ATIVIDADE: Operação da Escavadeira.

UNIDADE OPERACIONAL: SISTEMA AMAPÁ EXECUTANTE: OPERADOR DA ESCAVADEIRA DATA: 23/02/11

SISTEMA OPERACIONAL: MINA RESPONSÁVEL TÉCNICO: SUPERVISOR DE MINA PRO: 0028 PROCESSO OPERACIONAL: CARREGAMENTO GERÊNCIA TÉCNICA: GERÊNCIA DA MINA REV: 00

EQUIPAMENTO: Escavadeira RH 90C LOCAL DE APLICAÇÃO: ESCAVADEIRA

OBJETIVO: Fazer a operação correta para o carregamento de materiais das frentes de trabalho.

PRÉ-REQUISITOS: Escavadeira em operação normal.

Praça de carregamento em condições de permitir uma operação segura e correta. Material disponível para o carregamento, desmontado ou friável.

RECURSOS NECESSÁRIOS PARA A ATIVIDADE:

Rádio de comunicação. Parte diária do operador.

EPI’S NECESSÁRIOS PARA A OPERAÇÃO:

CONSIDERAÇÕES INICIAIS DESTA ATIVIDADE: Para o carregamento de caminhões, tomar por base a densidade do material ou seja, o peso mostrado na balança.

ATENÇÃO! A análise de risco de Operação da Mina é descrita na Instrução de Segurança N° 0048

Descrição da Atividade:

01 FLUXO DA OPERAÇÃO DE CARREGAMENTO

Se o material da frente estiver muito compactado, em formação rochosa ou com blocos, orientar-se com o supervisor de turno sobre uma alternativa para facilitar o carregamento do material e pedir apoio para o trator de esteiras (remoção dos blocos maiores da frente) ou aguardar o desmonte da frente.

02 CARREGAMENTO DE MATERIAL

Carregamento pelo Talude do Banco

Esta operação é usada principalmente no acabamento de taludamento do banco. A altura padrão da berma dos bancos da mina é de 8 metros. A escavação pelo talude do banco deve começar pela crista, descendo pela berma até a base do banco. Esta operação deve ser cuidadosa para não formar crista negativa nos bancos. Cada passada desloca o material para a base do banco onde o mesmo é recolhido pelo fechamento da caçamba. O carregamento de material normalmente é feito com a caçamba a partir da crista até a base. O carregamento sempre acontece em um mesmo plano e o giro para o carregamento do caminhão deve ser bastante cuidadoso, pois ao mesmo tempo está se elevando a caçamba. Dar preferência ao carregamento sempre girando pelo lado esquerdo onde tem uma visão melhor do braço e semi-braço, com a caçamba carregada sendo direcionado para a traseira da caçamba do caminhão. Nesta condição, a cabine do caminhão deve ficar visível e o caminhão pode ficar encostado paralelo ao banco ou perpendicular ao mesmo. É recomendável que a escavadeira fique posicionada sempre com as esteiras perpendiculares ao banco e com os motores de tração voltados para trás.

A capacidade máxima de alcance da escavadeira está em torno de 14 metros a partir do nível das esteiras. Se o banco estiver com altura superior a 8 metros, solicitar o rebaixamento do banco ou seguir orientação do supervisor de turno para a operação. O ângulo de repouso recomendado para as bermas dos bancos deve ser de 30º, exceto por recomendação do supervisor de turno ou do controle de qualidade. A escavadeira fica posicionada ao mesmo nível da base do banco e deve ficar em um terreno plano, firme e nivelado. O desnivelamento máximo permitido para esta operação deve ser em torno de 5º. Encontrando matacos e blocos maiores na parte superior da berma, deslocá-los cuidadosamente, sempre apoiando com a caçamba para evitar o risco de rolamento e provocar batidas contra as esteiras da máquina. Para os blocos que não puderem ser deslocados com o auxilio da escavadeira e que correm risco de desmoranarem, deve-se rebaixar ao máximo a parte superior e solicitar o apoio do trator de esteiras para deslocar o bloco. Durante a operação manter sempre o piso do local onde a escavadeira está trabalhando e do local onde os caminhões estão parando, livres de matacões e pedras, de borrachudos ou atoleiros. Se a operação for em frente de estéril ou de colúvio com muito filito ou pegmatito, poderá haver a ocorrência de atoleiros e/ou borrachudos nos locais de carregamento. Nesta condição, solicitar o apoio da forração de praça com o material firme e seco.

