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ORÇAMENTO EMPRESARIAL Este documento tem o objetivo de evidenciar a necessidade das empresas em planejar financeiramente seu futuro de forma a conduzir sistematicamente seus gastos e recebimentos tomando por base um acompanhamento padronizado de todas as suas variáveis endógenas. Múcio F. Zacharias CORECON 30.277-7

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ORÇAMENTO

EMPRESARIAL

Este documento tem o objetivo de evidenciar a necessidade das empresas em planejar financeiramente seu futuro de forma a conduzir sistematicamente seus gastos e recebimentos tomando por base um

acompanhamento padronizado de todas as suas variáveis endógenas.

Múcio F. Zacharias

CORECON 30.277-7

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ECONOMIES CONSULTORIA ECONÔMICO Núcleo de Desenvolvimento Econômico

ORÇAMENTO EMPRESARIAL

Múcio Ferreira Zacharias

Campinas, São Paulo

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LISTA DE FIGURAS

Fig. 1 Orçamento Base Zero........................................................................................... 29 Fig. 2 Implantação de Pacotes do Orçamento Base Zero........................................... 33 Fig. 3 Orçamento de Venda, Estoques e Produção (Volume)..................................... 50 Fig. 4 Orçamento de Venda Bruta e Contas a Receber............................................... 51 Fig. 5 Orçamento de Consumo e Custo de Matéria Prima.......................................... 51 Fig. 6 Orçamento de Mão de Obra Direta...................................................................... 52 Fig. 7 Orçamento de CIF – Variável............................................................................... 53 Fig. 8 Orçamento de CIF – Fixo...................................................................................... 53 Fig. 9 Orçamento do Resumo do Custo de Produção................................................. 54 Fig. 10 Orçamento das Despesas Operacionais............................................................ 54 Fig. 11 Orçamento dos Impostos s/Vendas.................................................................... 55 Fig. 12 Orçamento de Compra de Matéria Prima........................................................... 55 Fig. 13 Orçamento de Fornecedores............................................................................... 56 Fig. 14 Orçamento do Estoque de Matéria Prima........................................................... 56 Fig. 15 Orçamento do Estoque de Produto Acabado..................................................... 57 Fig. 16 Orçamento das Diversas Contas a Pagar. 58 Fig. 16 Orçamentos Diversos (Aplic. Financ, Imp. Renda, Desp. Financ. e

Empréstimo)........................................................................................................... 59

Fig. 17 Orçamento do Fluxo de Caixa.............................................................................. 60 Fig. 18 Orçamento da Demonstração de Resultado....................................................... 61 Fig. 19 Orçamento do Balanço Patrimonial..................................................................... 62

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ÍNDICE ANALÍTICO Página

AGRADECIMENTOS............................................................................................. 03

LISTA DE FIGURAS.............................................................................................. 04

INTRODUÇÃO....................................................................................................... 06

1. CAPÍTULO 1: Planejamento, Controle e Orçamento Empresarial................... 10

1.1. Introdução, 10

1.2. Planejamento e Controle, 10

1.3. Etapas da Elaboração do orçamento, 11

1.4. As bases para elaboração do orçamento, 13

1.5. Períodos do orçamento empresarial, 15

1.6. Benefícios do orçamento, 16

1.7. Tipos de orçamento, 16

2. CAPÍTULO 2: Orçamento das Demonstrações de Resultados........................ 19

2.1. Introdução, 19

2.2. Orçamento das Demonstrações de Resultados, 19

3. CAPÍTULO 3: Orçamento Base Zero............................................................... 26

3.1. Introdução, 26

3.2. Orçamento Base Zero, 26

3.3. Requisitos para a implantação do orçamento base zero, 28

3.4. Problemas da implantação do orçamento base zero, 29

3.5. Benefícios do orçamento base zero, 30

3.6. Implantação e operacionalidade dos pacotes de decisão, 31

4. CAPÍTULO 4: Princípios da Conversão de Demonstrações Contábeis........... 36

4.1. Introdução, 36

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4.2. Conversão de demonstrações contábeis, 36

4.3. A utilização das técnicas da FASB52, 39

4.4. Distinção entre conversão de demonstrações contábeis e

contabilidade em moeda estrangeira, 40

4.5. Taxas de conversão, 40

4.6. Métodos de conversão, 41

5. CAPÍTULO 5: Elaboração do Plano Orçamentário: Estudo Prático................. 45

5.1. Introdução, 45

5.2. Premissas, 45

5.3. Execução orçamentária, 50

6. CONCLUSÃO................................................................................................... 64

7. BIBLIOGRAFIA................................................................................................. 66

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INTRODUÇÃO

Este documento tem o objetivo de evidenciar a necessidade das

empresas em planejar financeiramente seu futuro de forma a conduzir

sistematicamente seus gastos e recebimentos tomando por base um

acompanhamento padronizado de todas as suas variáveis endógenas.

Destacam-se três elementos que deram impulso ao desenvolvimento

deste trabalho:

A crença: o planejamento empresarial se constitui em uma ferramenta

poderosa e insubstituível dentro do universo dos negócios, mormente no ambiente

turbulento que as empresas vivem a partir da segunda metade da década de 90.

Em alguns casos, o desafio da globalização e mesmo a necessidade tática da

adaptação ao mercado se apresentam com tal frequência que fica muito difícil

entender o gerenciamento de um negócio sem um instrumental que permita aos

gestores o adequado balizamento. Neste sentido, inúmeras são as obras

existentes que poderiam orientar e suportar a visão gerencial dos executivos rumo

ao adequado planejamento dos negócios.

A percepção: embora importante, planejar e controlar o negócio, em

muitas empresas, se constitui em ações que ainda não são adequadamente

entendidas pelos executivos. Percebe-se esta dificuldade em empresas

organizadas que tinham tradição na montagem e gerenciamento do seu plano de

negócio. É interessante verificar que em alguns casos, a disponibilização de certo

modo operante faria com que os executivos da empresa julgassem que, de certa

forma, revolveria os problemas apresentados no seu gerenciamento diário. É

como imaginar que ao dispor de um sistema de orçamento na empresa, ele

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pudesse garantir o sucesso do processo de planejamento, bem como, por meio

dele, atingir o sucesso almejado.

A intuição: o fator comportamental tem um peso ainda mais importante

do que aquele já atribuído. Em outras palavras, significa que a empresa deve

incorporar ao seu lado cultural toda a filosofia de planejamento de maneira

realmente identificada com as suas características. Não ocorrendo isso, planejar

fica sendo um instrumento artificial e inadequado na rotina da organização.

Neste sentido prático, este estudo identifica-se com aspectos ligados à

técnica de montagem de orçamento, questões comportamentais ligados aos

gestores, questões estruturais de recursos humanos, bem como sistêmica sendo a

égide deste trabalho.

Há a tendência de lucro?, nosso negócio tende a ter um bom retorno?,

vamos ser bem sucedidos em nossa nova empreitada? Bem, naturalmente antes

da década de 90 era possível se obter resultados aproximados e estáticos,

entretanto fazer um sistema dinâmico que pudesse estar acompanhando a viagem

mercadológica da empresa segundo a segundo era realmente um grande desafio.

O objetivo de padronizar um sistema que pudesse ser aperfeiçoado para a

utilização no cenário nacional, consistia no primeiro desafio, pois havia

profissionais com vasta experiência em mercados bem diferentes da dos países

mais avançados, principalmente nos aspectos fiscais, parafiscais e

previdenciários, sem esquecermos-nos do fenômeno inflacionário, que chegou a

ser crônico no Brasil, felizmente hoje sob controle. Tudo isso exige revisão e

adaptação de conceitos de grandes proporções na área financeira.

Objetiva-se no desenvolvimento deste estudo, que as práticas não

estão atreladas simplesmente a um sistema de processamento de dados e muito

menos em adaptações de conceitos, mas sim no alerta de um estado de pré-

insolvência às empresas que não controlarem sistematicamente seus pré-

resultados, antes mesmo da consumação dos fatos, pois imaginem uma empresa

que está em via de ser construída e entrar em atividade, hoje qualquer pessoa

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jurídica que tenha essa pretensão e não faça um planejamento de negócio ou

mesmo as empresas em atividade que não tenham ou não fazem um orçamento

empresarial, estão literalmente fora de controle.

Comenta-se de controle de variáveis, seja administrativa, econômica ou

financeira, nota-se que as empresa de pequeno e médio porte praticamente não

fazem o controle e acompanhamento dessas contas, levando a uma situação de

descontrole tal que ao menos conseguem identificar possíveis irregularidades a

tempo de corrigi-las, onde a identificação do problema geralmente ocorre quando

a empresa já está em dificuldades.

Tendo em vista este cenário, foi planejado um trabalho que pudesse

estar acessível as empresas de pequeno e médio porte com o intuito de facilitar a

utilização e o aprendizado de um orçamento empresarial para fins gerenciais.

Desta forma, elabora-se este estudo através de seis capítulos que abordam

exatamente os comentários enfatizados até o momento.

O capítulo 1 preocupa-se com as abordagens iniciais do tema, como o

objetivo e estratégia de planejar as entradas e saídas do caixa da empresa

criando a necessidade de adotar um sistema de planejamento e controle, que terá

como conseqüência o inicio da elaboração do orçamento empresarial. Também

destaca-se neste capítulo, as etapas a serem seguidas quando ao desejo de

adotar o controle máximo das variáveis da empresa, como as bases a serem

seguidas, o período que de adoção das ferramentas, os benefícios do

planejamento e por fim os tipos existentes de orçamento.

A partir do segundo capítulo, a execução no campo de estudo das

demonstrações de resultados, que abrange desde um orçamento do departamento

comercial e administrativo, passando pelos departamentos de custos diretos e

indiretos de fabricação e serviços, onde inicia-se a abordar a metodologia de

conversões de demonstrações contábeis e o orçamento para projetar balanços

patrimoniais.

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No capitulo 3 faz-se um breve relato sobre o controle da organização

com ênfase na explicação do orçamento base zero, abordando os problemas

existentes para a sua implantação, como também os benefícios e as fases de

implantação desta importante ferramenta.

O quarto capítulo deste estudo, refere-se aos princípios da conversão

de demonstrações contábeis, onde será feita uma comparação entre os sistemas

de controle existentes em países norte-americanos com o sistema adotada em

nosso país, enfatizando as diferenças contábeis, a obrigatoriedade do sistema

FASB52 bem como uma análise rápida dos métodos de conversão.

O quinto e último capítulo refere-se a um estudo prático de elaboração

do plano orçamentário considerando dados hipotéticos de uma empresa para a

devida evolução dos lançamentos lastreados nas premissas acordados pela

organização, até a devida apuração do demonstrativo financeiro e balaço

patrimonial orçado.

Finalmente, encerrando este estudo, a conclusão, com um relato breve

das opiniões que podemos extrair do tema, juntamente com os comentários

próprios que poderão auxiliar administradores para resolverem melhor o problema

de controle e gerências das pequenas e médias empresas brasileiras.

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CAPÍTULO 1

PANEJAMENTO, CONTROLE E ORÇAMENTO EMPRESARIAL

1.1 Introdução:

Neste capítulo inicial, comenta-se a importância do planejamento e

controle estratégicos para uma empresa a longo prazo, através de uma série de

decisões administrativas que conduzirão a empresa na elaboração do orçamento

empresarial com o objetivo de adotar níveis realistas de lucros e do retorno do

investimento.

