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BORBULHAS, ESPINHAS E PONTOS NEGROS… DESPARECIDOS EM COMBATE!

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Borbulhas, espinhas e pontos negros…desparecidos em combate!

Seja adolescente ou adulto, durante o verão ou inverno, com ou sem cuidados

alimentares, a acne persegue milhões de pessoas no mundo inteiro. Ainda que

normalmente não seja uma patologia que condiciona gravemente a nossa

saúde, a acne condiciona e muito a nossa auto-estima, e pode durar…anos! E

por isso devemos-lhe muito respeito e toda a nossa atenção.

Neste ebook mostro-lhe tudo o que sempre quis e precisou saber sobre a acne.

Dou-lhe todas as armas para lidar com a acne sem piedade.

E se é pai ou mãe de um adolescente com acne, este ebook vai dar-lhe os

melhores conselhos para cuidar do seu “acniano”. Boa sorte e mãos à obra.

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A acne anda aí! Cuidado, a sua vez pode estar a chegar! Conheça as principais vítimas

Ao longo de tantos anos de prática de medicina dermatológica, posso afirmar

que de entre todos os meus pacientes, os que mais sofrem são talvez os

adolescentes e jovens adultos que me consultam por um motivo apenas: A

acne.

A acne é um problema muito comum que está presente na vida de mais de

90% da população mundial, em diferentes fases da vida, mas que é mais

comum quando se verificam alterações hormonais significativas, como

acontece durante a adolescência, durante a gravidez e até durante algumas

fases do ciclo menstrual.

As grávidas assumem à partida que vão ver o seu corpo alterar-se de uma

maneira global, durante cerca de 9 meses. O aumento hormonal característico








da gravidez estimula um conjunto de alterações, algumas visíveis, que podem

influenciar quer o bem-estar quer a estética da mulher. Mas nem sempre estão

preparadas para alterações que afectam a sua auto-estima, o que aliado à

sensibilidade extra (decorrente da estimulação hormonal), pode provocar

períodos depressivos, numa fase que deveria ser a mais bonita e alegre das

suas vidas.

Se por um lado há mulheres que gozam de uma pele mais saudável, um cabelo

forte e brilhante, há outras que vêem o cabelo, as unhas, a pele do rosto e

corpo sofrerem alterações negativas significativas.

A acne, por exemplo, que tem uma base hormonal. Independente da zona do

corpo afectada, a base é quase sempre hormonal, pelo que a estimulação

hormonal própria da gravidez leva a modificações do metabolismo do folículo e

da glândula sebácea anexa, alterações na composição do sebo e da flora

microbiana.

Esta acne é geralmente passageira, intensifica-se no 2º trimestre e atenua-se

no 3º, extinguindo-se no pós-gravidez.

Ainda assim, há mulheres que mantêm a acne durante muito tempo após o

parto e ficam inclusivamente com marcas, cicatrizes e manchas decorrente

desse surto acneico.








Não há adolescente, jovem adulto ou grávida que esteja a salvo. Se se

enquadra em qualquer um destes três “grupos de risco”, prepare-se, porque a

acne anda por aí. Resta saber, como melhor lidar com ela!

Acne e as hormonas – tudo sobre esta relação amorosa! Esperem lá… E os chocolates?

A acne é uma doença inflamatória das estruturas pilosebáceas do rosto e

eventualmente do tronco, causada na sua maioria por alterações hormonais

bruscas na sua fase de crescimento estimulando, nomeadamente, o aumento

de produção de oleosidade na pele.

Em condições biológicas normais, as glândulas sebáceas produzem a gordura

necessária para manter a pele sadia fluindo naturalmente para o exterior, mas

a desregulação hormonal característica dos adolescentes, origina uma








alteração da textura e um maior fluxo de sebo com a consequente dificuldade

de eliminação pelos poros e a tendência para a retenção “sebácea”..

Nas grávidas, as alterações hormonais são também substanciais, e podem

também desencadear processos inflamatórios e consequências severas da acne

por acumulação de sebo nos poros. Existe, porém, no sexo feminino algum

cuidado extra na procura das soluções, de forma mais precoce o que facilita o

tratamento da mesma.

A acumulação de sebo em conjunto com alterações da sua própria composição,

formam um rolhão de queratina (proteínas da pele) obstrutor, que oxida pelo

ambiente exterior, e assim aparecem os pontos negros, os pontos brancos

(espinhas) e, em caso de desenvolvimento bacteriano mais acentuado, as

pápulas, pústulas, nódulos e quistos.








