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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE DO PARANÁ
CAMPUS DE JACAREZINHO
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE
A Matemática por trás do “Raio X dos Tributos”
TEREZA YORIKO UEDA BRITO
SANTO ANTÔNIO DA PLATINA
2013
TEREZA YORIKO UEDA BRITO
Ficha para identificação da Produção Didático- Pedagógica
Professor PDE/2013
Título: A Matemática por trás do “Raio X dos Tributos”
Autor: Tereza Yoriko Ueda Brito
Disciplina/ Área: Matemática
Escola de Implementação do
Projeto e sua localização:
Colégio Estadual Maria Dalila Pinto - EFM
Município da escola: Santo Antônio da Platina
Núcleo Regional de Educação: Jacarezinho
Professor Orientador: Profª. Me. Sonia Regina L. Merege.
Instituição de Ensino Superior: Universidade Estadual do Norte do Paraná –
UENP/CCHE/CJ.
Formato do Material Didático:
Produção Didático - Pedágógica
Público Alvo: Alunos do 3º ano – Ensino Médio
Localização: Colégio Estadual Maria Dalila – EFM –
Rua: Vicente Gois Cintra, 180, Jardim Bela Vista.
Resumo:
Venho desenvolver através desse projeto o fortalecimento de um trabalho que, propicie aos adolescentes uma formação humana, ética e social para que sejam construtores de uma sociedade mais justa e solidária.
O adolescente tem um papel fundamental na conscientização do país, dessa forma e, com esse pensamento esse projeto visa promover através de conceitos básicos dessa área falar sobre a importância dos impostos, orçamentos e pagamento de impostos na área da alimentação entre outros.
A importância deste está em perpassar para a vida do aluno temas vitais para a sua qualidade de vida, enfatizando de forma positiva a consciência
social, pois ao saber quais são os impostos pagos e no que eles devem ser investidos, o cidadão passa a exigir um melhor uso dos recursos. É uma forma de despertar a reflexão crítica da coisa pública, o que garantirá um futuro mais promissor para o nosso país. Esse projeto visa conscientizar os alunos, pais e comunidade em geral, através da escola, a função sócio-econômica dos tributos e despertar no cidadão a necessidade de acompanhar a aplicação dos mesmos, indispensáveis ao exercício da cidadania.
A ação pedagógica se desenvolverá de forma flexível e diversificada para os alunos interagirem enfatizando a solidariedade, agrupamento, cooperação, autonomia e conhecimento da realidade.
Palavras- chave Consciência social; cidadania; impostos;
arrecadação e fiscalização.
PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
A Matemática por trás do “Raio X dos Tributos”
Fig.1: Dólar e um gráfico crescente representando impostos
Fonte: Portal dia a dia educação.
Atualmente nossos alunos vivem em uma sociedade consumista a
qualquer preço, sem noção, porém de que precisamos de uma sociedade mais
humana em termos de saúde, educação e segurança. Portanto, precisamos
inserir em nossos alunos a responsabilidade de que se há tributos a serem
arrecadados estes deverão ser fielmente recolhidos e utilizados com o retorno
que merecemos e também conhecer de modo mais responsável o valor dos
alimentos em nossas mesas.
Destacando que os produtos alimentícios de que necessitamos contém os
nutrientes necessários ao bom funcionamento do nosso organismo e que sobre
estes produtos incidem um valor tributário que será arrecadado e aplicado em
nossa sociedade e, também em nossas escolas como introduzir essa
conscientização de notas fiscais, tributos, em nossos alunos, em nossa escola,
em nosso dia-a-dia?
1. APRESENTAÇÃO
O Colégio Estadual Maria Dalila Pinto – Ensino Fundamental Médio situa-se
no Município de Santo Antônio da Platina. Possui uma comunidade escolar bastante
ativa e interessada na proposta pedagógica que a instituição de ensino desenvolve.
Venho desenvolver através desse projeto o fortalecimento de um trabalho
que, propicie aos adolescentes uma formação humana, ética e social para que
sejam construtores de uma sociedade mais justa e solidária.
O adolescente tem um papel fundamental na conscientização do país, dessa
forma e, com esse pensamento esse projeto visa promover através de conceitos
básicos dessa área falar sobre a importância dos impostos, orçamentos e
pagamento de impostos na área da alimentação entre outros.
Diante de uma realidade econômica tão diversa e confusa quanto à
arrecadação e sonegação de impostos, se faz necessário entender e incentivar a
participação dos alunos e comunidade para a formação consciente do papel de
cidadão. Por outro lado, mostrar que cidadania se aprende e se pratica diariamente,
despertando o interesse e papel do cidadão em fiscalizar e entender o real
significado e destino da receita tributária, orçamento e despesas públicas, assim
como sonegação, arrecadação e fiscalização.
A importância do projeto está em perpassar para a vida do aluno temas vitais
para a sua qualidade de vida, enfatizando de forma positiva a consciência social,
pois ao saber quais são os impostos pagos e no que eles devem ser investidos, o
cidadão passa a exigir um melhor uso dos recursos.
É uma forma de despertar a reflexão crítica da coisa pública, o que garantirá
um futuro mais promissor para o nosso país. Considerando de grande valia para a
transformação da sociedade como um todo, a importância do projeto está na
formação do cidadão consciente de seus deveres.