Carregamento de um platô elevado (praça rebaixada)

Esta é a condição mais usada na frente de trabalho e a que permite melhor rendimento do ciclo de carregamento. A escavadeira fica posicionada em um platô elevado aproximadamente de 4 metros (em torno da metade da altura do banco) enquanto carrega o material desmontado pela detonação ou material friável, escavando até a base do mesmo. Com o avanço da escavação, a escavadeira é deslocada para trás, sempre avançando o banco nesta posição. A escavadeira deve ficar posicionada em uma parte nivelada, firme e sem pedras sobre o platô. O avanço do banco é feito à medida que a escavadeira retira o material da frente da base do platô e faz o deslocamento constantemente para trás para abrir nova frente de serviço. Nesta operação, o banco é feito pela escavadeira. A escavadeira retira o material da base do platô até nivelar a base do banco, que deve ser o mesmo nível da praça de carregamento. A largura do platô deve ser a mesma largura definida pela topografia para o contorno do banco.

A praça de carregamento fica a um nível abaixo, facilitando o carregamento dos caminhões e não necessitando de muita

elevação do braço. A praça deve ser plana, solo firme, sem pedras ou matacos rolados, para permitir a parada segura dos caminhões em marcha ré o mais próximo possível do banco. Isto diminui o tempo de ciclo de carregamento. Se necessário, solicitar o apoio do trator de esteiras para remover os matacões e blocos do local de carregamento. Se a operação for feita em estéril ou colúvio com muito pegmatito e filito, solicitar sempre a forração da praça com o material seco e firme. Nesta condição, sempre observar o piso do local da escavadeira para evitar atolamentos. Se a praça da escavadeira onde estiver sendo feita a frente de trabalho, ficar com muito material úmido e solto, com risco de atolamento, forrar a praça com material compacto e firme. Evitar atoleiros e/ou borrachudos na área de carregamento dos caminhões.

O giro normalmente deve ser feito da esquerda para a direita e em torno de 90º.

O carregamento pode ser feito pelo caminhão posicionado de marcha ré perpendicular ao banco. O caminhão também pode ficar estacionado paralelo ao banco, sendo o giro do carregamento sempre feito pela esquerda para direita e a caçamba sendo posicionada girando para a parte traseira da báscula. Em qualquer uma destas condições, o caminhão só pode estacionar deslocando de marcha ré para o local do carregamento. Em hipótese alguma deve passar com a caçamba girando sobre o chapéu da báscula. Esta operação é a que permite a visualização e o descarregamento do material, distribuindo-o uniformemente a partir do centro da báscula. O carregamento deve considerar o peso do material e não o volume do que está sendo carregado. Referenciar o término de carga pela balança (luz de aviso) do caminhão.

Carregamento de um mesmo plano

O carregamento com escavadeira colocada ao nível do banco é feito com a caçamba carregando o material de baixo para

cima, avançando sobre o material depositado na base da frente até atingir o nível da praça de carregamento. É a operação inicial de abertura de um banco ou para carregamentos de materiais que são desmontados pela detonação ou por tratores. Não formar cristas negativas na formação de um banco. A operação é idêntica para o carregamento de operação de taludamento. A escavadeira fica posicionada perpendicular ao material a ser retirado, com os motores de locomoção posicionados para a parte de trás. Os blocos e matacos maiores devem ser removidos pelo trator de esteiras. Na presença de repés, solicitar o apoio do trator de esteiras ou da detonação para remoção dos mesmos.

O carregamento é feito preferencialmente com o giro da escavadeira da esquerda para direita, podendo ser de 90º a 180º,

com o caminhão preferencialmente posicionado de marcha ré para facilitar a descarga do material pela traseira da báscula. O caminhão pode também ficar paralelo ao banco sendo, entretanto, dado preferência sempre pelo giro da esquerda para a direita. Em qualquer uma destas condições, o caminhão só pode posicionar-se deslocando em marcha ré para o local do carregamento. Todos os cuidados descritos acima para a praça de carregamento devem ser observados nesta operação.

