terceiroolh’ ó jornal! olh’ ó terceiro toque! notícias e textos de espantar … olá, aqui...

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Educação e Comunicação PÁGINA 2 Um dia, os "CAIXOTES" vieram abaixo! PÁGINA 2 O que podes ler... PÁGINA 4 Um dia em cheio em Londres PÁGINA 5 Clubes PÁGINA 5 Mãe já não sou virgem! PÁGINA 6 Os filmes de terror PÁGINA 7 Le Nucléaire PÁGINA 7 Poesia PÁGINA 8 Dia Europeu das Línguas PÁGINA 10 Out./Nov./Dez. 2003 Ano IX Número -1 Preço - • 0,50 Tiragem 1 000 exemplares ISSN 0874-7385 TERCEIRO Escola Secundária de Gondomar PRÉMIOS “PÚBLICO” 2001: LUGAR EM JORNAIS DO SECUNDÁRIO E MENÇÃO HONROSA EM JORNAL ELECTRÓNICO PÁGINA 3 Entrevista com Júlio Magalhães PÁGINA 12 Visita de Estudo ao Porto Barroco PÁGINA 11 A Viagem de Ana

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Page 1: TERCEIROOlh’ ó jornal! Olh’ ó Terceiro Toque! Notícias e textos de espantar … Olá, aqui estamos de novo com o nosso jornal. No início deste novo ano lectivo, o nosso maior

Educação eComunicação

PÁGINA 2

Um dia, os"CAIXOTES"vieramabaixo!

PÁGINA 2

O que podesler...

PÁGINA 4

Um dia emcheio emLondres

PÁGINA 5

ClubesPÁGINA 5

Mãe já nãosou virgem!

PÁGINA 6

Os filmes deterror

PÁGINA 7

Le NucléairePÁGINA 7

PoesiaPÁGINA 8

Dia Europeudas Línguas

PÁGINA 10

Out./Nov./Dez. 2003Ano IXNúmero -1

Preço - • 0,50

Tiragem 1 000 exemplares

ISSN 0874-7385TERCEIRO

Escola Secundária de Gondomar

PRÉMIOS “PÚBLICO” 2001: 3º LUGAR EM JORNAIS DO SECUNDÁRIO E MENÇÃO HONROSA EM JORNAL ELECTRÓNICO

PÁGINA 3

EntrevistacomJúlioMagalhães

PÁGINA 12

Visita de Estudoao Porto Barroco

PÁGINA 11

A Viagemde Ana

Page 2: TERCEIROOlh’ ó jornal! Olh’ ó Terceiro Toque! Notícias e textos de espantar … Olá, aqui estamos de novo com o nosso jornal. No início deste novo ano lectivo, o nosso maior

Ficha Técnica:

ISSN 0874-7385

Coordenação: Dulce Silva, Dolores Garrido, Júlia Jorge

Equipa RedactorialAlunos das turmas: 7º4, 8º1, 10º2, 10º4, 10º8, 11º1, 11º2, 11º3, 11º9,11º11, 11º12, 11º14, 12º4, 12º6 e 12º7.Clube de Matemática; Clube de Francês; English Club.

Design: Luis Costa

Impressão: Greca Artes Gráficas

2 Out./Nov./Dez. - 2003

Nova escola

Como todos os anos, emSetembro, a escola é invadida pornovos alunos. Alunos cheios decuriosidade e também com umcerto receio.

Consegue-se perceberperfeitamente pelas caras doscaloiros que a adaptação à novaescola custa um pouco: andamperdidos pelos corredores,chegam atrasados às aulas…nada que não seja normal nosprimeiros tempos de aula. Depoisvem a praxe. No fundo, nós, oscaloiros, até gostamos desse dia.Afinal somos as personagensprincipais, recebemos o máximode atenção.

Passados uns dias, todospercebem realmente que as aulasrecomeçaram e o Verão acabou.

É engraçado como oscaloiros começam a falar dostempos da escola primária, comum sorriso enorme nos lábios, eum brilhozinho nos olhos,lembrando grandes momentos eas primeiras amizades.

Mas uma nova etapa começae o futuro é nosso. Acabou ointervalo e temos que voltar àsaulas…

Ana Sofia Martins, 10º4

O Projecto Educativo deEscola, enquanto instrumentoconsubstanciador da autonomiadas escolas, surgiu na sequênciada publicação do despacho 43/SERE/89, com ele se pretendendoque cada estabelecimento deensino definisse as grandeslinhas orientadoras da suaactuação em diferentes domínios.Posteriormente, com areformulação do modelo deadministração e gestão dasescolas, a importância destedocumento saiu enfatizada,surgindo assim como referencialde todos os textos reguladoresda sua acção, tais como oRegulamento Interno e o PlanoAnual de Actividades

É em consonância com esteprincípio que o plano deactividades da nossa escola temsido organizado, valendo asnormas de referência e osdiferentes campos de actuaçãodefinidos no PEE comoelementos integradores damultiplicidade de propostasapresentadas. É assim que,

Editorial Educação e Comunicaçãotambém este ano, se procurouque as propostas que integram onosso PAA possam reflectir aimportância do seu temaaglutinador -COMUNICAÇÃO.

No mundo actual, amultiplicidade e complexidade deformas de interacção que regemas relações individuais einstitucionais enfatizam aimportância da comunicaçãoenquanto factor estruturante danossa sociedade. Mas, de ummodo muito especial, toda estarelevância ganha particularacuidade quando falamos deeducação.

Educar é, antes de mais,comunicar. E a forma como, emcontexto de aula, utilizamos osdiferentes códigos verbais eparaverbais não só condiciona asaprendizagens como tambémdefine a própria relaçãopedagógica, uma vez que o canalverbal é usado, principalmentepara transmitir informação,enquanto que o canal não-verbalestá reservado para negociarsentidos atinentes a atitudes

interpessoais e, em alguns casos,para substituir mesmo amensagem verbal. Noutroscontextos educacionais, aimportância das diversasmodalidades de comunicaçãoapresenta-se com igualrelevância uma vez que delasdependem, em larga medida, asdiferentes dimensões dapersonalidade, desde a cívica esocial à ética e estética, entreoutras.

É assim que, nestaperspectiva, nos pareceinteiramente pertinente a reflexãoque o Jornal 3º Toque vaisuscitando em torno de temasque têm como referente o binómioeducação / comunicação ou quecom ele de alguma forma serelacionam.

E porque estamos em épocafestiva, pretendemos comunicara todos os nossos votos de umBom Natal e de um Feliz AnoNovo!

O Conselho Executivo

Olá, bons olhos osvejam!

Olh’ ó jornal! Olh’ó Terceiro Toque!Notícias e textos deespantar …

Olá, aqui estamos de novocom o nosso jornal. No iníciodeste novo ano lectivo, onosso maior desejo é que vocêsgostem do trabalho que temosvindo a desenvolver e tenham,cada vez mais, vontade departicipar com textos, comsugestões, com a leitura activae crítica das páginas a quemuitos deram vida, partilhando,com todos nós, o que sentiam,o que pensavam, o quecriticavam …

Como é já do vossoconhecimento, este ano o temada Escola é a comunicação.Numa era em que os massmedia dominam a nossasociedade, a nossa vida, anossa intimidade, muito haverácertamente a dizer sobre oassunto. Quem melhor do quevocês para descreverem,narrarem “os desmandos” decertos meios de comunicaçãoque usam e abusam do poderque detêm?

Olhando à nossa volta,falando com as pessoas, lendoos jornais, vendo a televisão,ouvindo a rádio, vemos eouvimos muitas coisasinteressantes, mas tambémmuitos ruídos, que baralham anossa vida e destroem overdadeiro significado dapalavra comunicar.

Comunicar significa tornarcomum, levar aoconhecimento, tornarconhecido, participar, mastambém pode significarcontagiar. E a verdade é quehoje em dia estamos a ficar

contagiados por umacomunicação-voyeurismo queprocura, acima de tudo, osensacionalismo. Algumasrevistas e jornais começam aperder a sua funçãopedagógica, porque vivemexclusivamente preocupadoscom a percentagem de vendase de lucro. Em vez de informar,desinformam, lançam o leitornum emaranhado de notíciaspassionais, coscuvilhices queem nada contribuem para odesenvolvimento intelectualda nossa população. Para nãofalar da televisão, cuja única eúltima preocupação é o shareobtido em cada um dosprogramas.

Perante estes cenários, édifícil encontrar o caminhocerto para fazer do nossopequeno/grande jornal ummotivo de interesse para osnossos jovens. Nãoprocuramos as notíciasexplosivas, procuramosapenas dar voz aos saberes etalentos dos nossos alunos,dos nossos funcionários, dosnossos professores.

Escrever, desenhar, tirarfotografias, pintar, representar… ajudam a conhecermo-nosmelhor a nós próprios e aosoutros e a sermos todos maisfelizes.

As coisas simples quefazemos todos os dias é quevão construindo a nossa vida.Escreve um simplespensamento, um texto deopinião, um poema, umanotícia …. mas participa.

Felizmente o jornal é feitopor alunos de muitas turmas,mas precisamos de maiscolaboração para quepossamos sentir que o 3ºToque é, de facto, de toda aEscola.

Olh’ ó jornal!Compre, caroleitor, são só 50cêntimos!

Os alunos que chegaram esteano à escola talvez não selembrem, mas quem já cá está hámais tempo ainda se recorda dosvelhinhos pavilhões, que poucassaudades deixaram. Eram frios e,em dias de tempestade ouventania, alunos e professoresolhavam as paredes e o tecto,receosos que pudessem virmesmo abaixo. Para além do frio,havia a chuva que, quando eraabundante, acabava por entrar. Ecomo ficavam em pleno espaçodo recreio, olhar lá para fora, àsvezes, era bem mais atraente doque prestar atenção ao que sepassava dentro da sala de aula.Mais tarde, as janelas forampintadas de branco, mas, quandose quer, sempre se descobre amaneira de “voar”. Era engraçadover uns pequenos círculos semtinta, mesmo junto aos olhos dosalunos para poderem ver cá parafora.