O desejo é poder melhorar o possível a vida dos alunos, onde todos
aprendam a sonhar com um futuro mais consciente. O projeto visa mudanças,
criando condições, para que os alunos aprendam os conhecimentos dentro de um
determinado espaço social, o qual vai torná-los ativos na transformação do seu dia a
dia.
Movida por um ideal muito grande e disposta a partilhar anseios e angústias
com pessoas que acreditam num processo de renovação, venho manifestar os
pontos fundamentais do meu projeto ao participar do Programa de Desenvolvimento
de Educação – PDE.
2. DESENVOLVIMENTO
Para iniciar a aula e incluir os alunos ao diálogo sobre o assunto de tributos,
será apresentado um vídeo, mostrando o comportamento de algumas pessoas na
hora de pagarem algumas contas na data do vencimento e outras fazendo o
pagamento fora do vencimento.
A finalidade deste é conhecer o que os educandos já sabem sobre o assunto
e suas relações com as taxas de juros, pagamento de impostos, aplicabilidade,
quantidades e outros. Debate em sala com os alunos sobre a mídia apresentada,
explicitando a intenção social do conteúdo. Relatório coletivo do que foi estudado.
Apresentação dos objetivos e encaminhamentos pretendidos com o estudo sobre
porcentagem, definindo juntamente com os alunos sugestões de mudança de plano
e ou possíveis alterações.
Compreensão do conceito de tributos, porcentagem, enquanto conhecimento
sistematizado: O que é a porcentagem? O que é tributos? Aspectos históricos de
como ocorreu a constituição desse conhecimento. A origem. De onde vem? Para
que era utilizado primordialmente? Através de pesquisas em livros, na internet e
conclusão na forma de debate e produção de texto. Estudo do cálculo mental e na
seqüência de cada cálculo, orientar os alunos a registrar na forma de texto,
utilizando o caderno, para explicar como realizou o raciocínio mental de tal atividade,
independente se chegou a solução correta ou não.
O Objetivo é entender a maneira que cada aluno procede ao raciocínio,
indicar caminhos de acerto as respostas incorretas e mostrar que a Matemática
pode ser desenvolvida por diferentes maneiras, sendo que a história de sua
construção mostra isso.
Em seguida, cada aluno disponibiliza a sua produção sobre o raciocínio
mental, com suas conclusões aos demais colegas, na forma escrita e comenta-a
oralmente. Nesse momento, é importante estabelecer um diálogo/debate tendo em
vista as várias possibilidades de cálculo mental com promoção de debates e estudos
sobre os motivos de erros de cálculo, se houver.
Fig.2: Imposto crescendo Fonte: Portal dia a dia educação
É uma quantia em dinheiro, paga obrigatoriamente por pessoas ou
organizações a um governo, a partir da ocorrência de um fato gerador, calculada
mediante a aplicação de uma alíquota a uma base de cálculo. O imposto é uma das
espécies do gênero tributo. Diferentemente de outros tributos, como taxas e
contribuição de melhoria, é um tributo não vinculado: é devido pelo contribuinte
independentemente de qualquer contraprestação por parte do Estado.
Destina-se a atender as despesas gerais da Administração, pelo que só pode
ser exigido pela pessoa jurídica de direito público interno que tiver competência
constitucional para tal. Em teoria, os recursos arrecadados pelos governos são
revertidos para o bem comum, para investimentos (tais como infraestrutura:
estradas, portos, aeroportos, etc.) e custeio de bens e serviços públicos, como
saúde, segurança e educação. Mas não há vinculação entre receitas de impostos e
determinada finalidade - ao contrário do que ocorre com as taxas e a contribuição de
melhoria, cujas receitas são vinculadas à prestação de determinado serviço ou
realização de determinada obra. Embora a lei obrigue os governos a destinarem
parcelas mínimas da arrecadação a certos seviços públicos - em especial de
educação e saúde - o pagamento de impostos não confere ao contribuinte qualquer
garantia de contrapartida.
IPTU
IPVA
SEGURO OBRIGATÓRIO
TAXA DE
LICENCIAMENTO
ATIVIDADE EM SALA Trabalhar primeiramente com o Vídeo “A Origem dos Tributos”.
Exibir o vídeo utilizando a TV Pendrive:
Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=nVxQtbiAvMA
Ler o texto Anterior sobre IMPOSTO e fazer algumas interpretações:
Tomar ciência de que todos os cidadãos pagam impostos, independente da
condição social.
Compreender que todos os produtos industrializados, contas de água, luz,
telefone, gás, entre outros tem um percentual de impostos embutidos.
Encaminhar uma discussão sobre os reais impostos que pagamos com o
intuito de tornar os alunos cientes que são contribuintes desde o momento em
que passam a consumir apenas uma bala. Pedir que os alunos façam
relatórios das observações.
Utilizar a sala de informática com endereços orientados como o “Portal da
Economia” disponível em: www.http.impostos.portaleconomia.com.br para
tomar conhecimento dos impostos embutidos nos diversos produtos.
ATIVIDADE COM A COMUNIDADE ESCOLAR (PAIS, PROFESSORES E
FUNCIONÁRIOS)
Encaminhar uma discussão sobre os reais impostos que pagamos com o
intuito de tornar os PAIS, PROFESSORES E ALUNOS cientes que são
contribuintes desde o momento em que passam a consumir apenas um objeto
de consumo. Fazer um relatório com as observações.