1.2 Planejamento e Controle

Imaginem uma empresa que tenha uma equipe capaz de saber o

futuro, de desvendar a rentabilidade do negócio a longo prazo ou mesmo

descobrir quando uma linha de produto não mais terá rendimentos satisfatórios.

Através de um planejamento eficaz e competente, a empresa poderá

além de saber detalhadamente as oscilações das variáveis endógenas também

utilizar métodos de controle para estar atingindo metas de rentabilidade que antes

não eram possíveís.

Por definição, o planejamento empresarial baseia-se na convicção de

que o administrador é capaz de planejar e controlar o destino da empresa a longo

prazo por meio de uma série de contínuas decisões bem concebidas, onde para

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garantir o êxito, a série de decisões administrativas deve gerar planos e ações

destinados a assegurar a condição essencial dos fluxos de saída planificados pela

empresa, para que sejam obtidos níveis realistas de lucros e de retorno de

investimento.

Quando uma empresa faz um planejamento, na verdade está

gabaritando todas as suas variáveis com o intuito de controlar as contas, as quais

começam a refletir resultados fiéis às condições do negócio, onde geralmente este

controle é realizado com o intuito maior de minimizar os riscos de um insucesso

comercial ou produtivo, para que em seguida comece a projetar as condições

preliminares de obtenção do sucesso pleno da operação.

O resultado desta composição sistêmica denomina-se Orçamento

Empresarial, o qual surge como conseqüência à montagem do plano estratégico,

onde podemos defini-lo como uma expressão quantitativa e formal dos planos da

administração, sendo utilizado no sentido de apoiar a coordenação e

implementação destes planos, sendo o enfoque sistemático e formal à execução

das responsabilidades de planejamento, coordenação e controle da administração.

1.3 Etapas da elaboração do orçamento.

Como nota-se, o orçamento é um plano regimental das ações a serem

cumpridas.

Para a elaboração do orçamento, o primeiro ponto a ser analisado será

a condição do planejamento das ações.

Desta forma relaciona-se nove etapas para a elaboração deste plano de

ação:

1 . Princípios gerais de planejamento:

(a) Envolvimento administrativo

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(b) Adaptação organizacional

(c) Contabilidade por área de responsabilidade

(d) Orientação por objetivos

(e) Comunicação integral

(f) Expectativas realísticas

(g) Oportunidade

(h) Aplicação flexível

(i) Acompanhamento

(j) Reconhecimento do esforço individual e do grupo

2 . Diretrizes:

Corresponde a responsabilidade da alta administração, direcionando as

ações para os vários segmentos.

3 . Cenários:

Analogamente às diretrizes, em situação de estabilidade.

4. Premissas:

Podem ser separadas em:

i. Operacionais:

1. Referem-se as atividades propriamente ditas.

ii. De estruturação:

1. Tipos de moeda, período de planejamento, etc.

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iii. Macroeconômica:

1. Inflação, juros, variação de preços, planos

governamentais,...

5. Plano de marketing:

Indica a atividade comercial da organização, no que se refere a volume

físico da venda, por período, por área, por preço, etc.

6. Plano de suprimentos, produção e estocagem:

Analisa os estoques de produtos acabados, produtos em processo,

matéria prima, material auxiliar, de consumo, embalagem, etc.

7. Plano de investimentos no ativo permanente:

Explica os gastos que serão efetuados em movimentações referentes a

ativos do permanente da organização.

8. Plano de recursos humanos:

Analisa os elementos referentes aos recursos humanos na organização,

estrutura organizacional, movimentação de funcionários, remuneração,

treinamento, admissões e desligamentos.

9. Plano Financeiro:

Corresponde à etapa do plano em que as demonstrações financeiras

são disponibilizadas e a análise global é viabilizada.

1.4 As bases para elaboração do orçamento.

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As etapas definidas no item anterior devem ser cumpridas para que

possamos dar início a fase de elaboração do orçamento, no entanto, além destas

etapas, a estratégia deve ser definida, o que chamaremos de bases para utilizar

um orçamento.

Base 1:

A alta administração deve estar comprometida com o conceito geral de

orçamento, além de compreender perfeitamente as suas implicações e

o seu funcionamento.

Base 2:

As características da empresa e ao meio em que opera devem ser

identificadas e avaliadas para que possam ser tomadas as decisões

relevantes em relação as características do orçamento.

Base 3:

Deve haver uma avaliação da estrutura organizacional e de atribuição

de responsabilidades administrativas e das alterações necessárias para

que o planejamento e controle sejam eficazes.

Base 4:

O sistema contábil deve ser examinado e reorganizado, na medida do

necessário, para que possa ser ajustado às responsabilidades

administrativas e possa fornecer dados históricos particularmente úteis

para fins de planejamento e avaliação de desempenho.

Base 5:

Deve ser formulada uma política em relação às dimensões de tempo a

serem usadas para fins do orçamento.

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Base 6:

Deve ser estabelecido um programa de educação orçamentária para

familiarizar todos os níveis administrativos.

1.5 Períodos do orçamento empresarial

A ação do tempo em nosso estudo é tão fundamental como qualquer

base para a organização e execução de planos regimentais para empresas.

Na verdade, o orçamento periódico será o maestro de toda a operação,

pois a partir deste momento, todas as ações deverão ser conduzidas para ser

aceitável ou não através da comparação no cumprimento das metas a serem

adotadas pelo sistema.

Desta maneira, devemos listar quatro princípios para a introdução da

ação temporal na elaboração deste documento, a saber:

Orçamento periódico:

(a) Envolve a seleção de uma combinação definida de períodos para

os planos de resultados a curto e longo prazo.

(b) Os períodos normalmente escolhidos são de 5 anos, sendo a

escolha de um ano baseada no exercício fiscal usado pela

empresa para fins de apresentação de demonstrações

financeiras. Costuma-se ainda subdividir o período das

demonstrações em trimestres facilitando a análise anual além de

criar parâmetros de acompanhamento.

(c) É essencial o uso quando se acredita que planos realistas

somente podem ser feitos para curtos períodos e é desejável ou

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necessário replanejar e refazer projeções continuamente por

força das circunstâncias.

(d) O procedimento normalmente utilizado de acordo com este

método é preparar um plano de resultados semestral, ou até

mesmo anual, que é revisado e reprojetado mensalmente

mediante o abandono progressivo do mês encerrado e a adição

de um período futuro equivalente.

1.6 Benefícios do orçamento:

Os benefícios do orçamento podem ser resumidos como um

sincronismo dos departamentos e setores da empresa que permitem a

sustentação da base de todo o sistema: obtenção de dados fiéis e a disposição

instantânea.

Relaciona-se ainda, como definição, três benefícios do orçamento:

(a) O orçamento, formalizando suas responsabilidades pelo

planejamento, obriga os administradores a pensarem à frente,

sem conduto, terem o receio de errar impedindo ações de

sucesso;

(b) O orçamento estabelece expectativas definitivas que são a

melhor base de avaliação do desempenho posterior; e

(c) O orçamento ajuda os administradores a coordenarem seus

esforços, de forma que os objetivos da organização como um

todo se harmonizem com os objetivos de suas partes.

1.7 Tipos de orçamento:

Há três tipos de orçamento, que serão listados a seguir:

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1. Orçamento Estático

Mostra os resultados esperados de um centro de responsabilidade

para apenas um nível de atividade.

Uma vez que o orçamento é determinado, ele não muda, mesmo

que mude a atividade, como demonstrado no quadro abaixo:

Mão de obra direta R$40.000,00Energia elétrica R$5.000,00Salários de supervisão R$15.000,00

Total dos custos do departamento R$60.000,00

EMPRESA METALÚRGICA S/AOrçamento do Departamento de Montagem

Em 31 de junho de 2003

2. Orçamento Flexível

Mostram os resultados esperados de um centro de responsabilidade

para vários níveis de atividades. São úteis para estimar e controlar os

custos de fabricação e as despesas operacionais.

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Unidades produzidas 8.000 9.000 10.000

Custo Variável: $ unidade

Mão de obra direta 5,00R$ R$40.000,00 R$45.000,00 50.000,00R$ Energia elétrica 0,50R$ R$4.000,00 4.500,00R$ 5.000,00R$

Custo Variável Total R$44.000,00 R$49.500,00 R$55.000,00

Custo Fixo:

Energia Elétrica R$1.000,00 R$1.000,00 1.000,00R$ Salário do supervisor 15.000,00R$ 15.000,00R$ 15.000,00R$

Custo Fixo Total R$16.000,00 R$16.000,00 R$16.000,00

Orçamento do Departamento de Montagem

3. Orçamento Geral

São orçamentos provenientes das operações de produção que exigem

uma série de orçamentos que são integrados a um orçamento geral.

As principais partes deste tipo de orçamento são:

Demonstrações de resultados projetados

� Orçamento de vendas

� Custos dos produtos vendidos

� Orçamento de produção

� Orçamento de compras de material direto

� Custos indiretos de fabricação orçados

� Despesas de vendas administrativas orçadas

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Balanço Patrimonial Projetado

� Orçamento de caixa

� Orçamento de dispêndio de capital

� Balanço patrimonial projetado

Concluindo a primeira etapa deste estudo com a reunião de

informações importantes para dar início ao planejamento e controle das variáveis

da empresa em todos os âmbitos, ou seja, podemos começar a detalhar nosso

orçamento de maneira a mapear os gastos e recebimentos simultaneamente com

o único objetivo de produzir informações fidedignas para os gestores da empresa

a longo prazo.

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CAPÍTULO 2

ORÇAMENTO DAS DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADO

2.1 Introdução:

Este capítulo tem por objetivo expor mais precisamente as

demonstrações de resultado que compõem todos os setores da empresa, desde o

setor comercial até o setor dos custos diretos da produção, por isso, a partir deste

capítulo inicia-se a operacionalidade do planejamento orçamentário.

2.2 Orçamento das Demonstrações de Resultado:

2.2.1 - Orçamento de vendas:

O plano de vendas de uma empresa representa o alicerce de todo

orçamento. Este orçamento é constituído pelas receitas e despesas de vendas

onde seus principais componentes são:

a) Previsão de vendas (planos de quantidade de vendas)

b) Preço de venda dos produtos

c) Impostos sobre vendas (%) – estrutura e planejamento dos impostos.

d) Adições e abatimentos sobre vendas.

A previsão de vendas é fornecida em quantidade e pode ser modificada

conforme os planos de promoção e publicidade, conforme segue.

Este plano de vendas contém três suborçamentos:

a) Plano de marketing ou plano de quantidade de vendas;

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b) Plano de promoção de vendas e publicidade;

c) Plano de despesas e vendas.

Os métodos usualmente aceitos para fazer uma projeção de vendas

são:

(a) Abordagem das causas em que são identificadas as variáveis

que possuem influência sobre as vendas futuras.

(b) Abordagem não causal, em que as vendas passadas são

analisadas em profundidade para se obter uma expressão dos

padrões passados que permitam projetar as vendas futuras.

Para encerrar o módulo de orçamento de vendas, tem-se a estrutura

econômica, financeira e patrimonial da vendas, como segue:

(a) Econômico

i. Receita Bruta

ii. Impostos diretos sobre as vendas (IPI,ICMS,ISS...)

iii. Despesas com vendas (comissões, propaganda e publicidade,

transporte pessoal, aluguel, etc)

(b) Financeiro

i. Recebimento de vendas

ii. Pagamento de impostos

iii. Pagamento de despesas

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(c) Patrimoniais

i. Contas a receber de clientes

ii. Impostos diretos a pagar

iii. Despesas com vendas a pagar

2.2.2 - Orçamento da produção:

A preparação do orçamento deve ser coordenada com o plano de

vendas para assegurar que a produção e as vendas sejam

mantidas em equilíbrio.