Claro que osprofessores nãogostam dessas“escapadelas”de distracção,mas o quetodos queriammesmo era queos espaçosfossem maisdignos eatraentes parase entender

melhor a coisa boa que éaprender.

E o que lá vai, lá vai! Com asobras, em vez desses velhos ehúmidos barracões, o espaçoexterior ampliou-se e, muito embreve, haverá mais jardim, o queajuda a descansar o olhar, porquetodos precisamos também debeleza para sermos mais felizes.

Existem também novas salasde aula e um novo pavilhão.Quanto mais bonito e funcionalfor o lugar onde estamos, maisvontade dá de o estimar eproduzir coisas boas e úteis paratodos nós.

Ter melhores recursos,estudar e saber cada vez mais étambém um sinal de quequeremos, de facto, pertencer auma Europa moderna.

E está ao alcance de todos –na nossa escola, aqui, bemjuntinho de nós!

Um dia, os “CAIXOTES”vieram abaixo!

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3Out./Nov./Dez. - 2003

Chegámos à TVI, no Porto. O elevador abriu-se. Na nossa frente,apareceu a figura alta e simpática do nosso entrevistado.Sorridente, pediu para aguardarmos alguns minutos.

Em breve, visitámos as instalações. Estivemos na regie, local dondese controla tudo o que vai para o ar, e onde pudemos ver como seprocessa o movimento das câmaras, que funcionam sem operadores.Vimos as salas onde se preparam as edições das reportagens, acaracterização e ainda a redacção. Finalmente, entrámos no estúdio,concluindo, com surpresa, que era de pequenas dimensões. Tivemosoportunidade de ver como funciona o teleponto, que está ligado aocomputador, onde estão as notícias que vão ser apresentadas:reportagens ou imagens.Seguiram-se as perguntas e as respostas…

Jornal 3º Toque - Que diferenças encontra entre os jornais, a rádio e a televisão?Júlio Magalhães - Nos jornais, há mais espaço para escrever, contam-se melhor as

histórias, desenvolvem-se os temas; a escrita é mais cuidada e trabalhada, apresentandouma outra qualidade. Em relação à rádio, a actualização da informação é feita de hora ahora e, por isso, é diferente, é menos trabalhada, simples, deve ser curta, sem muitospormenores, uma vez que os ouvintes, normalmente, estão a trabalhar e apenas sequerem manter informados. A televisão faz parte do quotidiano das pessoas e, comotal, quem aparece no monitor torna-se conhecido, e isso agrada e atrai. Dá notoriedade.Como alguém disse: uma imagem vale por mil palavras. Este é um meio fascinante; tudoé controlado ao segundo (ao mais ínfimo pormenor). É bastante imprevisível e a todo omomento os planos podem ser alterados.

Através da televisão denunciam-se injustiças, o que vai mal na sociedade: a política,a saúde, ... Contudo, por vezes, também se cometem alguns erros. Na televisão. há quejogar com o tempo. Um jornal tem, em média, 40 peças, o que é sinónimo de muita gentea trabalhar e a necessidade de uma óptima gestão do tempo. Outro aspecto fundamentalsão as audiências. A televisão vive deaudiências, o que condiciona o trabalho.

3º T - Como começou a exercer a suaprofissão?

JM - Comecei por trabalhar no jornal “OComércio do Porto”. Na altura, tinha umaenorme edição: havia poucos jornais, apenasum canal televisivo e, por conseguinte, liam-se mais jornais. Estive, depois, num outrojornal, passando, mais tarde, para a “ RádioNova ”, no Porto, onde trabalhei com colegasque também hoje estão na televisão, como oJosé Alberto Carvalho. Em 1990, fui convidadopara a RTP. Alguns dos meus amigos já láestavam. A partir daí não parei, sentindo-mecompletamente realizado na minha profissão.Estive sete anos na estação pública e háquatro anos que me encontro na TVI.

3º T - E como foi a transição da RTPpara a TVI?

JM - Fui convidado pelo José Eduardo Moniz, que eu já conhecia da sua passagempela RTP, e aceitei o convite. Era preciso desenvolver a TVI no Porto e, acreditando noprojecto do José Eduardo Moniz, fiquei como responsável desta estação, na cidadeinvicta.

3º T - O que é preciso para ser jornalista?JM - Acima de tudo é preciso dominar bastante bem o português, o que é raro nos

jovens hoje em dia. É necessário ter imensa força e espírito de trabalho, de sacrifício,tendo a coragem de enfrentar tudo e todos, não se deixando manipular. É preciso estaratento, ser curioso, imparcial e investigar.

3º T - Saiu, há algumas semanas, uma entrevista sua, no Jornal de Notícias, naqual falava, entre outros assuntos, do professor Marcelo Rebelo de Sousa. Se eledeixasse de fazer a sua análise semanal no Jornal Nacional, o que acha que o paísperdia?

JM - O professor Marcelo Rebelo de Sousa é a consciência do povo português; éa sua voz. O professor é uma pessoa importante, extremamente influente e se deixasse

de fazer a sua análise, o país perdiabastante. O povo deixava de ter forçapara denunciar as injustiças. Ele temo poder de condicionar, quer aoposição, quer o governo. Osministros, os deputados, os directoresde hospitais, entre outros, têm de estarmais atentos.

3º T - Existe muitacompetitividade no meiojornalístico?

JM - As pessoas têm horror emficar para segundo plano; quando isso acontece, andam a mendigar programas, a tentaraparecer... Em relação à competitividade, temos de admitir que é um meio violento. Édifícil estabelecer grandes amizades. O essencial é saber manter o equilíbrio. Hoje emdia, há mais gente a estudar jornalismo e a televisão está a crescer, a oferecer postos deemprego. Contudo, este meio é um pouco enganoso: julga-se que quem é conhecido érico, tem grandes carros e casas, mas o que, de facto, acontece é que existem imensaspessoas por detrás das câmaras, com papéis cruciais para que a informação e as imagenspassem.

3º T - Essa competitividade não faz com que os programas percam qualidade?JM - Obviamente que os programas não têm tanta qualidade, mas isso é conduzido

pelo público. A televisão depende do mercado e das audiências, daquilo que ostelespectadores querem ver. Como a vida é muito desgastante, o que as pessoas desejamé chegar a casa e relaxar em frente ao televisor; não exigem qualidade, pois não estãodispostos a pensar, a estar concentrados. Um reality show é preferido a um debate. ARTP 2 tem óptima qualidade em termos de programas, mas não tem audiência. Mesmo nainformação, se se abrir o jornal com a notícia de que um poeta morreu, as pessoas vãomudar para a concorrência para ver a reportagem do crime que se exibe. As pessoas nãose interessam muito por aprender com programas instrutivos, de qualidade.

3º T - Acha que a TVI temcontribuído para a formação decidadãos?

JM - Como a televisão faz parte dodia a dia, a TVI tenta ajudar as pessoas,procura resolver variados problemas,denuncia. A maioria das vezes, para aresolução de determinadas questões éfundamental que estas sejam expostasna televisão. A TVI tem ajudado asolucionar muitos problemasrelacionados com a saúde, a habitação,entre outros. Outro aspecto é oenquadramento de programas: demanhã estão direccionados paraidosos, donas de casa e, ao longo dodia, vão mudando de registo. Porexemplo, a análise do professor MarceloRebelo de Sousa é uma aposta com ointuito de formar cidadãos.

3º T - Brevemente vai editar um livro sobre o FCP, podemos saber que assuntosvão ser focados?

JM - O livro não é sobre o FCP, mas sim sobre vivências no estádio das Antas.Vários estádios “vão abaixo” este ano e, portanto, fui convidado para escrever um livroacerca do estádio do FCP, que já completou 50 anos. O livro irá contar os momentosmais marcantes vividos por figuras conhecidas. Um exemplo é a morte do jogadorPavão. Assim, falei com o António Oliveira que recebeu o passe do jogador na altura.Outro exemplo é o testemunho de Pedro Abrunhosa, que veio pela primeira vez aoestádio para assistir a um concerto de Frank Sinatra.

3º T - Porque lhe chamam “Juca”?JM - Juca é uma alcunha que vem desde a infância. Os meus pais, os meus amigos

tratavam-me assim. Ainda hoje quem convive comigo, trata-me por Juca.

3º T - Qual foi a reportagem que mais o marcou?JM - Lembro-me de várias: a queda da ponte de Entre-os Rios, a que estive ligado

durante um mês; uma manifestação de camionistas em Vilar Formoso, onde permaneciuma semana; o Campeonato do Mundo na Coreia, entre outras. Sem dúvida que as

...Júlio Magalhães

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reportagens mais marcantes são as que estãoligadas aos problemas das pessoas.

3º T - Ser o responsável máximo da TVI noPorto traz-lhe responsabilidades acrescidas.Para além disso, o que significa? É uma honra?

JM - Sim, é uma honra; é o reconhecimento deum percurso de vida, de imenso trabalho.Naturalmente, fui progredindo na carreira e estefoi um enorme passo. Se estivesse na televisãopública, poderia ter um cargo ainda maisimportante, ou não, visto que a promoção poderia funcionar através de meios políticos“ou cunhas”. Assim, foi uma ascensão por mérito. Actualmente, não posso ambicionarmuito mais, porque não quero sair do Porto.

3º T - Concorda com o modo como os meios de comunicação têm abordado oabuso sexual de menores?