Em condições normais, o sebo que se produz nas nossas glândulas sebáceas é

excretado facilmente pelos poros e ajuda a pele a manter-se hidratada pelo

efeito barreira que tem na mesma evitando a perda excessiva de água através

desta. No entanto, por vezes os poros ficam entupidos com alteração da

textura do sebo que fica mais viscoso e seco, células mortas da pele e um

excesso de queratinização do próprio poro. Esta mistura é um o cocktail ideal

para a proliferação bacteriana, em particular a de uma bactéria chamada

propionibacterium acnes no seio do sebo.

À medida que esta bactéria prolifera, causa irritação e inflamação na pele,

factores que explicam porque são as lesões vermelhas e inflamadas.








Imediatamente o nosso corpo desencadeia uma resposta imunitária onde os

glóbulos brancos chegam ao local para combater a infecção, atacando as

bactérias e que, após um processo de degradação celular, constituem o pus e

caracterizam as chamadas “borbulhas”.

Basicamente há quatro vectores que modulam a acne:

– o aumento da produção de sebo pelas glândulas sebáceas;

– o aumento e algumas alterações da composição da flora microbiana;

– a formação de rolhões de queratina (proteína da pele) nos poros;

– a inflamação local das glândulas sebáceas.








E os chocolates?

Desenganem-se os pais ou os maridos que aconselham respectivamente os

filhos e as suas esposas grávidas a cortarem de vez com o chocolate ou a

manteiga, porque a principal causa da acne não é a alimentação mas sim os

factores hormonais que provocam a abstrução dos poros por formação de

rolhões de queratina. A consequente retenção do sebo nas glândulas e

proliferação bacteriana, origina o aparecimento das detestáveis borbulhas,

pontos negros e espinhas.

De facto, a acne não sofre grande influência externa, mas antes interna.

Poderíamos pensar que uma limpeza

cuidada e bi-diária consegue dar conta

do recado. Assim fosse tão simples

aniquilar a acne. Mas não é…de todo.

Claro que mesmo que não existam

provas conclusivas que relacionem a

acne à alimentação, a manutenção de

uma dieta saudável, rica em vegetais e

alimentos com baixo índice glicémico, com vitamina A e zinco, terá todos os

benefícios possíveis para a saúde geral da sua pele e é altamente

recomendável.








Acne, ou desapareces ou escondo-te por baixo da base!

A acne pode ter diferentes graus de severidade, desde a de tipo retencional

ligeiro até a um nível em que se verificam grandes alterações inflamatórias da

área afetada.

Podemos, de uma forma genérica, classificar a acne segundo 3 formas de

intensidade com consequências mais ou menos lesivas para a pele:

Acne ligeira – Presença de alguns pontos brancos ou negros no rosto,

essencialmente retencional; Acne moderada – com as lesões anteriores mas

ainda com reacção inflamatória com presença de algumas lesões purulentas;

Acne severa – Reacção inflamatória intensa com presença de pápulas, pústulas

e nódulos císticos.

Maquilhar as zonas inflamadas pode ser uma má decisão, que prolongará ainda

mais o tempo de permanência desta patologia. É exactamente por isso que

deve ler o que lhe apresento a seguir sobre a maquilhagem.








Prevenir o surgimento de manchas de acne é prevenir a proliferação das

bactérias responsáveis, e isso significa evitar os cosméticos irritantes e

comedogénicos, isto é, cuja acção pode entupir os poros da pele. Deve

igualmente evitar utilizar água demasiado fria ou demasiado quente para lavar

a face: água morna é o ideal.

Em complemento, para a sua maquilhagem diária, siga os seguintes conselhos:

– Não coloque uma base demasiado densa que provoque a obstrução dos

poros e a acumulação de gordura na sua pele e, se possível, recorra a

bases sem óleo ou à base de água (oil-free);

– Evite utilizar os produtos que contenham lanolina ou miristato de

isopropila, conhecidos comedogénicos;

– Não utilize produtos com fragrâncias, já que os químicos responsáveis

por elas podem ser irritantes para peles sensíveis;








– À noite, limpe por completo a maquilhagem para que esta não entupa os

seus poros durante a noite;

– De manhã, antes de aplicar a maquilhagem para o novo dia, lave a cara

suavemente com água morna;

– Lave igualmente os pincéis de maquilhagem. De outro modo podem

acumular bactérias e agravar a acne;

– Vigie os seus produtos capilares, caso tenha surtos de acne na testa ou

nas zonas em que o seu cabelo toca.

