onda ideias 5

40
Senhora professora Faça o favor Ouça um bocadinho Deixe a aula Deixe a planificação Fique alegre Sinta a sua alma É isso que a torna professora Siga o que quer Sinta a alegria A professora é alegre É a professora que dá vida à sua aula É a imaginação que a liberta É o som da sua voz que me faz feliz. Matilde Marques, 5º C ABRIL 2011 ESCOLA E.B. 2, 3 /SEC JOÃO GARCIA BACELARTOCHA EDIÇÃO 5PÁSCOA NESTA EDIÇÃO Aconteceu na escola Postal para St. Exupéry Quem conta um conto… Cavaleiro da Dinamarca Faça lá um poema Poetas residentes As florestas RECADO A UMA PROFESSORA

Upload: popi97

Post on 03-Jul-2015

328 views

Category:

Education


0 download

DESCRIPTION

Boletim da Biblioteca Escolar do Agrupamento Gândara Mar - Tocha.

TRANSCRIPT

Page 1: Onda ideias 5

Senhora professora

Faça o favor

Ouça um bocadinho

Deixe a aula

Deixe a planificação

Fique alegre

Sinta a sua alma

É isso que a torna professora

Siga o que quer

Sinta a alegria

A professora é alegre

É a professora que dá vida à sua aula

É a imaginação que a liberta

É o som da sua voz que me faz feliz.

Matilde Marques, 5º C

ABRIL 2011

ESCOLA E.B. 2, 3 /SEC JOÃO GARCIA BACELAR—TOCHA

EDIÇÃO 5—PÁSCOA

NESTA EDIÇÃO

Aconteceu na escola

Postal para St. Exupéry

Quem conta um conto…

Cavaleiro da Dinamarca

Faça lá um poema

Poetas residentes

As florestas

RECADO A UMA PROFESSORA

Page 2: Onda ideias 5

A Rede de Bibliotecas Escolares promoveu a ida dos alunos do 9º ano das Escolas do

Concelho ao Auditório do Centro Paroquial S. Pedro, em Cantanhede, a fim de assistirem à

representação do ―Auto da Barca do Inferno‖, de Gil Vicente. Esta actividade teve lugar no preté-

rito dia 3 de Fevereiro (em virtude do adiamento da sessão prevista para Dezembro último), con-

tando com a participação de 37 alunos das turmas A, B e C, acompanhados pelos docentes Isa-

bel Alves, Eneida Alferes e Henrique Rão.

A companhia de teatro Casa dos Afectos interpretou de forma brilhante esta peça de Gil

Vicente, dando vivacidade e actualidade a este texto dramático. Não obstante a economia em

actores, os diversos tipos sociais vicentinos sucedem-se em palco, trazendo com eles os ele-

mentos caracterizadores que permitem, com facilidade, distinguir as personagens e os seus

―pecados‖, não fosse este um texto de caris eminentemente satírico.

Com esta actividade procurou-se apoiar o currículo, designadamente através do contacto

com a representação de um texto de carácter obrigatório do Programa de Língua Portuguesa do

9º ano. Tendo em conta a adesão e a opinião de professores e alunos, o interesse e a motivação

para a análise do ―Auto da Barca do Inferno‖ (que irão, em breve, iniciar) foram captados, sendo

de esperar que a compreensão da peça venha, a seu tempo, também a ser beneficiada por esta

deslocação a Cantanhede.

Para terminar, importa referir que a Biblioteca Escolar ocupou-se de todas as formalidades

necessárias à participação dos alunos e professores nesta iniciativa. Os alunos foram transpor-

tados em dois autocarros, um da Câmara Municipal de Cantanhede e o outro da Junta de Fre-

guesia da Tocha.

Hou, homem dos breviários,

rapinastis coelhorum

et pernis perdigotorum

e mijais nos campanários!”

AUTO DA BARCA DO INFERNO

Página 2 ONDA DE IDEIAS

Page 3: Onda ideias 5

A Companhia de Teatro Casa

dos Afectos trouxe, mais uma

vez, ao Auditório do Centro

Paroquial de São Pedro, em

Cantanhede, a representação

do ―Memorial do Convento‖,

uma adaptação para teatro do

livro de José Saramago.

Promovida pela RBC (Rede de

Bibliotecas de Cantanhede) e

dirigida aos alunos do 12º ano

de Ançã, Cantanhede e Tocha

(para os quais esta obra de

Saramago é de carácter obri-

gatório no respectivo progra-

ma de Português), a desloca-

ção dos alunos do 12º A e B

do Agrupamento de Escolas

Gândara Mar teve lugar no dia

2 de Fevereiro.

A representação teatral durou

aproximadamente 90 minutos,

tempo suficiente para propor-

cionar, para muitos, o primeiro

contacto com o ―Memorial do

Convento‖. De facto, um cená-

rio simples (onde figuram

andaimes), que nos remete

para o trabalho operário em

torno da construção do Con-

vento de Mafra, serve de pano

de fundo, omnipresente, em

toda a peça. Nela é possível

captar a visão crítica (senão

filosófica) do autor em relação

a muitos aspectos que carac-

terizaram o poder e a socieda-

de no reinado de D. João V.

Sendo o objectivo central des-

ta deslocação proporcionar

aos alunos o contacto com

uma obra que irão estudar e,

assim, auxiliá-los na sua abor-

dagem e compreensão, a

Biblioteca Escolar, juntamente

com a docente Berta Santos,

professora de Português das

turmas envolvidas, programa-

ram e trataram de todas as

questões logísticas inerentes,

tendo esta professora e o pro-

fessor bibliotecário acompa-

nhado os alunos durante a

realização desta actividade.

MEMORIAL DO CONVENTO

"... é a grande, interminável conversa das

mulheres, parece coisa nenhuma, isto

pensam os homens, nem eles imaginam

que esta conversa é que segura o mundo

na sua órbita, não fosse falarem as

mulheres umas com as outras, já os

homens teriam perdido o sentido da casa

de do planeta (...) Além da conversa das

mulheres, são os sonhos que seguram o

mundo na sua órbita. Mas são também os

sonhos que lhe fazem uma coroa de luas,

por isso o céu é o resplendor que há dentro

da cabeça dos homens, se não é a cabeça

dos homens o próprio e único céu."

Página 3 EDIÇÃO 5—PÁSCOA 2011

Page 4: Onda ideias 5

entusiasmo com que os alu-

nos aderiram às propostas de

trabalho. Também as profes-

soras Isabel Alves, Natália

Ferreira e Maria José Viegas

tiveram oportunidade de expe-

rimentar alguns utensílios…

As peças produzidas encon-

tram-se, neste momento,

expostas na BE. Aguardam,

agora, que os alunos e / ou

professores olhem para elas e

dêem largas à sua imagina-

ção, registando no papel

ideias, emoções, histórias (…)

suscitadas pelas pedras.

De Julho a Outubro, no Museu

da Pedra, estarão patentes ao

público as criações plásticas e

literárias desenvolvidas nas

várias escolas / agrupamentos

do concelho de Cantanhede.

A edição de 2010-2011 do pro-

jecto ―Sobre esta pedra escre-

vo‖ teve a particularidade de

se dirigir a todas as escolas/

agrupamentos abrangidos

pela RBC (Rede de Bibliotecas

de Cantanhede). A decorrer, já

há alguns anos, este projecto

resultava de uma parceria

entre a Escola Secundária de

Cantanhede e o Museu da

Pedra de Cantanhede. Este

ano lectivo, este projecto con-

ta, pela primeira vez, com a

participação dos Agrupamen-

tos Finisterra (Febres), Gânda-

ra Mar (Tocha) e Marquês de

Marialva (Cantanhede).

Como o título da iniciativa

sugere, trata-se de, no sentido

literal, escrever sobre (em

cima de) uma pedra. Numa

segunda fase, espera-se que

os alunos / professores redi-

jam um texto (poema, frase,

prosa) inspirados nessa pedra

(escrevam acerca da pedra).

Para nos apoiar na fase inicial

do projecto, deslocou-se à

nossa escola, no passado dia

23 de Fevereiro, uma equipa

do Museu da Pedra. Esta equi-

pa, munida de pedras, cores e

ferramentas apropriadas,

orientou os alunos da Oficina

de Português (e depois do

Clube de Artes), na pintura de

algumas pedras, na gravação

em baixo relevo de uma frase

e no manuseamento de algum

equipamento de desbaste da

pedra.

Durante este workshop de cer-

ca de 2 horas, foi notório o

SOBRE ESTA PEDRA ESCREVO ...

Página 4 ONDA DE IDEIAS

Page 5: Onda ideias 5

Pelo 2º ano consecutivo, o

Plano Nacional de Leitura

(PNL) e o Centro Cultural de

Belém (CCB) lançaram o desa-

fio aos alunos dos diversos

níveis de ensino no sentido de

estes elaborarem poemas ori-

ginais e, com eles, assinalar-

se o Dia Mundial da Poesia.

