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O mercado brasileiro de lácteos Ricardo Co*a Ferreira
Diretor de Gestão e Relações Ins7tucionais
Congresso Internacional do Leite 2015 / EMBRAPA -‐ CNPGL Porto Alegre, 29/07/2015
Compe77vidade do setor lácteo brasileiro
O mercado no Curto e Médio prazo
Desafio das indústrias de la7cínios no Brasil
91
61
36 36 31 30
24 19 17 14
-‐ 10 20 30 40 50 60 70 80 90
100
EUA Índia China Brasil* Alemanha Rússia França Nova Zelândia
Turquia Reino Unido
1,7% 5,7%
7,4% 4,1%
-‐0,6%
0,6%
-‐0,4%
2,8% 5,8%
-‐0,7%
Crescimento médio anual (2004-2013) Produção (milhões toneladas, 2013)
* Previsão para 2014 FONTE: FAO
o O Brasil foi um dos países que mais cresceu sua produção domésJca (4,1% a.a.). o De 2000 a 2015 incorporou uma ArgenJna e um Uruguai em volume.
Principais produtores mundiais | em bilhões de litros (lado da oferta)
Consumo mundial | crescimento (%) em valor (lado da demanda)
o O mercado de produtos lácteos agregou USD 135bi entre 2007 a 2014.
o A Ásia, incluindo China, foi a região que mais contribuiu para este crescimento, seguido pela América LaJna.
Fonte: Euromonitor
Fonte: FAO/ Food Outlook ; IBGE
CompeZZvidade industrial | diferencial compeJJvo Brasil X NZ
Densidade de leite Brasil x NZ Planta de leite em pó da Fonterra com capacidade para processar 15 M/dia. Maior planta de pó no Brasil não chega a 2 M/dia.
Edendale-‐Nova Zelândia
Escala Industrial
O que traz compeZZvidade? -‐ Escala; -‐ Qualidade e sólidos; -‐ Melhor uJlização dos fatores de produção:
MDO; Alimentação; Água; GenéJca; Gestão e câmbio.
o As 20 maiores empresas processam 40% do leite no mundo, com pouca diferença nos úlJmos 5 anos. o Companhias que apresentaram maior crescimento desde 2007 (>7% ao ano): Arla, RFC, DMK, Lactalis, Soodial, Amul, Yili, Mengniu e Saputo. As americanas ficaram praJcamente estáveis. o A 20ª companhia do ranking captou 4 bilhões de litros, enquanto que a maior empresa brasileira captou 2 bilhões, ainda longe de chegar à este ranking, sinalizando uma reduzida concentração do mercado nacional.
Escala CorporaZva | maiores empresas de laJcínios do mundo (2013)
Fonte: IFCN
o A preocupação deve ser sempre a compeJJvidade mundial.
o Precisamos produzir abaixo da média mundial pois temos um custo pós porteira (custo Brasil) bastante superior à maior parte dos países concorrentes.
o Não há indústria compeJJva se não Jvermos base produJva compeJJva.
CompeZZvidade
Compe77vidade do leite no Brasil
O mercado no Curto e Médio prazo
Desafio das indústrias de la7cínios no Brasil
Formação de preço |mercado mundial o Alta nos preços em 2013 (>USD5,000/ton) impactou no aumento produJvo de agora. o Preço LPI > USD4,000 = aumento produção; < USD3,000 = redução na oferta. o Oferta mais elásJca que demanda e alguns países demora a ajustar preço ao produtor em função do excesso de protecionismo.
Evolução nos preços do LPI
Fonte: GDT
EUA |lado da oferta
Exportações de lácteos dos EUA (em mil ton.)
Fonte: CLAL/It
o A produção dos EUA cresce a 2% a.a., refleJndo em aumento das exportações.
UE |lado da oferta
Produção de láteos na UE (em mil ton.)
Fonte: CLAL/It
o A produção da UE cresce pouco, mas mantém o excedente exportável de +-‐12%.
o China já é o maior importador mundial de LPI (XX%) e definidor na formação de preço (demanda). o Produção chinesa caiu -‐5,7% em 2014 e -‐4,7% (jan.-‐abril 2015). o As importações que cresciam a ritmo acelerado nos úlJmos anos (10% em 2011; 26% em 2012; 47% em 2013 e 7% em 2014), caíram -‐44% em 2015 (jan-‐abril). o Tudo indica que o país esteja superestocado, mas sem informações claras.
Efeito China |lado da demanda
Exportações de lácteos |por produto e paises agora e em 10 anos o Domínio do mercado internacional é e conJnuará sendo: NZ para leite em pó integral; queijos para UE e leite em pó desnatado para EUA e UE.
Subsídios agrícolas por produto |redução nos subsídios lácteos o O produto que mais reduziu os subsídios agrícolas nos úlJmos anos foi o leite.
Porcentagem da receita bruta proveniente de subsídios
• A disponibilidade global de lácteos conZnua super ofertada.
• Em função dos estoques acumulados durante 2014, a China diminuiu o ritmo de compras no mercado internacional.
• Nos EUA e na Europa, os preços aos produtores ainda não sofreram queda tão significaZvas em função do protecionismo, o que dificulta/retarda o ajuste na produção.
• Os custos com alimentação/ração conZnuam favoráveis, contribuindo para fomentar o retardamento do ajuste na oferta de leite.
• Tudo indica que será necessário um período mais prolongado de preços em baixa para que o excesso de volume no mercado seja enxugado (2º Sem. 2016??).
PerspecZvas mundiais no médio prazo | (2o Sem. 2015 e 1o de 2016)
Compe77vidade do leite no Brasil
O mercado no Curto e Médio prazo
Desafio das indústrias de la7cínios no Brasil
Conjuntura Econômica brasileira |crise até quando? Inflação: IPCA por segmento
Consequência | queda no consumo já chegou ao varejo
Variação no volume de vendas (jan. a março 2015 vs. 2014)
Fonte: Kantar
Fonte: IBGE
Fonte: Euromonitor 2014, em relatório do Rabobank (*) Médias regionais de EBITDA e média das 30 principais companhias cotadas
12,5%
6%
Consequência | baixas margens EBITDA do setor lácteo no país o Uma das razões das baixas margens das indústrias locais é em função da grande fragmentação do mercado nacional. o As 12 maiores industrias processam menos de 40% do volume total de leite.
O que mede valor de uma marca Busca por margem em um mercado compeZZvo |carnes e leite
Exportações (em equivalente leite) Milhões litros/mês
Importações (em equivalente leite) Milhões litros/mês
Jan a Mai (15/14): + 73% + 180 milhões de litros
Jan a Mai (15/14): -‐ 40% -‐ 96 milhões de litros
Jan a Abr (15/14): + 276 milhões de litros
(+2,8% da produção formal)
o Economia brasileira em retração com redução de massa salarial já refleJndo em queda no consumo. Até quando?
o O setor de laJcínios no Brasil ainda é extremamente fragmentado, repercuJndo em baixas margens EBITDA. Sinal para futura consolidação
o As industrias devem buscar a descomodiJzação (valoriazação da marca). Este é o caminho para valorização da companhia!
Considerações finais