Se tem pele sensível e propensa ao acne, as maquilhagens minerais e em pó

compacto podem ser a melhor opção para si: não contêm parabenos, óleos,

fragrâncias ou pigmentos. Deste modo são menos irritantes para a pele

sensível e podem ser benéficos de igual modo para quem sofre de rosácea ou

eczema.

A acne vira-se e diz: “Quanto mais me lavas mais eu gosto de ti.”

Esta doença de pele surge quando os nossos folículos ficam entupidos com matéria

sebácea e células mortas, e por isso mesmo, uma correcta higiene facial é um factor

crucial em qualquer tratamento eficaz da acne. Não irá livrar-se desta patologia da

pele se lavar as áreas afectadas várias vezes ao dia…bem pelo contrário.








1. Use 2 vezes por dia produtos de limpeza anti-alergénicos sem sabão, sem

parabenos, e com zinco. Quanto menos irritar a sua pele com químicos

mais depressa ela regenera da acne. Evite estar constantemente a lavar a

pele. Lave a sua pele com o sabonete adequado ao seu tipo de pele, de

modo a combater a oleosidade se tiver pele oleosa, ou mantê-la

lubrificada se for seca. Preferencialmente, utilize água morna ou pouco

quente, já que não só a temperatura dilui mais facilmente a gordura da

pele, mas contribui para a abertura dos poros, levando a uma limpeza








mais profunda, eliminando os óleos que de outro modo entupiriam os

poros, gerando borbulhas;

2. Use exfoliantes naturais uma a duas vezes por semana. Evitando no rosto

as áreas junto aos olhos e aos lábios;

Os exfoliantes actuam na remoção dos rolhões de queratina e libertam

os poros promovendo a livre saída e drenagem do sebo produzido,

evitando a sua infecção secundária.

3. Não esfregue o rosto ou qualquer outra parte do corpo com a toalha. A

secagem da pele deve ser feita pressionando suavemente e

repetidamente a toalha, sem a arrastar. Qualquer movimento de

aplicação de cremes, sabonetes ou secagem da pele deve ser feita

sempre em movimentos circulares;

Tendo a acne uma faceta de

infecção, é fácil perceber a

consequência de esfregar a

toalha nas zonas afectadas.

Facilmente uma borbulha

rebenta com a fricção e infecta

as zonas circundantes;








4. Aplique após a lavagem das zonas afectadas, uma loção sem álcool, sem

perfume, anti-alergénica que refresque a pele e a prepare para receber

um creme hidratante adequado;

5. Escolha um creme hidratante para peles mistas. Raramente vejo nos

meus pacientes uma pele totalmente seca ou gordurosa. Normalmente é

gordurosa na chamada Zona T (testa, nariz e queixo) e seca ou normal

nas maçãs do rosto e pescoço;

6. Mude a fronha da sua almofada 2x por semana. Por mais absurda que

esta dica lhe possa parecer, repare no quão pouco controle tem durante

o sono sobre os movimentos do seu rosto na almofada. Repare que o

sebo deixado no tecido da mesma pode facilitar a permanência das

bactérias implicadas neste processo em contacto com a pele;

7. Mantendo a mesma linha de pensamento, mude a sua toalha de rosto

regularmente. O melhor truque que lhe posso dar é optar por comprar as

chamadas toalhas de mão, que são de fácil lavagem e secagem após cada

utilização. Não use consequentemente a toalha de rosto no corpo ou

vice-versa. Não partilhe com ninguém a sua toalha de rosto;

8. Finalmente, o poder irritativo do sol deve ser evitado através da utilização

de cosméticos com factor de protecção solar moderado (SPF 30).








Espremer ou não espremer… eis a questão!

Enquanto médico, há algo que gosto de frisar em cada consulta, por vezes mais

do que uma vez durante a mesma consulta, e aproveito para fazê-lo aqui. A

acne é uma patologia que gera inflamação/ infecção e como tal, ao estarmos a

traumatizar as lesões podemos desencadear reacções inflamatórias mais

violentas.

É por isso que aconselho veementemente todos os meus pacientes, sem

excepção, de se inibirem de coçar ou espremer de forma compulsiva os seus

pontos negros bem como borbulhas com pus. Não só podem aumentar o








processo inflamatório como aumentam a probabilidade de deixar cicatrizes

residuais na pele.

A drenagem destas lesões pode, e deve, ser feita com recurso a técnicas que

impeçam o contacto do conteúdo das mesmas com a derme sob pena de,

como referi anteriormente, potenciarmos grandemente os aspectos

inflamatórios.