O Agrupamento de Escolas

Gândara-Mar (Tocha) aderiu a

esta iniciativa, tendo seleccio-

nado e submetido a concurso

3 trabalhos, um de cada nível

de ensino (1º, 2º e 3º Ciclos do

Ensino Básico).

Foi com enorme agrado que

foi recebida a notícia da atri-

buição do 3º Prémio do 2º

Ciclo no Concurso Faça Lá um

Poema, à aluna Matilde Pes-

soa Marques, do 5ºC, da Esco-

la EB 2,3/Sec João Garcia

Bacelar, pela autoria do poe-

ma ―RECADO A UMA PRO-

FESSORA‖.

Deve dizer-se que a participa-

ção dos agrupamentos e esco-

las não agrupadas a nível

nacional foi muito elevada

(registando-se a entrega de

173 trabalhos só no que se

refere ao 2º CEB), pelo que a

obtenção deste prémio se

reveste de grande significado

para o Agrupamento Gândara

Mar.

A cerimónia de entrega de pré-

mios do Concurso Faça Lá um

Poema realizou-se, no dia 20

de Março, pelas 16.30 horas,

no Centro Cultural de Belém

(CCB), no Pequeno Auditório –

Sala Eduardo Prado Coelho.

Neste evento, que contou com

a apresentação de Margarida

Pinto Correia, procedeu-se à

entrega de prémios aos doze

alunos vencedores, dos qua-

tro níveis educativos: 1º Ciclo

do Ensino Básico / 2º Ciclo do

Ensino Básico / 3º Ciclo do

Ensino Básico / Ensino Secun-

dário.

A Matilde Marques teve, como

todos os outros premiados, o

privilégio de fazer a leitura do

seu poema para todos os pre-

sentes.

A Escola e a aluna estão, de

facto, de parabéns!

3º PRÉMIO DO PNL—FAÇA LÁ UM POEMA...

Página 5 EDIÇÃO 5—PÁSCOA 2011

Page 6: Onda ideias 5

Mais uma vez, assinalou-se o

Dia Europeu da Internet Segu-

ra, com múltiplas iniciativas a

decorrerem um pouco por

toda a parte e com a comuni-

cação social a dar conta de

alguns aspectos relacionados

com a Internet.

As potencialidades que a

Internet oferece são imensas,

mas nem sempre levamos a

sério os riscos que ela apre-

senta, pelo que importa abor-

darmos estes aspectos com a

nossa comunidade escolar /

educativa.

A fim de promo-

ver a reflexão

em torno dos

perigos da Inter-

net, a Biblioteca

Escolar conce-

beu e distribuiu

pelos alunos do

2º, 3º Ciclos e do

Ensino Secun-

dário, um inqué-

rito intitulado

"Uso seguro da

Internet".

Neste questionário, os alunos

são convidados a dar alguma

informação sobre a sua utiliza-

ção pessoal da Internet e, ain-

da, a lerem e analisarem dife-

rentes situações relacionados

com diversos aspectos, tais

como: "Redes sociais",

"Utilização segura do correio

electrónico", "Cyberbullying",

"Regras de Conduta na Inter-

net", "Direitos de Autor",

"Jogos online".

Embora as respostas ao ques-

tionário sejam muito importan-

tes, o que verdadeiramente

interessa é que os alunos

adquiram uma maior cons-

ciência dos perigos da Inter-

net e de formas como os mes-

mos podem ser minimizados.

INTERNET SEGURA!

LOGOTIPO DO DIA

DA INTERNET SEGURA

Página 6 ONDA DE IDEIAS

Page 7: Onda ideias 5

"Internet é positiva porque nos une, nos conecta. Inclusive a

pessoas maiores. O estar conectado nos prolonga a vida e não

apenas adiciona anos à vida, mas vida aos anos."

(Luis Rojas Marcos)

No presente ano lectivo, a Biblioteca Escolar propôs-se, mais uma vez, assinalar o Dia Europeu da

Internet Segura (8 de Fevereiro).

Considerando que os riscos associados à Internet são elevados e de forma a promover, nas ses-

sões de Formação Cívica, a discussão sobre esta problemática, a BE sugeriu, através dos Directo-

res de Turma, que os alunos respondessem a um pequeno questionário online. Este inquérito

esteve disponível de 8 de Fevereiro a 11 de Março, tendo sido respondido por 162 alunos do 5º ao

12º ano.

As respostas dão-nos um retrato interessante dos hábitos de utilização da Internet por parte dos

nossos alunos. Com efeito, 35% despende, por dia, entre uma a duas horas ligado à Internet; 41%

acede a partir do seu quarto; 31% recorre à Internet para comunicar através das redes sociais;

85% refere ter conta no Hi5 ou Facebook; 64% afirma já ter recebido mensagens / convites de pes-

soas que não conhece; 54% dos alunos responde que não fala com um adulto quando é confron-

tado na Internet com algum conteúdo que o incomoda.

De um modo geral, os alunos consideram-se muito bem (35%) ou bem (55%) informados acerca

dos perigos da Internet; no entanto, questionados sobre o eventual interesse em frequentar uma

sessão de formação sobre a segurança na Internet, 67 % manifesta-se receptivo.

O questionário incluía ainda algumas situações hipotéticas e atitudes a seguir. Não sendo de res-

posta obrigatória, o intuito desta parte do inquérito foi de suscitar a leitura daquilo que serão

―boas práticas‖ relativamente a - "Redes sociais", "Utilização segura do correio electrónico",

"Cyberbullying", "Regras de Conduta na Internet", "Direitos de Autor", "Jogos online".

Os resultados estão expostos na Biblioteca, junto a um poster de um farol (ícone da Seguranet) –

recordando a todos os utilizadores da Internet que devem navegar em segurança. Também é pos-

sível conhecer os dados completos do inquérito em https://spreadsheets.google.com/

viewanalytics?formkey=dHAzNlRyNjVpR2NiLURWc2JwWWtwR1E6MQ .

A BE agradece a todos os professores e alunos que colaboraram neste ―estudo‖.

Inquérito sobre Utilização segura da Internet – divulgação de resultados

Página 7 EDIÇÃO 5—PÁSCOA 2011

Page 8: Onda ideias 5

ONDA DE IDEIAS

Decorreu, hoje, pelas 15 horas,

no Salão Nobre do edifício da

Câmara Municipal de Cantanhe-

de, a assinatura do Protocolo

de Cooperação, que vem forma-

lizar as relações institucionais

e de trabalho existentes entre

os diversos parceiros.

A partir de agora a RBC passa a

dispor de um Portal de informa-

ção e divulgação, permitindo

uma maior proximidade dos uti-

lizadores com os serviços das

bibliotecas que a integram e,

ainda, o acesso seu Catálogo

Colectivo (saber mais em

http://www.cm-cantanhede.pt/

rbc )

Kandinsky, Léger, Picasso,

Matisse, Herbert Aach e Julio

Gomez, os quais estiveram

expostos, na Biblioteca,

durante o mês de Março.

Esta mostra de

trabalhos permi-

tiu não só divul-

gar o talento

dos alunos e

a sua mes-

tria no uso

A professora Paula Quinteiro

(EV) e a professora Paula Dias

(História) abordaram, no âmbi-

to dos conteúdos programáti-

cos do 9º ano, alguns pintores

vanguardistas. A turma B do

9º ano elaborou , na disciplina

de Educação Visual, reprodu-

ções de quadros de autores

consagrados tais como Miró,

da técnica de pintura (acrílico

sobre tela), mas também dar a

conhecer pintores famosos e

a respectiva obra, emprestan-

do à biblioteca cores, dese-

nhos e formas invulgares

características das correntes

vanguardistas.

Exposição ―Correntes Vanguardistas‖

PROTOCOLO DE COOPERAÇÃO ENTRE BIBLIOTECAS

Página 8

Page 9: Onda ideias 5

A pedido das professoras Berta Santos e Isabel Alves, a Biblioteca preparou duas sessões para as

turmas 7ºA e 9ºA, nas quais foram abordados aspectos tão importantes como as literacias críticas

do século XXI, as fontes de informação, passando pela estrutura de um trabalho escrito, a ética da

informação e as normas para a elaboração de referências bibliográficas.

Sob o título ―Elaborar um trabalho de pesquisa: da literacia da informação às referências biblio-

gráficas‖, esta formação visou dotar os alunos de conhecimentos e orientações práticas que

lhes permitam melhorar os seus trabalhos, quer no diz respeito ao conteúdo, quer no que se refe-

re à forma.

De facto, verifica-se, com alguma frequência, que os trabalhos revelam incorrecções do ponto de

vista do rigor e do tratamento que é feito da informação (recorrendo-se, amiúde, ao mero copy &

paste) e, não raras vezes, apresentam uma estrutura incompleta (sem capa, sumário ou referên-

cias à bibliografia consultada). Outras vezes, a formatação não é cuidada e as referências biblio-

gráficas são feitas de forma incompleta ou mesmo incorrectamente.

