olavo bilac - serviço militar
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lavo Bilac nasceu na cidade do Rio de Janeiro.
Poeta, jornalista, fundador e membro da
Academia Brasileira de Letras, foi um ardoroso
nacionalista, abolicionista e grande propugnador
do Serviço Militar Obrigatório e dos tiros-de-
guerra. Percorreu o País, tanto as mais recônditas
regiões, como as capitais, conclamando a mocidade para servir à
Pátria que ele tanto amava. Precursor da campanha pela
alfabetização, foi eleito Príncipe dos Poetas Brasileiros. Dentre sua
extensa obra, destacam-se a letra do Hino à Bandeira, o poema
épico "O Caçador de Esmeraldas" e o belo soneto "A Pátria". Na
data do seu nascimento, 16 de dezembro, comemora-se o Dia do
Reservista. Faleceu no Rio de Janeiro, aos 53 anos.
Olavo Braz Martins dos Guimarães Bilac foi o mais ardoroso
defensor do modelo de recrutamento, vigente há quase um século
no Brasil. A constatação do absoluto ajustamento do sistema de
conscrição à atualidade brasileira é, por si só, prova sobeja da visão
prospectiva desse insigne patriota, mui justamente consagrado
Patrono do Serviço Militar.
Quando Bilac engajou-se na campanha do Serviço Militar,
descortinou-se a dimensão maior de sua personalidade, centrada
em profundo patriotismo e dedicação ao Brasil.
As primeiras lições de civismo, colheu-as no próprio lar, em
ambiente de simplicidade e dedicação.
Orador fecundo, enfático e inspirado, faria, mais tarde, ecoar por
todos os recantos do Brasil, o seu protesto veemente ao divórcio dos
meios civil e militar. Chegava a inflamar-se ao contestar as
acusações de militarismo, que muitos, em sua época, atribuiam às
medidas adotadas para o aperfeiçoamento do Serviço Militar.
O autor da letra do Hino à Bandeira e da grandiosa "Oração à
Bandeira", empenhou-se, ainda, na ação educacional cívica,
buscando a promoção dos mais puros ideais da nacionalidade. Sob
essa inspiração, fundou a Liga de Defesa Nacional, em 1916, para
lutar pela preservação de nossos valores maiores ao longo do
tempo.
Bilac era, acima de tudo, um patriota consciente do momento
histórico, um combatente pelo civismo, ao qual não hesitava em
devotar-se, por inteiro. Em 1915 e 1916, empreendeu peregrinação
pelo País, conscientizando os brasileiros da necessidade do Serviço
Militar Obrigatório, pregando a verdadeira cidadania. Sua missão,
iniciada em São Paulo, e ressonante no Rio de Janeiro, tornou-se
alvo de destacada homenagem no Clube Militar. Prosseguiu rumo
a Minas Gerais e ao Rio Grande do Sul, defendendo, com ardor, a
associação de todos os brasileiros à sua causa.
Embora com sacrifício da saúde, Bilac alimentava o firme desejo
de levar sua pregação ao Norte e ao Nordeste do Brasil, seguindo
o itinerário que já havia traçado, durante suas viagens para a
campanha de defesa do Serviço Militar.
Mas no apagar de 1918, quando a cidade do Rio de Janeiro se
preparava para um novo ano, correram sentidas lágrimas pela
notícia da morte do querido poeta. A mesma carreta de artilharia
que servira para transportar o corpo de Osorio para o cemitério,
conduziu Bilac ao sepulcro.
Na sua eternidade, a Pátria reverenciará sempre aquele que, com
o coração e a ação, mostrou aos brasileiros a nobreza do dever
militar.
Fonte: www.eb.mil.br