oracao pela unidade dos cristaos

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  • 8/10/2019 Oracao pela Unidade dos Cristaos

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    NDICE

    Para aqueles que esto organizando a Semana de Orao pela Unidade dos Cristos

    Texto bblico para o ano de 2015

    Introduo ao tema para o ano de 2015

    Preparao do material para a Semana de Orao pela Unidade dos Cristos em 2015

    Celebrao de Culto Ecumnico

    Introduo celebraoRoteiro da celebrao

    Reflexes bblicas e oraes para os oito dias

    Situao do ecumenismo no Brasil

    Semana de orao pela unidade dos cristos - Temas de 1968-2015

    Datas fundamentais na histria da semana de orao pela unidade dos cristos

    Citaes bblicas estaro baseadas no textoda Traduo Ecumnica da Bblia (TEB)

    PARA AQUELES QUE ESTO ORGANIZANDOA SEMANA DE ORAO PELA UNIDADE DOS CRISTOS

    A busca da unidade ao longo de todo o ano

    O perodo tradicional, no hemisfrio norte, para a Semana de Orao pela Unidade dos Cristosvai de 18 a 25 de janeiro. Essas datas foram propostas em 1908 por Paul Watson porque

    cobriam os dias entre as festas de So Pedro e So Paulo, tendo portanto um valor simblico.No hemisfrio sul, j que janeiro tempo de frias, as Igrejas freqentemente acham outros diaspara celebrar a Semana de Orao, como, por exemplo, ao redor de Pentecostes (de acordocom o que foi sugerido pelo movimento F e Ordem em 1926), que tambm uma datasimblica para a unidade da Igreja. Cientes da necessidade de flexibilidade, propomos que seuse este material ao longo de todo o ano para expressar o grau de comunho que as Igrejas jtem atingido e para orar juntos pela plena unidade que o desejo de Cristo.

    Adaptando o texto

    Este material oferecido com a compreenso de que, sempre que possvel, ser adaptado para

    uso em situaes especficas locais; Deve-se levar em conta a prtica litrgica e devocional,bem como o conjunto do contexto social e cultural. O ideal que essa adaptao seja feita de

    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    montanha, nem em Jerusalm que adorareis o Pai. Vs adorais o que no conheceis; nsadoramos o que conhecemos, pois a salvao vem dos judeus. Mas vem a hora, e agora, naqual os verdadeiros adoradores adoraro o Pai em esprito e verdade; tais so, com efeito, osadoradores que o Pai procura. Deus esprito, e por isso os que o adoram devem adorar emesprito e verdade. A mulher lhe disse: Eu sei que um Messias deve vir aquele que chamam

    Cristo. Quando ele vier, anunciar-nos- todas as coisas. Jesus lhe disse: Sou eu, eu que estoufalando a ti. Nisso, os discpulos chegaram. Eles ficaram estupefatos ao verem Jesus falar comuma mulher; mas ningum lhe disse: Que procuras? Ou Por que lhe falas? A mulher, ento,abandonando o cntaro, foi cidade e disse ao povo: Vinde ver um homem que me disse tudo oque eu fiz. No seria ele o Cristo? Eles saram da cidade e foram ter com ele. Enquanto isso, osdiscpulos insistiam com ele: Rabi, come! Mas ele lhes disse: Eu tenho para comer um alimentoque vs no conheceis. Nisso, os discpulos disseram entre si: Algum lhe teria dado de comer?Jesus lhes disse: O meu alimento fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a suaobra. Vs mesmos no dizeis: Daqui a quatro meses vira a messe? Ora, eu vos digo: levantai osolhos e olhai, j os campos esto brancos para a messe! J o ceifeiro recebe o seu salrio eajunta fruto para a vida eterna, de tal modo que aquele que semeia e aquele que colhe se

    alegram juntos. Pois nisso verdadeiro o provrbio: Um o que semeia, outro, o que colhe. Euvos enviei para colher o que no vos custou nenhum trabalho; outros trabalharam e vsentrastes no que lhes custou tanto trabalho! Muitos samaritanos daquela cidade tinhamacreditado nele por causa da palavra da mulher que afirmava: Ele me disse tudo o que eu fiz!Assim, quando chegaram junto dele, os samaritanos lhe pediram que ficassem entre eles. E eleficou l dois dias. Bem mais numerosos ainda foram os que creram por causa da prpria palavrade Jesus; e eles diziam mulher: No somente por causa dos teus dizeres que ns cremos;ns mesmos o ouvimos e sabemos que ele verdadeiramente o Salvador do mundo.

    Traduo ecumnica de Biblia (TEB)

    INTRODUO AO TEMAPARA O ANO DE 2015

    Jesus lhe disse: D-me de beber!(Joo 4,7)

    1. Quem bebe desta gua

    Viagem, sol escaldante, cansao, sede D-me de beber! um pedido de toda pessoahumana! Deus, que se fez gente em Cristo e se esvazia para compartilhar nossa humanidade (Fl2, 6-7), capaz de pedir mulher samaritana: D-me de beber! (Jo 4,7). Ao mesmo tempo,esse Deus que vem ao nosso encontro oferece a gua viva: A gua que eu lhe darei se tornaruma fonte que jorrar para a vida eterna. (Jo 4,14)

    O encontro entre Jesus e a mulher samaritana nos convida a experimentar gua de um poodiferente e tambm a oferecer um pouco da nossa prpria gua. Na diversidade, nosenriquecemos uns aos outros. A Semana de Orao pela Unidade dos Cristos um momentoprivilegiado para orao, encontro e dilogo. uma oportunidade para reconhecer a riqueza e ovalor que esto presentes no outro, no diferente, e para pedir a Deus o dom da unidade.

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    Quem bebe desta gua sempre volta diz um provrbio brasileiro, utilizado quando umapessoa que nos visita vai embora. Um copo refrescante de gua, chimarro [1], terer[2]sosinais de acolhimento, dilogo e convivncia. O gesto bblico de oferecer gua a quem chega (Mt10,42), como forma de acolhida e partilha, algo que se repete em todas as regies do Brasil.

    O estudo e a meditao propostos neste texto para a Semana de Orao tm o objetivo deajudar as pessoas e comunidades a perceber a dimenso dialogal do projeto de Jesus, quechamamos de Reino de Deus. O texto afirma a importncia de uma pessoa conhecer ecompreender sua prpria identidade para que a identidade do outro no seja vista como umaameaa. Se no nos sentimos ameaados, estaremos capacitados para experimentar o outrocomo algo complementar: sozinha, uma pessoa ou uma cultura no se basta! Por isso,a imagem que emerge das palavras d-me de beber algo que nos fala decomplementaridade: beber gua do poo de algum o primeiro passo para experimentar omodo de ser do outro. Isso leva a uma partilha de dons que nos enriquece. Quando os dons dooutro so recusados, h prejuzo para a sociedade e para a Igreja.

    No texto de Joo 4, Jesus um estrangeiro que chega cansado e com sede. Ele precisa deajuda e pede gua. A mulher est na sua prpria terra; o poo pertence a seu povo, suatradio. Ela dona do balde e ela que tem acesso gua. Mas ela tambm est com sede.Eles se encontram e esse encontro oferece uma inesperada oportunidade para ambos. Jesusno deixa de ser judeu porque bebeu gua oferecida por uma mulher samaritana. A samaritanapermanece sendo ela mesma ao acolher o caminho de Jesus. Quando reconhecemos que temosnecessidades recprocas, a complementaridade acontece em nossas vidas de modo maisenriquecedor. Esse D-me de beber nos impulsiona a reconhecer que pessoas, comunidades,culturas, religies e etnias precisam umas das outras.

    Dizer D-me de beber supe que Jesus e a Samaritana se perguntam mu tuamente sobreaquilo de que tm necessidade. Dizer D-me de beber, leva-nos a reconhecer que as pessoase as populaes na sua diversidade, as comunidades, as culturas e as religies tm necessidadeuns dos outros.

    D-me de beber traz consigo uma ao tica que reconhece a necessidade que temos uns dosoutros na vivncia da misso da Igreja. algo que nos impele a mudar nossa atitude, a noscomprometer com a busca da unidade no meio de nossa diversidade, atravs de nossa aberturapara uma variedade de formas de orao e espiritualidade crist.

    2. O contexto eclesial e religioso do Brasil

    O Brasil pode ser considerado um pas muito religioso. tradicionalmente conhecido como umpas em que uma certa cordialidade caracteriza as relaes entre classes sociais e grupostnicos. No entanto, o Brasil est vivendo um tempo de crescente intolerncia manifestada emaltos nveis de violncia, especialmente contra minorias e os mais vulnerveis: pessoas negras.Jovens, homossexuais, praticantes de religies afro-brasileiras, mulheres e indgenas. Essaintolerncia esteve escondida por muito tempo. Tornou-se mais explcita e revelou um Brasildiferente quando, em 12 de outubro de 1995, na festa de Nossa Senhora Aparecida, a padroeirado pas, um dos bispos de uma Igreja neo-pentecostal chutou uma esttua de Nossa SenhoraAparecida durante uma apresentao de nvel nacional na TV. Desde ento, temos tido outrosincidentes de intolerncia religiosa a partir de grupos cristos. Tem havido tambm situaes

    similares de intolerncia crist em relao a outras religies, particularmente quando se trata detradies indgenas e afro-brasileiras.

    http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_councils/chrstuni/weeks-prayer-doc/rc_pc_chrstuni_doc_20140611_week-prayer-2015_po.html#_ftn1http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_councils/chrstuni/weeks-prayer-doc/rc_pc_chrstuni_doc_20140611_week-prayer-2015_po.html#_ftn1http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_councils/chrstuni/weeks-prayer-doc/rc_pc_chrstuni_doc_20140611_week-prayer-2015_po.html#_ftn2http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_councils/chrstuni/weeks-prayer-doc/rc_pc_chrstuni_doc_20140611_week-prayer-2015_po.html#_ftn2http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_councils/chrstuni/weeks-prayer-doc/rc_pc_chrstuni_doc_20140611_week-prayer-2015_po.html#_ftn2http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_councils/chrstuni/weeks-prayer-doc/rc_pc_chrstuni_doc_20140611_week-prayer-2015_po.html#_ftn2http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_councils/chrstuni/weeks-prayer-doc/rc_pc_chrstuni_doc_20140611_week-prayer-2015_po.html#_ftn1
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    A lgica que est por baixo desse tipo de comportamento a competio pelo mercado religioso.De modo crescente, no Brasil, alguns grupos cristos adotam uma atitude competitiva de unscom os outros: uma competio por um lugar na comunicao de massa, por novos membrose fundos pblicos para grandes eventos. O papa Francisco aponta para esse mesmo fenmenoquando escreve: O mundanismo espiritual leva alguns cristos a estar em guerra com outros

    cristos que se interpem na sua busca pelo poder, prestgio, prazer ou segurana econmica.(Evangelii Gaudium,98)

    Essa situao de competio religiosa tem afetado a vida tradicional das confisses crists, quetm experimentado uma reduo ou estagnao no nmero de seus membros. Isso temimpulsionado a idia de que uma Igreja forte e dinmica uma Igreja que tem um nmeroelevado de membros. Como resultado, h uma tendncia no meio de setores significativos deIgrejas tradicionais de afastamento da busca da unidade visvel da Igreja crist.

