ojornal 05/02/2012

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O governo do Estado aban- donou em Delmiro Gouveia, no Sertão de Alagoas, uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) construída com recursos federais. O projeto original prevê atendi- mentos de urgência, emergên- cia e ambulatorial na região e consumiu R$ 2 milhões dos cofres públicos. Enquanto a UPA não é inaugurada, a Unidade Mista de Saúde do município, admi- nistrada pelo Estado, funciona de forma precária. Sem atendi- mento médico de qualidade, a população de Delmiro Gouveia recorre às unidades de saúde de Paulo Afonso, na Bahia. A UPA de Delmiro está pronta há cinco meses, com toda a estrutura física em perfeito estado. HOTÉIS CHEIOS Quase todos os hotéis de Alagoas estão trabalhando com uma taxa de ocupação de 100% para o carnaval, fato que traduz o bom momento vivido pelo setor. CENTENÁRIO No centenário do Quebra de Xangô, O Jornal faz breve resgate do episódio em visita à coleção de artefatos sagrados das casas de santo de 1912. Marco Antônio Lays Peixoto/Estagiária Site dá chances para explicar o fim da relação CSA enfrenta o Corinthians só “para vencer” “Baltazar” muda e conquista os telespectadores Os ritmos de antigamente no “Bailinho” REDES SOCIAIS JOGO DIFÍCIL MAIS GENTIL SERESTEIROS ornal J ornal J O ANO 18 NÚMERO 434 R$ 3,00 www.j2012.com.br MACEIÓ, 5 DE FEVEREIRO DE 2012 DOMINGO ASSINATURAS: 82 4009.1919 CLASSIFICADOS: 82 4009.1930 PUBLICIDADE: 82 4009.1961 PABX: 82 4009.1900 Alagoano lança máquina de fazer sorvete e picolés Os cuidados para deixar o lanche das crianças mais saboroso e nutritivo DESRESPEITO Governo abandona saúde no Sertão Obra foi construída pelo governo federal, mas não funciona porque Estado não disponibilizou equipamentos e funcionários A17 A25 Em “As Brasileiras”, Isis Valverde mostra o azar através de uma visão cômica www.j2012.com.br l [email protected] TV O Jornal O JORNALl MACEIÓ, 5 DEFEVEREIRODE2012 l DOMINGO 5 , a V O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O J J J J J J J J J J J J J J J J J J J J J J J J J J J J J J o Rafael Cardoso comemora crescimento na tevê com o Rodrigo de A Vida da Gente, da Globo 2012.com.br l l @ojor jo orn na alt tv@ jo orn na alt tv@ nal-al.com.b to o Luiza Dantas/CZN Alexandre Nero, o Baltazar de Fina Estampa, deixou de lado a agressividade e conquistou a simpatia dos telespectadores Mudança na trajetória Luiza Dantas/CZN 3 7 www.j2012.com.br l [email protected] Esportes O Jornal O JORNALl MACEIÓ, 5 DEFEVEREIRODE2012 l DOMINGO CRB e CSA recebem verba do Campeonato do Nordeste Desempregada, alagoana Marta deixa o futebol dos EUA 2 5 na a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a al l l l l l l l l l l l l l Marco Antônio Marco Antônio Ritual de passagem Para ainda lutar por uma vaga no G-4, CSA precisa derrubar hoje o Corinthians-AL no Estádio Rei Pelé 4 www.j2012.com.br l [email protected] Sala Vip O JORNALl MACEIÓ, 5 DEFEVEREIRODE2012 l DOMINGO Divulgação Para pequenos Em sua terceira edição, O Bailinho, filho mais novo do Seresteiros da Pitanguinha, leva a criançada a pular o carnaval com os ritmos de antigamente 8 E9 4 6 Escutar música clássica não vai te deixar mais inteligente, diz pesquisador O que deu errado no seu namoro? REDES SOCIAIS 5 Site permite que os usuários troquem mensagens e expliquem os motivos que causaram o fim da relação www.j2012.com.br l [email protected] Tecnologia O Jornal O JORNALl MACEIÓ, 5 DEFEVEREIRODE2012 l DOMINGO Estudo avalia o poder que o otimismo exerce sobre as pessoas CRESCIMENTO Rodovias estão com obras avançadas em Maceió O prefeito Cícero Almeida está concluindo as obras de três rodo- vias que prometem melhorar a vida de milhares de pessoas em Maceió. Os trabalhos estão bem adiantados, e a inauguração da Avenida Márcio Canuto, no Barro Duro, por exemplo, está prevista para o mês de março. ARAPIRACA Sem água nas torneiras, a população adota o rodízio A população de Arapiraca sofre com problemas no abaste- cimento de água. Na zona rural, há comunidades que ficam até 15 dias sem água. Na área urbana, já é feito o rodízio para evitar o desabastecimento. A Casal reco- nhece que a adutora da região não atende à demanda. INSEGURANÇA População quer uma resposta do Estado, aponta estudo Em entrevista, o secretário municipal de Assistência Social, Francisco Araújo, falou sobre o estudo desenvolvido pela pasta em Maceió. Segundo o levan- tamento, a cobrança de uma resposta para a segurança pública por parte do Estado é o principal anseio da população. A22 A4 B1 Lays Peixoto/Estagiária Prédio da UPA está pronto para funcionar, mas Estado o abandonou Rodovia Márcio Canuto deve ser inaugurada em março com a presença do homenageado Marco Antônio 02h04..................................................1.8 08h13..................................................0.5 14h17..................................................1.9 20h38..................................................0.3 NOVA........................................................21/2..22h36 CRESCENTE...................................................31/1..4h10 CHEIA.........................................................7/2..21h55 MINGUANTE...................................................14/2..17h4 MARÉS FASES DA LUA A26 A24 A20

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OJORNAL 05/02/2012

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O governo do Estado aban-donou em Delmiro Gouveia, no Sertão de Alagoas, uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) construída com recursos federais. O projeto original prevê atendi-mentos de urgência, emergên-cia e ambulatorial na região e consumiu R$ 2 milhões dos cofres públicos. Enquanto a UPA não é inaugurada, a Unidade Mista de Saúde do município, admi-nistrada pelo Estado, funciona de forma precária. Sem atendi-mento médico de qualidade, a população de Delmiro Gouveia recorre às unidades de saúde de Paulo Afonso, na Bahia. A UPA de Delmiro está pronta há cinco meses, com toda a estrutura física em perfeito estado.

HOTÉIS CHEIOSQuase todos os hotéis de

Alagoas estão trabalhando com uma taxa de ocupação de 100% para o carnaval, fato que traduz o bom momento vivido pelo setor.

CENTENÁRIONo centenário do Quebra de

Xangô, O Jornal faz breve resgate do episódio em visita à coleção de artefatos sagrados das casas de santo de 1912.

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Site dá chancespara explicar ofim da relação

CSA enfrenta oCorinthians só“para vencer”

“Baltazar” mudae conquista ostelespectadores

Os ritmos de antigamenteno “Bailinho”

REDES SOCIAIS JOGO DIFÍCIL MAIS GENTIL SERESTEIROS

ornalJ ornalJOANO 18 NÚMERO 434 R$ 3,00

www.j2012.com.brMACEIÓ, 5 DE FEVEREIRO DE 2012 DOMINGO

ASSINATURAS: 82 4009.1919 CLASSIFICADOS:

82 4009.1930

PUBLICIDADE: 82 4009.1961

PABX: 82 4009.1900

Alagoano lança máquina de fazer sorvetee picolés

Os cuidados paradeixar o lanchedas crianças maissaboroso e nutritivo

DESRESPEITO

Governo abandona saúde no SertãoObra foi construída pelo governo federal, mas não funciona porque Estado não disponibilizou equipamentos e funcionários

A17A25

Em “As Brasileiras”,

Isis Valverde mostra

o azar através de uma

visão cômica

www.j2012.com.br l [email protected]

TV O JornalO JORNAL l MACEIÓ, 5 DE FEVEREIRO DE 2012 l DOMINGO

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comemora crescimento

na tevê com o Rodrigo de

A Vida da Gente, da Globo

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Alexandre Nero, o Baltazar

de Fina Estampa, deixou de lado

a agressividade e conquistou a

simpatia dos telespectadores

Mudança

natrajetória

Luiz

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/CZN

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Esportes O JornalO JORNAL l MACEIÓ, 5 DE FEVEREIRO DE 2012 l DOMINGO

CRB e CSA

recebem verba

do Campeonato

do Nordeste

Desempregada,

alagoana Marta

deixa o futebol

dos EUA 2

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naaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaallllllllllllll

Marco Antônio

Mar

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io

Ritual de passagemPara ainda lutar por uma vaga no G-4, CSA precisa derrubar hoje o Corinthians-AL no Estádio Rei Pelé

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www.j2012.com.br l [email protected]

Sala VipO JORNAL l MACEIÓ, 5 DE FEVEREIRO DE 2012 l DOMINGO

Divulgação

Para pequenos

Em sua terceira

edição, O Bailinho,

filho mais novo

do Seresteiros da

Pitanguinha, leva a

criançada a pular

o carnaval com os

ritmos de antigamente

8 E 9

4

6

Escutar música clássica

não vai te deixar mais

inteligente, diz pesquisador

O que deu errado

no seu namoro?REDES SOCIAIS

5Site permite que os usuários troquem mensagens e

expliquem os motivos que causaram o fim da relação

www.j2012.com.br l [email protected]

Tecnologia O JornalO JORNAL l MACEIÓ, 5 DE FEVEREIRO DE 2012 l DOMINGO

Estudo avalia o poder

que o otimismo exerce

sobre as pessoas

CRESCIMENTO

Rodovias estão com obrasavançadasem Maceió

O prefeito Cícero Almeida está concluindo as obras de três rodo-vias que prometem melhorar a vida de milhares de pessoas em Maceió. Os trabalhos estão bem adiantados, e a inauguração da Avenida Márcio Canuto, no Barro Duro, por exemplo, está prevista para o mês de março.

ARAPIRACA

Sem água nas torneiras, a populaçãoadota o rodízio

A população de Arapiraca sofre com problemas no abaste-cimento de água. Na zona rural, há comunidades que ficam até 15 dias sem água. Na área urbana, já é feito o rodízio para evitar o desabastecimento. A Casal reco-nhece que a adutora da região não atende à demanda.

INSEGURANÇA

População quer uma resposta do Estado, aponta estudo

Em entrevista, o secretário municipal de Assistência Social, Francisco Araújo, falou sobre o estudo desenvolvido pela pasta em Maceió. Segundo o levan-tamento, a cobrança de uma resposta para a segurança pública por parte do Estado é o principal anseio da população.

A22

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B1

Lays

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Prédio da UPA está pronto para funcionar, mas Estado o abandonou

Rodovia Márcio Canuto deve ser inaugurada em março com a presença do homenageado

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02h04..................................................1.8 08h13..................................................0.5

14h17..................................................1.9 20h38..................................................0.3

NOVA........................................................21/2..22h36

CRESCENTE...................................................31/1..4h10

CHEIA.........................................................7/2..21h55

MINGUANTE...................................................14/2..17h4

MARÉS FASES DA LUA

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A20

Governo gasta R$ 5 mi com consultoriaUma outra tentativa na

linha de combate à violência em Alagoas será um levanta-mento a ser feito pelo Insti-tuto de Desenvolvimento Gerencial (INDG), com o qual o governo do Estado promete fazer uma radiogra-fia dos homicídios no Estado, apesar dos muitos estudos já existentes, comprovando a liderança da capital alagoana nesse ranking indesejado.

O I N D G f o i c o n t r a -tado a peso de ouro, R$ $ 5,4 milhões, despesa que o governo realizou sem lici-tação, provocando a ira das entidades sindicais da área de segurança pública. “O próprio Estado pode fazer esse tipo de levantamento e elaborar seus projetos. Exis-tem pessoas que deveriam ser capacitados para isso. Na verdade essa dispensa de licitação tem sido o estilo adotado pelo atual governo, que sempre faz as coisas de forma nebulosa. Temos vários dados estatísticos forneci-dos pelas polícias, tanto civil quanto militar, para elaborar qualquer projeto. O que falta é planejamento e vontade de fazer”, disse Josimar Melo, presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sindpol).

“Iremos analisar com

atenção esse contrato, para ver o que a entidade pode fazer, pois estamos acompa-nhado de perto esses tipo de mecanismo utilizado pelo governo, que vem dispen-sando licitação para tudo quanto é ação”, completou o presidente do Sindpol. O

extrato do contrato pode ser conferido na edição do último dia 30 de dezembro de 2011 do Diário Oficial do Estado, onde o texto do extrato do contrato justifica a dispensa do processo lici-tatório com base no artigo 25 da Lei Federal 8.666/1993, que contaria com parecer da Procuradoria Geral do Estado (PGE). G.M.

A2

"Essa dispensa de lici-tação tem sido o estilo adotado pelo atual governo, que sempre faz as coisas de forma nebulosa"

JOSIMAR MELOPresidente do Sindpol

O JORNAL l MACEIÓ, 5 DE FEVEREIRO DE 2012 l DOMINGO

[email protected]ítica

Acidente

O delegado Fernando Tenório, da Delegacia de Acidentes, aguarda, desde o final do ano passado, o depoimento, via carta precatória, de uma testemunha--chave para esclarecer definitivamente como aconteceu a colisão envolvendo três veículos, em outubro do ano passado, que matou a turista paulista Lilian Levy Leitão. O episódio envolveu a prefeita de Matriz do Camaragibe, Doda Cavalcante, que conduzia uma Toyota Hillux. A testemunha-chave é o marido da vítima, Rodrigo Casovan, que mora em São Paulo.

Da Redaçã[email protected]

PautaGeral

Tá feio!

Realmente, a situação da Segurança Pública em Alagoas está longe do mínimo do aceitável. O Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) exigiu, esta

semana, a interdição das delegacias de Santana do Ipanema, de São Sebastião e de Limoeiro de Anadia. A entidade também denunciou as precárias condições de trabalho para os policiais e a falta de efetivo nas delegacias de Campo Alegre, São Miguel dos Campos e Murici. Desde novembro do ano passado, a diretoria do Sindpol visita as delegacias do interior e cobra providências urgentes quanto ao estado de abandono da Polícia Civil no Estado.Enquanto isso, o governo divulga que reúne a cúpula de segurança pública para discutir prioridades no Alagoas Tem Pressa. Mas, ao que parece, quanto ao estilo tucano de governar, tudo fica em discursos nas reuniões. Pouco se observa na prática, no mundo real, onde a criminalidade só faz aumentar a cada dia. Um quadro que, com a precariedade na estrutura do aparato policial, só se agrava...

No escuroNesta semana, a Companhia de Eletricidade da Bahia (Coelba) deixou os consu-midores do distrito de Barragem Leste em Delmiro Gouveia, em Alagoas, sem energia por 24 horas. A empresa baiana é a responsável pelo abastecimento de mais dois distritos alagoanos que ficam na divisa dos dois estados e recebe o pagamento das contas de fornecimento energia por isso. Entre esses distritos estão Barragem Leste, com cerca de 6 mil habitantes, e São José, com duas mil pessoas. O município de Delmiro faz fronteira com a Bahia.

Em Estrela, ...É no município de Estrela de Alagoas que moram as primeiras famílias bene-ficiadas, no Estado, pelo programa Água Para Todos, do governo federal. A informação foi anunciada esta semana pelo Ministério da Integração. O programa foi anunciado ano passado pela presidenta Dilma Rousseff, em visita a Alagoas. Moradores de municípios de estados como o Piauí, o Espírito Santo e a Bahia também já começam a ser contemplados.

... Água Para TodosO Água Para Todos é considerada uma das contribuições do governo federal para universalizar o acesso à água para a população do semiárido. Coordenado pelo Ministério da Integração Nacional, o programa, que segue os moldes do Luz Para Todos do governo Lula, é parte do Plano Brasil Sem Miséria e conta com apoio dos Ministérios do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e do Meio Ambiente, da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), do Banco do Nordeste e da Fundação Banco do Brasil (FBB).

UniãoO líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros, afirmou esta semana que o partido não pretende disputar cargos do segundo escalão da administração federal. “O partido está unido e tem feito desta união seu cartão de visitas”, disse Renan, após participar de uma reunião de líderes no gabinete da liderança do PTB no Senado.

Termômetro

O CNJ, que, esta semana, teve mantida,

por decisão dos ministros do STF, a autonomia para investigar juízes e servido-res do Judiciário.

O prefeito afastado de Traipu, Marcos Santos,

que, durante esta semana, viu frustrada, no STJ, mais uma tentativa de ser liberado da prisão.

Saindo?O secretariado do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) deve sofrer, pelo menos, três desfalques este ano, devido às eleições. Jorge Dantas (Agricultura), Rogério Teófilo (Articulação Política) e Régis Cavalcante (Pesca) devem se afas-tar. Dantas deve disputar a Prefeitura de Pão de Açúcar; Teófilo, a de Arapiraca; e Régis pode concorrer a uma vaga na Câmara Municipal de Maceió. Claro que o quadro ainda pode mudar...

Sistema agrega, em um só banco de dados, ocorrências geradas por órgãos de segurança pública

GILSON [email protected]

O Conselho Estadual de Segurança Pública se reunirá amanhã para

aprovar o decreto que institui o Sistema de Gestão Opera-cional Unificado (SisGOU). O Sistema une em um só banco de dados as ocorrências gera-das pelo Centro Integrado de Operações de Defesa Social, delegacias de polícia, frações operacionais da Polícia Mili-tar, Corpo de Bombeiros, Perícia Oficial, unidades prisionais da Superintendên-cia Geral de Administração Penitenciária de Alagoas e Ouvidorias e Corregedorias Geral da Seds.

“O S i s G O U t e m u m formato muito eficiente, criando essa base de dados unificada, que finalmente sistematiza uma gama muito grande dados extraídos das

ocorrências. Com o novo sistema será possível termos o controle efetivo das ocorrên-cias”, explica o presidente do Conselho, Paulo Brêda.

“Essa ferramenta poderá

ajudar a termos uma situa-ção mais real do trabalho dos órgãos da segurança pública, e essas informações pode-rão ser utilizadas de diversas formas, pois será um mape-

amento preciso e unificado dessas ocorrências policiais”, acrescentou Brêda. O SisGOU já está em operação, mas o decreto irá regulamentar o sistema.

Coronel defende contratação de INDGO contrato com o Instituto

de Desenvolvimento Geren-cial (INDG) foi debatido em reunião na última segunda--feira. O coronel Marcos Viní-cius Ferreira, coordenador setorial de Planejamento Estrutural da Secretaria de Estado da Defesa Social, parti-cipou da reunião, e argumen-tou sobre a necessidade do serviço contratado à INDG que, segundo ele, não poderia ser feito por funcionários do

governo.“Esse tipo de consultoria

já deu certo em vários outros estados. O INDG irá fazer um trabalho de diagnóstico, inicialmente, e depois com a elaboração de projetos, com a meta principal de reduzir o número de homicídios. Depois de deixar tudo plane-jado, o instituto encerra seu trabalho, e o Estado dá prosse-guimento aos projetos”, argu-mentou o coronel. G.M.

Josimar Melo diz que Sindpol acompanha de perto as dispensas de licitação

Para Paulo Brêda, do Conseg, novo sistema de banco de dados deve possibilitar o efetivo controle das ocorrências

Possibilidade de mapas com os pontos críticosSegundo as informações

de divulgação da Secretaria de Estado da Defesa Social, o SisGOU conta com suporte dos serviços online do google, que disponibilizará, através de contrato, mapas atualizados para localização dos pontos críticos, de viaturas, ocorrên-

cias e outras ferramentas para a alimentação dos dados do próprio SisGOU. O “polígono” é outro recurso que o sistema fornece, capaz de traçar as áreas operacionais que auxilia-rão em ações como isolamento em casos de emergência e número de ocorrências.

Para o delegado-geral da Polícia Civil, José Edson, não dá mais para “errar”, na área de segurança pública, setor que tem sido o “calcanhar de Aquiles” da gestão do governo Teotônio Vilela Filho (PSDB). “Chegamos em um nível de segurança pública que não

dá mais para errar. Vencer essa guerra como agentes de segurança é uma vitória. Nós vivemos com nossas famílias aqui e o que dá certo para a população dará para nós também”, disse o delegado em texto de divulgação do novo sistema. G.M.

EM REUNIÃO

Conseg deve aprovar o SisGOU amanhã

Comissão ameaçou levar caso ao CNJ e ao STF O presidente da Comis-

são de Advocacia Criminal, Raimundo Palmeira, chegou a ameaçar comunicar o caso ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e ao Supremo Tribunal Federal (STF), caso a transfe-rência não fosse efetivada. As negociações também contam com a participação da Comis-são de Direitos e Prerrogativas do Advogado.

Palmeira explica que a Ordem não reivindica nenhum tipo de regalia para os advogados presos. “Não se trata de regalia para os advogados, mas o simples e reto cumprimento da lei. O

Marcos Santos e o José Maria são advogados, e tem o direito legal de ficarem reclusos em salas de Estado-Maior. As salas de Estado-Maior possibilitam aos advogados cumprirem com as atividades básicas de sua função de advo-gado, profissão da qual tiram seus sustentos. Quando se descumpri o menor dos direi-tos, abri-se a possibilidade de permitirmos que outras leis sejam descumpridas. Salas de Estado Maior só existem em áreas da administração mili-tar”, argumenta Raimundo Palmeira, criticando as insta-lações do Baldomero.

MPE tem dez dias para emitir parecersobre caso; decisão cabe ao juiz da Vara de Execuções Penais

GILSON [email protected]

A Ordem dos Advoga-dos do Brasil (OAB) em Alagoas espera para

esta semana um desfecho na novela em que se transformou a solicitação feita pela entidade para que o prefeito afastado de

Traipu, Marcos Santos (PTB) e o ex-deputado estadual José Maria Tenório (PMN), ambos advogados, sejam transferi-dos do presido Baldomero Cavalcante para as chamadas salas de Estado-Maior, que ficam em unidades militares. A proposta é que Santos e Tenó-rio sejam transferidos para a Academia da Polícia Militar, no bairro do Prado.

A reivindicação da Ordem foi pauta de várias reuniões durante a semana passada, e de uma vistoria nas instala-ções do presídio. Nas reuniões, a transferência foi debatida

com o juiz da Vara de Execu-ções Penais, juiz José Braga Neto, com representantes do Sistema Prisional e com o Corregedor do Tribunal de Justiça de Alagoas, desem-bargador James Magalhães. A Associação dos Delegados de Polícia de Alagoas (Adepol) também participou das nego-ciações, pleiteando reivin-dicação semelhante para o ex-deputado federal, Fran-cisco Tenório (PMN), nesse caso, a transferência para uma área da Polícia Civil, conside-rando que Tenório é delegado. A Adepol quer que o ex-depu-

tado fique detido no quartel do Comando do Corpo de Bombeiros.

“As negociações estão sendo feitas de forma harmo-niosa, e não acredito que vá ser necessário oficiar ao CNJ. Isso seria feito caso não houvesse diálogo. Mas até o momento esse caso tem sido conversado com tranqüilidade, sem resis-tências de ambos os lados. Então esperamos que esta semana possamos ter aí uma solução pacífica dessa trans-ferência”, disse o presidente da OAB Alagoas, Omar Coêlho de Mello.

Entenda

Marcos Santos tem direito à Sala de Estado Maior por ser advogado, diz OAB Ainda segundo Ordem, José Maria também devia estar em prisão especial

Francisco Tenório também teve detenção diferenciada solicitada pela Adepol

A3O JORNAL l MACEIÓ, 5 DE FEVEREIRO DE 2012 l DOMINGO

[email protected]ítica

Contexto

Caldo de galinha

A sucessão municipal em Maceió e Arapiraca envolve complicadores com graves reflexos em 2014, daí a cautela de alguns – que procuram

manter a aparência de que estão distantes.São os casos dos senadores Renan Calheiros e Fernando Collor, duas lide-ranças de peso que parecem desinteressadas – mas, só na aparência. Isso, sem falar no próprio governador Téo Vilela – que se mantém na estratégia de desconversar sempre.Maceió e Arapiraca são os dois maiores colégios eleitorais, e é natural que convirjam para eles os interesses de 2014; quem se sair bem agora, nesses dois colégios eleitorais, terá dado passo importante no rumo dos objetivos a curto prazo.Em Maceió e Arapiraca não se disputa apenas as prefeituras, mas também os cargos majoritários vagos em 2014. E isso explica a cautela que em alguns pode até ser excessiva, mas iguala-se ao caldo de galinha.Não faz mal a ninguém.

AgendaO senador Renan Calheiros (PMDB) participará nesta terça--feira, 7, da reunião convocada pelo presidente do Senado, José Sarney, com os líderes dos partidos. Na pauta, uma agenda de prioridades para 2012, que é um ano Legislativo considerado curto devido à eleição.

ReuniãoAliás, essa é a segunda reunião dos “caciques” do Senado no ano novo. A primeira reunião aconteceu na quinta-feira, 2, com o café da manhã na casa do senador Gim Argello (PTB), vice-líder do governo no Senado, e que contou com a presença do senador Fernando Collor.

Espaço congeladoO senador Renan Calheiros negou que a reunião de terça-feira, 7, vai servir para o PMDB discutir mais espaço no segundo escalão do governo.

Piuí 1O senador Benedito de Lira (PP) garantiu que o Ministério do Turismo vai liberar R$ 3 milhões para a prefeita de Piranhas, Melina Freitas, colocar a Maria-Fumaça na linha e lançar o trem do turismo até Xingó – que fica na parte alta da cidade.

Piuí 2A locomotiva Maria-Fumaça levada para Piranhas era utilizada na Usina Utinga Leão para puxar vagões de cana-de-açúcar. Não se sabe se a Maria-Fumaça tem “fôlego” para puxar vagão de passageiro subindo um aclive de 20 metros.

De pai para filhoO professor Moacir Teófilo disse a um amigo que o filho Ricardo vai declarar apoio ao irmão, Rogério, na disputa pela Prefeitura de Arapiraca.

VagaO procurador do Tribunal de Contas do Estado, Ricardo Schneider, disse que a decisão do presidente Luiz Eustáquio Toledo de não subme-ter à votação a lista tríplice de procuradores candidatos à vaga de conselheiro “já era esperada”.

AçãoPelo que se deduz, o procurador Ricardo Schneider vê “ação corpo-rativista” no Tribunal de Contas do Estado em favor da Assembleia Legislativa. Schneider acredita que a questão da vaga no TC será definida mesmo é na Justiça.

Fazendo pressãoA vaga no TCE foi aberta com a aposentadoria do conselheiro Isnaldo Bulhões e é disputada pelo presidente da Assembleia, deputado Fernando Toledo.

CordaA ex-deputada Cátia Lisboa avisa que é candidata à Prefeitura de Delmiro Gouveia e que não está preocupada com o resultado das pesquisas eleitorais. Quem está dando corda à candidatura de Cátia é o senador Benedito de Lira (PP).

BambaE, por falar na Prefeitura de Delmiro Gouveia, o ex-deputado Rubens Vilar espera pelo senador Fernando Collor para colocar a campanha dele na rua. Collor lançou Vilar candidato a prefeito, mas depois não falou mais nada sobre a candidatura.

Pedro pedreiroOutro candidato que também espera pelo senador Fernando Collor é Petrú-cio Barbosa, que deseja ser prefeito de Palmeira dos Índios.

Expressas

Em Santana do Ipanema, o pré-candidato a prefeito Mário Silva, do Partido Verde, anda dizendo que tem o apoio do PP do senador Benedito de Lira.

Já o deputado Marcos Ferreira, sobrinho do ex-prefeito Paulo Ferreira, diz que terá o apoio do governador Téo Vilela – que é aliado do senador Benedito de Lira.

O Ibama informa: já são 7.500 o número de pés de pau--brasil plantados em Alagoas, mais precisamente na sede do órgão.

Mas, o Ibama também informa que a população não pode visitar a reserva de pau-brasil, exceto em comitivas escolares com número limitado.

Roberto [email protected]

TRANSFERÊNCIA DE PRESOS ESPECIAIS

OAB espera definição para esta semana

Justiça aguarda parecer do Ministério PúblicoA decisão sobre a saída dos

presos especiais do Baldo-mero, solicitada pela OAB Alagoas e pela Adepol, será proferida pelo juiz da 16ª Vara de Execuções Penais, José Braga Neto. Mas o magistrado aguarda o pronunciamento do Ministério Público Esta-

dual sobre o assunto. “Estamos no aguardo desse

parecer, que foi solicitado pelo juiz da Vara de Execuções penais. Depois desse parecer o magistrado vai decidir. Mas acreditamos que tudo será resolvido sem desgastes”, disse o presidente da OAB, Omar

Coêlho de Mello.O promotor da Vara de

Execuções Penais, Cyro Blat-ter, tem 10 dias, contados a partir da reunião ocorrida na última sexta-feira, para emitir o parecer que servirá de base para a decisão do juiz José Braga Neto. G.M.

Infração ao Estatuto da Advocacia é alegadaSegundo o advogado

Raimundo Palmeira, da Comissão de Advocacia Criminal da OAB Alagoas, com a permanência de Marcos Santos e José Maria Tenório no presídio Baldomero Caval-cante, o Estado está descum-prindo o inciso V do artigo 7º da Lei 8.906/1994, o Estatuto da Advocacia, que prevê esse

tipo de prisão enquanto não houver, contra o advogado, sentença de condenação tran-sitada em julgado.

Segundo Palmeira, além de os advogados não estarem reclusos nas chamadas salas de Estado-Maior, em unida-des militares, as celas espe-ciais do Baldomero seriam insalubres.

“Primeiro que a lei prevê a prerrogativa do advogado de ficar recluso em sala de Estado--Maior. Além disso, na inspe-ção que fizemos no presídio constatamos que as condições das chamadas celas espe-ciais são insalubres. Um calor absurdo, insuportável, é quase pior que as celas comuns”, disse o advogado. G.M.

O porquê das prisões

Francisco Tenório está preso acusado de participação no assassinato do cabo Gonçalves, em 1996. Marcos Santos é um dos acusados na Operação Tabanga, desencadeada pela Polícia Federal no ano passado, que investigou desvio de verbas públicas. Já José Maria Tenório é acusado de integrar a “gangue do maçarico”, que roubava caixas eletrônicos. Nestes três casos, a prisão é preventiva.Marcos Santos e Chico Tenório estavam presos na Casa de Custódia da Polícia Civil, mas foram transferidos após denún-cia de que os dois presos teriam realizado uma ceia de natal com a presença de parentes em plena Casa de Custódia. G.M.

A4 O JORNAL l MACEIÓ, 5 DE FEVEREIRO DE 2012 l DOMINGO

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Como surgiu a ideia de fazer esse mapeamento dos índices sociais de Maceió?A ideia de fazer este mapea-mento veio da necessidade da Secretaria Municipal de Assistência Social de estruturar uma política de assistência no sentido de trabalhar com dados científicos porque para ter uma política eficiente é preciso ter conhecimento de elementos concretos para direcionar as ações da prefeitura dentro de um contexto que possa produ-zir melhores resultados. Visando também à criação de um documento onde tenhamos informações base técnica para poder atuar.

Como você descreve a reali-dade de Maceió à luz desses indicadores sociais?A realidade é complexa porque há problemas de segurança, desemprego e um alto número de pessoas sem oportunidade. Esta situ-ação perpassa a atribuições do poder público. É uma camada da população muito excluída, vulnerável mesmo, sem perspectiva de que esta demanda da sociedade vislumbre uma possibilidade de mudança de vida. Este estudo está para a assistên-cia social como um livro está para um autor: é um material rico, extenso e, em Alagoas, Maceió é o único município que tem um trabalho deste porte. Esse mapeamento serve para orientar não só as nossas ações agora, mas também para nortear o futuro. É um retrato que mostra a reali-dade. Mas não pode ser um documento para ser visto e deixado de lado.

Como a comunidade colaborou neste traba-lho?Todos os dados foram colhi-dos com as comunidades. Para que pudéssemos ter um trabalho mais consis-tente, depois da pesquisa nós fizemos várias reuniões com as comunidades onde a pesquisa foi feita e cria-mos um caderno com as ações que devem ser feitas. Ouvindo a comunidade, o que é diferencial neste trabalho, porque foi cons-truído com a população. Quando a população coloca a demanda de violência, ela também coloca as soluções que ela gostaria que fosse implementada.

Quais os maiores proble-mas de Maceió segundo o estudo?A violência disparada em primeiro lugar, seguida do desemprego. Em se tratando de desemprego, todos querem oportunidade de trabalho, o que não é simples. O município não tem como resolver a ques-tão do desemprego. O olhar político para Maceió tem que ser diferente, precisa mudar. A municipalidade já

garante as políticas públi-cas essenciais, mas não é só isso: além de cumprir essas obrigações precisa haver um esforço conjunto para que a distribuição de renda, a criação de oportunidades, a participação de cada cida-dão seja diferente, ou seja, falar menos e fazer mais.Uma pesquisa como esta faz toda a diferença. Temos os problemas devidamente identificados e as soluções sugeridas pela comunidade, que conhece a realidade de onde mora, conhece as reais necessidades. Atualmente é inadimissível que o gestor não busque este conheci-mento técnico para definir sua atuação. Nossa obriga-ção moral é produzir docu-mentos que sirvam de base para quem vem administrar a cidade poder nortear suas ações. Não somos o governo, estamos na administração municipal.A orientação de como fazer já vai ser dada para os novos gestores.

Que tipo de solução a população apresentou para o combate à violên-cia, já que os níveis são tão altos em Maceió?No tocante à violência, a população quer ações mais concretas por parte do Estado. Quando falo em Estado, falo do ente fede-rado, porque, de acordo com a Constituição é dever de o Estado garantir a segurança do cidadão. Não que o município esteja se omitindo, mas não é obri-gação da prefeitura oferecer segurança pública. Ouvimos a população e ela colocou claramente os problemas das suas comunidades, onde a violência foi o assunto mais comentado, e por outra parte ela aponta o que deve ser feito, sugerem a solução. É uma ação inédita em Alagoas. A comunidade quer uma aproximação do governo do Estado, reclama que falta o trabalho de Polícia Comunitária, que conhece os cidadãos e seus problemas, que age como um parceiro no combate à violência, não um mero repressor, que age sem conhecimento da situação.

O governo federal rece-beu este relatório final?Encaminhamos o docu-mento para o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

Em quais áreas Maceió tem avançado positiva-mente?Nós temos a política de assistência social que contempla Educação, Saúde, Assistência, Geração de Emprego e Renda. A maior ferramenta de inclusão social é sem dúvida a Educa-ção. Você pega, por exemplo, o número de crianças em sala de aula houve um salto qualitativo muito grande nos últimos sete anos na cidade de Maceió, cresceu e se

desenvolveu tanto em quali-dade quanto em quantidade.

Mudou a mentalidade do maceioense acerca da Assis-tência Social?Educação, Saúde, Assistên-cia e Geração de Emprego estão para o cidadão maceioense mais pela perspectiva do Direito. Eles entendem que fazer Assis-tência Social é garantir o direito que cada cidadão tem. Isso é um dado posi-tivo porque antes a reali-dade era na perspectiva do favor, na perspectiva do assistencialismo. Então, a prefeitura hoje se posiciona na ótica da assistência, não do assistencialismo. Na pesquisa não questionamos a qualidade deste serviço, mas se assistência existe ou não. A assistência é um direito da sociedade e um dever do município, dever este que tem sido garantido na perspectiva do Direito, ou seja, há vaga nas esco-las, médicos nos postos de saúde, acesso aos programas federais. Numa cidade pobre como é Maceió, a demanda da assistência social é muito maior que a capacidade de

resolver do município, os problemas são bem maio-res. Imagina uma cidade de quase 1 milhão de habitan-tes, como é Maceió, não há uma política que consiga segurar todas as necessi-dades dos cidadãos. O que podemos fazer para garantir o direito tem sido feito.

Maceió está em 2.171 no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) brasileiro. Melhoramos?Melhoramos, sim. Mas o IDH passa por uma política nacional, de Maceió e de Alagoas. Nós, da municipa-lidade, não conseguimos enfrentar e melhorar essa situação sozinhos. Distribui-ção de renda, por exemplo, o município não tem como distribuir renda. A sociedade tem que acordar para uma porção de coisas. A produ-ção de riqueza precisa ser encarada de outra forma, a criação de oportunidades de trabalho também precisa ter outra visão não somente pelos poderes públicos, mas também pelo poder privado, pelos empresários, pela elite, pelos intelectuais. Essa mudança, este crescimento,

este mudar do IDH depende destes fatores: infra--estrutura, educação, saúde, saneamento básico, geração de emprego e renda. Mas não é responsabilidade só do município. Toda a sociedade precisa se ajudar, como cada um faz em sua casa.

Como está o combate à mortalidade infantil?Está ligada diretamente à assistência à Saúde. Não há ações da Assistência Social voltadas para esta demanda, já que é uma demanda da saúde. O que fazemos é buscar estruturar as famílias para que elas possam prover estes meios. No campo da assistência, por exemplo, temos 87 mil famílias bene-ficiadas pelo Programa Bolsa Família e cabe ao município cadastrar e acompanhar cada uma delas. Este é um programa que ajuda a integrar a Saúde, a Educa-ção e a Assistência. Inserir as famílias carentes nos programas sociais ajuda a manter a saúde das crianças e adultos, reduzindo também a mortalidade infantil. É tudo interligado. É um benefício que vem atrelado a vários outros fatores. Houve um impacto. Não é um efeito que você diga que vai mudar hoje a vida desta pessoa, é o efeito de quem não tem nada ter alguma coisa e também de abrir as portas para que no futuro o Poder Público possa ter uma intervenção nesta família. Como o recebimento do benefício está condi-cionado a esta ligação, há a abertura para trabalhar com essa família.

O programa de liberdade assistida tem surtido efeito em Maceió?Os adolescentes acom-panhados pelas medidas sócio-educativas, eles eram no ano passado 357, este ano reduziu para 207. Não sabemos se a intervenção do município que possibilitou esta queda, isso só o Judici-ário pode responder. Nosso trabalho com a liberdade assistida foi mudar o olhar com relação a eles do ponto de vista cultural, desenvolve-mos um trabalho de Educa-ção através dos pedagogos, inserção através de cursos de informática, pintura, artesanato, além do traba-lho de artes, com oficina de teatro utilizando o Teatro Identidade para despertar neles uma nova realidade e oportunidades através da arte e do esporte. São meno-res advindos da violência e usamos a Arte e o Esporte para tirá-los das ruas, das drogas e da marginalidade. Não temos como dimensio-nar se houve reincidência, porque a Justiça é que faz o monitoramento. O que sabemos é que este número reduziu.

Como o jovem deve proceder para ter opor-tunidade de qualificação profissional?

Buscar os Centros de Refe-rência de Assistência Social (CRASs), o Centro de Refe-rência Especializado em Assistência Social (CREA), os Programas de Atenção Especial às Famílias (PAEFs), Projovem (Urbano, Adoles-cente e Trabalhador), além das Escolas e do Peti em suas próprias comunidades. Eles tem toda informação sobre o que é oferecido, o que podem participar, como se inscrever. Os adultos também podem procurar, inclusive tendo acesso à capacitação para o mercado de trabalho.

E a população de rua? Foi alvo deste levantamento?A população de rua não foi contemplada neste estudo porque já tínhamos feito este mapeamento no estudo Aurora da Rua, onde mapea-mos todas as ruas de Maceió em 2010 e no ano passado. Verificamos uma redução de mais de 60% da população de rua na capital de um ano para o outro.

A que o senhor atribui essa redução da popula-ção de rua?Às ações da prefeitura de Maceió. Criamos o 1° Comitê Intersetorial de Política para Moradores de Rua. Entre as ações deste comitê, tiramos documentos para vários moradores de rua, inserimos em cursos de qualificação profissional, mantivemos contato com as Secretarias de Assistência das cidades e dos Estados de origem desses moradores de rua e, em parceria, conseguimos o retorno destas pessoas para a casa de suas famílias, sem esquecermos da inserção no mercado de trabalho de mais de 200 pessoas, que antes não tinham qualquer perspectiva. Hoje temos 307 moradores de rua em Maceió. São 30% no bairro do Poço, 18% na Levada, 14% entre os bairros da Pajuçara, Ponta Verde e Jatiúca. Os demais estão espalhados pelos outros bair-ros. Em 2010, este número passava de 1 mil.

O que está sendo feito por esses moradores de rua que ainda existem na capital?A prefeitura de Maceió tem o Centro Pop, que é o Centro de Referência Especializado para a População de Rua e buscamos inserir os mora-dores de rua nos programas federais, encaminhando os dependentes químicos para tratamento, já que muitas pessoas vão morar na rua depois de serem expulsas de casa após causar problemas para a família em função da dependência química. Também estamos transfor-mando o Albergue Municipal num Albergue Terapêutico a partir deste mês, o que é uma ajuda grande já que será gerido em parceria com a Saúde, que tem recursos para este tipo de demanda e poderá fazer este acompa-nhamento.

Entrevista l Francisco Araújo

“O olhar deve ser diferente"

IRACEMA [email protected]

O maior problema enfrentado pelos maceioenses é a

violência. Para a comuni-dade, que sente os efeitos de morar na capital mais violenta do Brasil, falta infor-mação sobre a segurança como direito fundamental do ser humano, articula-ção com as instituições de segurança pública para instalação de PM Boxes, Polícia Comunitária, insta-lação de rondas frequentes, contato da comunidade com o comando da Polícia e a Secretaria de Segurança Pública, sensibilização dos policiais para a aproximação com a população, além da formação de pessoas capaci-tadas no enfrentamento da criminalidade, violência e drogadição. As informações fazem parte do relatório final da Pesquisa de Mapeamento e Qualifi-cação da Exclusão/Inclusão Social dos Territórios de Abrangência dos CRASs da capital, anunciado na semana passada pelo secre-tário de Assistência Social da Prefeitura de Maceió, o assistente social Francisco Araújo. O trabalho, feito em parceria com a Universidade Federal de Alagoas (Ufal) revela os principais proble-mas enfrentados pelos maceioenses, com dados colhidos junto às comuni-dades. Além de destacar o problema o relatório vem com um anexo, um caderno com as soluções propostas para cada um dos problemas.

"No tocante à violência, a população quer ações mais concretas por parte do Estado. [...] A comunidade quer uma aproximação do governo do Estado"

O JORNAL l MACEIÓ, 5 DE FEVEREIRO DE 2012 l DOMINGO

RECUPERAÇÃO DE SOLO

A5

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Relator elogia mudan-ças feitas no Senado e diz que apresentará parecer na primeira quinzena de fevereiro

AGÊNCIA CÂMARA

De volta à Câmara após revisão do Senado, o projeto de reforma

do Código Florestal (PL 1876/99) já tem datas previs-tas para votação – dias 6 e 7 de março. Antes disso, porém, deve haver muita polêmica, pois os deputados ainda não chegaram a um acordo sobre as modificações feitas pelos senadores, embora o novo relator, deputado Paulo Piau (PMDB-MG), considere que o texto “melhorou bastante”.

O novo Código Flores-tal foi aprovado na Câmara em maio do ano passado e revisado pelo Senado em dezembro último. Como foi alterado pelos senadores, o texto deverá ser votado nova-

mente pelos deputados antes de seguir para sanção da presidente Dilma Rousseff.

Na opinião de Paulo Piau, houve avanços principal-mente na clareza da redação e nos aspectos legal e constitu-cional. “Esse aspecto jurídico é muito importante, porque não podemos ficar na insegurança por falta de definições claras”, sustenta. O deputado anteci-pou que pretende apresentar seu relatório na primeira quin-zena de fevereiro.

Piau elogia ainda a autori-zação, incluída pelo Senado, para que a Câmara Brasileira de Comércio Exterior crie barreiras à importação de países que adotem medidas de preservação ambiental menos severas que as brasi-leiras, e a possibilidade de o governo pagar para quem realizar ações de preserva-ção ambiental. Mas também aponta aspectos dos quais discorda, como a definição de bacias críticas, onde há maior potencial para ocor-rência de conflitos pelo uso

da água. “Deixa espaço para uma avaliação muito subje-tiva”, diz.

Na atual fase de tramitação, em que um texto foi aprovado na Câmara e outro no Senado,

o relator não pode mais fazer alterações de mérito. Deve apenas optar pela redação de uma das Casas, como prevê o regimento comum do Congresso.

Principal mudança é sobre limite em APPsA mudança mais signifi-

cativa promovida no Senado foi a definição de um limite claro para as atividades irre-gulares em Áreas de Preser-vação Permanente (APPs) e em reserva legal que poderão ser mantidas: todas aquelas iniciadas até 22 de julho de 2008. As ocupações iniciadas após essa data terão de ser suspensas e a vegetação, recu-perada.

Esse limite corresponde ao dia da edição do segundo decreto (6.514/08) de regula-mentação da Lei de Crimes Ambientais (9.605/98), que define as punições para produtores em situação irre-gular. As multas, que são cumulativas, começam entre R$ 50 e R$ 50 milhões.

Desde o início da discussão do projeto, a recomposição de ocupações consolidadas em locais proibidos é o ponto mais controverso, justamente devido às multas a que os proprietários rurais em desa-cordo com a lei estarão sujei-tos, caso não sejam anistiados.

O texto aprovado na Câmara também menciona a data de edição do decreto 6.514/08 como limite para o início de atividades que serão anistiadas, mas apenas em APP - em relação à reserva legal, não cita data.

Além disso, segundo espe-cialistas, como o texto não obriga o produtor a aderir ao programa de regularização ambiental para que haja a continuidade das atividades ilegais, abre-se uma brecha para que ocupações irregu-lares iniciadas em APP após a edição da lei também sejam passíveis de perdão.

O substitutivo da Câmara também admitiria qualquer atividade agropecuária em APP, pois permite a retirada de vegetação nos casos de utili-dade pública, interesse social ou baixo impacto, além de

autorizar a definição de outros critérios em regulamento.

De acordo com o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), que participou de audiência pública sobre o novo texto em dezembro na Câmara, a área ocupada por atividades agro-silvopastoris em APPs e reser-vas legais corresponde a cerca de 65 milhões de hectares.

Segundo o parlamen-tar, para recompor essa área seriam necessários cerca de R$ 325 bilhões, o que representa-ria perda de receita anual para o setor agropecuário da ordem de R$ 162 bilhões. O número praticamente se equivale ao valor bruto da produção agrí-cola brasileira em 2010, de R$ 160,3 bilhões. “Esse texto do Senado impõe exigências que dificilmente poderão ser cumpridas por boa parte dos produtores rurais brasileiros”, sustentou.