Nesta formação, que se insere na estratégia da BE para promover as literacias, foram disponibili-

zados exemplos diversos de ―boas práticas‖ no âmbito da elaboração de um trabalho de pesquisa

e das normas de referenciação bibliográfica (com recurso à norma internacional da Associação

Americana de Psicologia –APA). Também foi proposto aos alunos um modelo de pesquisa – o

modelo PLUS, de modo a organizar melhor as diferentes etapas do trabalho de investigação.

Os conteúdos trabalhados são particularmente importantes para a realização de trabalhos de qua-

lidade. É de notar, ainda, que a APA e o modelo PLUS são adoptados na Escola Secundária de

Cantanhede, pelo que esta formação, para além de uniformizar internamente determinados proce-

dimentos, vai permitir que os alunos passem a estar na posse de conhecimentos e competências

de que irão necessitar quando ingressarem naquela escola.

A proposta de transmitir a todo o Agrupamento estas orientações deverá ser, até ao final do ano

lectivo, levada ao Conselho Pedagógico, tendo em conta os inúmeros benefícios que tal propor-

cionará aos nossos alunos.

Consultar o blogue: http://biblos-tocha.blogspot.com — página “Literacia da

Informação”. Nesta nova página iremos colocar informação útil relativa às litera-

cias críticas do século XXI.

ACÇÃO DE FORMAÇÃO

―Elaborar um trabalho de pesquisa: da literacia da informação

às referências bibliográficas‖

Página 9 EDIÇÃO 5—PÁSCOA 2011

Page 10: Onda ideias 5

O desafio de converter um excerto de um conhecido poema de Fernan-

do Pessoa numa mensagem de SMS foi cumprido pelos alunos do 11º

ano e do 12º ano, durante as aulas de Português, na Semana da Leitura.

A proposta partiu da Biblioteca Escolar que criou um formulário on-line

para submissão das mensagens. O texto de partida “Ai que prazer/Não

cumprir um dever,/Ter um livro para ler/E não o fazer!/Ler é maçada,/

Estudar é nada./O sol doira/Sem literatura. (já dizia o nosso Fernando

Pessoa)”, foi reescrito por 49 alunos das turmas do Ensino Secundário – Cursos Profissionais.

O júri analisou os textos produzidos pelos alunos, avaliando o número de caracteres

(obrigatoriamente inferior a 160), a fidelidade à mensagem original e o uso de abreviaturas

(que não comprometam o sentido final e possam ser facilmente lidas e compreendidas pelo

destinatário).

Embora a maior parte dos alunos tenha sido capaz de escrever uma SMS com menos de 160

caracteres, registaram-se algumas participações que excederam este limite e, consequente-

mente, foram eliminadas. Quanto às restantes, verificou-se nalguns casos a deturpação do

sentido, assim como o uso de abreviaturas de difícil descodificação.

Assim, são de destacar as participações dos alunos Francisco Pronto (11ºB) e Jorge Maia (12ºB).

SMS LITERÁRIO

Francisco Pronto, 11ºB

Página 10 ONDA DE IDEIAS

ai q praxr

ñ cumprir 1 dvr

tr 1 livro pra lr

e ñ o faxr

lr é mçada

studar é nd

o sol doira

sm litratura

j dxia o nosso frnando pxoa

Ai k prxer/n kmprir 1 dvr,/tr 1 lvr p lr/E n u

faxer!/Lr e mxad,/xtdar é nd ./ O xol doira/

Xem literatur.( j dxia o nxo Ferndo Pexxoa)

Jorge Maia, 12ºB

Page 11: Onda ideias 5

Página 11 EDIÇÃO 5—PÁSCOA 2011

LIVROS ANIMADOS

Numa iniciativa da RBC (Rede de Bibliotecas de Cantanhede), foi lançada a actividade - ―Livros

Animados‖, desafiando alunos, professores ou outros elementos da comunidade a serem autores,

criadores de novas obras de arte, a partir de livros velhos e/ou deteriorados.

Na nossa escola aderiram a este projecto os professores José Pedrosa e Maria José Viegas, os

quais, com o auxílio dos alunos do 6ºC, produziram dois interessantíssimos trabalhos, reutilizan-

do livros e outros materiais (esferovite, pedra, cartão, …).

Numa atitude de apelo à reflexão, estes dois trabalhos estiveram expostos na Sala de Professores

durante uma semana, tendo sido, depois, levados para a Biblioteca. Muitos têm sido os comentá-

rios de apreço em relação a estas criações artísticas. Talvez, por isso, outros alunos e professo-

res se venham a sentir impelidos a participar com o seu talento, trazendo para a BE mais ―livros

animados‖.

Em Abril, os trabalhos produzidos na nossa escola juntar-se-ão, na Biblioteca Municipal de Canta-

nhede, a outras obras de arte elaboradas nas Escolas EB 2,3 Marquês de Marialva e Secundária de

Cantanhede. Uma exposição que, por aquilo que já vimos na nossa Escola, promete fazer do livro

velho, um objecto estético – um livro animado.

Page 12: Onda ideias 5

SEMANA DA LEITURA

Página 12 ONDA DE IDEIAS

A Biblioteca Escolar dinamizou, entre os dias 20 e 25 de Março, a Semana da Leitura, uma pro-

posta pelo Plano Nacional de Leitura (PNL) que tem vindo a ser assinalada no nosso Agrupa-

mento desde a sua instituição em 2007.

No programa deste evento, a Bibliote-

ca procurou integrar actividades

diversificadas, destinadas a diferen-

tes públicos. Assim, para além dos

concursos ―Ortografíadas‖ (prova de

ortografia dirigido ao 2º Ciclo), ―Trava

-línguas‖ (leitura de trava-línguas por

alunos do 3º Ciclo) e ―SMS-

Literário‖ (alunos do Secundário, a

quem foi solicitado reescrever um

trecho de um poema de Fernando

Pessoa em SMS), foram realizadas diversas sessões para os alunos e Encarregados de Educa-

ção.

A Semana da Leitura abriu com a apresentação do Projecto ―Árvore das Histórias‖, dinamizado

pela BE em articulação com a Educação Especial, no qual foi dado a conhecer o respectivo blo-

gue, disponível no

seguinte endereço: http://

a r v o r e - d a s -

historias.blogspot.com .

Numa iniciativa que pro-

curou reconhecer o

empenho de professores

e alunos do 2º CEB, atra-

vés da sua participação

em concursos de âmbito

nacional promovidos pelo

PNL (e.g. Faça Lá um

Page 13: Onda ideias 5

Página 13 EDIÇÃO 5—PÁSCOA 2011

Importa referir que a Biblioteca lançou um convite a todos os Encarregados de Educação do Pre-

Escolar e do 1º Ciclo para se envolverem activamente na Semana da Leitura, vindo à sala dos seus

educandos dinamizar uma actividade relacionada com a leitura (leitura, conto, canção, dramatiza-

ção).A adesão dos Encarregados de Educação a esta solicitação foi boa, registando-se um núme-

ro muito razoável de participações nas escolas / salas do jardim-de-infância.

O professor bibliotecário deslocou-se à EB1 de Gesteira, Taboeira e Fervença onde dinamizou

sessões de leitura para os alunos. Nas vitrinas do bloco B e C surgiram livros sob o lema ―Ler não

é uma seca‖, como forma de divulgação das mais recentes aquisições de obras e apelo à leitura.

A fechar a Semana da Leitura, realizou-se, pela primeira vez, uma tertúlia: ―[email protected]

(parte I)‖. A biblioteca encheu com a presença de professores, familiares, alguns alunos e Encar-

regados de Educação, ultrapassando-se as quarenta pessoas (número limite de inscrições, em

virtude do espaço ser reduzido). Aqui, houve oportunidade para a música, a declamação, a drama-

tização e muitas surpresas num clima de salutar convívio e de festa.

Page 14: Onda ideias 5

ACTIVIDADES DE EMRC

Página 14 ONDA DE IDEIAS

Como vem sendo hábito realizou-se na última semana de Janeiro, o peditório de rua, destinado à

obra de Raoul Follereau. Foi realizado pelos alunos do 6º ano, turmas A e D, nos locais de resi-

dência destes alunos.

Obtiveram a quantia de 127.37€ que posteriormente foi depositado na

conta conforme comprova talão de depósito.

Ao envolver os alunos neste tipo de actividades, tem-se como objecti-

vo valorizar a cooperação e leva-los a colaborar de forma activa e

solidária para com os que sofrem.

Realizou-se no dia 16 de Março de 2011,com os alunos do 2º e 3º ciclo, a habitual visita ao centro

comercial ―Dolce Vita‖ e ao cinema, a Coimbra.

Esta visita teve como objectivos:

- Valorizar a escola como pólo privilegiado de difusão cultural;

- Promover o contacto com outras realidades, uma vez

que a pesar da proximidade, ainda nem todas as crian-

ças/ jovens a conhecem;

- Incrementar um clima afectivo e laços de amizade entre

alunos/ alunos e alunos/ professores.