    Essa cristandade voltada para o mercado investe em polticas partidrias e, em alguns casos,cria seus prprios partidos polticos. Tem se alinhado com interesses especficos de grupos,

    como o dos latifundirios, os ligados ao agro-negcio e aos mercados financeiros. Algunsobservadores chegam a falar que h uma fora confessional na vida poltica, que ameaa aseparao entre o Estado e a religio. Assim, a lgica ecumnica da derrubada das paredes dadiviso substituda por uma lgica corporativista e pela proteo de interesses de algumasdenominaes.

    Embora o Censo oficial de 2010 mostre que 86,8% dos brasileiros se identificam como cristos,o pas tem taxas bem altas de violncia. Assim, a alta percentagem de filiao crist no parecese traduzir em atitudes no violentas e respeito pela dignidade humana. Essa afirmao podeser ilustrada pelos seguintes dados:

    Violncia contra as mulheres entre 2000 e 2010, 43.700 mulheres foram assassinadas noBrasil. Quarenta e uma por cento dessas mulheres que sofrem violncia so violentadas emsuas prprias casas.

    Violncia contra povos indgenas a violncia contra a populao indgena freqentementeest relacionada com o desenvolvimento de hidroeltricas e a expanso do agro-negcio. Essesdois projetos expressam o modelo de desenvolvimento que prevalece hoje no pas. Elescontribuem significativamente para a lentido nos processos de demarcao e reconhecimentode territrios indgenas. Em 2011, o relatrio Violncia contra povos indgenas no Brasil, daComisso Pastoral da Terra (CPT), um organismo ligado Conferncia de Bispos da Igreja

    Catlica do Brasil, identificou 450 projetos econmicos a serem desenvolvidos em terrasindgenas no Brasil. Esses projetos acontecem sem a adequada consulta aos povos indgenas,que est prevista na Conveno 189 da Organizao Internacional do Trabalho. O relatrio daCPT denuncia o assassinato de 500 indgenas entre 2003 e 2011; 62,7% dessas mortesaconteceram no estado de Mato Grosso do Sul. A mdia anual de assassinatos de 55,8indgenas.

    A dominante intolerncia, em suas variadas formas, deveria ser enfrentada de maneira positiva:respeitando a legtima diversidade e promovendo o dilogo como um caminho permanente dereconciliao e paz, como fidelidade ao evangelho.

    3. Opo hermenutica

    http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/apost_exhortations/documents/papa-francesco_esortazione-ap_20131124_evangelii-gaudium.html#N%C3%A3o_%C3%A0_guerra_entre_n%C3%B3shttp://w2.vatican.va/content/francesco/pt/apost_exhortations/documents/papa-francesco_esortazione-ap_20131124_evangelii-gaudium.html#N%C3%A3o_%C3%A0_guerra_entre_n%C3%B3shttp://w2.vatican.va/content/francesco/pt/apost_exhortations/documents/papa-francesco_esortazione-ap_20131124_evangelii-gaudium.html#N%C3%A3o_%C3%A0_guerra_entre_n%C3%B3shttp://w2.vatican.va/content/francesco/pt/apost_exhortations/documents/papa-francesco_esortazione-ap_20131124_evangelii-gaudium.html#N%C3%A3o_%C3%A0_guerra_entre_n%C3%B3shttp://w2.vatican.va/content/francesco/pt/apost_exhortations/documents/papa-francesco_esortazione-ap_20131124_evangelii-gaudium.html#N%C3%A3o_%C3%A0_guerra_entre_n%C3%B3s
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    A metodologia adotada pelo CEBI, e largamente posta em prtica na Amrica Latina, chamadade Leitura Contextual da Bblia. Trata-se de uma abordagem do texto que , ao mesmo tempo,acadmica e popular. Nessa metodologia, o ponto de partida para qualquer teologia einterpretao bblica a vida cotidiana. Adotamos a abordagem que vemos em Jesus nocaminho de Emas (cf Lc 24,13-24): Que est acontecendo? De que vocs esto falando?

    Partindo do contexto, vamos ao texto bblico. Nessa viagem metodolgica, a Bblia umalmpada para os nossos ps, uma luz para o nosso caminho (Sl 119,105). Tomamos a Bbliacomo um raio de luz a iluminar o caminho de nossas vidas. O texto bblico nos ensina e nostransforma para que possamos dar testemunho da vontade de Deus no contexto em quevivemos.

    4. A caminhada atravs dos dias

    A caminhada que estamos propondo para os oito dias comea com uma proclamao, queconduz a denncia, renncia e testemunho. A Semana comea com a proclamao de um Deusque nos criou sua prpria imagem, que a imagem do Deus Triuno, unidade na diversidade. A

    diversidade parte do plano de Deus. A seguir, algumas situaes de pecado que levam injustia so denunciadas. Em terceiro lugar, a renncia a essas atitudes pecaminosas quelevam excluso se apresenta como um passo na direo da unidade do Reino de Deus.Finalmente, damos testemunho da gratuidade de Deus, que est sempre disposto a nos acolherapesar de nossa imperfeio, com seu Santo Esprito nos animando na direo da reconciliaoe da unidade. Assim vivemos a experincia de Pentecostes, com os mltiplos dons do Espritoque levam a tornar realidade o Reino de Deus.

    PREPARAO DO MATERIALPARA A SEMANA DE ORAO

    PELA UNIDADE DOS CRISTOS EM 2015

    Os dois organismos que se responsabilizam pela Semana de Orao convidaram o ConselhoNacional de Igrejas Crists do Brasil (CONIC) para preparar os materiais para a Semana deOrao de 2015. O CONIC indicou um grupo de trabalho formado por representantes dasIgrejas que so seus membros plenos e de organizaes ecumnicas afiliadas para produzir omaterial. O grupo de trabalho se reuniu em fevereiro e maro de 2013 e completou seu trabalhoem julho.

    O Comit Internacional designado pelos dois organismos responsveis se reuniu de 22 a 27 desetembro em So Paulo, Brasil, para finalizar a preparao do material. O encontro se realizouno Hotel e Centro de Convenes Santa Mnica, situado numa rea pobre na periferia de SoPaulo. Mantido pela Ordem dos Agostinianos, o Hotel Santa Mnica e seu centro deconferncias gera recursos para vrios projetos sociais patrocinados pelos agostinianos navizinhana.

    Alm do trabalho editorial do texto proposto pelo CONIC, o Comit Internacional fez uma visitaao Centro Ecumnico de Servio para Educao Popular e Evangelizao (CESEP), onde seusmembros se encontraram com o diretor e estudantes do CESEP. O Comit Internacionaltambm dedicou uma sesso contribuio do movimento ecumnico ( particularmente o

    Conselho Mundial de Igrejas) para o esclarecimento sobre violaes de direitos humanoscometidas durante os anos de ditadura militar no Brasil (1964-1985).

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    O Comit Internacional expressa sua gratido ao fr. Jos Oscar Beozzo e equipe e aosestudantes do CESEP, bem como ao Sr. Anivaldo Padilha e Prof. Dr. Magali do NascimentoCunha pela maneira como ajudaram os membros do Comit a entender melhor o contextoeclesial e social que est na base do tema e dos materiais de orao propostos para 2015.

    O Comit Internacional deseja manifestar particularmente seus agradecimentos as seguintescolaboradores:

    Conselho Nacional de igrejas Crists do Brasil (CONIC)Bispo Manoel Joo Franciscopresidente (Catlico Romano)Presbtera Elinete W. Paes Millersegunda vice-presidente (Presbiteriana)Rev. Romi Mrcia Benkesecretria geral (Luterana)

    Agradecemos ao bispo Francisco de Assis (Anglicano), primeiro vice-presidente do CONIC, pelamediao do contato inicial entre o CONIC e o CMI para o trabalho da Semana de Orao de2015

    Representao Regional Brasileira do Conselho Latino Americano de Igrejas (CLAI)Presbtero Darli Alvessecretrio geral (Presbiteriano)

    Centro Ecumnico de Estudo Bblico (CEBI)Rev. Odja Barrosmembro da coordenao (Batista)Sr. Edmilson Schinelosecretrio executivo (Catlico Romano)Dr. Paulo Uetiassessor (Anglicano)

    Centro Ecumnico para Aconselhamento e FormaoSr. Cludio Beckerassessor (Luterano)

    Agradecimentos especiais Rev. Lusmarina Campos Garcia (Luterana) e ao Rev. DonaldNelson pela traduo do texto inicial para o ingls.

    O Conselho Nacional de Igrejas Crists do Brasil (CONIC) foi formado em 1982 e tem comomembros as seguintes Igrejas: Igreja Catlica Romana, Igreja Evanglica de Confisso Luteranano Brasil (IECLB), Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, Igreja Presbiteriana Unida e IgrejaOrtodoxa Siriana de Antioquia. A misso do CONIC trabalhar pela unidade das Igrejas crists,

    acompanhando a realidade brasileira e confrontando-a com o Evangelho e as exigncias doReino de Deus. Portanto, um compromisso do CONIC trabalhar pela dignidade humana epelos direitos e deveres das pessoas, como maneira de expressar sua fidelidade mensagemdo Evangelho. Os objetivos do CONIC esto ligados promoo e estmulo das relaesecumnicas entre Igrejas crists e ao fortalecimento do testemunho comum delas a favor dosDireitos Humanos. Alm das Igrejas que so seus membros plenos, mencionadas acima,importantes grupos ecumnicos so membros fraternos filiados ao CONIC. Esses grupos so:

    Conselho Latino Americano de igrejas (CLAI) criado em 1982, o CLAI tem como objetivofacilitar o dilogo e a cooperao entre Igrejas e organismos ecumnicos, criando tambmespao para o dilogo entre as religies como um meio de busca da unidade, testemunho e

    servio.