Já o coordenador da Fede-ração dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (Fetraf) do Sul, Celso Ludwig, afirma ser possível recuperar áreas protegidas nas pequenas propriedades, apesar dos custos. “Basta que o governo faça sua parte, disponibili-zando mudas e concedendo incentivos f inanceiros”, sustenta.

De acordo com Ludwig, os pequenos agricultores estão conscientes da necessidade de recuperação e preserva-ção ambiental. “É importante garantir que APPs sejam recu-peradas. Os pequenos produ-tores, que dependem da água, sabem que desmatar é preju-ízo para eles mesmos, basta ver as estiagens que o Sul sofre agora”.

Na mesma reunião de dezembro, o deputado Assis do Couto (PT-PR) também defendeu o texto da Casa revi-sora. “O texto do Senado não radicaliza para nenhum dos lados”, opinou.

ENERGIA

Projeto quer destinar recursos à pesquisa AGÊNCIA SENADO

Na volta aos traba-lhos legislativos, a Comissão de Ciência

e Tecnologia (CCT) agen-dou reunião para a próxima quarta-feira, quando deve analisar projeto que pretende direcionar prioritariamente a iniciativas da indústria nacio-nal os recursos destinados a programas de eficiência ener-gética (PLS 430/11).

A Lei 9.991/00 determina que recursos sejam recolhidos de empresas concessionárias do setor de energia elétrica para invest imentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) e em eficiência ener-gética. Mas, de acordo com a autora do projeto, senadora Ana Amélia (PP-RS), enquanto a lei destina os recursos para P&D exclusivamente a insti-tuições nacionais, não há essa mesma diretriz no que se refere aos investimentos em eficiência energética.

“Com isso, o poder público, acertadamente, estimula as entidades nacionais voltadas

para a pesquisa e o desen-volvimento tecnológico, mas desperdiça importante oportunidade de, dentro dos limites do possível, estimular igualmente a indústria brasi-leira”, diz ela na justificação do seu projeto.

O relator, senador Aníbal Diniz (PT-AC) reconheceu, em seu relatório, que, se definitivamente aprovada, a proposição deve melhorar os mecanismos de estímulo à indústria nacional.

“O processo de globaliza-ção tem induzido os países, inclusive o Brasil, a reduzi-rem barreiras ao livre trânsito de produtos entre nações. Entretanto, algumas políti-cas de proteção e priorização da indústria nacional preci-sam ser mantidas, sob pena de exportarmos empregos e entrarmos num processo de desindustrialização”, argu-mentou o relator em favor da matéria. O projeto, depois de aprovado, segue para a Comissão de Infraestrutura (CI), onde recebe decisão terminativa.

Nova técnica será debatida terça-feira AGÊNCIA SENADO

O uso de rochas como fontes de nutrientes para o solo, técnica

conhecida como rocha-gem, será tema de audiên-cia pública na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fisca-lização e Controle (CMA) na próxima terça-feira. A comissão vai discutir os benefícios da reminerali-zação do solo por meio da aplicação de rochas, com o objetivo de recompor a riqueza mineral perdida por erosão, lixiviação e exportação de nutrientes pelas culturas.

Entre os debatedo-res estarão o secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do

Ministério de Minas e Ener-gia (MME), Cláudio Scliar; o coordenador do Projeto Xisto Agrícola da Embrapa Clima Temperado, Carlos Augusto Posser Silveira, o pesquisador Éder Martins; os fiscais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) Rubim Almeida Goncza-rovska e Mariana Coelho de Sena; a pesquisadora do Centro de Desenvol-vimento Sustentável da Universidade de Brasí-lia (CDS/UNB) Suzi Huff Theodoro, e o diretor de Desenvolvimento de Negó-cios do Grupo Curimbaba, Rafael Curimbaba Ferreira.

A audiência pública foi proposta pelo presidente da CMA, Rodrigo Rollemberg (PSB-DF).

Novo Código Florestal será votado em março

Deputado Paulo Piau promete apresentar seu relatório até o final da semana

Consulta sobre inadimplência na pauta Também na pauta da

CCT está uma proposta do senador Paulo Bauer (PSDB--SC) que garantirá ao consu-midor acesso gratuito, pela internet, a informações a seu respeito contidas em cadas-tros, fichas, registros e dados pessoais e de consumo. Hoje a gratuidade só ocorre com atendimento presencial e por meio de carta. O PLS 470/11 modifica o Código de Defesa do Consumidor para permitir o acesso a essas informações

pela internet.Bauer considera abusiva a

cobrança ao consumidor por consulta às informações sobre sua inadimplência. Ele reco-nhece que o acesso vai gerar custo para as empresas, mas ressalta que será um incentivo à quitação das dívidas.

Depois de passar pela CCT, onde tem Rodrigo Rollem-berg (PSB-DF) como relator, a proposta vai a votação final na Comissão de Meio Ambiente e Defesa do Consumidor (CMA).

Comissão definirá novas audiênciasA l é m d o d e b a t e, a

comissão também apre-ciará oito requerimentos com propostas de ativida-des para 2012. Sete deles são pedidos de audiências públicas. Na lista, estão discussões sobre o Fórum Mundial da Água a se reali-zar na França em março, o vazamento de petróleo na bacia de Santos e os prepa-rativos para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Susten-tável, a Rio+20, que ocor-rerá em junho deste ano, no Rio de Janeiro. Para a Rio+20 há também a proposta de criação de uma comissão externa, com doze senado-res, a fim de representar o Senado Federal na confe-rência.

Entre os requerimentos há um pedido de explica-ções do senador Alvaro Dias (PSDB-PR) ao presidente da Caixa Econômica Fede-

ral, Jorge Hereda, sobre a denúncia de comerciali-zação de papéis da dívida pública por preços acima do mercado no período entre setembro de 2008 e agosto de 2009, quando o sistema informatizado da CEF responsável por dados relativos aos papéis, esteve fora do ar.

Um requerimento do senador Ivo Cassol (PP-RO) também sugere uma audi-ência pública para que o cacique Almir Suruí, líder do povo Suruí, de Rondô-nia, conhecido militante na preservação do meio ambiente, exponha seu ponto de vista acerca da importância da convivência do homem com a natureza. O cacique foi incluído na lista das 100 pessoas mais criativas do mundo dos negócios do ano de 2010, promovida pela Revista Fast Company.

Cacique Almir Suruí poderá ser convidado para audiência no Senado

João Lyra (Presidente), Arnaldo Cansanção Antonio RezendeJosé Alfredo de Mendonça Nelson Ferreira

SuperintendenteSilvia [email protected]

Diretora ComercialEliane [email protected]

Diretor Adm.-FinanceiroBruno [email protected]

Diretor JurídicoÁtila [email protected]

Editor-ExecutivoVoney [email protected]

A cadeia ensinaQuem pensa que cadeia é só para quem

comete crimes está enganado. Quem não cometeu crime nenhum e não

conseguiu provar isso na fase de investigação policial ou na instrução criminal também vai direto para o presídio cumprir uma pena comum a um criminoso de verdade. E a cadeia transforma as pessoas. Quem saiu puro do mundão e foi parar injustamente numa penitenciária tem tudo para sair do cárcere um bandido.

Essa é a principal conseqüência de um trabalho de investigação policial malfeito. Da mesma forma que um jornalista acaba com a vida de uma pessoa quando produz uma matéria inverídica, inconsequente e irres-ponsável, o delegado o faz quando acusa, no inquérito, um inocente num crime. Um erro médico pode levar à morte do paciente. Na cadeia, não precisa fechar os olhos para morrer. O erro policial é o responsável por isso.

No sistema prisional é assim: se alguém pedir para levantarem as mãos todas as pessoas que estão presas injustamente, a plateia toda vai erguer os braços. É certo que haverá muitos blefes. É comum entre os presos a versão de que estão ali porque foram perseguidos, acusados por inimigos ou em consequência de um depoimento mentiroso.

É verdadeiro dizer, também, que na popu-

lação carcerária há uma quantidade consi-derável de pessoas inocentes. Essas são as vítimas das falhas das autoridades. Os dados podem até não se referir à situação de Alagoas, mas estudo divulgado no País já mostrou que a proporção é um preso inocente para cada grupo de três. Isso leva a um terço de inocen-tes nas cadeias do Brasil.

Por isso, a polícia deve ir à exaustão numa investigação. O Código de Processo Penal prevê a prorrogação do inquérito caso a autoridade policial considere necessário. A perícia criminal, fase de grande importância para o “tiro certeiro” da polícia, também tem a sua tolerância. Há o prazo definido, e a sua prorrogação também é possível. Na esfera judicial, a situação é a mesma.

Em Alagoas, a sociedade viveu a ânsia pela prisão dos envolvidos no sequestro e morte de um universitário. O rapaz foi levado por um grupo da orla de Cruz das Almas, tortu-rado e queimado num canavial no Benedito Bentes. Ele foi deixado em chamas, socorrido e, oito dias depois, não resistiu e morreu.

A polícia alagoana se apressou e mandou para o presídio quatro pessoas. Duas foram colocadas em liberdade por falta de provas. Outras duas continuam presas, aguardando julgamento por um crime que juram não ter cometido. Talvez, esses dois sejam um claro exemplo do estudo sobre a quantidade de inocentes nos presídios brasileiros. Talvez.

Datas & Fatos

Antares pousa na Lua O Projeto Apollo, desenvolvido pela Nasa, tinha como

objetivo, entre outros, levar os homens até a superfície lunar e trazê-los de volta a salvo. A Apollo 14 foi lançada no dia 31 de janeiro de 1971. No dia 5 de fevereiro de 1971, o módulo Antares pousa no planalto Fra Mauro da superfície lunar.

1852 - É inaugurado o museu de L`Hermitage em São Petersburgo.

1864 - Guerra da Dinamarca contra Prússia e Áustria. 1878 - Nasce André Citröen, engenheiro francês, criador

da marca automobilística Citröen. 1915 - Pancho Villa assume o poder militar e civil no

México. 1923 - O Governo de Mussolini ordena a detenção de

centenas de militantes socialistas. 1927 - A Conferência dos Embaixadores, em Paris, aceita

que a Alemanha fortifique suas fronteiras do sul e leste, desde que seu desarme seja efetivo.

1935 - Morre Torcuato Tasso e Nadal, escultor espanhol.

1948 - Reabertura da fronteira franco-espanhola. 1955 - Cai o Governo francês de Pierre Mendes-France

devido a situação no norte da África. 1965 - Liberado Martin Luther King, que havia sido preso

quatro dias antes em Selma (Alabama) com 500 manifestan-tes.

1971 - Os astronautas norteamericanos Alan Shepard e Edgar Mitchell pousam na Lua com o módulo Antares, com a Apollo 14.

1984 - O Duque de Cádiz, Alfonso de Borbón Dampierre, sofre um grave acidente de automóvel. Ele fica em estado de coma, mas se recupera posteriormente.

1987 - A URSS lança a astronave Soyuz TM-2, com dois astronautas a bordo, para colocar em órbita uma estação espa-cial permanente.

1993 - Morre Joseph L. Mankiewicz, cineasta norteame-ricano.

1994 - Morrem 69 civís, e 197 pessoas ficam feridas em um ataque sérvio contra o mercado central de Saraievo.

1998 - Morre Helene Parmelin, escritora francesa.

Frase do dia

“Algumas políticas de proteção e priorização da indústria nacional precisam ser mantidas, sob pena de exportarmos empregos e entrarmos

num processo de desindustrialização”.

ANÍBAL DINIZ (PT-AC), relator na Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado do projeto

que pretende direcionar para iniciativas da indústria nacional os recursos destinados a programas

de eficiência energética.

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A6 O JORNAL l MACEIÓ, 5 DE FEVEREIRO DE 2012 l DOMINGO

[email protected]ão

O licenciamento ambiental é o proce-dimento administrativo pelo qual o

órgão ambiental verifica a localização, instalação, ampliação e operação de empreendimentos e atividades utiliza-doras de recursos ambientais consi-derados efetivos ou potencialmente poluidores ou que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental.

O sistema de licenciamento ambiental incluindo a autorização, licença, permissão e concessão, abrange todas as formas de poluição e de degradação do meio ambiente, tanto consumada como prováveis. E neste sentido, qualquer órgão administrativo que intervenha no licenciamento ambiental não pode omitir-se no cumprimento das normas de emissão e imissão de sons.

Evidentemente, é um dever precípuo dos organismos públicos ambientais; mas não se eximem do dever legal de fazer cumprir a legislação, devendo por obrigação analisar entre outras matérias a existência ou não da poluição sonora, quando da expe-dição dos atos autorizatórios. Em um proce-dimento inerente à concessão das licenças ambientais, vários aspectos técnicos refe-rentes ao controle e proteção ambiental são observados. No entanto especial atenção deve ser dispensada ao monitoramento/fiscalização da atividade licenciada, pois, reafirmo, sob o manto da licença concedida, alguns empreendimentos ou obras pensam que tem o direito de poluir ou causar incô-modos sonoros.

Recorde-se que a responsabilidade objetiva ou sem culpa obriga o requerente do licenciamento a provar que não polui sonoramente, não tendo o órgão público a tarefa de fazer, por si mesmo essa prova, mas somente de recebê-la e verificar a sua exatidão.

É oportuno que se saiba que de acordo com estudos da Organização Mundial de

Saúde, os efeitos produzidos pelos ruídos podem causar: perda da audição; interferên-cia com a comunicação; dor; interferência no sono; efeitos clínicos sobre a saúde; efeitos sobre a execução de tarefas e incômodos.

Como uma das funções constitucional-mente definidas do Estado é a de conservar o meio ambiente ecologicamente equili-brado, o licenciamento ambiental, como um dos instrumentos da Política Nacio-nal do Meio Ambiente, faz parte da tutela administrativa preventiva, ou seja, visa à preservação do meio ambiente, preve-nindo a ocorrência de impactos negativos ou minorando-os ao máximo. Assim, o escopo maior do licenciamento é conciliar o desenvolvimento econômico com a preser-vação do meio ambiente, embora de vital importância para a vida da população esse procedimento, portanto, não é um impedi-mento ao direito constitucional de liberdade empresarial e à propriedade privada, mas, sim, um limitador e condicionador, a fim de que se impeça que o exercício ilimitado de um direito atinja outros também muito importantes. Neste sentido, mesmo que a atividade esteja licenciada não lhe é conce-dido o direito de causar prejuízos à saúde e ao bem estar da população.

Isto é o que ensina a lei.

Poluição sonora (II)

Não lhe é concedido o direito de causar prejuízos à saúde e ao bem-estar da população

Alder FloresAdvogado, químico, auditor ambiental e membro da Academia Maceioense de Letras

Diversos ordenamentos jurídicos contêm regras que estabelecem

prerrogativas, criadas para proteger, justificadamente, os que exercem determinados postos e funções numa sociedade.

Tratando dos aspectos que envolvem a prisão de advogado antes do trânsito em julgado de sentença condenatória, o Estatuto da OAB busca, a exemplo do que ocorre com juízes e promotores, preservar o advogado e evitar que este sofra cons-trangimentos ou possíveis atos de violação à integridade física e moral, por pessoas descontentes com atos praticados por ele no desempenho de suas atividades profis-sionais.

O art. 7º, inciso V, da Lei 8.906/94, determina que é direito do advogado “não ser recolhido preso, antes de sentença transitada em julgado, senão em sala de Estado Maior com instalações e comodi-dades condignas, assim reconhecidas pela OAB, e na sua falta, em prisão domiciliar”. Na Reclamação nº 4.535/ES, em que foi relator o ministro Sepúlveda Pertence, o Supremo Tribunal Federal definiu que o Estado-Maior se compõe por “grupo de oficiais que assessoram o Comandante de uma organização militar (Exército, Marinha, Aeronáutica, Corpo de Bombeiros e Polí-cia Militar); assim sendo, ‘sala de Estado--Maior’ é o compartimento de qualquer unidade militar que, ainda que potencial-mente, possa por eles ser utilizado para exercer suas funções.”

O mesmo STF, em recente decisão do ministro Celso de Mello na Reclama-ção 12.282/SP, mais uma vez ratificou o acerto da aplicação do Estatuto da OAB

quanto à garantia desse direito, ao decidir favoravelmente a advogado que pleiteou condições adequadas de prisão e as teve negadas por juiz que atua em vara de execução criminal.

Diz-se que “decisão judicial não se discute, se cumpre”. Se esta decisão vem sendo reiterada pelo mais importante tribunal do Brasil, maiores motivos ainda a legitimam e a fortalecem. Consciente disso, a OAB em Alagoas não foge às suas responsabilidades no sentido de garantir a seus filiados tal direito – ainda que alguns tentem, em vão, questionar a legitimi-dade deste – e por isso foi recebida esta semana pelo juiz Braga Neto, da Vara de Execuções Penais, como pelo Corregedor Geral de Justiça – Desembargador James de Medeiros Magalhães, em reuniões para tratar desse tema específico, com o objetivo de mais uma vez dar às advogadas e aos advogados que atuam em nosso Estado a certeza de que todos podem contar incon-dicionalmente com a Ordem, sempre que estiver em jogo o cumprimento rigoroso do seu Estatuto.

Prisão em sala de Estado Maior

A OAB em Alagoas não foge às suas responsabilidades no sentido de garantir a seus filiados tal direito

Marcelo Brabo Magalhães Advogado e Conselheiro Federal da OAB/AL

TRF-5 manda posto de gasolina desocupar área indígena no município de Águas Belas

O T R F - 5 ( Tr i b u n a l Regional Federal da 5ª Região) determi-

nou à empresa Águas Belas Combustíveis Ltda a deso-cupação da área indígena de propriedade dos índios Fulni-ô, no município de Águas Belas (PE). A empresa está instalada na esquina das rodovias BR-423 e PE-270, na via que dá acesso à cidade, onde funciona o Posto de Gasolina “O Birundão”.

A Funai (Fundação Nacio-nal do Índio) ingressou em abril de 2007 com uma Ação Civil Pública com pedido de liminar contra a empresa,

sob o fundamento de invasão e usurpação de propriedade dos índios. A ré comerciali-zava combustíveis e prestava serviços de hospedagem e borracharia no local. Segundo a Funai, as provas de imemo-rialidade e tradicionalidade indígena das terras são incon-testáveis.

A Águas Belas rebateu as acusações, sob a alegação de que os índios ali existentes eram silvícolas adaptados à civilização, portanto sem direitos constitucionais, que a ocupação se deu há mais de dez anos do ajuizamento da ação e que teria ocorrido de boa-fé, com o conhecimento da Funai.

Em seu voto, o re la-tor desembargador federal Francisco Barros Dias, da 2º Turma do TRF-5, confirmou os termos da sentença, que havia acolhido, por sua vez, a

conclusão da perícia judicial. “Considerando, portanto, a boa-fé da parte ré, entendo por bem indeferir o pleito de sua condenação ao pagamento de perdas e danos – materiais, morais e cessante – em favor dos índios ou famílias indíge-nas prejudicados pela ocupa-ção ilegítima da área”, afirmou o perito judicial.

O juíz da 23ª Vara Federal

de Garanhuns (PE), apesar de não ter concedido a limi-nar requerida pela Funai para lacrar de imediato o posto de gasolina, reconheceu na sentença o direito da comu-nidade indígena, no mérito, e condenou a ré a desocupar a área, com direito a tirar apenas as benfeitorias removíveis. A Águas Belas recorreu, mas o TRF-5 manteve a sentença.

Desde 2007, os índios Fulni-ô aguardavam pela desocupação da reserva

A7O JORNAL l MACEIÓ, 5 DE FEVEREIRO DE 2012 l DOMINGO

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CONGRESSO EM FOCO

Criadas em 2004, as agên-cias reguladoras são autarquias especiais e

fiscalizam os mercados de tele-comunicações, combustíveis, cinema e audiovisual, recursos energéticos, mananciais de água, saúde suplementar, servi-ços e produtos sob vigilância

sanitária e transportes terres-tres e aquaviários. São entida-des novas na administração pública, portanto têm quadros de pessoal recém-formados. A maioria das agências fez dois ou três concursos desde o surgi-mento e, atualmente, se prepa-ram para reforçar o número de servidores. Segundo levanta-mento feito pelo SOS Concur-

seiro/Congresso em Foco, as agências reguladoras têm défi-cit de, pelo menos, 3.222 servi-dores profissionais.

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) é a que mais tem necessidade de novos servidores. Atual-mente, há 811 postos vagos, a maioria para especialistas e técnicos em regulação. Em

segundo lugar neste ranking está a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que aguarda um reforço de 703 funcionários públicos. Os quadros mais completos são da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que tem 81 postos vagos, e da Agên-cia Nacional de Águas (ANA), com 95.

Tribo ganha causa na JustiçaFULNI-Ô

Saiba mais sobre os índios Fulni-ô

Os Fulni-ô (palavra que significa “povo que vive ao lado do rio”, em português) têm seu local de moradia no município de Águas Belas, junto à cidade de mesmo nome, a uma distância de 237 km, do Recife, capital do Estado de Pernambuco.

A reserva indígena dos fulni-ô possui uma área de, aproximadamente 11.000 hectares e tem particulari-dades que a distinguem das outras existentes no Estado: enquanto as demais comu-nidades vivem no meio rural, a reserva Fulni-ô tem no seu centro geográfico a cidade de Águas Belas, sede municipal, com uma população de apro-ximadamente 8 000 habitan-tes.

A reserva é ainda cortada

por uma rodovia federal, a BR -423.

Somente a partir do século passado pode-se falar com segurança da história dos Fulni-ô e em particular ao que se refere às terras que ocupam. De como viviam em épocas anteriores, sabe-se, ou apenas pode se presumir.

Segundo estudiosos, os Fulni-ô, também conhecidos por Carnijó ou Carijó, seriam possivelmente remanescen-tes de uma tribo cuja deno-minação mais antiga era a de Carapató. Não teria sido este o único grupo indígena a ter seu nome mudado, e com esta primeira identificação ocupa-vam terras na Serra do Comu-nati, no município de Águas Belas, onde foram catequiza-dos de 1681 a 1685.

Faltam 3,2 mil servidoresAGÊNCIAS REGULADORAS

A situação de cada agência e as expectativas de novas seleçõesAGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA)

Último concurso: Foram oferecidas 92

vagas para técnicos admi-nistrativos na seleção de 2010, organizada pelo Insti-tuto Cetro. Na época, 41.500 candidatos se inscreveram gerando uma concorrência de 451 candidatos por vaga. Para os cargos de especia-listas em regulação e de analista administrativo, o concurso foi em 2004 (veja detalhes aqui) com 580 vagas.

Próximo concurso: Para técnicos administrati-

vos, foi aprovada em 2009 a Lei 12.094, que criou 50 vagas que ainda não foram preenchidas. Além disso, a agência aguarda liberação do Ministério do Planejamento para realizar concursos para 164 vagas para todos os cargos. A expectativa é que haja um novo processo seletivo. O prazo do concurso de 2010 termina em 30 de junho deste ano.

AGÊNCIA NACIONAL DE TELECOMUNICAÇÕES (ANATEL)

Último concurso: Em 2008 foram selecio-

nados 147 novos servido-res para a agência em todos os cargos. Este concurso, que atraiu mais de 91 mil

inscritos, perdeu a vali-dade em julho de 2011.

Próximo concurso: O Ministério do Plane-

jamento autorizou, em d e z e m b r o , c o n c u r s o público para o preencher 42 cargos de técnico adminis-trativo e quatro de analista administrativo. A seleção será para substituição de terceirizados irregulares. A liberação ficará aquém das necessidades da autarquia, que precisa de 454 profis-sionais para recompor os quadros.

AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA (ANEEL)

Último concurso: 50.500 candidatos se

inscreveram no concurso de 2010, realizado pelo Cespe. À época, foram oferecidas 76 oportunidades para espe-cialistas, 63 para analistas e 47 para técnicos.

Próximo concurso: Em setembro, o concurso

de 2010 perderá a validade e será o momento de começar a pensar em outra seleção. Há pouco mais de seis meses, a agência pôde aproveitar os 50% a mais de aprova-dos permitidos por lei, ao convocar 76 especialistas e 63 analistas. Ainda assim, a agência precisa de 167 servi-dores.

AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS (ANTAQ)

Último concurso: Foram selecionados 140

profissionais para a agência em 2009: 84 especialistas, 18 técnicos em regulação, 18 analistas e 20 técnicos administrativos. A seleção, realizada pelo Cespe, atraiu 76.700 candidatos de todo o país. Este concurso perdeu a validade em outubro de 2011, no caso dos técni-cos em regulação, técnicos administrativos e analistas e, em dezembro, para espe-cialistas.

Próximo concurso: Em novembro foram

convocados para a segunda turma do curso de formação os aprovados para os postos de especialistas. Por causa disso, ainda não há informa-ções sobre novas seleções. E, hoje, a demanda é de 207 servidores.

AGÊNCIA NACIONAL DAS ÁGUAS (ANA)

Último concurso: A Escola de Administra-

ção Fazendária (Esaf ) foi responsável pela realiza-ção da seleção de 2009 da agência e 23.400 candidatos concorreram às 152 vagas para nível superior. Foram 40 postos para analistas, 12 para

especialistas em geoproces-samento e 100 para especia-listas em recursos hídricos.

Próximo concurso: A agência responsável

pela fiscalização dos recursos hídricos aguarda também aprovação do PL 5.911/2009, que cria 100 vagas de técnico administrativo. Atualmente, além destes novos servido-res, são aguardados outros 95 funcionários.

AGÊNCIA NACIONAL DO CINEMA (ANCINE)

Último concurso: Em 2012 completam

dois anos que o concurso da agência perdeu validade. A seleção de 2008 conta-bilizou só 5.800 inscritos para as 55 vagas, que foram ocupadas por servidores que atuam como analista administrativo e especia-lista em regulação.

Próximo concurso: A e s p e r a p o r n ov o

concurso pode terminar este ano. Em 2009 foi apro-vada lei que cria 100 vagas para técnico em regulação e técnico administrativo, e a previsão de preenchimento já foi inclusa no Orçamento da União por três anos segui-dos. Com este quantitativo de reforço, são 264 vagas deso-cupadas aguardando servi-dores.

AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES (ANTT)

Último concurso: Realizado em 2008, o

concurso da agência ofere-ceu 354 oportunidades para cargos de níveis médio e superior. O concurso foi realizado pelo Núcleo de Computação Eletrônica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (NCE-UFRJ) e foi alvo de denúncias de irregu-laridades.

Próximo concurso: A agência é a “campeã”

em vacâncias: 47% dos quadros de servidores estão sem ocupantes. Atualmente, a agência finaliza o levan-tamento interno para saber precisamente onde estão as vagas para iniciar um processo seletivo.

AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS (ANP)

Último concurso: Também foi em 2008 que

a agência realizou a última seleção. O edital ofereceu 325 vagas para todos os cargos, e a Fundação Cesgranrio foi a organizadora responsável.

Próximo concurso: Foi solicitado ao Minis-

tério do Planejamento a autorização para 152 vagas

na agência: 115 para espe-cialista em regulação, 22 para analista administrativo e 15 para especialista em geolo-gia e geofísica. Também é aguardada a aprovação do PL 5.911/2009 que cria vagas em diversas agências e 180 para ANP: 30 de técnico adminis-trativo e 150 de técnico em regulação de petróleo.

AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL (ANAC)

Último concurso: E m 2 0 0 9 f o i a b e r t o

processo seletivo pra 365 todos os cargos. O Cespe, responsável pelo concurso, recebeu 81.600 inscritos. Concorrência geral de 223 candidatos para cada vaga. Esta seleção também foi alvo de investigações de fraude por parte da Polícia Federal, na Operação Tormenta, em junho de 2010.

Próximo concurso: Ainda não há previsão de

um novo concurso. A Anac ficou fora do Orçamento da União este ano. Entretanto, há um ponto favorável a novas seleções: a proximi-dade da Copa das Confede-rações e Copa do Mundo, nos próximos dois anos, que provocarão um aumento nas demandas dos aeroportos. Independentemente disto, a agência aguarda o reforço de 703 profissionais.

Agências já possuem lista de espera para voos em torno da Terra; passagem custa US$ 200 mil

O ano de 2012 está repleto de propostas de viagens turísti-

cas ao espaço oferecidas por companhias como a Virgin Galactic, que mesmo incer-tas já possuem uma longa lista de espera. Sir Richard Branson, fundador e dono da Virgin Galactic, informou que a primeira viagem com turis-tas a bordo - ele e sua família - poderá ser no final deste ano ou início de 2013.

A companhia selecionou um grupo reduzido de agên-cias no mundo para oferecer as viagens, como a de Lynda Turley Garrett, presidente da Alpine Travel of Saratoga na Califórnia, e a de Bill Rubin-sohn, presidente da Rubin-sohn Travel na Pensilvânia,

que já tem uma lista de clien-tes desejando experimen-tar novas emoções. “A data do primeiro voo ainda não foi definida, mas os testes terminaram bem e dentro do programa previsto”, disse Lynda, especificando que a Virgin Galactic “tem atual-mente 475 reservas de clientes de todo o mundo”.

Po r e n q u a n t o, j á h á toda uma infraestrutura no deserto do Novo México, onde está sendo erguido o Spaceport, um complexo futurista, obra do arquiteto Norman Foster, de onde está previsto que saiam as nave mãe WhiteKnightTwo (WK 2) e as SpaceShipTwo (SS2). A nave SpaceShipTwo, com o tamanho de um jato particu-lar e capacidade para trans-portar seis passageiros e dois pilotos, realizou com sucesso seu primeiro voo de teste tripulado sobre o deserto do Mojave (Califórnia) em outu-bro de 2010.

De acordo com Lynda, há uma série de assentos

reservados para personali-dades de diferentes países do mundo que irão viajar convi-dadas pela Virgin Galactic. “Sir Richard quer que isto seja um evento global, com um primeiro viajante de cada país do mundo - dos Estados Unidos, Canadá, Espanha e Japão”. O restante dos inte-ressados, acrescentou, pode comprar uma passagem para o primeiro ano de voos por US$ 200 mil ou um bilhete para o segundo, com uma entrada de US$ 20 mil e paga-

mento do resto quando o voo estiver confirmado.

Além disso, as famílias aventureiras ou grupos de amigos que, entediados com os destinos convencionais na Terra, queiram fretar uma nave, terão um desconto de 10%. Este valor não inclui só a passagem, mas os três dias de treinamento no aeroporto espacial em regime de pensão completa - excluindo a viagem da cidade de procedência do turista - e a participação neste clube exclusivo.

Os pioneiros espaciais têm a oportunidade de participar de eventos organizados pela Virgin e inclusive conhecer Branson, que segundo Lynda é uma pessoa “encantadora”, “inteligente” e “criativa”, não só no sentido empreendedor, mas também filantrópico. O voo é suborbital, portanto não chega a sair da órbita terres-tre, mas será possível experi-mentar a sensação de falta de gravidade e fazer algo que só poucos privilegiados podem: olhar a Terra de longe.

A SpaceShipTwo irá deco-lar acoplada à nave mãe e subirá por 45 min até 15 km de altura onde irão se sepa-rar. Após alguns segundos de queda livre, o motor entra em ignição e a nave é propulsada a 4 mil km/h atingindo os 110 km de altura em 90 s. Os moto-res serão então desligados para que os viajantes possam desfrutar da falta de gravidade por alguns minutos e obser-var a Terra antes de apertar os cintos para realizar a aterrissa-gem no “espaçoporto”.

Entre os que reservaram uma passagem há famosos e empresários, “mas também há pessoas que querem reali-zar seu sonho de ir ao espaço ou pôr seus nomes nos livros de história”, garantiu Lynda. Tanto Lynda como Rubinsohn acreditam que daqui a um prazo máximo de cinco anos as passagens irão ficar mais baratas. “Como todo novo produto, o primeiro a sair é mais caro que os seguintes. Espero que o custo diminua em dois ou três anos”, disse Rubinsohn.

Na opinião de Lynda, “os custos de pesquisa e desen-volvimento são sempre mais altos em um projeto como este - mas com o passar dos anos, o preço irá diminuir”. Lynda lembrou que outras empresas como a SpaceX, de Elon Musk, cofundador da PayPal; e mais recentemente o fundador da Amazon.com, Jeffrey P. Bezos; e Paul G. Allen, um dos funda-dores da Microsoft; também demonstraram interesse no espaço.

O JORNAL l MACEIÓ, 5 DE FEVEREIRO DE 2012 l DOMINGO

Complexo futurista Spaceport será construído no deserto do Novo México

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Viagens turísticas ao espaço poderão começar este ano

TRANSPLANTE PIONEIRO

Menina de 9 anos recebe seis órgãos

Alannah Shevenell, de 9 anos, foi atacada por um raro tumor que lhe “devorou” seis órgãos vitais. A quimio-terapia e uma cirurgia não obtiveram resultados e a sua vida estava em risco, até que um transplante multiórgãos, feito no Hospital Pediátrico de Boston (EUA), lhe pode ter salvo a vida.

A situação de Allannah começou a preocupar os médi-cos quando o tumor se come-çou a aproximar rapidamente do coração e a pressionar o esófago, impossibilitando-a de comer.

Graças a este transplante pioneiro, a menina de 9 anos recebeu um esófago, fígado, estômago, baço, pâncreas e intestino delgado. Allannah esperou um ano para conse-guir um doador compatível. A operação realizou-se em outu-bro e durou mais de 14 horas.

“Passamos mais de dois terços do tempo da cirurgia a remover o tumor dos órgãos que iam ficar”, explicou o Heung Bae Kim, diretor do Centro de Transplantes Pediá-tricos do hospital.

Alannah voltou para casa na última quinta-feira.

FOME NA SOMÁLIA

Pior da crise passou, diz FAOA Organização das Nações

Unidas (ONU) declarou o fim da crise de fome na Somália na sexta-feira, mas alertou que a situação do país é frágil e que uma assistência alimentar contínua ainda é necessária.

A escala de fome da ONU tem cinco níveis e a Somália estava no mais alto, tendo sido rebaixada para o penúltimo após um intenso aumento nos trabalhos humanitários. Porém, 2,3 milhões ou 31% da população do país, conti-nuam precisando de ajuda, de acordo com a Organiza-ção das Nações Unidas para

a Agricultura e a Alimentação (FAO).

O diretor-geral da FAO, o brasileiro José Graziano da Silva, disse que a assistên-cia será necessária por pelo menos três meses. “O Chifre da África será nossa priori-dade e faremos nosso melhor para melhorar a segurança alimentar”, afirmou. “

A ONU declarou crise de fome na Somália em julho, em meio a uma grave seca que levou milhares de somalis a fugir para campos de refugia-dos na capital, Mogadíscio, e no Quênia e na Etiópia.

A situação era pior no sul do país, controlada pelo grupo Al-Shabab, que impediu o trabalho das agências huma-nitárias.

O coordenador da opera-ção da ONU na Somália, Mark Bowden, disse que os ganhos dos últimos meses são “consi-deráveis”, mas que a situação ainda é frágil.

A organização não soube informar quantas mortes foram causadas pela fome, mas estimou que dezenas de milhares morreram, princi-palmente entre os meses de abril e setembro de 2011.

Apesar de entregas de ajuda humanitária para 180 mil pessoas em acampamen-tos na capital, Mogadíscio, terem melhorado a situação local, combates na região sul e central do país ainda dificul-tam a chegada de alimentos às áreas mais atingidas.

Forças do governo têm combatido rebeldes islâmi-cos nos últimos cinco anos. Tropas do Quênia e da Etió-pia deslocaram-se para o país para ajudá-lo a combater os militantes do Al-Shabab, que é ligado à rede terrorista Al-Qaeda.

Reinserção na comunidade é objetivoSeu objetivo é tentar inse-

rir o infrator novamente na sociedade, evitar que ele siga carreira na ilegalidade. É uma abordagem, de certa forma, menos punitiva, mas atrelada a deveres cívicos que não estão presentes nos históricos da maioria condenada, como a obrigatoriedade da retomada dos estudos. O acompanha-mento de um profissional de Assistência Social, de Psicolo-gia e um agente comunitário também são exigidos.

Em tempos de discus-são – acirrada – sobre a redu-ção da maioridade penal e o aumento da rigidez na legis-lação voltada a adolescen-tes infratores, o LA pode ser considerado um Dom Quixote institucional, lutando isolado contra monstros abstratos, presos nas consciências e na formação desses adolescen-tes. O tamanho do foço que o divide da opinião pública pode ser medida em duas pesquisas, um feita em 2007 pelo Senado Federal e outra no fim de 2011, pelo Ibope.

Para 87% dos ouvidos pelo DataSenado, os meno-res infratores devem receber a mesma punição dos adul-tos. Segundo o relatório da pesquisa, os números indica-riam que “para a maioria da população é mais importante a gravidade do delito do que a idade do criminoso”. O Senado perguntou ainda qual seria a idade de aquisição da maiori-

dade penal, e os entrevistados ficaram divididos: 36% deles votam em 16 anos, 29% esco-lhem 14 anos, 21% defendem 12 anos, e 14% acham que não deve haver diferenciação alguma. O documento revela ainda que cerca de 50 projetos de lei já foram propostos sobre o assunto, e não foram aprova-dos por falta de consenso.

A outra pesquisa, mais recente e detalhada, foi feita pelo Ibope a pedido da Confe-deração Nacional da Indústria (CNI), e divulgada em outubro de 2011. Chamado “Retratos da Sociedade Brasileira: Segu-rança Pública”, o estudo indi-cou que 75% dos entrevistados são totalmente a favor da redu-ção da maioridade penal para 16 anos. Outros 11% se decla-raram parcialmente a favor. Contrários total e parcial-mente somam 9%. S.V.

Continua na página A12

Do banditismo profissional à outra chanceE foram presos. Presos,

não: apreendidos. Porque cometeram atos infracionais, e não crimes. Os eufemis-mos imperam na linguagem utilizada para descrever esse mundo, de torná-lo menos grave para os ouvidos e implantar uma hierarquia que proteja os adolescentes – e não menores – do bandi-tismo profissional. Uma tentativa de diferenciar meninos de homens, quando eles já perderam a noção dessa diferença. E para isso serve também o LA.

Julgados, esses tantos menores de 18 anos recebe-ram uma segunda chance valiosa. A começar pela liber-dade, mesmo que limitada, já que precisam ficar recolhidos em casa após as 22h. Ficar longe das celas quentes e duras das unidades de internação, que, embora oficialmente não possa levar o nome de prisão, é assim chamada pelos que por lá passaram. Perto da famí-lia. De amigos. Mas também da droga, dos inimigos, do preconceito. E do crime.

O órgão, ligado à Secreta-

ria Municipal de Assistência Social (Semas) – o “serviço” é municipalizado -, é respon-sável por concretizar as penas dadas a adolescentes que cometeram crimes consi-derados leves ou interme-diários: furto, assalto à mão armada, tráfico de drogas, agressão. Para que a Vara da Infância e da Juventude decida por esse tipo de pena também são avaliadas ques-tões como o número de vezes em que o menor foi preso e se já passou pelo programa. S.V.

CidadesA9

"São avaliadas questões como o número de vezes que o menor foi preso e se já passou pelo programa"

CRITÉRIOS PARA INSERÇÃONo programa de Liberdade Assistida da Semas

"Objetivo do Liber-dade Assistida é rein-serir o infrator e evitar que ele siga na ilegalidade"

SOBRE O PROGRAMALiberdade Assistida da Semana

O JORNAL l MACEIÓ, 5 DE FEVEREIRO DE 2012 l DOMINGO

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Menores tentam recomeçarPrograma busca a ressocialização demenores que comete-ram atos infracionais em Maceió

SUMAIA [email protected]

A m ov i m e n t a ç ã o d e adolescentes, com idades entre 13 e 17 anos

em sua maior parte, é grande e diária em uma antiga e espa-çosa casa da Rua dos Bancá-

rios, localizada no coração do Poço, perpendicular à Avenida Comendador Leão. A placa informa que ali é o Conselho Tutelar Região Administrativa I, mas outro órgão também funciona ali. Mais tímido, o Programa de Liberdade Assis-tida e Prestação de Serviços à

Comunidade do Município de Maceió é identificado por uma folha de papel colada na parede de uma entrada lateral, pós-muros: LA.

As duas letras e a discri-ção do local não indicam, e tampouco a população que trabalha no entorno ou passa

por ali diariamente imagina, mas eles cruzam frequente-mente com jovens temidos e evitados, que normalmente constam na lista de mortos e presos antes de completar a maioridade. Retratos da cobiça e da violência que a sociedade clandestinamente

alimenta.Antes que possuíssem

idade suficiente para entrar no Exército ou ser admitido em qualquer concurso público; que pusessem as mãos em sua primeira carteira de habilita-ção, eles roubaram, trafica-ram, portaram armas.

FORA DO CRIME

A10 O JORNAL l MACEIÓ, 5 DE FEVEREIRO DE 2012 l DOMINGO

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A11

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O estalo ocorreu quando um amigo de infância foi assassinado. “Ele não era envolvido em nada errado. Soube que um dos caras que queriam me pegar ameaçaram ele de morte. Aí ele endoidou, começou a comprar arma, a fazer assalto. Três meses depois mataram. Vi muita gente morrer na minha frente, mas isso me marcou muito, me chocou”, explica. Antes, porém, o estrago na família estava feito: a casa e a loja da mãe foram invadidas, sua casa completamente roubada. Mulher e filho desamparados.

De um dia para outro, começou a trabalhar em uma obra, com o tio, de servente de pedreiro. “Minha mãe não acreditou. Até hoje ela não acredita, me espera na porta, me enche de beijo quando eu chego. Até hoje eu sofro preconceito pro causa do meu

passado”, conta. Da constru-ção civil passou a uma Lan House, onde ganhava R$ 70 por semana. Depois se profis-sionalizou como tosador em pet shop, saindo de lá por causa de dores na coluna.

As condenações só vieram cerca de dois anos depois que ele havia deixado o crime. Foram respostas a três prisões, ocorridas ainda na adolescên-cia. “Fui preso três vezes em duas semanas. Nunca fiquei mais de um dia na delegacia”, revela. Depois de descumprir algumas medidas, acabou por cumprir de forma exemplar o serviço comunitário no PAM Dique Estrada, e ganhou a confiança dos funcionários.

Hoje, apesar de ficar à vontade ao contar sua história e mesmo transparecer certo orgulho em algumas proezas ilegais (sentimento aparen-temente compartilhado por

Larissa), ele demonstrou extrema preocupação com sua imagem e a proteção de sua identidade. Marcelo diz tem um misto de medo do preconceito e vergonha, pura e simples.

Esses fatores, no entanto, não são maiores do que sua vontade explícita de provar que não há entrada sem saída;

que um adolescente infrator pode mudar e mesmo ajudar a propagar valores melhores.

Mesmo assim ele continu-ará pagando pelo que fez, e isso independe da Justiça ou da lei. Em um meio como o que viveu durante quase toda a adolescência, o número de amigos é inversamente proporcional ao de inimi-gos. Ele tenta esquecer o que fez, mas os outros o lembram continuamente. “Semana passada tentaram me pegar. Ontem, no Centro, encontrei com um cara que tinha expul-sado do Canaã. Pensei que ia me matar. Sempre vou passar por isso”, lamenta.

At u a l m e n t e, Ma rc e l o continua atraído pelos bens caros, as roupas cobiçadas de marcas famosas, os casacos de R$ 600. Mas agora ele paga em três parcelas, no cartão. S.V.

Continua na página A13

E a matéria está próxima de ser decidida, pelo menos no Congresso Nacional. A Proposta de Emenda à Cons-tituição (PEC) 20/99, que prevê a redução da maiori-dade penal de 18 para 16 anos, foi ressuscitada das gavetas do Senado pelo parlamentar Demóstenes torres (DEM-GO), e já está na lista de maté-rias prontas para votação em Plenário. Caso aprovada, a lei passa a criminalizar o jovem acima da idade limite, desde que comprovada sua capa-cidade de entendimento da ilegalidade do ato.

Mas esse assunto está longe de ser resumido em uma pesquisa de “sim” e “não”. A dualidade esconde as contradições desse universo e pode pecar por tratar a prisão como vingança e lincha-mento popular, e não medida punitiva corretora e resso-cializadora. A realidade dos sistemas prisionais brasileiros também influencia na ques-tão, já que não cumpre seu papel. Ao contrário, profissio-naliza o infrator, o colocando em contato, sem controle eficiente, com decanos do crime organizado.

Em uma breve incursão pelo universo de personagens que fazem parte das medi-das não restritivas, ou medi-das em meio aberto, como são chamadas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), não faltaram pessoas cujas vidas eram repletas de conflito, aprendizado, contra-dição. Que derrubam tabus e modificam ativamente as sentenças prontas da socie-dade, e que abriram um pouco de suas histórias.

A começar por dois jovens que cumprem penas no LA: Larissa, de 16 anos, que passou um ano reclusa na Unidade de Internação Feminina antes de passar à Liberdade Assistida, e Marcelo, de 19, que concluiu há poucas semanas sua presta-ção de serviço comunitário em um posto de saúde do Dique Estrada. A única informação omitida nesses relatos são seus nomes verdadeiros, rebatiza-dos na reportagem.

Desde criança Marcelo era atraído pelo dinheiro, e tudo o que dele emanava; poder, status, bens caros. Acostumado a lidar com grandes somas na loja da mãe, o adolescente era tentado pelo valor que muitas vezes ficava em suas mãos.

“Sempre pensei: um dia terei o meu”, lembra o adolescente, agora com 19 anos. Mas o jeito de conseguir sempre foi dife-rente da maioria. “Desde os oito anos eu furtava com meus amigos”, confessa. Passava três dias fora de casa.

Segundo seu relato, sempre foi difícil controlá-lo. “Minha mãe já me trancou em casa só de cueca, e escondeu minhas roupas, para que eu não saísse. Não adiantou, eu fugi e peguei uma roupa na casa de um amigo”, narra. “Quanto mais minha mãe brigava comigo, mais eu tinha raiva, fazia para machucar ela. Mas estava me ferindo também”.

À medida que ia crescendo, seus objetivos se tornavam mais robustos, e ele passou a usar uma arma e cometer assaltos, e não mais furtos. Sua iniciação foi aos 12 anos, após conhecer outros adoles-centes que já tinham experi-ência no “negócio”. Ele diz que nunca assaltou gente na rua; sua ambição o levava mais além. No seu currículo estão mansões, lojas sofisticadas, caminhões de carga. A maior

parte era estabelecimento comercial. “Assalto sempre foi meu forte”, lembra, com um certo orgulho.

