opinião sim, até você pode inovar para crescer – aprenda ... · mudar o “jogo” na...

8
www.vidaeconomica.pt NEWSLETTER N.º 33 | OUTUBRO 2012 ADAM HARTUNG Managing Partner, Spark Partners www.adamhartung.com ÍNDICE Opinião................................ 1 Editorial ............................... 2 Opinião................................ 3 Redes sociais ..................... 4 Notícias ............................... 7 Agenda de eventos......... 7 Financiar a inovação ....... 8 Gosto de escrever sobre companhias de cariz tecnológico, tais como a Apple e o Facebook, porque mostram-nos a rapi- dez com que podemos aplicar a inovação e o crescimento, sejam teológicas, pro- cessos de gestão ou melhores práticas. Mas a maioria de nós não está na indús- tria tecnológica, e pensar em inovação noutros setores é menos notório do que nessas indústrias. Atenção, cowboy, a inovação também é importante para ti! Algumas indústrias continuam a utilizar algumas práti- cas ultrapassadas, e são relutantes e lentas na adoção de novas tecnologias, como o setor da construção. In- dependentemente de os tempos serem bons ou maus, os construtores continuam a operar como o fazem à décadas. Apesar de os consumidores ansiarem por no- vas práticas, continuam a rejeitar a inovação para man- terem o status quo. A Skanska é uma empresa de construção sueca, com sede em Estocolmo, com um volume de negócios de 19 mil milhões de usd, e a operação que mantém nos EUA, representa 6 mil milhões de usd e o seu escritó- rio de Nova Iorque, recusou-se a aceitar este status quo. Quando Bill Flemming, presidente deste grupo de construção, reconheceu que a produtividade na indús- tria da construção não sofreu nenhum incremento nos últimos 40 anos, reconheceu que talvez este mercado, que não atravessa os me- lhores dias, não melhorará se continuar a esperar que os tempos mudem e a eco- nomia recupere. Ele estava seguro de que as ideias que poderiam pôr em prática, poderiam permitir à Skanska fazer me- lhor do que os seus concorrentes, abrin- do assim novas fontes de rendimento. Mike McNally, CEO da filial americana, concordou imediatamente com esta nova visão do negócio. Em 2009 juntou toda a administração para discutirem a melhor forma de investir em inovação. Encontrou as objeções habi- tuais: • Estamos muito ocupados • Temos muitas tarefas em mãos • A gestão corrente já é muito complicada, não necessi- tamos de algo novo • Os clientes não estão a pedir, querem preços baixos • Quem vai pagar? Os nossos orçamentos já estão to- mados • Mas também reconheceram que ninguém disse “isto é uma loucura” . Todos reconheceram que estavam a acontecer coisas boas na organização, mas a aprendiza- gem não estava a ser replicada nos diferentes projetos Sim, até você pode inovar para crescer – aprenda com a Skanska OPINIÃO PUB (Continua na página seguinte) Autores: Maria José Esteves, Sandra Alves Amorim, Paulo Valério P.V.P.: €18 Páginas: 304 Preço especial assinantes BC/VE: apenas €15 OBRA ESSENCIALMENTE PRÁTICA. Versão consolidada e anotada. Inclui as alterações introduzidas pela Lei n.º 16/2012, de 20 de abril, em vigor a partir de 20 de maio e legislação complementar. R e g u l a m e n t o e m l i v r a r i a . v i d a e c o n om i c a . p t Exclusivo para compras online

Upload: builien

Post on 02-Dec-2018

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: OpiniãO Sim, até você pode inovar para crescer – aprenda ... · Mudar o “jogo” na construção é um processo de vi-tória através de muitas inovação, que prova aos pró-prios