Exibir o vídeo utilizando a TV
Pendrive:
Fonte: TV MACKENZIE - Você sabe
tudo sobre os impostos?
Tomar ciência de que todos os cidadãos pagam impostos, independente da
condição social.
Compreender que todos os produtos industrializados, contas de água, luz,
telefone, gás, entre outros tem um percentual de impostos embutidos.
PESQUISA DE CAMPO
Fig.3 – Alunos pesquisando
Fazer um diagnóstico do tema, com alunos, professores e, funcionários a fim
de possibilitar questionamentos de situações reais, apresentando os
resultados em tabelas e gráficos, para as devidas interpretações.
1.Idade: ___________
2.Sexo: 1.( ) masculino 2. ( ) feminino
3. Grau de escolaridade:
1( ) sem escolaridade 2 ( ) fundamental (1º ao 9º ano)
3 ( ) médio 4.( ) superior
3.Qual sua área de atuação profissional?
1. ( ) comércio (proprietário) 2. ( ) comércio (funcionário)
3. ( ) autônomo 4. ( ) saúde (proprietário)
5. ( ) saúde (funcionário) 6. ( ) agricultura
7. ( ) funcionário público 8. ( ) do lar
5. Você pede a Nota Fiscal ao comprar algum produto?
1. ( ) sim 2. ( ) não 3. ( ) as vezes
6. Pedindo a Nota Fiscal ao comprar produtos você garante o recolhimento de
impostos?
1. ( ) sim 2. ( ) não 3. ( ) não sabe
7. Você acha que a Nota Fiscal é necessária em todas as compras efetuadas?
1. ( ) sim 2. ( ) não 3. ( ) não sabe
8. O cidadão brasileiro tem garantia de que os impostos e taxas pagos por ele
são bem empregados?
1. ( ) sim 2. ( ) não 3. ( ) não sabe
9. Você acha que os impostos e taxas devem ser sonegados?
1. ( ) sim 2. ( ) não 3. ( ) às vezes 4. ( ) tanto faz 5. ( ) não sabe
10. Você compra ou compraria produtos piratas ( CDs, DVDs e, outros) ?
1. Sim. Por quê? ________________
2. Não. Por quê? ________________
11. Ao comprar produtos pirateados os impostos os impostos são recolhidos?
1. ( ) sim 2.( ) Não 3. ( ) não sabe
12. Você acha correto comprar produtos pirateados?
1. ( ) sim 2. ( ) não 3. ( ) não sabe
13. Quem paga impostos?
1. ( ) apenas as pessoas que pagam imposto de renda.
2. ( ) apenas o comércio e as indústrias.
3. ( ) apenas as pessoas que possuem imóveis.
4. ( ) todos nós
5. ( ) não sabe.
14. Na compra de qualquer tipo de produto, quem paga os impostos?
1 ( ) a empresa que vende
2 ( ) as pessoas que compram
3 ( ) as alternativas 1 e 2 são verdadeiras
4 ( ) não sabe
15. Você acha que a corrupção nos meios políticos incentiva a sonegação de
impostos entre a população brasileira?
1 ( ) sim 2 ( ) não 3 ( ) às vezes
16. Qual a origem do dinheiro usado para a construção e manutenção dos
bens públicos ( escolas, hospitais, postos de saúde estradas e outros) ?
1 ( ) do próprio governo
2 ( ) apenas do imposto de renda
3 ( ) apenas dos impostos que as empresas pagam
4 ( ) de todos os impostos arrecadados
5 ( ) não sabe
17. Qual a origem do dinheiro usado para pagar o servidor público ( policiais,
professores, médicos e enfermeiras) ?
1 ( ) do próprio governo
2 ( ) apenas do imposto de renda
3 ( ) apenas dos impostos que as empresas pagam
4 ( ) de todos os impostos arrecadados
5 ( ) não sabe
18. De onde vem o dinheiro usado para pagar o conserto dos estragos que as
pessoas fazem ao patrimônio público ( escolas, orelhões ...) ?
1 ( ) do próprio governo
2 ( ) apenas do imposto de renda
3 ( ) apenas dos impostos que as empresas pagam
4 ( ) de todos os impostos arrecadados 5 ( ) não sabe
19. A quem pertence o dinheiro que os municípios arrecadam através de
impostos e taxas?
1 ( ) a todas as pessoas
2 ( ) apenas ao Governo Municipal
3 ( ) apenas ao Governo Estadual
4 ( ) apenas ao Governo Federal (União)
5 ( ) não sei
20. Para onde vai o dinheiro arrecadado através do IPTU?
1 ( ) para a União ( Governo Federal)
2 ( ) para o Governo do Estado
3 ( ) para o Município
4 ( ) não sabe
21. A Lei de responsabilidade Fiscal serve para fazer com que o administrador
público:
1 ( ) gaste os recursos em benefício da população
2( ) gaste os recursos como achar melhor
3 ( ) gaste mais do que o dinheiro arrecadado
4 ( ) não gaste mais dinheiro do que o arrecadado
5 ( ) não sabe
22. Você sabe para que serve a Lei de Improbidade Administrativa?
1 ( ) punir o administrador público em casos de conduta inadequada (desvio ou uso
inadequado do dinheiro público)
2 ( ) evitar que o administrador público seja punido da mesma forma que o cidadão
comum
3 ( ) proteger o administrador público quando tiver uma conduta inadequada
4 ( ) não sabe
23. Por quem os orçamentos públicos do município devem ser elaborados?
1 ( ) por todas as pessoas
2 ( ) pelos vereadores
3 ( ) pelos administradores públicos ( prefeitos, secretários e outros)
4 ( ) não sabe
24. Quem deve fiscalizar como os recursos públicos municipais estão sendo
gastos?