Foi visionado um filme de acordo com a sua faixa etária.

Assim, os alunos do 2º ciclo, viram o filme:‖RANGO‖ e os

alunos do 3º ciclo, o filme:‖127 HORAS‖.

No final e em grupos supervisionados pelos profes-

sores acompanhantes: Ana Gameiro; Conceição

Simões; Isabel Roque; João Seixas; Márcia Fonse-

ca; Lurdes Gil; Maria Moço; Celeste Moitinho; Irene

Gandaio e Helena Martins (Psicóloga)

Os alunos puderam passear e fazer compras no

centro comercial. Regressámos à escola na hora

prevista, tendo tudo decorrido com normalidade e

―Estou certo de que a caridade terá um dia preponderância

sobre o egoísmo a violência ou o dinheiro.‖

Raoul Follereau

Page 15: Onda ideias 5

Página 15 EDIÇÃO 5—PÁSCOA 2011

De 3 a 9 de Abril realizou-se, nas escolas de todo o país, e na nossa também, a SEMANA DE

EMRC. Esta semana visa dar uma maior visibilidade à dis-

ciplina em contexto escolar.

Pretendeu-se envolver os alunos em duas dimensões dis-

tintas mas complementares – ― o diálogo com a memória‖

e o diálogo com o ― hoje, aqui e agora‖.

Tanto num como no outro, encontramos nomes de gente

com rosto, homens e mulheres – como nós, que deixaram marcas de Beleza por onde passaram e

que, por isso, permanecem vivas e são referências

da História, mesmo à escala mundial.

Assim, foi solicitado aos alunos que realizassem

um trabalho baseado numa imagem, acompanhada

de uma frase, onde falassem da Beleza que ainda

subsiste nos homens e mulheres do nosso tempo

e que mostram que afinal... vale a pena viver e que

o MUNDO PODE SER BELO… SE TODOS DERMOS

AS MÃOS.

No âmbito do projecto de Educação Para a Saúde, foi desen-

volvido em parceria com o Centro de Saúde de Cantanhede,

representado no nosso agrupamento pela Enfermeira Gabrie-

la Saraiva, o concurso: ― Fala-me de Amor‖.

Foi feita no bar da escola, a exposição de todos os trabalhos

do agrupamento, tendo sido seleccionados pelo júri consti-

tuído por um representante da Câmara Municipal de Canta-

nhede, um representante da Junta de Freguesia da Tocha, um

representante da Associação de Pais e um representante da

escola.

ACTIVIDADES DO ―PROJECTO DE EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE‖

Page 16: Onda ideias 5

Página 16 ONDA DE IDEIAS

O júri decidiu atribuir:

1º Prémio: 3º ano da Escola da Tocha;

2º Prémio: À aluna, Catarina Neves, do 7º Ano, Turma A da Escola

Sede;

3º Prémio: Escola da Taboeira.

Ainda foram atribuídas menções honrosas aos trabalhos do 6º Ano

Turma C da Escola Sede e à EB1 da Fervença.

Os certificados foram entregues no dia 1 de Abril de 2011, no baile

de finalistas.

No âmbito do projecto de Educação Para a Saúde, foi desenvolvida no dia um de Abril, a activi-

dade comemorativa do Dia Mundial da Dança que contou com o envolvimento de toda a Comuni-

dade Educativa e Local. Para maior envolvimento foi dado destaque aos alunos finalistas da

Educação Pré-escolar, 1.º Ciclo, 3.º Ciclo e Secundário.

Esta actividade decorreu no gimnodesportivo da Escola, no período entre as vinte e duas horas

e uma hora da manhã. É relevante registar o esforço e empenho prestado pelos alunos da turma

do 1.º D – Serviço de Bar - que serviram os finalistas em especial e outros participantes em

geral.

A festa foi animada pelo conjunto «Musical Tema» e

ainda contou com a participação dos alunos da disci-

plina de Dança que apresentaram três coreografias. A

Professora do Primeiro Ciclo, Adélia Reis também abri-

lhantou a festa com o seu acordeão tocando algumas

músicas.

No decurso da festa foram entregues os prémios relati-

vos aos concursos «Fala-me de Amor…» e «Uma foto um

slogan».

Em relação à participação verificou-se, em geral, boa

adesão.

DIA MUNDIAL DA DANÇA

Page 17: Onda ideias 5

Página 17 EDIÇÃO 5—PÁSCOA 2011

No âmbito do projecto de Educação Para a Saúde, foi desenvolvido o concurso ― Uma Foto um

Slogan‖. Dos trabalhos expostos no bar da escola foram seleccionados os três melhores.

O júri constituído pelos professores José Pedrosa, Paula Guedes, Berta Santos e Isabel Alves

decidiu atribuir o 1º Prémio à aluna Andreia Raquel do 7º Ano, Turma A, 2º Prémio à aluna, Cata-

rina Neves, igualmente do 7º Ano, Turma A e o 3º Prémio à aluna Daniela Borges, do 7º Ano tur-

ma B.

Os prémios foram entregues no dia um de Abril de 2011, no decorrer da actividade comemorati-

va do Dia Mundial da Dança/ Baile de finalistas.

―UMA FOTO, UM SLOGAN…‖

Page 18: Onda ideias 5

De : Diana Fonseca

Para : St.-Exupéry

Olá, St.-Exupéry! Como está? Espero que esteja a passar as melhores férias da sua vida.

Pela bela imagem que apresenta este postal, já deve ter adivinhado onde estou, mas faço

questão de lho dizer. Estou numa praia de sonho, muito bonita no Planeta dos Sonhos.

Estou com a Mariana, com a Patrícia e com a Gabriela. Está a ser mesmo um sonho.

De dia, as ondas transparentes e brilhantes parecem chamar por nós e o Sol parece uma

jóia vinda de um palácio maravilhoso, repleto de diamantes. E à noite as estrelas são

belas pedras preciosas.

Esperamos que nos venha visitar.

Com amizade e sonho,

Amigas do 5º C

Planeta dos Sonhos, 4 de Junho de 2000esempre…

UM POSTAL PARA ST. EXUPÉRY...

Página 18 ONDA DE IDEIAS

Page 19: Onda ideias 5

Durante alguns meses, vivem em perfeita harmonia e comunhão de tudo o que acontece. Bons e

maus momentos são sentidos por ambos, numa cumplicidade que só quem ama verdadeiramente

consegue explicar. Carlos continua a trabalhar no escritório de seu pai. Cecília dedica-se à casa e

continua graciosa em todo o trabalho que faz.

A felicidade continuaria duradoura, não fosse o passado de Carlos e todas as mulheres por quem

se dizia apaixonado começarem a aparecer no escritório, a pretexto deste ou daquele assunto. A

mais persistente era Miss Diana, filha de um conceituado advogado, estabelecido na Rua dos

Ingleses e com quem Carlos tinha mantido um relacionamento que levaria ao casamento, não fos-

se este ter conhecido a dama vestida de dominó.

Como todos os homens, Carlos sentia-se lisonjeado por conseguir a atenção de todas as damas

da alta sociedade. Quem não se sentia bem era Jenny, a quem Carlos continuava a ter como confi-

dente.

- Carlos, cuidado! Como sua irmã não auguro nada de bom, ainda mais estando Cecília à espera

de um filho, numa gravidez merecedora de alguns cuidados.

Não desconfiando de nada, Cecília continuava a admirar e a adorar o marido, até porque este se

mostrava sempre atencioso e dedicado. As vezes que chegava mais tarde a casa, desculpava-se

com o muito trabalho na firma de seu pai, que continuava a

crescer e a desenvolver-se cada vez mais.

Certo dia, Cecília notou um perfume diferente na roupa de Car-

los enquanto a arrumava. O seu coração de mulher quase que

lhe saltava do peito. Que perfume era aquele? O que se estava a

passar? Carlos não tinha mudado de perfume, não conseguia

compreender.

À noite, quando o marido regressou a casa, Cecília perguntou-

lhe:

- Carlos, que cheiro diferente encontrei hoje na sua roupa? (…)

QUEM CONTA UM CONTO… – continuação de ―Uma família Inglesa‖

Página 19 EDIÇÃO 5—PÁSCOA 2011

Page 20: Onda ideias 5

Carlos mal conseguiu disfarçar a ansiedade que aquela questão lhe provocara. Desculpou-se

dizendo que era do café que frequentava e das amigas de seu pai que sempre o tinham mimado

muito e, quando o encontravam, abraçavam-no com muito entusiasmo.

