oleiros · 2011. 7. 19. · gira “nas calhas de roda a entreter a razão…”, outras só gira...

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Jornal de OLEIROS www.jornaldeoleiros.com · Ano 2, Nº17, Julho/Agosto de 2011 Preço: 0,01€ (inclui IVA) Edição Bimestral INFLUENTE NA REGIÃO DO PINHAL INTERIOR SUL, BEIRA INTERIOR SUL E COVA DA BEIRA Director Paulino B. Fernandes LOURANTUNES, Lda Telefone /Fax: 272 682 464 Telemóveis: 966092649 e 964785156 JOSÉ SANTOS MARQUES COMENDADOR PÁGINA 2 PÁGINA 3 PÁGINA 2 PÁGINA 5 Editorial PÁGINA 10 Dr. António Moreira Governo nas nuvens Jovens em Espaço Rural No Carrossel da Escola Feira Renascentista XV Festil PÁGINA 16 Restaurante-Bar “Olhar o Zêzere” Já abriu Praia de Álvaro Telefone 965 622 621 PÁGINA 11 Estátua do Padre António de Andrade foi inaugurada em Oleiros PÁGINA 6 O Presidente da República, Dr. Cavaco Silva, reconheceu as elevadas capacidades do Presidente da Câmara de Oleiros, também a Sua dedicação por inteiro e de uma vida à Sua terra. Em consequência, José Santos Marques viu ser-lhe concedida a Condecoração de COMENDADOR, numa cerimónia realizada no Dia de Portugal, condecoração justa e que orgulha todos os Oleirenses e aqui desejamos destacar.

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Page 1: OLEIROS · 2011. 7. 19. · gira “nas calhas de roda a entreter a razão…”, outras só gira porque os profissionais do ensino a ele se de-dicam de corpo e alma. n Manuela Marques

Jornal deOLEIROSwww.jornaldeoleiros.com · Ano 2, Nº17, Julho/Agosto de 2011 • Preço: 0,01€ (inclui IVA) • Edição Bimestral

InfLuEntE na REgIãO dO PInhaL IntERIOR SuL, BEIRa IntERIOR SuL E COva da BEIRa

DirectorPaulino B. Fernandes

LOURANTUNES, LdaTelefone /Fax: 272 682 464

Telemóveis: 966092649 e 964785156

JOSé SantOS MaRquES COMEndadOR

Página 2

Página 3

Página 2

Página 5

Editorial

Página 10

Dr. António Moreira

Governo nas nuvens

Jovens em Espaço Rural

No Carrossel da Escola

feira Renascentista

Xv festil

Página 16

Restaurante-Bar“Olhar o Zêzere”

Já abriu

Praia de ÁlvaroTelefone 965 622 621 Página 11

Estátua do Padre antónio de andrade foi inaugurada em

OleirosPágina 6

O Presidente da República, Dr. Cavaco Silva, reconheceu as elevadas capacidades do Presidente da Câmara de Oleiros, também a Sua dedicação por inteiro e de uma vida à Sua terra.Em consequência, José Santos Marques viu ser-lhe concedida a Condecoração de COMENDADOR, numa cerimónia realizada no Dia de Portugal, condecoração justa e que orgulha todos os Oleirenses e aqui desejamos destacar.

Page 2: OLEIROS · 2011. 7. 19. · gira “nas calhas de roda a entreter a razão…”, outras só gira porque os profissionais do ensino a ele se de-dicam de corpo e alma. n Manuela Marques

2 Jornal de OLEiROS 2011 JULHO/agOSTO

Uma edição muito especial

O Jornal de Oleiros desta edição enquadra-se no gran-de acontecimento de Oleiros, A FEIRA DO PINHAL, pólo de desenvolvimento e afirma-ção de uma região com noto-riedade crescente.

Por esta razão, entre outras que se prendem com a afir-mação continuada do jornal, aumentámos o número de páginas.

O conteúdo é rico em im-portantes e muito qualifica-das colaborações, mas retrata um período intenso em Olei-ros, para continuar apesar da crise.

Uma Europa em crise

Não se trata só da crise gra-ve em Portugal.

A gravidade é maior pois atinge diferentes países e vai incluindo economias mais desenvolvidas. É, desta for-ma, uma crise que origina preocupações acrescidas e que podem colocar em causa a EU e o EURO.

Há projectos como a “ MO-DEST PROPOSAL “ condu-zida por Yanis Varoufakis e Stuart Holland com capaci-dade para salvar e dinamizar a Europa. Acontece que para aplicar as suas teorias, neces-sitamos de coragem política. Como diz Yanis, se cada país se quiser salvar a ele próprio, não pode distanciar-se dos restantes. Pelo contrário.

Esperamos que a sua teo-ria possa ser aplicada, com

as 17 economias juntas e a dividirem a dívida em duas partes (a dívida azul 60%, quota máxima que o Tratado de Maastricht permite) a ser financiada por um período 20 anos com a taxa máxima de 3%, e os restantes 40% das dívidas – a dívida vermelha - a serem geridas e financiadas no mercado pelos respectivos países. Isto permitiria a liber-tação de meios para dinami-zar a economia, a redução do colossal esforço interno em cada país, colocando o BEI – Banco Europeu de Investi-mento no grupo de entidades financiadoras e remetendo a capitalização da banca para os seus próprios meios (por isso são privados)…

Na próxima edição celebramos

o 2º AniversárioPreparamo-nos para cele-

brar dois anos de vida e fá-lo-emos com dignidade, afirma-ção e com a contenção que o período recomenda.

Procuraremos associar as Entidades Oficiais da nossa região que aqui convidamos a apoiar o Jornal de Oleiros, instrumento colaborante e fortemente interveniente na divulgação da região, segu-ros que aceitarão o Convite e reconhecerão a importância da nossa manutenção no dia –a-dia. n

Director Email: [email protected].

FAÇA A SUA ASSINATURA

Opoie o Seu jornal. Ficha nesta edição na pag 14

O Seu Jornal de Oleiros à distância de um CLICClic em: www.jornaldeoleiros.comAcompanhe-nos diáriamente e promova junto de AmigosEscreva-nos também para:

[email protected]

EDITORIALDE “OLhO” NA EDUCAçãO

Manuela Marques

Este carrossel que é a Escola acaba mais uma voltinha – a de 2010/2011 – e prepara-se para organizar já o próximo círculo 2011/2012, agora com novo repre-sentante no leme da educação em Portugal, cujo objectivo principal na nova legislatura é poupar uma pipa de massa, por ordem da Troi-ka, mas terá, no meio dos seus semelhantes, o primeiro objectivo e crucial de semear a concórdia, estabelecer a confiança na sua governação educativa e efectiva-mente atacar, com força e vontade, sem intransigências, aquilo que há muito vai mal na educação, sem originar tsunamis contra os do-centes deste país. Terá, pois, uma tarefa dificílima entre mãos, já que a poupar dinheiro daquela manei-ra (mais de 190 milhões) qualquer um fica de pés e mãos atados…Boa Sorte Sr. Ministro!

De pés e mãos atados não ficou o Agrupamento de Escolas Padre António de Andrade, que encer-rou o ano lectivo de uma forma surpreendente, como jamais o fize-ra e que deu nas vistas além Olei-ros. Ouviu-se por entre o público: “Fantástico”, “Maravilha”, “É preciso continuar esta iniciativa”. E esta iniciativa foi uma modesta (ou não) Feira Quinhentista para comemorar a atribuição do Foral à vila de Oleiros e homenagear o patrono da Escola, o Padre Antó-nio de Andrade, nos dias 18 e 19 de Junho, que se tornaram ines-quecíveis para alunos, professores, funcionários, pais e encarregados de educação e, principalmente, a comunidade oleirense que deli-rou com a animação nos dois dias. Essa que contou com a presença da Viv’Arte, uma das melhores com-panhias de recriação histórica in-ternacionalmente conhecida.

Amef escreveu no Jornal de Ca-nas de Senhorim, uma bela vila do distrito de Viseu, ladeada pelos rios Mondego e Dão, quando po-deria não o ter feito, algo acerca das gentes de Oleiros e da feira na qual participaram e que, claramen-te, não poderia deixar de transcre-ver, porque sei que vai emocionar muitas pessoas: «Numa iniciativa do Agrupamento de Escolas Padre António de Andrade, nos pretéri-tos dias 18 e 19, teve lugar a I Feira

Quinhentista de Oleiros. O Muni-cípio apoiou e a Viv’Arte animou. Curioso foi ver como alunos e pro-fessores se empenharam na reali-zação da Feira. Assistimos – como nunca tínhamos assistido – a um infindável cortejo de figuras rigo-rosamente trajadas à época, o que – convenhamos provoca um efeito visual inesquecível - (…). Lá, os miúdos brincam, deambulam pela feira, representam, dançam… (…). Lá, os professores trabalham na Taverna do Padre, vendem copos de vinho e cerveja, para regarem os grelhados servidos em cama de pão! (…) Lá, o Presidente da Câmara, José dos Santos Marques (um “dinossauro” a cumprir o seu último mandato e a ganhar actos eleitorais com 80% da votação), misturou-se com o Povo vestidinho a rigor! (…) Quanto ao carrossel…lá foi cumprindo a sua obrigação de proporcionar umas voltas a miúdos e graúdos (que quiseram ser pequenitos outra vez…) e não há dúvida que continua a fazer su-cesso, por ser coisa pouco vista… Mas, para nós, o que conta é que continuamos a divulgar o nome da nossa terra e a conhecer outras e outras gentes. Desta feita, gente bem simpática, ou, se preferirem, simplesmente…afável! E, por isso, deixamos o desafio: na primeira oportunidade vá até Oleiros! São menos de 140 quilómetros por paisagens deslumbrantes (ape-sar daquele malvado incêndio ter destruído grande parte daquela floresta, há alguns anos atrás). Pela parte que nos toca…cedo lá volta-remos!». ( in, Jornal de Canas de Senhorim, pág.7)

Esta grandiosa gente de Canas de Senhorim, estes artistas do carrossel, engrandeceram a nossa feira com uma maravilha para a pequenada, um brinquedo deve-ras surpreendente, de tão perfeito, criado e preparado com tanta de-dicação pelos homens que lhe dão a força motriz para a volta no ca-valinho tosco, mas extraordinaria-mente completo.

A Feira Quinhentista do AEPAA – Oleiros foi um sucesso porque o deve a muitos parceiros, tanto àqueles que financiaram este pro-jecto, desde a Câmara Municipal que abraçou completamente esta

iniciativa, surgida no seio escolar há dois anos, até às juntas de fre-guesia que também contribuíram monetariamente e em tempos de crise, de apertar bem o cinto ao máximo, assim como algumas em-presas e instituições do concelho que cederam materiais e se dispo-nibilizaram para ajudar na monta-gem e construção de todo o cená-rio, como o grupo de Escuteiros e a terminar uma noite auspiciosa, uma explosão pirotécnica de cor com fogo dos deuses…Louvável a prestação dos pais e encarregados de educação no esmero com que elaboraram os fatos e acompanha-ram os filhos nos dois dias. E os senhores professores, esse motor de criatividade, talento e trabalho infindável na escola, pelas horas de breu fora a construir as bancas, onde venderam e a confeccionar fatos, que trajaram a rigor, depois de horas a leccionar e a cumprir a maldita burocracia interminável, que retira todas as vontades…Es-tes professores deram o exemplo aos seus alunos e que exemplo! Ve-nham mais feiras.