Aos 15 subiu de nível na criminalidade. Ao invés de se arriscar em assaltos que sempre terminavam de forma imprevisível, comprou seu passaporte para o tráfico de drogas. Aos 16 já tinha uma casinha, uma moto, corrente de prata, três revólveres caros. E respeito da comunidade. Um ano depois, vendo o cerco poli-cial se fechando em seu negó-cio ilegal (deram o flagrante, e mataram um e prenderam outro dos seus vendedores), mudou-se para o Canaã e inaugurou o primeiro ponto de venda de entorpecentes do bairro.

Virou um subchefe do tráfico; não tinha contato direto com a droga ou com o cliente. Apenas recolhia o dinheiro e continuava alimen-tando a boca, com crack, maconha, cocaína. Ficou gerenciando as duas “lojas”, com pequenos inconvenien-tes de tempos em tempos. Contraditoriamente, à medida

que ganhava dinheiro mudou--se da casa da mãe, bem estru-turada, espaçosa, para a favela. Isso não o impedia de gastar muito. Foi aí que seu mundo caiu. Apunhalado pelos cole-gas de ofício, após receber uma proposta de assalto dire-tamente do presídio. “Recebi uma ligação de lá para fazer uma mansão na Massagueira. era só arrumar os caras e planejar o negócio, mas não sei o que deu em mim que eu resolvi ir. Quando foi 20h a polícia já estava lá me procu-rando pelo nome”, contou.

O que se seguiu foi a concretização do pesadelo de qualquer criminoso: a bandi-dagem se volta contra você, e seu meio não é mais seguro. No dia seguinte ao roubo tenta-ram matá-lo. Ficou ferido, mas conseguiu fugir para uma quadrilha rival á que tentava exterminá-lo. Depois foi para a casa de um familiar, e curou-se sem ir ao hospital. Traficantes maiores iniciaram uma guerra pela área que antes ele coman-dava, e quase todos com que ele conviveu foram mortos na batalha. S.V.

Marco Antônio

Marcelo, de 19 anos, concluiu há poucas semanas a prestação de serviço comunitário resultado da condenação

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Projeto prevê redução da maioridade penal

"Vi muita gente morrer na minha frente, mas isso me marcou muito,me chocou"

MARCELOMenor que cumpriu serviço comunitário

Ameaça de morte alertou para mudança de vida

Nada na aparência de Larissa indica sua história. Talvez uma tatuagem mínima, na mão, daquelas de tinta verde, destoe da Barbie juve-nil que aguarda na recepção o atendimento da assistente social, na sede do Programa de Liberdade Assistida e Pres-tação de Serviços à Comuni-dade do Município de Maceió.

Ela está de rosa quase da cabeça aos pés. Blusa, bolsa, celular, toalhinha de rosto nas mãos, enfeite de cabelo. O short branco e a sandália enfeitada com uma enorme flor de couro a torna ainda mais juvenil. Um relógio dourado e uma maquiagem de boneca, além de longos cabelos loiros – pintados – e alisados a transformam no estereótipo da patricinha.

Mas sua vida está longe do mundo encantado das bone-cas. Aos 16 anos, ela cumpre pena no programa após passar um ano na Unidade de Internação Feminina. Quando esteve detida, lide-rou uma rebelião que causou estragos em várias celas. Aos 14 anos, era uma das melhores vendedoras de uma boca de crack no Jacintinho, e passava 15 dias sem voltar para casa. Aos 13, foi presa por desacato – na verdade agressão a um policial militar que por sua vez agredia um amigo dela.

Larissa pertence a dois mundos contraditórios, que por vezes se confundem, inexplicavelmente, em uma mesma frase, em uma mesma cena. Ela fala e pensa como

adolescente, mas vive em um mundo de adultos. E crimino-sos. Vivia, porque foi presa em setembro de 2010 com uma amiga de 18 anos, enquanto escondia, para um traficante, 103 gramas de pasta de coca. Há cerca de quatro meses ela cumpre, em liberdade, a missão de se afastar do tráfico e passar pelo que resta de uma adolescência normal.

Essa não foi a primeira vez que a garota teve problemas com a polícia. “Eu fui presa por desacato na última copa

do mundo, no dia que o Brasil perdeu. Eu fiquei com muita raiva, chorei, fiquei muito bêbada. E meu amigo estava brigando com a mulher dele no meio da rua. Aí o policial foi bater nele, e eu estava de moto e peguei o capacete e taquei nas costas do policial. Aí disse um monte de coisa com ele, falei palavrão, dei dedo e dei língua”, narra a adolescente. Em poucas oportunidades

pode-se ouvir, no mesmo relato, um policial sendo nocauteado e sua agressora mostrando a língua como forma de xingamento. Resul-tado de uma cabeça em trans-formação, de uma criança brincando de bandido.

Mas então outro trecho de sua carreira no crime a faz parecer uma veterana. É da época em que estava fazendo dinheiro com o crack. Passava 15 dias fora de casa, após alugar uma casa com aliados a fim de comercializar a droga sem pistas. “Quando voltava eu dizia para a minha mãe que estava na gandaia”, conta, com naturalidade. Ela garante que a família brigava, deixa de castigo, tentava controlar. Mas ela saía do mesmo jeito. E fazia dinheiro como nunca imaginou. “Se a pessoa é desenrolada e a droga é boa, a pessoa vende muito. Ganhava mais de R$ 500 por dia”.

Era a prova, para ela, que a vida que escolhera por “curiosidade” dava resultado. Comprava o que queria, era respeitada pela juventude do bairro. E teve sorte; nunca foi agredida ou se envolveu em conflitos com polícia ou rivais. “Mas contato com arma eu tive, de todo tipo”, ressaltou. Remorso, sensação de fazer coisa errada? Larissa diz que só sentiu quando esteve na unidade de internação. “Eu vendia para todo tipo de gente. Até para taxista, gente bem de vida”, lembra. O usuário mais novo a adquirir crack por suas mãos tinha 12 anos. S.V.

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"Eu vendia droga para todo tipo de gente; até paragente bem de vida"

LARISSAA traficante de 13 anossobre o comércio da droga

O JORNAL l MACEIÓ, 5 DE FEVEREIRO DE 2012 l DOMINGO

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A Barbie do crime relata sua história

A rebelião é uma mancha em seu bom comportamento. E o caso não poderia começar de forma mais fútil. Uma troca não autorizada de comida com uma colega a levou para uma cela isolada, junto com a outra interna. Mais tarde, uma confusão incluiu uma terceira garota no mesmo local. O trio, então, constatou que a grade de uma das janelas estava forçada. Ela garante que tentou aconselhar as compa-nheiras a não tentar fugir. Mentindo ou não, o fato é que ela ficou, e depois foi acusada de ajudar a fuga.

O que a fez se rebelar foi a punição pela amiga que tinha pulado a janela. “Odeio quando alguém fala que eu estou mentindo e eu estou falando a verdade. Eu que chamei os monitores quando a

primeira pulou”, argumentou. “Aí eu endoidei. Pensei: não é bagunça que eles dizem que eu faço? Quebrei tomada, armá-rio, espelho, tudo”. E outras internas a acompanharam.

Mas foi desse ato violento que ela tirou o seu objetivo para o futuro. Estabelecida a rebelião, atores ligados à unidade logo apareceram para negociar com as adoles-centes. Um deles foi uma promotora, que Larissa não lembra o nome. “Eu debati com ela, e acabei vencendo. Aí ela me disse que eu levava jeito para ser advogada”. A reação não poderia ser mais infantil. “Eu disse que não tinha perguntado. Mas depois eu fiquei pensando. Todo mundo diz que eu falo bem”, planeja.

Antes, ela precisa terminar

os estudos, já que desde os 14 não frequenta a escola. Sua esperança é conseguir vaga na Fundação Bradesco, uma escola de ótimas referências em Maceió. A segunda opção seria a Escola Municipal Kátia Assunção, no Jacintinho. “Mas eu quero a fundação, porque o pessoal lá é dife-rente”. Dos velhos amigos ela já não quer saber, apesar de não guardar desavenças: “Nunca me ameaçaram, mas ficam dizendo que eu quero dar uma de santa. Melhor ser santa do que um cadáver debaixo da terra”.

Larissa mal encerrou um capítulo, já enfrenta outro desafio que exige seu ingresso imediato na vida adulta: está grávida de dois meses, de um namorado de 19 anos. S.V.

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A adolescente liderou rebelião na unidade

Lays Peixoto/Estagiária

A14 O JORNAL l MACEIÓ, 5 DE FEV

Cidades

Cabo da polícia militar reformado, Erivaldo Macedo, o diretor do PAM Dique Estrada onde Felipe prestou serviço comunitário, é outro perso-nagem contraditório desse universo. Sobre os adolescentes que já passaram pela unidade, Erivaldo é efusivo e chega a manter relações quase pater-nais após o período de traba-lho obrigatório. Mas quando o assunto é o tratamento dado a jovens infratores, o mesmo dire-tor que fala da falta de oportuni-dades para a juventude garante que em seu tempo de policia-mento ostensivo, quando eles eram tratados com mais rigidez, não se viam tantos crimes prati-cados por menores de 18.

O posto de saúde que dirige – que possui atualmente 56 funcionários e recebe boa parte da demanda dos bairros da orla lagunar de Maceió – já traba-lha há mais de dois anos com a

prestação de serviço comunitá-rio. Por suas contas, cerca de 10 garotos já trabalharam no local. E de todos Erivaldo guarda boas lembranças e garante: a vontade de mudar prevaleceu nas histó-rias que testemunhou.

“Não tive notícia de ninguém que passou por aqui ter voltado a se envolver com coisa errada. O rapaz anterior ao Marcelo foi visto por uma funcionária acompanhado de uma turma de maloqueiros, mas quando ele veio falar comigo eu dei conselho a ele. Ele disse que não estava fazendo nada de mais; eu mesmo assim falei para ele deixar de andar com esse pessoal, porque amizade infl ui muito”, destacou.

A média de trabalho no posto de saúde é de três meses. Nesse período, Erivaldo explica que os coloca em diversos seto-res, sempre fazendo serviços administrativos. Do atendi-

mento ao público à abertura de prontuários, passando pelo arquivo e outras áreas burocrá-ticas, o garoto precisa passar – e aprender – tudo, sempre super-visionado pelos funcionários da

unidade, como garante o diretor.“Eu não gosto de mandá-

-los limparem banheiro. Se tem uma empresa contratada para

isso, deixa que eles cumpram seu papel”, justifica, sobre o posto de trabalho mais comum dos adolescentes que cumprem a pena de serviço comunitário. A escolaridade dos seus envia-dos ajuda: ele afi rma que para lá nunca foram analfabetos. Todos sabiam ler e escrever, mas inva-riavelmente pararam de estu-dar antes de completar o ensino fundamental. Apenas um tinha concluído o ensino médio.

Mas o serviço comunitário tem suas falhas. O espaço está aberto aos adolescentes, mas nem sempre os adolescentes estão abertos à pena. “Muitos fi cam de vir determinado dia e não aparecem. Nunca mais dão notícia. Aí eu devolvo a pasta dele para a assistência social e pronto”, conta o cabo-diretor. O jovem que fi caria no lugar de Marcelo e era esperado nessa última semana foi um desses desertores. S.V.

Nem sempre os adolescentes aceitam a pena

Ação social leva à formação profi ssionalNo quesito segurança

pública, a contradição parece palavra de ordem mesmo na opinião pública. Na mesma pesquisa do CNI-Ibope, que apontou para a preferência da população em torno da redu-ção da maioridade penal, 90% dos mesmos entrevistados afirmaram que concordam total ou parcialmente que “ações sociais como educa-ção e formação profissional contribuem mais para dimi-nuir a violência no país do que ações repressivas, como o aumento do policiamento ou maior rigor na punição de criminosos”.

Mais à frente do questio-nário, 83% declararam que aprovam parcial ou total-mente a seguinte frase: “Para reduzir a criminalidade é preciso impor uma política de tolerância zero, em que todo tipo de infração ou ilegali-dade sejam punidos”, direta-mente contrária à afirmativa anterior, sobre ações sociais. As penas de serviços comu-nitários – que deduz menos rigor na punição – também são defendidas por 60% dos entrevistados, totalmente, e 22%, parcialmente. Será que a sociedade sabe mesmo o que significam essas decisões e que efeitos elas terão, concre-tamente, na criminalidade?

Da parte de Marcelo, ele demonstra confi ança quando opina. Mesmo provocado a duvidar de seus argumen-tos, o adolescente continua sustentando a redução da

maioridade penal: “Eu sei do que estou falando. Ouvia todo santo dia que com menor não dá nada. Cresci com esse pensamento”. A última pessoa que se esperava defender a rigidez do Código Penal era aquele que viveu na pele seus efeitos; mas motivos não faltam para construir sua argumentação.

Além de citar como maior exemplo sua própria vida e daqueles que fi zeram carreira no crime junto com ele, o garçom fala da experiência que teve na filmagem de um documentário sobre a histó-ria desses jovens infratores e suas percepções da vida enquanto cumprem medida no programa. O material, realizado pelo grupo de teatro Joana Gajuru, foi contratado pelo LA para desenvolver uma peça, mas os jovens acabaram mudando o rumo do projeto, segundo o coordenador do setor, Iury Calheiros.

“Muitos falavam sem qualquer esperança. Era desanimador”, testemu-nha. A pergunta surgiu: “Eles diziam que iam voltar para o crime?”. Marcelo responde: “voltar, não. Eles estão no crime. Nunca pararam. Estão levando a mesma vida, como se não tivesse acontecido nada. Processo nenhum”. Para ele, as limitações do programa levam os adolescentes a desa-creditar na mudança. “Eles dizem que prometem muita coisa a eles, mas não vai para frente”, justifi ca. S.V.

Programa traz esperança de mudar de vidaDe sua parte, Marcelo

conta que foi muito mais uma vontade pessoal de mudar de vida do que o efeito da pena, já que antes já havia parado de assaltar e traficar. Mas não deixa de lembrar que o programa mudou sua vida, porque lhe deu nova força de vontade para tentar a indepen-dência financeira. “Antes eu ia esperar chegar aos 21 para fazer o curso de segurança. Não estava fazendo nada. E

hoje eu conheci o Erivaldo, que me deu um caminho, me orientou, e me deu perspec-tiva de futuro”, testemunha.

Mesmo assim, saiu decep-cionado com as promessas não cumpridas. “Perdi as contas de quantos cursos p r o f i s s i o n a l i z a n t e s m e inscrevi. Até hoje espero ser chamado. De vez em quando perguntava quando ia come-çar, mas sempre enrolavam”. S.V.

Vontade de deixar o crime transformaPara ele, no entanto, a

vontade individual de deixar o crime é o que transforma esses adolescentes. “Eu não posso falar por todos os jovens, apenas pelos que passaram por aqui. Todos queriam mudar. Acho que colocaram em uma peneira, e só caíram os bons para mim”, brinca. Essa visão estratifi cada o permite mudar da água para o vinho; de sua experiência bem sucedida com penas que não envolvem reclu-são ele passa à defesa da rigidez de tratamento para menores de 18 anos, ao comentar seu traba-lho na PM.

“Na minha época, nos anos 80, era muito diferente, muito mais rígido. Ninguém se preo-cupava com direitos huma-nos”, relata. Diferente como? É preciso ler nas entrelinhas,

porque ele não especifica. Repete apenas que era “muito rígido”. Referências à violên-cia policial à parte, seu teste-munho sobre essa “época de ouro”, que uma parcela grande da sociedade defende como resolução de toda a criminali-dade atual, é de que o número de adultos infratores era muito maior que o de menores de 18 anos.

Erivaldo acredita que a lei é “branda” com adolescentes, e que a redução da maioridade penal para 16 anos deveria ser aprovada. Quando é questio-nado sobre essa dualidade de pensamento (serviço comu-nitário é bom, mas prisão também é), volta a repetir suas convicções, sem externar qual-quer sinal de entendimento. S.V.

“Não tive notícia de ninguém que passou por aqui ter voltado a se envolver com coisa errada”ERIVALDO MACEDODiretor do PAM Dique-Estrada

Lays Peixoto/Estagiária

Erivaldo diz que a falta de oportunidade para os jovens leva à criminalidade

Marco Antônio

Marcelo diz que nunca mais quer voltar à velha vida da criminalidade

- Dependendo do ato infracional, a Justiça poderá aplicar ao adolescente as seguintes medidas: adver-tência; obrigação de reparar o dano; prestação de servi-ços à comunidade; liber-dade assistida; inserção em regime de semiliberdade; ou internação em “estabe-lecimento educacional”. O tipo será defi nido pela capa-cidade de cumprimento, as circunstâncias e a gravidade da infração (Art. 112º).

- A prestação de servi-ços comunitários não pode ultrapassar seis meses e ocupar mais de oito horas semanais, sem que preju-dique a frequência à escola ou ao trabalho. A escolha do serviço precisa estar de acordo com as aptidões do adolescente. Ele deve ser realizado gratuitamente, e ser de interesse geral, junto a entidades assistenciais,

hospitais, escolas e outros estabelecimentos seme-lhantes, além de programas comunitários ou governa-mentais. (Art. 117º).

- A liberdade assistida, fixada pelo prazo mínimo de seis meses, será adotada sempre que se mostrar a medida mais adequada para o fi m de acompanhar, auxi-liar e orientar o adolescente. Uma pessoa capacitada será designada para acompanhar o caso (Art. 118º).

- Cabe ao orientador acompanhar o adolescente e sua família, inserindo-os, se necessário, em programa oficial ou comunitário de auxílio e assistência social; além de matriculá-lo em uma escola e supervisionar sua frequência. Ajudá-lo a se profi ssionalizar e se inse-rir no mercado de trabalho também é de sua competên-cia (Art. 119º). S.V.

ECA

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C M Y K

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Contexto social aliado ao aumento dos crimesO contexto da vida desse

público é fator importante para todos os entrevistados. A maioria, segundo Iury, é pobre apenas cinco eram de classe média, quando a entrevista foi feita e do sexo masculino. Larissa é uma unanimidade, assim como outras 12 meni-nas que cumpriam pena no LA. O resto era formado por garotos de todas as idades. Do total, aproximadamente 70 cumpriam serviço comunitá-rio, a maioria limpando chão e banheiro. A falta de estudo prejudica muito, limita o trabalho, argumenta.

As mudanças no perfil da criminalidade registrada em Alagoas também afeta a juven-tude. Alexandra conta que houve aumento no compro-metimento de adolescentes com quadrilhas e homicídios, crimes mais graves do que roubos e furtos, antes mais populares entre as infrações

cometidas. No gênero femi-nino, ela conta que a brigas entre meninas aumentou, além do envolvimento delas com tráfi co de drogas.

Ela contou um caso de uma menina que tinha menos de 12 anos e já estava envol-vida com o comércio ilegal de entorpecentes, porque namo-rava um traficante. É uma luta inglória contra o tráfico, desabafou, mas chamou a atenção para o poder dos familiares. Uma pessoas de 11 anos é controlável, assevera. O exemplo evidencia outro fator importante: a infração prati-cada por jovens cada vez mais precoces.

Em 2003, quando o Cedeca realizou sua primeira pesquisa na área, não era assim. Segundo levantaram através de questionários individuali-zados, a maior proporção de adolescentes infratores tinha entre de 18 a 19 anos (40,72%)

cujos delitos foram cometidos ainda na menoridade. Essa faixa etária é seguida por 16 a 17 anos (39,52%); aqueles que possuíam 14 e 15 anos eram

apenas 11,38% do total.A participação de meno-

res em crimes graves, que também foi apontado pelo coordenador do LA, pode ser comparado com os números

levantados pela pesquisa do Cedeca, referentes a dados colhidos em 2003. Analisando os delitos cometidos pelos adolescentes naquele ano, a infração mais comum encon-trada foi o furto (simples, qualificado ou em conjunto com outros atos ilegais), com índice de 21,55% em relação ao total. A promotora, ques-tionada se os crimes pratica-dos por menores de 18 anos aumentou ao longo dos últi-mos anos, ela apresentou sua visão dos registros: Acho que o que aumentou foi a denún-cia de infrações de adolescen-tes. Antes não se tinha essa cultura, porque achava-se que, já que foi feito por um menor, não daria em nada. Acho que as pessoas estão confi ando mais na Justiça da Infância e do Adolescente, vendo que funciona, que ele é, sim, responsabilizado por seus atos”, defende. S.V.

Yvette Moura

Alexandra Beurlen destaca trabalho da Justiça da Infância e do Adolescente

Equipe do programa comemora resultados Apesar das críticas ao LA,

o programa de Maceió corres-ponde a cerca da metade das medidas em meio aberto de Alagoas, segundo dados do Cedeca. O coordenador do programa, Iury Calheiros, não esconde as dificuldades de trabalho, mas ele e sua equipe preferem comemorar os resultados positivos, que na sua opinião são provas de que esse tipo de pena pode ajudar a reduzir a criminalidade já que esses adolescentes não serão bandidos no futuro.

Ele conta como funciona o programa: a partir do processo e da sentença que chegam do juizado, um assistente social, um orientador comunitário e um psicólogo começam a trabalhar com o adolescente. As recomendações variam: depois do contato inicial, é identificado se é necessário tratamento contra entorpe-centes, terapia ou demais particularidades. Os menores

precisam ser apresentados com o responsável.

Na época da entrevista com o coordenador do LA há cerca de um mês -, 207 adolescentes eram atendi-dos pelo programa. Estava visivelmente de bom humor, porque 2011 fora um ano considerado bom. 80 jovens haviam cumprido todos os requisitos das medidas que lhes foram atribuídas pela Justiça, um resultado acima do normal.

Iury estima que de 15% a 20% dos jovens voltem a cometer infrações. O fato de permanecer na mesma comunidade onde come-çaram a atuar ajuda a criar reincidentes, na opinião do coordenador. Outra dificul-dade, segundo argumenta, é a própria escolha dos adoles-centes de não frequentar a escola. Cerca de 40% deles assinam um termo dizendo que não quer estudar. S.V.

Muitas instituições recusam o serviço

A dificuldade em conse-guir local para cumprim ento do serviço também é um empecilho. Calheiros conta que sempre há resistência de instituições que são procura-das em busca da parceria. As pessoas fi cam com medo. Para eles esse adolescente é impre-visível. Nós sempre lembra-mos que, normalmente, existem pessoas piores entre os alunos, e os funcionários nem se dão conta, explica. Até para a matrícula é difícil.

Para aqueles que abrem suas portas para o serviço comunitário, no entanto, o resultado tem se apresen-tado satisfatório, segundo ele. Normalmente, o comporta-mento dos jovens chega a ser melhor do que os alunos das escolas em que cumprem a medida, conforme explica. “Nunca soube de roubo prati-cado por eles em qualquer um desses lugares”, garante.

Sâmia Lopes da Silva, 29, é psicóloga do programa há dois anos, mas sua experiên-cia no setor vem da época em que estagiava. Ela garante que nunca teve medo de lidar com esse público, mas admite que no início do trabalho muita gente fi ca receosa. Sua primeira reação, ao ser questionada se o programa de fato funciona: a

gente tenta. Não é 100%, mas cada um tem sua história. A psicóloga lembra das difi culda-des impostas pela vida desses adolescente. Eles vêm de classe social muito baixa, com famí-lia desestruturada e situação econômica desfavorável.

A falta de documentos

desses adolescentes reflete a falta de acesso aos direitos fundamentais de qualquer cidadão. Na pesquisa reali-zada em 2003, pelo Cedeca, a maior parte dos menores não possuía carteira de trabalho (65%) e quase a metade (46%) não tinha feito sequer o Regis-tro de Identificação (RG). O único documento presente na maioria dos casos era a certi-dão de nascimento, com 97% dos casos. S.V.

63%Quantidade de menores que possu-íam Registro de Iden-tifi cação, segundo pesquisa do Cedeca

"Acho que as pessoas estão confi ando mais na Justiça da Infância e do Adolescente, vendo que funciona"

ALEXANDRA BEURLENPromotora da Vara da Infância e da Juventude

Thiago Sampaio

Coordenador Yury Calheiros diz que 2011 foi um ano bom para o programa

Lays Peixoto/Estagiária

Psicóloga Sâmia Lopes garante nunca ter tido medo de lidar com os menores

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A16 O JORNAL l MACEIÓ, 5 DE FEVEREIRO DE 2012 l DOMINGO

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Cardápio do lanche preparado pela escolaHoje, a universitária Thaís

Acioli respira aliviada. O filho dela, Enzo, de 2 anos, melho-rou os hábitos alimentares. “Ele é muito chato para comer, mas melhorou muito por influência das outras crianças. Tem coisas que ele só come na creche”, diz. No Centro de Educação Infantil Acalanto, onde Enzo estuda, as crian-ças não levam lanche de casa. Todo o cardápio é preparado e oferecido pela instituição. “Isso me dá segurança. Estou muito satisfeita”, conta.

De acordo com Aleny Rosy, diretora pedagógica da Acalanto, a rotina familiar é que vai determinar as opções da criança. “Porque ela age por reprodução (replica as ações dos outros). Então não é eficaz proibir a criança de tomar refrigerante se em casa ela vê os pais tomando”, explica. Desse modo, quando na escola, o aluno acompanha a alimentação e até come mais e melhor. “Em casa, sabemos que esse é um processo lento, mas que tem que acontecer”, ressalta.

A instituição também desenvolve muitos projetos pedagógicos de alimentação para cada turma. No cardápio, sempre muitas frutas, legu-mes, verduras e carboidratos.

“Como temos muitos alunos que ficam em horário inte-gral, essa preocupação com os valores nutricionais é muito grande”, acrescenta. Refrige-rantes são completamente proibidos. “Não liberamos nem em festas de aniversário”, afirma.

No colégio Inei COC, as crianças convivem com as duas opções: o lanche convencional e lanche saudá-vel. Segundo a nutricionista Monique Amaral, entre os pais, a procura pelo lanche saudável é maior para as crian-ças menores. “Após 10 anos, elas preferem as frituras, refri-gerantes. Se ela rejeita algum alimento, tem que insistir até cinco vezes. É um trabalho

lento, mas que precisa ser exercitado entre os pais. Além disso, envolve muitas pessoas, pois não adianta alguns dizerem não para um deter-minado alimento e outros dizerem sim. Tem que haver uma integração”.

Para quem tem filhos que sofrem com alguma intole-rância alimentar, a atenção é maior. A funcionária pública Ana Paula Gomes Rego está muito preocupada com a volta às aulas. Há seis meses ela descobriu que a filha, Ana Letícia Gomes Rego, de 2 anos e 9 meses tem hipercolestero-lomia familiar, conhecida pela sigla HF. Ou seja, hereditaria-mente, o nível de colesterol é alto.

De acordo com a nutri-cionista Emanuelle Teixeira Gaia, os pais são os principais responsáveis pela alimen-tação, mas é possível solici-tar o apoio da escola nesse processo. “Os pais são os responsáveis pelos hábitos alimentares das crianças. Sendo assim, depende deles a introdução de alimen-tos saudáveis na rotina dos filhos e a restrição aos outros alimentos. Na maioria das vezes, os pais são os culpa-dos pela má alimentação dos filhos", expôe.

O lanche escolar já é uma preocupação em muitas unidades de ensino, melhorando a nutrição infantil

ALINNE [email protected]

Se a hora do lanche é a hora mais feliz, algu-mas mães duvidam.

Isso porque muitas crianças travam uma verdadeira bata-lha com os pais na hora de comer. O problema é ainda maior se a preferência delas é por doces, guloseimas, salgadinhos e refrigerantes, que são alimentos indus-

trializados, de baixo valor nutricional. Diante dessa problemática, a família pode ter a escola como grande aliada para reeducar os hábitos alimentares de seus filhos. Em muitas instituições educacionais, essa união de forças tem melhorado a nutrição infantil.

Segundo a nutricionista Emanuelle Teixeira Gaia, para garantir uma boa nutrição na vida escolar, os pais devem priorizar como lanches: sanduíches com pão integral, iogurte, frutas, saladas de frutas, biscoitos sem recheio, sucos naturais e leite puro. “Refrigerante: não é neces-sário proibir, mas é preciso restringir e ensinar às crian-ças que não é uma bebida

saudável por ter grande quan-tidade de açúcar e sódio. Além disso, o alto consumo está associado a doenças como gastrite, diabetes, obesidade, cárie e refluxo gástrico. O consumo excessivo de refri-gerantes diminui a inges-tão de bebidas saudáveis e aumenta a quantidade de calorias vazias, ou seja, sem nutrientes para o corpo. Os sucos industrializados sejam eles em pó, concentrados ou prontos para o consumo também não são recomen-dados, pois têm uma grande quantidade de ingredientes artificiais (corantes e aroma-tizantes), que podem desen-cadear alergias nas crianças. Além disso, possuem grande quantidade de açúcar”.

<Multiple grouped links> / Estagiária

Unidades de ensino podem ser aliadas dos pais que buscam garantir uma boa nutrição na vida escolar das crianças

A17

"Os pais são os prin-cipais responsáveis pelos hábitos alimen-tares das crianças"

EMANUELLE TEIXEIRANutricionista

O JORNAL l MACEIÓ, 5 DE FEVEREIRO DE 2012 l DOMINGO

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SAÚDE

Crianças na escola: o desafio da alimentação saudável

Alto consumo de alimentos ricos em gordura aliado à obesidade infantil Gaia chama a atenção para

os riscos de diversas patolo-gias que estão associadas à má alimentação . “Obesidade, diabetes, dislipidemias, hiper-tensão arterial e cardiopatias são as principais. Recente-

mente, estudos apontam a relação entre a depressão e o alto consumo de alimen-tos ricos em gorduras trans e gorduras saturadas (fritu-ras, batata frita de pacote, sorvetes, tortas, temperos

industrializados para saladas, margarina, gordura hidro-genada, biscoito recheado, carnes vermelhas gordurosas e pele de aves)”, alerta.

A obesidade é, para a nutri-cionista, uma das doenças

modernas mais preocupantes entre as crianças. “A obesidade infantil é maior no primeiro ano de vida, entre as crianças de 5 e 6 anos de idade e na adolescência. Nos últimos 20 anos, pesquisas indicam que

o número de crianças, entre 5 e 9 anos, com obesidade quadruplicou, atingindo mais de 16% dos meninos e quase 12% das meninas. O controle da obesidade infantil é difícil, pois com os pais trabalhando,

muitas vezes, falta tempo e disposição destes pais para com as crianças. Existe ainda a falta de entendimento, por parte da criança, dos malefí-cios acarretados pela obesi-dade”, lamenta.

Alimentação para cada fase do crescimentoA alimentação infantil

deve garantir as necessi-dades de cada fase para o adequado crescimento e desenvolvimento. A alimen-tação deve ser um processo natural, equilibrado, sem restr ições e sem exces-sos, que valorize a saúde e

desenvolvimento normal da criança. Por volta dos 5 anos, a criança tende a aumentar seu apetite e passa a comer melhor.

Os pais devem lembrar que os alimentos devem ser bem preparados, o que envolve a escolha, a compra,

a conservação, o preparo e o oferecimento à criança. Deve haver variedade no preparo dos alimentos, ou seja, os pais devem fazer refeições variadas e coloridas. Arroz e feijão, as carnes, verduras, legumes e frutas devem varia diariamente, se possíveis.

A18 O JORNAL l MACEIÓ, 5 DE FEVEREIRO DE 2012 l DOMINGO

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A19

Publicidade

População aguarda ansiosa a expansão viáriaAos olhos de quem já viu

tanta mudança e um bairro inteiro mudar de cara, a construção de uma avenida desperta novas perspectivas. Fernando Farias é dono de uma mercearia na Avenida Muniz Falcão há 40 anos. Foi de lá que ele e a mãe tiraram o sustento da família durante muitos anos, desde os tempos em que a rua principal ainda era de “chão batido”. “Tinham algumas casas e poucos comércios. Éramos poucos, bem poucos”, lembra.

Ele conta que na época em que asfaltaram a avenida principal muita coisa mudou. “Crescemos, não há dúvida. E isso vai se repetir em multipli-cado agora”, anseia.

O comerciante defende que “tudo o que é para o bem da população vai ser positivo e trazer boas consequências”. “A prefeitura está fazendo um trabalho muito importante e com ele, muita prosperidade há de vir. Mas como tudo o que é bom, infelizmente também

traz algo negativo, temos de tomar atenção para alguns problemas, como a violên-cia, por exemplo. Se haverá mais prosperidade, haverá mais gente de olho nela. Será

preciso o governo reforçar a segurança”, advertiu o comer-ciante.

Mais adiante, na barbearia do Amaro Cândido, a expecta-tiva em tempos de prosperi-dade também é grande.

“Acredito que muito em breve o bairro vai crescer

muito. Tenho esta barbearia aqui há 11 anos e desde então muita coisa mudou. Acho que agora vai ser muito mais. Tudo que está por aqui vai ser valorizado”, disse, animado, já pensando na casinha onde mora e que certamente vai ser valorizada diante do mercado imobiliário.

O mercado imobil iá-rio, aliás, está apostando na região. Basta uma passada rápida para ver a quantidade de novos prédios residenciais que já começam a surgir na região.

“Se a construção do shop-ping lá perto do Benedito Bentes valorizou toda esta área, imagine uma via que vai encurtar as proximidades entre a praia e estes bairros daqui de cima. Tudo vai ser valorizado, porque as distân-cias serão menores. Viveremos praticamente perto da praia”, comemorou José Abdias, que esperava para ser atendido no salão do Santo Amaro.

Continua na página A21

Inauguração da Avenida Márcio CanutoO Barro Duro, a Avenida

Rotary e a a orla marítima. Nunca estes pontos estive-ram tão próximos. A Avenida Márcio Canuto vai ligar os bair-ros da parte alta à região das praias e com isso alavancar o desenvolvimento de avenidas como a Muniz Falcão e a Juca Sampaio. Isso sem contabili-zar outras cerca de 30 ruas que foram pavimentadas e recebe-ram melhorias estruturais.

As obras para a construção da via estão em fase de conclu-são. “Agora só falta bater o martelo na data da inaugu-ração. Basta o homenageado confirmar a agenda dele”, diz animado Mosart Amaral, se referindo ao jornalista Márcio Canuto, que mora em São Paulo e é presença indispen-sável no desenlace da fita que vai abrir os caminhos da via urbana.

Enquanto isso, os peque-nos detalhes são ajustados para finalizar a obra. Desde setembro do ano passado quase R$ 8 milhões foram

investidos em 900 de via, o que inclui 200 mil metros cúbicos de aterro. “Foram cerca de 20 mil caçambas de aterro compactado para esta avenida”, contabiliza o secre-tário.

Ele fala que as vantagens da construção da Márcio Canuto são inúmeras. Além do desen-volvimento natural que a obra representa para a cidade, o natural é que ela influencie diretamente no fluxo de trân-

sito da Avenida Fernandes Lima, uma das mais proble-máticas da capital. “Não pode-mos dizer que o problema será solucionado. Mas teremos uma interferência bastante significativa. E olhe que fala-mos apenas do primeiro trecho da avenida”, conta.

Isso porque, relembra o secretário, a Avenida Márcio Canuto é apenas uma parte da obra, que terá desdobramento em parceria com a empresa Mutiplan, responsável pela construção do Parque Shop-ping Maceió. “Até o fim do ano a segunda etapa será conclu-ída. Esta parte será construída em parceria com o shopping e vai até Cruz das Almas”.

Mas antes mesmo desta finalização. As benesses implantadas já são comemo-radas. Além da pista novinha, que facilitará o acesso a diver-sas partes da cidade, a Márcio Canuto terá ciclovia, passeio e uma região arborizada. “É um projeto bonito, que vai valori-zar o bairro”, avisa o secretário.

A20

"A prefeitura está fazendo um trabalho muito importante, e com ele muita pros-peridade há de vir"

FERNANDO FARIASComerciante ao falar das novasavenidas de Maceió

"Agora só falta bater o martelo na data de inauguração; bastao homenageado confirmar a agenda"

MOSART AMARALSecretário Municipal de Infraestruturasobre inauguração da Av. Márcio Canuto

O JORNAL l MACEIÓ, 5 DE FEVEREIRO DE 2012 l DOMINGO

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A construção de trêsvias na parte alta deMaceió vai melhorar a vida dos moradores e facilitar o trânsito

DA EDITORIA DE [email protected]

Milhões de reais inves-tidos em quilôme-tros de rodovias.

A equação vivida na cidade de Maceió desde o primeiro semestre do ano passado ainda não tem resultado a olhos vistos, mas lança uma perspectiva de futuro bastante otimista para a capital alagoana. São três avenidas e uma promessa de desenvolvimento susten-tada por milhares de pessoas. Com a construção das vias Márcio Canuto, Pierre Chalita e a Presidente Luis Inácio Lula da Silva a cara da parte alta da cidade vai definitiva-

mente mudar e muita gente vai passar a conhecer uma cidade até então ignorada pelos próprios moradores.

Quem passa pelas obras das avenidas tem a nítida sensação de que há uma cidade crescendo dentro de Maceió. O frisson de operá-rios, carros, máquinas e caminhões remetem a uma contagem regressiva. E não é para menos: a perspectiva da Secretaria Municipal da Cons-trução da Infraestrutura é a de que, pelo menos o primeiro trecho da Márcio Canuto e a Pierre Chalita sejam inau-gurados até o fim do mês de março. “Estes prazos são garantidos por nós, porque as obras têm recursos do município. A Avenida Presi-dente Lula ainda depende de recursos federais, mas espe-ramos entregá-la até o fim do ano”, assegurou o secretário Municipal de Infraestrutura, Mosart Amaral.

Uma cidade em crescimentoAvenida Márcio é a promessa

de melhora no trânsito da

região da Av. Rotary

Mosart Amaral explica que

avenida terá uma segunda

etapa até a Cruz das Almas

Seu Fernando Farias é um

dos que aguardam ansiosos

a inauguração da avenida

Fotos: Marco Antônio

Eduardo Leite/ Estagiário

Os seis quilômetros de extensão da Avenida Pierre Chalita levam por caminhos que muita gente certamente desconhece a existência. Caminhões e máquinas cortam caminhos que vão ligar a Serraria, o Barro Duro, Jacarecica e o Sítio São Jorge. É uma obra gigante e que vai estreitar distâncias de pontos bem distintos da cidade.

A expectativa do muni-cípio é entregar a avenida completa até o fim de março. São R$ mais de R$ 6 milhões de investimento na constru-ção e um olhar especial do secretário responsável pela obra. “Todas as construções são importantes. Mas tenho um carinho especial por esta”, confessou. “Todas as avenidas trarão benefícios à popula-ção e isso além da realização profissional, representa uma satisfação pessoal. Estamos deixando um legado e faze-mos todos parte disto. Temos orgulho de participar ativa-mente deste processo”, disse Mosart Amaral.

Toda a obra tem um deta-lhe que Mosart Amaral não cansa de repetir: não foram feitas desapropriações de áreas, detalhe que além de baratear os custos revela a importância que a popula-ção dá ao trabalho feito pela prefeitura. “Conversamos com os proprietários e as pessoas entenderam que a obra vai valorizar suas terras. Conseguimos fazer esta obra sem ter de desapropriar os

terrenos, foi muito positivo para nós”, comemora.

De fato, os investidores já enxergaram as vantagens da construção da Pierre Chalita interligando quatro bair-ros da capital. Tanto que, na Serraria, bem próximo de um dos braços da nova avenida, uma série de novos empreen-dimentos já surgiram. Casas, apartamentos e uma infini-dade de pequenos comér-

cios. “O desenvolvimento da região vai ser impulsionado pela expansão imobiliária e pelo crescimento do comér-cio. Dentro de alguns anos esta região terá outro aspecto, definitivamente”, antevê o secretário.

Pela estimativa da Semin-fra, cerca de 70 mil pessoas, só da Serraria, serão benefi-ciadas com a construção da Pierre Chalita. “Com esta via,

resolvemos vários gargalos. Além melhorar a locomo-ção e dar comodidade para milhares de pessoas, vamos resolver problemas de mora-dia, já que a expansão imobi-liária já pode ser sentida em toda região”, completou.

Ao passo em que as aveni-das vão ganhando corpo, a comunidade vai sentindo e se adiantando pegar carona no bonde do desenvolvi-mento. “Antes tínhamos uma escola aqui no bairro. Agora construímos este restaurante e já em breve vamos expandir os negócios”, contou Daline Oliveira.

Propr ietár ia de uma cervejaria na Serraria, a jovem empresária diz que, ao saber da construção da Pierre Chalita e da magnitude dela, a família se adiantou e comprou mais um terreno, onde serão construídos uma casa de festas e uma acade-mia de ginástica. “Com a quantidade de gente que vem morar aqui, são negócios que tendem a prosperar”, prevê.

Ta m b é m d e o l h o n o aumento da clientela, uma pastelaria já estabelecida na Serraria, abriu uma filial próxima de onde em breve nascerá a nova avenida. “O movimento vai melho-rar muito. A esperança é de que com a nova avenida tudo fique melhor, inclu-sive a segurança da região, já que teremos mais pessoas circulando por aqui”, disse a gerente Damiana de Lima.

A21

"Agora construímos um restaurante e em breve vamos expandir os negócios"

DALINE OLIVEIRAProprietária de uma cervejariasobre a expectativa de crescimento com a Avenida Pierre Chalita

O JORNAL l MACEIÓ, 5 DE FEVEREIRO DE 2012 l DOMINGO

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Pierre Chalita: os caminhos que vão levar para uma nova MaceióAvenida Pierre Chalita vai ser

alternativa para desafogar o

trânsito na região da Serraria

Daniele Oliveira fala da

expectativa de

crescimento

Marco Antônio

Eduardo Leite/ Estagiário

C M Y K

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[email protected]ípios

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Unidade de Pronto Atendimento de Delmiro Gouveia permanece fechadahá cinco meses

LÁYRA SANTA [email protected]

Um hospital de urgên-cia e emergência, com atendimento 24 horas,

que garantiria socorro rápido e consequentemente salva-ria mais vidas. Foi com essa proposta que a Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24 horas) foi construída na cidade de Delmiro Gouveia, e em

outros três municípios alagoa-nos – Penedo, Viçosa e Palmeira dos Índios. O problema é que as obras, que custaram R$ 7,4 milhões aos cofres públicos, estão prontas e não foram inau-guradas pelo governo estadual, que espera o envio de mais verbas por parte da União.

Enquanto isso não acon-

tece, os moradores de Delmiro Gouveia continuam abando-nados pela saúde Estadual, que mantém a Unidade Mista e Emergência doutor Antenor Serpa de forma precária, com poucos médicos trabalhando e sem nenhuma estrutura. Na cidade, que fica distante 287 km da capital alagoana, não

faltam histórias de pessoas que perderam parentes por falta de atendimento ou que recorrem à cidade baiana de Paulo Afonso em busca de socorro.

De acordo com informa-ções da Prefeitura de Delmiro Gouveia, a UPA está pronta há mais de cinco meses e até agora não foi entregue ao município.

“O programa da Unidade de Pronto Atendimento pertence ao Governo Federal, mas para que ela aconteça todo o repasse é feito ao Estado. Até agora o prédio não foi entregue e o que sabemos é que existe uma discussão de custo”, contou José Carlos Guarabyra, secretário de Planejamento.

UPA está abandonada no Sertão

Obra pronta espera por iniciativa do Estado para abrir

Pronta há pelo menos

cinco meses, a UPA de Delmiro Gouveia, que fica localizada no bairro Novo, continua fechada. Apenas um caseiro permanece no local, cuidado do jardim. O prédio é grande e bem dividido como determina o projeto do Governo Federal. Dentro, as salas que estão fechadas já foram separadas por placas que mostram a dimensão do atendimento que esse hospi-tal deve comportar.

Se a UPA estivesse funcio-nando seria responsável tanto pelos atendimentos clínicos, como os de urgências e emer-gências. O prédio tem mais de 20 salas, sendo duas para atendimentos de emergência, duas de observação adulto e individual, quatro quartos de internação, banheiros, copa, uma sala de raio-X, uma de inalação, uma para aplica-ção de medicamentos, uma de sutura e curativo, uma de gesso, quatro consultórios e até uma sala para a classifica-ção por risco.

Outro fato que chama a atenção na obra é que, mesmo sem ter previsão para o início do atendimento, a unidade já foi totalmente climatizada com ar condicionado, já teve parte da mobília montada e a instalação de todo o sistema de oxigênio. Ao todo, já foram gastos na construção quase R$ 2 milhões, que estão para-dos esperando a iniciativa do governo estadual para equi-par e contratar pessoal para a unidade.

UPA gerou expectativa em população de vários municípios

Além de atender à popula-ção de Delmiro Gouveia, que chega a quase 57 mil de acordo com dados do município, a UPA, que foi construída como sendo de porte dois, deveria atender ainda os moradores de Água Branca, Piranhas, Olho D’água das Flores, Canapi, Inhapi e Pariconha.

“O Governo Estadual entende Delmiro como sendo um município Pólo. Por isso, nos escolheu instalar a unidade. A princípio entende-mos que seria bom para nossa cidade, só que existe uma discussão sobre quem deve arcar com o custo mensal da UPA, que seria 50% do Governo Federal, 25% do Estadual e os outros 25% de Delmiro. Mas não temos condições e estru-tura de arcar com esse valor, já que iremos atender a popula-ção de outras cidades”, expli-cou José Carlos Guarabyra, secretário de Planejamento, que disse está esperando uma posição do Estado, para definir uma negociação de consór-cio com as outras cidades da região.

A maior preocupação do município é que a instalação da UPA criou uma falsa expec-tativa na população que já sofre com um hospital inope-rante. “As pessoas ficaram esperando que essa UPA fosse inaugurada e melhorasse a situação da saúde no nosso município. Principalmente, por termos um hospital Regio-nal inoperante, que faz apenas o primeiro socorro, mandando os pacientes mais graves para Arapiraca e Santana do Ipanema”, relatou.

De acordo com o secretário de Planejamento, o hospital Regional também é de respon-sabilidade do Estado e tem problemas graves com falta de médico e estrutural. “O hospi-tal não tem equipe multidisci-plinar. É um problema crônico e antigo, de responsabilidade do Estado”, completou.

RESPONSABILIDADEO Sindicato dos Médicos

de Alagoas (Sinmed) também comentou o descaso com a saúde em Delmiro Gouveia. Para o presidente, Wellington Galvão, é preciso mais inves-timentos. “Essas UPAs terão que entrar em funcionamento, já que se trata de verbas do Governo Federal. O Estado não tem opção e terá que dar uma solução para essas obras, o que não pode é o dinheiro público ser gasto e não ser utilizado da forma correta”, contou.

O presidente do Sinmed disse ainda que o projeto é uma alternativa importante para melhorar a saúde. “Se funciona em outros Estados, porque aqui é diferente”, disse.