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    Centro de Estudos Bblicos (CEBI) foi formado em 1979 e se dedica ao aprofundamento econsolidao da leitura popular da Bblia. Tem como objetivo fortalecer a articulao e aorganizao de grupos atravs da metodologia de leitura popular da Bblia. Tambm estimulauma espiritualidade voltada para a promoo da vida, especialmente para os grupos maissocialmente excludos do pas.

    CELEBRAO DE CULTO ECUMNICO

    Introduo celebrao

    Este roteiro para celebrao ecumnica pode ser usado para a abertura da Semana de Oraopela Unidade dos Cristos ou para algum outro momento apropriado, escolhido pelascomunidades locais.

    Jesus deliberadamente escolheu passar pela Samaria no seu caminho para a Judia, naGalilia. Sua estrada passou pelo poo da mulher samaritana que l veio para retirar gua. Ogrupo ecumnico brasileiro que preparou a celebrao nos convida a usar esses dois smbolosdo caminho e da gua como imagens da unidade crist visvel pela qual oramos. O grupo localnos convida a refletir sobre estas questes iniciais que do forma celebrao:

    Qual o caminho da unidade, a rota que devemos assumir, para que o mundo possa beber dafonte da vida, Jesus Cristo?

    Qual o caminho da unidade que mostra o devido respeito a nossa diversidade?

    Nesse caminho de unidade, h um poo cheio de gua: tanto a gua buscada por Jesus,cansado da caminhada, como tambm a gua dada por ele, jorrando para a vida eterna. A guaretirada pela mulher samaritana em sua tarefa diria a gua que mata a sede, que faz odeserto florir. A gua que Jesus oferece a gua sobre a qual paira o Esprito de Deus, a guaviva em que somos batizados. A passagem relatada em Joo 4,1-42 est no corao destaSemana de Orao pela Unidade dos Cristos. Esse longo trecho do Evangelho pode ser lidopor diversas vozes ou apresentado numa dramatizao.

    Para meditao depois do Evangelho, temos vrias opes, dependendo do tamanho do grupoque celebra. Por exemplo:

    Uma partilha baseada nas questes iniciais em pequenos grupos, seguida por umretorno assemblia maior.

    Uma homilia ou pregao que focalizar o evangelho e levar em conta as questes

    iniciais.

    O caminho e o poo

    Um caminho pode ser montado com velas, flores, pedaos coloridos de pano... no cho da partecentral do lugar da celebrao, que leva frente da assemblia. No centro do caminho, coloca-se uma grande bacia com jarros de gua por perto. Eles podem ser diferentes, representando a

    diversidade da assemblia.

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    Os celebrantes podem entrar em procisso ao longo desse caminho. Ao passar perto do poo,cada representante das Igrejas participantes derramar vagarosamente a gua de um dos jarrosdentro da bacia. Essa gua, de diferentes fontes, um smbolo de nossa unidade, j presente,embora incompleta e no totalmente visvel. Esse gesto deve ser introduzido no comeo dacelebrao e pode ser comentado na pregao.

    O caminho pode ser usado na preparao da confisso dos pecados. Pessoas viro a ele dediferentes partes da assemblia para expressar seus pedidos de perdo.

    Depois da bno, os participantes podem partilhar um sinal de paz e companheirismo, aodeixar a assemblia e se dirigir a um local de convvio para encerrar a celebrao comocomunidade fraterna.

    Organizao da celebrao

    Note-se: Uma particular ateno deve ser dada para incluir os que tm deficincia auditiva ou

    qualquer outra situao especial, para que possam participar plenamente da celebrao.

    A celebrao tem cinco partes.

    I. Preldio/ Preparao

    II. Abertura

    Acolhida e introduo ao tema da Semana de Orao Confisso de pecados e Kyrie

    III. Proclamao do Evangelho

    IV. Resposta na F e na Unidade

    Afirmao de f (Podem ser usados o Credo Niceno Cosmopolitano, o Credo dos Apstolos ou outra

    afirmao de f, como, por exemplo, uma renovao das promessas do Batismo) Preces de intercesso Oferta A orao do Senhor (recitada ou cantada)

    V. Bno. Paz e Envio

    Posldio (msica de encerramento)

    Roteiro da celebrao

    D:DirigenteL: LeitorT: Todos

    I. Preldio/ Preparao

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    As velas sero acesas quando a celebrao comear.

    Acolhida e introduo ao tema da Semana de Orao

    Um apresentador d as boas vindas aos presentes, introduzindo o tema da Semana de Orao.

    L: Por favor, fiquem de p e se unam no hino de abertura enquanto o celebrante entra emprocisso ao longo do caminho. Ao passar ao lado do poo, cada representante das Igrejasparticipantes derramar devagar a gua de um vaso dentro da bacia. Essa gua, de diferentesfontes, um smbolo da nossa unidade, que real, embora ainda incompleta.

    Quando o grupo que celebra pequeno, se possvel, as pessoas sero convidadas a dizer seunome e a declarar a Igreja a que pertencem.

    I. Abertura

    Convite orao[3]

    D: Poderoso Deus, sopra dentro de ns o vento da unidade que reconhece a nossa diversidade.T: Inspira-nos a viver a tolerncia que acolhe e nos faz comunidade.

    D: Sopra sobre ns o fogo que une o que est separado e cura o que est doente.T: Inspira-nos com a graa que vence o dio e nos liberta da violncia.

    D:Sopra sobre ns a vida que enfrenta e derrota a morte.T: Louvado seja o Deus de misericrdia, que Pai, Filho e Esprito Santo e faz novastodas as coisas. Amm.

    Confisso de pecados e Kyrie

    D:Em humildade, como filhos de Deus e irms e irmos em Cristo, recebemos a misericrdia deDeus e respondemos ao seu chamado para tornar novos todos os relacionamentos.

    D: Misericordioso Deus, teu Esprito pairou sobre as guas onde a diversidade brotou efloresceu. Confessamos nossa dificuldade em viver com legtimas diferenas. Perdoa-nos essas

    atitudes manifestadas em pensamentos, palavras e obras que agridem a unidade na diversidade.T: Senhor, tende piedade de ns... (cantado)

    D: Misericordioso Cristo, graa e alegria da multido, ouvinte e mestre, tu fazes nascer novasvises de esperana e curas as feridas da mente e do corpo. Confessamos que temos falhado,deixando de ouvir vozes diferentes da nossa, deixando de dizer palavras que trazem cura eesperana e que temos perpetuado atitudes exclusivistas em relao queles que clamam porsolidariedade e companheirismo.

    T: Senhor, tende piedade de ns... (cantado)

    http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_councils/chrstuni/weeks-prayer-doc/rc_pc_chrstuni_doc_20140611_week-prayer-2015_po.html#_ftn3http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_councils/chrstuni/weeks-prayer-doc/rc_pc_chrstuni_doc_20140611_week-prayer-2015_po.html#_ftn3http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_councils/chrstuni/weeks-prayer-doc/rc_pc_chrstuni_doc_20140611_week-prayer-2015_po.html#_ftn3http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_councils/chrstuni/weeks-prayer-doc/rc_pc_chrstuni_doc_20140611_week-prayer-2015_po.html#_ftn3
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    L: Misericordioso Deus, tu s a fonte de toda a criao, a Palavra eterna e doadora de Vida.Confessamos que no temos dado ouvidos a tua criao que geme e clama por libertao erenovao. Ajuda-nos a caminhar juntos e a ouvir tua voz em todos os seres vivos que sofrem eanseiam por cura e cuidado.

    D: Deus, fonte de misericrdia e graa, derrama sobre ns o teu perdo. Que o teu amor nostransforme em uma fonte de guas vivas para restaurar as foras do nosso povo. A ti elevamosnossa prece, por Cristo, nosso Senhor.

    T: Amm!

    II. Proclamao do Evangelho

    Proclamao ou dramatizao do Evangelho de Joo 4, 1-42

    Meditao ou sermo

    IV. Respondemos em F e Unidade

    Confisso de f

    Ser recitado o Credo Niceno Constantinopolitano, o Credo dos apstolos ou outra afirmao def; pode ser usada, por exemplo, a renovao das promessas do Batismo.

    Preces de intercesso

    A congregao pode cantar a cano indgena Guaicuru Kyrieque apresentamos a seguirouescolher outra.

    L: Deus de eterna compaixo, como indivduos e como comunidade, pedimos que nos ds a tualuz, para que possamos nos tornar mais acolhedores e compreensivos em relao aos outros,reduzindo o sofrimento em nosso mundo.

    T: Ouve, Deus de amor! Ouve o nosso clamor... (cantado)

    L: Deus de eterna compaixo, ensina a teus filhos que a caridade, a hospitalidade e a unidadeso expresses de tua revelao e de teu projeto para a humanidade.

    T: Ouve, Deus de amor! Ouve o nosso clamor... (cantado)

    L:Deus de eterna compaixo, ns te imploramos, d-nos a paz, ensina-nos e guia-nos parasermos construtores de um mundo tolerante e no violento.

    T: Ouve, Deus de amor! Ouve o nosso clamor... (cantado)

    L: Deus de eterna compaixo, que nos falaste atravs da criao, depois atravs dos profetas e

    por teu Filho Jesus Cristo, d-nos sabedoria para escutar a tua voz, que nos chama unidadeem nossa diversidade.

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    T: Ouve, Deus de amor! Ouve o nosso clamor... (cantado)

    L: Deus de eterna compaixo, em nome de teu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor, que, como umestrangeiro, pediu mulher samaritana que lhe desse de beber, d-nos a gua viva, que jorrapara a vida eterna.

    T: Ouve, Deus de amor! Ouve o nosso clamor... (cantado)

    A comunidade local pode adicionar outras preces.

    Oferta

    D: Aprendemos com Jesus a oferecer nossas vidas como um sinal de amor e compaixo. Deus,possamos ns ser ofertas vivas dedicadas ao ministrio de tua Palavra e tua graa.

    Ofertas so apresentadas comunidade.

    D: Deus, que ests conosco e caminhas no meio de ns, d-nos neste dia a graa de tua luz ede teu Esprito para que possamos continuar nossa misso e permanecer fiis na prtica daacolhida e da escuta de todos, mesmo daqueles que so diferentes de ns. Retira de nossoscoraes a violncia e as atitudes discriminatrias que excluem e desvalorizam a dignidadehumana de outros. Capacita nossas Igrejas para serem espaos de acolhida, onde a festa e aacolhida, a alegria e a ternura, a fora e a f se tornem nossa prtica diria, nosso alimento decada dia, nosso permanente movimento em direo a Jesus Cristo.

