Paralmpicos do Rio de Janeiro. J o Programa Atleta Pdio, que faz parte do Plano Brasil Medalhas 2016, tem como finalidade melhorar o resultado esportivo de atletas brasileiros em competies internacionais.

    Em 2015 ser dado prosseguimento formao da Rede Nacional de Treinamento, que interliga instalaes esportivas em mbito local, regional e nacional para garantir encadeamento do processo de deteco, lapidao e desenvolvimento de talentos para o esporte de alto rendimento. Como parte do legado olmpico, e atrelados referida Rede, esto sendo construdas e modernizadas dezenas de centros de treinamento em diversos Estados, entre os quais se destacam pistas de atletismo certificadas, em parceria com universidades federais, governos estaduais e prefeituras.

    Para 2015, est previsto o valor de aproximadamente R$ 1,7 bilho para atender s responsabilidades da Unio relativas preparao e realizao dos Jogos, sendo que, desse montante, R$ 1,3 bilho corresponde a despesas com a implantao de infraestrutura, cuja programao compe o PAC.

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    PROGRAMA MAISMDICOS

    P ara enfrentar a carncia de mdicos em muitas localidades do Pas, ampliar a capacidade de atendimento da ateno bsica nas periferias de grandes cidades e nos municpios do interior do Brasil e formar recursos humanos na rea mdica para o Sistema nico de Sade (SUS), o Governo Federal criou, em 2013, o Programa Mais Mdicos.

    Aderiram ao Programa Mais Mdicos 3.785 Municpios e 34 distritos sanitrios indgenas, sendo que, aproximadamente, 1.800 localidades so consideradas prioritrias, pela sua