O orçamento de produção pode ser representado

esquematicamente da seguinte forma:

Volume de vendas + Variação de estoque =

Necessidade de produção

Para exemplificar, relaciona-se algumas decisões exigidas na

preparação do plano de produção:

(a) Determinação das necessidades totais de produção;

(b) Determinação das políticas de estoque em relação a produtos

acabados e produção em andamento.

(c) Determinação de políticas de capacidade de produção.

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(d) Determinação da disponibilidade de matérias-primas, de

componentes e de mão de obra.

(e) Determinação do efeito do prazo de duração das atividades de

processamento.

(f) Determinação dos lotes econômicos de fabricação.

(g) Determinação do escalonamento da produção durante o período.

Para encerrar o módulo de orçamento de produção, tem-se a estrutura

econômica, financeira e patrimonial da produção, como segue:

(a) Econômico

(i) Custo de produção

(ii) Consumo de matéria-prima

(iii) Mão de obra

(iv) Custos gerais de produção

(v) Compras de materiais

(b) Financeiro

(i) Pagamento de compras (pagamento de fornecedores)

(ii) Pagamentos de custos gerais

(c) Patrimoniais

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(i) Fornecedores de matéria-prima a pagar

(ii) Custos gerais a pagar

(iii) Estoque de produtos acabados

(iv) Estoque de matérias-primas

(v) Depreciação acumulada

2.2.3 - Orçamento de Compras de Material e Mão de Obra Direta

O orçamento de produção é o ponto de partida para determinar a

quantidade estimada de compra de material direto.

Este orçamento auxilia a administração a manter níveis de estoque

dentro de limites razoáveis, conforme o esquema abaixo:

Materiais necessários à produção

+ Estoque final desejado de materiais

- Estoque inicial estimado de materiais

= MATERIAIS DIRETOS A SEREM COMPRADOS

Quanto a mão de obra direta, o orçamento de produção também

propicia o ponto de partida para a preparação do orçamento de MOD.

As necessidade de MOD devem ser coordenadas entre os

departamentos de produção e de pessoal. Desta forma, está assegurado que

haverá mão de obra disponível suficiente para a produção.

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2.2.4 - Orçamento de Custos Indiretos de Fabricação.

Este orçamento é formado pelos custos indiretos de fabricação

necessários à produção.

Podemos incluir neste orçamento, o custo total estimado para cada item

de custo indireto de fabricação:

Salários Indiretos de Fábrica 732.800R$ Salários de supervisores 360.000R$ Força e Luz 306.000R$ Depreciação de fábrica e equipamentos 288.000R$ Materiais indiretos 182.800R$ Manutenção 140.280R$ Seguro e imposto predial 79.200R$

EMPRESA METALÚRGICA S/AOrçamento de Custos Indiretos de Fabricação

2.2.5 – Orçamento de Despesas Administrativas

Este orçamento inclui todos os gastos que não são derivados das

operações de produção e de vendas.

Elas ocorrem na supervisão e prestação de serviços a todas as

principais funções. Além disso, as contas deste orçamento são fixas e são

influenciadas pelas políticas e decisões de administração, também pode-se

destacar que é elaborado pelos diversos departamentos envolvidos e sua

aprovação é dada pela alta administração.

Para encerrar este módulo, tem-se a estrutura econômica, financeira e

patrimonial das despesas administrativas, como segue:

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(a) Econômico

(i) Despesas administrativas (pessoal, material, depreciação, etc)

(ii) Compras de materiais de escritório.

(b) Financeiros

(i) Pagamentos de despesas

(ii) Pagamentos de fornecedores

(c) Patrimoniais

(i) Despesas a pagar

(ii) Fornecedores

(iii) Depreciações acumuladas.

Concluindo a segunda etapa deste estudo, demonstra-se o roteiro de

elaboração dos ítens responsáveis pela criação do banco de dados necessário à

execução do orçamento, o qual será foco para a etapas posteriores.

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26

CAPÍTULO 3

ORÇAMENTO BASE ZERO

3.1 Introdução:

Neste capítulo será demonstrado a formação do orçamento levando em

conta o custo/benefício de toda a estrutura a ser montada para efeito de controle

das contas da empresa.

O orçamento base zero permite ao controlador adaptar o que nós

identificamos como domínio sobre as contas de forma a utilizar o bom senso na

criação do orçamento.

Faz-se abordagens sobre a implantação deste orçamento, através de

sua definição, requisitos para a implantação e seus problemas, bem como todos

os benefícios gerados por esta importante ferramenta.

3.2 Orçamento Base zero:

O processo de orçamento base zero consiste na identificação de

pacotes de decisão e em sua priorização por ordem de importância por meio de

uma análise de custo/benefício.

O principal conceito introduzido pelo orçamento base zero é a mudança

substancial nos ajustamentos do orçamento à capacidade de recursos da

empresa.

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O processo deste orçamento exige que cada administrador justifique

detalhadamente todas as dotações solicitadas em seu orçamento, cabendo-lhe

explicar por que deve despender os recursos da empresa.

Desta forma, pode-se dizer que o orçamento base zero leva em conta a

prioridade de implantação partindo do montante a ser despendido para a

realização deste evento, com isso o orçamento deverá conter o seguinte:

a) Dar direção ao recurso financeiro necessário com informações

detalhadas sobre o risco e retorno da ação;

b) Chamar atenção dos administradores para a duplicidade de

esforços entre os departamentos;

c) Chamar atenção dos administradores para concentrar-se nas

quantias de recursos necessários para cada um dos programas,

e não no aumento ou diminuição em relação ao ano anterior;

d) Especificar prioridades dentro dos departamentos;

e) Permitir comparações “ranqueamento” dentro das linhas

organizacionais;

f) Possibilitar a auditoria do desempenho, como demonstrado no

quadro a seguir:

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Orçamento Base Zero

Fonte: Sindicato dos Economistas de São Paulo, 2004

3.3 Requisitos para a implantação do orçamento Base zero:

Podemos listar alguns requisitos essenciais para a implantação desta

ferramenta, onde sem estes pontos o orçamento tornaria-se surreal.

• Apoio total da direção da empresa;

• Projeto eficaz do sistema para satisfazer as necessidades das

organizações usuárias.

• Administração eficaz do sistema.

• Problemas na implantação:

o Temores e problemas administrativos

o Problemas de preparo de pacotes de decisão

o Problemas do processo de priorização.

PLANEJAMENTO • Estabelecimentos de planos e programas • Estabelecimentos de metas e objetivos • Tomada de decisões políticas básicas

ORÇAMENTO BASE ZERO

• Identificação e avaliação detalhada de todas as atividades, alternativas e custo para a realização dos planos

AVALIAÇÃO • Comparar o orçamento com o plano. • Determinação das opções entre objetivos e custos.

ORÇAMENTO E PLANO DE OPERAÇÕES

REVISÓES

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29

Os problemas na implantação podem fazer o orçamento refletir

irregularidades que por sua vez podem prejudicar seriamente as ações da

empresa, por isso, os próximos tópicos merecem atenção especial para a

confecção de um plano realmente realista e contundente.

3.4 Problemas da implantação do Orçamento Base Zero:

1) Temores e problemas administrativos:

Este item é muito importante, pois os administradores ficam, quase

sempre, apreensivos com qualquer processo que obrigue à tomada

de decisão e que exija exame detalhado de suas funções.

A administração e a comunicação do processo de orçamento podem

transformar-se em problemas críticos pelo fato de um grande

número de administradores estar envolvidos.

Geralmente não existem premissas formalizadas de política e de

planejamento, onde o tempo necessário no primeiro ano pode ser

maior do que o tempo gasto no planejamento e no orçamento do

ano anterior.

2) Problemas de formulação dos pacotes de decisão:

O primeiro desafio será a determinação das atividades, funções ou

operações que terão pacotes de decisão, onde uma má

interpretação neste momento, pode sacrificar todo o trabalho e

trazer resultados negativos a empresa, por isso relaciona-se abaixo

alguns pontos a serem analisados:

a. Redução do custo dos pacotes mínimos de decisão ,

mantendo, ao mesmo tempo, o nível atual de pessoal.

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b. Identificação das medidas de trabalho e dos dados de

avaliação de cada atividade.

c. Custeamento e auditoria dos pacotes para assegurar o

nível de despesa apropriado para a atividade proposta.

d. Ênfase nas reduções de custos em cada atividade.

3) Problemas do processo de priorização:

Depois da definição dos pacotes de decisão, agora vamos priorizar

a implantação de cada instrumento.

A determinação de quem fará a priorização, do nível em que os

pacotes serão priorizados dentro de cada organização e do método

ou processo empregado na revisão e priorização dos pacotes,

deverá sofrer avaliações de funções diferentes, onde os níveis mais

altos da administração acham isto um problema quando não estão

familiarizados com as funções, especialmente quando é preciso

avaliação subjetiva.

Desta forma, a administração deverá priorizar os pacotes

considerando como alta necessidade, por isso, é conveniente a

existência de muitos pacotes de prioridade para facilitar a

implantação e ao mesmo tempo diluir o risco.

3.5 Benefícios do orçamento base zero:

Os benefícios gerados por esta ferramenta são muitos e ao mesmo

tempo em que os administradores irão observar que a empresa está sob controle,

também os resultados estarão comprovando os benefícios da implantação.

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Abaixo destacam-se alguns benefícios gerados pelo sistema:

a. Determina antecipadamente quanto de recursos é necessário

para a realização dos fins desejados.

b. Os pacotes de decisão explicam as alternativas existentes para a

realização das atividades e empreendimentos.

c. Procura níveis de atividades que podem ser reduzidas.

d. Identifica duplicidade de esforços entre departamentos.

e. Estabelece prioridade dentro dos departamentos.

f. Orienta a avaliação do desempenho dos empregados.

g. Melhora a elaboração de planos e orçamentos.

h. O sistema permite a identificação, avaliação, justificação e

comprometimento com todas as atividades propostas.

i. Evidencia falhas do próprio planejamento, ou de coordenadores.

j. Facilita a revisão completa de todos os esforços orçamentários

uma vez que os pacotes de decisão já estão identificados.

k. Facilita a comunicação entre todos os administradores.

3.6 Implantação e operacionalidade dos pacotes de decisão:

Os pacotes de decisão são o meio em que o administrador começará a

identificar uma atividade, uma função ou uma operação em separado de modo

definitivo para avaliação e comparação, com outras atividades.

Esta identificação inclui a finalidade (metas e objetivos), bem como as

conseqüências de não se executar a atividade, medida de desempenho, caminhos

alternativos, custos e benefícios.

O segredo da implantação do orçamento base zero é exatamente a

identificação e avaliação do pacote de decisão de cada atividade, o que

denomina-se alvo do administrador.

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32

Na criação desses pacotes, as alternativas devem ser levadas em

conta, onde há diferentes maneiras de desempenhar a mesma função. Esta

análise identifica maneiras alternativas de desempenhá-las, assim escolhe-se a

melhor alternativa e as outras são postas de lado.