Agora que Deméter está feliz, com a filha Perséfone nos braços, e man-da que Éolo sopre calor em brisas quentes e suaves, que fazem crescer o fruto da terra, estão alguns dos nossos alunos em avaliação exter-na, outros descansam já do rigoroso ano; os nossos professores estão em inúmeras reuniões de balanço final do ano, a corrigir os exames nacio-nais e a fazer os seus relatórios de auto-avaliação, numa tentativa lou-ca de reunir as famigeradas evidên-cias para provarem a sua mais que merecida avaliação. E as direcções das escolas do país estão a braços com os preparativos do novo ano que chega já em Setembro, esperan-do, claro, por alterações próprias de quem inicia mandato, pois novo ministro, novas regras…Oxalá me-lhores, práticas e com mais autono-mia.

É assim a vida incessante de uma escola, um carrossel que umas vezes gira “nas calhas de roda a entreter a razão…”, outras só gira porque os profissionais do ensino a ele se de-dicam de corpo e alma. n

Manuela Marques

no Carrossel da Escola

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Jornal de OLEiROS 32011 JULHO/agOSTO

Hoje gostaria de conversar sobre um dos factores dessa “fuga” de pessoas do nosso concelho: as es-tradas.

Há cinquenta anos, as pessoas iam da Covilhã a Castelo Branco em cerca de uma hora. O mesmo acontecia connosco, para ir de Olei-ros até à sede do distrito.

Actualmente, as pessoas da Covi-lhã, do Fundão, de Belmonte e de Vila Velha de Ródão, podem usar a A23 e vão até Castelo Branco em pouco mais de metade do tempo que então demoravam. De Vila de Rei, da Sertã e de Proença-a-Nova, podem usar o IC8 e a A23 e também fazem a viagem em muito menos tempo. De Penamacor e de Idanha-a-Nova, a viagem também demora menos tempo e é mais cómoda.

De Oleiros a Castelo Branco, con-tinuamos a demorar cerca de uma hora, passando pelas mesmas cen-tenas de curvas, há décadas e déca-das a fio. A única melhoria digna de nota, foi a rectificação das velhinhas “Curvas do Padrão” e a nova ponte

sobre a Líria, ambas já no concelho de Castelo Branco.

Todos os concelhos, menos o nos-so, viram melhorado significativa-mente o seu acesso à sede do seu distrito.

Há cerca de sessenta anos, alguém percebeu que, ligando Oleiros ao alto da Foz do Giraldo, teríamos uma ligação, por estrada nacional, a Castelo Branco e a Coimbra. Foi bem visto para a época e a estrada fez-se.

Daí para cá, já tivemos regimes e governos de todas as cores, tama-nhos e feitios. A estrada é que conti-nua igual: longa, torta e estreita.

Temos ouvido falar, e muito, da rede nacional de autoestradas, de autoestradas próximas umas das outras e quase paralelas no litoral norte, de Itinerários Complemen-tares (IC) e Principais (IP). Pouca sorte a nossa, pois ainda nada disso por aqui passou.

Há quem diga que uma boa estra-da levaria ainda mais pessoas da-qui para fora. Eu digo que as boas estradas levam e trazem de novo.

Trazem as pessoas e as empresas. Uma estrada má só leva, nada traz de bom. Até já ouvi dizer que al-guém pensou em aqui instalar em-presas e ficou assustado no dia que conheceu a nossa estrada…

Não conheço nenhum concelho que evolua sem boas estradas de li-gação à capital do país, ao litoral e à cidade mais próxima.

Imaginemos que havia uma boa estrada que nos ligasse a Caste-lo Branco em meia hora. Quantos naturais do concelho podiam ir trabalhar e voltar diariamente, con-tinuando aqui a residir, a cuidar dos seus bens, a dinamizar a nossa cultura, os nossos serviços, a nossa economia e a mandar os seus filhos às nossas escolas?

Acredito que muitos deles não teriam saído.

Duvido que, se nada mudar, eles voltem. Nem eles, nem os seus des-cendentes.

Podemos estancar esta debanda-da? Acreditamos ou desistimos?

É difícil virmos a ter uma boa es-

trada para Castelo Branco?É.É impossível?Não!Não tenho conhecimentos técni-

cos suficientes, não tenho qualquer autoridade nem poder de decisão, nem sou dono de nenhuma verda-de em absoluto. Tenho apenas uma opinião, uma modesta opinião que gosto de partilhar.

Claro que o momento não é muito favorável. Estamos em crise grave, tanto económica como finan-ceira. Mas, acreditando que vamos TODOS conseguir superar esta fase, todos os momentos são bons para reflectir. Talvez seja até uma boa oportunidade para seleccionar e planificar o que é realmente prio-ritário.

Talvez seja um bom princípio, começarmos por assumir algumas ideias claras:

Primeiro: Temos o direito a essa estrada. A nossa terra é tão Portugal como o chão de Lisboa.

Segundo: Ela é urgente e indis-

pensável para a sobrevivência e para o desenvolvimento do conce-lho de Oleiros.

Terceiro: Se não a pedirmos, se não lutarmos por ela, se não a exi-girmos, nenhum governo se vai lembrar de nós.

Quarto: Ainda vale a pena tentar? Vale mais tarde do que nunca!

Isto é um sonho? Seja. Gostava que fôssemos capazes de

o realizar. n

Fernando DiasProfessor

ai, as estradas!

RURALIDADES

Sempre foi minha convicção que um dia tudo se encaminharia para uma reconversão de mentalidades e consequente orientação dos actuais paradigmas de desenvolvimento, numa nova abordagem ao Mundo Rural.

Face ao contexto que vivemos, torna-se cada vez mais evidente que o país só terá futuro se houver uma reestruturação territorial no sentido de combater as assimetrias entre o litoral e o interior.

Viver no espaço rural torna-se cada vez mais atractivo e analisando bem, são mais os prós do que os contras. Um fluxo migratório do litoral para o interior, povoando os territórios de baixa densidade populacional com jovens, poderá ser a solução para ala-vancar o urgente desenvolvimento económico de um país relativamente pequeno que, com os seus cerca de 200 Km a separar o interior do litoral, torna imprecisa essa distinção.

Hoje em dia, os territórios do in-terior tornaram-se mais apetecíveis, com uma maior capacidade de fi-xação de população, dotados de equipamentos e serviços públicos que satisfazem os seus residentes e beneficiando de uma rede de aces-

sibilidades que se vai consolidando numa malha viária diferente da-quela que se verificava há algumas décadas atrás. As populações do interior estão cada vez mais próxi-mas das cidades de média e grande dimensão e os seus habitantes con-seguem obter uma qualidade e um nível de vida um pouco superiores aos que teriam, em iguais circuns-tâncias, a viver em algumas cidades do litoral.

Quantas famílias conhecemos que se retornassem neste momento às suas origens, onde possuem muitas vezes património, estariam numa posição bem mais confortável? De um modo geral, são inúmeras as vantagens de viver no interior, a co-meçar não só pelas questões econó-micas, mas também pelas questões sociais, nomeadamente a segurança, o estreitamento de laços familiares, a adopção de um estilo de vida mais saudável ou o combate à solidão, um flagelo social que assola cada vez mais as grandes cidades.

O repovoamento do espaço rural, conferindo às diferentes regiões um capital humano que já foi outrora a sua força, é fundamental para pre-servar a identidade de territórios

com tantas especificidades. Por ou-tro lado, esse incremento em recur-sos humanos, a par do rejuvenesci-mento das regiões, é imprescindível para potenciar o desenvolvimento de áreas tão importantes como a Agricultura e o Turismo.

Para quem pode, optar por um novo modus vivendi apostado na ruralidade será uma alternativa pro-missora e a garantia da viabilidade de uma franja considerável do ter-ritório português que, de uma ma-neira geral, se encontra envelhecido, despovoado e em vias de desertifi-cação.

Investir nestas regiões pode ser uma aposta de sucesso. O Mundo Rural precisa de gente; gente jovem, com garra, iniciativa e vontade de afirmar um território genuíno e re-pleto de oportunidades. A capacida-de de resposta e as potencialidades que o Interior tem para oferecer são inesgotáveis e talvez aí resida a so-lução para enfrentarmos os tempos difíceis mas desafiantes que estão para vir. ■

Inês Martins Engenheira Agrónoma

Jovens em Espaço Rural

Direcção Técnica: Dra Maria Odete da Conceição Guerra

Rua dos Bombeiros Voluntários - OleirosTelefone 272 681 015 . Fax 272 681 016

feira do Pinhal e festa de Santa Margaridaa prometerem êxito

O programa promete. Tudo foi feito para que se sintam bem em oleiros neste período festivo. Interessante, diversificado e apelativo. As piscinas municipais e fluviais servirão para descontrair após noi-tes de muita alegria e divertimento. Assista descontrído ao fogo de artifício na noite de domingo para segunda porque no dia 15 é feriado nacional. Visite-nos!

A edição deste número do Jornal de Oleiros coincide com muitos momentos importantes no nosso concelho. As várias comissões orga-nizadoras, (quase sempre apoiadas pelas autarquias) trabalham de-dicadamente para que a sua festa tenha o êxito que sempre se espera. Estas fazem parte das nossas tradições e são um motivo importante para o reencontro da família oleirense. Mas hoje quero ressaltar, par-ticularmente, a festa a Feira do Pinhal que se complementa com a realização da Festa da Santa Margarida, é o ponto mais alto no mês de Agosto.

(continua na página 12)

Dr. Luís Mateus

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4 Jornal de OLEiROS 2011 JULHO/agOSTO

No âmbito da Semana Europeia de Geoparques decorreu o Festival da Paisagem 2011 entre 4 de Maio e 26 de Junho, no território do Geopark Naturtejo.

Esta é uma das mais importantes iniciativas da Rede Europeia de Ge-oparques, numa grande celebração da memória da Terra, e da história das paisagens que se tornaram um conceito cultural, comemorada em simultâneo nos 43 geoparques espa-lhados por 18 países da Europa: são centenas de milhares de pessoas uni-das pela Terra em que habitam.

Durante este período alargado de quase 2 meses de comemoração das paisagens geoculturais do Geopark Naturtejo da Meseta Meridional, nu-merosas entidades, desde os municí-pios e as freguesias, às escolas, asso-ciações locais e do ambiente, uniram esforços para oferecer o que existe de melhor e de mais representativo da tradição cultural num vasto territó-rio onde a diversidade e a inovação acontecem diariamente.

O Festival da Paisagem tem por objectivo sensibilizar os participan-tes sobre a geodiversidade que nos sustenta, dando este ano uma im-portância particular às florestas en-quanto ecossistemas fundamentais para o Homem. Com esta iniciativa pretendeu-se transmitir o respeito pelas espécies autóctones e alertar para a importância da nossa floresta, como factor de riqueza paisagística e económica.

O Festival da Paisagem atrai cada vez mais pessoas de todas as gera-ções e de todo o país, para a nossa região, tendo sido considerado um dos 5 festivais mais importantes de toda a Região Centro de Portugal para 2011.