Contudo, no seu coração de mulher, Cecília pressentia que algo errado estava a acontecer. Esta

começou a imaginar o seu marido nos braços de outras mulheres. A tal ponto que, a sua saúde e

a de seu bebé se ressentiram. A sua cunhada, por mais que a tentasse acalmar, não conseguia

tirar-lhe as dúvidas que a ensombravam diariamente. Várias foram as vezes em que o médico de

família foi chamado a casa para controlar a ansiedade em que Cecília se encontrava; várias foram

as vezes em que Jenny fora encontrar a cunhada lavada em lágrimas. Não podendo contar o que

se passava, havia que descobrir uma solução. E a solução era fazer um ultimato a seu irmão: ou o

seu comportamento mudava ou ela contaria tudo a Cecília e ele perderia para sempre a sua ama-

da. Resolvida, saiu de casa e foi encontrar-se com o seu irmão ao escritório.

- Meu adorado irmão, sabe que tenho por si uma enorme estima. Manuel Quintino confiou-lhe a

sua filha e a minha melhor amiga. Quando se casou, sabia que ela pertencia a uma humilde famí-

lia. Contudo, ultrapassou os preconceitos e jurou-lhe amor eterno. É isso que está a acontecer?

Quer que o seu filho nasça saudável ou quer que alguma desgraça

aconteça?

Carlos, pegando nas mãos de Jenny, por quem sente, para além do

amor de irmão, uma grande admiração responde:

- Jenny, tem sido mais forte do que eu a perseguição de todas aque-

las que tão bem conhece. Sabe que são determinadas e não desistem

facilmente. Mas quero que saiba que nada para mim é mais importan-

te do que Cecília e o meu filho. Prometo aqui e agora que, daqui em

diante, só terei olhos para aquela a quem amo verdadeiramente. Dou-lhe a minha palavra de Whi-

testone, que será sempre honrada.

Jenny foi para casa mais descansada porque sabia quanto valia a palavra de seu irmão.

E assim foi: Cecília ficou mais calma, o filho nasceu forte e saudável e tudo voltou ao normal.

«Tanto pode um anjo loiro!» Ana Domingues—6ºB

(…)

CITAÇÃO DE JÚLIO DINIS

Página 20 ONDA DE IDEIAS

―A loucura é inseparável do

homem; umas vezes toma-

lhe a cabeça e deixa-lhe em

paz o coração, que nunca se

empenha no desvairar a que

ela é arrastada; outras vezes

há na cabeça a frieza da

razão e ao coração desce a

loucura para o perturbar com

afectos.‖

Page 21: Onda ideias 5

Continuação de ―O Mandarim‖

Página 21 EDIÇÃO 5—PÁSCOA 2011

Teodoro, no fim de voltar a casa, e deixar em testamento os seus milhões de euros ao Diabo, tentou

pedir perdão a Deus pois tinha cometido um grande pecado. Então resolveu falar com Deus e disse-

lhe:

-Senhor meu Deus, perdoai-me todo o mal que fiz ao Mandarim e à China. Por causa deste meu pecado

a China é o país mais pobre do mundo.

Mas com este pecado aprendi a lição: «Só sabe bem o pão que dia-a-dia ganham as nossas mãos».

E Deus respondeu:

- Teodoro, eu perdoo-te se fizeres uma boa acção em dois dias!

Assim, Teodoro pensou em voltar a ajudar a família do Mandarim.

Pensou, pensou, até que se lembrou de mandar uns amigos à

procura dela e quando a encontraram estavam na miséria.

Algum tempo depois, trouxeram-na para Lisboa para vir buscar o

dinheiro que lhes pertencia pois ele não era para o Diabo, como

estava destinado, mas sim para a família do Mandarim.

Certo dia, o Diabo morreu. Foi o castigo que Deus lhe deu por todo

mal que fez ao Mandarim!

A família voltou para a China com o dinheiro que lhes fazia muita

falta.

Um dia, o Diabo ressuscitou, e queria o dinheiro de volta.

Começou a ameaçar a família e a China dizendo:

- Ou me dão todo o dinheiro, ou destruo o mundo inteiro!

Teodoro não parava de pensar no que o Diabo poderia fazer…

Depois de tanto pensar, lembrou-se que a água é o pior inimigo do

fogo e assim espalharam pela cidade toda que já tinham uma ideia para destruir o Diabo. Combinaram,

então, que cada pessoa traria vários baldes com água para o matar.

No dia combinado, Teodoro disse ao Diabo para ele ir a sua casa que lhe dava o dinheiro. E o Diabo

assim fez.

Quando ia para sair, atiraram-lhe com tantos baldes de água, que ele caiu morto no chão.

Teodoro, por ter remediado o mal que tinha feito, foi perdoado por Deus.

Com tantas peripécias, a China tornou-se no maior país turístico do mundo...

E com este ponto acrescentado, o Teodoro foi perdoado.

Daniela Domingues , 6º C

Page 22: Onda ideias 5

Gosto muito de ler, explorar novas coisas, aprofundar os meus conhecimentos. Com as palavras

podemos viajar no tempo, recordar momentos felizes ou infelizes ou até sonhar… Sempre que

fazemos uma história, começamos por ver uma folha vazia e mais tarde vemos a raiz, o caule, as

folhas e os frutos. A escrita também é assim, tem um começo, uma continuidade e um fim.

Tenho muito orgulho em ser portuguesa. Sabem porquê?

Gosto de sentir o sangue conquistador que me corre nas veias, toda a nossa história e os sacrifí-

cios que fizemos para hoje viver num país chamado Portugal.

É uma sensação extraordinária poder hoje estar a escrever este pequeno texto que a mim me diz

muito e deixa-me com o coração saltitar de alegria.

―Mensagem‖ é o livro que Fernando Pessoa escre-

veu para nos contar um pouco da nossa história e

esse foi o livro que me inspirou a estar hoje a escre-

ver, nesta folha, o que me vai na alma.

E na alma vai-me uma nova mensagem. Já sei quem

foram os nossos reis:

- D. Afonso Henriques

- D. Henrique, marinheiro rei de Portugal

- D. João I

- D. Sebastião

Já sei que tivemos maus momentos na nossa histó-

ria, tristes e bárbaros como a Guerra Colonial. Toda

cheia de imagens de tristeza e de choro… porque

não acabamos com tudo isso e vivemos num mundo

de paz?

Hoje em dia já não há guerras para conquistar novas

terras, nem se troca uma batata por feijão. Nos tempos de hoje tudo evoluiu. Mas o que nos falta

é a sinceridade dos nossos governantes e penso que todos deveriam unir-se para formar um só

grupo mas que ajudasse Portugal a sair desta crise e a tornar-se um país melhor.

Mas eu sei mesmo que hoje, mesmo sabendo que o meu país está doente eu tenho sangue de

Pessoa e também sou capaz de escrever uma mensagem.

Mas eu acredito em Portugal…

E eu acredito que todos juntos podemos acabar com toda esta tristeza…

EU SOU UMA PESSOA CAPAZ DE FAZER DE PORTUGAL UM PAÍS MELHOR…

Mariana Costa-5ºC

Continuação de ―Mensagem‖ (1)

Página 22 ONDA DE IDEIAS

Page 23: Onda ideias 5

Continuação de ―Mensagem‖ (2)

Página 23 EDIÇÃO 5—PÁSCOA 2011

Um rei plantador de barcos e um poeta

semeador de palavras…

Encontrei-os na biblioteca da minha escola

De um lado um professor bibliotecário, cheio

de sabedoria e do outro uma professora que

me ajudou e me deu a Mensagem para ler.

E disso tudo eu recebi – O plantador de

barcos. Quem era?

Era D. Dinis, de seu cognome ― O Rei Poeta‖-

D. Dinis, um grande poeta português. - Fazia

poemas lindos, maravilhosos.

―Plantador de barcos‖ era um bocadinho

esquisito. Mas como é que se podem plantar

barcos? Eu não sei!!!

Mas se D. Dinis plantou barcos eu encontrei

uma lógica para tal facto: como nós

sabemos a madeira vem das árvores e a

madeira servirá para construir barcos…

Assim já compreendo D. Dinis.

D. Dinis, plantador de barcos

Um grande poeta

Um grande navegador

D. Dinis teve muita imaginação?

Não! Era um português

Era um criador

Era um inventor

Pensava além do pensamento.

Além dos poemas que fazia era um bom

plantador de barcos e por isso mandou

plantar o Pinhal de Leiria e sabia que os

futuros navegadores para descobrir terras

teriam de utilizar barcos de madeira…

D. Dinis, plantador de barcos

Um grande poeta

Um grande navegador

D. Dinis teve muita imaginação?

Não! Era um português

Era um criador

Era um inventor

Pensava além do pensamento.

D. Dinis era o rei Lavrador e o rei Poeta. E

até semeou barcos e sonhos. Sonhos que

eram concretizáveis. Sonhos que se

tornaram realidade.