Apesar de estarem fechadas, algumas salas da UPA já se encontram equipadas Unidade já está pronta há mais de cinco meses, mas até agora não foi entregue à população de Delmiro Gouveia

Se estivesse funcionando, UPA seria responsável por atendimentos clínicos, de urgência e emergência O pedreiro Hermes teve que levar a nora em um hospital de outra cidade

Secretário critica o governo alagoano

Dona Maria fala do descaso da Saúde

Sem UPA, moradores precisam procurar atendimento em outros municípios Sem atendimento de urgên-

cia e emergência, os mora-dores da cidade sertaneja precisam correr para não morrer a míngua. Porém nem sempre o socorro chega a tempo, como aconteceu com o cunhado de um vendedor de motos, que por medo de represálias, preferiu não se identificar. “No último dia 14 de janeiro, meu cunhado começou a passar mal. Teve

dores fortes na barriga e foi até o hospital público em busca de atendimento. Ele foi medicado e disseram que não era nada grave. O problema é que ele começou a piorar e após dez dias ele estava morto. Corre-mos para tentar salvá-lo, mas não teve jeito. Isso é o retrato da nossa saúde precária, onde sofremos com o descaso do poder público”, contou.

Ainda segundo o vendedor, este caso é apenas mais um. “Costumamos chamar o hospi-tal municipal de matadouro. Quem entra precisando de atendimento acaba morrendo. Tínhamos esperança que essa UPA pudesse mudar alguma coisa. Para sermos atendidos temos que ir para Paulo Afonso ou correr para Arapiraca. É absurdo demais”, afirmou.

Apesar de todo o clima de expectativa entre os morado-res da cidade para a inaugura-ção da UPA, a reclamação com o descaso na saúde está por toda parte. “Quando começa-ram a construir esse hospital pensamos que logo estaríamos melhores em relação a aten-dimento. O problema é que o Estado não inaugurou, está lá pronto há meses e a gente

sofrendo sem médico”, disse a dona de casa Maria Eluzia Nascimento, de 57 anos..

A dona de casa falou ainda que tem muito medo de adoe-cer e precisar de atendimento de urgência. “Só rezando e pedindo a Deus que dê saúde para mim e minha família. Hoje quando precisamos de médico é a maior correria, temos que ir para outras cidades. Vive-

mos com medo de precisar de médico”, colocou.

O pedreiro Hermes Pereira, que mora em Inhapi e presta serviços em Delmiro Gouveia também reclamou da saúde. “Em Inhapi a saúde é do mesmo jeito. Minha nora teve que se operar de urgência, saiu de lá na correria, veio a Delmiro e também não foi atendida”, falou o pedreiro.

Fotos: Lays Peixoto / Estagiária

O JORNAL l MACEIÓ, 5 DE FEVEREIRO DE 2012 l DOMINGO

EDITORIA DE MUNICÍ[email protected]

Os beneficiários do Programa Bolsa Famí-lia em Alagoas que

não receberam a transferência de renda este mês, por falta de atualização dos dados do Cadastro Único para Progra-mas Sociais do Governo Fede-ral, têm até 29 de fevereiro para confirmar os dados na prefei-tura. No estado, 29.019 famí-lias estão com os benefícios bloqueados. Em todo o país, 729 mil famílias estão nessa situação.

O prazo para que não houvesse bloqueio do bene-fício terminou no dia 31 de dezembro. Agora, as famílias precisam procurar as prefei-turas de seus municípios para atualizar as informações e voltar a receber os recursos do Bolsa Família.

As famílias que atualiza-rem as informações até 29 de fevereiro terão seus benefí-cios desbloqueados e poderão sacá-los no mês seguinte. Caso contrário, o pagamento será

cancelado.A atualização cadastral

periódica é um dos mecanis-mos de controle do programa de transferência de renda, que atende 13,3 milhões de famí-lias. Mudança de endereço ou de renda, localização da escola dos filhos para acompanha-mento da frequência escolar e composição familiar são infor-mações fundamentais para a boa gestão do programa.

O processo de revisão cadastral ocorre anualmente desde 2009 e é feito pelos municípios e Distrito Fede-ral para todas as famílias que

completam dois anos sem atualização ou confirmação em seus cadastros, conforme prevê o Decreto 6.135 de 2007.

RECURSOS O MDS apoia as ações de

gestão do programa nos muni-cípios com repasse mensal de recursos e também com infor-mações técnicas para que o processo ocorra sem transtor-nos. No início de cada ano, o ministério identifica todas as famílias com cadastros sem atualização nos últimos dois anos. Essa relação é colocada à disposição dos gestores no

Sistema de Gestão Integrada do Programa Bolsa Família.

Os recursos repassados mensalmente aos municípios podem ser empregados na atividade de revisão cadas-tral. As famílias identificadas na listagem recebem avisos em seus extratos bancários de pagamento. Caso não façam a atualização e tenham os benefícios bloqueados, nova mensagem é encaminhada pelo extrato, orientando a família a procurar a gestão municipal.

Para ser atendida pelo programa, a família deve ter renda por pessoa de até R$ 140 por mês. Os valores dos benefícios variam de R$ 32 a R$ 306, de acordo com o perfil de renda e o número de integrantes da família. R$ 1,5 bilhão são transferidos por mês para essa população. Para garantir o benefício, as famílias precisam manter os filhos na escola, a agenda de saúde em dia e atualizar dados de renda, número de integrantes, ende-reço e escola dos filhos, pelo menos a cada dois anos.

Em alguns povoa-dos, abastecimento demora 15 dias; adutora não suporta mais a demanda

IZABELLE TARGINO [email protected]

Quinze dias. Este é o tempo que famílias de algumas comunida-

des da zona rural de Arapiraca passam sem abastecimento de água. O problema da falta de água não atinge somente a os moradores da zona rural, mas também da zona urbana, onde o abasteci-mento funciona na forma de rodízio.

Na Baixa do Capim e Mangabeiras, os morado-res sofrem do problema da falta de água. O agricultor Gerson da Silva, conta que de uns tempos para cá, a situ-ação piorou muito. Apenas as casas que possuem cister-

nas ou caixa maiores é que conseguem armazenar água suficiente até o próximo abas-

tecimento.“A gente sofre muito com

essa deficiência. A caixa da

minha casa é pequena e em pouco tempo falta novamente. Então a gente aproveita para

encher baldes, bacias e tudo o que tiver pra ter água por mais tempo”, disse Gerson.

Na Vila Aparecida, situada na mesma região, os mora-dores também sofrem com o problema há anos. A dona de Casa, Maria Aparecida dos Santos, disse à reportagem de O Jornal que a situação é muito complicada. Sem água para os afazeres domésti-cos, ela e outras mulheres da comunidade, pegam água de um açude que fica próximo do povoado.

“Quem não tem cisterna, tem que ir se virando do jeito que pode. A gente precisa fazer comida, tomar banho, lavar roupa, mas a água só chega de quinze em quinze dias. Como a gente não pode esperar, a gente leva as roupas para lavar no açude e quando precisa, trazemos água de lá para casa”, disse a dona de casa.

Na zona urbana de Arapi-raca, o problema não é tão grande, mas ainda existe. O abastecimento funciona na forma de rodízio: dois, às vezes, três dias com água e quatro sem.

Famílias precisam realizar o cadastro até 29 de fevereiro

A24 O JORNAL l MACEIÓ, 5 DE FEVEREIRO DE 2012 l DOMINGO

[email protected]ípios

Por conta da falta de água, famílias

precisam pegar água em um

açude próximo

Moradores de comunidades rurais sofrem com falta d'água

Além de Arapiraca, adutora abastece mais nove municípios da região A Companhia de Sane-

amento de Alagoas – Casal – reconhece o problema e confirma que em alguns povoados chegam a passar mais que 15 dias. Em outros, o abastecimento nem está sendo feito. O supervisor de Operações da Unidade de Arapiraca, Marco Antônio, explicou que o problema da falta da dificuldade do abaste-cimento em Arapiraca e região

é que a demanda aumentou muito e a adutora responsável para abastecer a região já não está dando conta.

Antes de chegar a Arapi-raca, a água que vem da adutora de São Braz, abastece ainda nove cidades: São Brás, Olho D’água Grande, Campo Grande, Girau do Ponciano, Feira Grande, Lagoa da Canoa, Coité do Nóia, Craíbas e Igaci.

“Nós estamos fazendo o

que podemos para abastecer todas as cidades, inclusive a zona rural. Mas Arapiraca cresceu muito e a água está ficando insuficiente. Alem de Arapiraca, temos que abaste-cer outros nove municípios. A demanda é muito grande”, disse Marco Antônio.

NOVA ADUTORAPara supervisor de Opera-

ções da Unidade de Arapi-

raca, Marco Antônio, os problemas com falta de água no município podem acabar com a construção da nova adutora, que vai abastecer os municípios de Arapiraca, Campo Grande, Girau do Ponciano, Lagoa da Canoa, Igaci, Craíbas, Coité do Nóia, Feira Grande, São Brás e Olho d’Água Grande, além de possibilitar o atendimento à Mineração Vale Verde.

O projeto tem 57 mil metros de adutora, uma nova estação de tratamento de água e prevê a recuperação das adutoras existentes, as quais hoje apresentam sérios problemas operacionais. Três empresas concorreram.

A vencedora da licita-ção ficará responsável pela operação, manutenção e controle operacional do novo sistema adutor e dos demais

sistemas existentes. A Casal continuará como responsá-vel e gestora dos serviços de saneamento nas 10 cidades que compõem a concepção da Parceria Público Privada, não havendo aumento de tarifas ou despesas para os municípios.

De acordo com Marco Antônio, o início das obras está previsto para março deste ano.

Mineração Vale Verde depende de adutoraDe acordo com crono-

grama divulgado em junho do ano passado, as obras do parque industrial da mine-radora deveriam ser inicia-das até o final de 2012, com duração de 18 a 24 meses.

Estudos prévios confir-maram a presença de duas jazidas: uma na cidade de Craíbas, batizada de “Serrote da Laje”, onde já foram iden-tificados 150 milhões de toneladas de minérios, e outra no município de Igaci, que está sendo chamada de

“Caboclo” e teve, até agora, cerca de 15 milhões de tone-ladas de minérios prospec-tados.

Porém, para que o projeto seja desenvolvido é neces-sário melhoria no forneci-mento de energia e água.

A nova adutora ainda não tem uma data para início das obras, apesar de cronograma colocar para março. Quanto o início das obras do parque industrial da adutora, previs-tas ainda para este ano, ainda gera dúvidas.

BOLSA FAMÍLIA

Prazo acaba no final do mês

ARAPIRACA

A25O JORNAL l MACEIÓ, 5 DE FEVEREIRO DE 2012 l DOMINGO

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Novo equipamentoproduz 300 a 1.000picolés por hora eaté 200 litros de sorvete

Os pequenos produ-tores de sorvete e picolés de Alagoas

já contam com forte aliado no mercado de alimentos: as máquinas produtoras de sorvete e picolés da marca New Equipamentos.

A novidade é caracteri-zada pela produção de equi-pamentos de qualidade no seguimento de fabricação de gelados, com alta produtivi-dade e baixo custo. O novo equipamento produz de 300 a mil picolés/hora e 60 a 200 litros/hora.

O lançamento do novo equipamento aconteceu no Espaço W Gourmet (restau-rante Picuí) que contou com a presença de 45 empresá-rios, além dos representantes do Banco do Brasil, Banco do Nordeste (CredAmigo), Duas Rodas Nordeste (Produtos para fabricação de sorvetes) e Extingases. O evento foi promovido pelas empresas Distribuidora de Produtos para Sorveterias (Disbal),

Casa Baroma e New Equipa-mentos.

Segundo o empresário Julio Cesar, da Disbal o lança-mento foi um sucesso. “No evento, reunimos produtores de todo o Estado e também de Pernambuco.

Outro fator importante foi a participação dos agen-tes financeiros para apre-sentar linhas de crédito para os interessados em comprar a máquina, que representa qual idade e rapidez na produção de gelados”, disse o empresário.

FINANCIAMENTOO custo de uma produtora

de sorvete gira em torno de R$ 13 mil.

“Para adquirir a New Equipamentos há linhas de financiamento próprio com entrada e o restante parce-lado ou, se preferir, pode utilizar as linhas de crédito da rede bancária”, explicou.

A Systherm, empresa que gerou a New Equipamentos, tem tradição em fabricar máquinas de grande porte para a indústria de gelados.

O novo equipamento a t e n d e a d e m a n d a d o s pequenos produtores com a mesma qualidade e rapidez de uma sorveteria industrial.

NOVIDADE

Máquina de sorvete e picolé

Idealizador prometeu equipamento em 2007 Durante os anos 90, o

empreendedor Natalício da Silva desenvolveu em Maceió máquinas produtoras de picolés e sorvete. Todas as máquinas produzidas foram vendidas para os sorveteiros locais.

Co m a s a t u ra ç ã o d o mercado de pequenas máqui-nas, o empreendedor migrou para o estado de São Paulo, mas precisamente foi para

a cidade de São Carlos e deu continuidade às suas ativi-dades, passando a produzir máquinas de grande porte. A Systherm, que já existia em Maceió, também passou a ser reconhecida em todo o Brasil.

Em 2007, durante o XII Encontro de Sorveteiros do Estado de Alagoas, Natalício da Silva fez a promessa de produzir máquinas de menor porte para serem ofertadas no

mercado alagoano. Após cinco anos, estas

máquinas ficaram prontas e foram apresentadas durante a Feira Internacional de Emba-lagens, Processos e Logística para as Indústrias de Alimen-tos e Bebidas (Fispal Nordeste 2011) na cidade do Recife.

“ V i s a n d o a t e n d e r a necessidade do empresá-rio alagoano e ajudando no cumprimento da promessa

feita, a Disbal resolveu promover o evento na cidade de Maceió. Assim o público presente pode conferir de perto tudo que os novos equipamentos poderão fazer pelos seus negócios”, recorda o empresário.

E s t e s e q u i p a m e n t o s encontram-se a disposição na Disbal, localizada à rua Conselheiro João Alfredo, 63, Levada, Maceió.

Facilidade: a nova máquina agiliza a produção de sorvetes e picolés Durante o lançamento, o empresário Júlio César destacou os financiamentos

Empresários do setor comemoramos bons resultadosda temporada de verão

NIDE [email protected]

“Para o Carnaval, se o hotel tivesse mais 100 aparta-

mentos estariam lotados de turistas”. A afirmação reve-ladora é de Adriana Vascon-celos do Maceió Mar Hotel com relação aos resultados já obtidos, por antecipação, durante a atual temporada de verão, que se encerra após a festa de momo. E olha que o hotel recentemente cons-

truiu mais 63 unidades, gerando 32 novos empregos. “No ano passado, o empre-endimento atingiu a média anual de 83,7%. Foi a maior taxa do setor no Estado, por isso resolvemos ampliar o número de leitos para aten-der a demanda crescente”, diz.

A ocupação hoteleira, segundo a Associação Brasi-leira da Indústria de Hotéis (ABIH), até a última sexta--feira, estava em 93,85%.

O percentual foi obtido, a partir de uma enquete feita pela entidade. Vinte e seis meios de hospedagem, das categorias de 5,4 e 3 estre-las, além dos econômicos, responderam ao questioná-rio.

Mas, alguns hotéis já estão

100% de ocupação, como é o caso do Maceió Hotel. Seus 206 apartamentos desde dezembro já tinham todas as reversas confirmadas.

“Os novos apartamen-tos são amplos para atender

o perfil da família, até com quatro pessoas. Estamos contentes com o resultado”, disse Adriana Vasconcelos.

Q u e m t a m b é m e s t á contente são os novos cola-boradores do Mar Hotel,

aexemplo do estudante de jornalismo Felipe Moreno, de 18 anos. Com carteira assi-nada, ele trabalha no setor de reserva.

PRIMEIRO“Comecei no hotel como

menor aprendiz e passei pelos vários setores para ter uma visão geral. Em novembro do ano passado, tive oportunidade de ser contratado. É meu primeiro emprego e adoro trabalhar com o público”, diz Moreno.

Vizinho ao Maceió Mar, os 203 apartamentos do hotel Ponta Verde também estão todos reservados para o Carnaval. Para o empre-sário Mauro Vasconcelos, o destino Maceió já está conso-lidado nas festas de momo

como lugar para descansar.“Nesse período, rece-

bemos turistas de todos os cantos do País, apesar do mercado regional no Carna-val ser forte. Porém, muitos nordestinos fogem da folia de Recife e Salvador para se refu-giar nas nossas praias”, revela Mauro Vasconcelos.

No Radisson Maceió, com foco no mercado coorpora-tivo, a expectativa também traduz confiança de que o Carnaval será 100%.

“No ano passado, nossa taxa para as festas de momo foi de 100%. Para este ano, vamos repetir a mesma taxa e o nosso principal mercado é o Nordeste, particularmente do turista que se desloca pela região de carro”, disse o gerente geral, Fabio Kazuo.

A26 O JORNAL l MACEIÓ, 5 DE FEVEREIRO DE 2012 l DOMINGO

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Fotos: Nide Lins

CARNAVAL

Adriana Vasconcelos aumentou o

número de leitos no Maceió Mar Hotel

para atender ao crescimento do turismo

Mauro Vasconcelos, do Hotel Ponta

Verde: "Maceió está consolidado

como destino para quem deseja

descansar no carnaval

Felipe Moreno, de

Menor Aprendiz a

auxiliar de reservas do

Maceió Mar Hotel

Ocupação hoteleira acima de 93%

Em 2011, o Grupo Sali-nas registrou um recorde na ocupação de seus resorts. Foram mais de 250 mil visitan-tes, um número 9,4% superior ao do ano anterior. O Salinas de Maragogi All Inclusive Resort, por exemplo, obteve ocupa-ção média de 71,87% em 2011, contra 68,99% de 2010.

Em dezembro do ano passado, a ocupação do Sali-nas de Maragogi já estava 100% para o Carnaval e o Sali-nas de Maceió está com 85%, mas a previsão é fechar em 100%.

Para o gerente comercial do grupo Salinas, Gildo Galdino, o aumento da oferta de voos para o destino Alagoas, aliado a mais promoções e extensão dos prazos de parcelamento na compra dos pacotes turísti-cos, favoreceram a procura por Maragogi, segundo destino do Estado.

“O objetivo de solidificar o modelo all inclusive entre os brasileiros foi alcançado. Para 2012, o foco dos investimentos será direcionado à melhoria da satisfação dos clientes. É o momento para impulsionar a

imagem positiva do produto Salinas e reforçar ações comer-ciais com nossos parceiros”, avalia.

Para a presidente da Asso-ciação do Trade Turístico de Maragogi e Japaratinga (Ahmaja), Verginia Stodolni, Ma ra g o g i e s t á t a m b é m vivendo um bom momento. “Da pousada ao resort, o município viveu a melhor temporada e acreditamos que no Carnaval também vamos atingir 100% e, nesse caso, os pernambucanos são nossos principais clientes. São pessoas que fogem do frevo para descansar no paraíso alagoano”, disse.

No Village Barra Hotel, localizada na Barra de São Miguel, desde o começo de janeiro, todos os 64 aparta-mentos foram vendidos prin-cipalmente para o mercado regional, Bahia e Sergipe.

Segundo o gerente do hotel, Eliseu Barbosa, desde dezembro o fluxo de turis-tas aumentou. Para receber mais visitantes, o Village Barra contratou mais 20% de mão de obra e estes empregos tempo-

rários vão continuar até o Carnaval.

“O ano de 2011 foi muito bom na Barra de São Miguel. Antes, a cidade era apenas uma ponte para os turistas chegarem à praia do Gunga (cidade de Roteiro). Mas, nos últimos três anos somos uma cidade destino. Os visitantes conhecem o Gunga e se hospe-dam aqui mesmo, gerando mais emprego e renda. Uma prova desse crescimento é a Vila Niquin e a empresa Gato do Mato, especializada em turismo de aventura, que tem seus principais clientes da hotelaria da Barra”, disse Eliseu.

Ainda segundo ela, para o município se consolidar como o destino é muito impor-tante participar dos eventos de turismo que promovam a cidade.

“Hoje, trabalhamos com 14 operadoras das principais regiões Sul, Sudeste e Centro Oeste". De 20 a 31 de dezem-bro, a taxa média de ocupação do Village foi de 92%. Neste mesmo período de 2010 foi de 84%. N.L.

Empreendimentos registram recorde em 2011

Praias alagoanas são o

maior lazer dos turistas

que fogem da folia

carnavalesca

A27O JORNAL l MACEIÓ, 5 DE FEVEREIRO DE 2012 l DOMINGO

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Divulgação

Com uma taxa média de ocupação anual de 71,7%, a cidade de Maceió apresen-tou variação positiva na taxa de 0,6% em 2011, comparado a 2010. Este é um dos indica-dores do turismo 2011 apre-sentados pela Gerência de Estudos e Pesquisas da Supe-rintendência de Investimen-tos da Secretaria de Estado do Turismo.

O mês de janeiro de 2011 apresentou a melhor taxa de ocupação hoteleira do período, chegando aos 91%. Nesse levantamento, a Supe-rintendência de Investimen-tos ressalta que no ano de 2011, três novos hotéis foram inaugurados na cidade, sendo disponibilizados novos 379 apartamentos e 1.198 leitos. Nos últimos dez anos, houve um crescimento de 25,8%.

Os indicadores do turismo também apontam que todos

os meses de 2011 apresen-taram aumento no fluxo de hóspedes, comparado aos meses de 2010. Maceió recebeu aproximadamente 600 mil hóspedes em 2011, variando positivamente 11,4% em relação ao período anterior.

O mês de janeiro apresen-tou o maior fluxo do período, chegando aos 68 mil hóspedes. Nos últimos dez anos, houve um crescimento de 56,3%.

A permanência média do turista não sofreu grandes variações nos últimos dez anos, permanecendo em 3,7 dias desde o ano de 2008.

Outro crescimento é da movimentação do Porto de Maceió, na temporada 2006/2007 foram 23 mil passageiros e 2011/2012 serão 112 mil passageiros. O cres-cimento em seis anos foi de 386%. N.L.

Em Maceió, a taxa média de ocupação anual de 2011 foi de 71,7%

No ano passado, três novos hotéis foram

inaugurados na cidade, sendo disponibilizados

novos 379 apartamentos e 1.198 leitos

A28 O JORNAL l MACEIÓ, 5 DE FEVEREIRO DE 2012 l DOMINGO

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Serviços à disposiçãodos consumidoresdevem ser utilizados com cautela, dizem especialistas

Os produtos de crédito estão à nossa dispo-sição. Empréstimo

pessoal, empréstimo consig-nado, cartão de crédito: é só escolher e usar. Embora os especialistas em educação financeira preguem que é sempre melhor evitar utilizar esses recursos, será mesmo que não podemos usá-los ao nosso favor?

O educador financeiro Reinaldo Domingos explica que o mal do crédito é que ele permite que os consumidores gastem acima da sua reali-dade financeira. Se, porém, as pessoas foram capazes de não extrapolar, não há nada de errado em usar, por exemplo, um cartão de crédito.

Ao parcelar no cartão em 5 ou 10 vezes, você consegue adquirir um bem sem ter todo o montante à vista. Certo. Mas quais os cuidados que se deve ter? Domingos sugere aos consumidores estabelecer um limite do cartão abaixo de 50% da sua renda mensal.

ESTABELEÇA LIMITESNa prática, se você ganha

R$ 5 mil por mês, o limite do seu cartão deve ser, no máximo, de R$ 2.500. Essa é uma forma de se impor uma disciplina. Para o especialista, é recomendado não utilizar o cartão da forma que os bancos permitem que sejam utiliza-dos. Ou seja, evitar deixar que

o limite do cartão seja maior que sua renda mensal.

Além disso, se o consu-midor tem apenas uma fonte de renda, ele deve ter em sua carteira apenas um cartão de crédito. É interessante também que o vencimento da fatura aconteça aproximada-mente cinco dias úteis após o dia em que recebe seu salá-rio. No caso dos profissionais que possuem várias fontes de renda, a orientação é que se tenha até três cartões, com vencimentos “um no dia 10, um no dia 20 e um no dia 30”, diz Domingos.

Falando em vencimento

e pagamentos, lembre-se de que a fatura do cartão de crédito é processada cerca de sete dias antes da data do vencimento. Logo, se a data de pagamento da fatura for dia 10, as compras que você fizer a partir do dia 4, aproximada-mente, só vão entrar na fatura do próximo mês. Assim, você ganha mais tempo para pagar.

Cartão de crédito é uma boa ferramenta, e, se usado com cuidado, ou seja, não permitindo que as faturas ultrapassem 50% da renda, você reduz as chances de entrar em dívidas. Lembre-se de que os juros do cartão são

muito altos, “na faixa de 13% por mês”, diz Domingos. Em caso de dívida, em 5 meses, você pode ter a sua dobrada.

Vale ainda aproveitar os benefícios que a empresa de cartão de crédito oferece, como os planos de fidelidade que refletem em passagens aéreas de graça, por exemplo. A anuidade do cartão também pode ser negociada e, em muitos casos, suprimida. Por fim, se por um lado os cartões de lojas oferecem descontos nas compras, por outro lado, se você não for capaz de pagar a fatura, terá de arcar com taxas de juros elevadíssimas.

Crédito pessoal, consignado e financeirasAlém do cartão de crédito,

que basicamente oferece dinheiro pré-aprovado em troca de altas taxas de juros, os consumidores podem recor-rer aos empréstimos pessoais, aos consignados e às finan-ceiras. Domingos explica que o mais comum é buscar por esse tipo de recurso quando se está financeiramente dese-quilibrado.

O mais recomendado é sempre guardar mensalmente um valor para conseguir

comprar o bem desejado, sem precisar buscar pelo crédito. Domingos aconselha que se recorra a essas modalidades de crédito apenas para even-tualidades, sobretudo as de saúde. Vale pontuar que os consumidores devem poupar mensalmente já se prenindo para tais eventualidades, mas, como nem sempre isso é possível, essa é a única situa-ção para a qual vale recorrer a essas modalidades de crédito.

E n t re o e m p r é s t i m o

pessoal e o consignado, ainda vale uma ressalva. O consig-nado possui juros mais baixos, porém, lembre-se de que ele incide diretamente no seu salário e simplesmente não há como não pagar. “Por um lado, os juros são menores, mas não há como negociar, como não pagar, você não vai ter alter-nativa; vai diretamente na sua fonte de renda”, diz Domin-gos.

Mu i t o s c o n s u m i d o -res também recorrem aos

empréstimos para fazer a portabilidade de suas dívi-das. Ou seja, pegam emprés-timos a juros menores para quitar as dívidas no cartão de crédito, que cobram juros muito maiores. A estratégia de fato pode ser interessante, porém, se você não fizer um diagnóstico financeiro, para identificar por que as dívi-das estão ocorrendo, você só estará trocando de credor, sem resolver o problema de forma sustentável.

COMO E QUANDO UTILIZAR

Cartão, empréstimo ou parcelamento?

Confira cinco dicas que podem ajudar

O bom cenário econô-mico brasileiro é posi-tivo para quem busca

uma oportunidade de traba-lho. As empresas reclamam que faltam profissionais, por isso, quem está bem prepa-rado tem grandes chances de um encontrar um bom emprego.

“Sabemos que o mercado está carente de profissionais e as taxas de desemprego nunca estiveram tão baixas. Isso é muito bom e indica uma economia estável e promis-sora. Tudo indica que não vai mudar neste ano”, afirma o presidente da Curriculum, Marcelo Abrileri.

Pensando nisso, o espe-cialista apontou cinco dicas que podem ajudar quem está desempregado ou quem busca uma nova oportuni-dade. Confira abaixo:

EDUCAÇÃOquem cursa o Ensino

Superior tem mais chances de ser chamado para entre-vistas de emprego. No caso da pós-graduação, ela é um dife-rencial, se o candidato está estudando com o objetivo de acrescentar valor à carreira e não apenas por precaução.

EXPERIÊNCIAa soma do conhecimento

técnico e a experiência técnica aumenta ainda mais as chances de arrumar um emprego. Em muitos cargos, as empresas desejam funcio-nários que já tenham traba-

lhado em sua área, desde que o trabalho tenha ajudado no desenvolvimento da maturi-dade profissional do candi-dato.

INTERCÂMBIOo profissional viajado, em

geral, tende a ganhar expe-riências importantes, não apenas porque aprendeu ou se aprimorou em outro idioma, o que ajuda muito na rotina de trabalho, mas porque teve de suportar pres-sões e lidou com situações que, frequentemente, surgem no dia a dia de uma empresa.

REDES SOCIAISmesmo que o candidato

não vá gerenciar a marca da empresa nestas mídias, uma pessoa conectada e atenta às tendências e oportunidades que a era digital pode gerar ganha a atenção de quem contrata. A dica é manter o perfil atualizado nessas redes, o que também ajudará a culti-var um bom networking.

VALORESnão adianta uma pessoa

possuir todas as qualidades descritas acima, mas não manter seus valores, que se refletem em seu cotidiano e, consequentemente, em sua conduta na empresa. Valores como elegância e honesti-dade ainda fazem diferença e destacam um profissional onde quer que ele esteja, trazendo apenas benefícios para sua carreira.

EMPREGO

RUAS FECHADAS

Cobrança de taxa poderá ser proibida

As associações de mora-dores serão proibidas de cobrarem taxas dos

moradores de vilas ou ruas públicas de acesso fechado, com a aprovação do projeto de lei 2725/11, do deputado Romero Rodrigues (PSDB--PB), que tramita na Câmara.

S e g u n d o a A g ê n c i a Câmara, o autor ressaltou que é comum a prática de fecha-mento de espaços público nas cidades, como se fossem condomínios, passando-se a exigir contribuição financeira dos moradores para pagar serviços de limpeza e segu-rança.

O deputado informou que

essa cobrança é irregular, por ser feita sobre espaços que são públicos e que deveriam ser mantidos pela prefeitura ou pelo governo estadual.

“É óbvia a inconstitu-cionalidade de compelir o cidadão a contribuir com qualquer tipo de associação, visto que as mesmas não podem se caracterizar como condomínio”, afirmou Rodri-gues.

TRAMITAÇÃOO projeto tramita em cará-

ter conclusivo e será exami-nada pelas comissões de Desenvolvimento e de Consti-tuição Justiça e de Cidadania.

A29O JORNAL l MACEIÓ, 5 DE FEVEREIRO DE 2012 l DOMINGO

[email protected]

Alta

O indicador elaborado pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisa Econômica) e pela Zap Imóveis, que trata de unidades residenciais anunciadas em seis capitais brasileiras e no Distrito Federal, revelou que o preço de venda de apartamentos usados aumentou, em média, 1,1% em janeiro, ante o mesmo percentual do mês anterior. Em janeiro, conforme o levantamento, os preços subiram mais no Recife, com alta de 3,4%. Na sequência, vieram Rio de Janeiro e São Paulo, com aumentos de 1,3% e 1,2% respectivamente. Salva-dor apresentou alta de 1% e Belo Horizonte e Fortaleza mostraram variação positiva de 0,5% e 0,4%, nesta ordem. No Distrito Federal, por sua vez, os preços não variaram.

Proteção

Considerando a proximidade do carnaval, o Sinduscon-AL e a Ademi-AL, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde e o Sesi, farão a distribuição gratuita de preservativos para prevenir as doenças sexualmente transmissíveis e AIDS. As empresas associadas ao Sinduscon e Ademi tiveram até o último dia 3 para aderir ao projeto. A entrega será realizada na próxima terça-feira, dia 7, das 8h às 12h, na sede da Ademi (Av. Comendador Gustavo Paiva, 2789 Loja 41 – Edf. Norcon Empresarial- Mangabeiras). Mais informações (82) 3231-9499.

QualificaçãoO mercado tem muito que comemorar, já que visando a melhoria na produtivi-dade e qualidade dos serviços, mais uma parceria foi firmada entre o Sindus-con-AL, Ademi-AL e o SENAI, com o oferecimento de cursos gratuitos de qualificação de mão de obra para a construção civil. As aulas serão realizadas no próprio canteiro de obra, sem que os profissionais precisem se deslocar do ambiente de trabalho.

Da Redaçã[email protected]

Imóveis.Com

Encontro

A CBIC promoverá nos dias 27, 28 e 29 de junho, no Expominas, em Belo Horizonte, a 84ª edição do Encontro Nacional da Indústria da Construção

(Enic). O encontro, que será realizado pelo Sinduscon-MG e pelo Sicepot--MG, debaterá soluções para as mais importantes questões nacionais: obras de infraestrutura, saneamento, industriais e moradia. Serão tratados temas estratégicos afetos ao setor como: inovação, sustentabilidade, qualificação, relações do trabalho, etc. Por meio do site www.enicmg.com.br, os interessa-dos poderão sugerir à comissão organizadora temas, assuntos e palestrantes para o evento.

A30 O JORNAL l MACEIÓ, 5 DE FEVEREIRO DE 2012 l DOMINGO

[email protected]ário

Vale do Silício pode ver os preços de seus imóveis subir devido à procura dos novos milionários

O Facebook apresentou na última quarta-feira seu pedido para entrar

na Bolsa americana, e o Vale do Silício espera receber os "milionários instantâneos", fruto dessa aguardada oferta de ações, que poderão gastar sua nova riqueza e investir no

setor imobiliário da região.Oito anos depois de Mark

Zuckerberg fundar a empresa em um quarto da universi-dade de Harvard, espera-se que a estreia na bolsa valorize a gigante das redes sociais em cerca de US$ 100 bilhões.

Enquanto Zuckerberg e outros executivos da empresa se beneficiam da companhia há anos, a entrada na bolsa poderá enriquecer, agora, grande parte de seus empre-gados de cargos baixos e médios.

Os corretores locais afir-mam esperar que a operação será a maior deste tipo para uma empresa tecnológica e impulsione os preços já altos das habitações no Vale do Silício, quando os novos milionários da gigante das redes sociais começarem a comprar. "Terá um grande efeito", disse Pierre Buljan, um agente imobiliário do Vale do Silício especializado em jovens executivos do ramo da tecnologia. "Acredito que os mil novos milionários precisa-

rão de um lugar onde morar", acrescentou.

Buljan disse que seu cliente típico busca, com frequência, "estr uturas modernas de alta tecnolo-gia", próximas ao aeroporto e em bairros cujas escolas tenham boa reputação. "Não lhes agrada as regiões onde seus pais costumavam viver", disse. Normalmente os clien-tes pagam em dinheiro as casas que podem custar entre 370 a 1.400 dólares por metro quadrado.

Facebook anima setor imobiliário na América

Perfil de casa procurada pelos

funcionários da empresa

americana: moderna e em

contato com a natureza

Divulgação

Executivos dizem que não é hora de torrar dinheiroA agente imobiliária Dawn

Thomas disse que já está observando o aumento dos preços das habitações nas áreas urbanizadas próximas à sede do Facebook em Menlo Park, uma tendência que a vendedora espera que conti-nue. "Vamos ter um monte de milionários instantâneos na rua", disse.

Thomas descreveu seus compradores como "muito, muito preocupados com o meio ambiente", e disse, além disso, que buscam casas pequenas, bem equipadas tecnologicamente, com arti-gos de última geração e que façam uso eficiente da ener-gia. "Não querem as clássi-cas mansões enormes que consumem muita energia", acrescentou. Contudo, tanto Thomas como Buljan lembra-ram que levará um tempo para observar o efeito real do movimento do Facebook.

No entanto, os próprios executivos da rede social poderiam estar tomando medidas para evitar um aumento desenfreado dos preços que poderia levar a outra bolha imobiliária.

Buljan afirmou que ouviu dizer que a empresa pediu a seus futuros emprega-dos milionários que espe-rem algum tempo antes de comprar uma nova habita-ção, para evitar que acabem

competindo entre si. "São muito jovens, entre 20 e 30 anos, e a verdade é que estão recebendo bons conselhos por parte dos executivos da empresa", disse Buljan. "Não querem que (a entrada na bolsa) resulte em um monte de loucos fazendo compras", acrescentou.

É um bom aviso, concor-dou San Hamadeh, presi-d e n t e d a e m p r e s a d e pesquisas financeiras PrivCo. Ele explicou que os emprega-

dos normalmente começam a vender suas participações 180 dias depois que a empresa entra na bolsa. Mas, disse, também que recomenda aos empregados a resistir à tenta-ção de contrair dívidas contra suas participações imedia-tamente depois desses seis meses. Com ofertas anterio-res, "muita gente foi prejudi-cada por se comprometer a pagar grandes parcelas por suas habitações" que depois não puderam pagar quando

os preços das ações baixaram, acrescentou.

Por outro lado, segundo Hamadeh, as ações deveriam ser vendidas lentamente, sem esperar que os preços aumentem indefinidamente. "Quando eles começarem a vender, todos os demais podem começar a vender", disse Hamadeh. "Entre a entrada na Bolsa e os seis meses subsequentes, pode surpreender como as ações despencam às vezes", alertou.

AcumuladoNos últimos 12 meses terminados em janeiro, o Recife acumula alta de 34,2%, Rio de Janeiro, de 32,9%, São Paulo, de 26,4%, Belo Horizonte, de 20,6%, Fortaleza, de 19,3% e Distrito Federal, de 13,1%. Salvador registrou a alta menos intensa no período, de 7,5%.

Escritório, nada convencional, do Facebook: mercado aguarda ansioso pela compra de imóveis por seus funcionários

DoisB1O JORNAL l MACEIÓ, 5 DE FEVEREIRO DE 2012 l DOMINGO

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Entre rezas e atabaques, 100 anos de silêncio...

Thiago Sampaio

No ano do centenário do episódio marcado na memória de Alagoas como Quebra de Xangô – no qual, em 1º de fevereiro de 1912, terreiros foram destruídos, pais e mães de santo espancados e mortos por policiais da Liga de Republicanos Combatentes –, a partir de um breve resgate, o Caderno Dois foi conhecer um dos mais sagrados tesouros do que restou das casas de axé: a Coleção Perseverança. E, nos relatos de antropólogos e estudiosos do tema, conferir como as religiões de matriz africana vêm escrevendo o segundo século de sua história.

Leia nas páginas B2 e B3

B2 O JORNAL l MACEIÓ, 5 DE FEVEREIRO DE 2012 l DOMINGO

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Reconhecido em poucas lacunas da história, episódio virou lendaGABRIELA LAPA [email protected]

“Era véspera de carnaval, e

o bairro da Levada estava em festa (...). Enquanto os diversos clubes afinavam seus instru-mentos, acertando os últimos acordes, o som dos ritmos africanos tirados dos ataba-ques tomava conta das ruas, confundindo a preparação do carnaval com a celebração de Oxum, feita nos terreiros (...). Naquele dia, quando ecoou o grito de guerra, ´Quebra!´, os cabras da Liga, que a essa altura não deviam obediên-cia a nenhuma autoridade, nem terrestre, nem mágica, caíram com toda sua fúria sobre os pais e mães de santo (...).Nenhum deles pôde rogar a proteção dos orixás”.

O trecho, extraído da tese de doutorado do antropó-logo Ulisses Rafael, é um dos poucos estudos publicados que relatam o que aconteceu nos terreiros de Maceió, em 1º de fevereiro de 1912. A forte conotação política e o impacto que teve sobre a comunidade negra fizeram do Quebra de Xangô uma lenda; uma parte da história contada entre lacunas difíceis de preencher, mesmo cem anos depois. O resultado disso é que o povo reprimido, naquela véspera de Carnaval, ficou isolado durante todo esse tempo, e hoje, mesmo com algumas conquistas, ainda encontra dificuldades para mostrar, de fato, quem é.

“Apesar de sabermos que houve o ataque aos terrei-

ros, boa parte desse episó-dio ficou obscurecido, quase folclórico. Depois do Quebra, muitos pais e mães de santo foram obrigados a fugir para outros Estados, e a tentar recomeçar fora de Alagoas. Sem eles para repassar as

tradições e com a comu-nidade negra intimidada e praticamente escondida, a sua história ficou mal sabida. A expressão da cultura afro ficou refém de 1912 durante décadas”, avalia o profes-sor Bruno César Cavalcanti,

da Universidade Federal de Alagoas (Ufal).

Para ele, essa falta de informação é uma dívida que o Estado ainda não conse-guiu pagar, mesmo passa-dos tantos anos. “Em outros lugares do Brasil, os negros conseguiram acrescentar elementos da própria cultura à tradição popular, como o samba e a capoeira. Pernam-buco, Bahia, Rio de Janeiro; em todos esses lugares, os pais e mães de santo são autorida-des, menos em Alagoas. Aqui não houve samba nem capo-eira para mediar a aceitação dos negros na sociedade. O maracatu, que era tão popular antes de 1912, só agora voltou a aparecer e, mesmo assim, timidamente”, conta o profes-sor.

Diante dessa situação, ele alerta para o risco de ver a cultura afro mal reconstruída, apoiada no folclore e na imagi-nação popular. “A imprensa e os próprios intelectuais fica-ram ignorantes depois do Quebra de Xangô. Naquela época, o que aconteceu foi registrado nos jornais de maneira muito parcial, já por conta da conotação política do episódio. Depois disso, pouco se trabalhou para resgatar a veracidade dos fatos. O resul-tado é que o próprio Quebra ficou mal entendido, envolto em enredos inventados. Para reverter isso, só um traba-lho grande no sentido de dar visibilidade à cultura negra, preenchendo as lacunas que ficaram abertas depois de 1912”, destaca.

Coleção guarda artefatos sagrados das casas de santo de 1912Um desses espaços come-

çou a ser esclarecido, curio-samente, graças às mesmas pessoas que cometeram os ataques aos terreiros. Batiza-dos de Liga dos Republicanos Combatentes, eram policiais desertores que aproveitaram o preconceito contra as reli-giões de matriz africana para descontar a insatisfação com o governo de Euclides Malta, suposto frequentador assíduo dos terreiros.

Como conta a tese do carioca Ulisses Rafael, na

quinta-feira, 1º de fevereiro, a Liga percorreu o bairro da Levada espancando os pais de santo e destruindo as casas de axé, queimando objetos sagrados e artefatos usados nos rituais religiosos. Para mostrar a superioridade sobre aquele povo massacrado, os agressores guardaram mais de 50 objetos diferentes, que exibiram pelas ruas da Levada nas noites que se seguiram ao Quebra. Esses artefatos são, hoje, a Coleção Perseverança, exposta no Instituto Histó-

rico e Geográfico de Alagoas (IHGAL). Aquilo que os repu-blicanos quiseram guardar para zombar do povo negro é tudo o que sobrou de concreto do massacre, e que, estudado por antropólogos e sociólo-gos de vários lugares do Brasil, ajuda a remontar o quebra--cabeça de 1912.

As peças estão no Insti-tuto há 62 anos, desde 1950, quando as letras miúdas do regimento da antiga Sociedade do Comércio possibilitaram a sua transferência para lá. “A

sociedade estava se acabando, as peças ficavam guardadas em uma sala mal cuidada, abandonada, e, graças a essa cláusula, o Instituto Histórico pôde recuperá-las, dando o devido tratamento”, conta o atual presidente do IHGAL, Jaime de Altavila.

Há 18 anos à frente da casa, ele lembra o alvoroço que tomou conta do IHGAL na época em que a coleção foi doada. “Muita gente estava de olho nesses artefatos, que são considerados valiosíssimos.

Essa pode ser, provavelmente, a coleção mais completa de artefatos da religião afro encontrada na América Latina”, observa.

Quando a notícia do fechamento da Sociedade do Comércio se espalhou, curadores, antropólogos e até empresários estrangeiros disputaram a posse dos obje-tos. “Um americano chegou aqui com um cheque em branco, disposto a pagar tudo o que nós quiséssemos pelas peças. Na época, o dr. Orlando

Araújo, que era presidente, ficou louco: foi correndo chamar o dr. Théo Brandão para tomar uma providência e evitar que a coleção fosse levada embora. Foi aí que encontramos uma cláusula no regimento interno da Socie-dade do Comércio que repas-sava para o Instituto todo o seu acervo em caso de falência. Pegamos as peças da sala em que estavam, limpamos uma a uma, e trouxemos para cá”, conta Jaime de Altavilla. G.L.

Continua na página B3

A expressão da religiosidade afro ficou refém do Quebra por décadas

Thiago Sampaio

B3O JORNAL l MACEIÓ, 5 DE FEVEREIRO DE 2012 l DOMINGO

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Peças ainda não fazem parte do roteiro turístico e cultural do EstadoA coleção é formada por

insígnias, esculturas, instru-mentos musicais e indu-mentárias usados nas casas de santo durante os rituais religiosos. A maneira como elas chegaram à Sociedade do Comércio continua sendo parte do quebra-cabeça que ninguém conseguiu montar na história dos negros de Alagoas. Mas, segundo Jaime de Altavilla, alguns detalhes nas próprias peças indicam informações valiosas sobre essa comunidade.

“Durante os levantamen-

tos que fizemos da coleção, descobrimos, por exemplo, que algumas estatuetas possu-íam uma base de madeira trabalhada por debaixo das vestimentas, o que indica que esses ornamentos foram colo-cados depois da confecção das peças. Pelos detalhes valo-rizados e pelo estudo já feito, há um indício muito forte de que elas sejam genuinamente africanas, trazidas pelos negros escravos nos porões dos navios”, revela.

“Se isso for realmente verdade, então os pais e mães

de santo massacrados em fevereiro de 1912 pertenciam a uma comunidade “pura”, legitimamente africana. A religião que eles tentavam praticar, naquela época, era a reprodução mais fiel dos ritos africanos; algo muito mais genuíno do que aquilo que se tem hoje nos terreiros, pois o próprio Quebra de Xangô levou a religião afro a se mistu-rar com outras crenças”, conti-nua o presidente do IHGAL.

Quando fala desse episó-dio da história alagoana, Jaime de Altavilla fica agitado,

empolgado, principalmente diante da possibilidade de abrigar no Instituto algo tão relevante. Mas, quando o assunto é a valorização desse material, o brilho dos olhos dá lugar à preocupação.

“Esse material é impor-tantíssimo, mas ainda passa despercebido no nosso Estado. Apesar de estar aberto à visitação guiada, todos os dias, no Instituto, ele não faz parte do roteiro, por exemplo, das agências de turismo. Os poucos turistas que vêm aqui, por acaso, ficam encantados e

surpresos por não terem sido trazidos antes. Eles se queixam que as agências só mostram praias, e é a mais pura verdade. Eu já deixei catálogos e infor-mações sobre a exposição em vários lugares, mas os guias de turismo parecem só conhecer o litoral”, lamenta.