O município de Oleiros tem sido um dos mais participativos nas ce-lebrações das Semana Europeia de Geoparques, promovendo diver-sas actividades de sucesso como a apresentação do folheto Património Geológico de Oleiros, os seminários internacionais sobre o Padre Antó-nio de Andrade e as Montanhas de Oleiros que lançaram as primeiras pedras para o desenvolvimento de um produto turístico – A Rota das Montanhas – que está a organizar e irá certamente desenvolver o sector turístico de Oleiros, a visita temáti-ca As Jóias Naturais do Orvalho ou o passeio de kayak Pelos Meandros do Zêzere, que decorreu em 2008 e que demonstrou as potencialidades da aldeia de xisto de Álvaro para os tours aquáticos. O festival de 2009 fi-cou marcado pelo Concurso GeoDo-ce, o lançamento dos GeoPostais, a grande inauguração do PR3 GeoRota do Orvalho, um caso de sucesso para os percursos pedestres da região, e o concerto Pelos Meandros da Músi-ca. No ano passado destacaram-se a GeoParty na Praia Fluvial do Açude Pinto, a inauguração do PR4 Trilhos do Estreito e a primeira etapa do II TTransGeopark, uma demonstração

de que o Todo Terreno pode dar a conhecer um território minimizando a pegada ecológica dos visitantes e aumentando a sua pegada económi-ca nas aldeias por onde a caravana passa.

No ano em que a Rede Europeia de Geoparques completa o 10º ani-versário, em que se comemora o Cen-tenário do Turismo em Portugal e o Ano Internacional da Floresta, o Ge-opark Naturtejo associou-se a estas celebrações no Festival da Paisagem 2011, reforçando a sua importância nacional para a dinâmica turística e para a conservação da Natureza em Portugal.

A abertura do Festival da Paisa-gem decorreu em Oleiros, com o En-contro Distrital de Clubes da Floresta PROSEPE, onde foram descobertos novos valores de flora reliquial nas cascatas da Fraga da Água d’Alta que, uma vez mais, vêm demonstrar a necessidade de um trabalho cien-tífico multidisciplinar que permita valorizar este geomonumento, con-tribuindo para a sua conservação e usufruto.

Numa região onde a Natureza impera, o desporto tem uma expres-são privilegiada na já consagrada GeoRota do Orvalho, nos Trilhos do Estreito e na visita temática “Todos com a Floresta”. Mas a história deve ser revitalizada e o trabalho feito pelo Agrupamento de Escolas Padre António de Andrade, transportando Oleiros a um período áureo da sua

evolução na Feira Renascentista, en-volvendo toda a comunidade escolar no seu contexto social, é um marco decisivo na estratégia turística que aqui floresce e que irá abrir as portas da região ao mundo.

Nesta perspectiva, o concurso escolar “Recursos Naturais para a Sustentabilidade” para as escolas do Geopark, desenvolvido em colabo-ração com a Comissão Nacional da UNESCO, traduz verdadeiramente o significado da mudança que está a acontecer junto das novas gerações de Oleirenses, no sentido da cons-ciencialização para o valor da sua

terra, das suas paisagens, dos seus recursos. A maioria dos prémios atri-buídos foi para alunos do Pré-escolar de Oleiros, Estreito e Orvalho e para alunos do 12º ano do Agrupamento de Escolas Padre António de An-drade. O Festival da Paisagem do Geopark Naturtejo está a tornar-se uma referência para esta região, alar-gando os horizontes da inovação a mercados cada vez mais aliciantes e a públicos cada vez mais ávidos de conhecer Oleiros. n

Carlos Neto de Carvalho Joana Rodrigues (geólogos do Geopark Naturtejo)

Festival da Paisagem 2011

Um evento global para desafios globais

Os Meandros do Zêzere de Oleiros entre outras iniciativas europeias no cartaz da Semana Europeia de Geoparques de 2011

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Jornal de OLEiROS 52011 JULHO/agOSTO

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A primeira decisão do Gover-no pertence ao domínio da vio-lência fiscal. Os portugueses são sujeitos passivos que para efeitos fiscais são a fonte da eterna liqui-dez. Cortar em 50% o subsídio de Natal não é política de Esquerda nem de Direita porque é a políti-ca da facilidade e do desespero. Para o Governo mais Liberal da democracia portuguesa começar por aumentar impostos não é uma proeza, mas um delito no cadas-tro. O Governo mais Liberal da democracia portuguesa tem de fazer recuar as fronteiras do Esta-do. Este é o compromisso e esta é a exigência.

Aliás, vive-se um clima de ex-cessiva tolerância perante o ritmo

lento da governação. Para além da mudança de estilo, o Governo não consegue imprimir um programa intenso de anúncios e de reformas. O ‘élan’ reformista casa mal com o estilo demorado de um gabinete de estudos. O Governo de Passos tem de mostrar estamina, determinação e coragem se quer mudar Portugal. E o tempo para a determinação é agora, fresco de uma legitimidade eleitoral renovada e frente a um PS esgotado pela governação e fecha-do sobre si mesmo com a luta pela sucessão. Se Passos Coelho quer fazer a diferença, tem de começar a fazer a diferença já.

O benefício da dúvida pertence ao passado. Os portugueses não podem dar mais tempo ao Gover-

no porque o País já não tem tem-po – Portugal vive o crédito de um tempo emprestado. Basta de palavras eloquentes porque a ver-dadeira eloquência está na acção política.

O Governo pretende libertar a economia do peso do Estado, mas também deseja a definição de um novo Estado Social na variante de um Estado Garantia. Um Estado Social não dirigista nem estatis-ta, em estreita ligação ao Terceiro Sector e em que a partilha do risco ocorre entre o Estado, o Indivíduo e o conjunto da Sociedade Civil. Em vez do Estado Social na buro-cracia do ‘guichet’, Passos Coelho quer na Sociedade Civil a matriz e a alma do novo Estado Social. Em

Portugal este objectivo equivale a uma revolução. Quando a austeri-dade ventilar a vida dos portugue-ses, a maioria absoluta do Governo vai enfrentar as minorias vocais, a maioria silenciosa e o novo pro-letariado dos recibos verdes. O Primeiro-Ministro Passos tem de perceber que a calma social e po-lítica de hoje é uma paz podre. E uma ilusão perigosa.

Asfixiados pelo ‘deficit’, imobi-lizados pela paralisia na Europa, ensombrados pelo Sol Helénico, os portugueses começam a estar cansados e a violência verbal ex-plode nos fóruns das televisões e nos comentários aos artigos de jornal. O Primeiro-Ministro Pas-sos precisa da habilidade do con-

senso e da coragem da ruptura. O Memorando da Troika garante o dinheiro, mas também pode pro-duzir os dias de chumbo nas ruas da cidade com uma legião de de-sempregados sem nada a perder. Nem as nuvens escapam ao rumor dos dias difíceis.

[email protected]

Nota do Director: O Professor Doutor Carlos Marques de Almei-da, Colunista do Diário Económi-co, honrou-nos com a autorização expressa de publicação do presen-te artigo, facto que muito agrade-cemos. n

governo nas nuvens

Carlos Marques de Almeida Professor

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6 Jornal de OLEiROS 2011 JULHO/agOSTO

O FAROL

Nota: O presente artigo não adopta as regras do acordo ortográfico

Antes de abordarmos os temas centrais do nosso artigo queremos transmitir ao nosso Presidente da Câmara as mais calorosas felici-tações pela distinção que lhe foi conferida, ao mais alto nível, como reconhecimento do mérito da sua obra à frente dos destinos da au-tarquia. Um exemplo a seguir. Um grande abraço Presidente José Marques.

Finalmente, Portugal tem um Governo novo, e novo em toda a extensão da palavra, quer na mé-dia de idades, quer nos conceitos de estrutura e de escolha dos mi-nistros.

Alguns analistas, politólogos e tudólogos, manifestaram a sua apreensão por não existirem pesos-pesados no actual governo, talvez estejam a confundir a formação do Governo com o popular concurso televisivo.

A verdade é que deste governo fazem parte pessoas tecnicamente muito competentes e, o que é im-portante, não comprometidos com os habituais interesses que querem ter agentes nos governos.

Alguns dos novos ministros, como seja o novo ministro da edu-cação serão incómodos para certas corporações. Mas, isso faz parte da necessidade de mudança.

Facto igualmente novo é a elei-ção de uma mulher para Presi-dente da Assembleia da República (a segunda figura do Estado). A eleição da Dr.ª Assunção Esteves é a prova de que as mulheres não precisam que lhes sejam atribuídas quotas para assumirem cargos de responsabilidade. Basta-lhes se-rem competentes. Aliás, em nosso entender, o sistema de quotas é, ele sim, discriminatório e atentatório da dignidade feminina.

Ainda relativamente ao Gover-no, e, em nome da transparência invocada durante a campanha elei-

toral, seria bom que se esclarecesse e fossem apuradas responsabilida-des no que diz respeito ao estranho caso das instalações do S.E.F.

O Senhor Presidente da Repú-blica afirmou, no seu discurso de 10 de Junho, que o país tem de apostar na agricultura. Pensamos que, mais do que uma aposta, que se pode ganhar ou perder, a agri-cultura tem de ser um objectivo estratégico. É claro que, hoje em dia a actividade agrícola é bas-tante diferente do conceito tradi-cional. Hoje, o consumidor é mais exigente na qualidade dos pro-dutos. Essa qualidade começa na apresentação dos mesmos (aspec-to, calibragem, embalagem, etc.), na capacidade de resposta rápida à procura do mercado, entre ou-tros factores.

A agricultura de hoje também recorre às novas tecnologias para o controle dos seus produtos, exis-tindo já em Portugal empresas que fornecem, soluções de software

para diversos segmentos, como sejam a floricultura, a fruticultura e para a actividade florestal. Estas mudanças verificadas na activida-de agrícola poderão ser um incen-tivo para a captação de jovens para esta área. Deverá ser um objectivo estratégico, já que necessitamos de produzir muito mais daquilo que consumimos na nossa alimenta-ção. Por esse motivo, o Alentejo tem de voltar a ser o celeiro na-cional, a Barragem do Alqueva foi construída para permitir culturas de regadio no vasto território alen-tejano e não para servir a ganância de promotores imobiliários.

Agora, que estamos em plena Feira do Pinhal, convirá recordar que a floresta é , ainda, uma das maiores riquezas do país, mere-cendo muito mais atenção do que aquela que até agora lhe tem sido dispensada. Aparte algumas me-ritórias, embora isoladas acções, pouco mais tem sido feito.

Seria de muito interesse a cria-

ção de uma entidade voltada para o estudo dos problemas e das po-tencialidades da floresta, algo se-melhante a um Centro de Estudos Florestais, a sediar num local in-tegrado na área florestal nacional, uma instituição vocacionada para a investigação dos seus produtos e aplicações dos mesmos, da sua preservação, manutenção, e orde-namento. Esta instituição estabe-leceria protocolos com Universida-des que desenvolvam investigação de interesse para a floresta, poden-do ela própria ser um centro de investigação, que reuniria várias áreas da Ciência, como as Enge-nharias; Química, dos Materiais, Agronomia, silvicultura, etc. cap-tando para essa tarefa jovens re-cém licenciados.

Seria um investimento de maior interesse para a comunidade e para o país do que mais um punhado de quilómetros de asfalto.

Até breve n

António Graça

O novo governo, a nova agricultura e a floresta

Em www.arquivo.pt é possível pesquisar por palavra como num motor de busca normal, ou por endereço específico para a eventu-alidade de se pretender encontrar versões antigas de uma determi-nada página. O Arquivo da Web Portuguesa permite encontrar in-formação publicada na Internet a partir de 1996 e que já não se en-contra disponível nos seus sites originais.

Cada vez mais informação é pu-blicada exclusivamente na Web. Se não for feito um esforço para a sua preservação na actualidade, haverá no futuro uma lacuna na documentação histórica e cultural do país.

O Arquivo da Web Portuguesa armazena diariamente um con-junto de publicações que foram seleccionadas em colaboração com a Biblioteca Nacional. Trimestral-mente, é feito um arquivo exausti-vo de toda a Web portuguesa.