D. Dinis era um português, realizador de

sonhos, era um português mensageiro da

história…

Matilde Azenha - 5ºC

Page 24: Onda ideias 5

O CAVALEIRO DA DINAMARCA — Escrita Criativa (1)

Página 24

… Tudo começou no tempo em que os Vikings dominavam a Dinamarca, com um pequeno rapaz

órfão que dera à costa e fora acolhido e criado por Vikings que, ao contrário do que diziam eram

amigáveis, delicados e amáveis…

Era agora um homem, corajoso, forte, robusto. De olhos azuis marinho e cabelos louros, de

cabeça repleta de aventuras vividas, paixões e loucuras inacreditáveis, sempre sonhador e

corajoso, ansiando por mais uma perigosa aventura, repleta de surpresas inesperadas.

Já tinha lutado contra dragões e monstros marinhos, saindo sempre vitorioso e despedaçado

corações das raparigas que por ele suspiravam…Era considerado um deus pela sua coragem,

força, bondade e, é claro, beleza.

Toda esta história é muito interessante mas vamos falar do que realmente nos trouxe aqui, a esta

humilde vila. Na nossa verdadeira história, (digamos antes relato pois o que vos vou falar passa-

se no presente) a personagem principal é um rapaz de

cerca de dez anos, magricela e louro de cabelos

encaracolados, com olhos verdes e grande imaginação.

Que passa os dias lutando com o ar, de espada, (não

que seja uma mas se considerarmos um pau seco como

tal…) e armadura de folhas.

Todos o conhecem pelas suas histórias, em que ele é

um verdadeiro herói do tempo dos Vikings. Sempre distraído e irrequieto, que se dá bem com

todos. Na vila onde mora, as pessoas sorriem quando passa e ouvem as suas histórias entrando

na personagem e fingindo espanto quando este lhes conta a sua última aventura…

Os habitantes da vila riem com o seu ―charme natural‖ como diz e o seu jeito para ―dominar

dragões‖.

Este pequeno rapaz desdentado, distraído e muito engraçado tem grandes sonhos em ser

cavaleiro e herói, defendendo a sua pátria e por isso todos lhe chamam ―O Cavaleiro da

Dinamarca‖…

Esperemos por mais algum tempo para ver como se passará a vida deste jovem, mas enquanto

isso vou-me sentar para ouvir mais uma das suas aventuras.

Catarina Neves - 7ºA

Page 25: Onda ideias 5

Era um homem reservado. Não gostava de confusões; era um simples e humilde cavaleiro aventu-

reiro, vindo de muito longe, uma terra desconhecida. Passava a vida a viajar no seu imponente

cavalo, preto como a escuridão. Era alto, magro e destemido e vivia numa pequena casa de madei-

ra, escondida na floresta. Vivia com a sua mulher, com os seus dois filhos e com o seu cavalo.

Ele adorava viajar e o seu grande objectivo era conhecer o mundo! Desde novo que tinha uma

grande adoração por viajar e as suas coisas mais importantes eram a sua família e o seu cavalo.

Não tinha nenhuma relação com ninguém da zona, mas era muito conhecido por todo o mundo

devido ao facto de ser um viajante impulsivo; era como se vivesse num mundo à parte!

Mas aquele viajante tem uma longa história passada na Dinamarca; num dia chuvoso decide pas-

sar um tempo fora, sair da sua terra desconhecida, ir mais longe. E acabou por ir para a Dinamar-

ca (conselho de um velho amigo que adorava a Dinamarca). É assim que o cavaleiro parte para

uma aventura cheia de emoção (onde mais tarde conhece a sua mulher e o seu cavalo).

Até que ao fim de um mês, farto de lá estar, decide partir para um novo destino, sem saber ao cer-

to qual! E foi assim que veio parar à floresta onde hoje vive com a sua família e com o seu cavalo.

Mas um dia decidiu, mais uma vez, regressar à Dinamarca, onde se passará uma longa aventura e

uma grande revolução na sua vida!.. Agora imaginem qual…

Patrícia Neves—7ºA

O CAVALEIRO DA DINAMARCA — Escrita Criativa (2)

Página 25 EDIÇÃO 5—PÁSCOA 2011

Page 26: Onda ideias 5

Era uma vez um homem muito solitário. Vivia isolado de tudo, desde a escola, até agora que é

homem.

Quando o Pai, seu único ombro amigo, faleceu, este caiu num desgosto profundo. Com o passar

do tempo, quando contava os dias para deixar a vida desgostosa que levava, conheceu Elisa. Eli-

sa era jovem, bonita e inteligente. Tinha um sorriso resplandecente e um rosto brilhante. A paixão

agarrou o homem com as suas garras e ele, passou a ter mais vontade de viver, de ser feliz…

A sua paixão deu frutos: frutos com a sensibilidade da mãe, e a felicidade do Pai. Mas, nem tudo

são rosas. A vida voltara a fazer-lhe uma das suas partidas. Numa tarde de Inverno, enquanto brin-

cavam no jardim, aviões de guerra sobrevoaram os céus, e assassinaram todos os habitantes

daquela pequena e pacata aldeia, como um dedo a esmagar formigas.

E, como era de esperar o homem conseguiu sobreviver, mas, não da mesma forma… agora era

uma sombra, um fantasma, uma pessoa que não se via. Como estas tantas desgraças podiam

acontecer? Sabe-se lá. A vida é uma história imprevisível e cruel. E a guerra também. Este

homem, tentava esconder-se das pessoas, para não se voltar a apaixonar. Porém, ele, por mais

estranho que fosse, não podia evitar a vida, e para ir ter com Elisa, a sua amada, teria de ser feliz,

e sozinho ninguém atinge a felicidade. E quem era Elisa? Ele não sabia; mas nós sim. Era o sím-

bolo dinamarquês: a sereia.

Agora, diz-se por aí que uma alma

solitária vive na Dinamarca, numa

das ilhas Dinamarquesas, sozi-

nho...vivendo na ignorância…

Rita Oliveira - 7ºA

Página 26 ONDA DE IDEIAS

O CAVALEIRO DA DINAMARCA — Escrita Criativa (3)

Page 27: Onda ideias 5

Intitula-se de Cavaleiro Negro, poucos lhe viram a face, escondida, na pesada armadura de

ferro forjado…

Vi-o eu, uma vez, enquanto passeava no bosque sombrio de Inverno. Um rosto perfeito alberga,

mas uma expressão de angústia carrega,

fazendo-o parecer velho. A idade não sei, mas

os cabelos cor de caramelo, a sua pele bran-

ca como mármore, a pele imaculada, logo

sublimam todas as dúvidas… A certeza

tenho, que mais de 30 anos não terá, e pelos

seu traços provavelmente será da Dinamarca.

Parece, pela sua beleza, imortal… do longín-

quo tempo dos reis, mas isso impossível

será, mas…afinal disso, quem saberá?

Tal e misterioso homem ás vezes, para todos misterioso, aparece, montado no seu cavalo preto,

como noite. Quase invisível, envolvido numa bruma cerrada. Vem para lutar…, lutar com aqueles

que o bem prejudicam, e salva os aflitos.

Parece nem sentimentos ter, paixão, amor, nem os ver… Amigos não os há…sempre solitário,

como saltimbanco desamparado.

Aventureiro, corajoso homem, luta…contra todos, e tudo para o mal combater e para o bem prote-

ger. Aparece, apenas e só quando lutas rebentam, quando choros e gritos aflitos explodem. Luta,

como se parecesse que combate, o mal, que um dia…o assombrou, aquele mal que lhe trespas-

sou o coração, que o carregou de angústia, de raiva, e de ódio. Por isso é que luta, por isso vive,

com o objectivo de vingar a morte, da sua aldeia, aquela pequena aldeia nos confins da Dinamar-

ca. Vinga a morte dos seus pais, que um dia enquanto ele no berço inocente choraram o ataque

do mal sofrido, lhe disseram para lutar e não desistir, é por isso que vive… Por inocente ser

sobreviveu, mas nunca esqueceu os choros, os gritos que lhe penetraram os ouvidos…

No futuro não tem medo, sei que enquanto viver, lutará para vingar a honra da sua terra. O futuro

não sei, depende de cada imaginação…

Raquel 7º A

O CAVALEIRO DA DINAMARCA — Escrita Criativa (4)

Página 27 EDIÇÃO 5—PÁSCOA 2011

Page 28: Onda ideias 5

Página 28 ONDA DE IDEIAS

Há dias, dias como o de hoje, dias como os de ontem. Dias como os de sempre…

Dias!

Dias em que a pausa é um alento, um calmante para a alma, um enriquecedor de espírito.

Há dias e noites de trabalho árduo, dias e noites em que a caneta quase suplica por descanso e o

escritor, esse homem despreocupado de si próprio, afinal, esse pobre homem de letras também

precisa do descanso pelo qual a sua caneta já faminta de tinta tanto implora.

Uma pausa, um pousar do calhamaço quase bíblico, um café para suportar mais uma noite, até

que o troveje daquele cartapácio medonho, cheio de letras e palavras que a maioria do povinho

não percebe o chama.

Novamente, este servo da cultura volta ao trabalho, trocando de caneta.