www.vidaeconomica.ptnewsletter n.º 33 | OutubrO 2012

AdAm HArtungManaging Partner,

Spark Partnerswww.adamhartung.com

Índice

Opinião................................ 1

Editorial ............................... 2

Opinião................................ 3

Redes sociais ..................... 4

Notícias ............................... 7

Agenda de eventos ......... 7

Financiar a inovação ....... 8

Gosto de escrever sobre companhias de cariz tecnológico, tais como a Apple e o Facebook, porque mostram-nos a rapi-dez com que podemos aplicar a inovação e o crescimento, sejam teológicas, pro-cessos de gestão ou melhores práticas. Mas a maioria de nós não está na indús-tria tecnológica, e pensar em inovação noutros setores é menos notório do que nessas indústrias.Atenção, cowboy, a inovação também é importante para ti!Algumas indústrias continuam a utilizar algumas práti-cas ultrapassadas, e são relutantes e lentas na adoção de novas tecnologias, como o setor da construção. In-dependentemente de os tempos serem bons ou maus, os construtores continuam a operar como o fazem à décadas. Apesar de os consumidores ansiarem por no-vas práticas, continuam a rejeitar a inovação para man-terem o status quo.A Skanska é uma empresa de construção sueca, com sede em Estocolmo, com um volume de negócios de 19 mil milhões de usd, e a operação que mantém nos EUA, representa 6 mil milhões de usd e o seu escritó-rio de Nova Iorque, recusou-se a aceitar este status quo. Quando Bill Flemming, presidente deste grupo de construção, reconheceu que a produtividade na indús-tria da construção não sofreu nenhum incremento nos

últimos 40 anos, reconheceu que talvez este mercado, que não atravessa os me-lhores dias, não melhorará se continuar a esperar que os tempos mudem e a eco-nomia recupere. Ele estava seguro de que as ideias que poderiam pôr em prática, poderiam permitir à Skanska fazer me-lhor do que os seus concorrentes, abrin-do assim novas fontes de rendimento.Mike McNally, CEO da filial americana, concordou imediatamente com esta nova visão do negócio. Em 2009 juntou

toda a administração para discutirem a melhor forma de investir em inovação. Encontrou as objeções habi-tuais:• Estamos muito ocupados• Temos muitas tarefas em mãos• A gestão corrente já é muito complicada, não necessi-tamos de algo novo• Os clientes não estão a pedir, querem preços baixos• Quem vai pagar? Os nossos orçamentos já estão to-mados• Mas também reconheceram que ninguém disse “isto é uma loucura”. Todos reconheceram que estavam a acontecer coisas boas na organização, mas a aprendiza-gem não estava a ser replicada nos diferentes projetos

Sim, até você pode inovar para crescer – aprenda com a Skanska

OpiniãO

PUB

(Continua na página seguinte)

Autores: Maria José Esteves, Sandra Alves Amorim, Paulo Valério

P.V.P.: €18Páginas: 304

Preço especial assinantes BC/VE: apenas €15

OBRA ESSENCIALMENTE PRÁTICA.Versão consolidada e anotada.

Inclui as alterações introduzidas pela Lei n.º 16/2012, de 20 de abril, em vigor a partir

de 20 de maio e legislação complementar.

Regul

amen

to e

m li

vrar

ia

.vidaeconomica.pt

Exclusivo paracompras online

Page 2: OpiniãO Sim, até você pode inovar para crescer – aprenda ... · Mudar o “jogo” na construção é um processo de vi-tória através de muitas inovação, que prova aos pró-prios

Página 2

newsletter n.º 33 | OutubrO 2012

Estamos de regresso após um interregno de dois meses, onde desenvolvemos novos contactos e colaborações regulares, que es-peramos venham a ser do vosso agrado.Começámos o último trimestre com o anúncio de mais medidas de austeridade, que, para além de não serem as melhores notí-cias, acreditamos, irão contribuir para uma diminuição do investi-mento em inovação e uma limi-tação muito forte à capacidade empreendedora dos nossos atu-ais e potenciais empresários.Com uma esperada redução do consumo, como consequência destas medidas, acreditamos que a capacidade inovadora vá ser fortemente afetada, pois num mercado em retração será difícil a sobrevivência de algumas em-presas, e muito difÍcil o apareci-mento de novas ou novos tipos de negócio.Acreditamos que os próximos tempos serão de um forte apelo ao fazer mais com menos, devido à escassez e dificuldade na ob-tenção de financiamento para apoio a novos projetos, pelo que devemos concentrar as nossas energias na melhoria dos pro-cessos de gestão, na logística e nas novas formas de melhorar os nossos atuais produtos ou servi-ços. É sempre fácil falar quando es-tamos de fora dos problemas, por isso o artigo de fundo que escolhemos para esta edição, do nosso habitual colaborador Adam Hartung, fala-nos de ino-vação aplicada a uma indústria tradicional como é o caso da construção. Podemos pegar nes-te exemplo e aproveitá-lo para refletir nas possibilidades de transformar o conhecimento que temos do nosso negócio/ setor de atividade para o transformar numa fonte de rendimento e ao mesmo tempo diferenciarmo--nos dos nossos concorrentes.Os tempos atuais obrigam-nos a puxar ainda mais pela nossa ca-pacidade criativa, e este vai ser mesmo o tempo de trabalhar-mos com pouco e tentarmos fa-zer mais e melhor num ambiente de recessão.Para continuar a acreditar que fazer diferente e oferecer mais valor ao nosso cliente é e deverá ser o nosso objetivo, temos que inovar.