JM - Concordo. Tem havido alguns exageros na forma como se comunicam osavanços do processo, contudo, se assim não fosse, tudo continuava na mesma. Estecaso de pedofilia dura há trinta anos. Se a televisão parar a informação, a investigaçãomorre. Se não fossem os meios de comunicação a denunciar estes casos, as vítimas não

tinham voz.

3º T - E não pensa que também se esquecemdo sofrimento das vítimas?

JM - Quem se esquece das pessoas são ospolíticos, que as tentam calar, não a televisão queouve os miúdos, os psiquiatras, os professores ...

A manhã já ia longa e a presença de JúlioMagalhães era necessária para ultimar o telejornal que iria para o ar, às treze horas. Ficouo convite e a promessa do nosso regresso para assistirmos ao Jornal da Tarde –necessariamente em grupos mais pequenos, porque, na entrevista, estávamos doze:duas professoras, uma encarregada de educação e alunos.

Aproveitámos também a oportunidade para convidar o jornalista a participar naSemana do Jornal, que decorrerá no mês de Março, na nossa escola, subordinada aotema Comunicação. O convite foi simpaticamente aceite.

Redacção da entrevista: Alunos das turmas 11º1; 11º9; 10º8Fotografias: João M. Alves, 11º1

Gravação em vídeo: David Brandão, 11º1

Os DireitosInalienáveis doLeitor

1. O Direito de nãoler.

2. O Direito de saltarpáginas.

3. O Direito de nãoacabar um livro.

4. O Direito de reler.5. O Direito de ler

seja lá o que for.6. O Direito de amar

os heróis dos romances.7. O Direito de ler em

qualquer lado.8. O Direito de saltar

de livro em livro.9. O Direito de ler em

voz alta.10. O Direito de não

falar do que se leu.Daniel Pennac – Como

um romance

Este autor francêsexplicitou os dez direitos doLeitor.

Individualmente, ou nasala de aula, tenta agoraredigir os Deveres do Leitor.

Faz chegar o resultadodo teu trabalho até à equipado jornal, para serpublicado e partilhado portodos.

E, já agora, se puderes,folheia e lê o livro citado deDaniel Pennac. É divertido,agradável e ensina-nosmuita coisa.

“Mulher procura hotel de cinco estrelas com homemincluído” de Gaby Hauptaann ; Quetzal Editores

Trata-se da história de Katrin, uma rapariga alemã de vinte e trêsanos, que trabalha na caixa de um supermercado, e nem pode acreditarna sorte grande que lhe saiu: acabou de ganhar uma semana de fériasna neve, num hotel de cinco estrelas.

Assim, sem tempo para pensar duas vezes, Katrin dá por si numcírculo de ricos e atractivos hóspedes de um hotel. Resolve entãoguardar segredo sobre a sua profissão e rodeia-se de uma aura demistério, o que a torna ainda mais interessante para os homens.

Na chiquíssima estação de esqui, a vida corre-lhe às mil maravilhasaté Katrin se aperceber de que andam por ali estranhos poderes deatracção.

Este livro é uma dose refrescante de humor negro, ideal para quemgosta de mistérios.

“ Os filhos da droga” de Christiane F.; Perspectivas eRealidades

Os Filhos da Droga é uma história verídica, vivida pela autora que,apenas com 13 anos de idade, tornou-se toxicodependente e prostituta.

Hoje sugerimos trêsrevistas de quegostamos, embora sejambastante diferentes.

XIS Ideias para pensar épublicada ao sábado com o jornalPÚBLICO.

É uma revista que ajuda osleitores a viverem melhor. Para tal,há sempre a abordagem de temasligados à vida afectiva de todos;crónicas; pequenas entrevistas;correio dos leitores; beleza;moda…

A crónica da directora darevista revela sempresensibilidade, carinho, beleza,

Este livro contém uma história bastante forte que marca qualquer umque o leia. Fala-nos de relações familiares deformadas; da passagemda infância à adolescência num ambiente de cimento; do consumopassivo, mortal; da falta de orientação dos adolescentes e de diálogocom os próprios adultos.

Cristina Santos 10º8

“Harry Potter e a Ordem de Fénix”, de J. K. Rowling;Editorial Presença

Este é mais um livro da saga de Harry Potter que promete continuara fazer furor entre os nossos jovens e adultos. O mundo da magia,sempre fantástico e perfeitamente imprevisível, alicia o mundo inteiro,tornando J. K. Rowling uma autora verdadeiramente internacional.

Neste quinto volume, Harry é obrigado a desrespeitar as normasde Hogwarts e, no bairro mais muggle do mundo, faz uso da magiapara escapar a uma emboscada dos Dementors. Embora o Ministérioda Magia não acredite no regresso de Voldemort, O Senhor das Trevas,os seus fiéis Devoradores da Morte já começaram a preparar o seuregresso ao poder. A esperança reside numa antiga Ordem secreta, daqual os pais de Harry fizeram parte.

Revistas – ao fim de semana e não só!optimismo, sentido poético davida…

Em cada sábado podeencontrar-se, nesta revista, umaluzinha sempre útil em todos osdias.

A NOTICIAS Magazine épublicada, ao domingo, com oJORNAL DE NOTÍCIAS.

É uma revista divertida,atractiva, com artigos actuais eem boa comunicação com o leitor.

Tem diferentes secções:entrevistas; temas actuais, cartasde leitores; crónicas; horóscopo.A não perder a crónica dadirectora da revista: tem sempre

bom humor,c r í t i c ac o n s t r u t i v a ,in te l igênc ia ,afecto…

Proporcionaalguns e bonsmomentos deleitura aodomingo.

Os meuslivros é umarevista mensal e, como o títulonos diz, fala de livros. Tem muitosartigos de crítica, de divulgação;entrevistas; concursos paranovos escritores; crónicas;

cartas de leitores…É uma forma de conhecer

mais sobre o mundo através doslivros, dos escritores, de outrosleitores.

4 Out./Nov./Dez. - 2003

Livros - sempre!

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Como todos sabem, oclube de Inglês organizouuma viagem a uma ilhabem conhecidamundialmente. Não, nãofoi ao Hawai nem a umaoutra ilha paradisíaca outropical, mas sim à Grã-Bretanha, passandopelas cidades maissignificativas deste país:Londres, Manchester,Liverpool, Oxford, entreoutras.

Tudo começou no dia 5 deAbril de 2003, quando as nossasmães nos acordaram, bem demanhãzinha, para nos levarem aoaeroporto, onde embarcaríamosno avião que nos levaria paraInglaterra. Depois de muitosabraços, beijinhos já saudosos epequenas choraminguices,embarcámos e Vvvvvvvv. .Chegámos ao nosso destino sãose salvos. Acompanhados poruma guia, não perdemos tempo emãos à obra, fizemos uma breve,mas geral visita pela cidade deLondres.

Bem, mas um dos maisdivertidos e fantásticos dias

passados em Londres, foi paramim o 3ºdia da viagem ( 7 de Abril), apesar de todos os dias teremsido igualmente fantásticos. Estedia começou com o pequeno-almoço no Hotel, de ondepartimos, já de barriguinha cheiapara a famosa e lendária Torre deLondres. Escusado será dizer queé absolutamente fantástica. Asprofessoras marcaram então umahora de encontro e deixaram osaventureiros partir livrementepara visitarem o que desejassem.Desde as salas de tortura, até àsJóias da Coroa, que são de cortara respiração, tudo faz parte dahistória de Inglaterra. Depoisdesta visita, a fome apertou efomos almoçar, rapidamente, ao“ Extremely Starving “. Jásatisfeitos, fomos visitar a maisassustadora atracção deLondres: “The LondonDungeon“. Aqui, regressámosao passado até ao grandeincêndio de Londres, seguimosos passos sangrentos de Jack“The Ripper” (um senhor quedispensa apresentações), efomos “condenados” por um juizno Dia do Julgamento, mas ele ládeveria ter as suas razões. Foiaqui que também tirámos umafoto em grupo, mas apenasmetade dele, visto que uma outrametade não se atreveu a

Um dia em cheio na cidade de Londres

acompanhar-nos. Não ganhámospara o susto, neste caso váriossustos.

A próxima paragem para todoo grupo seria a ida ao museu decera, “Madame Tussoud´s”. Jápensaram como seria estaremfrente a frente com as vossasestrelas preferidas? Afinal não étodos os dias que se vê o TomCruise, a Penélope Cruz , oHarrison Ford, a Marilyn Monroe

ou até mesmo o Elvis, mas esseainda dizem que está vivo, porisso é porque ainda não tinha“abandonado” o edifício. Até oshomens mais procurados domundo estavam “presentes”!Como por exemplo : Bin Laden,George W. Bush ( estou abrincar).

Depois de todo esteentusiasmo e, para aproveitar

bem a estadia em Londres, pelanoitinha, fomos assistir (apenasalguns) a um musical,” The BloodBrothers”, um dos mais intensose divertidos musicais a que atéagora tinha assistido. Este foi ofinal de um dia em cheio de umaviagem simplesmente inesque-cível!

Márcia Fernanda Santos, 12º6

Hi!School is back! You are

probably (not ???) very happy tobe back at school after the summerholidays...

Whether or not, the EnglishClub is here to help you feelhappier!

This year you can:· enter competitions and win

prizes· watch films (Shrek was the

first, but others will follow...)· read poems, magazines ,

books, ...· surf the net· play games· get e-friends· participate in the English

Club notice-board with yourarticles, cut-outs, jokes,cartoons,...

And become famous...We’re waiting for your precious cooperation on Tuesday at 10.15

a.m. and Wednesday at 11.00 a.m.

The teachers Etelvira Figueiredo

and Luísa Matos

PS: Don’t let us fall asleep!!!