O Arquivo da Web Portuguesa é um serviço da Fundação para a Computação Científica Nacio-nal, FCCN, lançado em 2007, na sequência de financiamento do POS_C e da UMIC. Este serviço tem como missão última arqui-var periodicamente conteúdos de interesse nacional disponíveis na Internet.

Como o projecto existe apenas desde 2007, foram integrados

conteúdos históricos detidos por entidades externas (ex. Internet Archive, Biblioteca Nacional) que se tornaram acessíveis através do sistema de pesquisa disponibili-zado pelo Arquivo da Web Portu-guesa.

A Web portuguesa é composta por todos os conteúdos alojados sob o domínio .PT e outros aloja-dos fora deste domínio de mani-festo interesse para a comunida-de portuguesa. Qualquer pessoa pode sugerir o arquivo de sites que lhes pareçam interessantes através da página http://arquivo.pt/sugerir.

Para saber mais consulte http://sobre.arquivo.pt. n

arquivo da Web Portuguesa: encontre informação que já

desapareceu da Internet

Durante a inauguração da nova zona envolvente aos Paços do Concelho aconteceu a cerimónia de descerramento da estátua de homenagem ao Padre António de Andrade, colocada em destaque em frente daquele edifício. Este é um elemento de arte pública da autoria do escultor José Leitão de Paula representando mais um tri-buto que o Município presta a esta ilustre figura da História, nascida em Oleiros no século XVI e tido como uma das figuras mais uni-versais da História do concelho.

Considerado um dos Grandes Portugueses, em Oleiros, o seu legado está bem presente na per-severança das gentes locais e no memorial situado no Jardim Pú-blico, numa homenagem dos seus conterrâneos. Nascido em Oleiros em 1581, é considerado o primei-ro ocidental a atingir o Tibete, no ano de 1624. Consta que o Rei, após algum tempo e dos esforços diplomáticos do padre Oleirense, parece ter mostrado interesse para com a religião cristã, acabando por autorizar não somente o retorno dos padres, como lhes prometeu

permitir o estabelecimento de uma missão em Chaparangue, no ano seguinte. Vem a falecer em Goa, em 1634, supostamente envenena-do, quando se preparava para re-gressar ao Tibete. Recorde-se que o Padre António de Andrade, para além de escalador dos Himalaias, notabilizou-se como descobridor do Tibete.

A obra escultórica baseou-se em algumas descrições da fisionomia e dos hábitos do padre jesuíta, ten-do havido a colaboração da Com-panhia de Jesus nesse sentido. Se-gundo um retrato a óleo existente, partindo de uma descrição do Bis-po d?Angra, D. João Maria Pereira d?Amaral e Pimentel, António de Andrade aparece representado “com o rosto ovado, cabelo e so-brancelhas pretas, assim como os olhos e barba, que é cortada à te-soura e com bigode; vestido com roupeta de jesuíta, com o chapéu na mão, contas ao pescoço, sus-pendendo nelas pelo dedo polegar o braço esquerdo; os olhos são vi-vos e com o cabelo cortado rente, tendo como um ângulo dele sobre a testa”. n

Estátua em homenagem ao

Padre antónio de andrade descerrada

em Oleiros

ACONTECIMENTO MARCANTE

As ansiadas obras de construção da EN 238 entre a Sertã e Oleiros já arrancaram e no terreno já se en-contram as máquinas a operar. Esta construção, há muito reclamada, terá perfil de itinerário e integra a conces-são de estradas Pinhal Interior, adju-dicada à empresa Acendi.

Recorde-se que esta é uma obra

urgente que os autarcas locais e toda a população ansiavam ver avançar no terreno. José Marques, Presidente da Câmara de Oleiros manifestou a sua satisfação pela concretização no terreno de uma luta com a qual se debatia há décadas, vindo a resolver definitivamente o problema da liga-ção ao IC8, na Sertã, beneficiando o

acesso a Lisboa e a todo o litoral.Santos Marques considera que

esta é uma questão de justiça para toda esta região e defende ainda uma necessária ligação à capital de Dis-trito, Castelo Branco, a qual não está contemplada nesta concessão e que representa uma grande necessidade para os Oleirenses. ■

Finalmente a estrada para a Sertã...

Obras de construção da En 238 entre Oleiros e Sertã

já arrancaram

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Jornal de OLEiROS 72011 JULHO/agOSTO

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Se bem se lembram, numa ci-meira ibero-americana, realizada há poucos anos, o rei de Espanha Juan Carlos, virou-se para o presi-dente da Venezuela Hugo Chávez e disse-lhe; “Por que não te calas?” O rei tomou a esta deselegante ati-tude e, de certo modo, violando o protocolo, perante o presidente venezuelano, dado que este, como é seu timbre, a todos atacava com o seu radicalismo e verbalismo e anti-americanismo e seus “alia-dos”, mesmo ali em plena cimeira de chefes de estado e de gover-no. Lembro-me, frequentemente, deste episódio, ainda mais por-que, segundo a imprensa, Hugo Chávez estará com problemas de saúde grave, porque no nosso país há muita gente que passa o tempo a dizer mal, isto é, faz da maledicência o seu passatempo favorito. Se ao “portuga sabe tudo e de tudo gosta de opinar” ainda se perdoa, já aos profissionais da política e aos “opinion makers”, alguns pagos pelos jornais e de-mais imprensa, o recato, o rigor e a oportunidade deveriam fa-zer parte da sua conduta cívica. Veja-se o exemplo recente do Prof. Marcelo Rebelo de Sousa que anunciou o nome de um Secretá-rio de Estado, sem que a lista ofi-cial tivesse sido tornada pública, criando um problema porque este acabou depois por ficar de fora do

governo! Porque dizer mal , ape-nas para marcar posição ou “botar figura”, em nada favorece a for-mação e a atitude cívica dos por-tugueses, muitos deles com défice de conhecimentos de causa e que ouvindo ou lendo esses “protes-tantes profissionais” acabam por ficar baralhados e a animosidade perante os políticos aumenta, em nada favorecendo a“união” dese-jada e a conjugação de esforços para que possamos vencer a crise que nos foi legada pelos diversos governos anteriores. O tempo é de grandes desafios e esses exigem que haja contenção e recato nas críticas destrutivas.

Será que não nos libertamos desta tão nossa característica de estarmos sempre do contra, como se a política e a vida do país fosse uma espécie de “clubite/campeo-nite”, e cultivarmos a maledicên-cia, quase que revelando, desse modo, uma dose elevada de inve-ja e ciúme? Compete às elites dar o seu contributo na formação dos cidadãos para que a nossa atitude e consciência cívica seja engran-decida, porque uma democracia adulta exige que essas duas ca-racteristica sejam elevadas. Aos políticos, incluindo os da oposi-ção, considerando também alguns militantes do PSD e do CDS que não fazem parte do governo ou deputados, que gostam de “man-

dar umas bocas”, exige-se que “não falem de mais” e, acima de tudo, que as suas palavras não sejam o “rastilho” para inflamar e radicalizar posições do povo. Por exemplo, o líder da CGTP Carva-lho da Silva, fez, há dias e peran-te os trabalhadores dos estaleiros de Viana do Castelo (EVC), um discurso fortemente agitador e cito e em síntese: “O Presidente da República, que tem apregoa-do que o mar é um objectivo de fundamental importância para o nosso país, perante a situação de ameaça de desemprego para estes trabalhadores, o homem fica cala-do e adquire uma figura seráfica”, cheirando a hipocrisia as palavras proferidas nos discursos oficiais”. Aquele sindicalista, homem cuja bagagem cultural foi adquirida a pulso e estando muitos furos acima nos conhecimentos do sindicalismo e da “economia do trabalho”, conceito este de que não gosta muito, sabe que o seu discurso poderá gerar atitudes ir-racionais, (“perdido por cem per-dido por mil”), daqueles trabalha-dores e que sentem os seus postos de trabalho ameaçados. Mas sabia e sabe também que não é ao PR que compete “governar” e resol-ver os problemas dos EVC, pois estes problemas já vêm de longe e cujo défice de exploração está a ser pago pelos nossos impostos.

De quem é a responsabilidade pelo estado a que os EVC chega-ram? Ao povo é que a responsabi-lidade não cabe mas é a este que se pedem que “pague a conta”, pois os EVC são uma empresa pública, o que não impediu que o gover-no regional dos Açores recusasse receber um barco ali encomen-dado e construído e que terá um “pequeno defeito”! Será justo? A solidariedade tem limites.

Aos novos governos é usual atri-buir “um estado de graça”, mas a este parece que nem isso lhe que-remos conceder, como lhe fossem imputáveis as (maiores) culpas pelo estado a que o nosso país che-gou. Olhemos, porque as imagens que nos chegam são “inimaginá-veis” para o berço da democracia, para o (mau) exemplo da Grécia onde os radicalismos estão a agra-var as terríveis condições a que o país chegou e cujos estilhaços po-dem atingir o nosso país. Será que destruir a “coisa pública” é uma “luta justa e correcta”, embora nos pareça que é obra de “agitadores profissionais”, mas que têm su-porte em classes que beneficiavam da política do desgoverno ali rei-nante? As histórias que se contam sobre o “funcionalismo público grego” parecem surrealistas!

“Em tempo de guerra não se limpam armas”, - diz o povo e que os militares bem conhecem

dos teatros de guerra, sendo que esta frase se aplica, nos tempos actuais de crise, em não usar as armas da destruição (greves, ma-nifestações, “não pagamos”, etc), mas sim colocar de lado, enquan-to durar a crise, as divergências que existem em todas as classes/países. Primeiro, temos que evitar que o barco se afunde e depois en-tão teremos condições para lutar pelos nossos direitos, incluindo-se o direito à divergência de opi-nião. Obviamente que “estado de graça” não significa suspender a democracia e a livre opinião, mas apenas que as divergências sejam bem geridas por nós e obedeçam a uma certa contenção nos discur-sos e nas atitudes. “Por que não se calam”, apetece-mo tantas vezes pedir, como o fez o rei atrás cita-do. Em Portugal e não só, diz-se mal dos políticos e, em muitas si-tuações se calhar com razão, mas ser político nos tempos de crise é um acto de coragem, ainda mais porque a “democracia os derru-ba” facilmente. Este governo está cheio de pessoas que deixaram, ainda que temporariamente, as suas cómodas vidas profissionais para aceitarem este enorme desa-fio que o país atravessa e que não pode falhar. Louvemos-lhes a co-ragem e desejemos-lhes o maior sucesso, para bem de todos nós. n

Por que não se calam? Serafim Marques Economista

CRÓNICAS DE LISBOA

Existem pelo menos dezoito casais naturais das freguesias vi-zinhas, Madeirã, do Concelho de Oleiros e Pedrógão Pequeno, do Concelho de Sertã,

A Comissão encarregue da orga-nização das festas do corrente ano, pretende promover um grande en-contro / convívio integrado nas se-culares e tradicionais festas anuais em Honra do Senhor Jesus do Vale Terreiro e Nossa Senhora de Bom Sucesso, como que a proporcionar a todos uma segunda “boda”.

Para isso, a Comissão organiza-dora já enviou convites aos 18 ca-

sais, aos Senhores Presidentes das Juntas de Freguesia de Madeirã e Pedrógão Pequeno, bem como aos Senhores Presidentes dos Municí-pios de Oleiros e Sertã, anuncian-do o evento e que o mesmo será diferente de tudo quanto se fez até hoje, contamos com a presença de todos e familiares.