Além disso, Jaime conta que os estudos feitos nas universidades locais, sobre o tema, ainda são insuficientes. Fora do Estado, a procura tem sido boa, e não só no âmbito acadêmico. “A Universidade Federal de Pernambuco

(UFPE) manda alunos de mestrado, a cada seis meses, para desenvolver pesquisas sobre a coleção Perseverança. No aniversário de 500 anos do descobrimento do Brasil, o curador do Anhembi veio me oferecer R$ 3 mil para levar tudo. O que são R$ 3 mil diante de tanta importância histó-rica? Eu neguei, mas tenho que reconhecer que o inte-resse nela existe fora daqui, e é muito grande. É uma pena que, no nosso Estado, ainda se dê tão pouco valor a algo tão importante”, completa. G.L

Novo século de conquistas do povo de santo Mesmo que tímidas, as

conquistas obtidas pelos negros fizeram do cente-nário do Quebra uma data de comemoração. Ainda é preciso esclarecer muita coisa a respeito da própria cultura, mas a comunidade já pode começar o segundo século de história com boas expectati-vas.

Na semana passada, atra-vés do projeto Xangô Rezado Alto, da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal), o governo do Estado assinou um pedido de perdão oficial pelo aconte-cido em 1912, reconhecendo que, mesmo mal explicado, o massacre precisa ser repa-rado. “Foi um acontecimento inédito, que reflete décadas de luta do movimento negro pela

autoafirmação na sociedade”, avalia o babalorixá Célio Rodrigues, o Pai Célio, da Casa de Iemanjá.

Quando se refere ao Quebra de Xangô, ele lembra dos religiosos mortos pela ação violenta da polícia e diz que, hoje, o diálogo que tem sido travado com a adminis-tração pública é outra maneira importante de reparar o que aconteceu. “O governo tem se mostrado aberto as nossas discussões e mais de uma vez sentou com a comunidade para conversar sobre políti-cas públicas de inclusão. Isso é fundamental para recupe-rar o que perdemos depois do Quebra, pois é o que vai nos permitir desfrutar plena-mente da nossa cultura, da

nossa religião e dos direitos como cidadãos”, diz Pai Célio.

Para ele, ainda é preciso evoluir na questão do precon-ceito e da inclusão social. “Nós sentimos falta de inves-timentos maiores em políticas públicas de inclusão em todas as esferas: saúde, educação, esporte, inclusão digital. Tudo o que foi negado aos negros nesses últimos cem anos, por causa da repressão religiosa”, avalia. “Também é preciso fazer um trabalho grande de educação, pois as pessoas ainda nos veem de maneira pejorativa. Embora não exista mais tão forte na política, como em 1912, o preconceito está nas pessoas, na maneira como tratam as religiões africanas, nos chamando

de “macumbeiros” quando nos encontram vestidos de branco. Elas não conhecem a nossa crença, não a compre-endem”, lamenta o babalorixá.

Mas, avaliando tudo o que aconteceu nos últimos cem anos, quem olha para a comu-nidade vê o futuro com boas expectativas. “Nós consegui-mos desenvolver grupos de estudo, publicações oficiais sobre os negros, e continuamos em busca de informações que ajudem a esclarecer a história deles. Acho que, mesmo com todo o hiato existente nesses cem anos, desde o Quebra de Xangô, nós estamos em um bom caminho, e podemos escrever uma história diferente no futuro”, avalia o professor Bruno Cavalcanti. G.L. "O Quebra reflete décadas de luta por autoafirmação", diz Pai Célio

Na coleção do instituto, acessórios pertencentes aos pais e mães de santo eram utilizados em rituais religiosos legitimamente africanos

Thiago Sampaio

Acervo IHGAL / Reprodução Thiago Sampaio

Acervo IHGAL / Reprodução Thiago Sampaio Acervo IHGAL / Reprodução Thiago Sampaio

B4 O JORNAL l MACEIÓ, 5 DE FEVEREIRO DE 2012 l DOMINGO

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Roteiro

HOJEEnsaio aberto do bloco afro Tia Marcelina. A concen-tração será às 16h, na sede do Coletivo AfroCaeté (Rua Barão de Jaraguá, 381 – Jaraguá). O bloco em homena-gem a ialorixá assassinada no Quebra de 1912 seguirá pelas ruas de Jaraguá até a Praça 13 de Maio, com retorno à Praça Arthur Ramos. O ensaio contará ainda com os batuques do grupo Afro Mandela e do Coletivo AfroCa-eté. Mais informações: (82) 8854-9382/8801-4265 ou coletivoafrocaete.blogspot.com.

Oficina do Pintinho, com Alvinho San & Criançada. As atividades acontecem na orla da Ponta Verde, em frente à Barra Pedra Virada, a partir das 10h. Mais informações: (82) 9645-1118.

A quinta edição da Sururuzada Vip 2012 do Oca (Rua da Igreja 158 - A – Ipioca) acontece a partir das 12h. O evento – que tem buffet, orquestra de frevo, trio nordes-tino, decoração, fogos e maquiagem – este ano faz uma grande homenagem ao representante maior da música popular nordestina, Luiz Gonzaga, o rei do baião . Ingressos: R$ 50 (camisa). Mais informações: (82) 3234-1196.

O padre Fábio de Melo volta aos palcos para uma série de shows de lançamento do novo CD e DVD, “No Meu Interior Tem Deus”. Em Maceió, a apresentação está marcada para as 19h, no Ginásio do Sesi, bairro Trapiche da Barra. Ingressos: Livraria Paulinas, Maceió Shopping e Livraria Paráclitos. Mais informações: (82) 8832-4662.

OutroCanalPor Keila Jimenez

O mocinho está confuso: qual será seu final feliz?

A história de amor sempre se repete: mocinho e mocinha lutam, durante vários capítulos, para enfim ficarem juntos e felizes até a próxima novela

chegar. Mas e se mocinho estiver confuso? E se houver duas mocinhas capazes de fazê-lo feliz? Rafael Cardoso é o príncipe desencantado da vez. Seu personagem, o gentil Rodrigo, não sabe se fica com um amor da juventude, ou com o amor mais maduro, cheio de cumplicidade. Está entre as mocinhas Ana (Fernanda Vasconcellos) e Manu (Marjorie Estiano) em "A Vida da Gente" (Globo), novelão das 18h, já na reta final."Mais do que nunca as pessoas querem saber com quem ele vai ficar. Questio-nam até se ele não vai ficar sozinho", conta Rafael.E se engana quem pensa que essa divisão fez o personagem ser odiado pelo público. Rodrigo é querido. "Ele sempre foi sincero, fiel com os sentimentos. Foram as circunstâncias que o colocaram em situações difíceis", defende o ator. E afinal: para que final feliz o protagonista torce? "Tanto com Ana como com Manu será uma história especial". Ele não é louco de escolher por Rodrigo.

Mandrake em criseNão há caso que ele não solucione. Não há mulher que não caia na lábia dele. O sedutor Mandrake, de Marcos Palmeira, está de volta, e com essa carinha aí da foto, já em cena. Em um especial de 90 minutos, dividido em duas partes, a produção homônima ganhará espaço novamente na HBO. As gravações já começaram. Dirigido por José Henrique Fonseca, Mandrake volta à ativa um tanto tristinho, com barba por fazer, em crise com seu amigo e sócio Wexler (Miéle). Com o incentivo de Bebel (Erika Mader) e um rico empresário como novo cliente do escritório, o advogado recupera o pique, a boa pinta, e volta a ser o velho e bom Mandrake de sempre.

8 pontosRegistrou o "Cante Se Puder" (SBT) na quarta-feira, dia 1º. A atração de Patrícia Abravanel vai bem em ibope. Cada ponto equivale a 58 mil domicílios na Grande São Paulo.

6 pontosMarcou o "Bem Estar" (Globo) na quarta-feira, dia 1º. Há um ano no ar, a atração sobre saúde não consegue retomar o patamar de audiência da estreia: oito pontos de média.

Tuitada...

@otaviomesquita Tinha um fotógrafo do New York Times ! Tô preocu-pado ! O último que saiu na imprensa internacional perdeu o emprego ! Aff !Otávio Mesquita fazendo piada com interesse em seu programa, lembrando-se que Rafinha Bastos, ex- Band, já saiu no "The New York Times"

@fbbreal sim, estou de aparelho. Usava o fixo há mais de oito anos. Agora, fora do ar, pude acelerar o tratamento.Fátima Bernardes respondendo a perguntas de fãs no Twitter, que ela passou a usar mais

[email protected] folha.com/outrocanal

A Igreja Católica em Maceió recebe mais dois novos diáconos este mês, com solenidades presididas pelo arcebispo dom Antônio Muniz Fernandes. Divaldo dos Santos será ordenado amanhã, às 19 horas, na Igreja de Santa Terezinha, em Rio Largo (AL), e Rodrigo Rios no mesmo horário, na Catedral Metropolitana de Maceió, também nesta segunda-feira.

Os candidatos ao Diaco-nato já foram admitidos às Ordens Sacras durante Cele-bração Eucarística, também presidida pelo arcebispo, na Paróquia de São Pedro, no último domingo. “Eis-me aqui, eu vim, ó Deus, para fazer tua vontade” foi o tema escolhido por Rodrigo, de 29 anos, para relatar a experiên-cia de entregar sua juventude ao querer divino e à evangeli-zação.

Natural de Salvador (BA), o jovem atuava como membro da Renovação Carismática Católica (RCC) e descobriu sua vocação desde quando

participava das missas diárias nas Igrejas do Centro de Maceió, logo no primeiro ano da faculdade de Jornalismo.

Já o seminarista Divaldo, 32, seguia carreira no futebol quando sentiu o chamado e resolveu entrar para o Semi-

nário. O seu lema de ordena-ção é “Vai, e também tu, faze o mesmo”. Nascido em Maceió, o alagoano se utiliza de minis-tério como demonstração de sua alegria em servir a Deus.

“A honra da ordenação tem sua beleza no serviço e

no amor a Cristo. Ministério é esquecer-se de si, amar a Deus, e ser obediente à Igreja”, relata. Os dois jovens ficarão como diáconos temporaria-mente, em vista da ordenação sacerdotal que será realizada posteriormente.

EBERTH [email protected]

O Papódromo voltou a receber católicos. A presença de fieis

acontece no primeiro dia de cada mês, quando são cele-bradas missas para lembrar à comunidade a importância do lugar e chamar a atenção das autoridades responsáveis para a recuperação do espaço. A iniciativa partiu do arce-bispo de Maceió, Dom Anto-nio Muniz Fernandes, devido à forma como o monumento vinha sendo mostrado em rede nacional. As celebrações vêm acontecendo nos escom-bros que restaram da obra, orçada à época em cerca de vinte milhões de reais.

As celebrações vêm acon-tecendo com o apoio, a cada mês, de uma das paróquias da região onde o santuário está localizado, na orla lagunar.

As paróquias de São José, em Fernão Velho, Nossa Senhora do Bom Parto, Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e Santo Antônio se organizam para levar o Evangelho às famílias residentes no Dique-Estrada e regiões circunvizinhas.

De acordo com o arce-bispo, as missas também têm a finalidade de levar pala-vras de conforto aos pais que têm filhos envolvidos com a criminalidade, realidade comum no local. “Nosso objetivo é chegar até a jovem que vai às ruas se prostituir, aos dependentes químicos, e lhes oferecer uma chance de recomeçar suas vidas”, disse Dom Antônio, infor-mando sobre suas pretensões de manter um lar voltado a pessoas em situação de vulnerabilidade social.

Durante a entrevista, Dom Antonio ressaltou a neces-sidade de apoio para que o

santuário, abandonado há décadas pelo Estado, seja recuperado. “É preciso que o espaço seja cedido à Igreja. Estão ignorando um local sagrado. Se for preciso, nós, como Igreja, assumiremos tudo”, completou.

HISTÓRICOAs celebrações no Papó-

dromo acontecem desde maio do ano passado. O local, que recebeu o Papa João Paulo II em 1991, foi nomeado pela Diocese como Santu-ário da Divina Misericórdia João Paulo II e Irmã Dulce. A mudança no nome ocorreu pelo fato de o antigo Papa ter sido beatificado pelo atual, Bento XVI, no ano passado, na cidade do Vaticano. Já a alusão à irmã Dulce deve-se ao fato de o nome da missionária ter ficado marcado na história da comunidade católica como “mãe dos pobres”.

B5O JORNAL l MACEIÓ, 5 DE FEVEREIRO DE 2012 l DOMINGO

[email protected]ão

Papódromo volta a receber católicos em missas mensais

ORDENAÇÃO MISSÃO

Igreja tem novos diáconos Ações religiosas no bairro da Pitanguinha ROBERTA CÓ[email protected]

O bairro da Pitangui-nha está oferecendo à comunidade carente

um trabalho socioeducativo, graças à atitude de uma mora-dora da região. Luciana Karla Santos Silva Santos, 36, esco-lheu a garagem da sua própria casa para ser um centro de atendimento às pessoas locais. O trabalho oferece não só cultos religiosos, como também acesso à psicó-loga, distribuição de sopão e doação de roupas.

A intenção de Luciana é evangelizar a população do bairro e de regiões próxi-mas. “Acredito que a palavra de Deus pode ajudar o ser humano em vários senti-dos. Um dia um garoto de 10 anos estava com depressão e chegou desesperado a minha casa. O levei até a nossa psicó-loga, mostrei a palavra do Senhor e ele participou do culto para crianças. Agora,

ele está bem. Eu quero mudar a cara do bairro”, declara a missionária”.

Para a realização das ações de assistência e do trabalho religioso, o centro conta com a parceria entre a Junta de Missões Nacionais, da qual Luciana é membro, e a Primeira Igreja Batista de Maceió. Laço que a missio-nária considera fundamental para o sucesso e a continui-dade das atividades.

Os ensinamentos sobre a Bíblia acontecem vários dias da semana, assim como visita às famílias da Pitanguinha em dificuldade.

Luciana conta que, além do centro de atendimento, possui outros projetos a serem viabilizados. Um deles é o de uma quadra de futebol fixa para que o time Águia Fute-bol Clube possa treinar com frequência, já que atualmente os jovens precisam utilizar as instalações do Centro Educa-cional de Pesquisas Aplicadas (Cepa).

Celebrações têm o objetivo de chamar a atenção das autoridades responsáveis para a recuperação do santuário

Divaldo dos Santos e Rodrigo Rios serão recebidos pela Igreja em solenidades presididas pelo arcebispo

Mônica Bergamo [email protected]

B6 O JORNAL l MACEIÓ, 5 DE FEVEREIRO DE 2012 l DOMINGO

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Carlinhos Brown concorre ao Oscar e quer 'ser Brasil' com seus 'erros e tambor desafinado'

No dia 26 de fevereiro, em Los Angeles, se Carlinhos Brown, 49, ganhar o Oscar de melhor canção original, ele já sabe o que vai dizer.

O baiano, nascido Antônio Carlos Freitas, falará às crianças caso a música "Real in Rio", que fez com Sérgio Mendes para o longa "Rio", leve o troféu.

"Vou pedir que elas não desistam dos sonhos. E que isso seja feito na base da disciplina e do respeito aos pais. Porque o conhecimento não está nos ídolos. Ídolo não cuida de ninguém, cuida de suas carreiras e de seus desejos. Escutem seus pais!", diz à repórter Lígia Mesquita.

As chances de fazer esse discurso são grandes. A canção dele e de Mendes enfrenta apenas uma concorrente, a do filme "Os Muppets".

Com a barriga sarada exibida com um colete preto curto, jeans verme-lho e sandálias de couro, Brown ensaia com a Timbalada em seu estúdio Candyall Guetho Square, no bairro do Candeal, em Salvador, na última segunda-feira. O grupo, criado por ele no fim dos anos 80, vai gravar um DVD.

Sua figurinista há 12 anos, Val Kaveski, diz que "precisa conver-sar sobre a roupa do Oscar". "A única coisa que ele me pede é para ficar elegante. Deverá ser um smoking." Ela entrega que o músico é vaidoso e cuida bem do corpo. "Nesse tempo que trabalhamos juntos ele mantém as mesmas medidas."

"Meu interesse sempre foi mais social que ser reconhecido.

Reconhecimento é chegar em casa e ganhar um beijo da minha filha", diz ele.

Madalena Freitas, mãe de Brown, comanda um restaurante no Guetho Square. "Agora, sou a mãe do Oscar!", conta, de avental e touca.

Ela lembra que desde pequeno ele demonstrava talento para a música. "Ele tocava em baldes, latas." E que se preocupou muito quando Brown, o mais velho dos nove filhos da ex-lavadeira e de um pintor, optou pela carreira artística. "Tinha medo por ele ser pobre e negro."

Brown aprendeu a ler com 12 anos e estudou só até a terceira série. Começou a trabalhar aos sete anos "carregando água" para ajudar a mãe. Aos 16 anos, "vi que dava pra música" e largou o trabalho. "Limpava cocô no BNDES, era faxineiro. Um dia me irritei, não me pagaram hora extra e fui embora. Comecei a tocar num bar e não parei."

O cantor afirma não ligar para as

manifestações de racismo. "Deixo isso com o outro. Nessas horas apelamos para a elegância." Ele acredita que a discriminação racial diminuirá no Brasil. "O rico tá ficando pobre. Uma coisa são os preconceituosos que ainda são ricos e não aprenderam a viver com pouco, então acreditam muito na inferioridade. Por isso machucam quem tem menos ou quem tem uma aparência que sugere inferio-ridade."

Ele deixa o Guetho para mostrar a sede da ONG Pracatum, na mesma rua. Para e cumprimenta todas as pessoas. "Ô, Marcelo, você cresceu! Virou taxista? Tô velho", diz para um jovem.

"Nunca foi do meu interesse explorar essa imagem do ativista social. Não me agrada transformar ajudas humanitárias em 'We Are the World', em hits populares. Tô mais atrás da ação."

E é o desejo de "atuar no coletivo" que faz com que ele não mude para o exterior. "Esse caminho

seria individual." E afirma: "Quero ser Brasil. Não quero ser Rolling Stones. Quero ser Carlinhos Brown com meus erros, com meu tambor desafinado".

Confiante no bom momento do país, afirma que "claro!", votou em Dilma Rousseff. "Sempre sonhei com uma mulher na Presidência. Fui criado pelo matriarcado. E mulher mandando é ma-ra-vi-lho--so!"

Na noite anterior, o cantor fez o show Sarau du Brown, no Museu du Ritmo. Recebeu os convidados Flávio Renegado, Zeca Baleiro, Tuca Fernandes e Thais Gulin, namorada de Chico Buarque, seu ex-sogro. "Ele me ensinou a fazer um acorde de violão de sétima", diz. E avisa: "Não falo de vida pessoal".

Brown foi casado com Helena Buarque, filha do compositor com Marieta Severo. Tiveram quatro filhos: Francisco, 15, Clara, 12, Cecília, 4, e Leila, 2. Ele também é pai de Miguel, 14, e Nina, 21, de outros relacionamentos.

Mano Brown

Francisco, filho de Carlinhos Brown

Carlinhos Brown no Candeal

Os garotos estão no camarim. Se preparam para subir ao palco com o pai. Miguel toca bateria e tem uma banda, a Memorise. Fran-cisco diz que fez aulas de guitarra. "Piano aprendi sozinho, de ouvido, na casa da minha avó [Marieta]." Os dois pensam em ser músicos profissionais. "É o que eu sei fazer melhor", diz o mais velho.

No palco, o músico agradece várias vezes a seus patrocinado-res. E sua cara enfeita boneco inflável com o logo de um banco e a latinha de uma marca de biscoito. "Não dá pra fazer música sem patrocinadores. São eles que estão me fazendo ir pra avenida no Carnaval. Porque [meu trio] não tem abadá, não tem corda", diz. Também faz uso da Lei Rouanet. "Não pode se cobrar de uma cultura que ela não tenha apoio."

Logo após o Carnaval começa a finalizar mais um disco, "Mixtura-ção". E tem planos de fazer algo

com os Tribalistas, seu projeto com Marisa Monte e Arnaldo Antunes, que completa dez anos em 2012. Um segundo disco, "só se a inspi-ração mandar".

"Seria salutar a gente se organizar e apresentar algo. Tem tanta coisas linda que a gente fez nesse tempo no disco um do outro. E se a gente registrasse pra uma festa? Acho que o público merece."

Os três se encontram frequente-mente "onde o destino quiser". Marisa e Arnaldo, afirma, são seus melhores amigos. "São pessoas a quem a gente conta tudo. Somos psicólogos um do outro."

Dona Madalena, que temia pelo começo de carreira do filho, hoje tem "muito orgulho" das letras que o primogênito fez. Como "Magamalabares", famosa na voz de Marisa. "É lindo quem escreve 'Quem tem Deus como império, no mundo não está sozinho', né?"

Fotos: Márcio Lima/Folhapress

Miguel, filho de Carlinhos Brown

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Esportes O JornalO JORNAL l MACEIÓ, 5 DE FEVEREIRO DE 2012 l DOMINGO

CRB e CSArecebem verba

do Campeonatodo Nordeste

Desempregada, alagoana Marta

deixa o futeboldos EUA

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Ritual de passagemPara ainda lutar por uma vaga no G-4, CSA precisa derrubar hoje o Corinthians-AL no Estádio Rei Pelé

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2 O JORNAL l MACEIÓ, 5 DE FEVEREIRO DE 2012 l DOMINGOwww.j2012.com.br l [email protected]

Esportes O Jornal

Sem emprego na Liga dos Estados Unidos, alagoana Marta muda os rumos da carreira

VICTOR [email protected]

A alagoana Marta está procurando emprego nesta temporada. Na

semana passada, a Liga Norte--Americana confirmou que o campeonato não vai ser reali-zado neste ano por falta de participantes e desempregou atletas de renome. Com apenas cinco times na Liga, os diri-gentes resolveram fazer uma parada estratégica.

A atacante, de 25 anos, tem cinco propostas para retornar

à Suécia, onde desenvolveu sua carreira na Europa, e deve acei-tar uma delas. O Umea IK, time que projetou a alagoana, disputa a contratação com Kopparberg/Göteborg, LdB Malmö, Tyresö e Linköping. Também demons-traram interesse na contratação da atleta um clube da Alemanha e outro da Rússia.

Eleita a melhor jogadora do mundo por cinco vezes, Marta perdeu a coroa de 2011 para a japonesa Homare Sawa e busca voltar ao topo numa temporada especial. A alago-ana tem a obsessão de conquis-tar a medalha de ouro olímpica e vai ter a oportunidade de defender a seleção brasileira a partir de julho, em Londres. Se conquistar a inédita medalha de ouro, Marta vai cumprir a principal missão de sua vito-

riosa carreira.

TÍTULOSMarta defendeu três clubes

distintos nos EUA nos últimos três anos e conquistou dois títulos, com o Gold Pride (2010) e o Western New York Flash (2011), seu último time. Em 2009, ainda foi vice-campeã da Liga com o Los Angeles Sol.

Na cerimônia de entrega dos prêmios dos melhores da Fifa, em janeiro, Marta também lamentou muito o fim da equipe feminina do Santos, sua casa quando voltava ao Brasil nos intervalos do Campeonato Norte-Americano.

Na última semana, o craque Neymar disse estar buscando patrocínios para tentar revitali-zar o projeto do time feminino do Peixe.

De malas prontas

BateProntoVica era a primeira opção do CSA

O técnico Celso Teixeira já estava com a saída do CSA programada há algumas semanas. Apurei com pessoas influentes de dentro do clube que a diretoria

estava insatisfeita com o treinador, que enfrentou graves problemas particulares no início deste ano e tinha dificuldades para motivar o elenco. Os resultados não vieram e a primeira opção do clube era o acerto com o técnico Vica, protagonista da ascensão do ASA à Série B. Segundo o dirigente, o treinador chegou a apre-sentar um projeto ao clube, que só não viabilizou o negócio por falta de recursos. “Ou o CSA mantinha o elenco ou contratava o Vica. Escolhemos a primeira opção”, disse o dirigente do Azulão, que pediu para não se identificar.Círio Quadros apareceu como segunda opção porque esteve perto de fechar com o CSA no ano passado. O treinador chegou a acertar as bases salariais, mas, por causa da proposta que recebeu do Paraná Clube, decidiu mudar o seu rumo. Círio assumiu o cargo na última segunda-feira, comandou o time no empate com o ASA, por 0 x 0, e tem hoje o desafio de desbancar o líder Corinthians-AL no Estádio Rei Pelé. No Mutange, a partida desta tarde é encarada como decisiva para a classificação do clube às semifinais do Primeiro Turno.

Victor Mé[email protected]

Curto-Circuito

Um dos embates entre o técnico Celso Teixeira e a diretoria do CSA aconteceu no período da contratação do goleiro Flávio e do meia Adriano Gabiru.

O treinador não queria que os jogadores voltassem ao Mutange por causa da idade, no caso do goleiro, e do histórico de lesões do meia.

Por atacadoNa Pajuçara, apurei que a direção pensa em fazer profundas mudanças no elenco para o Brasileiro da Série B. Uma base deve ser mantida, mas quem não render no Alagoano não vai comer o filé na Segundona. O período de avalaição do elenco começou há muito tempo no clube.

SubindoO técnico Lourival Silva, que modificou o time do Penedense e já conquistou duas vitórias no Campeonato Alagoano. Hoje, o Alvirrubro duela com o CEO, às 15h, em Olho d´Água.

DescendoO CEO, penúltimo colocado do Estadual com apenas três pontos. O time foi massacrado na última rodada, por 9 x 1, pelo Corinthians-AL e tenta recuperar suas forças na tarde de hoje.

ASANa última quinta-feira, a diretoria do ASA anunciou a saída do zagueiro Leandro Dias, contratado para reforçar a defesa do clube nesta temporada. O jogador foi poucas vezes testado no time titular e deixa o Alvinegro em busca de espaço no futebol.

Alagoana Marta disputou três

temporadas nos Estados Unidos

3O JORNAL l MACEIÓ, 5 DE FEVEREIRO DE 2012 l Domingo www.j2012.com.br l [email protected]

Esportes O Jornal

Perigo realNa Itália, médicodiz que Ronaldo correu o risco de morte em em 1998

O até hoje controverso caso do ataque sofrido por Ronaldo antes da

final da Copa de 1998 ganhou uma nova versão. Segundo o médico italiano Bruno Caru, cardiologista da Inter de Milão, em entrevista ao canal Mediaset, o atacante brasi-leiro teve um problema cardí-aco e correu risco de morrer.

“O eletrocardiograma feito no hospital mostra que Ronaldo, no momento da crise, teve uma freqüência cardíaca de 18 batimentos por minuto. Isso significa que no momento do ataque havia pouca atividade mecânica ou elétrica do coração”, afirmou Bruno Caru. Poucas horas depois do caso, Ronaldo jogou a final da Copa, vencida

pela França por 3 x 0.Caru falou ao programa

“La Tribù del Calcio”, da rede de televisão Mediaset, que

será exibido na próxima sexta--feira. Segundo a emissora, o

médico italiano foi a Paris após o caso e investigou os exames realizados pelo brasileiro, que na época era jogador da Inter.

Ronaldo foi levado para a cl ínica e submetido a exames como tomografia computadorizada e eletro-encefalograma, mas nada foi constatado, horas antes da partida contra a França. O jogador havia tido uma convulsão e foi atendido primeiro pelo então médico da CBF (Confederação Brasi-leira de Futebol), Lídio Toledo, que após o mundial de 98 deixou o cargo. O médico morreu em maio de 2011.

Em 1999, ele e o clínico Joaquim da Matta foram julgados por negligência por permitir a escalação de Ronaldo na final da Copa do Mundo.

Os dois foram considera-dos inocentes pelos 32 conse-lheiros do Cremerj (Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro).

Uma das maiores polêmicas da história do futebol envolveu o atacante Ronaldo no dia da decisão da Copa de 1998

Agenda

Alagoano 15h15 CEO x Penedense16h CSA x Corinthians-AL

Alemão 11h30 Freiburg x Werder Bremen13h30 Kaiserslautern x Colônia

Baiano 16h Vitória x Bahia de Feira16h Feirense x Juazeiro16h Serrano x Atlético-BA16h Juazeirense x Camaçari16h Fluminense-BA x Vitória da Conquista16h Itabuna x Bahia

Paulista16h Santos x Palmeiras16h Corinthians x Bragantino16h XV de Piracicaba x Oeste18h30 Ponte Preta x São Paulo18h30 São Caetano x Guarani18h30 Linense x Guaratinguetá

Carioca 16h Vasco x Friburguense16h Resende x Bonsucesso16h Nova Iguaçu x Macaé16h Americano-RJ x Bangu16h Olaria x Madureira16h Boavista-RJ x Volta Redonda18h30 Botafogo x Flamengo

Espanhol 08h Sporting de Gijón x Osasuna14h Sevilla x Villarreal15h45 Zaragoza x Rayo Vallecano17h30 Atlético de Madri x Valencia

Gaúcho 16h Cruzeiro-RS x Lajeadense16h Caxias x Juventude16h Veranópolis x Santa Cruz-RS16h Avenida x Ypiranga-RS16h Novo Hamburgo x São Luiz17h Pelotas x Universidade18h Cerâmica x São José-RS19h30 Grêmio x Internacional

Inglês 10h30 Newcastle x Aston Villa13h00 Chelsea x Manchester United

Italiano 08h30 Genoa x Lazio11h Chievo Verona x Parma11h Fiorentina x Udinese11h Juventus x Siena11h Lecce x Bologna11h Milan x Napoli11h Novara x Cagliari11h Palermo x Catania

Mineiro 9h30 Boa x EC Democrata16h Cruzeiro x Guarani-MG16h Villa Nova-MG x Uberaba18h30 América-T.O. x Atlético-MG

Pernambucano 16h Porto-PE x Petrolina16h Belo Jardim x Salgueiro16h Serra Talhada x Sport16h América-PE x Central16h Ypiranga-PE x Araripina

4 O JORNAL l MACEIÓ, 5 DE FEVEREIRO DE 2012 l DOMINGOwww.j2012.com.br l [email protected]

Esportes O Jornal

Prova de fogoCSA precisa bater o Corinthians-AL para continuar sonhando com a classificaçãoàs semifinais do Turno

LUCIANO [email protected]

Não foi o ideal, mas no CSA o sentimento é de que o empate sem

gols com o ASA, na última quarta-feira, em Arapiraca, foi o começo de uma nova vida para o clube do Mutange no Estadual 2012. A partida do meio de semana também marcou a estreia do técnico Círio Quadros, que assumiu o time no lugar de Celso Teixeira, dispensado pela diretoria. Mas Quadros tem o desafio de tirar o CSA da 7ª posição, com 7 pontos, e ainda buscar um lugar nas semifinais do Primeiro Turno. Hoje à tarde, o CSA enfrenta o Corinthians--AL, 13 pontos, às 16h, no Está-dio Rei Pelé.

De acordo com o presi-dente-executivo do Azulão,

Jorge VI, uma vitória contra o Timão seria o presságio de que o CSA começaria uma reação rumo a uma vaga entre os quatro que vão decidir o

Turno. Segundo o diretor e até os

jogadores, o empate da última quarta-feira deu novo ânimo ao grupo e otimismo para a

seqüência do Estadual. “O empate contra o ASA no meio da semana foi bom porque deu mais tranqüilidade ao elenco e trouxe um clima mais ameno

no Mutange. Além disso, volta-mos a ter o otimismo que haví-amos perdido. Agora, é seguir no foco e buscar uma vitória contra o Corinthians. Sabemos que será uma pedreira porque nosso adversário lidera a competição e está empolgado com a goleada por 9x1 em cima do CEO”, declarou Jorge VI.

Para o jogo desta tarde, o técnico Círio Quadros não vai ter o zagueiro Leandro, suspenso. O atacante Paulinho Marília entrou em acordo com a diretoria do clube e deixu o Mutange na última quinta--feira.

Marco Antônio

Corinthians Alagoano tem o melhor ataque do Estadual Com 21 gols marcados no

Estadual, o Corinthians Alago-ano não terá problemas para o confronto com o CSA na tarde de hoje, às 16h, no Rei Pelé, pela 7ª rodada da competição local. Com 13 pontos, a equipe que aplicou a maior goleada do Estadual, 9x1, em cima do CEO, no meio da semana, terá, ainda, o reforço do volante

Serginho, que não atua há dois jogos, depois de uma contusão no tornozelo. Com o experiente jogador integrado ao grupo, o técnico Ubirajara Veiga deve manter a base do time que tem atuado nos últi-mos jogos.

Por falar em Bira, o trei-nador deu entrevistas após o jogo contra o time de Olho

D’Água das Flores e disse que sua missão, a partir daquele momento, além de treinar a equipe, é claro, seria fazer com que o oba-oba entre os atletas por conta da goleada não os contagie.

“É fácil depois de uma gole-ada como aquela de quarta--feira um elenco se contaminar com o fato e, de certa forma,

perder o rumo ou achar que a equipe é imbatível. Nada disso. Conversei com todos e mostrei que o resultado aconteceu porque fizemos por onde vencer. Mas todo jogo é difícil”, disse Bira.

CSA Fl á v i o ; Fe r n a n d i n h o,

Rafael, Aderaldo e Camilo;

Leís, Marcelo, Maxwuel e Washington; Wilson e Roni. Técnico: Círio Quadros.

CORINTHIANS-AL André Nunes; Leandri-

nho, Anderson, Selmo Lima e Fabiano; Serginho, Felipe Batista e Edílson; Afonso, Jaíl-ton e Jonathan. Técnico: Bira Veiga. L.M.

Técnico Círio Quadros comanda

hoje o CSA pela segunda vez"O empate com o ASA deu mais tranquilidade ao elenco do CSA e deixou o clima mais ameno no Mutange”

JORGE VIPresidente do CSA, sobre a reação do clube no Campeonato Estadual

Alagoano vai classificar os clubes para a competição regionalO Estatuto do Torcedor

é claro quando prevê que o acesso de clubes a competi-ções em território nacional se dá por outras disputas sele-tivas. Até agora, apenas os clubes fundadores da Liga do Nordeste, na década de 1990, participavam do campeo-nato. Agora, com a Copa do Nordeste sendo organizada

pela CBF, a edição de 2013 terá como representantes dos estados apenas os campeões e vice da temporada 2012, acordo firmado no final do ano passado no Rio de Janeiro.

CSA e CRB, que participa-ram da fundação da Liga, não gostaram da mudança. “Infe-lizmente, o CRB acaba sendo prejudicado porque sempre

tivemos nossa vaga na Copa do Nordeste, mas agora temos que brigar no Estadual para poder jogá-la em 2013”, disse, na ocasião, o presidente--executivo do Galo, Marcos Barbosa.

“Se o Estatuto do Torcedor prevê o acesso por intermédio do Estadual, paciência. Não é o melhor para o CSA porque

fundamos a Liga e tínhamos cadeira-cativa na competição. Mas vamos fazer um time forte e buscar nossa vaga”, afirmou também à época Jorge VI, dire-tor do CSA.

Até agora, a CBF não divul-gou calendário oficial do Nordestão, e ainda se discute qual a melhor época para se disputar a competição

regional. Para ser realizada no segundo semestre, há o problema do choque no calen-dário com as disputas dos campeonatos brasileiros das quatro séries, o que poderia esvaziar a Copa do Nordeste. Um caminho que está sendo estudado é fazer o campeo-nato paralelo às disputas dos Campeonatos Estaduais. L.M.

CSA e CRB recebem cotas do Campeonato do Nordeste LUCIANO [email protected]

As diretorias preferiram não tornar público a informa-ção, mas ontem tiveram que reconhecer que CSA e CRB receberam, cada, R$ 100 mil como adiantamento para os 16 clubes fundadores da Copa do Nordeste. O dinheiro foi pago em cheque em dezem-bro do ano passado. A infor-mação foi repassada para a equipe de esportes da Rádio Correio AM 1200 pelo presi-dente da Liga do Nordeste, Ed u a rd o Ro c h a . O n t e m também o presidente execu-tivo do CSA, Jorge VI, confir-mou a O JORNAL, e Marcos Barbosa teria dito o mesmo ao radialista Marcelo Rocha, também da Correio.

VI ainda revelou que nos próximos dias, os clubes rece-berão mais R$ 50 mil, dos quais R$ 10 mil serão desti-nados para pagamento de uma dívida trabalhista da Liga do Nordeste. A reportagem tentou contato com Marcos Barbosa durante toda a tarde desta quarta-feira, mas ele não atendeu às ligações.

A assessoria de comunica-ção alvirrubra foi contatada para intermediar o assunto com Marco Barbosa, ficou de

retornar a ligação, mas logo em seguida desligou o apare-lho celular, impossibilitando novo contato com o clube.

“Isso não é novidade, foi

noticiado no final do ano passado. Os 16 clubes funda-dores da Liga do Nordeste receberam R$ 100 mil como adiantamento já da compe-

tição de 2013. Nos próximos dias, deveremos receber mais R$ 50 mil. Mas teremos que tirar R$ 10 mil para o paga-mento de uma dívida traba-

lhista da Liga. Como o CRB também um dos fundadores da Copa do Nordeste, também recebeu e receberá os valores citados”, explicou Jorge VI.

5O JORNAL l MACEIÓ, 5 DE FEVEREIRO DE 2012 l DOMINGO www.j2012.com.br l [email protected]

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Divulgação / CSA

Dirigentes de CRB e CSA receberam R$ 100 mil de adiantamento pelo Nordestão da próxima temporada; recursos vão ajudar os clubes no Estadual

6 O JORNAL l MACEIÓ, 5 DE FEVEREIRO DE 2012 l Domingowww.j2012.com.br l [email protected]

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Mostrem serviçoPressionado,Botafogo precisajogar bem noclássico de hojecontra o Flamengo

RIO - Bastaram dois empates contra Nova Iguaçu e Madureira

para a paciência da torcida do Botafogo se esgotar. Insa-tisfeitos com a atuação do time no 2 x 2 em Conselheiro Galvão, torcedores come-çaram a cobrar já no está-dio uma vitória convincente sobre o Flamengo, hoje, às 18h30 (de Alagoas), no Enge-nhão. Até gritos de “se não jogar domingo, a porrada vai comer” podiam ser ouvidos no estádio.

O técnico Oswaldo de Oliveira reconheceu que a atuação do Botafogo não foi boa, mas pediu paciência. Ele também não quer ver um

time abalado e sim de cabeça erguida para o clássico.

“Nós jogamos uma partida

que não foi boa, mas que também não foi péssima. Não foi uma partida que nos enver-

gonhasse. Então temos que levantar a cabeça e procurar melhorar”, afirmou.

Apesar das boas atuações de Herrera e Caio, o treinador não pretende ainda mudar o esquema com três meias e um atacante na frente ou mesmo o time titular. Mas pode mudar de ideia antes de a partida começar.

FLAMENGOProblemas – Nenhum (a

não ser os problemas políti-cos – Time provável (4-4-2) – Felipe, Leonardo Moura, Wellinton, David Braz e Júnior César; Williams, Luís Antônio, Renato e Bottinelli; Deivid e Ronaldinho Gaúcho. Técnico: A n t ô n i o L o p e s J ú n i o r.

BOTAFOGOProblemas – Nenhum

– Time provável (4-2-3-1) – Jéferson, Lucas, Antônio Carlos, Fábio Ferreira e Márcio Azevedo; Marcelo Mattos e Renato; Elkeson, Andrezi-nho e Maicosuel; Loco Abreu. Técnico: Oswaldo de Oliveira.

Com salários atrasados, Vasco não se concentra outra vezAinda com os salários

atrasados, os jogadores do Vasco decidiram não se concentrar para o jogo contra o Friburguense, hoje, às 16h (de Alagoas), no estádio São Januário, pela quarta rodada da Taça Guanabara - primeiro turno do Estadual do Rio.

No último jogo, contra o Bangu - vitória por 3 a 1-, os atletas também não se concentraram e só se apre-sentaram na manhã do dia da partida.

“Nós jogadores somos

profissionais. Não é concen-tração que ganha jogo. Pela situação, achamos melhor nos apresentar no dia da partida. Essa decisão foi conversada e tem o respaldo da diretoria. No momento é melhor não se concentrar. O Vasco vai estar preparado da mesma maneira. Vamos chegar de manhã como combinado no último jogo”, disse o meio-campista Felipe.

“Sem dúvida a gente fica chateado. Independente de quanto ganha, todos possuem compromissos. Para

os funcionários que já não ganham um alto salário, esse atraso pesa no final do mês. Sabemos que a diretoria está se empenhando. É hora de priorizar o pagamento deles”, acrescentou.

Na s e m a n a p a s s a d a , Felipe já tinha se mostrado incomodado com os salários atrasados e reclamou do vice--presidente de finanças do clube, Nelson Rocha.

Um dia depois, parte do débito ligado aos direitos de imagem dos profissio-

nais do futebol foi quitada. Para solucionar o impasse sobre o restante da dívida, o Vasco esperava receber nesta semana o pagamento do patrocínio da Eletrobras, que necessita de liberação na justiça. O Vasco é o líder do Grupo B da Taça Guanabara, com nove pontos .

VASCOFernando Prass (machu-

cado), Dedé (machucado, d ú v i d a ) , D i e g o S o u z a (machucado, dúvida), Juni-

nho Pernambucano (machu-c a d o, d ú v i d a ) , R ô m u l o (machucado) – Time prová-vel (4-2-3-1) – Alessandro, Fágner, Renato Silva, Rodolfo e Thiago Feltri; Nílton e Felipe Bastos; Bernardo, Diego Souza e Felipe; Alecsandro. Técnico: Cristóvão Borges.

FRIBURGUENSEMarcos, Sérgio Gomes,

Cadão, Evair e Flavinho; Bidu, Lucas, Marcelo e Jorge Luís; Ricardinho e Diego. Técnico: Gérson Andreotti.

Ronaldinho deve voltar ao

time titular do Flamengo

No Palmeiras, Valdívia espera que o clássicocontra o Santos seja mais aberto

O meia chileno Valdívia vem sofrendo muito com a marcação cerra-

das nas primeiras partidas do Campeonato Paulista desta temporada. Mesmo assim, o meia chileno afirma que essas marcações individuais fazem parte do futebol, mesmo com

isso dificultando a suas atua-ções.

“Início de campeonato é isso, complicado. Todos os jogos que o Palmeiras joga, sempre vai ter um cara em cima de mim. É difícil entrar no jogo, sempre com um colado. Paulista é assim, tem de jogar”, declarou o meia após a partida contra o Mogi Mirim.

Hoje, às 16h, em Presidente Prudente, o Palmeiras encara o seu primeiro clássico do ano contra o time do Santos. Para esse jogo, o meia chileno espera jogar com mais liber-

dade para ajudar o Palmeiras a sair de campo com mais uma vitória.

“Quando é Palmeiras contra Corinthians, São Paulo, Santos, é difícil ter marcação individual. O time grande não costuma mandar homem a homem, tem mais liber-dade. Estou muito abaixo do Neymar. É Palmeiras e Santos. Eles vão jogar com força máxima, com feras. Vai ser um jogo bom. Eles procuram jogar mais do que defender, vai ser um jogo aberto”, disse o palmeirense.

7O JORNAL l MACEIÓ, 5 DE FEVEREIRO DE 2012 l DOMINGO www.j2012.com.br l [email protected]

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Ao ataque

Corinthians tem melhor início do Século 21 no PaulistãoSão Paulo - A vitória sobre

o Ituano, na noite de quarta--feira, em Itu, confirmou o melhor início do Corinthians no Século 21. Quatro vitórias nos primeiros quatro confron-tos do Estadual não eram regis-trada desde a temporada 2000. Hoje, o Timão tenta o quinto triunfo contra o Bragantino, às 16h (de Alagoas).

Na ocasião, a inesquecível equipe de Oswaldo de Oliveira bateu Inter de Limeira, Mogi Mirim, Santos e Portuguesa, com destaque para os últimos dois jogos, que tiveram cinco gols alvinegros em cada um.

A sequência ocorreu com ajuda de competições que antecederam a competição. Quando estreou no Paulistão, o Timão já tinha conquistado o Mundial de Clubes da Fifa, disputado o Torneio-Rio São Paulo e, de quebra, realizado duas partidas pela Copa Liber-tadores. Ou seja, ritmo não faltava para Vampeta, Edu, Marcelinho Carioca, Ricardi-

nho; Edílson, Luizão & Cia.A atual sequência, que

igualou àquela de 12 anos atrás, começou diante do Mirassol. Os comandados de Tite não atuaram tão bem, mas conseguiram a virada no último lance, com um gol contra. Depois, a vítima foi o Guaratinguetá, que levou dois gols na primeira etapa e não teve força para sequer buscar o empate. Na sequência, um triunfo diante da Fiel contra o Linense, pelo placar magro e com as polêmicas da come-moração fria de Emerson e o gol mal anulado de Fabão. Na última quarta-feira, em Itu, o gol de Paulinho garantiu os 12 pontos, a liderança e os 100% de aproveitamento.

“A evolução é natural. No primeiro jogo, contra o Miras-sol o time não foi bem mas venceu pela superioridade técnica, pelo acerto nas altera-ções, mas não fiquei contente

e cobrei. Contra o Guaratin-guetá foi para dentro, fez um grande primeiro tempo, criou oportunidades e fez o resul-tado, 2 x 0. O terceiro jogo foi o melhor taticamente, mas empilhou oportunidades que não concluiu, faltou preci-são e a gana para fazer mais gols. Contra o Ituano, fizemos um bom primeiro tempo, no segundo caiu, o adversário cresceu, mas dentro da norma-lidade”, analisou o técnico Tite.

O bom desempenho neste início, para os jogadores, servirá como tranquilidade para que a Copa Libertado-res possa a ser disputada com mais intensidade.

“O Paulista é um dos esta-duais mais difíceis do país. É importante ter quatro vitó-rias no começo, o Tite cobra bastante”, lembrou o lateral--esquerdo Fabio Santos, que completou 50 jogos com a camisa alvinegra.

O meia Valdívia espera que em 2012 não tenha as lesões do ano passado

Meio-campista Paulinho marca e costuma chegar ao ataque para concluir

Clubes brasileirosimportam reforçose perdem poucosatletas na janelade janeiro

Os clubes brasileiros, que geralmente sofrem muitas baixas a cada

mercado europeu de contrata-ções, comemoraram quarta--feira as poucas perdas que tiveram neste ano, após o fecha-mento da janela no Velho Conti-nente.

A maioria das equipes do país manteve este ano seus principais jogadores, apesar das ofertas feitas por alguns clubes europeus por atletas como Neymar, Paulo Henrique Ganso, Lucas e Leandro Damião, desta-ques da seleção.

Um dos clubes que mantive-ram sua base foi o Corinthians, atual campeão brasileiro, que manteve praticamente intacto seu elenco, além de ter contra-tado o goleiro Cássio, vindo do PSV da Holanda.