English ClubNão se sabe ao certo a

origem deste admirável“jogo” que não dependedo azar.

Sabe-se que veio doOriente e que já erapraticado na Índia, noinício da nossa era.

Daí teria passado àPérsia, no séc. V, de ondeos árabes conquistadoreso trouxeram para o mundomuçulmano.

Mais tarde, na épocadas Cruzadas, passou àEuropa cristã, onde gozoude enorme prestígio nos séculosXIV e XV.

Do período árabe ficaramtermos como “xeque-mate”,“roque” e o próprio nome dojogo.

Diz a lenda hindu que opríncipe SHIRAN da Índia,maravilhado com o engenho einteligência revelados peloinventor do jogo de xadrez, omandou chamar e ordenou queindicasse ele próprio arecompensa que desejava. Osábio, Sissa Ben Dahir,agradeceu e falou:

“Peço-vos, Senhor, que vos

Invenção do jogo do Xadrez

digneis mandar colocar um grãode trigo na 1ª casa do tabuleiro,dois na 2ª, quatro na 3ª e assimsucessivamente a dobrar até àúltima casa”.

Ficou o monarca muitosurpreendido com a modéstia dosábio e mandou pagar o prémiosem demora.

Qual não foi o seu assombroquando lhe vieram dizer que nema produção de vários anos detoda a Índia chegaria para pagartal recompensa!

(Vê os cálculos no próximo jornal)Clube de Matemática

5Out./Nov./Dez. - 2003

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Aqui está um título quechama a atenção dequalquer pessoa que oleia. Se continuas a lereste artigo, ele tem oefeito pretendido. Masvamos ao que interessa.

Quantas vezes já nãoouviram:”O meu filho é umsanto! Estuda, não bebe, nãofuma e não consome drogas.Deviam ser todos assim!”.Normalmente, a frase vemacompanhada com um olhar de“És um perdido da sociedade”que recai criticamente sobre nós.Já passaram certamente por algodo género.

Já acreditei no mito do filhoperfeito, pelo menos atédescobrir que grande parte dajuventude portuguesa ( e nãosó!) sofre da doença da duplaquando não tripla personalidade.Passo a explicar!

Situação: Festa de anos deum amigo. O filho/a faz a suajogada: vão estar os pais doaniversariante, apenas vão bebersumos, vão apreciar o último CDda Moli, da Shakira e algo maisforte, tipo na onda de Anjos ouBackStreetBoys e, por volta dameia noite, irão dormir. Resultado:permissão concedida.

Mas eis que quando chega afesta, e os pais não estão ( pois

Gostei muito de ler oconto O Tesouro, porqueachei-o interessante emotivante.

Este conto narra-nos ahistória de três irmãos, falsos,egoístas, gananciosos etraiçoeiros. Estes irmãos têm asorte de encontrar, certo dia, umvalioso tesouro mas, em vez departilhá-lo e dividi-lo pelos três,os irmãos, levados pela ganânciae pela cobiça, fazem tudo para queo tesouro fique só para um deles.A solução encontrada, para nãodividir o tesouro, foi enganarem-se uns aos outros, mas essa nãofoi uma boa solução, porque osirmãos traíram-se mutuamente eisso fez com que nenhumrestasse para saborear o tesouro.Todos morreram devido à traiçãoe o tesouro permaneceu semdono, quieto e sossegado namata.

Eu penso que fizemos bem emestudar este conto de Eça deQueirós, porque o autor tenta-nos transmitir a ideia de quenunca devemos ser gananciososou egoístas, mas que devemosusar a união, que temos de seragradáveis, sempre dispostos apartilhar as coisas, quer sejamboas quer sejam más, quer sejaum tesouro ou um simplessorriso.

Este conto também nos ajudaa reflectir sobre o que acontecenos dias de hoje. Nós assistimos,cada vez mais, a umdesenvolvimento de umapopulação com sentimentosidênticos aos dos irmãos: aganância e o egoísmo sãosentimentos que fazem com queas pessoas façam sofrerinocentes, só para terem maisdinheiro.

Gostei da maneira como oconto termina, pois acho que osirmãos mereceram perder a vida eperder o tesouro.

Como conclusão, posso dizerque neste conto assenta quenem uma luva o provérbio quemtudo quer, tudo perde, pois osirmãos queriam tudo e ficaramsem nada.

Carla Cardoso, 10º 8

Mãe, já não sou virgem!Por Xavier, 12º7

decidiram que não havianecessidade da sua presença),acontece a transformação deDr.Jekyll para Mr.Hyde. Ossumos fazem-se acompanhar porVodka, no mínimo, e a músicapassa a ser o último CD dos“CrazySuicidalVirgins” e dos“BlackSatanChild” (nomesinventados, mas bemsugestivos.), e o ar é preenchidopor uma densa neblina (quandonão autêntico “smog”), de umfumo branco completamenteembriagante dos sentidos. “Tassbem “méne”!” A noite, essa sóacaba ao som do último vómitodado por volta das sete damanhã.

Primeiro: Não tenho nadacontra isso, e até apoio uma boafesta, e a minha parte de bebidasalcoolicamente alteradas.

Segundo: Ouço de tudo oque é música. E acho que numafesta entre amigos até se ouve oúltimo single do Zé Cabra. O queinteressa é o ambiente de festa.( Há gostos para tudo.)

Terceiro:Tudo o que faço erepresento é de inteiroconhecimento dos meus pais.

Aqui alguém diz: “Que gajomais cromo! Hehe!” Issorespondo: “ Ya, talzez! Voupensar e depois digo-te algo!”

Passo a explicar a minhaatitude. Tenho uns pais que

tentam aceitar e compreender oque sou, pois mostro que umestilo de vida “pseudo-boémica”não leva à destruição da vidaacadémica, e faço o meu quinhãode tarefas domésticas.Resultado? Uns pais que, apesarde tudo, adoro e uma consciênciatranquila.

Penso que um dos malesactuais da juventude é tentarmostrar aos pais algo que nãosão realmente ( maneira de ser,estar, pensar, etc...). Se os jovenscomeçassem a assumir os seusdefeitos, tal como assumem assuas virtudes, as coisas entre paisfilhos poderiam mudar. Basta desegredos e máscarasdesnecessárias! Se alguns tabusfossem quebrados, o conflito degerações poderia diminuir e atéajudar a uma mudança dementalidades. Na minha humildee modesta opinião, o queassumimos perante os pais é oque assumimos socialmente.Uma falta de carácter perante ospais, irá mais tarde reflectir-se nasociedade.

Não digo contar tudo (não“chibar” amigos”, não falar dasconquistas pessoais, e maisalgumas coisas que não ireimencionar,pois cada um sabe desi, e eu sei de mim!), mas contarpequenas insignificâncias, taiscomo: o primeiro copo, a primeira

bebedeira, o primeiro vómito apósa primeira bebedeira ( ai, ai, quesaudades), o primeiro charro( quem quer consome, quem nãoquer não consome, e fica maispara os outros.)

Mas agora falando um poucamais a sério. Sei que a relaçãopais/filhos nem sempre é dasmelhores, porém penso que senós formos um pouco maissinceros e os pais confiarem umpouco mais nos filhos, osproblemas relacionais podem serultrapassados. Tenho segredosque guardo só para mim e façoquestão de manter consciente aexistência da minha privacidadee a existência de limites ( às vezesdifíceis, mas não impossíveis deperceber.)

Pensem um pouco nisto econversem um pouco mais comos vossos pais, tentem fazer valeros vossos pontos de vista.Poderão contribuir para umamudança de valores sociais e,quem sabe, ter uma vida maisfacilitada a seu devido tempo.Toda a mudança custa, mas o pioré sempre o primeiro passo. Osfilhos de hoje serão os pais deamanhã. Já chega de frases feitas.

Bem, quanto ao título... Seleste até aqui, ele funcionou àsmil maravilhas, pois já diz oprovérbio: “A curiosidade matouo gato!” Hehe!

Hasta la proxima.

"O Tesouro"

Uma imagem apresenta-se-me aos olhos e nemsempre a primeiraimpressão fornecida poresta é o que elarealmente representa.

Tal como nas palavras quelemos, são-nos enviadosestímulos ao cérebro que, namaioria das vezes, nos enganam,e só mediante um raciocínio maisaprofundado é que tomamos asimagens /palavras pelo que estasrealmente são, ou melhor,significam. Assim, numa primeirae rápida observação, vi umaglomerado de frutos variados,realçados pelas suas cores, queeram um pouco gastas, e tambémpelas suas formas características.Uma cesta, maçãs, romãs, uvas,cerejas, damascos, uma pêra eumas pequenas folhascompletavam um conjuntodisposto organizadamente.

Todavia, é pela força daimaginação que passo agora aanalisar a imagem numaperspectiva diferente. O

A força da imaginaçãoaglomerado referidotorna-se uma face idosa,caracterizada pelosolhos poucodiferenciados, pelasmaçãs do rosto e peloqueixo de formasexacerbadas, assimcomo pelo chapéuoutrora denominadocesta. Ainda peloselementos presentes,classifico a cara comopertencente a umamulher, já que não só asuvas que setransfiguram em longoscabelos encaracolados,mas também as cerejase os damascos nos dão aimpressão de existirem uns lábioscarnudos, tipicamente femininos.

Concluindo, nem sempre umaimagem apresenta carácterdefinitivo face ao que representa,assim como nem todos aobservam da mesma maneira. Daío contraste entre as minhas duasdescrições: a primeira, rápida eobjectiva, deu conta do conjuntode frutos como uma imagem

“morta”, sem significado, quenão tinha qualquertransfiguração possível; asegunda, mais pormenorizada e,observada num outro ângulo,mostrou-me uma face desenhadapelos frutos e adereços - face estaque, utilizando a imaginação e acapacidade transfiguradora, serevelou ainda pertencente a umamulher idosa.