1 ( ) apenas os vereadores
2 ( ) apenas os servidores públicos
3 ( ) todas as pessoas
4 ( ) não sabe
25. A quem os administradores públicos (prefeito, governador, secretários, etc)
devem prestar conta dos gastos públicos realizados?
1 ( ) para a população em audiências públicas
2 ( ) apenas para os vereadores
3 ( ) apenas para os secretários de seu governo
4 ( ) não sabe
26. Os vereadores e deputados estão cumprindo sua obrigação de fiscalizar a
aplicação dos recursos públicos e defender os interesses da comunidade
através de projetos e leis?
1.( ) sim
2.( ) não, estão defendendo seus interesses particulares
3.( ) não sabe
27. O Tribunal de Contas do Estado está cumprindo sua obrigação de fiscalizar
e aprovar corretamente as contas públicas?
1 ( ) sim, totalmente 2 ( ) sim, parcialmente
3 ( ) não 4 ( ) não sabe
28. Você acha correto o Governo aumentar impostos para cobrir suas
despesas (salário de aposentados, gastos com a saúde, etc )?
1 ( ) sim
2 ( ) não
Em posse do questionário, os alunos entrevistarão seus pais e vizinhos.
Formando equipe de 5 alunos irão elaborar as tabelas e os gráficos, com a
orientação da professora.
Com os resultados obtidos, cada equipe irá desenvolver uma atividade para
ser apresentada aos demais alunos da escola, professores, pais e
comunidade.
Tais atividades podem ser: dramatização, uma reportagem, uma palestra ou
seminário. Após a apresentação dos resultados obtidos com o levantamento,
sugerir uma reflexão a fim de fazer um estudo sobre cada situação
encontrada, onde juntamente com Professores e demais alunos
desenvolverem ações junto ao poder público para conscientizar a
comunidade da importância de exigirem nota fiscal no momento da compra de
qualquer produto.
Fig.4: Preços de algumas mercadorias.
Fonte: economiafinancas.com
Figura 4: Algumas Siglas.
Fonte: economiafinancas.com
Fig.5: Vamos anotar
Fonte: Portal dia a dia educação
No país dos impostos, se perguntarmos ao cidadão comum quantos e quais
impostos paga, obteremos as seguintes respostas:
- "Pago o Imposto de Renda e o INSS, que já vem descontado em folha."
- "Pago o IPVA do carro e o IPTU da casa."
- "Sou isento do Imposto de Renda, não pago nada..."
As respostas acima, apesar de conterem verdade, são apenas parcialmente
verdadeiras!
Em qualquer compra de supermercado, pagamos, indiretamente, o ICMS, o PIS e a
COFINS, que vêm embutidos no preço. Alguns produtos, como bebidas, têm ainda
carga tributária repassada do IPI.
Quando se pagam serviços, o prestador repassa o ISS devido, o PIS, COFINS,
INSS (sobre a folha de pagamento ou honorários) e taxas de fiscalização sobre sua
profissão (como, no caso dos contabilistas, a taxa anual devida ao CRC).
Pior: o prestador de serviços, ao adquirir produtos para executar seu trabalho, acaba
pagando (indiretamente, no preço) ICMS, PIS, COFINS, IPI, etc. sobre os materiais,
e repassa (obviamente) tais custos ao consumidor. O absurdo é que os tributos e
tarifas públicas incidem cumulativamente, ou seja, várias vezes sobre determinado
produto, serviço. Por exemplo, qualquer um de nós paga até quatro vezes para
circular numa rodovia:
Você é o maior contribuinte
de impostos!
- O pedágio;
- A CIDE/Combustíveis (inserido no preço dos combustíveis);
- O ICMS sobre mercadorias e fretes (embutido nos preços de cada um dos produtos
adquiridos e nos combustíveis);
- O IPVA (pago sobre a propriedade do veículo).
Confuso, não? Entretanto, este é o sistema tributário brasileiro: contém mais de 80
tributos, com legislação complexa (até para os especialistas), confusa, contraditória
e com alta incidência sobre o consumo.
As empresas são meras repassadoras de tributos: cobram do contribuinte real (que
somos nós), incluindo no preço tais incidências ficais, e depois recolhem (quando
recolhem) aos cofres públicos as somas apuradas.
Está mais que na hora de mobilizar a população brasileira no sentido de
exigir, dos governantes, respeito ao dinheiro público, já que somos todos nós, e não
o governo ou as empresas, que arcamos com os custos tributários!
Texto de Júlio César Zanluca
Disponível em: http://www.portaltributario.com.br/noticias/maior_contribuinte.htm
No texto sobre impostos, estão diversos links (palavras grifadas). Acesse o
site http://www.educfinanceira.com.br/ e clique nesses links para inteirar-se
das definições e faça um relatório trazendo para sala de aula.