Jorge oliveirA [email protected]

editorialOpiniãO

Sim, até você pode inovar para crescer – aprenda com a Skanska

para criara assim uma alavancagem. As ideias eram por vezes testadas, mas rapidamente abandonadas. Mike e Bill de uma forma intuitiva acreditaram que a inovação poderia constituir o ponto de viragem na organização. Ao discutir a implementação da inova-ção com o seu grupo de gestão, acabou por dizer:“se a Apple consegue, nós também conseguiremos”.Embora se tratasse de um projeto fora da sede (na Suécia), Mike decidiu criar um grupo dedicado à ino-vação, sob a sua liderança, com um orçamento inicial de 5% do seu volume de negócios total.Este grupo começou com um diretor de inovação e um staff com 2 elementos. Foi-lhes dado o “espa-ço em branco” suficiente para desenvolver e des-cobrir ideias que possam funcionar e que possam ser aplicadas. A seguir, construíram um processo para identificarem campos de inovação, testarem--nas, investir e implementá-las. Fora deste progra-ma desenvolveram uma espécie de “bolsas” para a inovação, providenciando assim recursos a diferen-tes grupos na empresa, para assim desenvolveram paralelamente outras ideias, testando-as e criando um processo de inovação.A chave do sucesso foi descoberta no primeiro pro-jeto. Rápidamente o grupo que criou o programa“ Digital Resource Center” apercebeu-se que poderia ser utilizado em todos os locais de construção. Este produto low-cost, baseado para PC, permitiria aos empreiteiros aceder aos planos de construção, bem como a toda a documentação relevante para o seu trabalho, evitando assim as viagens frequentes ao camião escritório do estaleiro, podendo assim ace-der em qualquer local.Este programa permitiu poupar muito tempo à Skanska e a alguns milhares de usd por estaleiro, o re-torno passou a ser medido literalmente em dias. Outros projetos quiseram adotar este produto, e assim rapidamente a Skanska começou não só a ver a con-clusão mais rápida dos seus projetos, como os emprei-teiros começaram a obter uma melhor performance, permitindo acompanhar o trabalho e a identificar a informação relevante através de um simples PC.O grupo de inovação da Skanska começou por con-ceder “bolsas” para projetos adicionais, tiveram de começar a desenvolver processos para a receção, re-visão e concessão das ditas “bolsas”. Decidiram que cada projeto deveria ter um líder, com o devido su-porte da empresa. Cada “bolsa” deveria obter uma parceria com uma universidade local, obtendo assim ajuda por parte dos estudantes que poderiam ajudar na planificação, no desenvolvimento, na implementa-ção e na análise do retorno do investimento, demons-trando assim a eficácia de cada projeto de inovação.Este processo permitiu à Skanska obter uma visão do

negócio vinda de fora, contribuindo assim para um melhor desenvolvimento de projetos e a sua imple-mentação, enquanto geria de uma forma efetiva os seus custos.Com menos de dois anos de esforços do grupo de inovação, a Skanska já investiu 1,5 milhões de usd em projetos reais. Um dos focus foi a melhoria na produ-tividade low-cost, como contraponto aos custos ele-vados e as grandes apostas.Mudar o “jogo” na construção é um processo de vi-tória através de muitas inovação, que prova aos pró-prios construtores, aos clientes e fornecedores, em lu-gar de tentar mudar um grupo de gente cética de um dia para a noite. O retorno do investimento foi quase imediato para cada “bolsa”, com um ROI literalmente de centenas em termos de percentagem.Provavelmente nunca ouviu falar desta empresa, ape-sar da sua dimensão. Isto deve-se ao facto de a sua área de negócio ser a construção de pontes, estações de metro e outros projetos de grande envergadu-ra que observamos, mas pouco sabemos sobre eles. Estão numa indústria conhecida pelo seu deficit em inovação, e mais pela sua abordagem em termos de força bruta para que as coisas sejam feitas.Mas a liderança da Skanska conseguiu provar que a inovação pode ser aplicada com elevadas taxas de retorno, eles:• Compreenderam que as tendências na indústria eram demasiado “soft”, e que as teriam de alterar se pretendiam crescer• Reconheceram que as melhores ideais sobre inova-ção não provinham dos seus clientes, mas pelo facto de começarem a explorar os diferentes horizontes de ideias e percebrem como é que as poderiam im-plementar.• Não ter medo de tentar algo novo, apesar de os clientes não o pedirem.• A criação de grupos dedicados (não têm de ser gran-des) operando em “espaços brancos”, focados na iden-tificação de inovações, na sua revisão no seu financia-mento e na sua aplicação com recursos externos que possam ajudar ao seu sucesso.• Complementarmente ao crescimentos do seu negó-cio tradicional, a Skanska é vista também como uma empresa tecnológica. Comercializa as suas estações digitais, fazendo dinheiro de uma forma direta com esta sua inovação. E o seu iSite Monitor, para a mo-nitorização das condições ambientais para produtos sensíveis, aumentando os resultados dos gestores de projetos, bem como os seus clientes em tempo real com uma app instalado nos seus iPhones, é também mais um produto que comercializa.Então, de que é que está à espera? Nunca crescerá, ou terá retorno, como a Apple se não começar a inovar. Tire algumas lições da Skanska e poderá ser ter mais sucesso na sua área de negócio.