Catarina Almeida—9ºA

HÁ DIAS…

Page 29: Onda ideias 5

A FEIRA DA TOCHA

Na feira há de tudo:

Há casacos, calças e sapatos

Milho, trigo e centeio

Pintos, galinhas e patos.

Na feira há gente aos montes,

A comprar frutas e legumes,

Até parecem as formigas

Com os seus usos e costumes.

Há barracas de comes e bebes,

Tendas de alfinetes, agulhas, linhas,

Alicates, enxadas e tesouras

E gente que bebe suas pinguinhas.

À tardinha tudo está calmo,

Os papéis começam a voar,

Os feirantes vão embora

E os trabalhadores vão limpar.

Telmo Lopes (EB1 de Sanguinheira)

Mar de mágoas,

Um mundo esquecido,

Um rosto perdido…

Não faz sentido,

Tanta escuridão

Tanta ilusão

Tanto ódio no coração.

A vida aqui,

É a lei do mais forte,

É um porto não-seguro,

Um vida que é morte.

Gente com olhos no chão,

Gente a pedir compaixão,

Tristeza e ignorância,

Reina no pensamento.

Vontade de voar,

Vontade de sonhar,

Vontade de gritar,

Medo de falar.

Rita Oliveira- 7ª

FAÇA LÁ UM POEMA… (poemas concorrentes)

Página 29 EDIÇÃO 5—PÁSCOA 2011

Page 30: Onda ideias 5

Uma dor pode ser pequenina

Ou grande

Muda sempre a vida

De qualquer um.

É como a tristeza

Ninguém a pára.

Mas a tristeza

Ninguém a vê

A tristeza sente-se

É uma coisa forte

A dor e a tristeza

São fatais.

Vive no nosso coração.

A tristeza sente-se

Quando deixámos alguém que adorámos

Ou amámos de verdade.

A dor que as pessoas têm, é forte

E não nos conseguimos esquecer dela.

Deixa-nos a pensar

Se a devemos esquecer

Ou ficar com ela no coração.

MT

POETAS RESIDENTES… (o melhor que se faz por cá!)

Página 30 ONDA DE IDEIAS

Uma dor, por muito pequena que seja, dói sem-

pre.

Pode não doer muito, mas está sempre lá

Para nos fazer sofrer.

Não se sabe de onde vem

Nem a sua causa

Só se sabe que dói aqui dentro

No coração.

Temos que a esconder,

Porque é uma pequena dor

E partilhá-la

Só connosco.

Mas vamos senti-la sempre.

Se escondermos sempre a dor,

Se estivermos sempre tristes

Uma pequena dor

Vai transformar-se numa grande dor

Que ficará sempre aqui

No fundo do peito.

Por isso temos que a tentar esquecer

Fazendo coisas de que gostámos

Para que uma pequena dor M.M.

As dores ligeiras exprimem-se;

as grandes dores são mudas.

Séneca

Page 31: Onda ideias 5

O mar é maravilhoso

Espantoso, alegre

Eu conheço o mar

Ele é meu amigo

É bonito, é brilhante e salgado.

Adoro ver os meus peixinhos a nadar aos

meus pés

Adoro ver o pôr-do-sol a brilhar no mar

Adoro ver os barcos e traineiras a navegar

Adoro molhar os pés na água do mar

Adoro o mar como ele é !!!

Se todos os Homens não poluíssem o mar

Era maravilhoso

Mas o Homem não pára de poluir

A nossa maravilha, a nossa riqueza

A nossa beldade!

É muito bom ver o mar

Dá-nos alegria;

Dá-nos a paz

E eu só de olhar para o Mar

Vejo um paraíso Infinito

Gostaria que o Homem respeitasse o mar

Gostaria que o Homem melhorasse esse

aspecto

Gostaria que o Homem protegesse o mar

Gostaria que o Homem percebesse que está

a errar

Gostaria que o Homem visse a maldade que

faz

Não respeitando nem dando valor ao ser

mais grandioso

Que a Terra tem

O MAR É NOSSO E TEMOS QUE O

PROTEGER!

Matilde Marques—5º C

Página 31 EDIÇÃO 5—PÁSCOA 2011

―Estava sozinha no meu quarto, trancada em quatro paredes e pus-me a pensar em certos actos

que deixam o meu coração a gritar com uma enorme dor. Uma dor que não me abandona nem por

um segundo. Sinto-me tão só neste mundo cruel e injusto. O que me magoa mais são as mentiras

que dizem; mas sei que o nosso mundo não nasceu para ser um mar de rosas mas sim para nos

ensinar a lei da vida.

Simplesmente gostava de ter amizades sérias, sem mentiras; pois a verdadeira amizade é aquela

que ri e chora connosco; que nos apoia nos momentos tristes ou naqueles em que nos apetece ir

para além do céu e tocar num anjinho … um anjinho que olha por mim…‖

M.C.

Page 32: Onda ideias 5

Página 32 ONDA DE IDEIAS

…A VIDA …

…é como uma música… calma e agitada… cheia de notas afinadas…

…é como uma folha... umas vezes cor de fogo…outras cor da espe-

rança (verde)…

…é como o sol… quente por dentro e por fora…contornado

por uma luz reluzente que se propaga pelo enorme céu…

…é como um rio…repleto de correntes agitadas ou

suaves…cheio de pedras escorregadias e cobertas

de musgo… mas sempre seguindo o seu percurso…

…é como o céu…imenso e inspirador…

… é como as cores…diversificadas e misturadas…

…é como os ramos…cheios de ramificações…

…é como a água… suave e deslizante…

…é como as árvores…de variadas espécies e feitios…

Page 33: Onda ideias 5

Página 33 EDIÇÃO 5—PÁSCOA 2011

…é como os reflexos… nunca fogem à sua ―silhueta‖…

…é como os campos…alinhados ou espalhados, mas cada um com a

sua colheita…

…é como o horizonte…infinito e extraordinário…

…é como uma gota de orvalho… pequena e transparente, mas corre

as folhas todas, deixando a sua marca…

…é como o pôr-do-sol…partilha e espalha a sua beleza…

… é como a beleza…surpreendente…

…é como a neve…branca e pura …fria e delicada…

…a vida é como uma paisagem…única, cheia de pormenores

que fazem a diferença; cheia de sensações que a Natureza lhe

proporciona…

Patrícia Neves—7º A

… é como o gelo…tanto derrete como solidifica…

Page 34: Onda ideias 5

Vejo a Terra a rodar

O mar a nadar

O ar a voar

E a poluição a ameaçar.

Vejo a minha alma gémea

No luar a flutuar

Vejo a minha cara

Lá no céu a brilhar

Vejo Deus aos meus ouvidos

A segredar ao céu

A luz a iluminar

E eu começo a brilhar.

Gabriela Marques – 5º C

POETAS RESIDENTES...

Página 34 ONDA DE IDEIAS

POEMA INACABADO

Se um dia ao acordar

Me viesses perguntar

Se contigo, para sempre

Queria ficar

Eu responderia sem pensar.

Basear-me-ia nos momentos

Que contigo vivi

No que acontecia

Quando te ajudava

Te mimava

Sentia o mundo, como meu.

Sentia e sinto

Uma parte de mim

Que sempre me diz

Que sentirei aquele amor

Aquele calor quando te vejo

A sorrir

E quando os teus olhos riem

Page 35: Onda ideias 5

Vejo as estrelas a cair

E para o céu irão voltar

Neste dia especial

Que o sol vai rebentar de alegria

Nesta noite abençoada

A Lua a adormecer

Com o Sol a pôr-se

Ela aqui ficará esquecida.

O meu coração bate

Que até rebenta

E do Sol e da Lua recebo

A Poesia

Que de noite me habita

Os amigos que tenho

Tornam-se inesquecíveis

Recordo a Escola e os Professores

Que o Céu me deixam alcançar.

Gabriela Marques – 5º C

Página 35 EDIÇÃO 5—PÁSCOA 2011

A escrita é a minha alma

O meu pensamento

É a minha felicidade

É algo que nasceu lá no fundo

Algo que me enfeitiça

Algo mágico que acorda comigo

E se deita nas noites frias.

Nas noites em que sonho

Com algo que para mim é mágico

Algo que me deixa a levitar…

Como será possível simples palavras

Valerem tanto para mim.

Há coisas inexplicáveis

Coisas que têm uma pergunta

Mas por mais que tentemos procurar a

explicação

Ela não aparece.

Mariana Costa—5º C

Escrever é fácil: você começa com uma letra maiúscula e acaba num ponto final. No meio você

coloca as ideias.

(Pablo Neruda)

Page 36: Onda ideias 5

Partir,

Quero partir,

Partir um prato de mágoas,

E fugir,

Sem partir corações.

Quero sair,

Quero fugir,

Quero saltar,

Quero correr,

Correr sem o vento acordar, deixar a chuva escorre-

gar no meu rosto,

E parar.

Parar a mente,

Parar o corpo,

Parar o ladrar do cão e o miar do gato,

Quero impedir.