A Comissão chama-lhes desloca-dos por casamento, e como a des-locação de pessoas entre concelhos diferentes é uma complementari-dade regional, pretende-se que o evento seja também participado pelos seus autarcas e familiares, sendo que a presença dos mais altos representantes e de todos os intervenientes na ligação entre as freguesias e concelhos vizinhos po-dem representar inequivocamente uma união mais firme, e um forta-lecido convívio tanto na população em geral como na dos homenage-

ados e dos familiares nestes casa-mentos intermunicipais.

As férias convidam ao descan-so e à amizade, e isso, contribuirá para um grande convívio Intermu-nicipal, porque a visibilidade dos autarcas e de quem os elege é fun-damental.

O convívio é fundamental para o equilíbrio e bem-estar das pessoas, sendo este, uma forma nobre, para solidificar as relações e as amiza-des.

A organização apela aos respon-sáveis autarcas que seja difundido pelos meios disponíveis aos seus munícipes e representantes este acontecimento.

Programa das Festas em: http://gafm.jfelix.pt/

Inscrições e informações pelo site e pelos telefones: 272 664 116, 214 521 644, 919 354 207, 935 445 006 e 962 800 870. n

RONDA PELAS FREGUESIAS

Festas de Verão na Madeirã

Convívio Intermunicipal

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8 Jornal de OLEiROS 2011 JULHO/agOSTO

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O Jornal de Oleiros, consciente dos seus deveres cívicos, passará a visitar regularmente a Santa Casa da Miseri-córdia de Oleiros e a estabelecer con-tacto com Amigos espalhados pelo mundo que possuem familiares nesta importante Instituição.

É justo reconhecer o empenho e o carinho que esta Casa dispensa aos que estão ao seu cuidado.

Isso é visível na organização do dia-a-dia, na simpatia de quem ali traba-lha, no empenho do Senhor Provedor e de toda a Sua equipa.

Inauguramos hoje esta atitude pú-blica, com imagem da Sra Da. Maria Gertrudes, Mãe da Da. Maria Adélia Antunes Afonso que se encontra na Alemanha e muito em breve nos vi-sitará.

Todos os que aqui possuem familia-res, sabem agora que podem através do Jornal de Oleiros, estar mais próxi-mos dos seus familiares.

Para o Jornal de Oleiros é uma hon-ra poder prestar esta homenagem a todos e a todos saudar. n

Jornal de Oleiros aproxima famílias

Presentes na Feira do Pinhal

Depois das provas dos dias 2 e 3 de Julho a 3ª e 4ª jornada do “Campeona-to Nacional de Pesca Embarcada ao Achigã,” jornadas que foram marca-das pelo pouco peixe capturado, está tudo em aberto.

À entrada para estas jornadas a equi-pa da “A.R.C.O” ocupava o 8º lugar da tabela e sairam do Castelo de Bode num promissor 5º lugar com a mesma pontuação do 4º classificado.

A equipa consegui um 8º lugar e um 10º nas respectivas jornadas.

Neste momento a equipa da “ARCO” encontra-se apenas a 13 pontos do 1º lugar,deixando para as duas jornadas finais tudo em aberto, aguardando-se com expectativa as provas de Alqueva. n

Equipa de Pesca desportiva da “a.R.C.O”

pode fazer história

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Jornal de OLEiROS 92011 JULHO/agOSTO

BaR CaLadO: [email protected]. nac. 238, alverca, Oleiros

telefone 936 355 742 (frente à zona indústrial)

As últimas semanas têm sido de grandes cometimentos em Oleiros, revelando um dinamismo a que já nos vamos habituando.

Além do Presidente da Câmara ter sido nomeado Comendador (matéria em separado dada a im-portância), aconteceram os jantares da LAFAmieira, da LAFIsna, sem-pre extremamente concorridos, reu-nindo imensos familiares e amigos.

As Mulheres Sportinguistas fize-ram o seu jantar anual, realização que vai sendo um momento de for-te manifestação clubista, mas abran-gente o que se destaca.

Também o Centro Cultural da Gaspalha marca o ritmo e agraga novos residentes.

O XV FESTIL realizado pela “A.R.C.Oleiros” foi um enorme sucesso reunindo imensas crian-ças das nossas escolas e revelando, muito provávelmente, valôres de grande futuro.

Destaque ainda para a Feira Qui-nhentista que o Agrupamento de Escolas Padre António de Andrade realizou com enorme sucesso e re-percussão internacional.

Destacamos o enriquecimento das nossas praias, nomeadamente

a de Álvaro que conta agora com o novo Restaurante “Olhar o Zêzere” e a nova e estupenda Esplanada de Cambas a permitir um bom conví-vio após a saída da praia.

O Pôsto de Turismo continua a exibir persistentemente exposições de grande valia como a que está agora patente.

Ao nível de novas obras destaca-mos as da Praça Central e do Largo da Câmara, bem como a inaugura-ção da nova Junta de Freguesia de que daremos conta em separado.

Oleiros promete vencer o maras-mo do país, é o que desejamos. n

aconteceu em Oleiros

Com uma diferença de pou-cos meses tivemos duas notícias que não deixaram ninguém in-diferente, a explosão ocorrida na casa da actriz Sónia Brazão que a lançou para a cama do hospi-tal com queimaduras graves por todo o corpo, a lutar entre a vida e a morte, suspeitando-se de uma tentativa de suícidio e o aci-dente de viação que resultou na morte do cantor e actor Angélico Vieira.

A actriz vivia um período mais difícil da sua vida, queixando-se da falta de trabalho, ao passo que o cantor e actor vivia uma época de euforia, com inúmeras solici-tações, idolatrado por adolescen-

tes, a que se juntava o lançamen-to de um novo disco.

Em comum, tinham o facto de serem famosos, aparecerem na televisão e na capa de revistas e jornais.

Por vezes a fama tem o condão de roubar o discernimento e a razão ao ser humano, que se dei-xa invadir por uma sensação de imortalidade.

Porém, a realidade não é esta e a comprová-lo estes dois episó-dios trágicos.

A fama não passa de um mero sopro de vento que vai desapa-recendo e com a qual é preciso saber lidar para o bem e para o mal. n

apontamentos

Miguel Marques

O nosso jornal esteve represen-tado em Tomar pelo Sub-Director- Europa do Jornal Povo de Portugal, Paulo Alexandre Marques na foto com o Presidente da Câmara, Dr. Curvêlo de Sousa e, dá conta do enorme êxito das festas deste ano.

Estrondoso êxito humano e de tra-balho evidenciado é o que ficou bem expresso também ao nível do pro-grama artístico com destaque para Tony Carreira entre outros.

Nas próximas festas, os dois jor-nais ( Povo de Portugal e Jornal de Oleiros) farão directos permanentes a partir das festas e durante estas. n

festa dos tabuleiros em tomar,

um enorme êxito

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10 Jornal de OLEiROS 2011 JULHO/agOSTO

Os eventos gastronómicos em Oleiros são já uma “tradição”. Têm vindo a repetir-se, de forma reite-rada, facto que merece ser assina-lado!

Tal facto deve-se fundamental-mente à excelência das iguarias e a uma divulgação muito eficaz. As iguarias são apelativas e têm asso-ciado um factor importante que é a sua genuinidade: tratam-se, sem dúvida, de produtos muito singu-lares no panorama gastronómico nacional. No que se refere à co-municação, não há dúvida que é excelente, na forma e no conteúdo: desperta a curiosidade e convida à visita!

Contudo, à expectativa criada não correspondem Equipamentos de Restauração ao mesmo nível de excelência, quer ao nível das insta-lações quer de serviço. Trata-se de uma oferta bastante desenvolvida em quase todo o País, fundamental para assegurar um serviço profis-

sional e uma oferta gastronómica consistente, que permitam a pres-tação de um serviço de qualidade. A concorrência é, efectivamente, muito competitiva!

Assim, para que o sucesso dos eventos gastronómicos se consoli-de, seria importante promover di-versas iniciativas, de entre as quais poderíamos destacar algumas, sem qualquer critério de prevalência:

- Realização de Cursos de For-mação em Restauração (Mesas, Cozinha, Atendimento, Higiene e Segurança Alimentar, Agricultura Biológica, Gastronomia e Enolo-gia, etc.);

- Concretizar parcerias com Es-colas Profissionais de Formação Hoteleira próximas;

- Envolver Chefes de Cozinha de prestígio (agora muito media-tizados) que ajudem a “recriar” a oferta gastronómica alusiva àque-las iguarias, aumentando a sua no-toriedade;

- Promover a renovação dos es-paços de Restauração no que se refere às condições de Higiene e Segurança Alimentar, Equipamen-tos de produção e Zonas Públicas, modernizando-os (manter um am-biente rural mas acrescentar algum “requinte”);

- Elaboração de Manual de Boas Práticas, que pudesse ser usado como guia;

- Privilegiar a utilização de pro-dutos locais e da época, através do incentivo à produção de produtos genuínos (agricultura e pecuária);

- Promover a realização de con-cursos e prémios, durante a reali-zação dos eventos gastronómicos, através de critérios de avaliação previamente definidos por um júri credível ou equipa de consultores;

- Apostar, o mais possível, nos pratos mais genuínos da região. São suficientes para criar uma “marca” que possa ser fácil e instintivamen-te associada a Oleiros. Com uma

boa estratégia de divulgação, hoje relativamente fácil, rapidamente se poderá criar um “destino gas-tronómico” para aquelas iguarias. Outras, de menor relevância mas também características da região, apanharão a “boleia”;

- Actividades lúdicas (animação) deveriam estar associadas a estes eventos, numa vertente dinâmica e apelativa, dirigindo-se a públicos mais alargados.

Este trabalho, de médio prazo e efectuado de forma sistematizada, representa um investimento com retorno assegurado.

Uma oferta qualitativa dife-renciada, trará certamente mais visitantes, para além dos locais e com raízes na região. Este público é muito importante, e até deter-minante como alavanca para os investimentos efectuados, mas in-suficiente para manter uma oferta consistente, consolidada e susten-tável. n

Oleiros: destino gastronómico?

Fernando Carvalho

dr. antónio Moreira processa estado por

abandono do interiorDr. António Moreira

António Moreira, Advogado estabelecido em Torres Vedras, natural de Penha Garcia em Ida-nha-a-Nova, ex- Procurador do Ministério Público no Alentejo e em Lisboa, de 66 anos é o autor de uma Acção Popular contra o esta-do por abandono do interior.

São 14 páginas que o Dr. António Moreira nos enviou e que contam com o apoio do nosso jornal e do Director, dada a matéria que muito nos importa.

António Moreira diz que “ as al-deias do interior estão abandona-das. Por lá apenas se encontram al-guns idosos e cães abandonados ”.

A acção corre no Tribunal Admi-nistrativo de Lisboa e, a ser julga-da favorávelmente como se deseja e importa, obrigará o estado por-tuguês a apresentar uma proposta em Bruxelas visando a alteração da política agrícola comum, uma das grandes responsáveis por este es-tado de abandono.

António Moreira refere os 220 mil agricultores que em Portugal recebem subsídios para não pro-duzir – “ políticas erradas que le-varam ao abandono dos campos” afirma.

A “economia do sector primário, a agricultura, não funciona”.

Trata-se de uma acção inédita, de grande oportunidade que apoia-mos ser reservas. n

Consequências do abandono do interior Escolas em risco de fechar Distrito de Castelo BrancoConcelho EscolaCastelo Branco Póvoa de Rio MoinhosFundão Calvete

CaceiraLeresAldeia Nova

Idanha Penha GarciaOleiros Orvalho

S.Martinho AmoreirasVale de Santiago

Sertã Serra S. DomingosVV Ródão FratelPor zonas do paísCentro 82Norte 118Alentejo 87Algarve 9Lisboa e vale Tejo 69Total 365

- Governo pretende extinguir entre 1000 e 1500 Freguesias -Um estudo realizado pela Caixa Geral de Depósiots (CGD) em parceria

com a SAER, chegou à conclusão que 262 municípios correspondentes a 85,5% do total de 308 registaram défices orçamentais em 2008.