Assim, além do que foi dito

no início deste parágrafo, arrisco-me a anotar que uma imagem,possuindo um certo caráctertemporário e subjectivo, ésusceptível de ser transformadana nossa mente e entendida,depois, como algo novo e aindarevelador das nossascaracterísticas mentais/imaginativas individuais.

Bruno Guimarães 12ª4 nº1

6 Out./Nov./Dez. - 2003

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O terror, o medo, omaravilhoso. Quem nãogosta de filmes deterror?

Quem lhes sobreviveimpávido, como se fosse o dadomais natural e corriqueiro domundo?

Os filmes de terror usam amáquina do maravilhoso e dasvelhas histórias para nosencantar, para nos conduzir àcerteza de que a realidade não selimita ao que está ao alcance dover, pensar e sentir simplistas.

Sonhos e sombras, espelhos,linguagens, símbolos, desejos,mitos, arquétipos, tons, cores,sons – tudo se funde num imensoser que actua em nós e nos fazsentir o impossível.

Tudo real, mesmo que oneguemos, por educação, que,nos prepara para o terror.

Podem, tais filmes, sermelhores ou piores, bemconstruídos ou cedendo a umsimplismo primário, nem assimnos estacam as reacções, asbatidas do coração, a entrega.

Como podemos, em hora emeia, descarregar tantasperguntas que se guardam desdea infância, perguntas sobre oproblema da vida e da morte,sobre o mistério do mundo/imundo ou da ordem/caos?

E isto em gente como nós,todos virados para explicaçõesracionais, para o prazer dasciências; todos os povos têmuma explicação para o mistério davida, do nascer, crescer e morrer,e todos transportam a memóriacomo uma arma, como modo deadaptação ou destruição.

Além da memória, há ainteligência, essa capacidade deadaptação; a limitar-lhe os efeitos,estão as doenças ou disfunções,e há, inevitavelmente, o tempo, acadeia que nos prende e quealiada à imaginação nos conduz

Eu sou uma daquelaspessoas que gostaria denão conhecer osignificado da palavrapedofilia para poder ficarindiferente ao sofrimentode crianças inocentes.Mas é completamenteimpossível ignorar umassunto de tamanhagravidade.

Raras são as vezes em queligo a televisão e não oiço maisum caso de pedofilia, em que,mais uma vez, uma criança perdeum sorriso e em troca recebetristeza e sofrimento.

Quando desligo a televisão,penso que essa criança poderiater sido o meu irmão mais novo elogo me caem as lágrimas, poisimagino o sofrimento das famílias

Os Filmes de Terror

a certas portas. Cadeia que sepretende macia para que não sequebre com os impactos e paraque não ultrapasse o limiar da dor.

Quebrá-la ésempre morrer,perder o chão, onorte ou a razão(ainda que àsvezes, perdendo-se a razão seganhe a intocabi-lidade, sealarguem osd i r e i t o s ,dependendo doque se faz com talperda).

Pode rosos ,pois, aqueles quenão temem amorte, o tempo;que estãodispostos amorrer; que não

atribuem o valor aos objectos,que são de uma liberdadediabólica. Com eles se fazemfilmes de terror, com eles seconstroem histórias de pôr oscabelos em pé. Mesmo que nãoapareçam, sabemos da suaexistência pelo corte de fiéis queestá no nosso espaço físico, quese confunde connosco, naaparência, nos gestos, nalinguagem.

Eis o mistério, o enigma, quese busca porque se crê, porquese sofre. Há os que pensam terchegado perto; há os que nem selembram disso, como não selembram de quase nada,contentam-se em acompanhar osque vão.

A música, qual reacçãopavloviana, condiciona-nos,como se tivéssemos sidoprogramados. As sombras, asreacções das personagens,também. Podemos temer o pior enada acontece. Mas acabará poracontecer. Quanto mais tardar,mais inquietação. As maldades,as dores, o impossível, o excessoacontecerão e senti-lo-emoscomo se estivéssemos realmentedentro do filme.

No fim, o mal será derrotado,senão para sempre, pelo menosnaquele momento, naquelahistória. Renascerá porquesabemos que o mal nunca acaba,tal como o bem.

E desse equilíbrioconflituoso, violento, agressivoe doloroso se faz um bocado donosso prazer. Como o olhar noespelho o que tanto nos custa aver em carne e osso.

Bruno Miguel; João Pedro; JoséFilipe , 11º9

Pedofilia

e das crianças abusadas.Pergunto-me, muitas vezes, o

que levará estes monstros ( nãopodem ser designados de outramaneira) a ter semelhantescomportamentos. Na verdade,nunca consegui encontrar umaresposta razoável.

Será que eles estãoconscientes dos seus actos e dasconsequências dos mesmos?Infelizmente, penso que sim e é,por isso, que eu tenho vergonhade respirar o mesmo ar que elesrespiram.

Será que não entendem quesão apenas crianças, criançasque querem apenas brincar e,principalmente, sonhar? Claroque não! Eles estão apenasinteressados em satisfazer osseus desejos incontroláveis.

Há alguns anos atrás, escrevium texto em defesa da abolição

da pena de morte. Mas depois desaber que existem situaçõesdestas, já não sei o que pensar,embora saiba que é discutível.

É pena que, em pleno séculoXXI, ainda existam crianças asofrer. Crianças que sãomaltratadas por indivíduos que sedizem adultos e estão,constantemente, a apelar para osseus direitos e, no entanto,esquecem o mais importante: orespeito pelos outros, o respeitopalas crianças.

Acredito que temos quemanter viva a esperança e pensarque, em breve, a justiça será feita.Sei que não será tão cedo comoeu gostaria, mas o maisimportante é que as crianças quehoje choram, amanhã poderãovoltar a sonhar.

Rute Loureiro, 12º6

7Out./Nov./Dez. - 2003

Le Nucléaire:Pour moi le nucléaire est une chose très triste parce que les essais nucléairesprovoquent la mort des poissons, détruisent l’environnement, provoquent desradiations qui peuvent affecter les personnes.

Le plus important c’est la confusion qui se trouve dans la population parce que la majorité est contre labombe atomique et on fait de grandes manifestations qui peuvent provoquer aussi la mort de beaucoup depersonnes qui défendent la planète et l’environnement.

C’est à cause de ce problème que le”greenpeace” a fait des protestations mais il n’a pas eu de succèsparce que les essais ont été realisés.

Je ne vois aucun aspect positif parce que, quand on réalise les essais, les personnes parlent seulementde la mort et de la destruction de la planète et de l’environnement.

Helder Castro, 11º12

La France inflexible mais...La communauté internationale condamne les nouveaux essais nucléaires.

La France a effectué son premier essai nucléaire le 13 février 1960, dans le Sahara, en Algérie, près deReggane.

Aujourd’hui, ces essais sont realisés dans les îles de la Polynésie française, principalement à Mururoa,à l’Est de l’Australie dans l’Océan Pacifique. Malgré les réactions négatives de la communauté internationaleet en particulier de l’organisation écologiste “greenpeace”. La France continue à les effectuer et on a déjàassisté au quatrième essai.

Le premier-ministre français, Alain Juppé, a affirmé que la France “poursuivra la campagne d’essaisnucléaires dans les conditions et dans les limites fixés par Monsieur le Président de la République,Jacques Chirac”.

Nous souhaitons que cet article vous puisse alerter à ce problème qui est un danger pour le monde etl’être humain en spécial.

Ana Cecília; Claudia; José Manuel; Renato, 11º2

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PALAVRAS…Paraíso é uma palavra “bonita” porque me faz logo lembrar um campo verde cheio de coloridas flores

e de um riacho a passar pelo meio; borboletas a voar, alegria no ar, paz, muita paz… Enfim, tudo o que ohomem estragou!...

Mas a palavra Alegria também me faz lembrar crianças num parque infantil, com os familiares a brincare a rir (pois o sorriso delas faz rir toda a família) e principalmente com vontade de viver. No entanto, temosde nos lembrar daquelas crianças que não têm comida e de outras que são portadoras de algumas doençasmortais, assim como daquelas que têm de trabalhar desde muito cedo para poderem sobreviver. E daquelasque desde bebés trabalham com armas…

União faz-me lembrar crianças de todos os países do mundo, de mãos dadas à volta do mesmo,esperando que ele melhore. Contudo, tal não acontecerá se os adultos não nos derem o exemplo.

Como “Nem tudo é bonito”, já diz o povo, também há palavras de que eu não gosto. Ambição éuma delas. Para além de não apreciar a pronúncia da palavra, lembra-me pessoas forretas, muito forretas.

Matemática faz-me lembrar números e muitas complicações; Ódio é uma palavra horrível porque mesugere dor e muita guerra.

Catarina Castro, 7º414 de Outubro de 2003

Das palavras de que mais gostamos, o amor é uma das eleitas, porque sem amoras pessoas não gostariam umas das outras e não haveria felicidade no Mundo. Oamor é um sentimento que transmite alegria, carinho, afecto e felicidade.

Quando falamos de amor, lembramo-nos da palavra família, porque nos sentimos bem no meio daspessoas que mais nos amam e que nos querem bem. É a família que nos apoia nos momentos mais difíceisda vida, dado que é a ela que contamos as nossas alegrias e tristezas.. Também temos de nos lembrar dapalavra união, porque sem ela não haveria famílias unidas e felizes. Só com união é possível haver paz noMundo e criar novos laços de amizade. E por isso é preciso ter confiança.

O amor, a família, a união, a paz e a amizade são as palavras mais importantes do Mundo, porque sãoelas que nos fazem sorrir.