Um total de 26 jogadores se mudou para o exterior, sendo

que a maioria não estava nos planos dos treinadores dos clubes, enquanto 28 foram repa-triados. Isso foi facilitado pela estabilidade da economia nacio-nal, o que fortaleceu os times, e pela crise financeira europeia, que inibiu as ofertas que ante-riormente eram consideradas

irrecusáveis.A principal baixa foi sofrida

pelo Santos, que perdeu o late-ral-direito Danilo para o Porto. O clube paulista, no entanto, conseguiu manter Neymar e Paulo Henrique Ganso, suas maiores revelações nos últimos anos. Após assegurar a perma-

nência de Neymar com um contrato inédito para o futebol brasileiro, ignorando ofertas milionárias de Real Madrid e Barcelona, o Peixe conseguiu também continuar com Ganso na equipe pelo primeiro semes-tre.

O meia preferiu permanecer

no Santos para disputar a Taça Libertadores diante da promessa de aumento salarial, ao invés de seguir o mesmo caminho que Danilo, já que também recebeu uma proposta do Porto.

“O jogador não tinha inte-resse em sair, e o clube também não queria vendê-lo. Agora que a janela de transferências se fechou, finalmente acabaram os rumores”, disse o presidente do clube paulista, Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro.

O São Paulo emprestou o atacante Henrique, destaque do último Mundial Sub-20, ao Granada e vendeu jogadores sem muito destaque no elenco, como o zagueiro Xandão e o meia Marlos. Para compensar, trouxe o também Jádson da Ucrânia, gastando cerca de U$S 5,5 milhões.

O Fluminense vendeu o lateral direito Mariano para o Bordeaux e emprestou o meia Marquinho para a Roma e o atacante Alejandro Martinuccio para o Villarreal.

Por outro lado, o Flu trouxe da Turquia o meia Wagner para ajudar a somar o seu já estrelado elenco.

Love é uma das atrações do mercado

Depois de uma longa negociação, o Fla colo-cou a mão no bolso e

contratou o atacante Vágner Love, que estava no CSKA Moscou. Os times gaúchos inves-tiram bastante. O Internacional contratou o meia argentino Jesús Dátolo, junto ao Espanyol, além de ter mantido o também argen-

tino D’Alessandro, enquanto o Grêmio trouxe o boliviano Marcelo Moreno, ex-jogador do Shakhtar Donetsk, e que teve boa passagem pelo Cruzeiro.

O Palmeiras se reforçou com o zagueiro paraguaio Adalberto Román, do River Plate, e com o atacante argentino Hernán Barcos, da LDU, e o Vasco da

Gama contratou o atacante equatoriano Carlos Tenorio, da mesma equipe.

Outros destaques foram as transferências de jogadores que já atuavam na Europa, para o mesmo continente, como é o caso do volante Thiago Motta e do ex-vascaíno Philippe Couti-nho.

8 O JORNAL l MACEIÓ, 5 DE FEVEREIRO DE 2012 l DOMINGOwww.j2012.com.br l [email protected]

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Times blindados

Vagner Love é o principal reforço do Flamengo para a Taça Libertadores

O meia Paulo Henrique Ganso chegou a negociar com clubes do exterior, mas decidiu ficar por mais tempo no Santos

RETORNO

Em “As Brasileiras”, Isis Valverde mostra

o azar através de uma visão cômica

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TV O JornalO JORNAL l MACEIÓ, 5 DE FEVEREIRO DE 2012 l DOMINGO

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Rafael Cardoso comemora crescimento

na tevê com o Rodrigo de A Vida da Gente, da Globo

2012.com.br llll jojoooojoojjooojojoooojoojooojjoooj rnrrrnnrnnrrrnnnnrrrnnnrnrnrnnnrrrnnnnrrrnnnrrrnn laaaaalaaalaaaalaalaaalaalaalaaa tvtttvvtttvtvtttvvtvttvvvttttvvvtvtvttvtvtvvttv@o@@@@@ jornal-al.com.

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Alexandre Nero, o Baltazar de Fina Estampa, deixou de lado a agressividade e conquistou a simpatia dos telespectadores

Mudançana

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“Sexo e pilates”.Bárbara Paz, que viveu a

Virgínia de “Morde & Asso-pra”, revelando o segredo do corpo em forma (“gente.ig.com.br”).

“Quando não prejudica o outro”.

Fiorella Mattheis, que fez uma participação em “Fina Estampa”, contando em que situação costuma mentir (Revista “Caras”).

“Graças a Deus, hoje tenho dinheiro para pagar caro”.

Regina Casé sobre ter condições financeiras para gastar com roupas de marca, apesar de também gostar de coisas mais populares (“extra-online.com.br”).

“Meu sonho é conquistar

os Estados Unidos”.O ator português Ricardo

Pereira, o Vicente de “Aquele Beijo”, seu terceiro protago-nista no Brasil, sobre suas pretensões para a carreira (“gente.ig.com.br”).

“Eu me acho um cara bonito”.

V l a d i m i r B r i c h t a , o Armane de “Tapas & Beijos”, sem falsa modéstia, apesar de afirmar não ocupar o posto de galã, já que interpreta papéis mais engraçados ( Jornal “Extra”).

“Não vou dizer que é legal. Não é. Mas tenho de me acos-tumar”.

Tiago Leifert, apresentador do “Globo Esporte”, em São Paulo, sobre os comentários que escuta em relação a estar

na Globo por ser filho do dire-tor Gilberto Leifert (Revista “Quem”).

“Não digo isso cheia de orgulho, mas também não tenho vergonha”.

Juliana Paes, que volta ao ar como a protagonista do “remake” de “Gabriela”, sobre já ter traído em um relacio-namento amoroso (Revista “RG”).

“Odeio axé, sou roqueira, olha o meu visual”.

Natália Rodrigues, que viveu Andressa de “Insensato Coração”, deslocada no Festi-val de Verão de Salvador (“ego.com.br”).

“Às vezes, acho divertido”.M ô n i c a C a r v a l h o , a

Glória de “Fina Estampa”,

sobre ir a “sex shops” (“ego.com.br”).

“Só não injetei”.Alexandre Frota ao revelar

ter usado quase todos os tipos de drogas (Programa “Cone-xão Repórter”, do SBT).

“Não sei se tenho cara de pau’’.

Ellen Roche, que viveu a Valéria de “O Astro”, sobre posar nua pela segunda vez para a “Payboy” (“ego.com.br”).

“Fumar não é inteligente, assim como todos os vícios ligados a alguma droga”.

Herson Capri, o Alberto de “Aquele Beijo”, que já foi fumante e teve um câncer de pulmão por causa do vício (Revista “Trip”).

2 O JORNAL l MACEIÓ, 5 DE FEVEREIRO DE 2012 l DOMINGOwww.j2012.com.br l [email protected]

TV O Jornal

O que vempor aí

Quem via Danielle (Renata Sorrah) totalmente sem jeito quando precisou cuidar do sobrinho, não imaginava que um dia o garoto fosse gostar tanto dela. Nos próximos capítulos de “Fina Estampa”, Celina (Ana Rosa) avisa que quer Pedro Jorge (Vitor Colman) de volta. Mas o garoto reclama de ter de morar na casa da avó. Depois, ele escuta Danielle e Beatriz (Monique Alfradique) conversando sobre Vitória. Cada vez mais desesperado, Pedro Jorge implora para que Danielle o tire da casa de Celina. Mas as coisas vão ficar muito complicadas para a médica depois que ela resolve reve-lar para Esther (Julia Lemmertz) que Beatriz e Guilherme (Isio Ghelman) são os pais biológicos de Vitória. Enquanto isso, Celina exige que Beatriz explique como teve um filho com o namorado, que morreu precocemente. A avó de Pedro Jorge está disposta a acabar com a carreira de Danielle. Já Beatriz conversa com Esther e avisa que ficará com Vitória. Pelo visto, a confusão está mais do que armada. (LUANA BORGES/POPTEVÊ)

# Antenor cai de um preci-pício.

# Pereirinha dispensa Tereza Cris-tina, que fica furiosa.

FINA ESTAMPAFora do eixo

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Alexandre Nero expe-rimenta diferentes abordagens na pele de Baltazar, em “Fina Estampa”

LUANA BORGESPopTevê

Interpretar um persona-gem de novela significa, muitas vezes, estar sujeito

à reação do público. É comum que atores sejam abordados – até com uma certa intimidade – por pessoas que querem criticar ou elogiar as atitu-des de seu papel. Na pele de Baltazar, em “Fina Estampa”, Alexandre Nero está tendo a chance de conhecer diferen-tes opiniões. Principalmente porque, na trama, o motorista de Tereza Cristina, vivida por Christiane Torloni, passou boa parte do tempo batendo na mulher, Celeste, de Dira Paes. Depois de ser denun-ciado pela esposa e ir para a cadeia, deixou a agressividade de lado. E ainda conquistou a simpatia dos telespectadores por causa da “dobradinha” cômica com Crô, de Marcelo

Serrado. A mudança na traje-tória do personagem reflete na maneira com que Alexan-dre tem sido parado nas ruas. “Agora as pessoas gostam mais de mim e fazem mais brinca-deiras e mais leves. Antes, fica-vam me olhando como se eu pudesse ser um homem muito bravo”, compara, aos risos.

P – Na história, desde que Baltazar parou de bater na mulher, mostrou uma faceta mais cômica nas cenas com Crô. Como analisa essa mudança no perfil do perso-nagem?

R – Foi algo que eu e Marcelo plantamos desde o início da novela. O Wolf Maya gostou da brincadeira, o Agui-naldo comprou e começou a escrever cada vez mais para nós dois. O Aguinaldo gosta de uma “farra” dos personagens. Ele gosta de brincar e entreter o público com diversão. Por isso, achou melhor ir por esse caminho do que continuar na agressão doméstica.

P – O que acha dessa espe-culação sobre o Crô e o Balta-zar ficarem juntos no final da novela?

R – Eu acho ótimo pelo fato de ter sido uma brincadeira que eu e Marcelo criamos e que o público gostou muito. Então, fomos nós os primeiros a querer que isso acontecesse. Afinal, é um homofóbico se relacionando com um gay. Uma deliciosa ironia, não é (risos)? Por outro lado, gosto sempre de surpreender o público. Se a maioria acha que Baltazar deve ser o amante do Crô, eu já preferia que não fosse.

P – Como foi o processo para compor seu persona-gem?

R – No início, ainda estava um pouco cru, pois foi difí-cil arrumar argumentos para a agressão deste homem. Com o tempo, fui achando as fraquezas dele e foi aí que ele me convenceu. Um homem violento é fraco. Acredito que a violência seja um pedido de socorro. Acho que é um homem que nunca foi amado, nunca foi acariciado pela mãe ou pai, se é que conheceu um dos dois. É um homem que virou um casca dura justa-mente por ser frágil. Os valen-tões, no fundo, são uns “bunda

moles” e inseguros. É como diz a música “Cara Valente”, do Marcelo Camelo: “(...) Esse humor, É coisa de um rapaz, Que sem ter proteção, Foi se esconder atrás, Da cara de vilão (...)”.

P – Você já interpretou papéis bonzinhos e também malvados. Qual tipo dá a você mais possibilidades cênicas?

R – As possibilidades não dependem de ser vilão ou bonzinho, dependem do personagem. Acho que todos eles podem ter grandes possi-bilidades. Afinal, não somos uma coisa só, somos uma infi-nidade delas. Assim devem ser os personagens.

P – Como está sua carreira musical desde o lançamento de seu último CD, “Vendo Amor - Em Suas Mais Variadas Formas, Tama-nhos e Posições”? Te m o u t r o s projetos de trabalho em vista?

R – A música

vai bem e o CD, vendendo melhor ainda. Tenho o projeto de gravar o DVD depois da novela. Em relação à tevê, cinema e teatro, estamos – eu e Globo – conver-sando, já que sou um contratado da emissora, para vermos quais p ro j e t o s s ã o os ideais para d a r m o s andamento agora.

PersonagemdaSemana

3O JORNAL l MACEIÓ, 5 DE FEVEREIRO DE 2012 l DOMINGO www.j2012.com.br l [email protected]

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Aniversários da semana de 5 a 11 de fevereiro

05/02 - Regina Duarte, 65 anos.06/02 - Claudia Ohana, 49 anos.07/02 - Gabriel Braga Nunes, 40

anos. Neste dia, há 21 anos, foi ao ar o último capítulo de “Vamp”. Escrita por Antonio Calmon, a novela se passa na fictícia Armação dos Anjos, cidade litorânea do Rio de Janeiro. Jonas, de

Reginaldo Faria, capitão reformado da Marinha – viúvo e pai de seis filhos –, se casa com a também viúva e mãe de seis filhos Carmem Maura, de Joana Fomm. Tudo segue em paz até a chegada da cantora Natasha, de Claudia Ohana, à cidade, onde pretende gravar um clipe. A fama mundial da moça se deve a um

pacto que ela fez com o líder máximo dos vampiros, o conde Vladimir Polanski, de Ney Latorraca, mais conhecido como Vlad, a quem Natasha pretende destruir. A única arma que pode levá-la a atingir seu objetivo é a Cruz de São Sebastião, que está em algum lugar de Armação dos Anjos. Na saga, a cantora é auxi-

liada por Jonas, que em outra vida tivera um romance tórrido com Eugênia, atual Natasha. Ainda no elenco, Otávio Augusto, André Gonçalves, Bel Kutner e Zezé Polessa, entre outros.

08/02 - Jussara Freire, 61 anos, e Cinira Camargo, 60 anos.

09/02 - Monique Lafond, 58 anos,

e Mônica Waldvogel, 56 anos.10/02 - Marcelo Serrado, 45

anos, Henri Castelli, 34 anos, e Fiorella Mattheis, 24 anos.

11/02 - Edwin Luisi, 65 anos, Henri Pagnoncelli, 59 anos, Paulo César Grande, 54 anos, e Cláudia Mauro, 43 anos.

De um extremo a outroes e segu os. co oa música “Cara Valente”,

Marcelo Camelo: “(...) Esse mor, É coisa de um rapaz, e sem ter proteção, Foi se onder atrás, Da cara deo (...)”.

P – Você já interpretou péis bonzinhos e tambémlvados. Qual tipo dá a vocêis possibilidades cênicas?R – As possibilidades nãopendem de ser vilão ounzinho, dependem dosonagem. Acho que todos

s podem ter grandes possi-dades. Afinal, não somosa coisa só, somos uma infi-ade delas. Assim devem os personagens.

P – Como está carreira musical

de o lançamentoseu último CD, ndo Amor - Em

as Mais Variadas rmas, Tama-os e Posições”?m o u t r o s ojetos debalho em a?R – Asica

a be e o C , e de domelhor ainda. Tenho oprojeto de gravar o DVDdepois da novela. Em relação à tevê, cinema e teatro, estamos – eue Globo – conver-sando, já que sou um contratado da emissora, para vermos quais p ro j e t o s s ã oos ideais para d a r m o s andamentoagora.

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4 O JORNAL l MACEIÓ, 5 DE FEVEREIRO DE 2012 l DOMINGOwww.j2012.com.br l [email protected]

TV O Jornal

Rapidinhas# Neste domingo, a

Globo exibe a partida Vasco x Friburguense pelo Ca m p e o n a t o Ca r i o c a . (Globo, dom, 16h45)

# No episódio deste domingo de “Bones”, a e q u i p e e n c o n t ra d o i s

corpos mumificados em um parque. (Band, dom, 21h)

# Nesta terça, vai ao ar mais uma eliminação do “Big Brother Brasil 12”. (Globo, ter, 22h15)

# Fernanda Lima segue com assuntos picantes no

“Amor e Sexo”, nesta terça. (Globo, ter, 23h25)

# O “ S e r Sa u d á ve l” aborda o Transtorno de Déficit de Atenção e Hipe-ratividade, que é uma disfunção cerebral que compromete as áreas do

comportamento, memória e autocontrole. (TV Brasil, qua, 20h30)

# O “Caminhos da Repor-tagem” de quinta apresenta modelos de empreendi-mentos no ramo da alimen-tação. (TV Brasil, sab, 22h)

# No sábado, pouco antes do Rei Momo ganhar a chave do Rio de Janeiro, o “Segue O Som” faz uma homenagem aos compo-sitores e intérpretes de sambas-enredo. (TV Brasil, sab, 23h)

Ao vivo(GLOBO, DOM, 15h40)Depois das férias coletivas, a

equipe do “Domingão do Faus-tão” voltou ao trabalho na última semana. Neste domingo, a produ-ção volta a ser exibida ao vivo. Para a nova temporada, o programa conta com o reforço do diretor Hélio Vargas, que antes estava na Band.

Homenagem(MTV, DOM, 3h)Neste domingo, a MTV reprisa

o “Especial MTV Chico Science - 15 Anos Depois”. Na produção, o cantor e apresentador China embarcou para Recife e Olinda para percorrer os caminhos de Chico Science e descobrir suas referências mais remotas. Entre os entrevista-dos, estão pessoas que inspiraram suas composições, como Rogê, refrão da música “Macô” e dono do lendário bar da Soparia, onde todas as bandas do movimento “mangue beat” começaram, e Maria Duda, ex-namorada e musa de “Risoflora”.

Novelão mexicano(SBT, SEG, 16h15)

O SBT volta a reprisar, nesta segunda, “Maria do Bairro”, novela mexicana protagonizada por Thalía. Sua personagem é uma menina pobre e rebelde, que está fazendo 15 anos. Foi do campo para a capital ainda pequena com a mãe, que faleceu. Maria mora com a madrinha de coração, Cacilda, e as duas sobrevivem catando lixo.

Gogó de ouro(TV BRASIL, SEG, 18h)O “Estúdio Móvel” desta

semana faz uma homenagem a Renato Russo. Na segunda, Liliane Reis conversa com Dado Villa Lobos, no estúdio do músico, no Rio de Janeiro. Ele fala da história do Legião Urbana, das lembran-ças, de como se conheceram, da experiência recente da orquestra do “Rock in Rio”, que tocou temas da banda, dos novos projetos e discos solos.

Samba no pé(TV BRASIL, TER, 23h)Caetano Veloso e Thalma de

Freitas participam do “Samba da Gamboa” desta terça. Diogo

Nogueira os recebe para uma conversa sobre como o samba os contagiou. Em um programa repleto de boas histórias, o que não falta são clássicos como “É de Manhã”, “Pé do Meu Samba”, “Menino do Rio” e “Desde que O Samba é Samba”.

Bola na rede(GLOBO, QUA, 21h50)Nas noites de quarta, os bares

lotam e os amantes de futebol se mobilizam. Nesta semana, mantendo a tradição, a Globo exibe a partida Vasco x Nacional. O jogo vale pela Taça Libertadores e será transmitido para toda a rede.

Volta por cima(GLOBO, QUI, 23h10)Nesta quinta, vai ao ar o episó-

dio “A Inocente de Brasília”, da série “As Brasileiras”. Na produção Claudia Jimenez é Augusta que, todos os dias, sem exceção, repete a si mesma como era linda, forte e poderosa. E como não vai mais deixar sua amiga Verinha, de Suely Franco, abusar de sua boa vontade. Mas inocente como só ela era, não

conseguia evitar que fosse feita de boba, especialmente por Dantas, vivido por Edson Celulari, seu chefe lindo e metido a esperto, e o grande responsável por envolvê-la em uma grande confusão.

Último capítulo(GLOBO, SEX, 17h40)Nesta sexta, o SBT exibe o

episódio final de “Marimar”. Nos momentos finais, Marimar conta ao Padre que vai se casar para tentar esquecer Sérgio. E Renato diz a Sérgio que no povoado andam falando que Chuy teve um caso com Marimar e que agora ela está com o engenheiro.

De volta(RECORD, SAB, 22h45)Chegou ao fim as férias de

Marcos Mion e sua equipe na Record. O apresentador volta com o “Legendários”, ao vivo, neste sábado. Nesta temporada, o programa promete explorar mais Joana Machado como repórter e recebe uma nova integrante, Mariana Cabral, que substitui Miá Mello.

Manu Moreira

MapadaMina

Em “As Brasileiras”, Isis Valverde mostra o azar através de uma visão cômica

ANA PAULA HINZPopTevê

Isis Valverde já provou inúmeras vezes que tem talento para a comédia.

Por isso, não é surpresa que ela tenha sido escalada para protagonizar um dos episó-dios de “As Brasileiras”. Na série de mesmo formato de “As Cariocas”, de 2010, sobra humor em seus 22 capítulos. A atriz já terminou de gravar sua participação e impres-sionou o diretor Daniel Filho, que elogiou sua atuação e veia humorística. “Eu pulei de alegria quando ele me chamou para fazer parte do projeto e pulei mais ainda quando ele me elogiou. Era um sonho trabalhar com o Daniel Filho”, vibra.

Cada um dos episódios da série é protagonizado por uma atriz diferente, como Juliana Paes e Giovanna Antonelli. Elas interpretam mulheres de temperamento e regionalidade diferente e Isis é a representante de Belo Horizonte. Em “A Culpada de BH”, ela dá vida à azarada e divertida mineira Catarina. “Ela é uma moça que sempre acha que tudo o que acontece de errado no mundo é culpa dela”, conta. Depois de inter-pretar uma mineira na novela “Ti Ti Ti” - a mocinha Marcela -, a atriz, que é da pequenina

cidade de Aiuruoca, foi esco-lhida para fazer o episódio justamente por ser de Minas Gerais. E adorou poder botar sua familiaridade com a região em prática. “O sotaque é bem puxado, mas para mim não é tão complicado de fazer. Morei quatro anos em Belo Horizonte e minha família é toda mineira. Fiquei ‘relaxa-díssima’ em cena”, relembra aos risos.

Na trama, Cata-rina é uma moça ingênua que sempre se mete em confu-são. Desi ludida, ela teme nunca ter sorte e nem achar um amor verda-deiro. Um dia, se apaixona pelo médico Vitório, de Humberto Martins. Mas até ela se aproxi-mar dele muitos mal-entendidos e até um defunto vão virar sua vida de cabeça para baixo. “O legal da Catarina é que mesmo quando tudo dá errado, e l a n u n c a deixa de sorrir. E m a l g u n s m o m e n t o s ela até chora s o r r i n d o ”, diverte-se a a t r i z , q u e a c r e d i t a que as fata-lidades que p e r s e g u e m s u a p e r s o n a -

gem dão o tom engraçado do episódio. “Toda comédia tem um drama por dentro. Várias coisas que se passam com a Catarina são tristes, mas exibidas através de um olhar cômico”, analisa. Por causa das situações hilárias e azaradas de sua personagem, Isis precisou de muita concentração para conseguir manter a seriedade.

“Eu e o Humberto ríamos tanto que a gente

tinha de parar de gravar. Mas, apesar disso, acho que a diversão e a união do elenco foi um trunfo do episó-dio. O público vai

perceber isso quando assis-

tir”, valoriza, citando seu colega de elenco.

Em sua carreira, Isis

já fez muitos p a p é i s c o m tipos bem defi-nidos, como a inocente Ana d o V é u e m “Sinhá Moça”, a prostituta Te l m a e m “ P a r a í s o Tr o p i c a l ” e a atrapa-lhada e burra Rakelli em “ B e l e z a Pura”. “Elas tinham osci-

lações, mas s e g u i a m u m

tipo de linha. Fiz muitas persona-

gens diferentes. Eu fui amadu-recendo e a emissora foi me dando cada vez mais papéis multifacetados”, comemora.

O papel em “As Brasileiras” é mais uma dessas grandes oportunidades. Por causa do jeito afobado de Catarina, Isis tentou fazer seus diálogos e gestos da forma mais engra-çada possível. “A Catarina é tão divertida que é quase uma personagem de dese-nho animado. Foi uma expe-riência que me enriqueceu como atriz”, avalia Isis, que se inspirou na personagem prin-cipal do filme “O Misterioso Destino de Amélie Poulan”, do francês Jean-Pierre Jeunet, para montar o temperamento neurótico e amável de Cata-rina. “Não é uma cópia, obvia-mente, mas eu peguei alguns trejeitos. A isso se juntou o figurino colorido, que ajudou a dar uma certa leveza para ela”, explica.

A mistura entre o pessi-mismo e a alegria está presente no jeito e na história de sua personagem. Mas, apesar da fama de azarada, Catarina contará com a ajuda de duas grandes amigas, Natasha e Jô, vividas, respectivamente, por Bianca Comparato e Raquel Fabri, para se ver livre das situ-ações complicadas em que se meterá. “A Catarina sofre bastante coisas, mas ela vai perceber que um acaso ruim no início pode se transformar em algo bom”, avalia dando pistas sobre um provável final feliz. “Acho que ela vai mostrar para muita gente que é possí-vel encontrar cor em um dia cinza”, filosofa.

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Rir para não chorarPrimeiraMão

O que vempor aí

A alegria de Tomás (Thiago De Los Reyes) está com os dias conta-dos. Nesta semana, em “Malhação”, o rapaz vai meter os pés pelas mãos e vivenciar uma tremenda confusão que vai tirar seu sossego. Não é novidade para ninguém que ele tem uma queda por Cristal (Thaís Melchior). Só que ela não dá confiança para o jovem que, sem saber que está sendo gravado, tenta seduzi-la. Tomás faz de tudo para ficar com ela e isso inclui qual-quer loucura. De ameaças até chanta-gens. A moça tenta se esquivar e até evita pedir a ajuda do ex-namorado, Gabriel (Caio Paduan). Mas nem precisa. Ele encontra o resultado positivo de gravidez da ex e descon-fia que a criança possa ser de Tomás. Ao tirar satisfações com o rapaz, Gabriel resolve tomar outra providên-cia. Ele leva a gravação do ataque de Tomás contra Cristal para o reitor da faculdade e, assim, o garoto é demi-tido. Irritado, ele decide se vingar de todos. A primeira vítima é Cristal, que é agredida pelo violento rapaz na frente de todos. Agora é bom Gabriel ficar atento porque ele deve ser o próximo da lista. (GABRIEL SOBREIRA/POPTEVÊ)

# Betão e Ziggy observam Vinícius falar com Charlene.

# Carlinhos convida Aparecida para sair.

MALHAÇÃOObsessão

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Atleta, Alice Wegmann interpreta a tenista Sofia em “A Vida da Gente”

DAPHNE NERYPopTevê

As quadras de tênis não são ambiente estranho para Alice Wegmann. A

intérprete de Sofia de “A Vida da Gente” já as tinha frequen-tado aos sete anos de idade. Apaixonada por esportes, Alice fez ginástica olímpica e natação e desistiu do tênis devido à intensa carga horá-ria dos treinos. “Durante oito anos e sete horas por dia, treinei ginástica olímpica. Então não tinha tempo para fazer outras coisas”, justifica. Agora, aos 16 anos, a atriz voltou às quadras por causa, justamente, de sua perso-nagem. Na trama, Sofia é uma jovem tenista constan-temente pressionada pela mãe, Vitória, de Gisele Fróes. “Vitória é muito dura. A Sofia é uma menina doce, não reage, não tem muito o que fazer”, compara Alice, que, ao contrário da personagem tímida e fechada, é extrover-tida e risonha.

Se a personalidade dife-rencia Alice e Sofia, o amor ao

esporte as aproxima. “Acho que herdei isso da minha mãe”, analisa ela, que é filha de uma professora de educa-ção física. Além do tênis e da ginástica olímpica, a atriz é apaixonada por futebol e torcedora fervorosa do Flumi-nense. “Fui a uma final com 40 graus de febre, mas fiquei até o fim do jogo” conta, orgu-lhosa.

Mesmo rebatendo algu-mas bolas para fora da quadra, Alice mostra razoável intimi-dade com a raquete enquanto tenta conciliar poses para as fotos e as técnicas ensinadas pela treinadora Flávia Muniz. Com quatro meses de treino, a atriz não notou muita dife-rença no corpo. “Eu já era fortinha por causa da ginás-tica”, justifica. Foi por causa da ginástica, aliás, que Alice foi parar em frente às câmaras. “Precisaram de uma ginasta para a novela ‘Sete Pecados’. Eu fiz um teste e me pediram para fazer um cadastro na emissora” lembra. Em 2007, ela entrou para o Tablado, célebre curso de Teatro no Rio de Janeiro, e descobriu o gosto pela atuação.

Mas não foi só através dos treinos de Alice que a personagem foi criada. Para compor a Sofia, Alice observa as amigas do colégio onde estuda. “Eu vejo o modo de falar, de andar... E, quando acho que ‘bate’ com o papel, eu ‘roubo’ para a Sofia”, brinca. Ao contrário da atleta da novela, atormentada por Vitória, a atriz faz questão de esclarecer que a relação com a mãe, Adriana Wegmann, é bem diferente. “Me pergun-tam se ela já me pressionou e eu digo e repito que não. Tudo

que fiz foi escolha minha”, garante.

Se os treinos não modifi-caram o físico da atriz, eles a ensinaram a ter mais garra e determinação. Alice usa as emoções que sente durante as aulas para interpretar Sofia nas quadras. “Não que eu vá competir nem nada, mas gosto de sentir o que ela senti-ria”, explica. A personagem é reconhecida pelo público como sofredora. “Dizem: ‘olha aquela menina que sofre, que chora’ e eu acho muito engraçado”, diverte--se, Alice, bem-humorada. No entanto, a atriz prevê que os dias de coitadinha de Sofia estão contados. A menina vai começar a ser treinada por Ana, de Fernanda Vascon-cellos, e descobrirá o verda-deiro gosto pelo esporte. “O que fazia ela não gostar era a mãe”, defende.

Assim como Sofia, Alice também se mostra madura e preocupada com o futuro. A dois anos do vestibular, ela já tem planos para a faculdade. “Quero cursar Publicidade na PUC”, sonha a atriz, que não descarta a hipótese de seguir carreira na arte. “Fiquei no Tablado até 2011 e tive de parar para gravar ‘Malha-ção’. Agora, pretendo voltar”, planeja.

O que vempor aí

A morte de Andrea (Simone Spoladore) aba lou profunda-mente seu ex-companheiro, Lucas (Marcos Pitombo). Mas apesar da fraqueza emocional, o ex-motorista de van ficou mais determinado a acabar com Cleber (Sandro Rocha). Depois que o capanga sequestra Francisco (Guilherme Berenguer) e o leva para uma ilha, Lucas decide ir atrás do matador e se vingar. Na próxima semana de “Vidas em Jogo”, ele conta para Juliana (Letícia Colin) que contratou uma lancha para ir até o local. Já na ilha, a moça fica surpresa ao vê-lo armado. Quando eles finalmente encontram Cleber e Francisco, Lucas começa a ter delírios com Andrea e entrega a sua presença. Um tiroteio começa, mas a munição acaba e Lucas e Cleber partem para a agressão física. De repente, o rapaz tem uma nova visão com a ex. Cleber aproveita a distração para fugir em direção ao mar. Francisco agradece Juliana por ela ter ido até a ilha ajudar a salvá-lo e a moça diz que está preo-cupada com Lucas, pois ele está cego pela vingança. Enquanto isso, o rapaz pega um jet ski e vai atrás de Cleber, que consegue render o motorista da lancha com uma faca. Obrigado, o homem dirige em direção a Lucas para atropelá-lo. Será que o bonitão acabará se juntando à Andrea no além? (ANA PAULA HINZ/POPTEVÊ)

# Welligton e Cacau voltam da lua-de-mel.

# Rita culpa Regina pelo seques-tro de Francisco.

VIDAS EM JOGOIra nos olhos

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6 O JORNAL l MACEIÓ, 5 DE FEVEREIRO DE 2012 l DOMINGOwww.j2012.com.br l [email protected]

TV O Jornal

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O que vempor aí

Não há dúvidas de que Aline (Cynthia Falabella) é a grande vilã de “Corações Feridos”. Mas a megera nunca seria tão ardilosa e cheia de poder se não tivesse um capanga à altura. Flávio (Ronaldo Oliva) faz tudo pela morena e foi capaz de matar um ginecologista que sabia demais para que Aline não acabasse se metendo em uma enrascada. Nos próximos capítulos de “Corações Feridos”, porém, ele estará correndo o grande risco de ser descoberto. Depois que o corpo do médico é encontrado, Aline discute com seu comparsa e pede para que ele suma por uns tempos. Com poucas alterna-tivas, ele pede abrigo ao bandido Roni (Marcelo Góes) em um desmanche de carros roubados. Quando Flávio se encontra com Aline e conta que o malandro quer dinheiro para ajudá-lo e que, ainda por cima, sabe sobre o assassinato, ela fica furiosa e o chama de burro. Como era de se esperar, Roni ameaça contar o segredo caso Flávio desobedeça suas exigências. Mesmo com a ameaça, Aline diz que quer Flávio longe do desmanche. Ele decide esperar mais um pouco antes de decidir o que fazer. Por sorte, apesar de um investigador tentar desvendar o assassinato, o caso do ginecologista é arquivado. Será que o susto fará com que os dois sejam mais cuidadosos no próximo crime? (ANA PAULA HINZ/POPTEVÊ)

# Amanda e Eduardo se casam.

# Regina pergunta a Michel se ela está sendo traída.

CORAÇÕES FERIDOSQuase o fim

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Rafael Cardoso comemora cresci-mento na tevê com o Rodrigo de “A Vida da Gente”

ANA PAULA HINZPopOPTEVÊ

Papéis difíceis e cheios d e re s p o n s a b i l i -dade são frequen-

tes na carreira de Rafael Cardoso. Depois de o ator ficar em evidência por interpretar um homosse-xual no filme “Do Começo ao Fim”, de Aluízio Abran-ches, de 2009, as boas oportunidades na tevê passaram a surgir. Sem d e s a p o n -t a r, Ra f a e l aproveitou cada chance e r a p i d a -mente alcan-çou o posto mais impor-tante de uma novela das seis. Mesmo esca-lado para fazer outro folhetim da Globo, ele foi tão bem em um teste de elenco, que conquis-tou o papel do sereno Rodrigo de “A Vida da Gente”. “Qualquer ator espera e sonha muito com essa chance”, comemora.

Seu primeiro protago-nista na tevê é um mocinho com inúmeros defeitos e

incertezas. Na trama, Rodrigo fica dividido entre a antiga paixão por Ana, de Fernanda Vasconcellos, e o relacio-namento construído com a irmã dela, Manu, vivida por Marjorie Estiano. Confuso, ele acaba agindo por impulso e magoando as duas em algu-mas situações. “Ninguém

erra querendo errar, mas acontece.

Faz parte do ser humano. M o s t r a r isso é o que engrandece o texto da Lícia”,

elogia, citando a autora Lícia

Manzo. O

dilema começa depois que Ana acorda de um coma que dura quatro anos. Casado Manu, ele se vê novamente apaixonado pela ex e decide assumir o romance e enfren-tar as consequências. “Nem sempre a gente consegue esconder os nossos senti-mentos. Em algum momento eles vêm à tona”, analisa. Agora, porém, as circunstân-cias novamente os separa-ram. E, dia após dia, Rodrigo se reaproxima de Manu. “Ele ainda está tentando se encon-trar. Eu não queria estar no lugar do Rodrigo”, brinca.

A todos os problemas amorosos do personagem soma-se também a grande dificuldade dele em ajudar a filha Julia, encarnada pela pequena Jesuela Moro, a entender os dramas familiares. “Ela é uma grande preocupa-ção do Rodrigo”, conta o ator, que nunca tinha contrace-nado tanto com uma criança. “Eu sempre convivi com elas, mas ninguém nunca tinha me chamado de pai. Mesmo sendo para a novela, isso mexe um pouco com a gente”, confessa o ator, que sonha em ter filhos um dia.

O primeiro papel de desta-que de Rodrigo foi em “Beleza Pura” como o impulsivo adolescente Klaus. Pouco depois, ele experimentou uma grande repercussão ao interpretar Thomaz, um jovem que desenvolve uma relação incestuosa e homos-sexual com seu meio-irmão, no longa “Do Começo ao Fim”. “Não tive medo de que

a polêmica estigmatizasse a minha carreira”, garante o ator, que depois do sucesso do filme fez a novela “Ti Ti Ti” e a série “Cinquentinha”. “Sempre busco papéis que possam ser diferentes e que agreguem valor à minha carreira. No caso de ‘Cinquentinha’, eu fazia um rapaz que se envolvia com uma mulher bem mais velha”, expõe.

A vontade de fazer perso-nagens instigantes faz com que o ator opte por traba-lhos mais difíceis. Antes de entrar para “A Vida da Gente”, ele começou a filmar o longa “Senhores da Guerra”, de Tabajara Ruas, que é dividido em duas partes. Com o fim da novela, em março, ele volta a rodar suas cenas na pele de Julio Rafael Bozano, um jovem que lutou pelo Partido Repu-blicano durante a revolução de 1923, no Rio Grande do Sul. “Personagens que me propor-cionam uma composição mais complexa e um trabalho de pesquisa profundo sempre serão a minha escolha”, avalia.

Para Rafael, é por causa dessa forma com que dire-ciona sua carreira, que hoje ele tem nas mãos um prota-gonista. “Batalhei muito para chegar onde estou”, destaca orgulhoso. Enquanto não encerra sua participação na novela, Rafael prefere não opinar sobre o destino de seu personagem. Mas comemora a repercussão do folhetim. “O elenco e a equipe tem traba-lhado da melhor forma possí-vel. Acredito que o público percebe isso”, valoriza.

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Faz parte do ser humano. M o s t r a risso é o que engrandece otexto da Lícia”,

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Invenção X realidade O atual papel de Chris-

tiane Torloni é um dos mais importantes de sua carreira. A repercussão da vilã Tereza Cristina é tão forte, que mesmo a atriz, que diz sair pouco nas ruas, percebe o quanto a personagem mexe com o imaginário popular. “Eu sinto uma grande recep-tividade por parte do público e acho que isso tem a ver com uma certa identificação. Todo mundo tem um pouco de Tereza Cristina dentro de si. Senão o Aguinaldo não teria a escrito”, opina, citando o autor Aguinaldo Silva. Apesar dos exageros comportamen-tais da personagem, para Christiane Torloni, a reali-dade é muito mais surpreen-dente do que a ficção. “Acho que ela não chega nem aos pés das Terezas Cristina de verdade”, brinca.

Sem desanimar Astrid Fontenelle foi diag-

nosticada com lúpus, uma doença autoimune que ataca com mais frequência as mulhe-res. Por causa d i s s o , a a p r e -

sentadora está enfrentando alguns problemas nos rins. Astrid tem se mostrado forte e confiante. Além do trata-mento, ela tem pedido aos fãs para fazerem uma corrente de orações e pensamentos positi-vos para que se recupere rapi-damente.

Luz na passarelaSophie Charlotte, no ar

como a doce Amália de “Fina Estampa”, começou a gravar sua participação na série “As Brasileiras”, da Globo. A atriz já fez algumas sequências na Marquês de Sapucaí e, durante um ensaio técnico do Salgueiro, beijou o chão do Sambódromo muito emocionada. No episó-dio em que estará, ela dá vida a uma passista da Escola de Samba Esplendor. “Ela sonha em desfilar”, conta a atriz, que tem confiança em seu samba no pé. “Acho que aprendi direi-tinho”, argumenta.

Presente da cegonhaPatrícia Maldonado acaba

de ter sua segunda filha. Maitê nasceu com 3,5 kg no Hospi-

tal Albert Einstein, em São Paulo. As duas

passam bem e a apresen-

t a d o r a a t é j á

postou mensagens sobre a nova integrante da família em seu perfil do Twitter. Recen-temente, Patrícia perdeu o quadro que teria no programa “Muito + Galisteu”, na Band. Seria uma espécie de “reality”, justamente, sobre sua gravi-dez. Depois de muitas reuni-ões, a produção achou que o tema não se encaixaria bem na produção.

Depois que passa...Giovanna Lancellotti teve

um encontro nada agradá-vel com uma cobra enquanto curtia as férias em sua terra natal, São João da Boa Vista, em São Paulo. A atriz se deparou com o réptil na janela de seu carro quando se preparava para sair. Com o susto, Giovanna fechou a porta do veículo e acabou prendendo metade do bicho dentro dele, o que teria evitado que a cobra a picasse. A atriz, que correu muito na hora, já está até fazendo piada sobre o episódio.

Genética abençoadaMuitos famosos fazem

exercícios e dietas para perder peso. Rodrigo Faro faz exata-mente o contrário. Duas vezes na semana, ele frequenta a academia que construiu no subsolo de sua casa para conseguir manter seu peso. O apresentador do “O Melhor do Brasil” garante que não tem problemas com as indeseja-das gordurinhas e que

m a l h a p a r a ganhar massa

m u s c u l a r. Segundo

Rodrigo, ele emagrece com muita facilidade.

Não, obrigada!Sônia Braga, que ficou

famosa ao protagonizar “Gabriela” em 1975, não irá fazer parte do “remake” da obra de Jorge Amado. A atriz foi convidada para uma parti-cipação especial, mas recusou porque estará nos Estados Unidos na época. A veterana já demonstrou que aprova a decisão da emissora de botar Juliana Paes no papel prin-cipal. Quando a escolha foi anunciada, Sônia enviou flores e um cartão de boa sorte à sua substituta. A produção deve estrear em junho.

Bem de novoSônia Lima precisou ficar

oito dias internada no hospital Barra D´Or, na Zona Oeste do Rio, para se recuperar de uma gastroenterite. A atriz, que interpreta a correta Laís, de “Rei Davi”, já voltou a gravar para a minissérie da Record. Sônia pegou a bactéria em Diaman-tina, Minas Gerais, durante as gravações da produção.

Com tudo em cimaLetícia Spiller conseguiu

terminar de emagrecer os 12 quilos que ganhou durante a gravidez da pequena Stella, hoje com 1 ano. A atriz garante que voltou ao seu peso original sem muito esforço. Apesar de não ter tido pressa em ficar com o corpo em forma, ela não deixa de se importar com a saúde. “Tenho uma boa alimentação e durante a semana faço exer-cícios aeróbicos. Preciso ter disposição porque cuidar dos filhos e trabalhar não é mole”, garante Letícia, que também é mãe de Pedro, de 15 anos. “Acho bacana ser mãe jovem”, opina.

8 O JORNAL l MACEIÓ, 5 DE FEVEREIRO DE 2012 l DOMINGOwww.j2012.com.br l [email protected]

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O que vempor aí

A situação de Maruschka (Marí-lia Pêra) está longe de melhorar. Depois de descobrir que a patroa a usou como laranja nas falcatruas da Comprare, Regina (Nívea Maria) decide processá-la. A ex-governanta também começa uma busca pelo filho abandonado da empresária. Esta semana, em “Aquele Beijo”, Marus-chka descobre que Regina ganhou a ação que movia contra ela. Furiosa, demite Camila (Fernanda Souza) da Comprare. A moça, então, se junta à mãe e vai até o Lar da Mão Aberta para descobrir o paradeiro da criança aban-donada. Depois de sair do Lar, Regina conta para Claudia (Giovanna Antonelli) que encontrou o filho da empresária. Sabendo que seu segredo corre perigo, Maruschka desconfia que Lena (Maria Lucia Dahl) tenha sido infiltrada em sua casa. O plano de Regina para descobrir o passado da rival corre perigo. Na mansão dos Lemos de Sá, Mirta (Jacqueline Laurence) flagra Lena tentando abrir o cofre de Marus-chka e avisa a filha. Questionada pela patroa, a falsa governanta confessa que foi mandada por Regina e avisa à empresária que seu filho foi encon-trado. O que Maruschka fará para manter seu segredo a salvo? (DAPHNE NERY/POPTEVÊ)

# Camila vai trabalhar no Sonho D’Aveiro.

# Sai a anulação do casamento de Belezinha.

AQUELE BEIJOVolta ao passado

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Patrícia Maldonado acaba de ter sua segunda filha. Maitênasceu com 3,5 kg no Hospi-

tal Albert Einstein, em São Paulo. As duas

passam bem e a apresen-

t a d o r a a t é j á

Genética abençoadaMuitos famosos fazem

exercícios e dietas para perderpeso. Rodrigo Faro faz exata-mente o contrário. Duas vezesna semana, ele frequenta a academia que construiu no subsolo de sua casa para conseguir manter seu peso. Oapresentador do “O Melhor doBrasil” garante que não temproblemas com as indeseja-das gordurinhas e que

m a l h a p a r a ganhar massa

m u s c u l a r. Segundo

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TV O Jornal

A Semana das NovelasOs resumos dos capítulos de todas as novelas são de responsabilidade de cada emissora – Os capítulos que vão ao ar estão sujeitos a eventuais reedições.

MalhaçãoGlobo – 17h50

Segunda (06/02) - Aparecida fica lisonjeada com a paquera de Carlinhos. Gabriel e Alexia prometem que ficarão juntos. Cristal afirma a Babi que usará seu bebê para ter Gabriel de volta. Gabriel e Alexia marcam um encontro na faculdade. Ziggy ensina Alexia a mexer na aparelhagem de som da rádio e acaba esquecendo o gravador ligado. Tomás tenta seduzir Cristal no estúdio da faculdade, sem notar o gravador ligado.

Terça (07/02) - Moisés tenta descobrir com quem Alexia passou o fim de semana. Débora reclama de Laura chegar tarde em casa. Cristal não entende a insistência de Babi em querer que ela entregue Tomás. Betão e Ziggy observam Vinícius falar com Charlene. Nando se irrita quando Débora mancha todos os quimonos dos alunos de kung-fu. Alexia percebe o gravador do estúdio ligado e avisa a Gabriel. Carcará vê Alexia conver-sando com Vinícius e conta para Moisés.

Quarta (08/02) - Cristal arma para que Gabriel veja seu pedido de exames e Babi pressiona a amiga para contar a verdade para ele. Ziggy se desculpa com Guido por ter ajudado Débora a tirá-lo do emprego. Vinícius pede para Alexia ajudá-lo a voltar com Laura. Babi conta para Gabriel o endereço do local onde Cristal faz seu exame. Tomás vê Moisés na faculdade e manda os seguranças o expulsarem. Cristal deixa o resultado de sua ultrassonografia cair para que Gabriel o leia.

Quinta (09/02) - Alexia ajuda Moisés e implora para que ele deixe de atormentá-la. Gabriel conta para Alexia sobre a gravidez de Cristal e desconfia que o pai seja Tomás. Gabriel tira satisfações com Tomás por causa de Cristal. Moisés manda Carcará fotografar Alexia e Vinícius. Laura fica atônita ao chegar em casa e ver a festa que Débora e seu ex-marido prepararam. Alexia ouve a gravação da conversa de Tomás contra Cristal.

Sexta (10/02) - Gabriel fica revoltado ao ouvir a gravação. Débora e Vinícius preparam um jantar surpresa para Laura. Babi conta para Gabriel que já sabia do conteúdo da gravação e ele decide denunciar Tomás. Carcará fotografa Alexia e Vinícius. Gabriel leva a gravação do ataque contra Cristal para o reitor da faculdade e Tomás é demitido. Moisés atropela Vinícius. Tomás agride Cristal na frente de Gabriel, Alexia e Babi.