No mesmo ano, a dívida total das autarquias ascendeu a 7,1 mil milhões e, estes dados têm vindo a agravar-se.

O défice da administração local e regional aumentou de 300 milhões em 2008 para 1000 milhões em 2009, devido ao acréscimo de despesa e à redu-ção da receita.

Em 2009 existiam já 71 câmaras com excesso de endividamento líquido face aoo legalmente permitido e, no final de 2009, cerca de 100 municípios estava em situação de desequilíbrio orçamental.

Segundo o Dr. José Poças Esteves, Presidente da SAER, a grande maioria dos municípios não é sustentável por não ter racionalidade económica que permita o equilíbrio.

Segundo este responsável, o problema reside na forma como se desen-volveram, numa lógica "político-jurídico-administrativa" e não numa lógica de autosustentabilidade, ou seja, muitas desenvolveram-se como sedes de municípios (centros administrativos) e não como centros de geração e acu-mulação de riqueza.

Dependem das transferências do Orçamento de Estado e não da criação e produção de riqueza assente nos seus próprios activos.

Em 2008, 76% dos municípios (234 câmaras), apresentam um nível de in-dependência financeira inferior a 50% e 29,5% do total (91) câmaras regista-ram um nível de independência abaixo dos 20%.

Ora, os constrangimentos actuais vão agravar este estado de coisas.É indispensável reduzir municípios por "fusão", diz José Poças Esteves.Esta atitude permitiria ganhar escala.A outra alternativa para manter a independência política dos municípios,

passa por trabalharem em conjunto.Até junho de 2012, o Governo terá de reduzir substancialmente o número

de câmaras (308) actualmente e de freguesias (4259) actualmente.No acto eleitoral de 2013 já a redução deverá estar concluída e devida-

mente legislada.O plano de acção autárquicoobriga a:. Desenvolver uma visão estratégica integradora;. Promover a identidade de cidade e da região;.Considerar fronteiras funcionais flexíveis, com a associação de municí-

pios;. Envolver o sector privado;. Fomentar projectos estruturantes e estimular a cooperação entre vilas e

cidades.Um imenso trabalho pela frente... n

Maioria das autarquias

não é sustentável

O título do Jornal de Oleiros está hoje disperso por vários Oleirenses, mantendo Paulino B. Fernandes, Director e Fun-dador 44,0%.

José António Martins Gar-cia Silva com 26,66%, António Fernandes com 4,66%, Luis Mateus com 2%, Vitor Antu-nes com 1,83, Augusto de Ma-tos com 1,67%, António Lopes Graça e J. Silvério Mateus com 1,66%, com 1% Fernanda Ramos, Vânia Ramos, Manue-la Marques, Isabel Maria O. Gonçalves, Maria Alda Barata Salgueiro, Miguel Marques, Maria da Conceição Rocha, Fernando Carvalho, António Mendes, António Jorge Antu-nes, José Fernandes e o Centro de Saúde do Orvalho, Francis-co A. R. Mateus, com 0,87 % Maria Ivone Roque Luis Fer-nandes, com 0,50 % Gracindo Veríssimo e Joaquim Félix e com 0,33 % Anabela Rodri-gues, Manuel da Cunha e Ana Maria. n

Jornal de Oleiros insere-se na sociedade oleirense

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Jornal de OLEiROS 112011 JULHO/agOSTO

Campanha Porta a Porta da vaLnOR

em Oleiros

Subordinada ao tema “Separação de Resíduos Sólidos Urbanos”,

realizou-se em Oleiros, no auditório da Casa da Cultura, no passa-do dia 6 de Julho, uma acção de sensibilização destinada aos pro-prietários de estabelecimentos comerciais e Juntas de Freguesia, dando a conhecer a empresa intermunicipal VALNOR, S.A:, a qual o Município de Oleiros passou a integrar em Agosto de 2010, assim como a campanha de recolha Porta a Porta. Esta campanha, como o próprio nome indica, consiste na recolha de papel e embalagens, por intermédio de uma viatura própria para o efeito, proprieda-de da VALNOR, S.A., a qual percorrerá as entidades assinaladas como aderentes a esta iniciativa. Qualquer entidade, de entre as quais estabelecimentos comerciais, que esteja interessada em ser contemplada por esta campanha deverá contactar o responsável da VALNOR, S.A. por esta recolha Porta a Porta através do número 93 97 80 931 ou do endereço de e-mail [email protected].

A VALNOR, S.A. o Município de Oleiros, em conjunto, têm vindo

a desenvolver políticas potenciadoras do alcance das metas defini-das no programa de Prevenção de Resíduos Urbanos (PPRU), atra-vés de acções concretas que contribuam para o objectivo nacional de redução das quantidades de resíduos produzidas por habitante. Segundo o Decreto - Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, “a gestão de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) cuja produção diária não exce-da os 1100 litros por habitante deve ser assegurada pelos municí-pios”, facto que motivou a associação dos municípios em sistemas municipais e intermunicipais, criando infra-estruturas de recolha, tratamento e valorização de resíduos sólidos. n

BREVES

O economista João Ferreira do Amaral afirmou que o programa da ‘troika’ vai colocar a economia em maiores dificuldades.

“Este programa da ‘troika’ pode resolver o problema de financia-mento público nos próximos anos, mas não resolve o problema da eco-nomia. O programa da troika porá a economia em maiores dificulda-des”, considerou hoje o economista do ISEG, numa conferência organi-zada pelo IDEFF e pela Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas.

João Ferreira do Amaral defendeu ainda que Portugal terá de abando-nar a moeda única e que o deveria fazer de forma organizada, caso contrário será “empurrado” numa situação muito pior do que aquela em que se encontra.

“Fui contra a entrada mas não fui adepto da saída, até que verifiquei que a questão se põe agora em mol-des diferentes do que há dois, três

anos. A questão é se nós podemos permanecer no euro. Do meu ponto de vista não temos condições para permanecer no euro muito mais tempo”, disse.

O economista considera que Por-tugal se encontra numa situação de “ausência completa de instrumentos para tentar lidar com a situação” e que apesar de reconhecer que se trataria de um grande choque, con-sidera que a longo prazo seria pior manter-se no euro.

“Não tenho esperança nenhuma em ser ouvido nesta matéria. Acho que vamos deixar apodrecer nesta situação. (...) Iremos ser empurrados da Zona Euro, e provavelmente em muito má situação, uma situação tipo a Argentina”, considera.

Para minimizar esta eventual saída do euro, o economista defende que teria de ser feita uma compensação, através da entrada para o mecanis-mo de taxas de câmbio II (que con-

trola a variação das taxas de câmbio entre países fora e dentro do euro), com uma ajuda do Banco Central Europeu que impedisse uma gran-de desvalorização da moeda (even-tualmente um novo escudo) e que Portugal pudesse emitir nova moe-da para financiar défices, de forma a compensar em parte o aumento das dívidas, também dos particulares e das empresas. n

O EuRO, que futuro?

ECONOMIA

Quero iniciar a minha crónica por pedir desculpa aos leitores e ao Director do Jornal de Oleiros pela ausência durante alguns números.

Este foi um ano em que todos os fins de semana houve desporto em Oleiros, quer fosse Futebol de 11, quer fosse Futsal. Isto demons-tra a vitalidade e o interesse que temos em, utilizando as diversas infra-estruturas ao nosso dispor, proporcionar as condições para as práticas dos referidos desportos.

Com uma Direcção em início de mandato, e com alguns problemas para resolver, a ARCO fez quanto a mim uma época aquém do que era esperado e desejado. Como já tive ocasião de referir à uns tempos atrás, a ARCO, devido ao investi-mento que é feito, tem que ficar nos 6 primeiros lugares e desse modo estar nas decisões do campeonato. Claro que a ida à final da Taça foi bom, pena não termos consegui-do a vitória, mas espero que para o ano a ARCO consiga fazer um campeonato melhor. Cá estaremos para apoiar.

Uma modalidade que apareceu em força foi o Futsal. Aposta da ARCO e da Casa do Benfica, ficou provado que pode ser conciliado com o Futebol de 11 e dessa forma dar mais actividade aos nossos jo-vens. Excelente campeonato que os Juvenis da ARCO efectuaram, espero que para o ano a aposta se mantenha, pois a equipa tem bas-tante potencial e pelo desempenho que tiveram, os nossos jovens mos-traram que merecem uma nova aposta.

Em relação à Casa do Benfica, estivemos a um passo do Play-Off. Foi pena não o termos conseguido, mas estou certo que para o ano estaremos mais fortes e queremos dessa forma dar uma alegria aos nossos adeptos, que diga-se, foram incansáveis no apoio que nos de-ram. Não posso deixar de destacar o apoio que surgiu de um grupo de jovens, que, espontaneamente, criou uma claque, os Red Brugos. Quero aqui deixar o agradecimen-to do plantel da Casa do Benfica e dizer-lhes que contamos com o

apoio deles no próximo campeo-nato.

Uma novidade foi também a Fei-ra Quinhentista, organizada pelo Agrupamento de Escolas Padre António de Andrade e que envol-veu grande parte da população. Uma excelente iniciativa, a abrir cada vez mais a Escola à popula-ção, e que espero que para o ano se repita.

Como o tempo voa, já estamos outra vez na altura da Feira do Pi-nhal. Como tenho dito, espero que as Associações compareçam na Feira, é uma oportunidade de mos-trar mais uma vez o nosso trabalho a quem nos visita. Estou certo que isso irá acontecer.

Termino desejando a todos umas excelentes férias, que se divirtam na Feira do Pinhal, na Festa de Santa Margarida e nas restantes Festas que vão acontecer um pou-co por todo o Concelho. n

António Mendes [email protected]

O que Se vê daqui

Rogério Neves, com 51 anos, portador da doença Distrofia Muscular Progressiva, receberá no seu aniversário, uma Cadeira de Rodas numa cerimónia que decorrerá no dia 2 de Julho, pelas 11 horas, nas instalações da Asso-ciação Humanitária de Apoio aos

Diabéticos do Concelho de Avis e na qual associados, amigos, bem como representantes da VALNOR, da Câmara Municipal e Junta de Freguesia estarão presentes.

A oferta da cadeira de rodas representa o culminar da cam-panha que decorreu ao longo de

cerca de 1 ano e movimentou a solidariedade de vários pontos do país, que gentilmente ofereceram as suas tampas de plástico, com a finalidade de ajudar a atingir a quantidade de tampas, necessária para que a troca se pudesse reali-zar. n

vaLnOR entrega mais uma Cadeira de Rodas

INCLUSãO SOCIAL

A “Casa do Benfica de Oleiros” e a “A.R.C.O. “ vão receber duas motori-zadas, oferta de José Fernandes para

serem objecto de sorteio e com as re-ceitas contribuir para as duas Institui-ções. É um gesto que se aplaude. n

José Mendes fernandes apoia

Clubes

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12 Jornal de OLEiROS 2011 JULHO/agOSTO

Em pleno Ano Internacional das Florestas, o Município de Oleiros aposta no seu artesanato local e promove, no Posto de Turismo de Oleiros, de 1 a 30 de Julho a exposição “Artesanato em Madei-ra”, da autoria do oleirense Mário Antunes.Com 80 anos de idade, o artesão cria peças utilitárias em madeira, as quais derivam de di-ferentes espécies florestais, de vários continentes, privilegiando, através da sua criatividade e ima-ginação, não só do meio natural onde vive, mas também outros locais.