    T: Amm.

    Nota: As comunidades locais so convidadas a organizar as ofertas de acordo com a tradio decada lugar. Sugerimos que as ofertas sejam trazidas e colocadas em cima do tecido coloridodiante do altar. Enquanto se faz a oferta, canta-se uma cano, escolhida pela equipeorganizadora local.

    Orao do Senhor (recitada ou cantada)

    V. Bno, Paz e Envio

    Bno

    D:Que o Senhor Deus os abenoe e proteja,encha seus coraes de ternura e suas almas de alegria,seus ouvidos de msica e suas narinas de perfume,suas lnguas de canes que levem esperana.

    Que Jesus Cristo, a gua viva, esteja atrs de vocs como proteo,diante de vocs como guia, ao seu lado como companhia,dentro de vocs como consolo, sobre vocs como bno.

    Que o Esprito doador de vida sopre sobre vocspara que seus pensamentos sejam santos,

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    atue em vocs para que seu trabalho seja santo,impulsione seus coraes para que amem o que santo,fortalea-os para que defendam o que santo.Que Ele habite em seus coraes, regando sua secura e derretendo sua frieza,que Ele alimente no mais profundo de suas almas o fogo do seu amor

    e conceda a vocs uma f verdadeira, uma esperana firmee um amor sincero e perfeito.

    T: Amm.

    Partilha da Paz

    D:Que Deus, que nos ensina a acolher uns aos outros e nos chama prtica da hospitalidade,nos d paz e serenidade medida que avanamos no caminho da Unidade Crist. Caminhandona paz de Cristo, partilhemos uns com os outros o sinal da paz.

    Posldio (canto final)

    REFLEXES BBLICAS E ORAES PARA OS OITO DIAS

    DIA 1PROCLAMAOEra preciso que atravessasse a Samaria (Joo 4,4)

    Gnesis 24,10-33 Abrao e Rebeca no pooSalmo 42 A cora que anela pelas correntes de guas2 Corntios 8,1-7 A generosidade das igrejas da MacedniaJoo 4,1-4 Era preciso que atravessasse a Samaria

    Comentrio

    Jesus e seus discpulos viajaram da Judia para a Galilia. A Samaria fica entre essas duas

    reas. Havia um certo preconceito contra a Samaria e os samaritanos. A reputao negativa daSamaria vinha de sua mistura de raas e religies. No era incomum usar caminhos alternativospara evitar pisar em territrio samaritano.

    O que o Evangelho de Joo quer expressar, quando diz que era preciso que atravessasse aSamaria?Mais do que uma questo geogrfica, trata-se de uma escolha de Jesus. Passar pelaSamaria significa que necessrio ir ao encontro do outro, do diferente, daquele que muitasvezes visto como uma ameaa.

    O conflito entre judeus e samaritanos era antigo. Os antepassados dos samaritanos tinhamquebrado laos com a monarquia do sul, que exigia a centralizao do culto em Jerusalm (1

    Reis 12). Mais tarde, quando os assrios invadiram a Samaria, deportando grande parte dapopulao local, eles trouxeram para o territrio uma quantidade de estrangeiros, cada um com

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    seus prprios deuses ou divindades (2 Reis 17,24-34). Para os judeus, os samaritanos setornaram um povo misturado e impuro. Mais tarde no Evangelho de Joo, os judeus, querendodesmoralizar Jesus, acusam-no dizendo: No temos ns razo ao dizer que tu s umsamaritano e um possesso? (Joo 8,48)

    Os samaritanos, por sua vez, tambm tinham dificuldade para aceitar os judeus (Jo 4,8). A feridado passado tornou-se ainda maior quando, cerca do ano 128 aC, o lder judeu, Joo Hircano,destruiu o templo construdo pelos samaritanos como lugar de culto no monte Gerazin. Pelomenos em uma ocasio, relatada no Evangelho de Lucas, Jesus no foi recebido numa cidadesamaritana simplesmente porque estava a caminho da Judia (Lc 9,52). Assim, a resistncia aodilogo vinha dos dois lados.

    Joo deixou claro que atravessar a Samaria uma escolha que Jesus est fazendo; ele estindo alm do seu prprio povo. Com isso ele est mostrando que, quando nos isolamosdaqueles que so diferentes e nos relacionamos apenas com os que so iguais a ns, estamosimpondo a ns mesmos um empobrecimento. o dilogo com os diferentes que nos faz crescer.

    Questes

    1. O que significa para mim e para minha comunidade de f ter que atravessar a

    Samaria? 2. Que passos minha Igreja tem dado para ir ao encontro de outras Igrejas e o que as

    Igrejas tm aprendido umas com as outras?

    Orao

    Deus de todos os povos,ensina-nos a atravessar a Samariapara ir ao encontro de nossos irmos e irms de outras Igrejas.Leva-nos at l com um corao abertopara que possamos aprender com toda Igreja e cultura.Proclamamos que s a fonte da unidade.D-nos a unidade que Cristo deseja para ns.Amm.

    DIA 2DENNCIA ICansado da viagem, Jesus estava assim sentado na borda do

    poo (Joo 4,6)

    Gnesis 29,1-14 Jac e Raquel na beira do pooSalmo 137 Como cantar um canto do Senhor em terra estrangeira?1 Corntios 1.10-18 Cada um de vs fala assim: Eu sou de Paulo. Eu, de Apolo

    Joo 4,5-6 Jesus estava cansado de sua viagem.

    Comentrio

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    Jesus tinha estado na Judia antes de seu encontro com a mulher samaritana. Os fariseustinham comeado a espalhar a idia de que Jesus batizara mais discpulos do que Joo. Talvezesse tipo de conversa tenha causado alguma tenso e desconforto. Talvez tenha sido essa arazo da deciso de Jesus de ir embora.

    Chegando ao poo, Jesus resolve parar. Estava cansado de sua viagem. Sua fadiga poderiatambm ter algo a ver com o que estavam dizendo sobre ele. Enquanto descansava, uma mulhersamaritana se aproximou do poo para tirar gua. Esse encontro aconteceu no poo de Jac:um lugar simblico para a vida e a espiritualidade do povo da Bblia.

    Comea um dilogo entre a mulher samaritana e Jesus sobre o lugar onde se deveria adorar . na montanha ou em Jerusalm? pergunta a mulher samaritana. Jesus responde: nem namontanha nem em Jerusalm... os verdadeiros adoradores adoraro o Pai em esprito e verdadepois so esses os adoradores que o Pai procura. (Jo 4, 21 -24)

    Ainda acontece que, em vez de uma busca comum da unidade, a competio e a disputa sejam

    uma caracterstica do relacionamento entre Igrejas. Isso tem sido a experincia vivida no Brasilem anos recentes. Comunidades exaltam suas prprias virtudes e os benefcios que aguardamseus adeptos a fim de atrair novos membros. Alguns pensam que quanto maior for a Igreja, maisnumerosos os seus membros e maior o seu poder, mais perto estaro de Deus, apresentando asi mesmos como os nicos adoradores verdadeiros. Como resultado, tem havido violncia edesrespeito a outras religies e tradies. Esse tipo de marketing competitivo cria tanto adesconfiana entre as Igrejas como uma falta de credibilidade na sociedade em relao aocristianismo como um todo. medida que cresce a competio, a outra comunidade se torna oinimigo.

    Quem so os verdadeiros adoradores? Verdadeiros adoradores no permitem que a lgica dacompetioquem melhor e quem pior contamine a f. Precisamos de poos para nosapoiar, para descansar e abandonar as disputas, a competio e a violncia, lugares ondepossamos aprender que verdadeiros adoradores adoram em Esprito e Verdade.

    Questes

    1. Quais so os maiores motivos de competio entre nossas Igrejas? 2. Somos capazes de identificar um poo comum no qual possamos nos apoiar e

    descansar de nossas disputas e competies?

    OraoGeneroso Deus,frequentemente nossas Igrejas so levadas a escolher a lgica da competio.Perdoa nosso pecado de presuno.Estamos cansados dessa necessidade de estar em primeiro lugar.Deixa-nos descansar no poo.Refresca-nos com a gua da unidade que vem da nossa orao em comum.Que o teu Esprito, que pairou sobre as guas do caos,nos traga unidade na nossa diversidade.Amm.

    DIA 3 DENNCIA II

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    Eu no tenho marido (Joo 4,17)

    2 Reis 17,24-34 Samaria conquistada pela AssriaSalmo 139,1-12 Senhor, tu me perscrutastes e me conhecesRomanos 7,1-4 Fostes mortos em relao lei pelo corpo de CristoJoo 4,16-19 Eu no tenho marido

    Comentrio

    A mulher samaritana responde a Jesus: Eu no tenho marido. O assunto da conversa agora a vida conjugal da mulher. H uma mudana de termos no contedo do dilogoda gua para omarido: Vai, chama o teu marido e volta aqui (Jo 4,16). Mas Jesus sabe que a mulher tinha tidocinco maridos e que o homem que ela tem agora no seu marido. Qual a situao damulher? Seu marido pediu divrcio? Ela era viva? Tinha filhos? Essas perguntas surgemnaturalmente quando lidamos com essa narrativa. No entanto, parece que Jesus estavainteressado em outra dimenso da situao da mulher; ele tem conhecimento da vida da mulhermas permanece aberto a ela, vai ao seu encontro. Jesus no insiste numa interpretao moralda resposta dela, mas parece querer conduzi-la para alm disso. E, como resultado, a atitude damulher em relao a Jesus muda. A essa altura, os obstculos de diferenas culturais ereligiosas ficam para trs para dar espao a algo muito mais importante: um encontro emconfiana. O comportamento de Jesus nesse momento nos permite abrir novas janelas e

    levantar outras questes: questes que desafiam as atitudes que desmoralizam e marginalizammulheres e tambm questes sobre as diferenas que permitimos que se coloquem comobloqueio no caminho da unidade que buscamos e pela qual oramos.

    Questes

    1. Quais so as estruturas de pecado que podemos identificar em nossas comunidades? 2. Qual o lugar e o papel das mulheres em nossas comunidades? 3. O que podem fazer as nossas Igrejas para prevenir e superar a violncia contra

    mulheres e meninas?

    Orao

    Tu que ests em todas as coisas,como podemos te chamar por qualquer outro nome?Que cano poderamos cantar para Ti?Palavras no podem te descrever.Que esprito pode te perceber?Nenhuma inteligncia pode te compreender.S Tu no podes ser descrito;tudo que de Ti dito vem de Ti.S Tu ests alm do que podemos conhecer;

    tudo o que sabemos vem de Ti.Todas as criaturas Te proclamam, as que falam e as que so mudas.