A seguir temos o esquema de formulação dos pacotes de decisão:

Fonte: Sindicato dos Economistas de São Paulo, 2004

A priorização desses pacotes, envolve a avaliação e o escalonamento

por ordem de importância, através de uma análise custo/benefício ou de avaliação

subjetiva.

Esta análise é feita no nível da organização em que os pacotes foram

preparados, para que cada administrador possa avaliar a importância de suas

próprias atividades, priorizando seus pacotes de acordo com elas.

Operações atuais divididas em atividades discretas

Premissas do planejamento

Níveis de esforço comuns identificados em cada

atividade para o próximo ano orçamentário

Identificação e avaliação de maneiras e/ou níveis de esforço diferentes para executar cada atividade.

Atividades onde não há alternativas lógicas ou escolha do método e do nível de operação atual

Priorização de todos os pacotes de decisão no mesmo nível

Preparo de pacotes de decisão para novas

atividades e programas

Orientação e análise de fundamentos Preparo de pacotes de decisão

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Os administradores identificam os benefícios a serem conseguidos em

cada nível de despesas e os pacotes são listados por ordem decrescente de

importância.

As vantagens da priorização dos pacotes de decisão podem ser listadas

desta forma:

a) Permite que a direção faça uma triagem inicial das priorizações

para ter uma noção dos tipos de atividade, dos valores e do

pessoal envolvido.

b) A identificação da tendência entre o esforço do ano em curso e o

nível mínimo de esforço identificado para o ano orçamentário.

c) Serve como documento de trabalho que possa ser usado pela

direção para tomar as decisões de dotação entre várias

prioridades.

Quanto a origem dos pacotes, temos quatro considerações básicas na

determinação de um nível organizacional em que se possam prepará-los, como

segue:

a) Tamanho das operações;

b) Alternativas disponíveis;

c) Nível organizacional em que se tomam decisões significativas.

(um organograma é o melhor indicador para esta escolha)

d) Restrições de tempo (realizações que podem ser razoavelmente

esperadas no tempo disponível).

O pacote de decisão é o principal instrumento de avaliação de cada

função e tem que gerar informações necessárias para a direção decidir fazer ou

não uma dotação para cada pacote.

As informações podem ser divididas nas seguintes partes:

1. Informações gerais

2. Descrição da finalidade e do programa

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3. Custos

4. Benefícios

5. Alternativas

1. Informações gerais:

Podemos reunir as informações da seguinte maneira:

a. Nome ou título do pacote

b. Posição do pacote

c. Data do preparo

d. Identificação organizacional

2. Descrição da finalidade e do programa:

Esta descrição identifica como cada atividade se relaciona

com a organização como um todo. A descrição do programa é

uma descrição de métodos, ações, operações e/ou tipos de

pessoal e de equipamento recomendados para o pacote.

3. Custos:

A avaliação e priorização de cada pacote de decisão em

relação a todos os outros pacotes que competiam pelos

recursos limitados baseiam-se numa análise de

custo/benefício.

4. Benefícios:

É o item mais difícil de se explicar no pacote, devido as

avaliações subjetivas necessárias.

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35

As partes referentes aos benefícios nos formulários são

divididas em benefícios qualitativos e benefícios quantitativos

e intitulados, como segue:

a) Benefícios (quantitativo);

b) Realizações das ações (qualitativo)

c) Índices operacionais (quantitativas)

d) Medidas quantitativas do pacote (quantitativa)

5. Alternativas:

Quanto as alternativas para a criação dos pacotes destaca-se:

a. Diferentes maneiras de se executar a atividade

b. Diferentes níveis de esforço

c. Conseqüências da não aprovação do pacote

Das três alternativas, a única parte obrigatória no

formulário é a identificação e avaliação de diferentes

maneiras de se executar a atividade.

Conclui-se enfatizando a importância da criação de pacote de decisão

para os dirigentes da empresa tomarem decisões, sendo este recurso conduzido

pelos responsáveis, pelos executores, pelos beneficiários e pela alta

administração formando a cadeia de processos.

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CAPÍTULO 4

PRINCÍPIOS DA CONVERSÃO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

4.1 Introdução:

Neste capítulo orienta-se para aos princípios da conversão de

demonstrações contábeis, através da comparação dos princípios que regem

nossa regulamentação com as regras de outros países, onde as diferenças

básicas serão esclarecidas, já que o sistema teve sua adaptação baseada nesses

países que originaram o plano orçamentário que hoje é foco deste estudo.

Com o mesmo ímpeto, enfatizaremos a obrigatoriedade do sistema

FASB52, que determina as técnicas e critérios adotados nas referidas conversões,

onde relacionaremos os objetivos, aplicações e métodos de conversão.

4.2 Conversão de Demonstrações Contábeis:

4.2.1 – Diferenças contábeis:

As práticas contábeis entre nosso país e os Estados Unidos são muito

distintas, onde podemos listar as diferenças entre as seguintes contas:

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1. Depreciação:

As taxas de depreciação nos EUA levam em consideração o

prazo real de vida útil dos ativos, enquanto que no Brasil, as

taxas levam em consideração as regras da legislação fiscal.

2. Imobilizado:

A operação para apuração das contas do imobilizado nos EUA

é regido pelo registro com base no custo histórico do bem e

não é permitido a reavaliação de ativos. No Brasil é permitido

a reavaliação de ativos e o registro também é calculado pelo

histórico da conta.

3. Leasing:

Nas operações de leasing, o registro nos EUA reconhece o

passivo e registra o bem, objeto de arrendamento no ativo da

empresa, enquanto que no Brasil, somente são registrados as

despesas operacionais por conta dos pagamentos de

contraprestações.

4. Investimentos:

Os títulos nos EUA são avaliados de acordo com a intenção

da instituição ao adquiri-los como por exemplo, títulos

mantidos até a data de vencimento. No Brasil, os títulos e

valores mobiliários registrados no ativo circulante e realizáveis

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a longo prazo são avaliados pelo custo de aquisição ou valor

de mercado, das duas variáveis a menor.

5. Ativos Intangíveis

Nos EUA esses ativos são registrados pelo custo e

amortizados ao longo da vida útil esperada, não excedendo a

40 anos. No Brasil não há exigências específicas para esta

operação.

6. Ajustes de exercícios anteriores

Os efeitos das mudanças de critérios contábeis nos EUA, são

reconhecidos no resultado do exercício. No Brasil, com a lei

das S/A, há a determinação que os ajustes de exercícios

anteriores decorrentes de efeitos de mudanças, nas práticas

contábeis, são contabilizados diretamente na conta de lucros

acumulados.

Desta forma, nota-se que há diferenças importantes entre a

operacionalidade das demonstrações contábeis entre os dois países, onde o

orçamento empresarial tende à várias adaptações para o cenário nacional.

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39

4.3 A utilização das técnicas da FASB52:

A FASB – Financial Accounting Standard Board, que determina as

técnicas e critérios adotados para a conversão de demonstrações contábeis, a

aplicação desse pronunciamento afeta os relatórios financeiros da maioria das

empresas que operam em países estrangeiros.

A obrigatoriedade da aplicação do FASB52 é exigida pra a conversão

de demonstrações contábeis, preparadas de acordo com os princípios contábeis

norte americanos, as quais serão incluídas nas demonstrações contábeis através

de:

a. Consolidação (matriz subsidiária)

b. Combinação (empresas com um mesmo negócio)

c. Avaliação de investimentos pelo método da equivalência

patrimonial (coligadas).

Não há obrigatoriedade quando o objetivo é:

a. A obtenção de recursos no exterior

b. Apresentação a investidores

c. Gerencial.

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40

4.4 Distinção entre conversão de demonstrações contábeis e contabilidade

em moeda estrangeira.

No caso de conversão de demonstrações contábeis, a empresa

mantém sua contabilidade em moeda nacional de acordo com os princípios

contábeis brasileiros e somente no final do exercício, após o encerramento das

demonstrações contábeis em moeda nacional, aplica os procedimentos de

conversão.

No caso da contabilidade em moeda estrangeira, as operações são

convertidas para a moeda estrangeira à medida que ocorrem e registradas em

sistema contábil próprio, apurando ao término do exercício as demonstrações

contábeis em moeda estrangeira, não havendo a necessidade de qualquer

conversão.

4.5 Taxas de Conversão:

Há cinco taxas de conversão, as quais podemos citar:

1. Taxa Histórica:

Taxa de câmbio vigente na época da ocorrência do fato.

2. Taxa corrente:

Taxa de câmbio vigente no dia em que a operação está sendo realizada, ou

em que o exercício social está sendo encerrado.

3. Taxa de fechamento

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Taxa de câmbio vigente na data de encerramento das demonstrações

contábeis.

4. Taxa Média:

Média aritmética das taxas de câmbio vigentes durante determinado

período, normalmente um mês, apurada por média aritmética simples ou

ponderada.

5. Taxa ponderada ou prevista:

Não prevista no FASB52, taxas para datas futuras, usadas principalmente

em economias hiperinflacionárias.

4.6 Métodos de Conversão:

A escolha do método de conversão a ser aplicado dependerá dos objetivos e dos

critérios a que a empresa esteja submissa.

Basicamente existem três métodos de conversão:

1) Câmbio de fechamento:

Todos os itens das demonstrações contábeis são convertidos pela

taxa de câmbio vigente na data de encerramento das

demonstrações contábeis, ou seja, pela taxa corrente. Esta taxa é

aplicada em países de economia estável.

Para exemplificar, verifique no quadro as contas e suas respectivas

taxas de conversão:

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Item da demonstração Contábil Taxa de Conversão

ATIVOS TAXA DE CÂMBIO DE FECHAMENTO

PASSIVO EXIGÍVEL TAXA DE CÂMBIO DE FECHAMENTO

PATRIMÔNIO LÍQUIDO TAXA DE CÂMBIO HISTÓRICA

RECEITAS E DESPESAS TAXA MÉDIA PONDERADA

2) Monetário e não monetário

Através deste método os itens patrimoniais são classificados em:

a) Monetários:

Disponibilidades e direitos ou obrigações que serão realizados ou exigidos em dinheiro. (caixa, bancos, duplicatas a receber, duplicadas descontadas, etc.)

i. Monetários Pré-fixados ( não anexados): principalmente duplicatas a receber e a pagar são avaliadas pelo valor nominal, ou seja, valor futuro.

ii. Monetários Pós-fixados (indexados): contas a receber e a pagar e aplicações financeiras indexadas atualizadas até a data do balanço, ou seja, valor presente.

Estes itens são convertidos pela taxa corrente

b) Não Monetários:

Bens (realizáveis ou permanentes) e direitos ou obrigações que serão realizados ou exigidos em bens ou serviços. (estoque em geral, despesas pagas antecipadamente, adiantamentos a fornecedores, etc.)

Estes itens são convertidos pela taxa histórica.

Este método era adotado pelo FASB 8 e era adequado para conversões de demonstrações contábeis elaboradas em países que adotam o princípio contábil do custo histórico para avaliação dos ativos e passivos não monetários mas não para aqueles países que

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utilizam o princípio do custo corrigido monetariamente ou custo de reposição. O quadro a seguir exemplifica essa questão:

CAIXA ITEM R$ TAXA US$ 1,00 = R$ US$

Caixa Monetário 1.680 Corrente 2,80 600

Clientes Monetário 6.500 Corrente 2,80 2.322

Estoque Não Monetário 4.000 Histórica 2,50 1.600

Imobilizado Não Monetário 6.000 Histórica 2,35 2.553

3) Método Temporal

Pode ser aplicável em quaisquer circunstâncias de economia ou de

princípios contábeis.