A saber, as consequências de coçar e espremer borbulhas e pontos negros são:

– desenvolvimento de cicatrizes permanentes, algumas mais profundas

que outras

– aparecimento de manchas

– aparecimento de feridas

– degradação do colagénio da pele bem como da sua elasticidade

OK… tenho acne, mas não vou ficar marcado(a) para todo o sempre… vou?

Se a acne nos persegue principalmente durante a adolescência, as marcas de

acne podem durar a vida toda. Tratar as marcas nem sempre é fácil, exigindo

intervenções profundas, mas com a medicina a caminhar a passos largos em

direcção a técnicas pouco invasivas, têm-se vindo a difundir as técnicas que

criam microferimentos na pele para promoverem a produção de colagénio.








Eliminação das marcas de acne: o tradicional e o novo

Para compreendermos melhor como funcionam os microferimentos no

tratamento das marcas de acne, devemos começar por considerar como os

tratamentos geralmente funcionam.

Tradicionalmente, os tratamentos para marcas de acne e cicatrizes funcionam

por ablação, ou seja, pela abrasão das camadas superiores da pele, nivelando-a

e eliminando as cicatrizes pela eliminação das diferenças de volume.

Dermabrasão, peelings ou laser são as três alternativas de ablação, sendo que

as duas últimas são particularmente refinadas.








Ajustável em comprimento de onda, intensidade e tempo de pulso, o laser

pode ser calibrado para destruir apenas células ou componentes celulares

específicos, ou a determinada profundidade, intervencionando o estritamente

necessário e poupando o nosso organismo a maiores agressões.

No entanto, mais recentemente a comunidade médica compreendeu que é

possível fazer intervenções mais limitadas em agressividade e em área de

acção, permitindo ao nosso corpo tratar ele próprio da área não

intervencionada. As duas técnicas de ponta neste princípio de acção são o laser

fraccionado e o micro-agulhamento cutâneo (micro-needling).

Os “microferimentos” no tratamento das cicatrizes de acne

Laser fraccionado

O laser fraccionado recebe esse nome pelo facto do feixe não incidir sobre a

totalidade da área a tratar, mas sobre pontos numa grelha, criando

microferimentos que o nosso corpo tentará reparar. Se tradicionalmente toda

a “grelha” seria desbastada pelo laser, hoje em dia compreendemos que

quando criamos esse pontilhado, o corpo tenta reparar cada microperfuração e

a sua acção leva inevitavelmente à renovação dos tecidos adjacentes sem ser

necessário gastar tempo e recursos a desbastá-los, assim como se conseguem

tempos de recuperação consideravelmente menores.








Tipicamente, entre 100 e 200 micropontos por centímetro quadrado são feitos

a cada sessão de laser fraccionado. Como a sua aplicação não se resume

apenas ao tratamento de cicatrizes de acne e ajuda a eliminar efeitos da

exposição solar excessiva, rugas e flacidez, os resultados podem demorar

algumas semanas ou meses, mas são visíveis e notórios, com poucos efeitos

secundários e um curto tempo de recuperação.

O microagulhamento (micro-needling)

O sistema de microagulhas consiste num objecto algo semelhante a um cilindro

que se encontra revestido com agulhas de espessura extremamente reduzida,

e que fazem microperfurações na pele tratada (Dermapen®). O objectivo não é

desbastar a camada superior da pele ao contrário do que acontece com o laser,

mas utilizar as microperfurações como microcanais através dos quais princípios

activos e peptídeos podem penetrar mais facilmente na pele para induzirem a

produção de colagénio.

No entanto, a própria penetração das agulhas na pele irá romper as fibras de

colagénio danificadas, promovendo a criação de novas fibras numa orientação

mais adequada para uma pele de melhor textura, mais tonificada e saudável.

O microagulhamento é uma técnica que já é conhecida dos médicos

dermatologistas há alguns anos e tem vindo a comprovar a sua eficácia em

inúmeros ensaios clínicos. Todavia, além de aumentar a capacidade do nosso

corpo para absorver nutrientes e agentes revitalizantes dos tecidos cutâneos,








os sistemas mais recentes prometem também recorrer a radiofrequência para

aquecer os tecidos, promovendo desse modo a formação de colagénio.

As sessões de microagulhamento para tratar marcas de acne podem ser

bastante curtas, e a fase de perfuração é ainda mais curta, pois é possível fazer

várias centenas de perfurações minúsculas em apenas alguns minutos, graças

ao sistema de rolamentos cuja densidade de agulhas permitiria fazer em menos

de dez minutos mais perfurações do que o número de poros que possuímos em

toda a face.