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    Todos te desejam, todos suspiram e aspiram por Ti.Tudo o que existe ora para Ti,e todo ser que pode contemplar teu universo dedica a Ti um hino silencioso.Tem piedade de ns, tu que ests alm de todas as coisas.Como te poderamos chamar por qualquer outro nome?

    Amm.

    (Atribudo a Gregrio Nazianzeno)

    DIA 4RENNCIA

    A mulher ento abandonou o cntaro (Joo 4,28)

    Gnesis 11,31-12,34Deus promete fazer de Abrao uma grande nao e uma

    bnoSalmo 23 O Senhor meu pastorAtos 10,9-20 No te atrevas a chamar imundo o que Deus tornou puroJoo 4,25-28 A mulher ento abandonou o cntaro

    Comentrio

    O encontro entre Jesus e a mulher samaritana mostra que o dilogo com o diferente, o estranho,

    o que no familiar pode ser promotor de vida. Se a mulher tivesse seguido as regras da suacultura, ela teria ido embora quando viu Jesus se aproximando do poo. Naquele dia, por algumarazo, ela no seguiu as regras estabelecidas. Tanto ela como Jesus quebraram os padresconvencionais de comportamento. Atravs dessa ruptura eles nos mostraram de novo que possvel construir novos relacionamentos.

    Assim como Jesus completa o trabalho do Pai, a mulher samaritana, por sua vez, deixa o jarrode gua, mostrando que j podia ir mais longe com sua vida; ela no estava confinada ao papelque a sociedade lhe imps. No Evangelho de Joo ela a primeira pessoa a proclamar Jesuscomo o Messias. Ir adiante uma necessidade para aqueles que desejam crescer ficando maisfortes e mais sbios na sua f.

    O fato de ter a mulher samaritana deixado para trs seu cntaro de gua um sinal de que elatinha encontrado um bem maior do que a gua que tinha vindo buscar, e um lugar melhor paraagir dentro da sua comunidade. Ela reconhece o dom maior que esse judeu estrangeiro, Jesus,lhe est oferecendo.

    difcil para ns considerar valioso, reconhecer como bom, ou mesmo santo, o que nos desconhecido e o que pertence outro. No entanto, reconhecer os dons do outro como bons esantos um passo necessrio para chegar unidade visvel que buscamos.

    Questes

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    1. O encontro com Jesus pede que deixemos para trs nossos cntaros. O que sopara ns esses cntaros?

    2. Quais so as principais dificuldades que encontramos para fazer isso?

    Orao

    Amoroso Deus,ajuda-nos a aprender com Jesus e a samaritanaque o encontro com o outro abre para ns novos horizontes de graa.Ajuda-nos a quebrar nossos limites e aceitar novos desafios.Ajuda-nos a superar o medo no seguimento do chamado de teu Filho.Em nome de Jesus Cristo, oramos. Amm.

    DIA 5ANUNCIAOTu no tens sequer um balde e o poo profundo (Joo 4,11)

    Gnesis 46,1-7 Deus diz a Jac para no ter medo de ir para o EgitoSalmo 133 Que prazer, que felicidade encontrar-se entre irmos!

    Atos 2,1-11 O dia de PentecostesJoo 4,11 Tu no tens sequer um balde e o poo profundo

    Comentrio

    Jesus precisava de ajuda. Depois de uma longa caminhada, vem o cansao. Exausto, expostoao calor do meio dia, ele sente fome e sede. (Jo 4,6). Alm disso, Jesus um estrangeiro; eleque est num territrio estrangeiro e o poo pertence ao povo da mulher. Jesus tem sede e,como diz a mulher samaritana, no tem balde para recolher a gua. Ele precisa de gua, eleprecisa de ajuda: todos precisam de ajuda!

    Muitos cristos acreditam que somente eles tm todas as respostas e que no precisam da

    ajuda de ningum. Perdemos muito quando mantemos essa perspectiva. Nenhum de ns podechegar s profundezas do poo do divino e ainda assim a f nos pede que nos aprofundemos nomistrio. No podemos fazer isso isoladamente. Precisamos da ajuda de nossos irmos e irmsem Cristo. S assim poderemos mergulhar na profundidade do mistrio de Deus.

    Um ponto comum em nossa f, independentemente da Igreja a que pertencemos, que Deus um mistrio alm da nossa compreenso. A busca da unidade crist nos leva ao reconhecimentode que nenhuma comunidade tem todos os meios de mergulhar nas guas profundas do divino.Precisamos de gua, precisamos de ajuda: todos precisam de ajuda! Quanto mais crescermosna unidade, partilharmos nossos baldes e unirmos as partes de nossas cordas, maisprofundamente mergulharemos no poo do divino.

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    A tradio indgena brasileira nos ensina a aprender com a sabedoria dos mais velhos e, aomesmo tempo, com a curiosidade e a inocncia das crianas. Quando estamos prontos paraaceitar que realmente precisamos uns dos outros, nos tornamos como crianas, abertos paraaprender. E assim que o Reino de Deus se abre para ns (Mt 18,3). Precisamos fazer comoJesus fez. Precisamos tomar a iniciativa de entrar numa terra estrangeira, onde nos tornamos

    estrangeiros, e cultivar o desejo de aprender com o que diferente.

    Questes

    1. Voc se lembra de situaes em que sua Igreja tenha ajudado outra Igreja ou tenhasido ajudada por outra Igreja?

    2. H reservas por parte da sua Igreja em aceitar ajuda de outra Igreja? Como isso podeser superado?

    Orao

    Deus, fonte da gua viva,ajuda-nos a entender que, quanto mais unirmos as partes de nossas cordas,mais profundamente nossos baldes chegaro at tuas divinas guas!Desperta-nos para a verdade de que os dons do outroso uma expresso do teu indefinvel mistrio.E faze-nos sentar juntos beira do poopara beber da tua gua,que nos rene em unidade e paz.Isso te pedimos em nome de teu Filho Jesus Cristo,que pediu mulher samaritana que lhe desse gua para a sua sede.Amm.

    DIA 6TESTEMUNHO

    Jesus disse: A gua que eu lhe darei se tornar nele umafonte que jorrar para a vida eterna. (Joo 4,14)

    xodo 2,15-22 Moiss e o poo de MidianSalmo 91 A cano dos que se refugiam no Senhor

    1 Joo 4,16-21 O perfeito amor lana fora o temorJoo 4,11-15 Uma fonte que jorrar para a vida eterna

    Comentrio

    O dilogo que comea com Jesus pedindo gua se torna um dilogo em que Jesus prometegua. Mais adiante, nesse mesmo Evangelho, Jesus vai pedir gua outra vez. Tenho sede diz ele na cruz - e a partir da cruz, Jesus se torna a prometida fonte de gua que escorre do seulado ferido. Recebemos essa gua, essa vida que vem de Jesus, no batismo, e se torna uma

    gua, uma vida que jorra para dentro de ns para ser oferecida e partilhada com outros.

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    Eis aqui o testemunho de uma mulher brasileira que bebeu dessa gua e em quem essa gua setornou uma fonte:

    A irm Romi, uma enfermeira de Campo Grande, era uma pastora na tradio pentecostal.Numa noite de domingo, sozinha numa cabana, na vizinhana de Romi, uma menina indgena de

    dezesseis anos, chamada Semei, deu luz um beb, um menino. Ela foi encontrada cada nocho e sangrando. A irm Romi a levou ao hospital. Questionamentos foram feitos: onde estavaa famlia de Semei? A famlia foi encontrada mas l no queriam saber de nada. Semei e seubeb no tinham um lar para onde ir. A irm Romi os levou para a sua prpria modesta casa.Ela no conhecia Semei e o preconceito em relao aos indgenas era forte em Campo Grande.Semei continuou a ter problemas de sade, mas a grande generosidade da irm Romidespertou mais generosidade nos vizinhos. Uma outra me de parto recente, uma catlicachamada Vernica, amamentou o beb de Semei, que estava incapacitada para dar conta disso.Semei deu a seu filho o nome de Lucas Natanael e dentro de algum tempo eles puderam semudar da cidade para uma fazenda, mas ela no esqueceu a bondade da irm Romi e de seusvizinhos.

    A gua que Jesus d, a gua que a irm Romi recebeu no batismo, tornou-se nela uma fonte degua e uma oferta de vida para Semei e seu filho. A partir de seu testemunho, essa mesma guabatismal se tornou uma fonte na vida dos vizinhos de Romi. A gua do batismo jorrando na vidase torna um testemunho ecumnico do amor cristo em ao, uma amostra antecipada da vidaeterna que Jesus promete. Gestos concretos como esse, praticados por pessoas comuns, so oque ns precisamos para crescer em companheirismo. Eles nos do testemunho do evangelho eda relevncia das relaes ecumnicas.

    Questes

    1. Como voc interpreta as palavras de Jesus quando ele diz que atravs dele podemos

    nos tornar uma fonte de gua jorrando para a vida eterna? 2. Onde voc v pessoas crists sendo fontes de gua viva para voc e para outros? 3. Quais so as situaes na vida pblica em que as Igrejas deveriam falar a uma s voz

    para serem fontes de gua viva?

    Orao

    Triuno Deus,seguindo o exemplo de Jesus,

    torna-nos testemunhas do teu amor.D-nos o dom de sermos instrumentos de justia, paz e solidariedade.Que o teu Esprito nos leve a aes concretas que conduzem unidade.Que as paredes sejam transformadas em pontes.Assim te pedimos em nome de Jesus Cristo na unidade do Esprito Santo.Amm.

    DIA 7TESTEMUNHOD-me de beber (Joo 4,7)

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    Nmeros 20,1-11 Os israelitas em MeribSalmo 119,10-20 No esqueo a tua palavra

    Romanos 15,2-7 Que Deus.... vos conceda estar de perfeito acordo entre vsJoo 4,7 D-me de beber

    Comentrio

    Os cristos deveriam estar confiantes de que a atitude de encontrar e partilhar experincias como outro, mesmo com outras tradies religiosas, pode nos transformar e nos ajudar a mergulharnas profundezas do poo. O ato de nos aproximarmos daqueles que para ns so estrangeiros,com o desejo de beber de seu poo, nos abre para as maravilhas de Deus que proclamamos.No deserto, o povo de Deus ficou sem gua e Deus enviou Moiss e Aaro para tirar gua darocha. Da mesma maneira, Deus muitas vezes atende a nossas necessidades atravs de outros.