03 DIMENSÕES DE ALCANCE DA RH 90C

04 MANOBRAS PARA CARREGAMENTO

A organização da operação da praça cabe ao operador da escavadeira. Ele deve orientar todos os caminhões qual a melhor condição para a parada de carregamento sobre a escavadeira, assim como o melhor trajeto para as pré-manobras. Isto facilita o ciclo de operação e o tempo gasto em cada carregamento. A sinalização para o encostamento do caminhão é feito pelo operador da escavadeira, que aciona a buzina com um toque quando o caminhão em marcha ré atingir o melhor local para descarregar o material na báscula. A operação para encostar o caminhão deve ser combinada via rádio sempre na primeira viagem do caminhão. Se houver mudanças, o operador da escavadeira orienta para novo posicionamento do caminhão. Após a carga completa, o operador aciona a buzina mais uma vez avisando ao motorista do caminhão que o mesmo pode partir com a carga carregada. A escavadeira deve ficar posicionada sempre para fazer um giro de 90º em relação ao material que está sendo carregado e a caçamba do caminhão e permitir o encostamento do caminhão em marcha ré. O caminhão deve ser carregado no máximo com 96 toneladas métricas. Usar como referência a balança do caminhão. Em materiais com densidades menores, usar a referência do maior volume coroado da báscula, para não provocar excessos de materiais na mesma e quedas durante o percurso do caminhão (carga coroada SAE 2:1). A carga não deve ser ajeitada ou compactada com a caçamba após descarregado. A descarga deve ser referenciada pelo ponto central da báscula e a carga despejada em forma de cone, espalhando por igual pelo fundo da báscula.

O operador da escavadeira deve tomar bastante cuidado no carregamento de pedras ou pequenos matacões na báscula do caminhão. Quando carregar pedras ou matacões nas básculas dos caminhões, fazer depois que jogar uma ou duas viagens no fundo da báscula para forrá-la. Logo depois, depositar com o máximo de cuidado o bloco no centro da báscula. Evitar carregar blocos ou pedras soltas na extremidade da báscula, pois os mesmos correm o risco de rolarem para as pistas durante o deslocamento do caminhão. Pedras caídas nas pistas podem provocar acidentes com veículos e outros equipamentos em transito na mina, além de provocarem alto risco de corte de pneus. Blocos ou matacos maiores devem ser separados com auxílio do trator de apoio à praça, para deslocá-los a uma área que não interceda no desenvolvimento da frente, nas manobras da praça ou provocando riscos de desabamentos ou rolamentos. Deve ser evitado esses blocos maiores, devido a limitação da grelha fixa do britador primário.

05 OPERAÇÃO ENTRE CARREGAMENTOS

Entre um carregamento e outro procurar realizar as seguintes atividades: Solicitar a limpeza e o acerto da praça.

Forrar borrachudo ou atoleiro com material seco e denso na frente de lavra onde está sendo retirado o material. Limpar materiais ao redor de algum repé da frente de lavra. Separar os matacões para perfuração, solicitando ao trator distribuí-los uniformemente em um local sem risco de rolamento.

Entre um carregamento e outro, carregar a caçamba e aguardar o caminhão estacionar debaixo, em marcha ré, já com a caçamba cheia para servir como referência do início do carregamento. Se as manobras forem em local apertado ou de difícil visibilidade, solicitar ao supervisor do turno providenciar sinalização por cones ou estacas sinalizadoras para facilitar o posicionamento em marcha ré do caminhão Nas paradas maiores entre um carregamento e outro, apoiar a caçamba vazia, nivelada ao solo e deixar o freio de giro aplicado.

Atenção! Após a operação de carregamento de um caminhão, verificar se todos os dentes da caçamba estão no lugar. Se notar alguma falta, comunicar ao operador do último carregamento para descarregar a carga em um local qualquer da mina (determinado pelo supervisor de turno), para evitar que o mesmo caia no britador.

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