Por este método os itens patrimoniais são classificados de acordo

com a base de valor adotada para avaliação, como demonstrado a

seguir:

ITENS BASE DE VALOR TAXA

Monetários prefixados Futuro Corrente ou prevista

Monetários pósfixados Presente Corrente

Não monetários realizáveis Passado Histórica

Não monetários permanentes ou patrimônio líquido Passado Histórica

Em países de economia estável, este método gera resultados muito

parecidos com o método de câmbio de fechamento, já em países

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com economias inflacionárias os resultados são parecidos com os

métodos monetário/não monetário.

Conclui-se este capítulo com a observância da necessidade de

adaptações de sistemas contábeis para idealizar os dados base de

projeção nos planos orçamentários de maneira geral.

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CAPÍTULO 5

ELABORAÇÃO DO PLANO ORÇAMENTÁRIO:

ESTUDO PRÁTICO

5.1 Introdução:

Neste capítulo demonstra-se através de um estudo prático a formulação

de dados preliminares de uma empresa denominada “Industria e Comércio

Estratégica S.A.” conferindo os dados financeiros necessários para a elaboração

do orçamento empresarial gerido pelas premissas acordadas pela alta

administração da empresa.

As informações colhidas são fictícias servindo unica e exclusivamente

para enfatizar as abordagens até este momento ocorrida.

5.2 Premissas:

Conforme introdução, a empresa “Industria e Comércio Estratégica

S.A.” deverá elaborar seu orçamento relativo ao exercício de 2005, sendo neste

momento, atribuído a este estudo os seguintes dados:

A. Balanço Patrimonial em 31.12.2004;

B. Composição do Estoque em 31.12.2004;

C. Orçamento de vendas;

D. Política de Estoques;

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E. Preço de Compra por Kg de Matéria Prima;

F. Ficha técnica dos Produtos;

G. Custos Indiretos de Fabricação (CIFs);

H. Nível de Investimentos;

I. Nível de Dividendos;

J. Nível de Empréstimos;

K. Despesas Operacionais;

L. Imposto de Renda;

M. Aplicações Financeiras ocorridas em Dezembro de 2004;

N. Empréstimos ocorridos em Dezembro de 2004;

O. Contas a Pagar de Dezembro de 2004;

P. Saldo de Caixa;

Q. Outras Informações.

O orçamento empresarial deverá ser coordenado pelas premissas as

quais descreve-se a seguir:

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A - Balanço Patrimonial em 31.12.2004: fonte Sindicato dos Economistas de São Paulo.

ATIVO $ PASSIVO + PL $

Caixa 13 Fornecedores 124

Bancos Cta. Movimento 80 Empréstimos Bancários de CP 507

Aplicação Financeira 35 Imposto de Renda 280

Clientes 778 Impostos s/Venda 109

Estoques 620 Contas a Pagar 205

Investimentos - Controladas 1.080 Empréstimos Bancários de LP 590

Máquinas e Equipamentos 10.819 Capital Social 4.540

Veículos 650 Lucro Acumulado 2.515

Depreciação Acumulada -5.205 Dividendos 0

Total 8.870 Total 8.870 B – Composição do Estoque em 31.12.2004:

Denominação Quantidade $ Unitário $ Total

Matéria Prima Rígida 370 Kgs 0,13 48,00

Flexível 315 Kgs 0,14 44,00

Prod. Acabado Natave 111 unidades 2,09 232,00

Tanave 80 unidades 3,70 296,00 C – Orçamento de Vendas:

Produto Volume /Ano PV/un - Bruto PV/un – Líq. ICMS

Natave 4.800 4,27 3,5014 18%

Tanave 3.160 7,93 6,5026 18% Concentração das Vendas: 1º Trimestre (15%); 2º Trimestre (30%); 3º Trimestre (35%); 4º

Trimestre (20%). Venda uniforme dentro do trimestre. D – Política de Estoques:

Prod. Acabado Manter estoque equivalente a 35% da venda do mês seguinte

Matéria Prima Manter estoque equivalente a 40% do consumo do mês seguinte

Observação Para o primeiro trimestre de 2006 está prevista uma redução de 10% sobre o

nível das atividades projetadas para o quarto trimestre de 2005. E – Preço de Compra por Kg de Matéria Prima:

Matéria Prima $ Bruto $ Líquido ICMS

Rígida 0,18 0,1476 18%

Flexível 0,20 0,1640 18%

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F – Ficha Técnica dos Produtos:

Discriminação Produto Natave Produto Tanave

Matéria Prima Rígida (kg por unidade) 2,70 3,00

Matéria Prima Flexível (kg por unidade) 2,00 2,50

Mão de Obra Direta (Horas por unidade) 2,50 4,50

Taxa Horária da Mão de Obra Direta 0,55 0,58

Horas de Máquinas/um (CIF Variável) 1,50 2,50

Taxa do CIF Variável por Hora de Máquina 0,16 0,18 G – CIF/F – Custo Indireto de Fabricação Fixo: (Base de Rateio: Horas de Máquina)

Item de Custo Valor

Depreciação 1,080

Manutenção 1,260

Diversos 480 Total 2,820 H – Investimenos: A empresa programou para o início de janeiro/2005 a compra de equipamentos no valor de $1.200, cujo pagamento ao fornecedor será efetuado em quatro parcelas trimestrais de igual valor, a partir de dezembro/2005. (depreciação já considerada no item G).

I – Dividendos: A empresa programou o pagamento de dividendos no valor total de $7.800, a saber: Mar/2005: $750; Jun/2005: $2.250; Set/2005: $2.550 e Dez/2005: 2.250.

J – Empréstimos: A empresa programou para jun/2005 a tomada de recursos junto a uma instituição financeira visando reforçar o seu capital de giro, no valor de $800, com juros de 11% ao trimestre. K – Despesas Operacionais: As despesas operacionais (administrativas) fixas estão orçadas em $1.104 no ano, e serão rateadas aos produtos com base no valor de vendas. As despesas variáveis (comissão s/vendas) são calculadas à base de 3% sobre a venda líquida. L – Imposto de Renda: O imposto de renda referente ao exercício de 2004 será pago em março/2005. O referente ao exercício de 2005, calculado à base de 30%, será pago no mês seguinte ao da incidência. M – Aplicações Financeiras de Dez/2004: Tem seu resgate programado para o final de Jan/2005, por $40. As sobras de caixa em 2005 serão convertidas em aplicação financeira rendendo 9% ao trimestre, a partir do mês seguinte.

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N – Empréstimo de Dez/2004: Os de curto prazo tem o pagamento contratado para 50% em mar/2005 e 50% para jun/2005. Os de longo prazo serão pagos somente em 2006. Em ambas as operações a taxa de juros é da ordem de 11% ao trimestre. O – Contas a Pagar de Dez/2004: Serão pagas em única parcela em jan/2005. P – Saldo de Caixa: O caixa permanecerá com saldo de $10, destinado a suprir pequenos gastos. A disponibilidade mínima, representada pela conta de Bancos c/Movimento será de $100. Q – Outras Informações: Recebimento de Vendas: 45% no mês e 55% no mês seguinte Pagamento de Compras: 65% no mês e 35% no mês seguinte MOD e CIF: Pagos no mês seguinte ICMS e Comissão sobre Vendas: Recolhido no mês seguinte Método de Avaliação de Estoques: Produto Acabado (Média); Matéria Prima (UEPS) R – Trabalho a Executar: Com base nas informações e premissas orçamentárias fornecidas, elaborar:

1. Sub-Orçamentos e Relatórios para Elaboração do Plano Orçamentário;

2. Demonstração do Fluxo de Caixa;

3. Demonstração do Resultado (por produto e total da empresa);

4. Balanço Patrimonial;

5. Análise Financeira do Balanço Patrimonial e da Demonstração do Resultado; e

6. Análise do Ponto de Equilíbrio e MSO (por produto e total da empresa).

S – Relação dos Relatórios Quadro Relatório 01 Orçamento de Venda, Estoques e Produção (Volume) 02 Orçamento de Venda Bruta e Contas a Receber 03 Orçamento de Consumo e Custo de Matéria Prima 04 Orçamento de Mão de Obra Direta 05 Orçamento de CIF – Variável 06 Orçamento de CIF – Fixo 07 Orçamento do Resumo do Custo de Produção 08 Orçamento das Despesas Operacionais 09 Orçamento dos Impostos s/Vendas 10 Orçamento de Compra de Matéria Prima 11 Orçamento de Fornecedores 12 Orçamento do Estoque de Matéria Prima 13 Orçamento do Estoque de Produto Acabado 14 Orçamento das Diversas Contas a Pagar 15 Orçamentos Diversos (Aplic. Financ., Imp. Renda, Desp. Financ. e Empréstimo) 16 Orçamento do Fluxo de Caixa 17 Orçamento da Demonstração de Resultado 18 Orçamento do Balanço Patrimonial

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5.3 Execução Orçamentária:

O plano orçamentário deverá ser elaborado com base nos quadros

apresentados no ítem S presente nas premissas acordadas pela administração.

Desta forma, descreve-se:

QUADRO 01 - Orçamento de Venda, Estoques e Produção (Volume)

1º Trim 2º Trim 3º Trim 4º Trim Total

168,0 196,0 112,0 100,8 100,8720,0 1.440,0 1.680,0 960,0 4.800,0111,0 168,0 196,0 112,0 111,0777,0 1.468,0 1.596,0 948,8 4.789,8

1º Trim 2º Trim 3º Trim 4º Trim Total

110,6 129,0 73,7 66,4 66,4474,0 948,0 1.106,0 632,0 3.160,080,0 110,6 129,0 73,7 80,0

504,6 966,4 1.050,7 624,6 3.146,4

(=) Produção

Produto Tanave

(+) Estoque Final (+) Vendas

Produto Natave

(+) Estoque Final (+) Vendas (-) Estoque Inicial

(-) Estoque Inicial (=) Produção

Em face a elaboração do plano orçamentário, o quadro no 1 retrata dois

produtos da empresa foco deste estudo. Elabora-se neste momento, a verificação

do orçamento de venda e estoque relacionados ao balanço patrimonial de 2004,

isto é, através de dados realizados e dados projetados em consonância com as

premissas acordadas para a determinação do volume de produção nos quatro

trimestres de 2005.

Observa-se que o Estoque Final de cada produto (Natave e Tanave)

são dados projetados pela empresa e presente no tópico 5.2 neste capítulo

enquando que o Estoque Inicial do primeiro trimestre é dado através de dados

realizados do Balanço Patrimonial de 2004.

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QUADRO 02 - Oramento de Venda Bruta e Contas a Receber

Natave Tanave Total Periodo Per. Anter Total1¼ 3.074,4 3.758,8 6.833,2 5.580,5 778,0 6.358,5 1.252,82¼ 6.148,8 7.517,6 13.666,4 11.160,9 1.252,8 12.413,7 2.505,53¼ 7.173,6 8.770,6 15.944,2 13.021,1 2.505,5 15.526,6 2.923,14¼ 4.099,2 5.011,8 9.111,0 7.440,6 2.923,1 10.363,7 1.670,3

Total 20.496,0 25.058,8 45.554,8 37.203,1 7.459,4 44.662,5 1.670,3

Venda Bruta Recebimentos Saldo Final

Trimestre

O quadro no 2 representa o orçamento de vendas brutas, ou seja,

valores de venda com os impostos e contas a receber já devidamente apuradas

conforme premissas Q e C.