    Quando pedimos ao Senhor em nossas necessidades, como fez a samaritana ao pedir a JesusSenhor, d-me desta gua, talvez o Senhor j tenha respondido a nossas preces colocandonas mos daqueles que esto prximos aquilo que pedimos. Assim, precisamos tambm nosvoltar para eles e pedir D-me de beber.

    s vezes a resposta a nossas necessidades j est na vida e na boa vontade das pessoas nossa volta. Do povo guarani do Brasil aprendemos que, em sua lngua, no existe palavraequivalente ao termo religio como algo separado do resto da vida. A expresso que elescostumam usar significa literalmente nosso bom modo de ser (ande teko katu). Essaexpresso se refere ao sistema cultural por inteiro, o que inclui a religio. A religio, portanto, parte do sistema cultural guarani, bem como o seu modo de pensar e ser (teko).Isso se relacionacom tudo que melhora e desenvolve a comunidade e conduz ao seu bom modo de ser (tekokatu). O povo guarani nos faz lembrar que o cristianismo no incio foi chamado o Caminho(Atos 9,2). O caminho ou nosso bom modo de ser o modo de Deus trazer ha rmonia a todasas partes da nossa vida.

    Questes

    1. Como sua compreenso e sua experincia de Deus tm sido enriquecidas peloencontro com outros cristos?

    2. O que as comunidades crists podem aprender da sabedoria indgena e de outras

    tradies religiosas em sua regio?Orao

    Deus da vida, que cuidas de toda a criao e nos chamas para a justia e a paz,que a nossa segurana no venha das armas, mas do respeito.Que a nossa fora no seja de violncia, mas de amor.Que a nossa riqueza no esteja no dinheiro, mas na partilha.Que o nosso caminho no seja o da ambio, mas o da justia.Que a nossa vitria no venha da vingana, mas do perdo.Que a nossa unidade no esteja na busca por poder, mas no vulnervel testemunho da tua

    vontade.Com abertura e confiana, possamos defender a dignidade de toda a criao, partilhando, hoje e

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    sempre, o po da solidariedade, da justia e da paz.Isso te pedimos em nome de Jesus, teu santo Filho, nosso irmo, que, como vtima de nossaviolncia, mesmo do alto da cruz, deu a ns todos o perdo.Amm.

    (adaptado de uma prece de uma conferncia ecumnica no Brasil, onde se pedia pelo fim dapobreza como um primeiro passo no caminho da paz atravs da justia)

    DIA 8TESTEMUNHOMuitos tinham acreditado por causa da palavrada mulher (Joo 4, 39)

    xodo 3,13-15 Moiss e a sara ardenteSalmo 30 O Senhor nos faz reviver

    Romanos 10,14-17 Como so belos os ps daqueles que anunciam boas novas!Joo 4,27-30.39-40 Muitos acreditaram por causa do testemunho da mulher

    Comentrio

    Com o corao transformado, a mulher samaritana parte em misso. Ela anuncia a seu povo quetinha encontrado o Messias. Muitos acreditaram em Jesus por causa da palavra da mulher(Joo 4,39). A fora do seu testemunho vem da transformao de sua vida, causada por seuencontro com Jesus. Graas sua atitude de abertura, ela reconheceu naquele estrangeiro umafonte que jorrar para a vida eterna (Joo 4,14).

    A misso um elemento chave da f crist. Todo cristo chamado a anunciar o nome doSenhor. O papa Francisco disse aos missionrios: onde quer que vocs possam ir, seria bompensar que o Esprito de Deus sempre vai nossa frente. Misso no proselitismo. Aquelesque verdadeiramente anunciam Jesus se aproximam dos outros em dilogo amoroso, abertos auma aprendizagem mtua, e respeitando a diferena. Nossa misso exige de ns que

    aprendamos a beber da gua viva sem nos apossarmos do poo. O poo no nos pertence. Nsganhamos vida a partir desse poo, o poo de gua viva que nos dado por Cristo.

    Nossa misso precisa ser um trabalho tanto de palavra como de testemunho. Buscamos viver oque proclamamos. O falecido arcebispo brasileiro D. Helder Cmara disse certa vez que muitosse tornaram ateus porque ficaram desiludidos com pessoas de f que no praticam o quepregam. O testemunho da mulher levou sua comunidade a acreditar em Jesus porque seusirmos e irms viram coerncia entre as palavras dela e a prpria transformao que elademonstrava.

    Se nossa palavra e nosso testemunho so autnticos, o mundo ouvir e acreditar. Como

    creriam nele, sem o terem ouvido? (Rm 10,14)

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    Questes

    1. Que relao existe entre unidade e misso? 2. Voc conhece pessoas em sua comunidade cuja histria de vida um testemunho de

    unidade?

    Orao

    Deus, fonte de gua viva,transforma-nos em testemunhas de unidade tanto atravs de nossas palavras como de nossasvidas.Ajuda-nos a entender que no somos os donos do pooe d-nos a sabedoria para acolher a mesma graa uns nos outros.Transforma nossos coraes e nossas vidaspara que possamos ser verdadeiros portadores da Boa Nova.E leva-nos sempre ao encontro com o outro,

    como um encontro contigo.Isso te pedimos em nome de teu Filho Jesus Cristo.

    na unidade do Esprito Santo.Amm.

    SITUAO DO ECUMENISMO NO BRASIL[4]

    O movimento ecumnico no Brasil tem razes na experincia de cooperao entre diferentesdenominaes feita por agncias missionrias protestantes operando no pas desde o sculoXIX. Animado por essa cooperao geral entre protestantes, em 1903 o pastor presbiterianoErasmo Braga iniciou um trabalho pioneiro com a organizao da Aliana Evanglica e doEsforo Cristo. Ambas as instituies tinham o objetivo de promover a unidade entre diferentesgrupos protestantes e cooperao na evangelizao e na educao. Essas organizaestambm se comprometeram a sustentar o princpio republicano de igualdade religiosa.

    O Congresso do Panam[5],em 1916, dedicado cooperao entre denominaes missionriasna Amrica Latina, fortaleceu de modo significativo essas iniciativas. Depois do congresso doPanam, foi estabelecida a Comisso Brasileira de Cooperao. Ela uniu dezenovecomunidades eclesiais, incluindo Igrejas, sociedades missionrias e outras organizaes

    evanglicas.Em 1934. a Confederao Evanglica do Brasil (CEB) foi criada com a finalidade de promover omovimento ecumnico. A CEB mais tarde desempenhou um papel importante na promoo dosideais do Conselho Mundial de Igrejas. As Igrejas que participaram da criao da CEB foram aMetodista, a Episcopal, Igrejas Presbiterianas do Brasil e a Igreja Presbiteriana Independente doBrasil. A elas se uniram a Igreja Evanglica de Confisso Luterana no Brasil em 1959, a Igrejado Evangelho Quadrangular em 1963 e a Igreja Pentecostal Brasil para Cristo em 1968.

    A misso foi um tema importante para a CEB. Isso levou criao do Conselho de RelaesIntereclesiais, que tinha a tarefa de coordenar o trabalho missionrio desenvolvido por diferentes

    organismos da misso, de modo a evitar duplicao de esforos e competio entre diferentesagncias e Igrejas.

    http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_councils/chrstuni/weeks-prayer-doc/rc_pc_chrstuni_doc_20140611_week-prayer-2015_po.html#_ftn4http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_councils/chrstuni/weeks-prayer-doc/rc_pc_chrstuni_doc_20140611_week-prayer-2015_po.html#_ftn4http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_councils/chrstuni/weeks-prayer-doc/rc_pc_chrstuni_doc_20140611_week-prayer-2015_po.html#_ftn4http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_councils/chrstuni/weeks-prayer-doc/rc_pc_chrstuni_doc_20140611_week-prayer-2015_po.html#_ftn5http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_councils/chrstuni/weeks-prayer-doc/rc_pc_chrstuni_doc_20140611_week-prayer-2015_po.html#_ftn5http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_councils/chrstuni/weeks-prayer-doc/rc_pc_chrstuni_doc_20140611_week-prayer-2015_po.html#_ftn5http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_councils/chrstuni/weeks-prayer-doc/rc_pc_chrstuni_doc_20140611_week-prayer-2015_po.html#_ftn5http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_councils/chrstuni/weeks-prayer-doc/rc_pc_chrstuni_doc_20140611_week-prayer-2015_po.html#_ftn4
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    Outra bem conhecida dimenso do trabalho da CEB[6]foram as cartas circulares que trataramde temas sociais no Brasil, tais como a necessidade de reforma agrria, de melhoria naeducao, de cursos de alfabetizao e campanhas em situaes de emergncia. Movimentoseclesiais de jovens desempenharam um papel importante em sua tentativa de refletir sobre aresponsabilidade social da Igreja dentro do contexto brasileiro. Um importante evento que ajudou

    a fortalecer essas iniciativas foi a Conferncia Mundial da Juventude Crist, que aconteceu nofim da dcada de 1940 em Oslo. Nessa Conferncia, jovens brasileiros tiveram acesso a novasperspectivas bblicas e teolgicas da Europa e dos Estados Unidos.

    O maior envolvimento de jovens brasileiros em movimentos internacionais juvenis, como aFederao Universal de Movimentos de Estudantes Cristos (WSCF), foi um fator importantepara o desenvolvimento de uma teologia do Evangelho social e a gradual organizao de gruposde leitura bblica com interpretao contextualizada, capazes de estabelecer dilogo com arealidade social. As Igrejas foram impelidas a se confrontar com os temas de conflito social eeconmico que continuaram a emergir nesses grupos.

    O contexto de fermentao foi intensificado pela influncia do telogo americano Richard Shaull,um pioneiro na formulao de uma teologia da revoluo. Outra importante influncia foi oexemplo de padres catlicos franceses que buscaram viver no meio dos pobres e se tornaramuma inspirao para muitos jovens cristos no Brasil. O desafio era apoiar uma teologia queincorporava em suas reflexes tanto a cultura do Brasil como os problemas da sociedadebrasileira.

    Essa experincia se aprofundou em 1953, com a criao da Diviso de Responsabilidade Socialda Igreja na CEB. O objetivo desse novo departamento era estudar as implicaes de f numnvel nacional e avaliar o trabalho social e a evangelizao dentro do contexto social e poltico.Como resultado, quatro conferncias nacionais foram organizadas para compreender a realidadedo pas e identificar prospectivas a partir de uma ponto de vista protestante.