Pesquise o significado das siglas referentes a impostos citados no texto
“Você é o Maior Contribuinte de Impostos!”
Acessar na sala de informática os sites do Portal da Economia, como
http://impostos.portaleconomia.com.br/tabela.shtml e saiba qual a quantia do
fisco nos produtos que consumimos. Faça uma comparação de quanto
gastaria sem a carga de impostos com o quanto tem que dispor com essa
carga tributária que fulgura entre as maiores do planeta.
No site http://impostos.portaleconomia.com.br/ observe atentamente o gráfico
que mostra a Evolução da carga tributária no Brasil. Discuta com seus
colegas e com seu professor porquê pagamos impostos de primeiro mundo
e recebemos serviços de terceiro? Temos condições de cobrar mudanças no
sentido de uma menor carga de impostos e de um melhor uso do dinheiro
público?
Palestra com a Professora PDE 2010, Sônia Aparecida Justino Pires, disciplina de
Matemática, do Colégio Estadual Rio Branco, desenvolveu seu Projeto “COM
RELAÇÃO AO CONSUMO DIÁRIO DOS NOSSOS ADOLESCENTES NA ÉPOCA ATUAL QUAL
SERÁ O FUTURO DELES DIANTE DE TAL SITUAÇÃO?”, envolveu uma grande
comunidade escolar defendendo orçamento familiar, consumo dos adolescentes,
planejamento familiar, gastos excessivos, para que os nossos alunos observem e
adquiram mais experiência sobre o assunto, conforme a figura abaixo disponível
pela professora:
Fotos da Profª Sônia, fazendo o fechamento do Projeto PDE/2010
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A pedagogia histórico- crítica que tem o educador brasileiro Demerval Saviani
como principal divulgador e representante em nosso país, coloca a prática social
como ponto de partida e ponto de chegada do processo de ensino e aprendizagem.
Para Saviani (1995, p. 86) “é na prática social que os professores encontrarão os
grandes temas para o ensino”. Em nossa prática docente, percebemos que os
objetos de estudo da matemática que estão vinculados ao contexto social, à
vivência, à realidade, ao cotidiano do aluno, contribui de forma mais significativa
para que esse aluno produza conclusões lógicas sobre o conhecimento matemático,
uma vez que possibilita a ele participar de forma mais direta e efetiva na elaboração
do seu conhecimento, o que se constitui num dos mais importantes pontos da
concepção de aprendizagem. O trabalho estatístico permite ao aluno essa
participação efetiva em todas as etapas de realização, pois é o próprio aluno que
busca as informações por meio de pesquisa ou aplicação de questionário e em
seguida seleciona, analisa, interpreta e por fim organiza e divulga essas
informações.
De acordo com as Diretrizes Curriculares de Matemática – DCEs
“Os conceitos estatísticos devem servir de aporte aos conceitos de outros conteúdos específicos, com os quais sejam estabelecidos vínculos para quantificar, qualificar, selecionar, analisar e contextualizar informações, de maneira que sejam incorporadas ás experiências do cotidiano. [...] é importante o aluno, conhecer fundamentos básicos de Matemática que permitam ler e interpretar tabelas e gráficos, conhecer dados estatístico, [...] cálculos de porcentagem [....]. Por isso é necessário que o aluno colete dados, organize-os em tabelas segundo o conceito de frequência e avance para as contagens, os cálculos de média, frequência relativa, frequência acumulada, mediana e moda. [...]. A partir dos cálculos, deve ler interpretá-los, explorando assim, os significados criados a partir dos mesmos”. (PARANÁ, 2008, p. 32).
As Diretrizes Curriculares de Matemática – DCEs propõem, também, que se
abandone as abordagens fragmentadas dos conteúdos matemáticos e recomenda
que esses conteúdos sejam trabalhados de forma mais articulada a fim de
enriquecer o processo pedagógico. Ao se trabalhar o conteúdo específico estatística,
por exemplo, é extremamente oportuno que se explore os conceitos de álgebra uma
vez que são entendidos como básicos, pois “possibilitam explorar os números
decimais e fracionários presentes nas informações das pesquisas estatísticas”.
(PARANÁ, 2008, p. 35).
A matemática, por exemplo, originou-se a partir do convívio social, e sempre
com caráter prático, no sentido de buscar soluções para os problemas
encontrados pelo homem no seu dia a dia. Com a estatística não foi
diferente. Os primeiros trabalhos estatísticos foram realizados pelas
grandes civilizações antigas a fim de que os governantes tomassem
conhecimento dos bens que seus estados possuíam e, saber como estes
bens estavam distribuídos pela população. Consta, por exemplo, que um
dos primeiros levantamentos estatístico que se tem conhecimento foi
realizado no Egito no ano 3050 a.C. com a finalidade de conhecer quais os
recursos humanos e financeiros que se dispunham para a construção das
pirâmides. E assim, muitos outros estados se valiam de estudos estatísticos
para conhecer melhor determinadas características da população para, com
base nesses estudos, criar as leis sobre os impostos, conhecer o número de
homens disponíveis para as guerras etc.
A educação, com foco na cidadania, estimula o crescente poder do cidadão,
incentivando crianças e adolescentes a compreenderem não só a importância de
cumprirem com suas obrigações tributárias, mas também a de acompanharem a
aplicação e gestão dos recursos públicos, minimizando, dessa forma, o conflito da
relação existente entre o cidadão-contribuinte e o Estado.