Na infância, Mário Antunes usa-va raiz de amieiro, “uma madeira muito macia” que lhe permitia moldar brinquedos à sua vontade. Aos 80 anos, a prática na carpitaria ajudou-o a dominar as característi-cas de cada espécie e combina dife-rentes tipos de madeira para obter os resultados pretendidos. “Não uso nada pintado. Quando que-ro dar cor, escolho as tonalidades mais apropriadas”, explica.

Pinho e oliveira estão entre as matérias-primas mais usadas, mas nas peças expostas destacam-se 24 pequenos pratos que são uma au-têntica montra de madeiras, algu-mas das quais em extinção. “Cada prato é de uma espécie diferente, oriunda de vários continentes”, ex-

plica. Há espécies como o mucibo, que foi queimado até estar quase em extinção, em Angola, assim como outras madeiras raras vin-das de Ásia e Brasil. “Alguns eram pedaços pequenos que tinha na carpintaria, outros pedi a colegas.” Na mostra que pode ser vista no Posto de Turismo de Oleiros, há re-lógios e molduras que resultam da combinação de tonalidades, assim como pratos com encaixes a duas cores. O leque de peças é variado, incluindo loiças e fruteiras, bancos e cadeiras, as medidas de alqueire antigamente usadas para cereais, jarras ou mealheiros. “Procuro que

as peças tenham sempre alguma utilidade”, explica o artesão olei-rense.

Barris de pequenas dimensões são, de todas as peças que faz, as que mais tempo exigem. Mas Mário Antunes pretende testar em breve um novo objecto que promete dar que fazer: “Quero tentar criar um candeeiro, mas é complexo do ponto de vista da segurança”. Quando deita mãos à obra, tem sempre uma ideia clara do que quer. “O artesanato de-senvolve a mente e o físico. Estou sempre a mexer”, explica com um sorriso. n

Madeiras raras expostas no Posto de turismo

de Oleiros

OLEIROS EM MOVIMENTO

feira Renascentista

A Feira do Pinhal realiza-se no mesmo local (largo das feiras e merca-dos) mas com algumas alterações assinaláveis para melhor:

- Os espetáculos serão realizados no recinto da feira, enquanto que, nos anos anteriores, na feira, apenas decorriam os referentes à Mostra das Atividades Musicais do Concelho e as Bandas e concertos decor-riam no arraial de Santa Margarida. Esta alteração é muito boa por-que permite, especialmente, ao sector da restauração durante e após espetáculos.

Nos dias 10 e 11 o certame encerrará excepcionalmente às 2 horas, no dia 12, à 1:00H e nos dias 13 e 14, pelas 24 horas.

No que se refere ao horário de abertura, será às 18 horas nos dias de semana e às 17 horas, durante o fim-de-semana.

- Outra alteração dá-se ao nível das actividades de desporto: temos a novidade da realização da primeira edição da Liga dos Campeões de Matraquilhos Humanos, assim como o IV Campeonato de Paint-ball do Pinhal, actividades que integram o chamado Sábado Radical (no dia 13).

- ATUAÇÕES

Nas comemorações do Dia do Concelho (15) podemos ainda des-tacar a cerimónia do Içar da Bandeira, com a presença da Fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Oleiros; a apresentação do livro “Os Mendes Barata da Longra”, da autoria de Pedro Amaro e o concerto de Pedro Abrunhosa e os Comité Caviar. Como se vê, motivos não faltam para ir até Oleiros.

Não esquecer que, a tradicional Alvorada de Domingo acordará as pes-soas logo pela manhã bem cedo. Tradição que se mantém bem viva e ainda bem. A alvorada servia e serve para avisar os povos que há festa nesse dia. Ainda me lembro (50 anos volvidos) do sr. Abel a lançar foguete a foguete no largo da capela do Espírito Santo. Antes do primeiro foguete já a Ban-da se encontrava lá e tocava “a alvorada” e, no final de todos os foguetes serem lançados, percorria as principais ruas da Vila. Aí estava a festa. As pessoas levantavam-se ao som de música e em espírito festivo.

- As criançasDesde há anos, a Câmara Municipal tem conseguido atrair as crian-

ças para este momento especial, colocando-lhes à disposição insuflá-veis e outros tipo de divertimentos que levam os mais jovens a fa-zerem fila para entrar nessas brincadeiras. Nota positiva para essa iniciativa.

- Quanto à parte religiosaNo Domingo – concentração das fogaças no adro da igreja às 17H00

horas e Missa na igreja matriz às 18H00 de onde sairá a procissão com a imagem muito linda de Santa Margarida (que não é a padroeira de Oleiros. Essa é Nossa Senhora da Conceição) e ainda as fogaças com as oferendas até ao arraial que, normalmente, são os elementos do Rancho Folclórico que transportam algumas e, outras, em cima de carrinhas de caixa abertas.

Há anos, todas as fogaças, simples, com duas ou quatro pessoas eram transportadas pelas próprias pessoas dos povos que ofertavam e que chegavam a ser 150.

Lembrar que o dia da Santa é no dia 20 de Julho, com cerimónias religiosas na sua capela e procissão para a igreja matriz, onde a santa ficará até ao Domingo de festa que sairá em procissão rumo nova-mente à capela.

O Jornal de Oleiros deseja a todos um Verão cheio de divertimentos e convívios saudáveis. n

(continuação da página 3)

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Jornal de OLEiROS 132011 JULHO/agOSTO

É com alguma dor de alma que ao aproximar-me da minha al-deia, Vilar dos Condes, vislum-bro lá no alto (e não posso deixar de olhar), no meio dos pinheiros, dois pequenos templos outrora designados por Alminhas.

O primeiro fica junto ao Vale da Galega, no desvio da EN350 para o Roqueiro. Encontra-se misera-velmente abandonado e é uma pena, pois possui um pequeno retábulo em madeira, muito an-tigo, onde já mal se percebem as cores primitivas. Pertence à freguesia de Pedrógão Pequeno, concelho da Sertã.

O segundo é as Alminhas da Pedrogueira mandadas construir pelo padre José Dias Camelo na-tural de Vilar Cimeiro, com a data inscrita de 1789. O seu in-terior é um painel de azulejos, erradamente colados, certamen-te porque o artífice não sabia ler, mas que com esforço se consegue uma leitura linear.

Esta pequena capela fora, des-de a sua construção, colocada no desvio da antiga estrada que vi-nha de Pedrógão Pequeno, e in-dicava o acesso para os Vilares. Recentemente, com o traçado da nova estrada EN350, o solo bai-xou uns 3 a 4 metros e ficou o pequeno templo no cocuruto de uma ravina, rodeado de areia e de restos de materiais de cons-trução, a olhar de soslaio para a nova rodovia.

Estes minúsculos templos fa-ziam parte da cultura popular religiosa e localizavam-se à bei-ra dos caminhos por todo o País, muitas vezes nas encruzilhadas. Além de indicarem nomes de lo-calidades, tinham principalmen-te a função de fazer lembrar, aos caminhantes, as almas dos que já haviam partido e que se encon-travam no Purgatório à espera do momento de subirem ao rei-no dos céus. Era necessário, pois, que os vivos rezassem para que a sua libertação fosse mais célere.

Para quem passasse por umas Alminhas era obrigatório fazer o Sinal da Cruz, rezar um Padre-Nosso e uma Avé- Maria e, se possível, depositar uma moeda na caixa das esmolas destinadas à celebração de missas por alma dos fiéis defuntos.

Era um hábito saudável enrai-zado na vivência quotidiana das

pessoas, e além disso, estes mo-numentos singelos embelezavam os caminhos e sensibilizavam os corações.

As Alminhas da Pedrogueira sempre pertenceram à Madeirã. Actualmente a indicação da fre-guesia avançou e as Alminhas fi-caram lá atrás, junto ao Bravo e até já lhe apagaram o topónimo (ago-ra despropositado) que ali sobre-viveu durante décadas. Por direi-to pertencem a Vilar dos Condes, portanto à Madeirã. Seria, pois, uma legitimidade da autarquia se mandasse deslocar o pequeno monumento para o lugar onde deve estar -junto ao actual desvio

da EN350. Não seria tarefa difícil nem dispendiosa, seria sim uma simpática gentileza da freguesia para com Vilar dos Condes, que certamente não esqueceria a mag-nitude do seu gesto.

Hoje os automobilistas que passam, diariamente, nas estra-das não têm tempo para olhar e muito menos para rezar, mas há cada vez mais caminhantes que, durante o Verão, palmilham as estradas e os caminhos das pe-quenas aldeias em busca de ves-tígios do passado e de paisagens acolhedoras. O nosso concelho devia ter em conta esta nova rea-lidade e valorizá-la. n

Senhores autarcas, tenham dó das

alminhas!Alda Barata Salgueiro

Alminhas da PedrogueiraAlminhas do cruzamento para o Roqueiro

A Casa do Benfica em Oleiros or-ganizou a festa de encerramento da época da Escolinha de Futebol, In-fantis, Escola de Dança e do Futsal.

A festa teve início pelas 11h00 no Campo Municipal de Oleiros onde se realizou um jogo entre os alunos, alunas e os seus pais.

De seguida, cerca das 13h00, hou-ve um almoço oferecido pela Casa do Benfica em Oleiros que serviu de acompanhamento à boa disposição

de todos os presentes e que teve lu-gar na Praia Fluvial do Açude Pinto.

Por volta das 15h00 decorreu a actuação das alunas da Escola de Dança.

Foi um dia muito bem passado num ambiente de grande confrater-nização, convívio e camaradagem entre todos os alunos e os seus fa-miliares, professores e dirigentes da Casa do Benfica e restantes con-vidados. n

Casa do Benfica Oleiros

Festa de fim de ano

Presentes na Feira do Pinhal

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14 Jornal de OLEiROS 2011 JULHO/agOSTO

(E quando dos regaços, brotaram pedras…)

Na década de cinquenta, a agri-cultura, além de um desígnio nacional, era uma questão de so-brevivência para a maior parte dos Oleirenses. A economia local centrava-se na floresta e no cultivo das terras, dependendo o ano agrí-cola das calamidades naturais que pudessem ocorrer, as quais sem apoios governamentais poderiam originar um ano de dificuldades para as famílias.

Pedia-se então, com fervor, a protecção divina para os campos que eram abençoados nas gran-des festas litúrgicas da Primavera. Com o mesmo propósito, nos três dias que antecediam a Quinta-feira d´Ascensão, tinham lugar as Ladainhas (procissões que invo-cando os Santos, saíam da Igreja Matriz em direcção às capelas do

Espírito Santo, S. Sebastião e Santa Margarida).

Durante estas celebrações, conta-se que algumas devotas Oleirenses apanhavam as pedras pisadas pelo sacerdote, crentes que estas, atira-das às hortas, na manhã de S. João, pudessem afugentar ratos e outras pragas. Esta era uma crença muito enraizada, reforçada pela tradição popular, segundo a qual a orvalha-da que se formava nesta manhã de rituais e magias possuía efeitos be-néficos para as culturas.

Foi por esta época colocado, na Paróquia de Oleiros, um jovem pa-dre que pretendendo acabar com crendices e superstições, numa dessas celebrações, admoestou o seu “rebanho” no sentido de aca-bar com esses rituais pagãos. Ime-diatamente dos bolsos e regaços das santas mulheres, brotaram ro-liças e abençoadas pedras, em vez de rosas. Acabou aí uma agricultu-

ra biológica cujos produtos tinham um sabor autêntico que só Eça con-segue descrever na sua obra Cida-de e as Serras.