QUADRO 03 - Orçamento de Consumo e Custo de Matéria Prima

Produto Natave (volumes) 1º Trim 2º Trim 3º Trim 4º Trim Total777,0 1.468,0 1.596,0 948,8 4.789,8

2,70 2,70 2,70 2,702.097,9 3.963,6 4.309,2 2.561,8 12.932,5

2,00 2,00 2,00 2,001.554,0 2.936,0 3.192,0 1.897,6 9.579,6

Produto Tanave (volumes) 1º Trim 2º Trim 3º Trim 4º Trim Total504,6 966,4 1.050,7 624,6 3.146,4

3,00 3,00 3,00 3,001.513,8 2.899,3 3.152,1 1.873,9 9.439,1

2,50 2,50 2,50 2,501.261,5 2.416,1 2.626,8 1.561,6 7.865,9

1º Trim 2º Trim 3º Trim 4º Trim Total

2.097,9 3.963,6 4.309,2 2.561,8 12.932,50,1476 0,1476 0,1476 0,1476309,7 585,0 636,0 378,1 1.908,8

1.554,0 2.936,0 3.192,0 1.897,6 9.579,60,1640 0,1640 0,1640 0,1640254,9 481,5 523,5 311,2 1.571,1

Custo Total de Matéria Prima 564,5 1.066,5 1.159,5 689,3 3.479,9

1º Trim 2º Trim 3º Trim 4º Trim Total

1.513,8 2.899,3 3.152,1 1.873,9 9.439,10,1476 0,1476 0,1476 0,1476223,4 427,9 465,2 276,6 1.393,2

1.261,5 2.416,1 2.626,8 1.561,6 7.865,90,1640 0,1640 0,1640 0,1640206,9 396,2 430,8 256,1 1.290,0

Custo Total de Matéria Prima 430,3 824,2 896,0 532,7 2.683,2

Produção

Consumo UnitárioConsumo Total

Consumo Unitário

Matéria Prima Rígida

Matéria Prima Flexível

Matéria Prima Rígida

Matéria Prima Flexível

Produção

Consumo UnitárioConsumo Total

Consumo Total

Consumo UnitárioConsumo Total

Custo Total

Consumo TotalCusto Unitário

Produto Natave ($)Matéria Prima Rígida

Matéria Prima FlexívelCusto TotalCusto UnitárioConsumo Total

- Custo Total

Produto Tanave ($)Matéria Prima Rígida

Consumo TotalCusto UnitárioCusto Total

Matéria Prima Flexível - Consumo Total - Custo Unitário

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Na elaboração do consumo e custo de matéria prima para a fabricação

dos dois produtos de empresa orçada, observa-se a produção alencada por

trimestres durante o ano de 2005 e o consumo de material direto de cada produto

fabricado totalizando o consumo total de ambos os produtos os quais são

representados pelas premissas F denominado Ficha Técnica dos Produtos, e

premissa E denominada Preço de Compra de Kg de Matéria Prima, presentes no

tópico 5.2 deste capítulo.

QUADRO 04 - Orçamento de Mão de Obra Direta

1º Trim 2º Trim 3º Trim 4º Trim Total777,0 1.468,0 1.596,0 948,8 4.789,82,50 2,50 2,50 2,50

1.942,5 3.670,0 3.990,0 2.372,0 11.974,50,55 0,55 0,55 0,55

1.068,4 2.018,5 2.194,5 1.304,6 6.586,0

1º Trim 2º Trim 3º Trim 4º Trim Total504,6 966,4 1.050,7 624,6 3.146,44,50 4,50 4,50 4,50

2.270,7 4.349,0 4.728,2 2.810,8 14.158,60,58 0,58 0,58 0,58

1.317,0 2.522,4 2.742,3 1.630,3 8.212,0

Produto Natave Volume de ProduçãoHoras por UnidadeHoras TotalTaxa HoráriaCusto Total de MOD

Taxa HoráriaCusto Total de MOD

Produto TanaveVolume de ProduçãoHoras por UnidadeHoras Total

O quadro no 4 representa o orçamento de Mão de Obra Direta, ou seja,

pessoal diretamente envolvido com a fabricação dos produtos da empresa. Nota-

se no quadro que o volume de produção bem como as horas gastas para a

fabricação de cada produto são acrescidas pela taxa de mão de obra direta

presente na premissa F correspondente a taxa de encargos incidentes sobre a

mão de obra de cada produto. O total do custo de Mão de Obra Direta representa

o montante despendido pela empresa distribuído em cada trimestre que no

decorrer deste estudo deverá acrescer o custo total de cada produto.

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QUADRO 05 - Orçamento de CIF - Variável

1º Trim 2º Trim 3º Trim 4º Trim Total777,0 1.468,0 1.596,0 948,8 4.789,81,50 1,50 1,50 1,50

1.165,5 2.202,0 2.394,0 1.423,2 7.184,70,16 0,16 0,16 0,16

186,5 352,3 383,0 227,7 1.149,6

1º Trim 2º Trim 3º Trim 4º Trim Total504,6 966,4 1.050,7 624,6 3.146,42,50 2,50 2,50 2,50

1.261,5 2.416,1 2.626,8 1.561,6 7.865,90,18 0,18 0,18 0,18

227,1 434,9 472,8 281,1 1.415,9

QUADRO 06 - Orçamento de CIF - Fixo

1º Trim 2º Trim 3º Trim 4º Trim Total

1.165,5 2.202,0 2.394,0 1.423,2 7.184,71.261,5 2.416,1 2.626,8 1.561,6 7.865,92.427,0 4.618,1 5.020,8 2.984,8 15.050,6

48,0% 47,7% 47,7% 47,7% 47,7%52,0% 52,3% 52,3% 52,3% 52,3%100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

336,5 336,5 336,5 336,5 1.346,2368,5 368,5 368,5 368,5 1.473,8705,0 705,0 705,0 705,0 2.820,0

Total

Total

Total

Produto Natave Volume de Produção

Produto TanaveVolume de ProduçãoHoras Máquina por UnidadeHoras Máquina Total

Horas Máquina por UnidadeHoras Máquina TotalTaxa por Hora MáquinaCusto Total de CIF - Variável

Produto NataveProduto Tanave

CIF - FixoProduto Natave

Taxa por Hora MáquinaCusto Total de CIF - Variável

TRIMESTREHoras Máquina

Produto Tanave

Participação Horas Máq. (%)Produto NataveProduto Tanave

Os quadros no 5 e 6 representam o orçamento do Custo Indireto de

Fabricação (CIF) Variável de acordo com as horas de máquinas necessárias para

a fabricação dos produtos e CIF Fixo. A premissa acordada pela empresa está no

ítem F deste capítulo sendo o total de CIF Variável e CIF Fixo parte integrante do

custo de fabricação dos produtos da empresa.

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QUADRO 07 - Orçamento do Resumo do Custo de Produção

1º Trim 2º Trim 3º Trim 4º Trim Total1.068,4 2.018,5 2.194,5 1.304,6 6.586,0564,5 1.066,5 1.159,5 689,3 3.479,9186,5 352,3 383,0 227,7 1.149,6336,5 336,5 336,5 336,5 1.346,2

2.155,9 3.773,9 4.073,6 2.558,2 12.561,6

1º Trim 2º Trim 3º Trim 4º Trim Total1.317,0 2.522,4 2.742,3 1.630,3 8.212,0430,3 824,2 896,0 532,7 2.683,2227,1 434,9 472,8 281,1 1.415,9368,5 368,5 368,5 368,5 1.473,8

2.342,9 4.149,9 4.479,6 2.812,5 13.784,9

Total

Total

Matéria PrimaCIF - VariávelCIF - Fixo

CIF - VariávelCIF - Fixo

Produto TanaveMão de Obra Direta

Produto Natave Mão de Obra DiretaMatéria Prima

O quadro no 7 representa o resumo dos ítens custeados de Mão de

Obra Direta, Material Direto, CIF Variável e CIF Fixo de ambos os produtos. Os

dados correspondentes ao quadro resumo foram extraídos dos quadros no 3,4,5 e

6.

QUADRO 08 - Orçamento das Despesas Operacionais

1º Trim 2º Trim 3º Trim 4º Trim Total2.521,0 5.042,0 5.882,4 3.361,3 16.806,73.082,2 6.164,5 7.191,9 4.109,6 20.548,25.603,2 11.206,5 13.074,2 7.471,0 37.354,9

1º Trim 2º Trim 3º Trim 4º Trim Total45% 45% 45% 45% 45%55% 55% 55% 55% 55%100% 100% 100% 100% 100%

1º Trim 2º Trim 3º Trim 4º Trim Total124,2 124,2 124,2 124,2 496,7151,8 151,8 151,8 151,8 607,3276,0 276,0 276,0 276,0 1.104,0

1º Trim 2º Trim 3º Trim 4º Trim Total75,6 151,3 176,5 100,8 504,292,5 184,9 215,8 123,3 616,4168,1 336,2 392,2 224,1 1.120,6

Produto NataveProduto Tanave

Despesas ComerciaisProduto NataveProduto Tanave

Total

Total

Total

Participação

Vendas LíquidasProduto NataveProduto Tanave

Produto NataveProduto TanaveTotal

Despesas Administrativas

O quadro no 8 retrata o orçamento das despesas operacionais frente as

vendas líquidas projetadas nas premissas E e K sendo as despesas operacionais

(administrativas) fixas orçadas em $ 1.104 no ano, e serão rateadas aos produtos

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com base no valor de vendas. As despesas variáveis (comissão sobre venda) são

calculadas à base de 3% sobre a venda líquida.

QUADRO 09 - Orçamento dos Impostos Sobre Vendas

1º Trim 2º Trim 3º Trim 4º Trim Total553,4 1.106,8 1.291,2 737,9 3.689,3676,6 1.353,2 1.578,7 902,1 4.510,6

1.230,0 2.460,0 2.870,0 1.640,0 8.199,9

1º Trim 2º Trim 3º Trim 4º Trim Total250,4 419,9 426,8 264,7 1.361,7250,4 419,9 426,8 264,7 1.361,7

1º Trim 2º Trim 3º Trim 4º Trim Total-979,6 -2.040,1 -2.443,1 -1.375,3 -6.838,1-979,6 -2.040,1 -2.443,1 -1.375,3 -6.838,1

ICMS s/Compras

ICMS Líquido

Total

Produto NataveICMS s/Vendas

Produto TanaveTotal

TotalMatéria Prima Rígida / Flexível

Imposto Líquido

O quadro no 9 demonstra o valor orçado de impostos incidentes

exclusivamente sobre as vendas, utilizando para isso as premissas C e E

atribuindo os impostos sobre as vendas e sobre as compras para apuração do

valor a pagar de impostos sobre vendas.