Porém, existem palavras que detestamos, tais como a guerra, o ódio e o inimigo. O ódio é uma palavraque nos «arrepia», pois nela lembramos os inimigos e dela nascem toda a dor e todo o sofrimento que nosatormentam.

Mas, não desanimamos, porque continuaremos a lutar com toda a nossa força e iremos vencer com aspalavras de que mais gostamos.

7º 4

Top das palavras do 7º 4

8 Out./Nov./Dez. - 2003

«As palavrascintilam

na floresta de sonse é sem rumorde corças perseguidaságil e esquivo

como o ventofala de amore solidão:quem vos ferir

não fere em vão,palavras.”

Carlos de Oliveira

«Gostaria de atirar palavrasRápidas, secas e bárbaras:

pedradas! »

Irene Lisboa

«Escuto o silêncio daspalavras. O seu silêncio

Suspenso dos gestos comque elas desenham

Cada objecto, cada pessoa,ou as próprias ideias

Que delas dependem. »

Nuno Júdice

A escola

Fazes parte da minha vida há10 anos

Mas fui eu quem nunca tedesiludiu.

Vives por mim como eu por tiE assim a nossa amizade se

construiu.

Como eras antigamente, nãofaço ideia,

Mas o que me interessa é oque és agora.

E às vezes penso que és comouma cadeia

E outras que és a companhiada hora.

Não sei o que seria de mimsem ti

E não quero imaginar,Porque afinal eu estou aquiPara o meu sonho realizar.

Em ti aprendi tudo o que seiE quero muito maisE para poder ser o que sempre

sonheiAprender nunca é demais.

Ana Amaral 10º4

Poema I

Quando olho para tiNão sei o que me acontece.Os teus olhos deixamUma marca que não

desvanece

Meu coração bate mais forte,Quando apenas penso em ti,quando te vejo eu perceboque por ti sempre sofri.

Quando estás triste, triste eufico

Quando estás contente, eufico feliz.

Explicar o que sinto, nãoconsigo,

Mas tens tudo o que semprequis.

O teu olhar transmite algo,Algo que não consigo

desvendar,Talvez seja isso o que te faz

mais especialTalvez seja o que me fez

apaixonar.

Liliana Samanta 10º8

Primavera da vida

Quando um bebé nasce,Uma nova luz começa a

brilhar.O céu enche-se de corE outra estrela começa a

iluminar.A vida é um cicloMarcado por aventuras e

desventuras,Um carrossel que gira sem

parar,Onde os anos sucedem-se

aos diasGravados para memória

futura.Numa estrada marcada porCurvas e contracurvas,As transformações são

diárias.A jovialidade dá lugar às

rugasE nesta paciente esperaA vida torna-se numa florida

Primavera.

Raquel Ribeiro 12º7

«Há palavras que nos beijam

Como se tivessem boca.

Palavras de amor, deesperança,

De imenso amor, deesperança louca…»

Alexandre O’Neil

«Uma palavra te procura

Ao nível desta existênciasuave

dura…”

António Ramos Rosa

«Ao longo da muralha quehabitamos

há palavras de vida hápalavras de morte

há palavras imensas, queesperam por nós

e outras, frágeis, quedeixaram de esperar…»

Mário Cesariny

Poema II

Estou confusa!

Não consigo perceber

O que vai na tua cabeça

E o que queres fazer!

Quando estás com osamigos,

Olhas-me com aquele olhar

Como quem diz, ironicamente:

Consegui conquistar-te…

Mas tudo é diferente

Quando estás sozinho:

Olhas-me com aquele olhar

Cheio de carinho.

Afinal o que sentes?

Quero saber!

Será que não percebes

Que me fazes sofrer?!

Liliana Samanta 10º8

Cabelos Brancos

Num caminho longo efinito,

Se estende a vida humana,

Marcada por pegadascurtas e frágeis

Que se perdem na saudadeprolongada.

O tempo passa a voar,

Nas asas de um pássaroplantado.

As horas têm minutos esegundos

Pelos relógios contados

E porque os dias sucedem-s e

Num ritmo estonteante,

Os cabelos brancossucedem-se

E o sinal do tempo torna-se impressionante.

Raquel Ribeiro 12º7

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9Out./Nov./Dez. - 2003

O que é o amor? Para ser sincera não sei muito

bem… há uma grandeespeculação à volta desteconceito. O único aspecto em quenão tenho dúvida, é que o amor éum sentimento extremamenteforte e complexo, cuja definiçãoé abstracta e varia consoante apessoa e o estado psíquico domomento. Alguém que sejainfeliz, por amar outra pessoa,atribuirá ao amor o sinónimo desofrimento, de dor, de angústia,de incerteza. Pelo contrário,alguém que transborde defelicidade por amar ou ser amado,dirá que o amor é alegria,compreensão, bem-estar, união.Enfim, é impossível chegar a umconsenso no que diz respeito aesta questão! Porém, para mim, oamor é o maior sentimento quepode existir.

Quando se fala em amor,automaticamente pensa-se numcasal apaixonado; contudo, naminha opinião, essa associaçãoestá incorrecta, pois há várias

Nos dias que correm,tem-se vindo a falarmuito de clonagem e, aofalar de clonagem, pensoque é necessário fazeralguns esclarecimentos:a clonagem é umprocesso de obtenção decélulas provenientes damultiplicação vegetativado mesmo indivíduo. Osclones são geneticamenteiguais ao seu progenitor.

Principalmente depois daempresa norte-americana Cloneidter anunciado, oficialmente, queteria feito o primeiro clonehumano, tem-se discutido muitose a clonagem humana seráeticamente correcta. Se, por umlado, alguns cientistas afirmamque a clonagem de célulashumanas saudáveis,posteriormente implantadas emindivíduos que sofrem, por

A liberdade é um valorque a todos pertence.Existe a liberdade depensar, de escolher, entreoutras.

Uns pensam que a liberdadeé fugir às regras, no entanto, éseguindo-as que se pode serlivre. Outros pensam que só porseguirem essas regras não têmliberdade, mas, ao expressarem afalta de liberdade que têm, jáestão a ser livres.

A liberdade é umacaracterística do ser humano.Conforme a maneira como éusada, a liberdade pode serpositiva ou negativa. É positivaquando quem pratica a liberdadesabe conviver com os outros eaceita as liberdades destes. Énegativa quando, para umapessoa ser livre, precisa retirar aliberdade de todas as outras.

A liberdade é uma dasqualidades mais difíceis dealcançar mas, quando alcançada,é motivo de contentamento.

Ser livre é saber e poder tomara decisão correcta.

José Manuel Leite, 11º1

formas de amor. Não nosesqueçamos que o sentimentoque une pais e filhos é o amor eque, entre dois bons amigos,existe não só amizade, mastambém amor. Num casal, a maiorparte das vezes, confunde-sepaixão, afinidade, ou umaatracção com amor, o que ébastante diferente. Todavia,debruçando-nos sobre pais efilhos, ou dois amigos,deparamos com o verdadeiroamor. Aqui o sentimento não seesgota nem decresce! É algo quevence todas as adversidades,continuando a ligarincessantemente as pessoas. Oamor não se perde ou desvanececom o tempo, nem termina comuma traição ou infidelidade:pode ser afectado, no entanto,continua a bater dentro de cadaum.

Em suma, o amor não secorrói nem possui um clímax,aparece, simplesmente, e perduraaté à morte de ambas as partes!

Joana Ferreira, 11º1

exemplo, de uma doençahereditária, poderia curar essadoença, outros cientistas, maiscépticos, afirmam que não éeticamente correcto construirseres idênticos a outros serespara fins científicos. Através daclonagem, podemos clonarórgãos que podem serimplantados em pessoas quenecessitem de, por exemplo, umtransplante de fígado. Destaforma, muitos doentes nãonecessitarão de esperar que surjaum dador compatível com eles.

Na minha opinião, edepois de pesar as vantagens edesvantagens, este grandeavanço da ciência traz com elemais vantagens do quedesvantagens. Penso que o domde poder curar muitas doençassobrepõe-se a qualquer outrarazão.

José Pedro, 11º1

A LiberdadeA clonagemAmor

A Amizade, o Amor e a Paixão

Sempre que sentires medo,

sem saberes o que fazer, não desesperes!

Os amigos vão lá estar, para o que der e vier.

A Amizade é a coisa mais bela,

a mais bela de todo o mundo

é um sentimento bonito e ao mesmo tempo profundo.

A seguir à Amizade se esconde o Amor,

que por vezes pode trazer a dor.

O Amor é ternura,

o Amor é saudade,

o Amor é carinho

e por vezes Amizade.

O Amor pode trazer a Dor,

mas também a felicidade,

mas se não o viveres com entusiasmo

serás um fracasso!

A paixão é loucura,

a loucura traz a paixão,

mas tem cuidado e atenção!

Pois também pode trazer a solidão.

Márcia Santos, Nº16 / 12º6

Poème au passécomposé

Il aime...Il a aimé regarder la téléIl a aimé lire un livreIl a aimé décrire une maisoncomme toi

Il a aimé une musiqueIl a aimé une chansonIl a aimé un livreDans sa maison

Joana Figueiredo, 8º1

Timor(A quatro anos de Dili)

1 - Espíritos mirrados!...Aforta a esperançano gelo humanoatentos os cãesfarejando fugasas armas nos dentese sempre raivosos,violência é leide quem não tem lei.Aquilo é o InfernoVerão ou Inverno...

2 - Jazigos em fogode branco vestidos,corpos geladossão vermes pisadospor fero gigante.A vida morreu...Morte é guaridada esperança perdidano outro viver.Porquê o viverse vida é morrer?

3 - A selva humanaonde o ouro faz leinão vê nem quer vera ânsia a viver

no povo que sofreque não pode sersenhor do destinoe num desatinoda esperança que morremostrou quanto podea força do pobre...