    Os temas abordados nessas quatro conferncias foram: Responsabilidade Social da Igreja(1955), Estudo sobre a Responsabilidade Social da Igreja (1955), A Presena da Igreja naEvoluo da Nacionalidade (1960) e Jesus Cristo e o Processo Revolucionrio Brasileiro(1962). L pela terceira e quarta conferncias, comeava-se a perceber uma abertura ao dilogocom os catlicos romanos, que tambm estavam se reunindo para discutir os problemas sociaise polticos do pas.

    O crescimento do movimento ecumnico nas dcadas de 1950 e 1960 foi marcado por sua

    perspectiva crtica em relao aos modelos dominantes de desenvolvimento econmico. Osconceitos de progresso e industrializao eram invocados para justificar a acumulao deriqueza por uns poucos, enquanto a maioria da populao no tinha acesso nem aos artigosproduzidos nem riqueza criada. Inspirado pelas quatro conferncias, o destaque dado peloecumenismo misso e transformao social tambm repercutiu na Igreja Catlica Romana.Um de seus jornais publicou alguns dos resultados. A reflexo teolgica sobre aresponsabilidade social da Igreja contribuiu para o desenvolvimento do movimento ecumnicocomo um projeto de unidade entre as Igrejas que tratava de evangelizao e engajamento social.

    Nos anos que se seguiram ao golpe militar de 1964, a CEB foi sendo progressivamentedissolvida. No entanto, o trabalho ecumnico que a Confederao promoveu no desapareceu

    inteiramente. Como resultado do Vaticano II, a Igreja Catlica Romana no Brasil crescentementese abriu ao dilogo com outros cristos e foi-se tornando cada vez mais consciente da

    http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_councils/chrstuni/weeks-prayer-doc/rc_pc_chrstuni_doc_20140611_week-prayer-2015_po.html#_ftn6http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_councils/chrstuni/weeks-prayer-doc/rc_pc_chrstuni_doc_20140611_week-prayer-2015_po.html#_ftn6http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_councils/chrstuni/weeks-prayer-doc/rc_pc_chrstuni_doc_20140611_week-prayer-2015_po.html#_ftn6
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    responsabilidade social da Igreja. Em face da represso poltica, as diferenas doutrinais queseparavam as Igrejas tiveram uma importncia secundria diante dos problemas sociais degrande premncia enfrentados pelo povo brasileiro, e isso contribuiu para revigorar o movimentoecumnico.

    No contexto da ditadura militar, grupos ecumnicos de protestantes e catlicos romanos, quetambm incluam alguns no cristos, comearam a promover os direitos humanos, denunciar atortura e a buscar uma abertura democrtica. Essas alianas ecumnicas fortaleceram outrosgrupos e projetos que tinham como objetivo a promoo de valores sociais relacionados adireitos humanos. Esse foi o pano de fundo do projeto Brasil Nunca Mais, desenvolvidoconjuntamente pelo Conselho Mundial de Igrejas e pela Arquidiocese de So Paulo, na dcadade 1980. Coordenado pelo pastor presbiteriano Jaime Wright e pelo arcebispo de So Paulo, ocardeal Dom Paulo Evaristo Arns, o projeto visava evitar que documentao legal sobre crimespolticos fosse destruda ao fim da ditadura militar e queria reunir informaes sobre a torturapraticada pela represso poltica. Esperava-se que a exposio de violaes de direitoshumanos cometidas pelos militares iria desempenhar um papel educacional dentro da sociedade

    brasileira.

    Situaes particulares de opresso e temas de direitos humanos tm permanecido no centro domovimento ecumnico no Brasil. Nesse sentido, importante destacar a contribuio dada portelogos de diferentes Igrejas que se identificaram com o movimento ecumnico. Por exemplo: acolaborao ecumnica no campo dos estudos bblicos levou discusso sobre a situao dasmulheres, tanto na sociedade como na Igreja.

    Desde 1975, lideranas da Igreja Catlica Romana, da Igreja Evanglica de Confisso Luteranano Brasil, da Igreja episcopal Anglicana e da Igreja Metodista comearam a vislumbrar juntas acriao de um Conselho Nacional de Igrejas. Essa viso se tornou realidade em 1982, quandofoi criado o CONIC. Para o conjunto do movimento ecumnico no Brasil, o Conselho Nacional deIgrejas representa o carter institucional do ecumenismo, que busca promover uma relaoorgnica entre as Igrejas que a ele se filiam. Ele assume , entre suas muitas tarefas, o desafiode pressionar as Igrejas para que assumam uma dimenso ecumnica em todas as reas desua atividade pastoral.

    No bastante complexo contexto religioso brasileiro, o CONIC busca apoiar o dilogo entre asIgrejas e outras religies. No meio de crescente intolerncia religiosa, O CONIC est envolvidoem vrios fruns de discusso que buscam minimizar o impacto do fundamentalismo religioso.Ele tem assumido um papel de liderana no debate sobre o relacionamento entre a Igreja e a

    Sociedade, discutindo especialmente a necessidade de regulamentao da relao entreorganizaes da sociedade civil e o Estado. Nos relacionamentos, e s vezes nos conflitos, entregrupos religiosos e movimentos identificados com a luta por direitos humanos, o CONIC temtrabalhado com a inteno de promover reflexo teolgica sobre diferentes perspectivas epercepes na sociedade.

    Uma das mais importantes atividades do CONIC a celebrao anual da Semana de Oraopela Unidade dos Cristos. Ele tambm assumiu trs Campanhas da Quaresma (chamadasCampanhas da Fraternidade), usualmente desenvolvidas pela Conferncia de Bispos Catlicos,que foram trabalhadas de forma ecumnica nos anos 2000, 2005 e 2010. A quarta Campanhaecumnica da Quaresma vai acontecer em 2016.

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    importante destacar que o movimento ecumnico brasileiro inclui numerosos grupos eorganizaes como a seo brasileira do Conselho Latino Americano de Igrejas (CLAI), o Centrode Estudos Bblicos (CEBI), o Centro Ecumnico de Servio Evangelizao e EducaoPopular (CESEP), e tambm agncias como a Coordenao Ecumnica de Servios (CESE) eKoinonia- Presena Ecumnica e Servio. Essas agncias tambm se encontram no Frum

    Brasil, onde as principais estratgias do movimento ecumnico nacional so discutidas edecididas. H tambm um movimento de Fraternidade de Igrejas Crists (a Casa daReconciliao), que promove encontros e cursos de estudo entre Igrejas, editoras euniversidades. O testemunho de nossa unidade se concretiza em diferentes experincias nasquais buscamos transformar as estruturas que causam violncia e nos distanciam do Reino deDeus, um reino de justia e paz (Rm 14,17).

    SEMANA DE ORAO PELA UNIDADE DOS CRISTOSTemas de 1968 a 2015

    Em 1968, materiais preparados em conjunto pela Comisso F e Ordem do Conselho Mundialde Igrejas e pelo pontifcio Conselho para a Unidadedos Cristos foram usados pela primeira vez.

    1968Para o louvor de sua glria (Efsios 1,14)

    1969Chamados liberdade (Glatas 5,13)(Encontro preparatrio em Roma, Itlia)

    1970Somos colaboradores de Deus ( 1 Corntios 3,9)(Encontro preparatrio no monastrio de Niederaltaich, na Repblica Federal Alem)

    1971 ... e a comunho do Esprito Santo (2 Corntios 13.13)

    1972 Eu vos dou um novo mandamento (Joo 13,34)(Encontro preparatrio em Genebra, Sua)

    1973Senhor, ensina-nos a orar (Lucas 11,1)

    (Encontro preparatrio no mosteiro de Montserrat, Espanha)1974Que toda lngua confesse: Jesus Cristo o Senhor (Filipenses 2, 1-13)(Encontro preparatrio em Genebra, Sua)

    1975Plano de Deus: todas as coisas em Cristo (Efsios 1,3-10)(Material de um grupo australiano. Encontro preparatrio em Genebra, Sua)

    1976Seremos como Ele (Joo 3,2) ou Chamados a ser o que somos(Material da Conferncia Caribenha de Igrejas; encontro preparatrio em Roma, Itlia)

    1977A esperana no nos decepciona (Romanos 5,15)(Material do Lbano, no meio de uma guerra civil; encontro preparatrio em Genebra, Sua)

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    1978No sois mais estrangeiros (Efsios 2,13-22)(Material de uma equipe ecumnica em Manchester, Inglaterra)

    1979Servi uns aos outros para a glria de Deus (1 Pedro 4,7-11)(Material da Argentina; encontro preparatrio em Genebra, Sua)

    1980Que venha o teu Reino! (Mateus 6,10)(Material de um grupo ecumnico em Berlim, Repblica Democrtica Alem; encontro

    preparatrio em Milo)

    1981Um Espritomuitos donsum s corpo (1 Corntios 12,3b-13)(Material dos Graymoor Fathers, USA; encontro preparatrio em Genebra, Sua)

    1982Que todos estejam na tua casa, Senhor (Salmo 84)(Material do Qunia; encontro preparatrio em Milo, Itlia)

    1983Jesus Cristo - a Vida do mundo (1 Joo 1,1-4)(Material de um grupo ecumnico na Irlanda; encontro preparatrio em Cligny, Sua)

    1984Chamados a ser um pela cruz de nosso Senhor (1 Corntios 2,2 e Colossenses 1,20)(Encontro preparatrio em Veneza, Itlia)

    1985Da morte vida com Cristo (Efsios 2,4-7)(Material da Jamaica; encontro preparatrio em Grandchamp, Sua)

    1986Vs sereis minhas testemunhas (Atos 1,6-8)(Material da Iugoslvia - Eslovnia ; encontro preparatrio na Iugoslvia)

    1987Unidos em Cristouma nova criao (2 Corntios 5,17 a 6,4a)(Material da Inglaterra; encontro preparatrio em Taiz, Frana)

    1988O amor de Deus afasta o medo (1 Joo 4,18)(Material da Itlia; encontro preparatrio em Pinerolo, Itlia)

    1989Construindo a comunidade: um s corpo em Cristo (Romanos 12,5-6a)(Material do Canad; encontro preparatrio em Whaley Bridge, Inglaterra)

    1990Que todos sejam um... para que o mundo creia (Joo 17)(Material da Espanha; encontro preparatrio em Madri, Espanha)

    1991Louvai ao Senhor, todas as naes (Salmo 117 e Romanos 15,5-13(Material da Alemanha; encontro preparatrio em Rotenberg an der Fulda, Repblica Federal da