Actualmente, as pragas sucum-bem apenas sob a acção de pro-dutos químicos que somos obriga-dos a consumir e as bactérias, que eram desconhecidas até então, hoje têm nome e matam gente, como é o caso da famosa E. coli. Por seu lado, os alimentos, abençoados na-quela altura, hoje são ostracizados e temidos, cada um a seu tempo, em função de um qualquer interes-se por nós desconhecido.

Espero que o leitor, por mo-mentos, tenha esquecido o FMI, a TROIKA e os sacrifícios exigidos.

E neste tempo de preocupações e incertezas, só me resta invocar, para todos nós, em jeito da Ladainha:

- Santa Margarida!!!- Orai por nós…n

as Ladainhas

Ana Neves [email protected]

O Centro de dia e lar de Idosos do Orvalho e o quase acabado edifício dos Cuidados Continuados são a prova de que “a vontade dos Ho-mens move montanhas”..

António Natário tem boas razões para estar feliz.

Concebeu, lutou, construiu, pode ser exibido.

Já com 80 utentes este completo Centro oferece condições e enqua-dramento ímpares.

85 postos de trabalho criados para um investimento superior 2700 mi-

lhões de euros orgulham o criador e a região.

O edifício, moderno, funcional, com três andares oferece condições extraordinárias indiscritíveis num artigo de jornal.

Em fase final de construção, já muita adiantada, está o edifício fron-teiro dos Cuidados Continuados, dotado de todos os meios, inclusivé piscina coberta aquecida. Aqui serão criados em breve mais 35 postos de trabalho. Voltaremos em breve pois desejamos mostrar imagens reais da

piscina coberta aquecida, do Ginásio deste edifício e de todas as infraes-truturas.

António Natário sublinha sempre os Amigos que o apoiaram, o Dr. Dias de Carvalho, Pediatra concei-tuado e Amigo da região, o Padre Tomaz que com a sua acção social esteve na origem de um projecto importante, mas cuja dimensão foi conferida por António Natário.

Continuaremos a acompanhar o finalizar desta grandiosa obra e felici-tamos o Amigo António Natário. n

Centro Social do Orvalho, impressiona

A “CCS” um marco na nossa região assinalou o aniversário, desta vez em Proença.

Ao Engº Pedro Amaro e à Sua Direcção enviamos um abraço e sau-damos o imenso trabalho desenvolvido em prol da Cultura da região e não só.

OLEIROS esteve representado no almoço comemorativo pelo Se-nhor Vereador Vitor Antunes e também por outro grande Amigo, Ma-nuel da Cunha. n

Casa da Comarca da Sertã celebrou

65º aniversário

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Jornal de OLEiROS 152011 JULHO/agOSTO

Onde pode encontrar o Seu Jornal de Oleiros

• LISBOA - Papelaria Tabacaria SampaioRua Reinaldo dos Santos, 12-C1500-505 Lisboa

• Jardins da Parede - Papelaria Tabacaria Resumos DiáriosAv. das Tílias, nº 136, Lj B

• OLEIROS- Papelaria JARDIM

• ESTREITO- Café “O LAPACHEIRO”Estreito - 6100 Oleiros

.• PROENÇA-A-NOVA- Da Idalina de JesusAvenida do Colégio, nº 16150-410 Proença-a-Nova

- Tabacaria do CentroLargo do Rossio6150-410 Proença-a-Nova

• CASTELO BRANCO- Quiosque da CláudiaZona Industrial, lote P-6 CLoja nº 4, Edifício Intermarché6000 Castelo Branco

• CERNACHE DO BONJARDIM- Papelaria Boa Nova Mercado Municipal

• AMEIXOEIRA- BIG barEstação de Serviço, Estª Nacional 238, Ameixoeira 6 100 Oleiros

• COVILHÃ- Pedro LuzRua General Humberto DelgadoQuiosque - 6200-014 Covilhã

• PEDROGÃO GRANDE- Papelaria 100 RiscosLg. do Encontro, 47-A

• VILA VELHA DE RÓDÃO- Galp na A23 nos dois sentidos

• SERTÃ- Papelaria Paulino & IrmãoAv. Gonçalo Rodrigues Caldeira, 46-A

CONTACTOS ÚTEIS

Jornal de Oleiros - 922 013 273Agrupamento de Escolas do concelho de Oleiros – 272 680 110Bombeiros Voluntários de Oleiros – 272 680 170Centro de Saúde – 272 680 160Correios – 272 680 180G.N.R – 272 682 311

FarmáciasEstreito – 272 654 265Farmácia – Oleiros – 272 681 015Farmácia – Orvalho – 272 746 136

Postos de AbastecimentoGalp (Oleiros) – 272 682 832Galp (Ameixoeira) – 272 654 037Galp (Oleiros) – 272 682 274António Pires Ramos (Orvalho) – 272 746 157

Infra-EstruturasCâmara Municipal – 272 680 130Piscinas Municipais//Ginásio – 272 681 062Posto de Turismo/Espaço net – 272 681 008Casa da Cultura//Biblioteca – 272 680 230Campo de Futebol – 272 681 026Pavilhão Gimnodesportivo (Oleiros) – 272 682 890

www.jornaldeoleiros.com

Ficha técnica

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Desejo receber em minha casa, mensalmente, o Jornal de OleirosAno 2011q Nacional 10,00€ q Apoio (valor livre)q Europa 20,00€

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DESPORTO

Volta termina em Lisboa

Mais longa, mais dura e mais alta. A 73.ª Volta a Portugal já foi apresentada em Lisboa.

A 73.ª Volta a Portugal em bici-cleta, entre 04 e 15 de agosto, vai ter cinco das 10 etapas com metas em altitude, num total de 1.626,8 quilómetros, destinados a “trepa-dores” e aos “sherpas” da respec-tiva equipa.

Como os alpinistas ocidentais nos Himalaias, cada chefe-de-fila terá de se rodear de carregadores à altura - de sorriso fácil perante o frio e a falta de oxigénio, como aquele povo nepalês -, para ultra-passarem 24 contagens de mon-tanha: uma de categoria especial, duas de primeira, duas de segun-da, 12 de terceira e sete de quarta categoria.

As hostilidades abrem-se à se-gunda etapa, depois do prólogo de Fafe e da tirada entre a Trofa e Oli-veira do Bairro, em 184,4 quilóme-tros desde Oliveira de Azeméis até ao Alto da Senhora da Assunção, em Santo Tirso - o pelotão vai en-frentar seis “montanhas”, sendo a última de segunda categoria, coin-cidente com a meta (6,3 km, a 6,2 por cento de inclinação média).

Logo no dia seguinte, domingo, surge no horizonte o emblemático Monte Farinha, em Mondim de Basto, numa terceira etapa entre Viana do Castelo e o Alto da Se-nhora da Graça (151 km), ficando para o fim os 8,4 quilómetros com 7,5 de pendente média.

À quarta etapa, novo final em subida, após mais de 160 quilóme-tros, entre Lamego e Gouveia, com duas passagens pela meta, instala-da num prémio de terceira catego-ria (7,6 km, a 2,9 pc).

A sexta etapa vai ser uma “cro-noescalada” de 35,3 quilómetros entre o Sabugal e a Guarda, nuns derradeiros 4,4 quilómetros com inclinação média de 3,7 por cento e meta novamente acima dos 1.000 metros de altitude, depois de um dia de descanso, entremeado pelas previsíveis segunda e terceira che-gadas em pelotão compacto.

Além da primeira etapa (Trofa-Oliveira do Bairro), os “sprinters” vão guardar-se para a quinta e sexta tiradas, respectivamente com final em Viseu e em Castelo Bran-co - esta sexta e mais longa tirada, desde Aveiro, tem um total de 215,9 km.

A etapa rainha da corrida está marcada para o 10.º dia na estrada, na oitava etapa (sábado, 13 agos-

to), entre Seia e a Torre, em plena Serra da Estrela, com quatro “mon-tanhas”: uma de terceira (Alto do Teixeira), uma de primeira (Penhas da Saúde, 13 km a 7,4 pc), uma de segunda (Penhas Douradas, 10 km a 6 pc) e a categoria especial (Torre, 28,4 km a 5 pc) até à meta.

Após as primeiras diferenças, ganhas nas Senhoras da Assunção e da Graça (2.ª e 3.ª etapas), os cor-redores do topo da classificação

vão ter de manter-se atentos sob o risco de se verem ultrapassados por adversários no “crono” indi-vidual da Guarda e na tirada de alta montanha da Torre, seguindo-se uma penúltima etapa, antes da consagração em Lisboa, a testar os nervos de quem envergar a cami-sola amarela, entre a Covilhã e a Sertã (182,3 km).

O Jornal de Oleiros vai acompa-nhar a volta a Portugal. n

Volta passa duas vezes em Oleiros

volta a Portugal em bicicleta entre 4 e 15 de agosto

Percurso:

04 ago: Prólogo, Fafe-Fafe, 2,2 km.05 ago: 01.ª etapa, Trofa-Oliveira do Bairro, 187,7 km.06 ago: 02.ª etapa, Oliveira de Azeméis-Santo Tirso (Sra. Assunção), 184,4 km.07 ago: 03.ª etapa, Viana do Castelo-Mondim de Basto (Sra. Graça), 151 km.08 ago: 04.ª etapa, Lamego-Gouveia, 182,3 km.09 ago: 05.ª etapa, Oliveira do Hospital-Viseu, 150,3 km.10 ago: Dia de Descanso.11 ago: 06.ª etapa, Aveiro-Castelo Branco, 215,9 km.12 ago: 07.ª etapa (CRI), Sabugal-Guarda, 35,3 km.13 ago: 08.ª etapa, Seia-Covilhã (Torre), 182,8 km.14 ago: 09.ª etapa, Covilhã-Sertã, 182,3 km.15 ago: 10.ª etapa, Sintra-Lisboa, 152,6 km.Total: 1.626,8 km.

Contagens prémio montanha: 24.

Metas-voltantes: 27.

Principais dificuldades:06 ago: 02.ª etapa, Sra. Assunção - 6,3 km com 6,2 por cento de inclinação média.07 ago: 03.ª etapa, Sra. Graça - 8,4 km com 7,5 por cento de inclina-ção média.08 ago: 04.ª etapa, Gouveia - duas passagens, 7,6 km com 2,9 por cento de inclinação média.12 ago: 07.ª etapa (CRI), Guarda - 4,4 km com 3,7 por cento de incli-nação média.13 ago: 08.ª etapa, Penhas da Saúde - 13 km com 7,4 por cento de inclinação média.Penhas Douradas - 10 km com 6 por cento de inclinação média.Torre - 28,4 km com 5 por cento de inclinação média.

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Organizado pelo “A.R.C.O.” de Oleiros, foi um enorme sucesso o XV FESTIL.

Compreende-se a alegria do Presidente Ramiro Roque a quem se deve a organização que mere-ceu o apoio da Câmara Municipal, Juntas de Freguesia e das Escolas de Oleiros, Estreito e do Orvalho.

Perante uma assistência entu-siasmada que enchia completa-mente o Jardim Central de Olei-

ros, fica claro que este importante espectáculo é para continuar.

O Júri integrava entre outras Personalidades a Dra Isabel, Di-rectora da Escola Padre António de Andrade e o Presidente da Câmara de Oleiros, José Santos Marques.

Tarde entusiasmante onde eram visíveis tantas crianças, no fundo, um futuro promissor para Olei-ros. n

Xv festil