A Vida da GenteGlobo – 18h15

Segunda (06/02) - Gabriel e Manuela saem para jantar e se beijam. Marcos se oferece para ir à escola de Olívia representando seu pai. Júlia reclama da falta de atenção de Rodrigo. Cícero tem ciúmes da proximidade de Suzana e Renato. Olívia se surpreende ao ver Marcos em sua apresentação na escola. Vitória se enfurece ao ver Sofia e Miguel juntos. Nanda convida Francisco para morar com ela. Cris flagra Lorena e Lourenço juntos.

Terça (07/02) - Cris demite Lorena. Nanda mostra a Francisco a partitura manuscrita por Lui e os dois se comovem. Renato se sente excluído da conversa entre Alice e João. Ana convida Lúcio para almoçar na casa de Eva. Júlia fala para Rodrigo que foi à fazenda de Gabriel. Sofia sugere que Miguel trabalhe como auxiliar de Ana. Manuela fica envergonhada com os elogios de Iná na frente de Gabriel. Lúcio e Ana decidem se casar.

Quarta (08/02) - Eva fica eufórica com a notícia do casa-mento de Ana e Lúcio. Ana aceita que Miguel trabalhe com ela. Rodrigo se esforça para não se abater com a notícia do casamento de Ana. Jonas fica furioso ao saber que Tiago fará um exame de DNA para comprovar a paternidade de Lourenço. Mariano se oferece para investir na escola de tênis de Vitó-ria. Marcos pede dinheiro empres-tado para Dora e eles discutem. Rodrigo confessa seu sofrimento a Lourenço.

Quinta (09/02) - Ana e Lúcio falam sobre o casamento com Júlia. Manuela e Gabriel se divertem em um karaokê. Vitória e Ana avisam a Cecília e Sofia que elas poderão se enfrentar novamente. Celina fica admirada ao saber que Lourenço pediu a guarda de Tiago na justiça. Lourenço faz o teste de DNA. Vitó-ria vai à sorveteria e fica furiosa ao ver Alice, Sofia, Bárbara e Marcos juntos. Celina procura Lourenço.

Sexta (10/02) - Até o fecha-mento desta edição, a emissão não divulgou o resumo deste capítulo.

Sábado (11/02) - Até o fechamento desta edição, a emis-são não divulgou o resumo deste capítulo.

Aquele BeijoGlobo – 19h15

Segunda (06/02) - Marus-chka descobre que Regina ganhou a ação que movia contra ela. Amália concorda que Brites volte a morar em sua casa. Maruschka demite Camila. Regina vai com Camila até o Lar em busca do filho abandonado de Maruschka. Tibério ouve Regina e Camila falando sobre o filho de Maruschka com Olga. Camila devolve a guarda de Flavinho para Ricardo. Belezinha avisa a Agenor que o documento de anulação do casamento ficou pronto.

Terça (07/02) - Lucena ameaça destruir a carreira de Vicente. Renato oferece ajuda financeira a Belezinha para concor-rer ao Miss Rio de Janeiro. Vicente recebe a notícia de que saiu sua nomeação para presidir a comissão de inquérito. Felizardo e Locanda tentam impor seus antigos métodos na confecção. Ricardo indica Camila para a vaga de ajudante no Sonho D’Aveiro. Orlandinho aconselha o pai a parar de fingir que namora Damiana. Claudia rompe com Vicente.

Quarta (08/02) - Vicente fica arrasado com o fim do seu namoro com Claudia. Claudia exige que Lucena cumpra sua parte no trato. Amália contrata Camila para traba-lhar no restaurante. Regina conta para Claudia que encontrou o filho abandonado de Maruschka. Belezi-nha avisa a Graciosa e Orlandinho que também disputará o concurso de Miss Rio de Janeiro. Vicente é denunciado por Henrique e perde a chefia da comissão de inquérito.

Quinta (09/02) - Vera acon-selha Vicente a pedir para Lucena depor a seu favor. Grace Kelly arma um plano com Maruschka para manter Marisol na Comprare. Lucena questiona Rubinho sobre a denúncia contra Vicente. Lucena afirma para Vicente que assumirá que o dinheiro depositado na conta pertence a ela. Damiana inventa que Jorge ligou para Locanda e deixa Felizardo ainda mais intrigado. Vicente leva Lucena para falar com Vera.

Sexta (10/02) - Até o fecha-mento desta edição, a emissão não divulgou o resumo deste capítulo.

Sábado (11/02) - Até o fechamento desta edição, a emis-são não divulgou o resumo deste capítulo.

RebeldeRecord – 20h30

Segunda (06/02) - Franco fica aliviado ao saber que Helena sofreu um acidente e deu seu número à polí-cia. Franco decide visitá-la no hospital. Roberta tenta fazer com que Diego a perdoe, mas ele continua resistente. Pilar sorri ao ver Diego rejeitar Roberta e disfarça a alegria diante da rebelde. Pilar diz a Binho que está a fim de Diego. Franco conta para Luli que Helena o culpou pelo acidente. Binho provoca Pedro e conta que Alice desmaiou em seus braços.

Terça (07/02) - Pedro avança em Binho, mas Tomás e Diego o segu-ram. Pedro pressiona Alice para saber o que aconteceu. Alice chama a atenção de Roberta para a aproximação entre Pilar e Diego. Alice e Carla se preocupam que o amigo possa se machucar. Binho arma para que Jonas encontre João em sua sala, mas o diretor acaba surpre-endendo os dois. Alice e Carla dizem a Pedro e Tomás que Pilar está tentando conquistar Diego. Roberta e Diego vão encontrar os outros no porão, mas são pegos pela chuva. Ele a levanta de um tombo e os dois se beijam.

Quarta (08/02) - Roberta e Diego se beijam apaixonadamente e se declaram. Jonas pergunta a Binho o que ele estava fazendo em sua sala. João mente a pedido de Binho, mas o diretor não acredita. Jonas afirma que se algo suspeito acontecer, saberá que Binho é o culpado. Jonas e Raquel conversam com um neurocientista sobre a melhor abordagem para falar sobre drogas com os alunos. Os rebeldes ficam preocupados que Jonas descubra o sumiço de Roberta e Diego durante a palestra sobre as drogas e decidem fugir também.

Quinta (09/02) - Beth repre-ende Pingo por ter permitido que Alice e Pedro deixassem o colégio. Beth afirma que informará Jonas e os levará de volta. Pedro e Alice defendem Pingo e Beth decide poupá-lo. Binho diz estar preocu-pado com os alunos que sumiram para Débora. Binho fala para ela que o pai de Pedro era envolvido com jogo e que o rebelde tem muitos problemas em casa. Débora pergunta se ele tem provas de que Pedro estaria usando drogas e fica intrigada. Os rebeldes ficam preocupa-dos com o sumiço de Diego e Roberta. Diego e Roberta são surpreendidos pela polícia.

Sexta (10/02) - Vicente desce do carro da polícia e ordena que Roberta e Diego o acompanhem. Jonas comu-nica aos pais e alunos que suspenderá os rebeldes. Eles ficam satisfeitos com a punição. Eva fala para Roberta e Alice que deverão viajar com ela e Franco para Belo Horizonte. Roberta finge aceitar a imposição e Eva fica intrigada. Binho garante a Pilar que todos acredi-taram que eles estão juntos. Binho beija Pilar e Jonas vê.

Fina Estampa Globo – 21h

Segunda (06/02) - Griselda imobiliza Tereza Cristina. Dagmar agra-dece Wallace por ajudar Leandro. Tereza Cristina pede socorro a Antenor. Daniel ouve Álvaro e Íris falando sobre o outro segredo de Tereza Cristina e conta para Antenor. Os comparsas de Ferdinand seguem Antenor. Pedro Jorge ouve Danielle e Beatriz conversando sobre Vitória. Antenor é sequestrado e Daniel avisa a Griselda.

Terça (07/02) - Griselda fica aflita para saber notícias de Antenor. Pedro Jorge implora que Danielle o tire da casa de Celina. Vilma comenta com Letícia que acredita que Chiara será desmascarada. Danielle revela para Esther que Beatriz e Guilherme são os pais biológicos de Vitória. Celina exige que Beatriz explique como ela teve um filho com Guilherme. Ferdinand e seus comparsas tiram Antenor do cativeiro e o mandam andar sem olhar para trás, até que se ouve um tiro.

Quarta (08/02) - Antenor cai em um precipício. Griselda sente que algo aconteceu com seu filho e começa a chorar. Caçadores encontram Antenor. Márcia critica a atitude de Paulo ao falar do estado da ex-mulher. Um dos caçadores liga para Patrícia e avisa que encontrou Antenor. Celina garante para o marido que acabará com a carreira de Danielle. Esther decide ficar na Fio Carioca.

Quinta (09/02) - Griselda cuida da internação de Antenor. Juan afirma a Vilma que vai descobrir se Chiara tentou enganá-lo. Joana vê a foto de Tereza Cristina no computador e a associa com a loura misteriosa. Ferdinand combina com um de seus comparsas para entrar no hospital. Patrícia se declara para Antenor e ele lhe pede perdão. Guaracy fala para Esther que vai atrás de Beatriz. Tereza Cristina fica estarrecida ao ver Joana em sua casa.

Sexta (10/02) - O comparsa de Ferdinand é impedido de entrar no quarto de Antenor pela chegada de uma enfermeira. Beatriz avisa a Esther que ficará com Vitória. Griselda flagra o comparsa de Ferdinand no hospital. Danielle liga para Esther. Celina leva Beatriz para falar com Beto Junior e o doutor Gouveia. Jackeline se oferece para trabalhar no Tupinambar. Guaracy constata que Esther foi embora com Vitória.

Sábado (11/02) - Gouveia explica para Beatriz e Celina como será o processo que enfrentarão. Beto entra em contato com Esther e Guaracy fica perplexo ao saber que Beatriz denun-ciou Danielle. Griselda vai com Guaracy atrás de Glória, que conta sua história para Beto. Griselda consola Guaracy e os dois acabam se beijando. Guaracy conta para Paulo que Esther sumiu porque a mãe biológica de Vitória que tirá-la dela.

Corações FeridosSBT – 20h30

Segunda (06/02) - Amanda afirma a Eduardo que sua carreira é muito importante. Eduardo tenta convencê-la de que amor à distância não dá certo. Ele diz que não quer que o amor que um sente pelo outro seja trocado por filmes e novelas. Aline aconselha Flávio a sumir por um tempo. Amanda fala a Eduardo que não pode abandonar o seu sonho de ser atriz. Emocionada, ela diz que não pode se casar e devolve o anel de noivado a Eduardo.

Terça (07/02) - Amanda conta a todos que não vai mais haver casa-mento, pois ela terminou o noivado com Eduardo. Amanda está em pran-tos no quarto. Olavo tenta acalmá--la, mas ela pede para o tio deixá-la só. Durante o ensaio, Amanda fica confusa e deixa o set de filmagens. Amanda vai ao encontro de Eduardo e afirma que está decidida a ir para a fazenda com ele. Amanda e Eduardo vão ao banco Varela dizer a Olavo que decidiram se casar, pois Amanda quer ir morar na fazenda.

Quarta (08/02) - Olavo para-beniza o casal. Irônico, Vitor diz a Amanda que ela tomou uma decisão muito sábia. Vera organiza jantar de noivado para Eduardo e Amanda. Durante o jantar, Vitor chama Amanda para uma conversa. Ele volta a dizer que a ama. Amanda diz que está pres-tes a se casar e ama outro homem. Vitor diz a Amanda que jamais imagi-nou que ela desejasse ser uma dona de casa do interior. Eduardo afirma que Vitor terá que aceitar seu casa-mento com Amanda por bem ou por mal.

Quinta (09/02) - Eduardo fala a Vitor que tem pena dele. Yuri tenta tranquilizar Vitor. Eduardo chega à mansão e diz para Vera e Olavo que tentou conversar com Vitor, mas não deu certo. Eduardo diz que Vitor estava completamente bêbado. Aline vai tirar satisfação com Olavo sobre a herança que Amanda irá receber. Olavo conta a Aline que a herança de Amanda foi deixada pelo pai dela. Olavo questiona Aline sobre jantar com Dr. Nicholas. Ela fica desconcertada.

Sexta (10/02) - Aline inventa a desculpa de que se arrependeu de contar o segredo de Amanda e foi conversar com o médico. Olavo entrega envelope a Amanda: é um testamento deixado pelo pai da moça. Ela fica emocionada ao saber que seu pai deixou uma herança. Vitor e Eduardo se encaram na igreja. Amanda entra na igreja ao lado do tio Olavo, que a entrega para Eduardo no altar. Amanda e Eduardo trocam as alianças. Vitor interrompe a cerimônia.

10 O JORNAL l MACEIÓ, 5 DE FEVEREIRO DE 2012 l DOMINGOwww.j2012.com.br l [email protected]

TV O Jornal

FilmesdaSemana TV

Domingo, 05/02

Uma Noite no Museu(Globo, 13h45)Night At The Museum, de Shawn Levy. Com Ben

Stiller, Robin Williams e Dick Van Dyke. EUA, 2006, cor, 108 min. A emissora não informou a classifica-ção etária.

Comédia – Pai divorciado decepciona o filho quando aceita o emprego de vigia noturno de um museu. Só que os dois não suspeitam que um antigo artefato dá vida às peças do lugar: um dinossauro gigantesco e estátuas de vários personagens histó-ricos. O pior é que alguém planeja roubar o objeto mágico justo na noite em que o pai leva o filho para visitar o museu.

El Pez que Fuma(TV Brasil, 23h)El Pez Que Fuma, de Román Chalbaud. Com

Miguel Ángel Landa, Orlando Urdaneta e Hilda Vera. Venezuela, 1977, cor, 120 min. Classificação Etária: 18 anos.

Drama - El Pez que Fuma é o nome do bordel onde acontece a trama. Uma disputa de poder coloca os homens como fantoches de La Garza, dona do bordel e do destino de todos em seu esta-belecimento. Apesar deles assumirem a posição de administradores do negócio, é ela quem assume o papel masculino, substituindo seus amantes ao seu gosto e prazer.

Efeito Dominó(Globo, 23h50)The Bank Job, de Roger Donaldson. Com Jason

Statham, Saffron Burrows e Richard Lintern. Ingla-terra, 2007, cor, 97 min. A emissora não informou a classificação etária.

Drama – Ambientado em 1971, o filme acompa-nha um dos maiores assaltos já ocorridos na história da Inglaterra. Os ladrões conseguiram levar cerca de três milhões de libras, entre joias e dinheiro. Nada foi recuperado e ninguém foi preso. O assalto ganhou as manchetes, mas a imprensa sofreu pressão para abafar o escândalo.

Arizona Nunca Mais(Band, 1h45)Raising Arizona, de Joel Coen. Com Nicolas

Cage, Holly Hunter e Trey Wilson. EUA, 1987, cor, 96 min. Classificação Etária: Livre.

Comédia – Um ladrão de lojas de conveniências se casa com a policial que sempre sumia com suas fotos nos arquivos da polícia. Depois de um perí-odo de muita felicidade, eles decidem que é hora de ter um filho. É quando surge um problema sério: a esposa é estéril. A vida do casal se complica. Ela deixa a polícia, ele começa a procurar lojas que estão fora de seu caminho e tudo vai mal.

O Último Golpe(Globo, 1h55)The Last Time, de Michael Caleo. Com Michael

Keaton, Brendan Fraser e Amber Valletta. EUA, 2006, cor, 96 min. A emissora não informou a classificação etária.

Suspense – O filme mostra a história de Ted, um vendedor cínico de Nova Iorque que redesco-bre o prazer da vida quando se apaixona pela noiva de Jamie, seu novo colega de trabalho. Formando o típico casal recém-chegado do meio-oeste, eles não serão os únicos a encontrar grandes surpresas na louca vida da cidade grande.

Segunda, 06/02

O Acampamento do Papai(Globo, 16h10)Daddy Day Camp, de Fred Savage. Com Cuba

Gooding Jr, Lochlyn Munro e Richard Gant. EUA, 2007, cor, 89 min. A emissora não informou a clas-sificação etária.

Comédia – Frustrados com os acampamentos

de verão normais, dois amigos decidem fundar um lugar em que todas as crianças possam curtir a natu-reza, fazer artesanato e descobrir valores simples. O negócio não decola como esperavam e o acam-pamento vizinho se revela mais bem-sucedido, roubando até algumas de suas crianças. Assim, eles são forçados a aceitar ajuda do pai de um deles, mili-tar durão, que vai virar o acampamento de cabeça para baixo.

O Grande Dave(Globo, 22h45)Meet Dave, de Brian Robbins. Com Eddie

Murphy, Elizabeth Banks e Gabrielle Union. EUA, 2008, cor, 98 min. A emissora não informou a clas-sificação etária.

Ação – Em busca de uma saída para evitar a destruição de seu planeta, seres extraterrestres chegam na Terra. Eles possuem a forma de seres humanos, mas são bem menores. Para observar e aprender sobre a rotina terráquea, eles criam naves que têm o formato de humanos normais. Uma delas é Dave, que precisa agir como uma pessoa normal para não despertar suspeitas.

Verônica(Globo, 1h)Verônica, de Mauricio Farias. Com Andréa

Beltrão, Marco Ricca e Matheus De Sá. Brasil, 2008, cor, 87 min. A emissora não informou a classificação etária.

Drama – Professora da rede municipal do Rio de Janeiro, Verônica precisa enfrentar assaltos, tráfico de drogas, roubo de equipamento escolar e homicídios. Um dia, ao sair do colégio, percebe que ninguém veio buscar Leandro, de 8 anos. Ao levá--lo até sua casa, na favela, descobre que traficantes mataram seus pais e agora estão atrás dele. Para protegê-lo, ela decide levá-lo consigo.

Terça, 07/01

A Moedinha da Sorte(Globo, 16h10)You Wish, de Paul Hoen. Com A J Trauth, Spencer

Breslin e Lalaine. EUA/Nova Zelândia, 2002, cor, 100 min. A emissora não informou a classificação etária.

Comédia – Alex é um adolescente que acha sua vida uma chatice. Em sua cabeça, nada dá certo por causa de seu irmão caçula, Stevie, que, apesar de ter 10 anos, vem arruinando a sua vida. Tudo pare-cia não ter mais jeito, até o dia em que o desejo de Alex de não ter um irmão caçula é realizado por uma moeda da sorte. A partir daí, tudo muda. Agora ele é filho único, o melhor jogador da escola e namora a líder de torcida.

Força Policial(SBT, 23h)Pride and Glory, de Gavin O´Connor. Com

Edward Norton, Collin Farrel e Jon Voight. EUA, 2008, cor, 130 min. Classificação etária: 16 anos.

Policial – Há anos, a família Tierney, uma verda-deira dinastia de oficiais, dedica-se ao cumprimento da lei. Quando uma batida policial dá errado e quatro policiais são assassinados, um escândalo de corrup-ção vem à tona, tornando-se a principal manchete dos jornais. No decorrer das investigações, Ray Tierney desconfia que um dos seus familiares possa estar envolvido.

Quarta, 08/02

K-9 – Um Policial Bom Pra Cachorro(Globo, 16h)K-9, de Rod Daniel. Com James Belushi, Mel

Harris e Kevin Tighe. EUA, 1989, cor, 101 min. A emis-sora não informou a classificação etária.

Comédia – Thomas Dooley, detetive da divisão de combate ao narcotráfico de San Diego, embora seja excelente policial, tem problemas para encon-trar parceiros. Vários marginais estão descontentes

com ele e tentam matá-lo. O único policial corajoso o bastante para trabalhar com ele é Jerry Lee, um pastor alemão treinado, apelidado de K-9, que não confia em Thomas como os outros policiais.

Quinta, 09/02

Escola de Bruxas(Globo, 16h10)Fuchsia The Mini-Witch, de Johan Nijenhuis.

Com Rachelle Verdel, Porgy Franssen e Annet Malherbe. Holanda, 2010, cor, 95 min. A emissora não informou a classificação etária.

Fantasia – Fúcsia quer aprender a fazer magia como seu pai e fica feliz da vida quando conse-gue autorização para ir à escola de bruxas. Lá, ela aprende a simular o vento e fazer magias com as nuvens. Mas a sua magia, muitas vezes tem resulta-dos inesperados.

Sexta, 10/02

Velocidade Máxima 2 (Globo, 15h45)Speed 2: Cruise Control, de Jan De Bont. Com

Sandra Bullock, Jason Patric e Willem Dafoe. EUA, 1997, cor, 121. A emissora não informou a classifi-cação etária.

Ação – O policial Alex Shaw esconde da namo-rada, Annie, que faz parte de uma unidade de elite da Swat. Para conseguir seu perdão, Alex convida sua amada para um cruzeiro pelo Caribe. Mas um maní-aco, com bombas e um computador, pode acabar com os planos de descanso dos dois.

O Mão de Luva(TV Brasil, 22h)O Mão de Luva, de Silvio Coutinho. Elenco não

informado. Brasil, 2007, cor, 72 min. Classificação Etária: Livre.

Documentário – O documentário conta a saga do bandoleiro Manoel Henriques, vulgo “O Mão de Luva”, que foi perseguido pelo Alferes Tiradentes e cuja captura originou a criação da cidade flumi-nense de Cantagalo e Nova Friburgo.

Halloween H20: 20 anos depois(Band, 22h15)Halloween H20: 20 Years Later, de Steve Miner.

Com Jamie Lee Curtis, Josh Hartnett e Adam Arkin. EUA, 1998, cor, 81 min. Classificação Etária: 14 anos.

Terror – Laurie Strode simulou sua morte para poder escapar da fúria de Michael Myers, seu irmão homicida. Apesar de agora se chamar Keri Tate, ela vive constantemente com medo. Até que, passados 20 anos desde que tudo começou, o irmão psicopata reaparece, agora perseguindo seu filho.

Nem que A Vaca Tussa(Globo, 22h25)Home On The Range, de Will Finn e John

Sanford. Elenco não informado. EUA, 2004, cor, 76 min. A emissora não informou classificação etária.

Animação – A fazenda Caminho do Paraíso está em pânico, pois uma ação de despejo ameaça acabar com o local. Temendo ir para o matadouro, os animais da fazenda decidem ajudar a dona a conseguir a quantia necessária para pagar a hipo-teca.

Uma Lição de Amor(SBT, 23h)I am Sam, de Jessie Nelson. Com Sean Penn,

Michelle Pffeiffer e Dakota Fanning. EUA, 2001, cor, 132 min. Classificação Etária: Livre.

Drama – Sam Dawson, um homem com capaci-dade intelectual de uma criança de 7 anos, se vê, de repente, com uma filha bebê para criar. Com a ajuda de amigos, ele cuida da pequena Lucy. Mas, anos depois, uma agente social ameaça levar a menina para adoção. Mesmo com suas limitações, Sam decide enfrentar o sistema legal.

TV ALAGOAS - SBTCanal 506h00 - A Programar 07h00 - A Grande Ideia 07h30 - Vrum 08h00 - Igreja Mundial 10h00 - Domingo Legal 13h00 - Eliana 18h00 - Roda A Roda Jequiti 18h55 - Sorteio da Tele Sena 19h00 - Programa Silvio Santos 23h00 - De Frente com Gabi 00h00 - O Mentalista / The Mentalist 01h00 - Divisão Criminal / The Closer 02h00 - Os Esquecidos / The Forgotten 03h00 - Encerramento da Programação

TV PAJUÇARA - RECORDCanal 1100h15 - Iurd04h25 - Bíblia Em Foco04h55 - Desenhos Bíblicos05h45 - Iurd – Nosso Tempo06h15 - Desenhos Bíblicos08h00 - Ponto de Luz09h00 - Pajuçara 360º09h30 - Informativo Cesmac10h00 - Alagoas da Sorte11h00 - Tudo É Possível15h00 - Programa do Gugu19h00 - Domingo Espetacular22h15 - Repórter Record00h00 - Amazônia00h30 - Série - Aprontando na Índia01h00 - Ponto de Luz

TV GAZETA - GLOBOCanal 704h45 - Santa Missa 05h45 - Sagrado05h55 - Gazeta Rural 06h25 - Pequenas Empresas07h00 - Globo Rural07h55 - Auto Esporte 08h30 - Esporte Espetacular 11h30 - Esquenta12h45 - Temperatura Máxima. Filme: Uma Noite no Museu (Exibição em HD)14h40 - Domingão do Faustão15h45 - Futebol 2012 - Campeonato Carioca - Vasco x Friburguense 18h00 - Domingão do Faustão 19h45 - Fantástico22h05 - Big Brother Brasil 1222h50 - Domingo Maior. Filme: Efeito Dominó (Exibição em HD)00h49 - Flash Big Brother Brasil 1200h55 - Sessão de Gala Filme: O Último Golpe (Exibição em HD)02h25 - Corujão I Filme : Todas Contra Jomh

TV EDUCATIVA - TVECanal 305h00 - Via Legal05h30 - Brasil Eleitor06h00 - Palavras de Vida07h00 - Santa Missa08h00 - Viola Minha Viola09h15 - Curta Criança09h30 - Janela Janelinha 10h00 - Escola Pra Cachorro 10h15 - Meu Amigãozão10h30 - A Turma do Pererê11h00 - ABZ do Ziraldo11h30 - Tromba Trem11h45 - Carrapatos e Catapultas12h00 - A Turma do Pererê12h30 - Catalendas12h45 - Cocoricó13h00 - Dango Balango13h30 - TV Piá14h00 - Stadium 15h00 - O Planeta Azul – O Abismo16h00 - Ver TV17h00 - De Lá Pra Cá17h30 - Cara e Coroa18h00 - Papo de Mãe19h00 - Conexão Roberto D’Ávila20h00 - Esportvisão21h30 - Curta TV22h00 - Cine Ibermédia 23h45 - Doc TV00h30 - Esportvisão02h00 - De Lá Pra Cá 02h30 - A Grande Música03h30 - Caminhos da Reportagem04h30 - Expedições

TV MARNET - Canal 2508h30 - Sobre Rodas09h00 - Momento Vip09h30 - Igreja El-Shaddai10h30 - Informe Cesmac11h00 - Info Ação Parlamentar11h30 - Programa Mix12h00 - Canal Legal13h00 - Programa do Caique13h30 - Palavra Amiga14h30 - Big Sports15h30 - Cidade Aflita16h30 - Almoço C/ Notícia18h00 - Sobre Rodas18h30 - Momento Vip19h00 - Igreja El-Shaddai20h00 - Informe Cesmac20h30 - Info Ação Parlamentar21h00 - Programa Mix21h30 - Canal Legal22h30 - Programa do Caique23h00 - Palavra Amiga00h00 - Big Sports01h00 - Cidade Aflita02h00 - Almoço C/ Notícia03h30 - Sobre Rodas04h00 - Momento Vip04h30 - Igreja El-Shaddai05h30 - Informe Cesmac06h00 - Info Ação Parlamentar06h30 - Programa Mix07h00 - Canal Legal

PerfilRetratoFaladoNome: Karina Hernandez Marti-

nez.Nascimento: 29 de julho de

1981, em Jaú, São Paulo.Na tevê: “Adoro as séries ‘Two

And A Half Men’ e ‘Law & Order’”.Ao que não assiste na tevê:

“’Reality show’ e notícias tristes”.Nas horas livres: Viajar.No cinema: “Fiquei impressio-

nada com a interpretação da atriz Natalie Portman em ‘Cisne Negro”.

Livro: “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, de Allan Kardec.

Música: “Sou bem eclética” (risos).

Prato predileto: Sushi.Pior presente: Chaveiro usado.O melhor do guarda-roupa:

“Uma bolsa Chanel bem antiga que achei em um brechó em Nova Iorque”.

Perfume: “Chloé”.Homem bonito: Richard Gere.Mulher bonita: Julia Roberts.Ator: Al Pacino.Atriz: Marília Pêra.Cantor: Frank Sinatra.Cantora: Adele.Animal de estimação: “Estou

louca para ter um daqueles porqui-nhos que não crescem”.

Escritor: John Sandford.Arma de sedução: Esponta-

neidade.Melhor viagem: “Qualquer

lugar que tenha neve e eu possa colocar os meus esquis”.

Sinônimo de elegância: Marília Pêra.

Gula: Chocolate.Ira: Injustiça.Luxúria: Inteligência e bom

humor.Inveja: “De quem sabe tocar

piano”.Cobiça: “Comprar minha casa

com meu dinheiro”.Preguiça: “De malhar e acordar

cedo”.Vaidade: Maquiagem.Mania: “Não consigo dormir

sem usar máscara”.Filosofia de vida: “Viver e não

ter a vergonha de ser feliz”.

Karina Marthin interpreta uma amiga fiel, mas com possibilidades de vilania

GABRIEL SOBREIRAPopTevê

Amigo é para todas as horas. Em tese, e s s a m á x i m a ,

q u e f l e r t a c o m o clichê, é levada à risca por muitas pessoas. Na teledramatur-gia não poderia ser diferente. Na alegria ou na fossa, na riqueza ou no desem-p r e g o , e l e s estão

sempre lá para apoiar, ouvir e ajudar. No caso de Odessa, a personagem de Karina Marthin, em “Aquele Beijo”, da Globo, não é diferente. “A minha personagem é mesmo amiga da Marisol e está querendo ajudá-la. Bem ou mal, ela perdeu o emprego dela ajudando a amiga”, pontua a atriz, referindo-se à personagem de Mary Sheila.

No texto de Miguel Fala-bella, Odessa é uma costu-reira e, até que prove o contrário, grande amiga da estilista Marisol. Entre acer-tos e tropeços, a dupla conse-gue trabalhar na luxuosa loja Comprare, de propriedade de Maruschka, de Marília Pêra. Mas, aos poucos, Odessa tem mostrado que é mulher de personalidade bem forte. “Ela é boa, mas não é boazinha. Não sei se por necessidade, ou deslumbre, ela talvez vire as costas para a amiga”, observa, entre risos.

Para a atriz, o público, pelo menos nas ruas, já dá essa “traição” como certa. Eles acreditam que, a qual-quer momento, a costu-re i ra v a i “a p u n h a l a r” a amiga e, por conta própria resolveram tomar as dores da personagem Marisol . “Certo dia, fui dar uma volta no Centro do Rio de Janeiro e uma senhora falou: ‘Se fizer algo com a Marisol vai apanhar’. No começo fiquei um pouco assustada, mas estou muito fel iz com o retorno”, diverte-se.

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TV O Jornal

Negócios à parteKarina Marthininterpreta uma amiga fiel, mascom possibilidadesde vilania

GABRIEL SOBREIRAPopTevê

migo é para todasas horas. Em tese, e s s a m á x i m a ,

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No ar em “Rebelde”, Cássia Linhares analisa mudanças no perfil de sua personagem

LUANA BORGESPopTevê

Tem ator que gosta de ser surpreendido pela história de seu persona-

gem. Quanto mais mudanças ocorrerem no perfil dele ao longo da trama, melhor. Por isso mesmo, Cássia Linha-res comemora a trajetória de Silvia, papel que interpreta em “Rebelde”. No início da histó-ria, ela era uma “perua” falida, interessada em encontrar um marido com dinheiro. Com o passar dos capítulos, foi se tornando uma pessoa melhor e mais sóbria, até na maneira de se vestir. “A partir do momento em que a personagem muda, a atuação fica mais rica. E posso trabalhar outras coisas. Sabe como é ator, a gente gosta é de ter trabalho com o papel”, garante, bem-humorada. Na trama, Silvia também carrega uma pitada de comédia, mas a característica não estava na sinopse inicial. “Eu fui um pouco responsável por esse direcionamento para ser uma coisa mais cômica”, garante.

Nas diferentes fases da personagem, Cássia pôde perceber uma resposta posi-tiva do público. Até quando, na história, Silvia aprontava poucas e boas, a atriz era abor-dada nas ruas com simpatia.

Depois que a moça deu uma aquietada, Cássia sentiu uma aproximação ainda maior dos telespectadores. Principal-mente porque acredita que um papel que tenha uma boa índole faz com que as pessoas se identifiquem. “Vide a novela das nove da Globo, em que todo mundo torce pela hero-ína porque ela tem caráter. Acho bacana eu estar fazendo uma personagem que está seguindo por esse caminho”, enfatiza, referindo-se a “Fina Estampa”, que tem a batalha-dora Griselda, de Lília Cabral, como protagonista. Outra maneira que Cássia tem de avaliar a repercussão do traba-lho é pelo Twitter. Apesar de

não entrar no microblog com tanta frequência, quando o faz, aproveita para falar de outros projetos e ainda lê comen-tários divertidos e elogiosos. “Acho engraçado, me divirto. Olha que eu não sou nenhuma garotinha e estou bem no Twit-ter. Fico lisonjeada”, brinca ela, que tem cerca de 72 mil segui-dores.

Para compor a persona-gem, Cássia prestou atenção nas características mais fortes de Silvia – a princípio, uma mulher requintada, porém falida. “Ela ganha uns trejeitos populares ao mesmo tempo em que tem educação. Peguei muito por aí”, explica. Mas o desenvolvimento do papel foi

tomando mais forma ao longo das gravações. Isso porque antes ela não tinha tantas informações sobre Silvia. “Você vai colocando coisas. É um processo em que se tem muitos ganhos quando você começa a gravar”, analisa ela, que vai continuar na próxima temporada de “Rebelde”. Estar em um mesmo projeto durante tanto tempo, aliás, é algo que agrada a atriz. Afinal, ela já está acostumada com toda a equipe envolvida na novela e com a personagem que interpreta. “Acho que vou sofrer menos porque estou mais íntima do projeto. Só facilita”, avalia. “Você tem mais controle do personagem, está mais solta”, acrescenta.

Sempre simpática, Cássia é do tipo que não glamou-riza a profissão de atriz. Pelo contrário. E nem cria grandes expectativas que não sejam relacionadas à qualidade do trabalho que realiza. “Sou muito sóbria. Vou à feira, ao supermercado, faço todas as minhas coisas”, conta. “A expectativa que eu tenho é: ‘Será que vou acertar? Será que o diretor vai ficar feliz com o que estou fazendo? Vou me dar bem com meus colegas?’”, especifica ela, que pretende estrear a peça “Querida Mamãe”, de Maria Adelaide Amaral, ainda este ano, além de fazer um infantil. “Estou correndo atrás de um texto. Estou com tempo porque a gente grava pouco. É tão raro isso em tevê, que não posso perder essa oportunidade de fazer outras coisas”, frisa.

NomePróprio

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TV O Jornal

O que vempor aí

Ser o principal suspeito de alguma coisa errada não é nada agradável. E é isso que Franco (Luciano Szafir) vai sentir na pele nos próximos capí-tulos de “Rebelde”. Ele chega a ficar aliviado ao saber que Helena (Nanda Ziegler) deu seu número à polícia depois de sofrer um acidente. Vai até visitá-la no hospital. Mas precisa lidar com a desconfiança de Pedro (Micael Borges), que afirma que deixará de suspeitar do empresário quando ele parar de agir como culpado.

É verdade que Franco nunca foi um santo. Por isso mesmo, é fácil acreditar em qualquer suspeita que caia sobre ele. Tudo pode se complicar ainda mais porque a própria aciden-tada também o acusa. Ele conta isso para Luli (Andrea Avancini) e ainda garante que Helena não voltará a trabalhar com ele.

Enquanto isso, a moça faz promessas de que vai acabar com a vida de Franco. Eva (Adriana Garambone) e Luli parecem não levá-la muito a sério. Afinal, fazem graça dos machucados da secretá-ria. Mas, pelo visto, Franco acredita ter motivos para se preocupar com a ira de Helena. Tanto que ele busca conselhos com Leonardo (Juan Alba) e pergunta se ela pode prejudicá-lo. A resposta é certeira: o melhor que o empresário tem a fazer é procu-rar seu advogado. Será que Franco vai conseguir se livrar da acusação? (LUANA BORGES/POPTEVÊ)

# Pilar deixa Roberta enten-der que Diego aproveitou o tempo com ela na piscina.

# Binho provoca Pedro e conta que Alice desmaiou em seus braços.

REBELDENa corda bamba

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Escutar música clássica não vai te deixar mais inteligente, diz pesquisador

O que deu errado no seu namoro?

REDES SOCIAIS

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Site permite que os usuários troquem mensagens e expliquem os motivos que causaram o fim da relação

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Tecnologia O JornalO JORNAL l MACEIÓ, 5 DE FEVEREIRO DE 2012 l DOMINGO

Estudo avalia o poder que o otimismo exerce sobre as pessoas

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Imagem Digital

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Gustavo BoroniPublicitário, relações públicas, fotógrafo e professor de fotografia

[email protected] l www.gustavoboroni.com.br

Smartphone que imita chocolateJá imaginou ter um smar-

tphone inspirado em uma das guloseimas mais cobi-çadas pelos chocólatras de plantão? Pois é, em breve alguns chocólatras poderão ter um em mãos. A japo-nesa NTT DoCoMo deverá lançar um smartphone que imita uma barra de choco-late em edição especial para o Valentine’s Day. O modelo SH-04D, apelidado q-pot e desenhado por Tadaaki Wakamatsu, terá 5,84 cm de

largura e virá com Android 2.3. Sua interface também será personalizada para a s s e m e l h a r- s e c o m u m chocolate.

Serão produzidos 30 mil modelos do aparelho na cor “chocolate amargo” e serão lançados no Japão com preço estimado de ¥ 40.000, algo em torno de R$ 918.

Então já sabe, se quiser ter um desses terá que pedir para um amigo lá do Japão comprar e enviar para você.

IMAGEM DO DIA

SONHOS DE CONSUMO

Registro do cotidiano em CoresPixels

Incentivando a produção das Artes Visuais em Alagoas, os autores das imagens mais interessantes, poéticas, inusi-tadas ou criativas, avaliadas por mim, serão publicadas aqui na coluna.Uma ótima oportuni-dade para novos aspirantes a fotógrafos da era digital, mostrar sua visão em Cores Pixels.Envie a fotografia em 300 dpi para [email protected], especificando Marca/modelo da câmera e um breve título . Boa Sorte e Bons clicks : D

TÍTULO: Contemplando o paraíso

FOTOGRAFIA: Letícia Pedrosa

MARCA: FUJIFILM - MODELO: FINEPIX S2850 HD

Edição Ilimitada da Leica com um design exclusivo para momentos inspiradores Em breve, os chocólatras irão ter um smartphone feito especialmente para eles

A nova câmera Leica D-Lux 5 Titanium foi criada para as

pessoas que desejam capturar a sua inspiração de uma forma particular-mente elegante. Idêntica a D-Lux 5, essa edição espe-cial limitada de titânio une estilo e classe, vem com um case de couro italiano, mas seus valores internos também mostram que beleza não é apenas algo superficial. Sua lente Leica DC Vario-Summicron (24-90

mm equivalente a uma de rolo 35 mm) garante exce-lente qualidade de imagem e abrange uma ampla gama de gêneros fotográficos, de

interiores escuros a ambientes bem i luminados. Com 1 0 . 1 m e g a p i x e l s , zoom ótico de 3.8x, configurações ISO 80 a 12.800, suporte Raw e JPEG e vídeo HD 720p, ela tem ajustes manuais que garan-tem maior liberdade

criativa ao fotógrafo e tornam essa câmera ideal para quem curte explorar as maiores cidades do mundo. Preço Sugerido: R$ 8.100,00.

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Tecnologia O JornalPESQUISA

Ouvir música clássica não te deixa mais inteligentePesquisador afirma que não há base científica que comprove essa hipótese

Você já deve ter lido em diversos lugares que ouvir música clássica acalma e

torna as pessoas mais inteligen-tes. Essa tese surgiu nos anos 50, quando o pesquisador Albert Tomatis conseguiu fazer com que um grupo aumentasse em 8 pontos o seu QI apenas ouvindo música clássica.

Entretanto, o pesqui-sador Frances Rauscher, envolvido em um estudo da década de 90 que, supos-tamente, comprovava essa p r e m i s s a , a f i r m o u e m entrevista que jamais disse isso. Segundo ele, não há base científica alguma para definir se a música clássica deixa alguém mais inteli-gente ou não.

Rauscher destaca que não há nenhuma relação direta entre a inteligência e o ato de ouvir música, mas sim com o fato de alguém estudar música ou apren-

der a tocar um instrumento, fatores que aumentariam a capacidade de concentra-ção e a coordenação motora.

Assim como a música clássica não deixa ninguém m a i s i n t e l i g e n t e, o u v i r o u t r o s e s t i l o s m u s i c a i s também não diminui em nada o QI de uma pessoa, já que não há relação direta de uma coisa com outra. Ou seja, se você ouve rock, MPB, sertanejo ou funk, você não ficará mais inteligente (e nem mais burro) do que ninguém por conta do seu estilo musical preferido. Mozart não faz milagres e não deixa ninguém mais inteligente

Depois da morte de Steve Jobs, cofun-d a d o r e e x - C E O

da Apple, Laurene Powell, esposa de Jobs, fez uma liga-ção para Bill Gates, fundador da Microsoft, para contar que Steve Jobs manteve uma carta escrita por ele ao lado de sua cama durante os últi-mos dias de vida. “Ela me disse que ele gostou da carta que eu escrevi e a guardou ao lado da cama”, disse Gates, em entrevista ao jornal The Telegraph.

Rivais durante muitos anos, por conta da concor-rência entre os computa-dores com Windows e o Macintosh, Jobs e Gates esti-veram juntos durante uma

longa visita de Gates, quando Jobs já estava afastado da Apple. “Nós passamos horas relembrando o passado e falando sobre o futuro”, disse Gates ao jornal. Segundo ele, quando o estado de saúde de Jobs piorou, ele lhe escreveu a carta.

Na carta, Gates falou sobre as criações de Jobs, como o iPhone e o iPad, e o trabalho que ele fez ao criar o Mac. “Eu falei para Jobs que ele deveria se sentir ótimo sobre o que ele fez e a empresa que ele construiu. Eu escrevi sobre seus filhos, que eu tive a oportunidade de conhecer”, disse Gates.

De acordo com Gates, o gesto nos momentos finais

de Jobs não foi conciliatório, em vista dos anos de rivali-dade entre os dois executi-vos. “Nós criamos grandes produtos e competição é sempre uma coisa boa. Não

havia motivo para perdão”, disse o executivo ao jornal.

“Steve foi um gênio incrí-vel que contribuiu imensa-mente para a área que eu trabalhava. Nós tivemos fases, como no início do Mac, quando nós tínhamos mais pessoas trabalhando do que ele tinha. E nós éramos concorrentes. Os compu-tadores pessoais em que eu trabalhei tinham uma parti-cipação de mercado muito maior que a Apple até os últimos cinco ou seis anos, quando o ótimo trabalho de Steve no Mac, no iPhone e iPad foram muito bem. É uma grande conquista. E nós gostávamos do trabalho um do outro”, disse Gates

durante a entrevista.Na ligação de Laurene

Powell, esposa de Jobs, para Gates, ela também o prepa-rou para receber a biogra-fia de Steve Jobs, escrita por Walter Isaacson e lançada poucos dias após a morte do executivo. “A biografia dele não mostra o respeito mútuo que vocês tinham um pelo outro”, disse Laurene a Gates. No livro, o autor conta diversos trechos de entre-vista com Jobs em que ele é bastante duro em relação a sua opinião sobre Gates. Em um dos trechos do livro, há uma entrevista com Jobs em que ele disse que “Gates seria um cara mais legal se tivesse tomado ácido”.

ESTÁGIO TERMINAL

Jobs tinha uma carta de Gates na cama

Gates: “Não havia reconciliação

a fazer; nós não estávamos em

guerra”

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O poder do pensamento positivoCIÊNCIA

De acordo com cientistas, ser otimista demais pode até mesmo prejudicar a vida de alguém

Não há pesquisa que conteste o fato de que livros e filmes de auto-

ajuda são campeões de venda. Milhares de pessoas se entre-garam aos encantos da Lei da Atração e chegaram até a adap-tar conceitos de física quântica para facilitar a conquista do carro ou emprego dos sonhos. A fórmula é simples: pensar posi-tivamente torna a vida melhor.

Mas independentemente de esses livros ajudarem ou

não alguém, assuntos seme-lhantes também são tratados pela ciência. Pesquisadores do mundo todo tentam encon-trar, por exemplo, relações entre a vida e a saúde do ser humano e aquilo que chama-mos de “pensamento posi-tivo”. Será que enxergar a vida em cor-de-rosa traz mesmo benefícios a alguém?

Otimismo afasta doenças cardíacas

Pessoas otimistas enxergam melhorDepois dessa revelação,

você nunca mais pensará na expressão “visão de mundo” da mesma forma: de acordo com estudo divulgado pela Univer-sidade de Toronto, o humor de alguém altera, literalmente, a forma como a pessoa enxerga, modificando até mesmo funções do córtex visual, ou seja, a parte do cérebro respon-sável pelo processamento de informações visuais.

Para chegar a esse resultado, os pesquisadores exibiam para voluntários algumas imagens capazes de despertar diferen-tes humores. Enquanto isso, as atividades cerebrais deles

eram analisadas em um exame de ressonância magnética. As figuras exibidas eram espécies de mosaicos formados por uma face humana no centro cercada de imagens menores e que faziam referência a locais (como uma casa, por exemplo). Para forçar as “cobaias” a olha-rem para o centro da imagem, uma tarefa era dada a elas: identificar se o rosto na folha era homem ou de mulher.

Com isso, foi constatado que pessoas de mau humor não enxergavam as imagens do plano de fundo, que cercavam a face. Entretanto, quando a mesma imagem era exibida e

o humor do voluntário estava melhor, a pessoa reconhecia todos os detalhes em segundo plano da figura.

O chefe de pesquisa Taylor Schmitz declarou que o “bom humor aumenta, literalmente, o tamanho da janela pela qual enxergamos o mundo. A parte boa disso é que podemos ver tudo de uma perspectiva mais global e integrativa. Em contra-partida, isso também pode resultar em distrações em tare-fas críticas que exigem mais concentração, como a opera-ção de máquinas perigosas ou a análise do conteúdo de baga-gens em aeroporto”.

Não confie no pensamento positivoÉ difícil pensar que o

pensamento positivo não traz benefícios à vida. Parece claro que ter uma visão otimista sobre determinado assunto possa levar alguém a lutar por seus objetivos e, possivelmente, conquistá--los. Porém, de acordo com psicólogos, o pessimismo também é importante para nossas vidas. E, como se não bastasse, otimismo demais pode ser prejudicial.