QUADRO 10 - Orçamento de Compra de Matéria Prima

1º Trim 2º Trim 3º Trim 4º Trim Total915,1 994,8 591,4 532,3 532,3

3.611,7 6.862,9 7.461,3 4.435,6 22.371,5370 915,1 994,8 591,4 370,0

4.156,8 6.942,7 7.057,9 4.376,5 22.533,80,18 0,18 0,18 0,18

748,2 1.249,7 1.270,4 787,8 4.056,1

1º Trim 2º Trim 3º Trim 4º Trim Total713,6 775,8 461,2 415,1 415,1

2.815,5 5.352,1 5.818,8 3.459,2 17.445,5315 713,6 775,8 461,2 315,0

3.214,1 5.414,3 5.504,1 3.413,0 17.545,60,2 0,2 0,2 0,2

642,8 1.082,9 1.100,8 682,6 3.509,1

(-) Estoque Inicial (=) Compra

(+) Estoque Final (+) Consumo

Valor da Compra Total

Matéria Prima Rígida

(+) Consumo (-) Estoque Inicial (=) CompraPreço de Compra Unitário

Preço de Compra UnitárioValor da Compra Total

Matéria Prima Flexível (+) Estoque Final

Através do quadro no 10, orça-se a compra de matéria prima rígida e

flexivel, componente dos produtos fabricados pela empresa. Os totais de compra

de ambos os produtos são lastreados nas premissas D e E, além do quadro no 3 e

Balanço Patrimonial realizado presente no tópico 5.2.

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QUADRO 11 - Orçamento de Fornecedores

1º Trim 2º Trim 3º Trim 4º Trim Total124,0 162,3 272,1 276,6 124,0

1.391,0 2.332,5 2.371,2 1.470,4 7.565,2124 162,3 272,1 276,6 835,1

1.228,8 2.060,4 2.094,6 1.298,8 6.682,6162,29 272,13 276,65 171,54 171,54

QUADRO 12 - Orçamento do Estoque de Matéria Prima

1º Trim 2º Trim 3º Trim 4º Trim Total370,0 915,1 994,8 591,4 370,0

4.156,8 6.942,7 7.057,9 4.376,5 22.533,83.611,7 6.862,9 7.461,3 4.435,6 22.371,5915,1 994,8 591,4 532,3 532,3

1º Trim 2º Trim 3º Trim 4º Trim Total48,1 128,5 140,3 80,8 48,1

613,5 1.024,7 1.041,7 646,0 3.326,0533,1 1.013,0 1.101,3 654,7 3.302,0128,5 140,3 80,8 72,1 72,1

(=) Saldo Final

(-) Pagamento Periodo Anterior (-) Pagamento Periodo

Fornecedores (+) Saldo Inicial (+) Compra

(-) Consumo (=) Saldo Final

(-) Consumo (=) Saldo Final

(+) Saldo Inicial (+) Compra

MP Rígida - Kilos (+) Saldo Inicial (+) Compra

MP Rígida - $

1º Trim 2º Trim 3º Trim 4º Trim Total315,0 713,6 775,8 461,2 315,0

3.214,1 5.414,3 5.504,1 3.413,0 17.545,62.815,5 5.352,1 5.818,8 3.459,2 17.445,5713,6 775,8 461,2 415,1 415,1

1º Trim 2º Trim 3º Trim 4º Trim Total44,1 109,5 119,7 68,1 44,1

527,1 887,9 902,7 559,7 2.877,5461,7 877,7 954,3 567,3 2.861,1109,5 119,7 68,1 60,5 60,5

(=) Saldo Final

(=) Saldo Final

MP Flexível - Kilos (+) Saldo Inicial (+) Compra (-) Consumo

MP Flexível - $ (+) Saldo Inicial (+) Compra (-) Consumo

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QUADRO 13 - Orçamento do Estoque de Produto Acabado

1º Trim 2º Trim 3º Trim 4º Trim Total111,0 168,0 196,0 112,0 111,0777,0 1.468,0 1.596,0 948,8 4.789,8888,0 1.636,0 1.792,0 1.060,8 5.376,8720,0 1.440,0 1.680,0 960,0 4.800,0168,0 196,0 112,0 100,8 100,8

1º Trim 2º Trim 3º Trim 4º Trim Total232,0 451,8 506,3 286,2 232,0

2.155,9 3.773,9 4.073,6 2.558,2 12.561,62.387,9 4.225,7 4.579,9 2.844,4 12.793,6

2,7 2,6 2,6 2,71.936,1 3.719,4 4.293,6 2.574,1 12.523,3451,8 506,3 286,2 270,3 270,3

1º Trim 2º Trim 3º Trim 4º Trim Total80,0 110,6 129,0 73,7 80,0504,6 966,4 1.050,7 624,6 3.146,4584,6 1.077,0 1.179,7 698,4474,0 948,0 1.106,0 632,0 3.160,0110,6 129,0 73,7 66,4 66,4

1º Trim 2º Trim 3º Trim 4º Trim Total296,0 499,2 557,0 314,8 296,0

2.342,9 4.149,9 4.479,6 2.812,5 13.784,92.638,9 4.649,2 5.036,6 3.127,3

4,5 4,3 4,3 4,52.139,6 4.092,2 4.721,8 2.830,1 13.783,7499,2 557,0 314,8 297,2 297,2

(=) Sub Total

Tanave - Unidades (+) Saldo Inicial (+) Produção

(=) Sub Total

(=) Sub Total

Natave - $ (+) Saldo Inicial (+) Produção

Custo Unitário (-) C.P.V. Saldo Final

(=) Sub Total (-) Venda

Natave - Unidades (+) Saldo Inicial (+) Produção

Saldo Final (-) Venda

Custo Unitário (-) C.P.V. Saldo Final

Saldo FinalTanave - $

(+) Saldo Inicial (+) Produção

Os quadro no 11, 12 e 13 que representam os orçamentos de

fornecedores e estoque de material direto e produto acabado, formam os saldos a

serem utilizados no início de cada trimestre do ano de 2005 servindo de base para

a elaboração dos custos e volumes consumidos conforme venda de produtos e de

consumo de matéria prima associada a estes produtos. Os dados são lastreados

na premissa Q, nos quadros no 1, 7 , 10 e no Balanço de 2004.

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QUADRO 14 - Orçamento de Contas a Pagar Diversas

Dec´2004 1º Trim/05 2º Trim/05 3º Trim/05 4º Trim/05

205,0

205,00,0

0,0 795,1 1.513,6 1.645,62.385,4 4.540,9 4.936,8 2.934,91.590,3 3.027,3 3.291,2 1.956,6

0,0 795,1 1.513,6 1.645,6795,1 1.513,6 1.645,6 978,3

0,0 137,9 262,4 285,3413,6 787,2 855,9 508,8275,7 524,8 570,6 339,20,0 137,9 262,4 285,3

137,9 262,4 285,3 169,6

0,0 145,0 145,0 145,0435,0 435,0 435,0 435,0290,0 290,0 290,0 290,00,0 145,0 145,0 145,0

145,0 145,0 145,0 145,0

0,0 56,0 112,1 130,7168,1 336,2 392,2 224,1112,1 224,1 261,5 149,40,0 56,0 112,1 130,756,0 112,1 130,7 74,7

0,0 92,0 92,0 92,0276,0 276,0 276,0 276,0184,0 184,0 184,0 184,00,0 92,0 92,0 92,092,0 92,0 92,0 92,0

205,0 1.226,0 2.125,1 2.298,63.678,0 6.375,3 6.895,9 4.378,82.452,0 4.250,2 4.597,3 2.919,2205,0 1.226,0 2.125,1 2.298,6

1.226,0 2.125,1 2.298,6 1.459,6

Desp. Comerciais Inicial

Inicial (+) do Periodo (-) Pagamento Final

Mão de Obra Direta Inicial

Contas a PagarItens

CIF - Variável Inicial (+) do Periodo (-) Pagamento - Periodo

(+) do Periodo (-) Pagamento - Periodo (-) Pagamento - Per. Anterior Final

(+) do Periodo (-) Pagamento - Periodo (-) Pagamento - Per. Anterior Final

(-) Pagamento - Per. Anterior Final

CIF - Fixo (- Depreciação) Inicial

Despesas Administrativas Inicial (+) do Periodo (-) Pagamento - Periodo

(+) do Periodo (-) Pagamento - Periodo (-) Pagamento - Per. Anterior Final

(+) do Periodo (-) Pagamento - Periodo (-) Pagamento - Per. Anterior Final

(-) Pagamento - Per. Anterior Final

Resumo Inicial

O quadro no 14 representa o resumo de contas a pagar diversas nos

quatro trimestres de 2005 com base no balanço inicial de 2004 conforme premissa

Q e quadros no 7 e 8.

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QUADRO 15 - Orçamentos Diversos

Aplicação Financeira / 2005 1º Trim 2º Trim 3º Trim 4º Trim0,0 104,7 745,4 1.464,3

104,7 631,2 651,9 -1.342,20,0 9,4 67,1 131,8

104,7 745,4 1.464,3 253,9

Imposto de Renda a Pagar 1º Trim 2º Trim 3º Trim 4º Trim280,0 96,8 268,9 329,0290,3 806,7 986,9 453,6473,5 634,6 926,8 631,496,8 268,9 329,0 151,2

1º Trim 2º Trim 3º Trim 4º Trim590,0 654,9 726,9 806,964,9 72,0 80,0 88,8654,9 726,9 806,9 895,7

Emprést. CP/04 e Desp. Finan 1º Trim 2º Trim 3º Trim 4º Trim507,0 281,4 0,0 0,055,8 31,0 0,0 0,0281,4 312,3 0,0 0,0281,4 0,0 0,0 0,0

Emprést. CP/05 e Desp. Finan 1º Trim 2º Trim 3º Trim 4º Trim0,0 0,0 800,0 888,00,0 800,0 0,0 0,00,0 0,0 88,0 97,70,0 800,0 888,0 985,7

1º Trim 2º Trim 3º Trim 4º Trim

Pagamento do PeriodoSaldo Atual

Saldo Final

Empréstimo LP e Desp. FinanSaldo InicialJuros do Período

Saldo InicialJuros do PeríodoPagamentoSaldo Final

Aplicação Financeira AnteriorSobra de Caixa do Periodo

Saldo AnteriorProvisão do Periodo

Juros Periodo AnteriorAplicação Financeira Atual

Saldo Emprést. E Desp. FinanSaldo Final Empréstimo CPSaldo Final Empréstimo LPDespesa Financeira

Saldo InicialTomada de RecursosJuros do PeríodoSaldo Final

O quadro no 15 demonstra os orçamentos baseados nas premissas M1,

L, N e J, correspondentes as regras acordadas e orçadas em 2005 nas contas de

aplicação financeira/2005, Impostos sobre lucro líquido, Empréstimos de Curto

Prazo, Longo Prazo e Despesas Financeiras para compor o balanço patrimonial

orçado por trimestre em 2005.