Impedir o pensamento,

Impedir o coração de palpitar,

Impedir o pássaro de chilrear.

Quero exigir.

Exigir o vento,

Exigir a chuva,

Exigir a vida;

Exigir a morte!

Exigir a alegria!

Exigir a Evolução!

Exigir-me a mim.

Vida não é vida sem dor,

Vida não é vida sem choro,

Vida não é vida sem exigência,

Vida não é vida sem morte…

Não se pode fugir;

Mas sim, lutar…

Não se pode esconder;

Mas sim, enfrentar…

Quero a facilidade,

Mas esquecemo-nos que vida,

só é vida,

com dificuldade…

Queremos o amor,

E esquecemo-nos que vida,

Só é vida,

Com sofrimento…

Sentir um ardor no coração que fere,

É tão natura quanto

O sussurrar do vento,

Ou a felicidade…

Ferver as ideias na cabeça,

É tão natural quanto

O chilrear do pássaro,

Ou a alegria…

Às vezes,

O desistir fala mais alto,

O deixar a vida passar,

Sem a viver…

É uma voz tão forte,

Que as lágrimas,

Nos deixam afundados,

De tristeza…

Deixamos de ouvir,

O som da Natureza,

É triste…

É real…

É natural…

É um desafio. Um desafio que TEMOS de cumprir.

Rita O. –7º A

POETAS RESIDENTES...

Página 36 ONDA DE IDEIAS

Page 37: Onda ideias 5

Vou ficar aqui e deixar-me arder

Ouvir-me chorar, como se gostasse da forma

como dói

Não consigo dizer o que realmente é

Só consigo dizer o que sinto

É como se tivesse uma faca de metal na garganta

Que não me deixasse falar ou respirar.

Mas vou continuar a lutar

Até o errado deixar de parecer certo

Como a primeira página de uma história

O futuro pode ser o que pensámos

Quando penso em desistir

É como tinta tóxica

Que me faz sofrer e sufocar

Abrir os olhos e seguir o meu caminho

É o melhor a fazer

Matilde Azenha—5º C

―O amor tudo sofre, tudo crê, tudo

espera, tudo suporta.‖

1 Coríntios 13:7

Página 37 EDIÇÃO 5—PÁSCOA 2011

Amar

Não sei bem, o que é a palavra amor?

Mas se amar, é gostar,

Então eu sempre gostei,

Das minhas irmãs, do meu pai e da minha

mãe.

Mas, amar não é só gostar,

É também ouvir e compreender.

Pois se queremos ter amigos,

Temos que saber viver.

E para saber viver,

É preciso ter sentimentos.

Por isso a vida nos ensina,

Com os erros que cometemos.

Há que respeitar todos os seres vivos,

Pois eles fazem parte do nosso mundo.

Para podermos ser felizes,

Temos que ter um sentimento profundo.

Esse sentimento, tem que ter muito valor,

Por isso nada melhor,

Que a palavra amor.

Palmira Timóteo –4º ano –Tocha6

(feito no âmbito do concurso Faça Lá um Poema)

Page 38: Onda ideias 5

… SÃO EXTENSAS, VERDES, FRESCAS, ESCURAS E ATÉ ESTRELADAS…

… SÃO MISTERIOSAS, REPLETAS DE FOLHAS, DE CORES, DE RAIOS DE SOL CURIOSOS E

ANSIOSOS PARA RESPLANDECEREM POR ENTRE AS ÁRVORES…

… SÃO O DOCE CHILREAR, O AMANHECER REPLETO DE ORVALHO, O ANOITECER REPLETO

DE SILÊNCIO, O DESABROCHAR REPLETO DE COR E BELEZA……

… SÃO AS RUGAS E AS HERAS QUE COBREM OS TRONCOS, O SOM DAS CORUJAS, O CORRER

DA ÁGUA SUAVE E DESLIZANTE, TRANSPARENTE E MELÓDICO, QUE MOLHA AS PEDRAS

HÚMIDAS E ESCORREGADIAS…

… SÃO AS ÁRVORES ALTAS COM CENTENAS DE ANOS, A HUMIDADE QUE TODAS AS MANHÃS

SE TRANSFORMA EM PEQUENAS GOTINHAS DE ORVALHO QUE PENETRAM NAS NERVURAS

DAS FOLHAS…

… SÃO AS IMENSAS FLORESTAS VERDES…

Já alguma vez pensaram se as florestas

são apenas isto? lugares lindos e ver-

des; não é que seja pouco, mas…eu já.

Um dia pus-me a pensar: as florestas

são realmente lugares encantadores,

mas acho que por detrás disto há algo

mais…não sei bem explicar. É como a

vida; tecnicamente é uma ―coisa abs-

tracta‖ que muitas vezes nem nós sabe-

mos explicar.

Eu acho que a vida é como uma floresta.

No fundo, uma floresta um pouco diferente. Passo a explicar melhor. As florestas começam numa

sementinha, que depois de desenvolve no meio da terra; a vida também começa numa

―sementinha‖ que se desenvolve dentro de um feto. E, a partir daí, surgem mais e mais vidas, tal

como as florestas. É um percurso realmente encantador Agora já posso dizer o que é a vida; é

uma floresta, uma floresta cheia de mistérios, surpresas, de beleza, de cor.

Já estão a imaginar…

Patrícia Neves—7º A

AS FLORESTAS

Página 38 ONDA DE

Page 39: Onda ideias 5

Numa pura folha, num mínimo pedaço de madeira, vive uma história.

Uma história, perguntas tu? Sim, sem sombra de dúvida. Podem ser histórias sobre… um gnomo

feiticeiro de sapatos azuis! Um coelho com olhos doces como… o mel! Ou até de um rapaz que

vive sozinho num monte, cuja casa está numa clareira!

A floresta pode ser tudo o tu quiseres. Pode ser um lençol verde que te aconchega na tua cama

fofa; Pode ser (nas cabeças mais arro-

jadas e brincalhonas) uma sandes de

legumes; Mas pode ser um local obs-

curo e assustador.

Assusta-te, a floresta? Vá, sê sincero.

Com certeza que se te deparasses

numa floresta, de noite, ficarias no

mínimo a tremer de medo. Porque não

te sentes bem, com medo do escuro,

ou com medo de animais, então por-

que é nessa altura em que, o teu cére-

bro volta novamente aos tempos em

que eras um menino indefeso cheio

de medo de tudo e de todos. Costuma

-mos achar que somos os maiores em relação a uma árvore, que não fala, não ouve e não tem

paladar; do que um passarinho, que é pequenino e indefeso; mas são eles que lá passam a noite.

A noite e todas as noites da longa caminhada a que nós chamamos VIDA. Sentes-te insignificante,

talvez?

Uma floresta não é só um ser, uma ―coisa‖ verde; ela é a Senhora com ―S‖ maiúsculo. Já imagi-

nas-te os milhares de seres que existem numa floresta!? São imensos seres, de espécies distin-

tas! Pinheiros, fetos, malmequeres, só um simples ervinha é um ser, tal como um pássaro, um

lobo, um veado, entre muitos exemplos!

Já não achas que tens de a preservar!?

Então, não gastes o teu latim, e ajuda-a a viver, que tem tantos ou mais direitos do que tu!

Rita Oliveira—7º A

Página 39 EDIÇÃO 5—PÁSCOA 2011

Page 40: Onda ideias 5

período como o ―Ano

Internacional das Flo-

restas‖, com o objec-

tivo de conscienciali-

zar as pessoas sobre

a actual matança de

nossas florestas e

como isso pode inter-

ferir negativamente

em nossas vidas...

protecção da biodi-

versidade e ao mes-

mo tempo poder

expressar a impor-

tância da biodiversi-

dade para o bem-

estar das popula-

ções.

Em 2011, a ONU deu

sequência a iniciati-

va, intitulando esse

O ano de 2010 foi

marcado por ser o

ano internacional da

Biodiversidade. Na

ocasião, tal campa-

nha criada pela

Organização das

Nações Unidas, teve

como fundamento

principal estimular o

mundo a agir pela

ANO INTERNACIONAL DA FLORESTA –2011

Edição e Layout — Professora Regina Teixeira

Aconteceu na Escola — Professor João Paulo e Professora Regina Teixeira

Agradecemos a todos os alunos que com as seus contributos, permitiram o sucesso desta newsletter.

Ficha Técnica

Agrupamento de Escolas Gândara Mar

Escola EB2,3/Sec. João Garcia Bacelar

“Onda de Ideias”

Eventos não incluídos nesta edição serão divulgados na próxima Onda de Ideias.

Aguardamos a colaboração de mais leitores .

Comentários, Sugestões e Textos para: [email protected] ou [email protected]

Follow Us!

http://www.facebook.com/ondadeideias

Contacto por email:

[email protected] ou [email protected]

Blogue da Biblioteca Escolar

http://biblos-tocha.blogspot.com/