(Continuação da página anterior)

Page 3: OpiniãO Sim, até você pode inovar para crescer – aprenda ... · Mudar o “jogo” na construção é um processo de vi-tória através de muitas inovação, que prova aos pró-prios

Página 3

newsletter n.º 33 | OutubrO 2012

OpiniãO

a agenda do creScimentoO investimento é a chave central para uma nova agenda de cresci-mento. Mas tem que ser um novo investimento. Os tempos muda-ram e o paradigma hoje impõe a aposta no reforço de clusters com empresas Locais, aposta na inova-ção e desenvolvimento, formação qualificada de muitas pessoas. Vivem-se tempos de profunda crise internacional e no contexto da intensa competição entre regi-ões e mercados a urgência de um sentido estratégico mais do que se impõe. A manutenção e capta-ção de investimento é fundamen-tal para o sucesso económico do país. Por isso vai ser preciso apos-tar em novas plataformas abertas de dinamização de redes globais geradoras de valor.O novo investimento não é só a plataforma de desenvolvimento económico do país, mas é tam-bém a base de uma nova aposta na inovação e criatividade, nas

competências, nos talentos e no-vas oportunidades. A dinamiza-ção da criação de valor e reforço da inovação tecnológica terá muito a ganhar com este novo investimento. Por isso, em tempos de crise e de aposta num novo Paradigma para o futuro, o novo investimento deve constituir o verdadeiro centro de uma conver-gência estratégica entre o Estado, a empresa e todos os que se re-lacionam com a sua dinâmica. O novo investimento tem que se as-sumir como a referência da aposta num novo modelo de desenvolvi-mento estratégico para o país.O novo investimento desempe-nha um papel de alavancagem da mudança único. Portugal precisa de forma clara de conseguir entrar com sucesso no roteiro do inves-timento de inovação associado à captação de empresas e centros de I&D identificados com os se-tores mais dinâmicos da econo-

mia – Tecnologias de Informação e Comunicação, Biotecnologia, Automóvel e Aeronáutica, entre outros. Trata-se duma abordagem distinta, protagonizada por “redes activas” de atuação nos mercados globais envolvendo os principais protagonistas setoriais (empresas líderes, universidades, centros I&D), cabendo às agências públicas um papel importante de contextuali-zação das condições de sucesso de abordagem dos clientes.

Por isso importa que os actores envolvidos neste processo de construção de valor percebam o alcance destas apostas estra-tégicas. Não se pode querer mo-bilizar a região e o país para um novo paradigma de desenvol-vimento, centrado numa maior equidade social e coesão ter-ritorial, sem partilhar soluções estratégicas de compromisso colaborativo. O exemplo da Ikea passa por isso. Por perceber que a aposta em projectos estratégi-cos como os clusters de inova-ção e os pólos de competitivida-des são caminhos que não se po-dem adiar mais. A guerra global pelo valor e pelos talentos está aí e quem não estiver na linha da frente não terá possibilidades de sobrevivência. É essa a base des-te novo investimento que mais do que nunca é de facto a chave para o crescimento da economia nacional.

frAnciscoJAime quesAdo

Especialista em Estratégia,Inovação e Competitividade

PUB

DE LUIS CASTAÑEDA, autor do bestsellerComo destruir uma empresa em 12 meses... ou antes

O autor apresenta neste livro, de modo suscinto, os fatores que são vitais para o desenvolvimento das PME e que vão para além dos aspetos operacionais das organizações.