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QUADRO 16 - Orçamento do Fluxo de Caixa

1º Trim/05 2º Trim/05 3º Trim/05 4º Trim/05 Total6.358,46 12.413,68 15.526,59 10.363,72 44.662,46

40,00 40,00 800,00 800,00

6.398,46 13.213,68 15.526,59 10.363,72 45.502,46

1º Trim/05 2º Trim/05 3º Trim/05 4º Trim/05 Total1.352,75 2.222,70 2.366,73 1.575,48 7.517,66 1.590,25 3.822,39 4.804,85 3.602,19 13.819,68 184,00 276,00 276,00 276,00 1.012,00 112,06 280,16 373,55 280,16 1.045,94 205,00 - - - 205,00 762,06 1.686,60 2.308,79 1.731,25 6.488,69 473,55 634,60 926,85 631,36 2.666,35 275,70 662,66 832,98 624,48 2.395,82 290,00 435,00 435,00 435,00 1.595,00

300,00 300,00 750,00 2.250,00 2.550,00 2.250,00 7.800,00 281,39 312,34 - - 593,72

6.276,76 12.582,45 14.874,74 11.705,92 45.439,86

6.276,76 12.582,45 14.874,74 11.705,92 45.439,86

1º Trim 2º Trim 3º Trim 4º Trim Total121,70 631,23 651,86 (1.342,20) 62,59 93,00 110,00 110,00 110,00 93,00 110,00 110,00 110,00 110,00 110,00 104,70 631,23 651,86 (1.342,20) 45,59

Investimentos

Aplic. Financeira - Fluxo

Emprést. Bancário / Previsto

Despesas Operac. Fixas

Contas a Pagar

Saldo Final de Caixa

Despesas Operac. Variáveis

Impostos Sobre Vendas Imposto de Renda CIF - Variável CIF - Fixo

Total das Entradas

SAÍDASFornecedores Mão de Obra Direta

ENTRADAS Vendas Aplicação Financeira / 2004

Emprést. Bancário - Fluxo

Total das Saídas

RESUMO Mov. Líq. (E-S) Antes EB Flx Saldo Inicial de Caixa

Dividendos Emprést. Bancário - 2004 Sub-Total Emprést. Bancário - Fluxo

Superavit (Deficit) de Caixa

Para a devida elaboração orçamentária, é imprescindível a observância

do fluxo de caixa da organização. Neste quadro observa-se as previsões de

entradas e saídas de caixa lastreada nos quadros no 2, 9,11 e 15 e também nas

premissas M, J, H, I e P e Balanço Patrimonial de 2004 para base inicial dos

lançamentos. O quadro resumo demonstra o saldo de caixa líquido dos períodos

proporcionando um controle financeiro eficiente que será base para investimentos

durante o ano de 2005.

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QUADRO 17 - Orçamento da Demonstração de Resultado

1º Trim/05 2º Trim/05 3º Trim/05 4º Trim/05 Total3.074,4 6.148,8 7.173,6 4.099,2 20.496,0553,4 1.106,8 1.291,2 737,9 3.689,3

2.521,0 5.042,0 5.882,4 3.361,3 16.806,71.936,1 3.719,4 4.293,6 2.574,1 12.523,3584,9 1.322,6 1.588,7 787,2 4.283,4124,2 124,2 124,2 124,2 496,775,6 151,3 176,5 100,8 504,2385,1 1.047,2 1.288,1 562,2 3.282,5

1º Trim/05 2º Trim/05 3º Trim/05 4º Trim/05 Total3.758,8 7.517,6 8.770,6 5.011,8 25.058,8676,6 1.353,2 1.578,7 902,1 4.510,6

3.082,2 6.164,5 7.191,9 4.109,6 20.548,22.139,6 4.092,2 4.721,8 2.830,1 13.783,7942,6 2.072,3 2.470,0 1.279,5 6.764,5151,8 151,8 151,8 151,8 607,392,5 184,9 215,8 123,3 616,4698,3 1.735,5 2.102,5 1.004,4 5.540,7

1º Trim/05 2º Trim/05 3º Trim/05 4º Trim/05 Total6.833,2 13.666,4 15.944,2 9.111,0 45.554,81.230,0 2.460,0 2.870,0 1.640,0 8.199,95.603,2 11.206,5 13.074,2 7.471,0 37.354,94.075,7 7.811,6 9.015,5 5.404,3 26.307,01.527,5 3.394,9 4.058,8 2.066,7 11.047,9276,0 276,0 276,0 276,0 1.104,0168,1 336,2 392,2 224,1 1.120,6

1.083,4 2.782,7 3.390,5 1.566,6 8.823,3120,7 103,0 168,0 186,4 578,15,0 9,4 67,1 131,8 213,3

967,7 2.689,1 3.289,7 1.511,9 8.458,5290,3 806,7 986,9 453,6 2.537,5677,4 1.882,4 2.302,8 1.058,4 5.920,9

Despesa Administrativa

Venda Líquida

Venda Líquida

Lucro Bruto

Lucro Operacional

Produto Tanave Venda Bruta Impostos s/Venda

Custo dos Produtos Vendidos

Despesa Administrativa Despesa Comercial Lucro Operacional Despesa Financeira Receita Financeira

Custo dos Produtos Vendidos Lucro Bruto Despesa Administrativa Despesa Comercial

Produto Natave Venda Bruta Impostos s/Venda

Impostos s/Venda Venda Líquida Custo dos Produtos Vendidos Lucro Bruto

Despesa Comercial Lucro Operacional

Total Empresa Venda Bruta

Lucro Antes do Imp. Renda Imposto de Renda Lucro Líquido

O demonstrativo de resultados, através da síntese de quadros

anteriores, irá proporcionar ao gestor a efetiva coordenação dos resultados

projetados, consolidando as vendas brutas e deduções com os gastos

operacionais e não operacionais da empresa determinando o lucro antes dos

impostos sobre o resultado e concluindo no lucro líquido da organização. A

premissa que determina o grau de investimentos em aplicação financeira

demonstrada pelas receitas financeiras no quadro acima está referenciada no ítem

M e o imposto de renda está referenciado na premissa L, sendo utilizado os

quadros no 2, 9, 13, 8, 15 e Balanço de 2004 respectivamente para a elaboração

orçamentária do demonstrativo.

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QUADRO 18 - Orçamento do Balanço Patrimonial

Dec / 04 1º Trim/05 2º Trim/05 3º Trim/05 4º Trim/0513,0 10,0 10,0 10,0 10,080,0 100,0 100,0 100,0 100,035,0 104,7 745,4 1.464,3 253,9

778,0 1.252,8 2.505,5 2.923,1 1.670,3620,0 1.189,0 1.323,2 749,9 700,0

1.526,0 2.656,5 4.684,1 5.247,3 2.734,21.080,0 1.080,0 1.080,0 1.080,0 1.080,0

10.819,0 12.019,0 12.019,0 12.019,0 12.019,0650,0 650,0 650,0 650,0 650,0

-5.205,0 -5.475,0 -5.745,0 -6.015,0 -6.285,07.344,0 8.274,0 8.004,0 7.734,0 7.464,08.870,0 10.930,5 12.688,1 12.981,3 10.198,2

Dec / 04 1º Trim/05 2º Trim/05 3º Trim/05 4º Trim/05124,0 162,3 272,1 276,6 171,5507,0 281,4 800,0 888,0 985,7280,0 96,8 268,9 329,0 151,2109,0 326,5 680,0 814,4 458,4205,0 600,0 900,0 1.200,0 900,0

0 1.226,0 2.125,1 2.298,6 1.459,61.225,0 2.693,0 5.046,2 5.806,6 4.126,5590,0 600,0 300,0 0,0 0,0

654,9 726,9 806,9 895,7590,0 1.254,9 1.026,9 806,9 895,7

4.540,0 4.540,0 4.540,0 4.540,0 4.540,02.515,0 3.192,4 5.074,8 7.377,6 8.435,9

0,0 -750,0 -3.000,0 -5.550,0 -7.800,07.055,0 6.982,4 6.614,8 6.367,6 5.175,98.870,0 10.930,3 12.687,9 12.981,1 10.198,1

Estoques

Caixa Bancos c/Movimento Aplic. Financ. Clientes

A T I V O

Depreciação Acumulada Total do Permanente Total do Ativo

PASSIVO

Total do Circulante Investimentos Controladas Máquinas e Equiptos. Veículos

Contas a Pagar Total do Circulante Títulos a Pagar

Fornecedores Empréstimo Bancário Imposto de Renda Impostos s/ Vendas

Dividendos Total do Patrimônio Líquido Total do Passivo + Patr. Liq

Empréstimo Bancário Total do Exigível a L. Prazo Capital Social Lucro Acumulado

Títulos a Pagar

Compõe-se neste instante, o balanço patrimonial projetado ano base

2005, sendo o referencial do balanço de 2004 compostos na primeira coluna e os

trimestres de 2005, projetados conforme premissas acordadas no tópico 5.2 deste

capítulo.

Observa-se no quadro no 18, que a empresa está literalmente sob o

controle orçamentário ao passo da determinação das variáveis endógenas

devidamente cumpridas. As variáveis exógenas hipoteticamente atribuídas em

nível macroeconômico também foram levadas em consideração na elaboração

das premissas, sendo este fato de suma importância para a correta elaboração do

plano orçamentário.

Por fim, nota-se a evolução das contas de resultados da empresa

sugerindo uma condução apropriada para o ramos de atuação da indústria modelo

em consonância com a tendência de mercado aqui proposta.

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63

Para a elaboração do quadro no 18 foram utilizadas as premissas P, H,

G e A respectivamente e também os quadros no 15, 2, 12, 13, 11, 9, 17 e 14

além dos dados do balanço patrimonial de 2004.

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64

CONCLUSÃO

Este trabalho teve como objetivo a determinação estratégica para os

gestores de negócios com a fundamentação de provê-los de condição efetiva de

gerência de suas empresas.

Imaginem hoje uma operação que envolva algum tipo de investimento,

a que título for, e com a premissa de retorno deste capital, sem contudo, prover de

controles econômico-financeiro é sem dúvida uma aventura muito perigosa. Esta

conduta é frequentemente comprovada através de níveis elevados de insolvência

de pequenas, médias e grandes empresas, pois o controle não é uma obrigação

de grandes corporações, mas sim uma questão cultural e preliminar da ação de

investir.

Pergunta-se neste momento: Para que fazer controle orçamentário?

Essa pergunta pode ser feita em várias situações e a prática revela que sem o

controle o planejamento não se efetiva. Não é possível à organização ter a

percepção de quão distante ela se apresenta do desempenho planejado.

A credibilidade dos processos também se configura como uma ação

preliminar, pois credibilidade é algo que se conquista. No processo de

planejamento e controle não é diferente: praticando, aprimorando e ajustando,

paulatinamente a credibilidade do Processo de Planejamento vai sendo

constituída e revelada.

Cada organização tem seu próprio modelo de planejamento e controle.

Muitas coisas podem ser aprendidas e transplantadas de uma organização para

outra. Contudo, esse é um tipo de processo gerencial que exige um alto nível de

customização para cada organização, dadas as características próprias de cada

ambiente cultural.

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Observa-se nos processos de implantação que por mais óbvio que

pareça, mais de 50% dos casos de crises nas empresas no processo de

planejamento ocorrem por causa da não observância dos princípios de

planejamento citados e detalhados nos primeiros capítulos deste estudo, onde “O

ótimo é inimigo do bom”, ou seja, nos modelos de planejamento e controle se

traduz em paulatina insistência em aperfeiçoar. Não é possível preparar-se e

esperar que a organização tenha um modelo perfeito para então implementa-lo. O

aperfeiçoamento só ocorre com tentativa e erro. Deixar para implantar o processo

depois de cuidados mínimos consiste em cautela apropriada. Aguardar o sistema

ótimo só serve para postergar o aprendizado.

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BIBLIOGRAFIA

• MOREIRA, JOSÉ. Orçamento Empresarial, São Paulo: Editora Atlas,

2002

• FREZATTI, FÁBIO. Orçamento Empresarial: Planejamento e Controle

Gerencial, São Paulo, 2000

• SOUZA, MARCOS ANTONIO. Orçamento Empresarial, São Paulo:

Sindicato dos Economistas de São Paulo, 2004.