Por décadas, o Estado manteve como instrumento essencial e único o seu
“poder fiscal” de cobrar da sociedade impostos, taxas e contribuições que
viabilizassem as ações governamentais. Entretanto, esse cenário vem dando espaço
para a democracia participativa, percebendo a sociedade civil como parte da gestão
do Estado por meio do seu papel de agente do Controle Social das ações do
governo.
O Brasil possui um árduo desafio para efetivar o previsto na Constituição
Federal de “instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos
direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o
desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade
fraterna, pluralista e sem preconceitos [...]” (BRASIL, 1988).
A participação popular é uma conquista social do ambiente democrático e
deve ser exercida por todos os atores sociais, seja qual for à força social de cada
integrante ou de cada organização, lutando por seus direitos. Nesse sentido, muito
pode ser feito em busca de uma sociedade livre, justa e solidária, que combata à
pobreza e à exclusão social, ficando evidente a importância do cidadão no contexto
social, participando da gestão democrática do Estado, refletindo sobre as práticas
sociais, atenuando as desigualdades, desenvolvendo uma consciência crítica para o
exercício do controle social, harmonizando, desta forma, a relação Estado
sociedade.
No Brasil, os impostos cobrados em cada produto que você adquire são um
dos mais altos do mundo. Quando você faz uma compra no supermercado, 40% do
que você paga, em média, são impostos que vão para os cofres públicos.
No país dos impostos, se perguntarmos ao cidadão comum quantos e quais
impostos paga, obteremos as seguintes respostas:
- "Pago o Imposto de Renda e o INSS, que já vem descontado em folha."
- "Pago o IPVA do carro e o IPTU da casa."
- "Sou isento do Imposto de Renda, não pago nada..."
As respostas acima, apesar de conterem verdade, são apenas parcialmente
verdadeiras!
Em qualquer compra de supermercado, pagamos, indiretamente, o ICMS, o PIS e a
COFINS, que vêm embutido no preço. Alguns produtos, como bebidas, têm ainda
carga tributária repassada do IPI. Existem ainda os prestadores de serviços, que ao
adquirir produtos para executar seu trabalho, acabam pagando (indiretamente, no
preço) ICMS, PIS, COFINS, IPI, etc. sobre os materiais, e repassa (obviamente) tais
custos ao consumidor.
O absurdo é que os tributos e tarifas públicas incidem cumulativamente, ou seja,
várias vezes sobre determinado produto, serviço. Por exemplo, qualquer um de nós
pagamos até 4 vezes para circular numa rodovia:
1. O pedágio;
2. A CIDE/Combustíveis (inserido no preço dos combustíveis);
3. O ICMS sobre mercadorias e fretes (embutido nos preços de cada um dos
produtos adquiridos e nos combustíveis);
4. O IPVA (pago sobre a propriedade do veículo).
Entretanto, este é o sistema tributário brasileiro: contém mais de 80 tributos com
legislação complexa, confusa, contraditória e com alta incidência sobre o consumo.
As empresas são meras repassadoras de tributos, cobram do contribuinte real (que
somos nós), incluindo no preço tais incidências ficais, e depois recolhem (quando
recolhem) aos cofres públicos as somas apuradas.
Com o começo da globalização e a estabilização da inflação, criou-se a
possibilidade de pessoas de quaisquer classes sociais terem acesso a bens de
consumo, bem como obtenção de créditos com mais facilidade que antigamente o
teriam. Esta facilidade está criando um ciclo consumista, podendo proporcionar, às
pessoas despreparadas, experiências muito desagradáveis no campo das finanças
pessoais, ocasionando, por conseqüência, stress, brigas conjugais e até doenças
ligadas a fatores emocionais. Segundo Gouvea (2006, p.12)
Atualmente recebemos uma grande quantidade de informações, repletas de conceitos de Matemática Financeira, como por exemplo, porcentagem e taxa de juros, por meio da televisão, rádio, jornais, revistas, internet, entre outros meios de comunicação. Com isso acreditamos que se torna fundamental que as pessoas tenham um conhecimento para melhor entender o que ocorre no meio que estão inseridas. (GOUVEA, 2006, p.12)
Em uma sociedade capitalista onde a economia tem forte base no lucro, o
estudo da mesma é de fundamental importância. Compreender seus conceitos
básicos nos permite ir muito além de apenas escolher entre os menores preços, mas
sim saber quando e como comprar, se à vista ou a prazo, como sairmos de
situações de endividamento e melhorar nossa qualidade de vida. Barbosa (2007, p.
161) corrobora com estas afirmações considerando que:
[...] administrar bem o dinheiro não é apenas uma questão de fazer pequenas economias, mas sim, de tomar atitudes inteligentes, aprendidas e construídas desde os primeiros anos de vida.
Muitas vezes são apresentadas altíssimas taxas de juros ao consumidor de
forma totalmente equivocada. E, sem saber como e de que forma os são calculados,
sem qualquer conhecimento matemático que as habilite a entender tais cálculos, as
pessoas acabam mensurando-os apenas pelo fator “prestação que cabe no bolso” e,
com frequência, pagando exorbitâncias, sem poderem, sequer, buscar alguma forma
alternativa.