[email protected] • 223 399 400http://livraria.vidaeconomica.pt

Autor: Luis Castañeda Páginas: 176 P.V.P.: € 8.90

Alta gestã o nas PME

Page 4: OpiniãO Sim, até você pode inovar para crescer – aprenda ... · Mudar o “jogo” na construção é um processo de vi-tória através de muitas inovação, que prova aos pró-prios

Página 4

newsletter n.º 33 | OutubrO 2012

Redes sOciais

campanha publicitária no FacebookGraças ao notável incremento dos seus utilizado-res (mais de 950 milhões a nível mundial até à pri-mavera de 2012) e de que na maior parte dos ca-sos dispõem dos dados sociodemográficos (sexo, idade, país, cidade de origem e cidade de residên-cia) ou inclusivamente dados académicos, profis-sionais, gostos e interesses (preferências musicais, autores favoritos, etc.) dos utilizadores registados, o facebook está a converter-se num atrativo meio para a realização de campanhas publicitárias de tal forma que esta atividade representa neste mo-mento a sua principal fonte de receitas.Um anúncio no facebook deve conter os seguin-tes elementos:• Título, com uma extensão máxima de 25 cara-teres• URL destino : direção da página web externa para a qual direciona o anúncio, ou da página dentro do próprio Facebook.• Imagem, com um tamanho máximo de 110 x 80 pixels.• Texto do anúncio, com uma extensão máxima de 125 carateres.• Contexto social, elemento opcional que se pode incluir no anúncio e que se encarrega de mostrar ao utilizador que visualiza o anúncio se algum dos seus amigos do Facebook já fez um clic previamente no dito anúncio.

Figura 1. Anúncios no Facebook

Dentro do facebook os anúncios que se apre-sentam aos utilizadores na parte lateral direita do écrã, podem ser direcionados para uma de-terminada página desta rede social, com uma aplicação, um evento ou um grupo de utiliza-dores.

Figura 2. Anúncio a uma página,evento, aplicação ou grupo no Facebook

Não obstante, também é possível criar anúncios dentro desta rede social que conduzam o utiliza-dor a uma página web externa.

Figura 3. Anúncio com ligação a uma página web do anunciante

Uma das principais vantagens da publicidade nesta rede social é a notável capacidade de seg-mentação sociodemográfica que oferece aos seus anunciantes, tendo em conta os seguintes critérios:• Dados demográficos: sexo, idade, inclusivamen-te o estado civil.• Localização geográfica.• Situação académica e profissional: estudos re-alizados, universidade na qual completou a sua carreira, empresas que trabalhou, etc.• Interesses e preferências: atividades de lazer e tempos livres, hobbies, preferências musicais, li-vros, filmes favoritos, etc.Relativamente aos últimos critérios, convém destacar que atualmente poucas pessoas regis-tam os ditos dados de forma detalhada, fazendo com que esta segmentação resulte menos fiável dentro do Facebook.

Figura 4. Exemplo de segmentação sociodemográfica e estimati-va do público alvo da campanha

Por outro lado, tendo em conta estas possibili-dades de segmentação e as caraterísticas dos anúncios do Facebook, ao desenhar e executar uma campanha publicitária dentro desta rede social devemos considerar as seguintes etapas:1. Definir os objetivos da campanha: o que é que pretendemos atingir com esta campanha?a. Promoção de um website?b. Incrementar as vendas?c. Difundir um determinado evento?d. Etc.