4 - E M A I S N Ã OM O S T R A R Á ! . . .

7.12.95 (A 20 anos da invasão de Timor)Joaquim Cruz

A música transmite o chilreardos pássaros; as flautas atocarem lindas melodias, água adeslizar em belas cascatas. Cadasom, transmite sentimentos; hásensibilidades diferentes em cadaum de nós que observa e escuta.

A música oculta em nóssensações de harmonia, bemestar, reflexão, união com asoutras pessoas, amor, paz,sinceridade e aprofunda umaexperiência sensível. Através damúsica, podemos sentir umacalma interior e capacidade depensar na Natureza, como fontede inspiração e criatividade ...

É o que eu sinto e me vai naalma. A música faz-me aflorar acalma, a capacidade de perdoar ereflectir no como é bom VIVER!!!

Sente o respirar da Terra,A vida terá mais razão.

Se sentires também a dor dopróximo,

A vida acabará por te darmais vontade de viver!!!

Deixa-te embalar com osussurrar do vento nos

pinheiros...E deslumbrar com a cor das

flores!!!!!

Bárbara Joana, 10º4

música

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10 Out./Nov./Dez. - 2003

Os anos vão passando eas pessoas que se cruzamcomigo exclamam:“Estás tão grande!”. Eestou!... E gosto de estar!Mas...

Desde muito pequena,quando a minha mãe me vestiaaqueles vestidos floridos, que euo admiro. Sempre foi divertidocomo o meu pai, sempre foi calmocomo só ele sabia ser...

Falava calmamente, enquantoeu lhe bebia as palavras sábias.Nunca estudou, não teveoportunidade! No entanto,conhecia o céu e as luas comoninguém e falava para as plantascom carinho, qual mãe a embalaro filho.

Com ele aprendi a respeitar aNatureza, a respeitar os outros, anão me queixar. Com ele, aprendique por muito boas pessoas quesejamos podemos sempremelhorar algo. E no entanto, eleera a última pessoa no mundoque tinha de melhorar!...

Fizesse chuva ou sol, láestava ele, sempre no seubanquito, enrolando o tabaco nafolha de papel. Até nisso erameigo!

Em memória a alguém especial

Quando não tinha tabaco,pedia em voz baixa:

-António, dá-me um fininho!E o meu pai lá tirava dois

cigarros do bolso, disposto a dartudo àquele Santo que se faziapassar por homem.

Às vezes, puxava-me pelobraço e perguntava:

-Como é a tua música?E eu cantava, toda contente:

“Não há estrelas no céu / Adourar o meu caminho...”.

Todos o tratavam com amor:- Então Jonas? Continuas um

bom pedaço de homem, a Virinha

que não se ponha a pau, não!...E a sua cara enrugada

ganhava ainda mais rugas, osseus olhos azuis ficavam aindamais pequenos e a sua bocaesboçava um sorriso meigo comoele.

Um dia, ele morreu, e eunão queria acreditar. Não podiaser! Os Anjos não podem morrer!

Mas era verdade.A sua bengala ficou pousada

a um canto, o seu banco ficouvazio. O sítio onde brincávamoscom o Tejo (que mais do que umcão, era o seu companheiro, nashoras solitárias), ficou de repentetriste. Nunca mais lhe levei osbiscoitos ao Domingo de manhã,nunca mais quis entrar naquelacasa.

E é por isso, por ele, que eudispensava a minha vida, desistiade crescer, só para ficar parasempre pequenina, sentada aolado dele, ouvindo-o falar sobreo tempo, os animais, as plantasque gostaria de plantar sepudesse... Poder-lhe dizer, pelomenos uma vez, o que nunca melembrei de dizer:

-Adoro-te, avô.

Vera Oliveira 10º2

A nossa Escola festejou oDia Europeu dasLínguas, na tarde de 26de Setembro. Um grupo,constituído porprofessores das quatrolínguas leccionadas naEscola, preparou umconjunto de jogos eactividades destinadosaos alunos dos diferentesciclos.

Como houve bastanteadesão, foi feita uma pré-eliminatória, no terceiro ciclo e noSecundário. Ficaram, então,apuradas dez equipas de alunosdo Básico e quatro equipas doEnsino Secundário.

No Ensino Básico, os alunostinham de mostrar quedominavam vocabulário sobreSaudações; Corpo Humano;Nacionalidade; Profissões …Houve também jogos queestavam organizados para osalunos indicarem o que ler noCentro de Recursos; dizerem alíngua que é falada em certospaíses; formarem palavras a partirde letras; compararem provérbios

26 de Setembro – Dia Europeu das LínguasLe 26 septembre – Journée Européenne des Langues26th September – European Day of Languages26. September – Europäischer Tag Der Sprachen

e, finalmente, efectuarem umacaça ao tesouro.

No Secundário, os jogosincidiram sobre as seguintestemáticas:

Quem é? (identificação depersonalidades através defotografias);

Antónimos (ligação depalavras, formando parescorrectos);

Onde se fala ( identificaçãode países e bandeiras, onde aslínguas são faladas);

Como se escreve ( redacçãode palavras ditadas pelo júri);

O que ler (recolha deinformação no Centro deRecursos);

Jogo das Letras (conclusãode palavras com a ajuda dedicionários)

Provérbios (identificação deprovérbios nas diversas línguas)

Caça ao Tesouro.Como o concurso teve uma

boa organização, tudo correumuito bem. Todos os professoresderam o seu melhor parapensarem eficazmente os jogos e

o seu desenvolvimento. O tempofoi rigorosamente medido pelocronómetro na mão firme daprofessora Paula Cascarejo, deEduc, Física.

Mas só a organização, oempenhamento e a criatividadenão bastariam para o êxito dotrabalho sem o entusiasmo,conhecimento, agilidade, alegria,sentido de grupo dos alunosparticipantes, contagiando osprofessores e motivando-os arepetir a experiência no próximoano.

No final, houve a distribuiçãode certificados e prémios aosalunos participantes evencedores. A nosso pedido,várias editoras ofereceram bonslivros à Escola para este efeitoque, neste momento, já devem tersido lidos, a avaliar pelo interessedos alunos na sua escolha.

Foi assim uma tarde de boa ealegre comunicação entre todos,como mostram as fotografias, ede troca de muitos saberes.

O concurso decorreu no

Centro de Recursos que, graçasa um longo e competente trabalhodesenvolvido no ano anterior,por um grupo de professores, setornou num dos espaços mais

bonitos e acolhedores da Escola.Um sítio mesmo a calhar para setrabalhar com gosto a línguamaterna e as línguasestrangeiras.

Fórum: “Ciência,Tecnologia, Sociedade eAmbiente”

De 24 a 27 de Novembro de 2003

No âmbito da Semana da Ciência e Tecnologia desenvolveu-se uma actividade na forma de um Fórum que decorreu na Internet,dirigido a turmas do Ensino Secundário.

Ao realizar esta actividade, tivemos presente os seguintesobjectivos:

· Reconhecer a importância da experimentação naconstrução do conhecimento científico.

· Valorizar a cultura científica como componente integralda cultura actual.

· Sensibilizar para a importância da tecnologia noprogresso da Ciência.

· Compreender o papel do conhecimento científico nasdecisões do foro social, político e ambiental.

· Desenvolver uma visão integradora da Ciência, daTecnologia, da Sociedade e do Ambiente.

Os alunos participaram neste Fórum colocando as suasquestões relaccionadas com estes temas tendo sidoposteriormente respondidas pelos seus professores. Aguardamosa possibilidade de publicação do conteúdo deste Fórum.

O Departamento de Ciencias Fisico-Quimicas

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11Out./Nov./Dez. - 2003

Entrevista conduzida por: JoanaFerreira (11º1), com colaboração

de Elza Mariana (11º1)

O prometido é devido e,tal como foi anunciado noúltimo número do jornal3º Toque, falámos com aAna Rodrigues, do 12º 6,sobre a sua viagem eestadia na Alemanha, nasférias grandes de 2003.Nesse número do jornal,apresentámos o trabalhoque a aluna realizou, nanossa Escola, e com oqual ganhou o prémio,atribuído pela Embaixadada Alemanha emcolaboração com oGoethe Institut e o nossoMinistério da Educação.Pelo que nos conta,achamos que há, defacto, muitas razões para“que as saudades nãoparem de aumentar”.

- Em que consistia otrabalho que te valeu o prémio?Foi difícil?

O trabalho consistia emapresentar os três aspectos quemais me agradavam em Portugale na Alemanha. Eu escolhi o clima,as tradições e a gastronomia.Tentei ser o mais original possívele não encontrei grandesdificuldades. No entanto, não foiapenas o trabalho que me vezganhar a bolsa na Alemanha; asnotas de 10º e 11º anos, quer aalemão, quer às outrasdisciplinas, também foram deextrema importância.

- Que cidades visitaste? Dequal delas mais gostaste?Porquê?

Visitei várias cidades, comoBerlim, Frankfurt, Bona... e posso

dizer que todas me agradaram deuma forma ou de outra. Das quemais gostei foram, sem dúvida,Munique e Heidelberg. Muniqueé uma cidade muito bonita, commuseus interessantes. Passei láuma semana extremamentedivertida: fomos ao cinema, aoteatro, ver um musical, àdiscoteca... Heidelberg é umacidade universitária, com umambiente muito agradável,habitada essencialmente porestudantes e com umaarquitectura muito característicae acolhedora.

- Que benefícios te trouxeesta viagem? O que aprendeste?

No mês que passei naAlemanha tive a oportunidade decontactar 24 horas por dia com acultura e língua alemã. Como éóbvio, esta experiência trouxe-meinúmeros benefícios, tanto nofortalecimento da língua como emtermos de cultura geral. Nestemomento, possuo umvocabulário mais alargado e ummaior conhecimento da históriaalemã, que, com certeza, me vãoser úteis para o futuro.