É aí que reside uma das grandes responsabilidades do professor de
Matemática, em colaborar com algumas situações do dia a dia como comprar ou
adquirir “algo”, quando nossos alunos estão frente a essas oportunidades, acabam
tomando decisões questionáveis, por conta de informações não muito claras, que
podem estar ocultas ou difíceis de serem identificadas. Como destaca Gouvea
(2006, p.47)
[...] julgamos importante que o aluno tenha possibilidades de aprender a organizar sua vida financeira o mais cedo possível, para não se perder nas altíssimas taxas de juros, financiamentos etc. Mas para que isso possa ocorrer, os professores de Matemática precisam estar preparados para atender as demandas que tal conteúdo exige. (GOUVEA, 2006, p.47)
Sendo assim, o professor deve assumir uma postura de inspirador com a
finalidade de envolver os alunos a trabalharem com os conceitos matemáticos
envolvidos suas situações de presentes do seu dia a dia. Segundo o que diz
Carvalho (1999, p.62),
[...] que as atividades dos alunos não se reduzam a achar soluções mas que os levem a explorar, investigar e analisar diferentes soluções, discutir entre si e com o professor os vários recursos e processos de trabalho, formular e resolver problemas, expor e argumentar as soluções e conclusões que vão sendo encaminhadas – e, em especial, no caso da educação para o consumo, refletir e argumentar sobre as questões sociais e éticas implícitas nos problemas.
As Diretrizes Curriculares apontam ainda que é fundamental que o aluno se
aproprie do conhecimento matemático de forma que “compreenda os conceitos e
princípios matemáticos, raciocine claramente e comunique idéias matemáticas,
reconheça suas aplicações e aborde problemas matemáticos com segurança”
(LORENZATO e VILA, 1993, P.41).
É fundamental a importância desse projeto na minha escola, para que os
nossos alunos saibam que consumir, não se resume apenas em procurar
promoções e menores preços, mas sim saber escolher o que é mais vantajoso para
a sua compra, o seu planejamento, à vista ou a prazo, prazos de financiamentos,
fazer com que o seu dinheiro possa render um pouco mais. É também, ter mais
autonomia em relação às propagandas, muitas vezes enganosas para confundir os
consumidores.
O desenvolvimento do capitalismo tem gerado não apenas lucro, mas
também uma infinidade de necessidades materiais que tem levado a sociedade a
uma cultura de consumo. Essa cultura de consumo permeia todas as faixas etárias
da sociedade. Vai desde a criança até a terceira idade, cria um desejo de compra
que resulta no aumento do consumo. Uma vez que este comportamento não é uma
característica específica de uma faixa etária, por exemplo, entre adultos apenas, é
importante a formulação da seguinte pergunta: de que maneira fatores culturais,
sociais, psicológicos e pessoais tem influenciado o comportamento de consumo
entre adolescentes na atualidade? O objetivo é analisar a relação existente entre
fatores sociais, culturais, pessoais e psicológicos e o comportamento de consumo do
adolescente.
Segundo Mancebo (2008), a diferença entre o consumismo dos séculos
anteriores e desta geração é que, antes se consumia para viver, hoje, vive-se para
consumir. O consumo não é motivado por necessidades reais, mas pelo simples
prazer e perspectiva da aceitação pelo grupo social. As circunstâncias históricas
atuais revelam um comportamento de consumo diferente do que foi em séculos
passados, como nos séculos XVII, XVIII e XIX. O que no passado era tido e mantido
apenas como relação de troca, hoje como comportamento de consumo, configura-se
como um elemento fortemente ligado à felicidade (CONTE, HENN, OLIVEIRA e
WOLFF, 2007).
Estamos diante de uma cultura que processa mudanças rápidas e
significativas. Vivemos numa cultura de bens e valores descartáveis e de uma
estética que privilegia a beleza como instrumento de impressionismo.
Essa cultura entende como fatores culturais que influenciam o comportamento
de consumo, principalmente as divisões de classe com seus aspectos peculiares
que forçam aquisições que promovem nivelação do indivíduo às camadas superiores
na sociedade com o significado de importância pessoal.
E finalmente, os fatores psicológicos, sendo os principais: personalidade,
motivação, percepção, aprendizagem e memória (Kotler, citado por Conte et. al.,
2007). A motivação, a percepção e a história de vida da pessoa (envolvendo
aprendizagem e memória), são fortes fatores subjetivos, internos, atuando no
processo de consumo sob a sensação de que necessidades emocionais estão
sendo satisfeitas.
A educação como direito social remete inevitavelmente a um tipo de ação
associada a um conjunto de direitos políticos e econômicos sem os quais a categoria
de cidadania fica reduzida a uma mera formulação retórica sem conteúdo algum.
Palavra da moda no vocabulário político, que pode traduzir-se em diferentes
conteúdos, nem todos adequados aos interesses do povo.
A questão da Cidadania sempre esteve presente, ao longo das lutas e
conquistas sociais. Ainda quanto ao conteúdo da cidadania, é importante destacar a
questão levantada por Evelina Dagnino:
“[...] Não há uma essência única imanente ao conceito de cidadania, [...] o seu conteúdo e seu significado não são universais, não estão definidos e delimitados previamente, mas respondem à dinâmica dos conflitos reais, tais como vividos pela sociedade num determinado momento histórico. Esse conteúdo e significado serão sempre definidos pela luta política”. (DAGNINO, 1994, P.107)
Ao conhecer alguns conceitos de cidadania que são utilizados como
referência para a sua defesa, é possível localizar as contradições de seu conteúdo.