2. Identificar o público alvo (target): é necessário ter em consideração a caraterização sociode-mográfica e em função dos interesses e gostos, considerando a possibilidade de definir distin-tos segmentos para os quais queremos dirigir os anúncios com mensagens e estratégias de comunicação diferentes: jovens, estudantes uni-versitários, profissionais, pais/mães, etc.3. Criar os anúncios, tendo em conta a possibilida-de de definição de distintos anúncios para cada um dos segmentos que identificamos como alvo.4. Definição do orçamento da campanha5. Controlo dos resultados obtidos e redesenho dos anúncios contratados e da estratégia de co-municação e/ou segmentação em função destes resultados.Relativamente à definição do orçamento, temos de ter em consideração que o Facebook oferece duas modalidades distintas:• Contratar uma campanha baseada no Custo Por impressão (CPM: custo por mil impressões)• Contratar uma campanha baseada no Custo Por Clic (CPC), similar ao que oferece Google no seu serviço de contratação de palavras chave AdWords.Em ambos os casos o mecanismo de fixação do preço final é dinâmico, tendo em conta a concor-rência existente nesse mesmo momento para si-tuar o anunciante: cada anunciante indica quanto está disposta a pagar, tanto na modalidade CPM como na modalidade CPC, e o Facebook vai asse-gurando o espaço publicitário disponível tendo em conta o preço que está disposta a pagar cada anunciante (a maior preço oferecido, maior a pos-sibilidade de que se mostre o anúncio).O anunciante também pode fixar um limite má-ximo publicitário dentro da programação da campanha, assim como o período temporal de validade da campanha.O utilizador responsável pela campanha tem acesso a um completo administrador de cam-panhas e anúncios, com informação detalhada sobre a faturação e análise da rentabilidade, as-sim como de outros dados de interesse sobre os resultados da campanha:• Impressões: número de visualizações de cada anúncio contratado no período de controlo.• Número de clics em cada anúncio.• CTR (Clic Through Rate): ratio obtido através da divisão de clic´s e o número total de impressões do anúncio.• Gasto total• CPM: Custo Por cada Mil impressões.• CPC: Custo Por cada Clic.

(Continua na página seguinte)

Page 5: OpiniãO Sim, até você pode inovar para crescer – aprenda ... · Mudar o “jogo” na construção é um processo de vi-tória através de muitas inovação, que prova aos pró-prios

Página 5

newsletter n.º 33 | OutubrO 2012

Redes sOciais

campanha publicitária no Facebook

TORne-se membROdO nOssO gRupO

TORne-se fã da inOvaçãO& empReendedORismO

PUBPUB

CONHEÇA A NOVA LIVRARIA ONLINE DA VIDA ECONÓMICA

Visite-nos em: livraria.vidaeconomica.pt

Carlos Otero Barros é Licenciado em Ciências Físi-

cas pela Universidade Autónoma de Madrid, Executive

Master in Business Adminsitration (MBA) pela Escuela

de Negocios Caixanova. Atualmente, está à frente da

Colímera Consultores SL, onde desenvolve uma in-

tensa atividade na área da consultoria estratégica e

tecnológica quer para empresas privadas quer para

a Administração Pública. Anteriormente, foi Business

Development Manager na Sun Microsystems Ibérica

SA e diretor da empresa de software Fractal Info In-

genieros SL.

Álvaro Gómez Vieites é Doutorado em Economia pela

UNED (Prémio de Mérito no Doutoramento), Licenciado

em Administração e Direcção de Empresas pela UNED,

Engenheiro de Telecomunicações pela Universidade de

Vigo (Prémio extraordinário de fim de curso) e Engenhei-

ro de Informática de Gestão pela UNED. A sua formação

foi complementada com os programas de Pós-gradua-

ção Executive MBA e Curso em Business Administration

da Escuela de Negócios Caixanova. Atualmente é pro-

fessor e colaborador desta entidade e de outras Escolas

de Negócios, actividade que exerce paralelamente a

projetos de consultoria e trabalhos de investigação na

área dos sistemas de informação, segurança informáti-

ca, e-adminsitração e comércio eletrónico.

e-mail: [email protected]: http://es.linkedin.com/in/alvarogomezvieites/esFacebook:http://www.facebook.com/alvaro.gomez.vieitesTwitter: @agomezvieites

e-mail: [email protected] LinkedIn: http://es.linkedin.com/in/carlosoterobarrosFacebook: http://www.facebook.com/carlos.otero.barrosTwitter: @kenkeirades

AUTORES

Figura 5. Acesso ao administrador de campanhas publicitárias no Facebook

O administrador de campanhas também facili-ta informação detalhada sobre a resposta aos anúncios (número de clics) com a sua distri-buição temporal (dia da semana), assim como os dados sociodemográficos (faixa etária, sexo, país e cidade de proveniência, etc.) dos utiliza-dores de Facebook, que fizeram clic em cada um dos anúncios contratados.Por outro lado, graças à disponibilização destas ferramentas que facilitam um se-guimento e controlo diário dos anúncios, é possível realizar campanhas nas quais se podem utilizar inicialmente vários anúncios

combinando distintas mensagens e ima-gens, para confirmar continuamente qual o texto ou imagem que gera um maior im-pacto (número de clics registados) no públi-co alvo, e centrar o resto da campanha no anúncio em questão.Desta forma, é possível otimizar o andamento, ou seja, durante a mesma fase da execução, o resultado que se está a alcançar mediante a campanha publicitária, adaptando o conteúdo dos anúncios (imagens e mensagens de texto) e a própria segmentação do público alvo a que se dirige.