- O contacto que tiveste comjovens de diferentesnacionalidades ensinou-tealguma coisa sobre outras

culturas?Conheci jovens de

inúmeros países, comformas de agir e pensarc o m p l e t a m e n t ediferentes da minha. Foiuma experiência muitoe n r i q u e c e d o r a !Contactei com váriosmuçulmanos eapercebi-me que, hojeem dia, alguns jovensárabes têm umquotidiano muitoparecido com o nosso: vão àescola, navegam na internet, ealgumas raparigas já nem sequercobrem a cabeça com um lenço.

No meu grupo, haviapessoas do Canadá, Bulgária,Mongólia, Espanha, Portugal eCosta do Marfim. Apesar dasdiferentes educações de cada um,constatei que partilhávamos osmesmos interesses e ambições.

- O povo alemão éacolhedor?

A maioria de nós tem a ideiaque os alemães não são pessoasacolhedoras e que não gostam de

estrangeiros. No meu caso, fuimuito bem recebida e nunca sentinenhum tipo de antipatia paracom os elementos do meu grupo.

A principal diferença queencontro entre o povo alemão eo português é o facto deles seremmenos afectuosos, revelandouma frieza a que não estamosmuito habituados.

- Que diferenças notasteentre o ensino alemão e oportuguês?

Tive a oportunidade defrequentar uma escola alemã,durante duas semanas. O ensinoalemão é diferente do português:é composto por treze anos deescolaridade, os alunos têm umamaior variedade de disciplinas, asnotas são de 1 a 6 (sendo 1 a

melhor), as aulas sãode 40 minutos e elessó têm 6 semanas deférias no Verão... Naminha opinião, oensino alemão émelhor que o nosso,é mais completo, edesde cedo osalunos sãoencaminhados para otipo de ensino quemais lhes convémface às suascapacidades eambições. Logo no7º ano, os melhoresalunos vão para o“ G y m n a s i u m ” ,donde seguem paraa universidade. Osoutros têm ainda a

possibilidade de estudar mais 5ou 6 anos, noutro tipo de escolas,que se assemelham às nossasescolas profissionais.

- O que foi para ti maisdifícil?

Os portugueses queparticiparam no programa eram osque tinham menos anos dealemão. Apenas com dois anosde estudo da língua, asdificuldades foram muitas! Regrageral as outras pessoas do meugrupo compreendiam muitomelhor a língua, os búlgaros, porexemplo, estudavam em colégiosalemães, aprendendo alemão jáhá oito anos!

- Gostaste da comida?Os alemães não têm tanta

preocupação com as refeiçõescomo nós. Por exemplo, o jantar(por volta das 18h30)normalmente não é composto porum prato quente, ou seja, eu jáestava um pouco saturada decomer a mesma coisa ao pequenoalmoço e ao jantar: sandes, frutae iogurtes...

Como fazia parte de um grupomuito diversificado, os guiastentavam agradar-nos a todos,levando-nos a restaurantesinternacionais como o chinês,italiano ou árabe. Fomos também,como é óbvio, a restaurantestípicos (alemães), onde tivemosa oportunidade de provar asfamosas salsichas!

- A família que te acolheuera simpática?

Sim, era muito simpática!Desde o primeiro dia deixaram-mecompletamente à vontade epreocupavam-se imenso com omeu bem estar e a minhaintegração na escola. Eu tinha umchamado “Gastbruder”, umaespécie de “irmão” alemão quefrequentava a escola onde eu tiveaulas. Assim, para além das aulasespeciais que o meu grupo tinha,ia ainda às aulas do meu “irmão”.Era um bocado estranho assistiràs aulas de matemática, químicaou latim, tudo em alemão!

- O que te vai deixar maissaudades?

O que me deixa maissaudades são, sem dúvida, asamizades que fiz. É muitocomplicado pensar que nuncamais vou ver aquelas pessoas.Apesar de estarmos empermanente contacto, por e-mail,carta ou telemóvel, as saudadesnão param de aumentar!

A viagem de Ana

A famosa banda inglesa Rolling Stones, cujosmembros são considerados os reis do rock-and-roll,foi formada, em 1962, pelo vocalista Mick Jagger,pelos guitarristas Keith Richards e Biil Wyman, pelobaixista Brian Jones e pelo baterista Brian Jones,sucedendo-lhe Mick Taylor e juntando-se a eles RonWood.

No passado dia 27 de Setembro, os Rollig Stones fizeram parar acidade de Coimbra. A banda foi convidada para inaugurar o novíssimoEstádio da Cidade de Coimbra que vai ser um dos palcos do Euro2004.

Durante todo o dia, concentraram-se milhares de pessoas de todasas idades nas imediações do estádio, para assistirem ao concertomais mediático do ano.

Rolling StonesMais de 40 mil pessoas esgotaram os bilhetes que tinham preços

a rondar os 35 e 65 Euros, um êxito assinalável para uma banda queapresenta uma média de idades superior a 60 anos.

Às 19:30 horas, os Xutos e Pontapés deram os primeiros acordese cá fora uma multidão atropelava-se para não perder pitada doaquecimento para os Stones, que entraram em palco por volta das21:30 horas, para delírio dos milhares de espectadores.

Os Stones mostraram que em palco continuam a dar que falar, poisa banda levou o público ao rubro, enchendo o estádio de alegria,magia e cor. Mick Jagger mostrou ser um verdadeiro atleta e os restantesmembros mostraram ser uns verdadeiros senhores.

Enfim, com os Stones, Coimbra teve mais encanto.

Ana, Carla e Isabel, 10º8

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DESTINATÁRIOS:Todos os alunos dePortuguês A e B, do 11ºAnoDATA:Dia 5 de Novembro de2003ACOMPANHANTES:Professores das turmas(de Português e outrasdisciplinas)

No folheto, elaborado pelosprofessores dinamizadores, edistribuído a todos osparticipantes na visita, podia ler-se: “Nas ruas e ruelas da cidadeinvicta é bem visível umaarquitectura diferente, marcadapelo tempo e pelo estilo de umamentalidade rebuscada, em quea utilização da talha dourada, dosazulejos e da policromia revelama vivacidade e o dinamismopróprios de uma sensibilidadebarroca”.

“O termo “barroco” temorigem etimológica complexa(“pérola irregular” )”.

“Em Portugal, trata-se de umadas formas de expressão artísticasituada entre o período regradodo século XVI e o neoclassicismode meados e finais do séculoXVIII”.

“… o Barroco impõe-se pelo

exagero, pessimismo,artificialidade, sugerindo ailusão, a máscara relativamente ànoção de degenerescência,desengano e efemeridade davida”

“ O homem barroco sentenecessidade de espantar,deslumbrar, exaltar os sentidos econsegue-o na escultura, napintura, na arquitectura, naliteratura, na arte decorativa…”.

O Barroco manifesta-se noPorto em inúmeros e expressivosedifícios de arquitectura civil ereligiosa. A cidade deve talcaracterística a arquitectos comoAntónio Pereira e NicolauNasoni, que provocaram umacompleta transformação napaisagem urbana setecentista”.

Alguns locais visitados(percorrendo, a pé, e com algumachuva na parte da manhã, asbonitas ruas do Porto que, àsvezes, pouco conhecemos):

Igreja das CarmelitasIgreja do CarmoIgreja de S. José das TaipasIgreja e Torre dos ClérigosIgreja de Santa ClaraSé do PortoIgreja de S. Lourenço (Igreja

dos Grilos)Igreja de S. Francisco

12 Out./Nov./Dez. - 2003

Visita de estudo aoPorto Barroco

Decifra agora esta frase de professores participantes navisita:

.…..(artigo definido masculino plural) …...(determinante possessivo masculino plural)..….(sinónimo de condiscípulos) ……(pretérito perfeito do verbo ser, 3ª pessoa doplural) ……(número de dedos da mão)…...(existem em abundância no céu e sãobelas mesmo as cadentes)…...(contracção da preposição em com o artigo definido a).….. substantivo da família do verbo visitar)……(contracção da preposição a com oartigo definido o) Porto…...(período entre o final do século XVI e meados do séculoXVIII).

Frases de alunos:

“O Barroco encontra-se em todas as esquinas da cidade do Porto”“ Bem ao estilo barroco, o Porto constitui-se como um conjunto de contrastes: os odores

variados das ruas, os estilos arquitectónicos distintos, as pessoas diferentes…”“ Quase oculta entre a bela Igreja das Carmelitas e a perfeita Igreja dos Terceiros do Carmo

encontrámos a casa mais estreita do Porto”.“ Um momento de reflexão será pararmos e pensarmos na oposição entre as requintadas e

luxuosas obras arquitectónicas e a pobreza dos mendigos diante delas”.

Alunos da turma 11º1

“ Na época Barroca, o homem é um ser pecador, completamente dependente da misericórdiadivina”.

“ As igrejas aparecem profusamente decoradas, predominando a cor dourada”.“ Ao longo dos tempos, os instrumentos de martírio foram utilizados como forma de procurar

extinguir a religião cristã”.“ O homem barroco vivia obcecado pela ideia da morte”.“ A efemeridade e a transitoriedade da vida, a mudança eram temas fulcrais da literatura

barroca”.

Alunos da turma do 11º11

"Esta visita foi muito rica em termos de informação sobre a História de Portugal, relativamenteao período do Barroco e às obras com ele relacionadas."

"Com esta visita de estudo, pudemos verificar que o Barroco foi um período ostentoso, pelastalhas douradas que visualizámos. Foi pena que, na visita à Igreja dos Grilos, não tenha sidopossível ouvir melhor a informação apresentada."

Alunos da turma 11º3