    Alemanha)

    1992Estou convosco sempre... Ide, portanto. (Mateus 28,16-20)(Material da Blgica; encontro preparatrio em Bruges, Blgica)

    1993Dando frutos no Esprito para a unidade crist (Glatas 5,22-23)

    (Material do Zaire; encontro preparatrio em Zurich, Sua)

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    1994A casa de Deus: chamados a ser um no corao e na mente (At 4,23-37)(Material da Irlanda; encontro preparatrio em Dublin, Repblica da Irlanda)

    1995Koinonia: comunho em Deus e uns com os outros (Joo 15,1-17)(Material de F e Ordem; encontro preparatrio em Bristol, Inglaterra)

    1996Eis que estou porta e bato (Apocalipse 3, 14-22)(Material de Portugal; encontro preparatrio em Lisboa, Portugal)

    1997Em nome de Cristo, reconciliai-vos com Deus (2 Corntios 5,20)(Material do Conselho Ecumnico Nrdico; encontro preparatrio em Estocolmo, Sucia)

    1998O Esprito socorre a nossa fraqueza (Romanos 8,14-27)(Material da Frana; encontro preparatrio em Paris, Frana)

    1999Deus habitar com eles. Ser seu Deus e eles sero seu povo (Apocalipse 21,1-7)

    (Material da Malsia; encontro preparatrio no mosteiro de Bose, Itlia)

    2000Louvado seja Deus, que nos abenoou em Cristo (Efsios 1,3-14)(Material do Conselho de Igrejas do Oriente Mdio; encontro preparatrio em La Verna, Itlia)

    2001Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida (Joo 14,1-6)(Material da Romnia; encontro preparatrio em Vulcan, Romnia)

    2002Em ti est a fonte da vida (Salmo 36,5-9)(Material do CEEC e CEC; encontro preparatrio perto de Augsburg, Alemanha)

    2003Trazemos este tesouro em vasos de argila (2 Corntios 4,4-18)(Material das Igrejas da Argentina; encontro preparatrio em Los Rubios, Espanha)

    2004Eu vos dou a minha paz (Joo 14,23-31 e Joo 14,27)(Material de Aleppo, Sria; encontro preparatrio em Palermo, Siclia)

    2005Cristo, o nico fundamento da Igreja (1 Corntios 3,1-23)(Material da Eslovquia; encontro preparatrio em Piestany, Eslovquia)

    2006Quando dois ou trs se renem em meu nome, eu estou no meio deles (Mateus 18,18-20)

    (Material da Irlanda; encontro preparatrio em Prosperous, Co. Kildare, Irlanda)2007Ele faz os mudos falarem e os surdos ouvirem (Marcos 7,31-37)(Material da frica do Sul; encontro preparatrio em Faverges, Frana)

    2008Orai sem cessar (1 Tessalonicenses 5, 12a. 13b- 18)(Material dos USA; encontro preparatrio em Graymoor, Garrison, USA)

    2009Unidos em tua mo (Ezequiel 37, 15-28)(Material da Coria; encontro preparatrio em Marselha, Frana)

    2010Vs sois testemunhas disso (Lucas 24,48)(Material da Esccia; encontro preparatrio em Glasgow, Esccia)

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    2011Unidos no ensinamento dos apstolos, na comunho fraterna, na frao do po e nasoraes. (Cf Atos 2,42)(Material da Jerusalm; encontro preparatrio em Saydnaya, Sria)

    2012Todos seremos transformados pela vitria de nosso Senhor Jesus Cristo (cf 1 Corntios 15,

    51-58)(Material da Polnia; encontro preparatrio realizado em Varsvia, Polnia)

    2013O que Deus exige de ns? (cf. Miquias 6,6-8)(Material da ndia; encontro preparatrio realizado em Bangalore, ndia)

    2014A caso o Cristo est dividido ? (1 Cor 1, 1-17)(Material da Canad; encontro preparatrio realizado em Montral, Canad)

    2015Jesus lhe disse: D-me de beber (Joo 4,7)(Material do Brasil; encontro preparatrio realizado em So Paulo, Brasil)

    DATAS FUNDAMENTAISNA HISTRIA DA SEMANA DE ORAO

    PELA UNIDADE DOS CRISTOS

    1740Na Esccia, surgiu um movimento pentecostal, ligado Amrica do Norte, cuja mensagemde reavivamento inclua preces por e com todas as Igrejas.

    1820O Rev. James Haldane Stewart publica Orientaes para a unio geral dos cristos para oderramamento do Esprito.

    1840O Rev. Ignatus Spencer, convertido ao catolicismo romano, sugere uma Unio de oraopela unidade.

    1867A Primeira Conferncia de Bispos Anglicanos em Lambeth destaca a orao pela unidadeno Prembulo de suas Resolues.

    1894O papa Leo XIII estimula a prtica de Oitava de Orao pela Unidade, no contexto dePentecostes.

    1908Primeira vivncia da Oitava da Unidade Crist, iniciativa do Rev. Paul Wattson.

    1926O movimento F e Ordem comea a publicar Sugestes para uma oitava de orao pelaunidade crist.

    1935O abade Paul Couturier defende uma Semana Universal de Oraes pela Unidade dosCristos, baseada em preces inclusivas pela unidade que Cristo quiser, pelos meios que elequiser.

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    1958 A Unidade Crist (Lyons, Frana) e a Comisso F e Ordem do Conselho Mundial deIgrejas comeam a preparar em cooperao os materiais para a Semana de Orao.

    1964Em Jerusalm, o papa Paulo VI e o patriarca Athenagoras I rezam juntos a prece de Jesuspara que todos sejam um (Joo 17)

    1964O decreto sobre Ecumenismo do Vaticano II enfatiza que a orao a alma do movimentoecumnico e incentiva a observncia da Semana de Orao.

    1966A Comisso F e Ordem do Conselho Mundial de Igrejas e o Secretariado para aPromoo da Unidade dos Cristos (hoje conhecido como Pontifcio Conselho para a Promooda Unidade dos Cristos) comeam a preparar oficialmente juntos o material da Semana deOrao.

    1968Primeiro uso oficial do material da Semana de Orao preparado em conjunto por F eOrdem e pelo Secretariado para a Promoo da Unidade dos Cristos (hoje conhecido como

    Pontifcio Conselho para a Promoo da Unidade dos Cristos).

    1975Primeiro uso de material da Semana de Orao baseado em uma verso inicial de textopreparada por um grupo ecumnico local. Um grupo australiano foi o primeiro a assumir esseprojeto, na preparao do texto inicial de 1975.

    1988Os materiais da Semana de Orao foram usados na celebrao de fundao daFederao Crist da Malsia, que une os grupos cristos majoritrios do pas.

    1994 Um grupo internacional prepara o texto para 1996, incluindo representantes de YMCA eYWCA (Associao Crist de Moos/as).

    2004Formaliza-se um acordo pelo qual os materiais da Semana de Orao pela Unidade dosCristos sero publicados e produzidos no mesmo formato por F e Ordem (WCC) e peloPontifcio Conselho para a Promoo da Unidade dos Cristos (Igreja Catlica).

    2008Comemorao do centsimo aniversrio da Semana de Orao pela Unidade dos Cristos(sua predecessora, a Oitava da Unidade Crist, foi observada pela primeira vez em 1908).

    [1]Chimarro uma bebida feita por infuso, tradicional no sul do Brasil; preparado com folhassecas de erva mate em gua fervente. prtica comum partilhar essa bebida com amigos ou afamlia.

    [2] similar ao chimarro, mas aqui se usa gua fria em vez de gua fervente.

    [3]Adaptado da orao escrita por Ins de Frana Bento em Rubem Alves (Org) CultoArte,Celebrando a Vida, Pentecostes, Ed. Vozes, Petrpolis, RJ 2002,pg. 21

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    [4]Este texto reproduzido sob a inteira autoridade e responsabilidade do grupo ecumnico noBrasil que se reuniu para escrever os textos a serem usados na Semana de Orao pelaUnidade dos Cristos de 2015.

    [5]O Congresso do Panam foi realizado em protesto em relao Conferncia Internacional

    Missionria de Edinburgo (1910), que no convidou agncias missionrias ativas na AmricaLatina j que algumas estavam fazendo proselitismo na regio. Entre as muitas revises desseCongresso, a de Hans- Jrgen Prien destacou que o Congresso do Panam marcou o fim dasmais entusisticas misses protestantes da Amrica Latina e levou a uma reflexo crtica damisso protestante em um ambiente que era predominantemente catlico romano (TIEL, 1998,p. 43). A partir desse Congresso, houve muitas conferncias regionais para discutir acooperao missionria na Amrica Latina.

    [6] A CEB participou das Conferncias Evanglicas Latino Americanas (CELA), das quais a maisimportante foi a CELA II, realizada em Lima em 1961. Essa conferncia reuniu 220representantes de 34 denominaes latino americanas A partir do Comit da Conferncia de

    Lima foram estabelecidas a Comisso Latino Americana de Evangelizao Crist (CELADEC) ea Comisso de Igreja e Sociedade na Amrica Latina (ISAL), e esta ltima especialmente foimuito importante para impulsionar o ecumenismo no Brasil..

    http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_councils/chrstuni/weeks-prayer-doc/rc_pc_chrstuni_doc_20140611_week-prayer-2015_po.html#_ftnref4http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_councils/chrstuni/weeks-prayer-doc/rc_pc_chrstuni_doc_20140611_week-prayer-2015_po.html#_ftnref4http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_councils/chrstuni/weeks-prayer-doc/rc_pc_chrstuni_doc_20140611_week-prayer-2015_po.html#_ftnref5http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_councils/chrstuni/weeks-prayer-doc/rc_pc_chrstuni_doc_20140611_week-prayer-2015_po.html#_ftnref5http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_councils/chrstuni/weeks-prayer-doc/rc_pc_chrstuni_doc_20140611_week-prayer-2015_po.html#_ftnref6http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_councils/chrstuni/weeks-prayer-doc/rc_pc_chrstuni_doc_20140611_week-prayer-2015_po.html#_ftnref6http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_councils/chrstuni/weeks-prayer-doc/rc_pc_chrstuni_doc_20140611_week-prayer-2015_po.html#_ftnref6http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_councils/chrstuni/weeks-prayer-doc/rc_pc_chrstuni_doc_20140611_week-prayer-2015_po.html#_ftnref5http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_councils/chrstuni/weeks-prayer-doc/rc_pc_chrstuni_doc_20140611_week-prayer-2015_po.html#_ftnref4