(Continuação da página anterior)

INCENTIVOS ÀS EMPRESAS (INOVAÇÃO + EXPORTAÇÃO) Prestação de serviços a Empresas que pretendam adquirir vantagens competitivas duradouras. Verifique a elegibilidade do seu Projecto:

Tel. 22 616 29 71 | [email protected]

Page 6: OpiniãO Sim, até você pode inovar para crescer – aprenda ... · Mudar o “jogo” na construção é um processo de vi-tória através de muitas inovação, que prova aos pró-prios

“Vender móveisem caixas planas?

Isso não faz sentido nenhum.

É caro e dámuito trabalho.”

- Anónimo

Uma excelente ideia de pouco vale se não for activada. E numa conjuntura empresarial cada vez mais feroz e competitiva, nenhuma organização se pode dar ao luxo de dispensar as boas ideias, muito menos de não as implementar. A ACCELPER disponibiliza-lhe as ferramentas, os processos e as metodologias que dão vida à sua vontade de inovar. E isso faz toda a diferença: a diferença entre ficar no anonimato ou fazer história.

www.accelper.com

Metodologias inovadoras e comprovadas

Abordagem sistemática para a resolução de problemas

Excelência nos processos

Formação e Certificação em Inovação Empresarial e Six Sigma

inovação em acção

Page 7: OpiniãO Sim, até você pode inovar para crescer – aprenda ... · Mudar o “jogo” na construção é um processo de vi-tória através de muitas inovação, que prova aos pró-prios

Página 7

newsletter n.º 33 | OutubrO 2012

agenda de eventosnOTícias/aRTigOs

como oS introvertidoS Se podem tornar melhoreS inovadoreSFRANCESCA GINO

Se estiver a tentar criar um novo produto, a resolver um problema de uma forma mais eficaz, tornar a sua em-presa mais bem sucedida na sua indústria, ou encontrar

maneiras criativas para atender às ne-cessidades dos seus clientes, a inovação é provável um dos seus objetivos mais importantes no trabalho. Mas um fator muitas vezes esquecido pode ficar no caminho na hora de expressar e ou im-

plementar as suas excelentes ideias: Você é um introverti-do. Quando se trata de geração de ideias inovadoras, intro-vertidos e extrovertidos podem estar em pé de igualdade. No entanto, pela sua natureza introspetiva, os introvertidos podem sentir um constrangimento muito forte face à acei-tação das suas ideias ou partilha com outras pessoas.

3“Learning Innovations

and Quality: Howdo they fit together?”

(LInQ 2012)Bruxelas, Bélgica

15/17Business Innovation

Conference, Wheaton, Illinois Institute of

technologyIllinois, Chicago

24/26etRIa World tRIZ Future

Conference 2012Lisboa, Portugal

6tourism, Innovation and

trainingOdivelas, Portugal

19ICeRI2012 (5th

International Conference of education Research

and Innovation)Madrid, Espanha

20Cards & Payments

Innovation europe 2012Amsterdão, Holanda

outuBRo 2012

novemBRo 2012

Ler mais

Ler mais

porque é que aS grandeS empreSaS não conSeguem inovar? MAxWELL WESSEL

As grandes empresas são muito más na inovação porque elas são projetadas para serem mesmo assim.Vamos ver uma história ar-rancada das páginas da his-tória da Gerber. Em 1974, o potencial de crescimento da empresa foi diminuindo. A fim de aumentar a renta-

bilidade e a margem de pressão entre os executivos da Gerber, que estava voltada para o mercado de alimen-tação para adultos, com décadas de insucesso.Felizmente para uma empresa como a Gerber perita em externalização de processamento de vegetais e frutas, possibilitou a dezenas de americanos ocuparem melhor o seu tempo sem estarem agarrados a um fo-gão na confeção de refeições.A equipa da Gerber sabia que poderiam desenvolver uma refeição rápida e saudável para adultos, existiam uma via de crescimento muito significativa.

Contacte

nota: Se pretender divulgarum evento relacionado

com Inovação e empreendedorismo

intelectual property and innovation

O Lisbon Council acabou de publicar o “Intelectual Property and Innovation: A Framework for 21st Cen-tury Growth and Jobs”. Este documento apresenta as recomendações de líderes de opinião na área da propriedade intelectual, como aumentar a inovação, encorajar a criatividade e gerar crescimento e emprego. Ian Hargreaves, professor de economia digital na Cardiff University e autor do “Di-gital Opportunity report” preparado para o primeiro--ministro britânico David Cameron, contribui com a introdução. Este estudo foi co-editado pelo professor Hargreaves e Paul Hofheinz, presidente do The Lisbon Council. (aceda ao estudo).