Vejamos:
Para o educador brasileiro Dermeval Saviani ser cidadão significa ser sujeito de direitos e deveres: “Cidadão é, pois, aquele que está capacitado a participar da vida da cidade e, extensivamente, da vida da sociedade”.Para o cientista político italiano Norberto Bobbio: “O direito do cidadão é a conversão universal, em direito positivo, dos direitos do ser humano”. Como termo legal, cidadania é mais uma identificação do que uma ação. Como termo político, cidadania significa compromisso ativo, responsabilidade. Significa fazer diferença na sua comunidade, na sua sociedade, no seu país. (OLIVEIRA, 2000, P.57)
Já nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) encontramos a seguinte definição:
[...] compreender a cidadania como participação social e política, assim como o exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando, no dia a dia, atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças, respeitando o outro e exigindo para si o mesmo respeito. (MATEMÁTICA- PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS 1992, P.11)
Refletir sobre a origem das idéias matemáticas e o seu surgimento pode ser
um ponto de partida para este desafio. Segundo Ubiratan D’Ambrosio:
“A matemática, como o conhecimento em geral, é resposta às pulsões de sobrevivência e de transcendência, que sintetizam a questão existencial da espécie. A espécie cria teorias e práticas que resolvem a questão existencial. Essas teorias e práticas são as bases de elaboração de conhecimento e decisões de comportamento, a partir de representações da realidade. As representações respondem à percepção de espaço e tempo. A virtualidade dessas representações, que se manifesta na elaboração de modelos, distingue a espécie humana das demais espécies animais”. (D’AMBRÓSIO, 2005, P.27)
Ou seja, para exercer a cidadania é necessário saber calcular, medir,
raciocinar, argumentar, tratar informações estatisticamente. Para isso todos devem
ter acesso aos conhecimentos e, instrumentos matemáticos presentes em qualquer
codificação da realidade, como uma condição necessária para participarem e
interferirem na sociedade em que vivem. “O educador democrático não pode negar-
se o dever de, na sua prática docente, reforçar a capacidade crítica do educando,
sua curiosidade, sua insubmissão”. (FREIRE, 2007, P.26).
Entendo que o momento de repensar é mais do que necessário. Nós
educadores temos como papel fundamental e cotidiano de nossa atividade, ajudar e
provocar nos alunos o desenvolvimento de suas capacidades, propondo através de
situações que despertem o interesse de perceber as “coisas” das mais variadas
formas possíveis, bem como a de expressar sentimentos e significados, contribuindo
assim para o pleno desenvolvimento de suas vidas.
REFERÊNCIAS:
BARBOSA, J. C. A prática dos alunos no ambiente de Modelagem Matemática: um esboço de um framework. In. BARBOSA, J.C.; CALDEIRA, A.D. & ARAUJO, J.L. (orgs). Modelagem Matemática na Educação Matemática Brasileira: pesquisas e práticas educacionais. Recife: SBEM, 2007.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília. Senado, 1988. Disponível em: www.planalto.gov.br/constituição/constituição.htm>. Acesso em:15 maio. 2013.
CARVALHO, V. Educação Matemática: Matemática e Educação para o consumo. Dissertação de Mestrado, Unicamp-FE, Campinas, 1999.
CONTE, Marta; HENN, Ronaldo César; OLIVEIRA, Carmen Silveira de; WOLFF, Maria Palma. Consumismo, uso de drogas e criminalidade: riscos e responsabilidades. Psicologia: ciência e profissão. Disponível em: http://www.scielo.br, Acesso em 10 de maio 2013.
DIRETRIZES CURRICULARES. Disponível no site: http://www.seed.pr.gov.br/portals/portal/semana/t_matematica.pdf: Acesso em 12 de maio 2013.
D’AMBRÓSIO, Ubiratan. Da Realidade à Ação Reflexões Sobre a Educação e Matemática, Editora da Unicamp, Campinas, 1986.
DAGNINO, Evelina; OLVERA, Alberto J; PANFICHI, Aldo. A Disputa pela Construção Democrática na América Latina. Editora Paz e Terra S/A, Ed. 1994, pg.107.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. Paz e Terra, São Paulo, 35ª ed., 2007, pg. 26.
GOUVEA, S. A. S. Novos caminhos para o ensino e aprendizagem de Matemática financeira: construção e aplicação de Web Quest. Dissertação de Mestrado, Unesp, Rio Claro – SP, 2006.
LORENZATO. S.; VILA, M. C. Século XXI: qual matemática é recomendável? Revista Zetetike. Campinas, ano 1, n. 1, p. 41- 49. 1993.
MARANHÃO. A. Gisele. Equilibrando suas Finanças: Professora PDE – 2009. Maringá, pg.29 à 31.
MANCEBO, Denise; OLIVEIRA, Dayse Marie; FONSECA, Jorge Guilherme Teixeira da; SILVA, Luciana Vanzan. Consumo e subjetividade: trajetórias teóricas. Disponível em: http://www.scielo.br, Acesso em 18 de maio 2013.
SAVIANI, D. Pedagogia histórico- crítica: primeiras aproximações. 5. ed Campinas: Autores Associados, 1995.