Através do laser fraccionado e do microagulhamento, mesmo as marcas de

acne mais profundas podem ser eficazmente combatidas com agressividade

mínima. As suas potencialidades estendem-se no entanto a muitos outros

campos do rejuvenescimento facial e remoção de cicatrizes.

Era uma vez uma borbulha… vencida em combate!

Ter espinhas e borbulhas purulentas na cara não é sinal de descuido ou

preguiça na higiene pessoal. Também não está associada a chocolates ou

banhos de sol, a acne é causada pela acção da testosterona e androgénios que

promovem alterações na produção de sebo e da função da unidade pilo-

sebácea, principalmente na pele do rosto. Apesar do turbilhão hormonal da

juventude, não é missão impossível manter uma pele saudável e prevenir o

pior.

Se as borbulhas já se instalaram, o tratamento da acne passará pela utilização

de produtos destinados ao seu combate.

Os princípios de tratamento baseiam-se em várias premissas das quais

salientaria o tipo de acne em questão, a sua gravidade, a afectação psicológica

que gera, o tipo de pele, o sexo, a idade, os antecedentes e o tipo de recursos

económicos do paciente.








A acne ligeira ou moderada pode ser tratada com recurso a medicamentos

tópicos, como cremes, loções, exfoliantes ou diversos tipos de gel, tópicos

tradicionalmente adaptados a peles oleosas e não-oclusivos (oil-free).

O recurso a cosméticos de camuflagem também é frequente para combater a

acne moderada, nomeadamente porque estes produtos foram concebidos para

minimizar a aparência das lesões e controlar a oleosidade cutânea.

Nos casos de acne grave, os

cosméticos e os cremes não

conseguem, por si só, controlar a

acne. Neste tipo de acne, é

necessário recorrer a outros

métodos, como os antibióticos, que

ajudam a controlar sobretudo a

vertente inflamatória da acne e

podem ser tópicos ou orais.

Na acne moderada a grave, assim

como em formas particulares, como

seja a acne escoriada ou cicatricial, o

recurso a retinoides (derivados da








vitamina A ácida – retinol) é imperativo para o controlo do quadro clínico e,

sobretudo, para evitar o efeito ricochete das outras terapêuticas que consiste

no reagravamento das lesões após suspensão do tratamento.

Em formas muito inflamatórias podem ser realizados ciclos curtos de

corticoterapia oral no início do tratamento para desinflamar mais rapidamente

as lesões.

Os tratamentos hormonais são também muito utilizados para combater a acne

agressiva, particularmente na mulher, através do recurso a contraceptivos

orais, assim com algumas moléculas de actividade anti-androgénica.

Muito frequentemente, deve ser feita uma abordagem inicial através do

desbloqueio dos poros para drenagem livre do material sebáceo retido, o que é

conseguido através da abertura das lesões com Laser de CO2 superpulsado

seguida da aplicação de uma solução de ácido salicílico a 30% (Salipeel®).

Assim se consegue, não só o desbloqueio dos ditos poros, como também a

redução da espessura da camada córnea (a mais superficial e impermeável da

epiderme) por forma a facilitar a penetração dos princípios activos a colocar

localmente depois.








A fototerapia ou terapia da luz é outro dos tratamentos recorrentes.

Controlada de forma electrónica, este método de exposição à luz promove a

oxigenação das glândulas sebáceas, responsáveis pela produção excessiva de

sebo. Com recurso a uma luz de elevada potência, a fototerapia elimina as

bactérias que são a componente mais importante da acne inflamatória.

O laser pulsado de contraste (PDL) actua de forma profunda na pele, ao nível

das glândulas sebáceas, e vai provocar a diminuição da sua actividade, através

do aquecimento, constituindo assim outro método eficaz para combater a acne

agressiva. Vai ainda reduzir a produção de sebo e estimular a cicatrização e

regeneração da pele.








Outros métodos estão disponíveis, como as manipulações locais (drenagens,

infiltrações intra-lesionais,…), peelings variados conforme estamos a tratar

lesões activas ou cicatriciais, ou uso de terapêutica por laser de CO2

fraccionado (essencialmente numa fase de correcção das cicatrizes).

E assim termino dizendo bye bye Acne…foi um (des)prazer!






or ulhas, espinhas e pontos negros… - derme.pt · forte e brilhante, há outras que vêem o...

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