Ler mais

se estIveR InteRessado em PaRtICIPaR

nesta ConFeRênCIa ContaCte-nos

PaRa oBteR um desConto

na sua PaRtICIPação

[email protected]

PUB

BuSineSS & innovation network @ porto 2012

De 24 a 26 de Outubro de 2012 decorrerá, no Cam-pus da FEUP e no UPTEC, o evento Business & Innova-tion Network @ Porto 2012.Sendo promovido pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Por-to (FEUP), com o apoio do Parque de Ciência e Tecno-logia da Universidade do

Porto (UPTEC), este evento transversal e internacional representa um alargado número de oportunidades para as empresas do UPTEC promoverem os seus pro-dutos e serviços, bem como, para encontrarem parcei-ros comerciais e de desenvolvimento.Technologies Showroom, Action Tank Temáticos, Acti-vidades de Networking e outros eventos, preenchem a agenda deste evento que já conta com inscritos de países como Brasil (host do evento BIN@Brazil 2013), Estados Unidos, Inglaterra, Suécia, Eslovénia, Uruguai, Japão, etc.

Inscrições (obrigatórias) deverão ser feitas online

Page 8: OpiniãO Sim, até você pode inovar para crescer – aprenda ... · Mudar o “jogo” na construção é um processo de vi-tória através de muitas inovação, que prova aos pró-prios

Página 8

newsletter n.º 33 | OutubrO 2012

inovação – pontoS de inFlexãoNenhuma empresa e gestor pode, hoje em dia, fugir aos pontos de inflexão, isto porque cada vez mais as empresas são “sacudidas” por al-terações constantes no comporta-mento competitivo que transforma estratégias bem sucedidas em es-tratégias obsoletas. Novos concor-rentes surgem do nada e de todas as partes do mundo com o objeti-vo de ganhar quota de mercado e aproveitar nichos de mercado. Efe-tivamente, as empresas são cons-truídas e destruídas de acordo com as capacidades de adaptação a um ambiente em constante mutação.A compreensão de como funcio-nam os pontos de inflexão adstritos à inovação é uma necessidade da gestão da mudança.Um ponto de inflexão ocorre sem-pre que surge uma nova oferta no mercado, tão elevada em termos de

valor para o cliente e de custo final que “distorce” as regras do jogo da concorrência, tornando necessário a adoção de novas estratégias.Vários são, os exemplos que ilus-tram o referido. Todavia, tomemos como referência a Apple, que, quando introduziu no mercado a sua primeira máquina, oferecia aos utilizadores a possibilidade de des-centralizar a capacidade de cálculo com vantagens e custos a níveis

substancialmente diferentes dos proporcionados pela concorrên-cia, que se apercebeu da inovação introduzida pela Apple, mas não a considerou como uma ameaça. Contudo, como um largo número de pequenas empresas vislumbra-ram as oportunidades do referido sistema, com o consequente impac-to na redução das vendas e quota de mercado, então, a concorrência enveredou pelo caminho da ino-

vação. No entanto, não se pode cair no erro de que a inflexão/inovação deriva apenas da tecnologia. Ou-tros fatores também podem desen-cadear a inflexão, como sejam os ciclos económicos, políticas gover-namentais e as próprias mudanças nas preferências e hábitos do con-sumidor final. Em suma, o ciclo competitivo su-gere a existência de dois tipos de pontos de inflexão: os divergentes, associados a um rápido aumento na variedade dos produtos concor-rentes que se traduzem num valor superior para o cliente; os conver-gentes, associados a rápidas melho-rias dos sistemas e processos para pôr o mercado em contacto com as ofertas que se traduzem numa redução de custos.

Luís aRCHeR – [email protected]

Ficha técnica:coordenador: Jorge Oliveira Teixeiracolaboraram neste número: Álvaro Gomez Vieites, Carlos Barros, Dustin Mattison, Jaime Quesado e Luís Archer aconselhamento técnico: Praven Gupta, IIT, Center for Innovation Sciencetradução: Sofia Guedes Paginação: José Barbosacontacto: [email protected]

Subscreva aqui outras newsletters

financiaR a inOvaçãO