Em 1990, Martin E. P. Seligman criou, na Universi-dade da Pensilvânia, a psico-logia positiva, uma disciplina responsável por analisar as causas e consequências da

felicidade, da virtude e de outros aspectos da saúde psicológica. E o psicó-logo alerta: muitas vezes, o otimismo “pode fazer com que não vejamos a realidade com a clareza que ela exige”.

Como se não bastasse, parece que os pessimistas possuem vantagens mais palpáveis: um estudo reali-zado por Seligman e Derek Isaacowitz em uma comu-nidade de idosos, em 2001, constatou que pessoas com uma visão mais negativa da vida tendem a sofrer menos de depressão ao passar por eventos ruins, como a morte de um ente querido.

N ã o é n ov i d a d e q u e depressão, ansiedade, raiva e sentimentos similares estão relacionados a doenças cardí-acas. Uma alta dose de stress, por exemplo, pode fazer o cora-ção bater mais rapidamente e aumentar a pressão arterial, acelerando, assim, a possibili-dade de um infarto. Mas não é só isso. De acordo com o jornal Chicago Tribune, um estudo conduzido pelo Centro Médico da Universidade de Duke, nos EUA, constatou que o contrá-rio também acontece, ou seja, emoções positivas podem

tornar alguém mais saudável.Para a pesquisa, foi monito-

rado um grupo de 2.618 pessoas homens e mulheres que passa-riam por uma angiografia, exame capaz de revelar como o sangue flui pelas artérias que nutrem o coração. Na ocasião, os voluntários responderam a uma pesquisa sobre o que espe-ravam do futuro e como estaria sua saúde. Quinze anos depois, o estudo concluiu que os volun-tários com as melhores expecta-tivas possuíam 24% a menos de chance de morrer por complica-ções cardíacas.

Posteriormente, outro estudo comprovou algo seme-lhante, mas desta vez com um grupo de homens que vivia em Boston. Os pesquisadores analisaram, durante 12 anos, a capacidade que os voluntários tinham de controlar emoções positivas e negativas. De acordo com o resultado, entre os que tinham mais autocon-trole, apenas 6% sofreram um ataque cardíaco ou morreram por doenças cardiovasculares, contra 14% de vítimas entre os homens incapazes de contro-lar suas emoções.

5O JORNAL l MACEIÓ, 5 DE FEVEREIRO DE 2012 l DOMINGO www.j2012.com.br l [email protected]

Tecnologia O Jornal

WotWentWrong é um site para se descobrir os erros do passado para entrar mais maduro em uma nova relação

Existe um grande número de sites que nos ajudam a encontrar uma cara-

-metade. Seja para um rela-cionamento sério ou apenas para dar uma escapadinha de vez em quando, com alguns cliques é possível encon-trar várias comunidades de pessoas dispostas a começar uma relação.

Depois de se inscrever em um desses sites, resta marcar um encontro e esperar para conhecer a pessoa certa. Mas, o que fazer se, depois de alguns encontros, a pessoa

nunca mais retornar suas ligações sem qualquer expli-cação?

É nessa hora que entra o WotWentWrong – um site de relacionamentos muito dife-rente do que você já conhe-ceu. Em vez de permitir que as pessoas se encontrem, o WotWentWrong permite que os usuários troquem mensa-gens com os seus ex-encon-tros para tentar descobrir os motivos que fizeram com que a relação fracassasse.

A proposta do site é que as pessoas descubram a verdade sobre o fim da relação de uma maneira socialmente aceitá-vel, o que significa que você vai pedir explicações de um jeito discreto, sem parecer deselegante ou ser chata.

O processo todo é bastante simples: você começa preen-

chendo alguns dados sobre o relacionamento que terminou – o nome da pessoa, quantas vezes ou por quanto tempo saíram juntos, como foi que aconteceu o fim da relação. Em seguida, o site solicita que você escreva para a pessoa como contando se sente e dizendo que gostaria de saber o que deu errado na relação. Essa parte parece difícil, mas o site traz mais de dez mode-los de textos prontos que já dão conta do recado, mas também podem ser editados da maneira que você quiser.

E pronto! Sua solicita-ção está completa e já pode ser enviada por email ou por SMS. Mas ninguém achou que a outra pessoa responderia perguntas tão pessoais a troco de nada, certo? Pensando nisso, o site pede que você

preencha uma avaliação sobre a pessoa que lhe deu um pé na bunda sem maiores explicações. Com perguntas como “Ele(a) era atraente?”, “Ele(a) beijava bem?” ou “Ele(a) tinha bom senso de humor?”, você é convidado a avaliar o ex-parceiro como uma maneira de estimulá-lo a responder às suas perguntas também.

A pessoa só terá acesso a essa avaliação se revelar quais foram os motivos que a levaram a desaparecer e não ligar nunca mais. E para facilitar o trabalho de quem responde, o site também traz modelos prontos que podem receber comentá-rios para que a resposta seja mais pessoal. E as alegações para o fim da relação são as mais diversas – desde “Você

fala demais” ou “Você está muito preocupado(a) com a sua aparência” até “Faltou química” ou “Não estou pronto(a) para um novo rela-cionamento”.

No entanto, é importante lembrar que o objetivo do site é que a pessoa obtenha respostas diretas para as perguntas que sempre ficam rondando nossa cabeça quando um relacionamento chega ao fim. Depois de saber o que deu errado, o site enco-raja os usuários a mudarem seu comportamento e partir em busca de um novo amor.

O serviço do WotWen-tWrong é totalmente gratuito e está disponível apenas em inglês. O envio de solicitações de SMS está disponível apenas para os Estados Unidos e Canadá.

Um site para explicações

RELACIONAMENTO

3 www.j2012.com.br l [email protected]

Tecnologia O JornalO JORNAL l MACEIÓ, 5 DE FEVEREIRO DE 2012 l DOMINGO

PEQUENOS VICIADOS

Estudo britânico conclui que crianças se sentem solitárias quando estão desconectadas

De acordo com uma pesquisa realizada no Reino Unido, 49%

das crianças com até 12 anos se sentem tristes quando não estão conectadas à Internet, e uma em cada cinco se sente solitária.

O estudo, realizado pela empresa Intersperience a pedido do projeto Digi-tal Futures, entrevistou mil crianças e adolescentes entre 8o e 16 anos para determinar o impacto que a internet tem na vida desse público.

A influência seria ainda maior entre os entrevistados de 12 a 16 anos, sendo que 60% afirmaram que se senti-riam tristes sem conexão, enquanto que 48% disseram que se sentiriam solitários.

“O fato de que as crian-ças têm um forte apego emocional com a internet geralmente é encarado como algo negativo, quando na verdade é algo perfeitamente natural em uma geração que socializa online. Seria o equivalente a tirar o telefone de pessoas mais velhas, que por sua vez também se senti-riam solitárias”, afirmou Paul Hudson, CEO da empresa Intersperience.

A pesquisa também iden-tificou que os adolescentes são os principais usuários de dispositivos móveis no Reino Unido e que crianças de dois anos de idade dominam os iPads familiares. Além disso, crianças com menos de 12 anos surpreenderam como sendo “usuários sofistica-dos”, pois 74% deles jogam online, 65% usam a web para trabalhos escolares e muitos a utilizam para comparar

preços e buscar produtos.De acordo com o estudo,

em comparação aos resul-tados da pesquisa realizada com adultos, os pequenos demonstraram que reali-zam mais atividades online diárias que os mais cres-cidos. Contudo, apesar de toda essa preocupação com o seu apego emocional pela internet, a criançada prefere mesmo conversar com os amiguinhos pessoalmente.

Crianças ficam tristes sem acesso à Internet

Enquanto outras crian-ças ainda estão brin-cando, o inglês Harli

Jordean, de apenas 8 anos, já é um empresário de sucesso. Ele foi capaz de iniciar e manter um site de comércio de brinquedos (marbleking.co.uk) e hoje seus lucros já

estão próximo de alcançar a casa do milhão de libras.

A aventura comercial de Jordean começou quando ele perdeu suas bolinhas de gude para um menino mais velho. Assim que ele entrou on-line para procurar por outras para comprar, notou que não havia

muita oferta do produto na Inglaterra. O menino então resolveu criar seu próprio site para vendê-las e então o negó-cio deslanchou.

Hoje, para dar conta da demanda, Harli Jordean teve de contratar sua mãe e dois irmãos mais velhos para

ajudá-lo. Ao falar dos seus planos para o futuro, o garoto se mostra ambicioso. “Meu sonho é ter uma rede de lojas que um dia possa se tornar uma das maiores reven-dedoras de brinquedos do mundo”, afirma o presidente da marbleking.co.uk.

INTERNET

Sucesso financeiro precoce

Jordean fatura alto com venda de brinquedos

MERCADO

Apple Store brasileira é a mais cara de todo o mundo

Um estudo realizado pela consultoria alemã Idealo provou aquilo que muitos

brasileiros já desconfiavam — a Apple Store nacional cobra os preços mais caros de todo o mundo. Para chegar a essa conclusão, a empresa somou os preços de entrada dos cinco modelos de entrada mais vendidos em 37 países e, em seguida, os dividiu para chegar a uma média.

Os produtos analisados foram o iPad 2, MacBook Air, iPod Touch, MacBook Pro e o iMac. Apesar da popularidade do iPhone, o smar-tphone foi deixado de fora por também ser vendido através de diver-sas operadoras com valores variados.

A média de preços de um produto Apple no Brasil é de US3 1.386, quase 600 dólares a mais do que o cobrado na loja online da Malásia, cuja média de US$ 803 lhe garantiu a posição do local em que se gasta menos para adquirir os dispositivos. Canadá, Hong Kong, Estados Unidos e Singapura comple-tam o ranking dos cinco países em que os gadgets são mais acessíveis.

Atrás do Brasil, ficaram a Repú-blica Tcheca, Tailândia, Noruega e Dinamarca — nenhum dos países apresentou valores médios inferio-res a mil dólares. Não são somente os altos impostos que fazem o preço dos produtos serem tão caros — a grande popularidade também motiva a alta dos preços.

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Tecnologia O Jornal

Criador do Dropbox disse “não” a Jobs

OUSADIA

Drew Houston se formou pelo MIT e fundou o Dropbox em 2008; serviço tem 50 milhões de usuários

Amplamente detalhada na biografia de Steve Jobs, a capacidade de

convencimento do fundador da Apple era uma das marcas registradas do executivo. Ela era tão conhecida que chegou a ser batizada de “campo de distorção de realidade”. Jobs era capaz de convencer pessoas a tomarem atitudes aparen-temente sem sentido apenas guiadas por suas palavras.

Uma das poucas pessoas que podem ser gabar de ter resistido ao “campo de distor-ção de realidade” é Drew Houston, fundador do serviço

de compartilhamento de arquivos Dropbox.

No fim de 2009, Jobs se encontrou com Houston e sugeriu que a Apple pode-

ria comprar a empresa, mas Houston recusou. “Um dos motivos para recusar a proposta é que estávamos no início da empresa. E uma

vantagem importante do Dropbox é que os usuários podem usar o serviço de qual-quer plataforma. Então seria complicado nos vincularmos a uma plataforma específica”, Houston disse em uma entre-vista ao site Mixergy.

Pelo menos até agora, a decisão de Houston parece acertada. Criado no fim de 2008, o Dropbox fechou o ano de 2011 com 50 milhões de usuários. O serviço permite que seus usuários acessem documentos a partir de diver-sas plataformas (computado-res, tablets e smartphones). Há uma modalidade paga, mas mais de 90% dos usuários usam a versão grátis, segundo a revista Forbes. Em outubro do ano passado, o Dropbox conseguiu US$ 250 milhões de investidores e atualmente é avaliado em US$ 4 bilhões.

iCloud é “filho” do Dropbox

Atualmente, o desafio do Dropbox é enfrentar serviços similares de concorrentes bem maiores, como o iCloud, da Apple, as ferramentas do Google, e sistemas similares de armaze-namento em nuvem criados por Acer, Samsung e outras empre-sas.

No caso do iCloud, o Drop-box está praticamente enfren-tando um “filho”, já que o serviço da Apple tem recursos que seriam feitos pelo Dropbox, caso a empresa tivesse sido vendida.

Ho u s t o n d i s s e a o s i t e TechCrunch no início deste ano que, durante o encontro de 2009 com Jobs, o fundador da Apple havia feito uma crítica ao serviço.

Segundo Jobs, o Dropbox não era um produto, mas sim um recurso. Com essa afirma-ção, Jobs queria dizer que o Dropbox não era um produto autossuficiente, mas sim um serviço complementar, que faria sentido somente quando atre-lado a outros serviços ou equi-pamentos.

O raciocínio de Jobs parece ter sido implementado no iCloud, lançado em 2011. O serviço de sincronização de arquivos funciona completa-mente vinculado aos produtos da Apple.

Carreira começou aos 14 anos

Filho de um engenheiro e uma bibliotecária, Houston é um nerd por excelência. Aos 14, ele já tinha algum conhecimento de programação e começou a inves-tigar falhas de segurança em um jogo online. Os criadores do jogo logo contrataram o jovem.

A partir daquele momento, Houston esteve sempre envol-vido em startups. Quando começou a cursar Ciência da Computação no MIT, ele também passou a ler livros de gestão de negócios, área funda-mental para quem queria ser, além de um excelente progra-mador, um dono de empresa.

Ideia veio em viagem de ônibusAp ó s c o m p l e t a r s u a

faculdade no MIT, Hous-ton foi para o Vale do Silício para fundar uma empresa. A ideia para criar o Drop-box veio numa viagem de ônibus. “No MIT tudo estava em rede. Mas, depois que me formei, senti-me de volta à Idade da Pedra. Eu tinha que carregar um pen drive pra lá e pra cá, enviar coisas para meu próprio e-mail. Certa vez, numa longa viagem de ônibus, esqueci de levar o meu pen drive e fiquei frus-trado por não ter o que fazer na viagem. Mas, como todo

bom engenheiro, comecei a trabalhar em um código para um sistema de compar-tilhamento de arquivos”, contou Houston ao Mixergy.

Em 2007, Houston e seu parceiro Arash Ferdowsi conseguiram um aporte de capital e o apoio logístico do Y Combinator, uma das incubadoras de empresas mais respeitadas do Vale do Silício. Na época, os amigos tinham uma rotina típica de programador: longas jorna-das de trabalho regadas a junk food. Michael Moritz, um dos primeiros inves-

tidores Dropbox, visitou o apartamento que Hous-ton e Ferdowsi dividiam na época e contou à Forbes que “ambos pareciam exaustos, havia muralhas de caixas de pizza e cobertores espalha-dos pelos cantos”.

O e s f o r ç o d o s d o i s amigos foi compensado em setembro de 2008, quando c o n s e g u i r a m l a n ç a r a primeira versão oficial e estável do Dropbox. Desde então, o serviço cresceu rapidamente até atingir os atuais 50 milhões de usuá-rios.

Jobs na apresentação do iCloud, serviço com funções similares ao Dropbox

Você precisa ser sorteado para comprar um iPhone em Hong Kong

MERCADO

Apple chinesa tomou medida inusitada para reduzir filas e garantir que todo o estoque seja vendido

Como na maioria dos lugares do mundo, a chegada de uma nova

versão do iPhone sempre gera filas, correria e muitos clientes insatisfeitos caso não consi-gam colocar as mãos no novo aparelho. As lojas da Apple em Hong Kong, porém, tomaram uma medida inusitada para trabalhar com a demanda: estão escolhendo por sorteio os clientes que comprarão o celular.

Para participar, é preciso se cadastrar em uma das lojas e

esperar uma confirmação por email. A ordem de chegada não importa, mas sim a sorte. Caso não seja eleito, o cliente pode se recadastrar e tentar novamente no próximo lote do smartphone que chegar à China. Caso seja o “vence-dor”, basta comparecer na loja com um documento de identidade.

Há uma série de restrições para evitar trapaças e comba-ter os espertinhos. Apesar dos interessados poderem se cadastrar em quantos sorteios desejarem, apenas a própria pessoa pode retirar o aparelho. Portanto, nada de se registrar com o nome de outra pessoa ou utilizar docu-mentos falsos, já que a reserva é vinculada à identidade do cidadão.

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Tecnologia O Jornal

O Kinect pode ser muito mais do que um sensor para jogos de video game. Agora, um novo “hack” do sistema está sendo desenvolvido para permitir que você veja como é a anatomia humana direta-mente no seu corpo. E a melhor parte é que você não vai preci-sar de uma mesa cirúrgica para visualizar os músculos e ossos. Tudo graças aos pesquisadores da Universidade Técnica de Munique (Alemanha).

O sistema faz um rastrea-mento da pessoa que está em frente ao Kinect, em seguida realiza os cálculos necessários para mostrar exatamente onde estão os ossos, órgão e múscu-los que compõem o seu corpo. O sistema é integrado a uma enciclopédia da anatomia, como todos os nomes e expli-cações para os itens mostra-dos. Ainda não há previsão para a distribuição do software utilizado.

Conheça o software que fará você ver próprio corpo por dentro

KINECT

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Sala VipO JORNAL l MACEIÓ, 5 DE FEVEREIRO DE 2012 l DOMINGO

Divulgação

Para pequenos

Em sua terceira edição, O Bailinho, filho mais novo do Seresteiros da Pitanguinha, leva a criançada a pular o carnaval com os ritmos de antigamente

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Sala Vip

BoxGiroMarco Leã[email protected]

Vem comigo?Preparados para os dias que faltam de Carnaval? A gente aqui está contando os minutos. Além de Barra de São Miguel, Maragogi também vai bombar. E não é por conta das praias: é que vai rolar muita gente linda e glamourosa nos blocos de rua. Não é nenhuma novidade que os bloco vem bomba no Carnaval alagoano. Também, conta com atrações nacionais. Tudo, né? Já neste domingo, a domigueira do Maikai pega fogo com animação da badalada Cannibal. Fervo!Made in Alagoas

De bobos não tem nada, os músicos alagoanos estarão em ritmo acele-rado e aproveitando tudo, já que é tempo de folia, para bombar a agenda e passar o resto do mês relax, claro. Na lista? A banda ‘novata’ da seara, Atrupp vai fazer bonito nessa folia, vai tocar em Maragogi, Barra de São Miguel e Olinda. Já Bora Bora e Esquadrão de Bali, Boca de Forno estarão na BR,literalmente, com agenda lotada de shows pelo país afora. Tá bom ou quer mais?

FrevoNão é só de marcinhas de carnaval vive Maceió. O empresário Guilherme Brandão colocou, ontem, no seu Maikai Show Bar o forró da famosa Matruz com Leite para animar ainda mais a noite dos baladeiros alagoa-nos. Outro que investiu no arrasta-pé foi o promoter Galisteu Matias para a sua Le Hotel, onde reuniu as bandas Celebridades do Forró e o axé de Badallada. A paquera rolou solta, claro!

.... + badaloJá a boate Loop Lounge Club investiu na festinha predileta da turma modernette de Maceió. Do que estamos falando? Da Vish, que vem lotando por onde passa. Por lá, nada de marchinhas de Carnaval, o som que dominou geral foi o funk. Muita gente animada passou no lugar como Andressa Freitas, Ítalo Ferro, Thaina Andrade e Lívia Lemos. Ta bom pra você? Ufa! Como é dura a vida da bailarina. Fui...

Maria Chaves, Carolina Acioli e Mariana Barreto

Carol Xavier e Amanda Freire

Eduardo Gaudêncio e Maria Fernanda Teixeira

Rayana e Breno Monte

Tham Penhafiel

Verilson e Gil TorresSilvio Arruda e Mônica Lyra

Carol e Lúcia Bastos

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Sala Vip

EditorialMovimentada

Semana boa é quando é movimentada. Alguém um dia me disse isso e, às vezes, preciso

concordar. A semaninha que passou foi bem produ-tiva para o Sala Vip. Entre muitos elogios (nada de modéstia, ok?), pautas interessantes surgindo, o trabalho rendeu bastante o que resulta num caderno recheado por temas inte-ressantes.

Neste domingo um dos focos foram as crian-ças. A começar pela maté-ria de capa, que traz a alegria do Bailinho, festa que atrai uma multidão de pequenos foliões para o Centro de Convenções, que se esbaldam, juntos à seus pais, com um repertó-rio já fazia sucesso na infância de seus avós.

Segundo Emmanuel Fortes, um dos fundadores do Seresteiros da Pitanguinha,

a intenção era fazer um resgate das antigas festas de Momo, criando, assim, uma nova platéia. A fórmula está dando certo.

Para não fugir à regra, Sala Vip traz assuntos liga-dos à saúde, moda e beleza, sem contar que dá dicas perfeitas dos agitos que acontecem pelo Estado. Deixando tudo redon-dinho, a jornalista Nide Lins, fez às vezes de fotó-grafa e registrou alguns momentos do Exporta Alagoas Fashion Day’12, que aconteceu, no último dia 2, na Casa da Indústria. O caderno ainda traz mais

uma matéria de Fernando Nunes, que dá um show ao falar de moda.

Flávia Farias - Editora

Fotos: DivulgaçãoFotos: Divulgaççãoo

Moda à la Amy

Winehouse

As fofuras do Bailinho

Pele de

porcelana

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Sala Vip

ModaFernando [email protected]

A moda de volta ao blackEm um tributo de memórias alegres, a alta costura francesa presta homenagem a Amy Winehouse

Nã o h á n e n h u m a novidade em dizer que estilista francês

Jean Paul Gaultier tem uma relação longa com a cultura pop. Quem não se lembra do soutien em formato cônico usado por Madonna durante os shows da turnê Blond Ambi-tion em 1990? Ou quem não amou a parceria do estilista com o diretor espanhol Pedro Almodóvar na composição dos figurinos de Kika (Espa-nha/França, 1993) e do recente A pele que habito (Espanha, 2011)?

Em sua coleção de alta costura, apresentada em Paris no último dia 25 de janeiro, Gaultier resolveu fazer uma

h o m e n a g e m p ó s t u m a à cultura pop e reafirmar a influ-ência da cantora inglesa Amy Winehouse, falecida em 23 de julho de 2011, com um ícone da moda para a primavera--verão 2012.

Com um quarteto mascu-lino entoando um dos gran-des sucessos de Amy, a canção Back to black, as modelos entraram na passarela com penteado e a maquiagem que era peculiar à cantora: cabelo alto, uma mexa branca na franja, os olhos marcados com um traço largo de delineador. Moda que foi muito copiada. Ainda hoje é possível encon-trar na internet muitos vídeos tutoriais ensinado a fazer seu penteado e maquiagem.

A apresentação se deu como se Amy estivesse de volta em seu melhor momento, cantando seu blues que trans-cende a alma, em seus vestidos cinturados, compondo o ar

retrô meio transgressor, o que mais lhe representava.

Gaultier usou cortes assi-métricos nos tailleurs, brin-cou com o preto e branco e com cores fortes, valorizando o busto, trouxe por alguns minutos a força de Winehouse na moda, que talvez alguns já tinham esquecido. Com rendas, transparências e bordados criou uma atmosfera de boudoir, que se conectou instantaneamente com seu design sensual. Pôs as modelos sobre sandálias plataformas dentro de saias lápis cobertas de paetês e abusou dos linge-ries. Deu as mulheres a Amy que todas queriam ser.

Entretanto, segundo o tablóide britânico The Sun, os pais de Amy não aprecia-ram a homenagem feita pelo estilista, sentindo-se choca-dos e achando ofensivas as imagens apresentadas na passarela. “Nós estamos orgu-

lhosos de sua influência na moda, mas achamos os véus pretos nas modelos fumando, com um quarteto de barbea-ria cantando sua música, de péssimo gosto”, disse o pai de Amy, Mitch Winehouse, ao The Sun.

FORTECertamente não foi a

intenção de Gaultier ofen-der ninguém, embora outras celebridades também tenham achado o desfile forte. Os fãs da cantora ao redor do mundo e os amantes da moda sentiram-se felizes em, após 6 meses de seu falecimento, Amy Winehouse ser lembrada de maneira tão especial dentro de uma das maiores tradições francesas, a alta costura. Esse desfile mostrou, com alegria, que sua morte prematura não será uma pedra sobre sua imagem significativa e seu valioso legado para moda.

Beleza

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O tal do primer

De uns anos para cá, a pele das moças que adoram andar pintadas está cada vez mais lisinha graças ao primer, um

produto que ajuda, entre outras coisas, a dimi-nuir os poros. Ele deve ser usado como pré--maquiagem, depois do hidratante e antes da base e pó para fazer um efeito quase mágico.

Existem primers para lábios, que hidratam e disfarçam as linhas superficiais; para o rosto, que uniformizam a pele, disfarçam linhas de expressão; para as pálpebras, fixam melhor a

sombra, e até mesmo para os cílios, que dão mais volume. Todos eles aumentam a duração da maquiagem.

O primer cosmético pode ser encon-trado em creme, serum, balm, com cor, sem cor e com fps. Existem primers espe-cíficos para cada necessidade da pele. Há aqueles que contraem os poros, aque-les que diminuem a oleosidade, os que

causam efeito tensor, outros que hidratam, os que uniformizam a pele e aqueles que escondem ruguinhas.

Ao lado, Marina Smith Dias, do blog 2Beauty, que já testou várias marcas;

Abaixo, primeiro à esquerda: Primer Facial HD Tracta, que forma um filme leve e

imperceptível;

Em seguida, Base Lissante Smoothing Primer Sephora, gel transparente para

alisar e matificar a pele;

A seguir: Avon Magix , creme disfarce para poros e linhas finas;

Por último: Make B. Primer Facial Alta Definição, ajuda no deslizamento e aplica-

ção de produtos como base e pódutos como base e pó

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GourmetCozinhando com Cláudia Kummer

Cozinhar é uma arte que poucos conseguem domi-nar. Mas, ser um grande chef nem sempre é a meta de homens e mulheres que buscam no poder transforma-

dor das panelas, relaxamento e diversão.Sala Vip invadiu o Espaço Gourmet, da Sierra Móveis, para ver os dotes culinários de Cláudia Kummer, que nos preparou uma deliciosa torta de banana. Para quem não sabe, Cláudia é arqui-teta e urbanista, especialista em móveis de alto luxo, sendo uma das mais procuradas na cidade.Ela, que adora curtir sua filha e o maridão Cícero Duarte, também arquiteto, aproveita suas férias para viajar e conhecer novas culturas. “Desde muito nova, sempre fui ligada à dança, teatro e música”, contou, entre outras coisas. Confiram abaixo mais sobre ela e a receita que vai adoçar seu fim de tarde:

Está se tornando muito comum encontrar mulhe-res que não sabem nem o caminho da cozinha. Trabalho, faculdade, cuidados com a beleza e saúde, entre outros afaze-res, deixam a tarefa de cozi-nhar nas mãos de outras pessoas. Qual é a sua rela-ção com as panelas?

Panelas não estão no meu cotidiano obrigatório, porém, cozinhar de maneira divertida e prática me descontrai. Criar algo rápido com cor, texturas, cheiro, produz alegria e reúne a família.

Homem e cozinha combi-nam?

Vejo que, com a evolu-ção das diversas profissões, o homem ocupa lugar sólido e

sensível na cozinha. Eles expri-mem com alma algo desco-nhecido e que, no fim, dá certo.

Qual o prato que sempre que você faz sabe que será sucesso entre amigos e familiares?

Salada de penne com camarão e manga e depois, claro, a torta de banana com sorvete.

Ter uma cozinha bem montada e com móveis que facilitam o trânsito pelo lugar torna a vida dos cozinheiros mais simples. Qual a dica para quem quer dar uma turbinada e descomplicar na hora de preparar as refeições?

Com certeza o mobiliário

e os acessórios refletem no equilíbrio necessário para o produto final. A dica é fazer com prazer, sem se preocu-par em sofisticar; ser simples e gostoso. Por fim, bom apetite!

Ingredientes:1½ xícara (chá) de amido de milho1½ xícara (chá) de farinha de trigo1 colher (sopa) de fermento em pó1½ xícaras (chá) de açúcar2 xícara (chá) de margarina gelada10 bananas nanicas cortadas em

fatias100 g de passas

3 ovos1 xícara (chá) de leiteCanela em pó para polvilhar.

Modo de preparar:Numa tigela, misture a farinha de

trigo, o amido de milho, a margarina, o açúcar e o fermento. Esfarele com as pontas dos dedos até obter uma

farofa. Unte uma assadeira retangular e coloque 1/3 da farofa, cubra com as fatias da banana, salpique as passas e a canela e repita a operação e deixe a última camada com a farofa.

Bata as claras no ponto de neve, coloque a gemas, depois o leite e despeje sobre as camadas. Polvilhe com canela, leve ao forno médio (180°)

por 20 minutos.Rende 10 porções.

Obs.: Pode ser servida quente ou gelada e acompanhada de sorvete de creme e regado com licor de Amarula.

Para decorar: folhas de hortelã e canela em pau.

Fotos: Janderson Marinho

Acima, a arquiteta Cláudia

Kummer finalizando seu prato;

ao lado, a torta de banana, que

deve ser servida com sorvete

KidsPorta-treco de bebês

Antes mesmo dos pequenos nascerem, as mães são alertadas de que precisam de uma bolsa para a maternidade, uma

para passear, uma para viajar, uma para ir ao médico e a medida que eles crescem, outras tantas para guardar os lanchinhos, brinquedos e outros acessórios que as crianças “precisam” carregar.

Pais, mães, avós, tios e madrinhas, sabem que além de mais peso, cada nova bolsinha pode realmente é fazer pesar no bolso. Lindas, nem sempre práticas e muitas vezes caras, elas tendem a ser esqueci-das assim que os bebês entram numa nova fase. A dica é pesquisar, tentar

não se deixar influenciar e descobrir qual a real necessidade daquela bolsa que às vezes “grita” para ser levada para casa.

Abaixo, alguns bons exemplos que podem ajudar as mamães que estão em dúvida sobre qual o modelo ideal:

1 - Para as fraldas sujas, sacola

verde, Morada da Floresta: R$ 25

2 - Mochila Borboleta, Forrozinho

de Gala: R$ 120

3 - Bebêchilinha térmica, da

Bebêchilinha: R$140

4 - Bolsa Galzerano, preço sob

consulta

5 - Bolsa Just Baby, preço sob

consulta

6 - Bolsa Carter’s, R$199

7 - Bolsa do papai, Diaper. Preço

sob consulta

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CapaFlávia [email protected]

PARA OS ADULTOSPara manter a qualidade dos

bailes, os Seresteiros começam ainda em setembro a traba-lhar para que as festas ganhem corpo. Algumas reuniões são feitas para que se defina o tema e, em outros encontros, a letra da marchinha, que será cantada repetidas vezes – é apresentada. Mas janeiro é um mês crucial

para a vida do bloco. Nele, além dos ensaios, o grupo se esforça na divulgação e na confecção das fantasias e roupas que tanto serão usadas nos dois bailes, como também no bloco que desfila, dia 12, no Jaraguá.

Este ano, com o tema “Abram alas... eles vão passar”, os Seres-teiros da Pitanguinha home-nagearam cinco personagens

ligados ao carnaval alagoano. Nelas, Setton Neto, o eterno Rei Momo; Marcial Lima, um dos fundadores do Pinto da Madrugada; Moleque Namo-rador, grande passista; a folcló-rica Miss Paripueira; e Eduardo Cerqueira, o Cebolinha, um dos primeiros produtores cultu-rais do Estado, responsável pelos bailes na Portuguesa e do concurso do Passo, foram devi-damente lembrados.

Segundo Emmanuel Fortes, seu carnaval está entre os melho-res do Brasil, no quesito tradicio-nal, pois, além de trabalharem para a formação de uma platéia, os autores da terra são priori-zados para animar o público. “Isso é um desafio, mas de 30 a 40% das músicas são de auto-res alagoanos”, disse ele, que se anima ao relatar cada detalhe das apresentações que tem 40 vozes cantando marchinhas e arrastando uma multidão por onde passa.

Eles são pequenos, mas têm animação de sobra para dançar ao som de muito frevo, marchinhas e, claro, um divertido repertório infantil. Assim é O Baili-nho, filho mais novo dos Seresteiros da Pitanguinha, que pelo terceiro ano pode levar mais de mil pessoas para o Centro de Convenções de Maceió

A paixão pelos antigos carnavais fez nascer em alguns profissionais

liberais da capital alagoana a vontade de revitalizá-los. Com outros ritmos ganhando força, durante os festejos de Momo, o ponto pé inicial foi transformar a primeira sexta-feira de cada mês no momento ideal para ouvir deliciosas marchinhas. E já faz mais de uma década que os Seresteiros da Pitanguinha levam alegria ao famoso bairro da parte alta da cidade. “A ideia surgiu com a revitalização do Jaraguá. A princípio era por lá que desfilávamos. Queríamos um carnaval com violão, flauta, percussão, pois a intenção era fazer uma festa tradicional, como na década de 1930”, disse Emmanuel Fortes, renomado psiquiatra e um dos fundadores do bloco.

Com o passar do tempo, os

organizadores perceberam que as crianças estavam tomando gosto pelo bloco. Assim como os adultos, eles festejavam ao som de antigamente, mas faltava um repertório feito sob medida para eles. “Percebemos que precisávamos fazer uma matinê no mesmo espírito do baile dos adultos. Antes, em

praticamente todos os municí-pios alagoanos, elas existiam. Eram realizadas em clubes e arrastavam muita gente. Planejamos e realizamos nosso primeiro baile para os peque-nos”, disse Fortes.

Já na estréia, mais de mil pessoas compareceram ao Centro de Convenções. O apego

pelo frevo e pelas marchinhas carnavalescas começava a ganhar força, aliado à segu-rança que o evento oferecia para quem queria se divertir sem pressa, nem medo. Para brindar os foliões mirins, O Bailinho manteve em sua programação musical um repertório de músicas infan-tis, mas em ritmo de carnaval, além de uma apresentação dos Seresteiros da Pitanguinha, que guardam um pouco de energia depois de se apresentarem no Baile de Máscaras, dois dias antes do evento.

Para sua terceira edição, os pequenos poderão ouvir o som da banda Divino Supernova, que, assim como os Serestei-ros, toca mais de duas horas, no evento. “Em janeiro fazemos os ensaios para os dois bailes e há crianças que acompanham os preparativos e dançam sem parar. Um bom exemplo disso é um menino chamado Rafael, que é filho de um radia-lista. Ele adora o ritmo e dança feito gente grande”, anima-se Emmanuel Fortes. Sua missão de formar novas platéias está dando muito certo.

Para não fugir à regra, que não é nada rígida, os pequenos vão fantasiados para aprovei-tar a festa preparada para eles. Diferente do baile dos adultos, não há concursos. A ordem é apenas se divertir. Segundo os organizadores, mesmo com o foco nas crianças, os pais marcam presença e se divertem tanto quanto eles.

Os pequenos seresteirosFotos: Assessoria

Marco Antônio

O psiquiatra Emmanuel Fortes

concilia sua carreira com a paixão

pelos Seresteiros da Pitanguinha

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NewsModa na Casa da Indústria

Na última quinta-feira, a Casa da Insutria foi palco de um movimentado evento de moda. O Exporta Alagoas Fashion

Day’12, além de mostrar o trabalho de seis empre-sas alagoanas que receberem consultoria para desenvolver as suas marcas, deixando-as aptas à elaborar estratégias que visem conquistar novos mercados, fez um tributo a algumas mulheres que se destacam na sociedade alagoana.

O evento contou com a mostra “Mesas Postas”, assinada por Rodrigo Alves e Ana Maia/Rosa Piatti, com a criação das empresas Collori e Tavola e um pocket desfile de peças de moda infantil, feminina e moda praia das marcas Pontos & Contos, Cereus, Aquas e Mythos.

O público ainda pode acompanhar o making of dos ensaios, realizado de forma primorosa pela equipe do salão Fios de Cabelos. Tudo isso ao som do setlist assinado pela DJ Lyah.

Confiram os looks desfilados e quem passou por lá para conferir o evento:

1 - Érika Sena, que mostrou uma das roupas da Mythos, que trouxe uma moda feita para uma mulher bem sucedida,

que conquistou o seu espaço no mercado de trabalho; 2 - Sayonara Araújo, desfilou roupa da Cereus, feita para uma

mulher jovem, que já chegou ao topo da carreira, uma pessoa prática, com um ‘q’ de sustentabilidade; 3 - Maristela

Tavares, apresentou peça da Aquas, que traz um conceito de moda ideal para as mulheres que dispensam cuida-

dos para a saúde e beleza; 4 - Ana Maria Almeida, que usou vestido da coleção da Pontos & Contos, inspirada no

Pequeno Príncipe, cheia de bordados, remetendo ao lúdico

Fotos: Nide Lins

Na exposição “Mesas

Postas”, a grife

Tavola foi criada para

pessoas com classe

e elegância. Já a

Collori, de Rosa Gaia,

sugere uma anfitriã

doce e acessível

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5 - A artista plástica Ana Maia e a arquiteta Elene Lages;

6 - A estilista Larissa Nunes, a jornalista Lis Nunes e a designer de acessórios Carol Paz;

7 - As estilistas Marcela e Iana Tenório, do La Gaveta;

8 - O estilista Marcus Telles

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Saúde

É massa!Muita gente não sabe,

mas o macarrão é um alimento que

melhora o humor, dá energia e ainda pode emagrecer. As massas de bolos, pães e pastas são basicamente produzi-das a partir de duas substân-cias vitais para a alimentação humana: o amido, gera ener-gia vital para o organismo e o glúten, encontrado principal-mente no trigo e responsável pela consistência que estamos acostumados a apreciar nas massas.

De acordo com a nutricio-nista Luana Fabíola, da rede Hapvida, o macarrão não é um alimento que contém substân-cias que auxiliam na perda de peso, até porque se trata de um tipo de carboidrato. Porém, ele pode se tornar mais ligth e saudável a depender da esco-lha do molho e a combinação a ser feita com outros grupos

de alimentos. “O ganho de peso é decorrente do excesso de calorias que comemos, sendo assim, não importa de onde as calorias extras vêm. Se você ingerir mais calorias do que gasta, vai engordar. O que deve ser levado em conta é a composição da dieta, além da forma de preparar os alimen-tos”, comenta Luana.

Ela lembra ainda que a melhor opção é o molho de tomate caseiro, por ter menor teor de sódio, e a combina-ção do macarrão com pratos que levem vegetais como, por exemplo, no yakissoba ou, até mesmo, em penne com molho de abobrinha.

BOM HUMOR O bom e velho macarrão

é um dos pratos mais apre-ciados nos quatro cantos do mundo. Os benefícios nutri-cionais do macarrão são

muitos. Para começar, ele é considerado um alimento com baixos níveis glicêmi-cos, porque leva mais tempo para ser digerido pelo orga-nismo - mais do que o pão ou o arroz brancos. Assim, colabora para prolongar a sensação de saciedade e manter os níveis de glicemia estáveis no sangue no perí-odo após a refeição. Outra surpresa boa é que o macar-rão ajuda a dar uma baixada na tensão e ainda colabora para melhorar o humor.

Luana Fabíola explica que ingerir carboidrato de boa qualidade pode elevar os níveis de serotonina, que é uma substância chamada de neurotransmissor e existe naturalmente em nosso cére-bro e, como tal, serve para conduzir a transmissão de uma célula nervosa (neurô-nio) para outra. “O macarrão,

além de reabas-tecer as reservas de energia do cérebro, faci-lita a captação do triptofano, um precursor da serotonina, justamente o neurotrans-missor que está diretamente ligado às sensações de calma e bem-estar, diz a nutricio-nista.

Uma alimentação equi-librada é uma boa pedida para o verão, lembrando que, nesse período, devemos prio-rizar as frutas, saladas e sucos

p a r a a compo-

sição de uma dieta leve e saudável. O macarrão pode ser incluído na dieta desde que seja com molhos leves. Como todo carboidrato o macarrão é uma ótima fonte de energia, principalmente no pré-treino. Porém, para o ganho mais acentuado de massa magra e importante selecionar também boas fontes e proteína magra e saber incluí-las na alimenta-ção.

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Sala Vip

AgitoPadre

Hoje, o Ginásio do Sesi será invadido por fãs do padre Fábio de Melo, que volta aos palcos alagoanos para uma série de shows de lançamento do novo CD e DVD “No meu interior tem Deus”. O show começa às 19h. Para quem ainda não garantiu o seu ingresso, é bom correr. Informações: 8832-4662 / 9636-1030 / 9188-7363.

Shake DownDepois do carnaval, os fãs

de música eletrônica pode-rão fazer a sua festa. É que no dia 17 de março, o Atmosfera terá em seu club os melhores produtores e DJ’s de Maceió. No Line-UP os DJ’s passeiam entre as vertentes que vão do House, Electro, Tech-house ao Progressive Trance.

ElétricoJá pensou num carnaval

ao som do Galã, totalmente elétrico? Pois se não imaginou, comece a pensar, porque no dia 19, na Barra de São Miguel, o cantor vai dar o ritmo da noite. Mais informações: 3313-2429.

14 O JORNAL l MACEIÓ, 5 DE FEVEREIRO DE 2012 l DOMINGOwww.j2012.com.br l [email protected]

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Inside Por Marcos Leão Com Flávia Farias [email protected]

AlalaôLuis Gross não para mesmo! Agora o empresário investe todas as suas fichas nos eventos particulares de suas empresas e, aliás, em grande estilo. Desta vez, ele está preparando uma megaestrutura para o seu camarote do seu restô Coconut no próximo dia 11, no fervido desfile do Pinto da Madrugada, com direito a nada mais do que o grupo baiano Oito7Nove4, de Rafa e Pipo Marques, filhos do famoso Bell Marques do Chiclete com Banana. Que tal?

CaçarolaNem só de Carnaval vive fevereiro. A chef Carmen Virgínia e seu sorriso largo foram destaque no caderno Comida, da Folha de S. Paulo, nesta semana. Ela vai participar de mini-festival batizado de Águas de Oxalá na capital paulistana, no restaurante Na Cozinha e no Bar da Dona Onça, amanhã. Durante a temporada, Carmen vai fazer receitas do candomblé. Na volta para a cidade, traz na baga-gem o projeto de abrir seu próprio restaurante. Sorte para ela!

SINTONIA | Nas lentes da fotógrafa Jô Carnaúba, Klécio Josée Alda Santos entre os notáveis que festejam as alegriase conquistas em grande estilo

UNIÃO | O prefeito de Maragogi, Marcos Madeira, e Thayanne Maritza estão em contagem regressiva parao “grande dia”. Eles escolheram o mês de maio para selar a união

SUCESSO | A exube-rância de Lúcia

de Lira figurando entre as mulheres

bem-sucedidas do agreste alagoano

TopCarnaval de rua combina com conforto, certo? Pois foi exata-mente pensando nisso que uma das marcas de cerveja mais importante da pátria tupiniquim, a Devassa, se uniu a academia de fitness de maior referência da cidade, a Top para receber uma turma de vips e sarados no desfile do Pinto da Madrugada. À beira-mar da praia da Pajuçara, o local será um dos mais concorridos entre a turma de bem--nascidos daqui e de fora. Agora vai ser muito mais fashion!

MaratonaQualquer coisa pode afligir Paula Sarmento, menos lidar com a organização de grandes eventos, está bem acostumada. Ela vai se desdobrar em três neste Carnaval: como de costume, é uma das responsáveis pelo Baile Municipal e, ainda, pela programa-ção do mesmo, que acontece no próximo dia 9 na casa de show Vox Room, em Jaraguá, e será animado pela Orquestra de Frevo do Maestro Manezinho, além de Conexão Latina e Sabaki. A expectativa é receber de 3.500 convidados, com o tema “Maceió, meu bem querer”. É dura a vida da bailarina!

CortinaAtenção, povo cult, Mauro Braga e Ana Sofia embarcaram juntos na criação de um projeto teatral. O resul-tado? Eles promovem, até amanhã, uma oficina de teatro que terá como tema central a criatividade, que será realizado no salão panorâmico do colégio Marista. Tem mais: as aulas acontecem das 19h às 22h. Pode querer!

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Alto-marImagine a cena: um cruzeiro que mostra o universo da moda e suas tendências, esse é o Brazil Fashion Cruise 2012, que aporta, por aqui, mais precisamente no Porto de Maceió, no próximo dia 11. E o melhor?

A linda modelo alagoana Gabriela Marinho fará às vezes de anfitriã, rece-bendo os cruzeristas fashion em solo alagoano. Há ainda uma programa-

ção toda especial de novidades para os alagoanos que adoram moda, onde o navio MSC Orchestra servirá de cenário para um pocket desfile para marcas e estilistas como a Amapô, Neon, Diva, Thaís Gusmão e Karin Feller. Já confirmou presença?

TODA ELA | A beldade Juliana Mattos entre as jovens lindas e festivas das prévias carnavalescas que concentram um time de gente chique

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15O JORNAL l MACEIÓ, 5 DE FEVEREIRO DE 2012 l DOMINGO www.j2012.com.br l [email protected]

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Pura energiaOlha só que bacana: os empresários da Renova Energia estão de olho nas terras do município de Mata Grande, onde pretendem montar um projeto refe-rente à implantação de um parque energético. A empresa é destaque nacional no ramo da energia elétrica por meio de fontes renováveis, como a eólica, a qual deverá ser adotada no local. Segundo os empresários da Renova, a escolha pelo local da instalação das torres de transmissão para produção de energia foi incentivada pela publicação Atlas Eólico. Negócios à vista?

Folia do bemQue tal curtir um baile de carnaval e ainda por cima ajudar a quem precisa? Assim será o clima da festança de momo da Rede de Combate ao Câncer, marcado para acontecer nesta terça-feira, 7, no salão do Pierre Chalita. E não para por aí: a presidente Jane Falcão prepara mil surpresas para a noite. Para reservar o convite, é só ligar para 9321-4314. Inside vai, claro!

Abre-alasPara entrar com pé direito no clima de Carnaval, a designer de acessórios Soraya Farias já vem atraindo uma legião de bem-nascidas alagoanas que adoram a folia carnavalesca para o seu QG na Ponta Verde. Não é a toa que tem uma clientela poderosa que amam usar suas criações.Para comemorar a boa fase, a designer lança nesta terça-feira,7, às 17h59, na Galeria Ponta Verde Center, loja 19, a coleção Bailinho que foi inspirada no Carnaval. Detalhe básico: a moça preparou uma trilha sonora toda especial com marchinhas e frevos. Além disso, irá servir comidinhas incríveis e drinks para a alegria da suas clientes. E aí, vai encarar?

SururuJá ouviu falar na Sururuzada Vip? Não? Então, um dos responsáveis por transformar o bairro de Ipioca num point gastronômico, o restô Oca arma, hoje, às 12h, mais uma edição de sua prévia carnavalesca, intitulada de Sururuzada VIP. Uma bela pedida para aproveitar o clima de folia, saboreando deliciosos pratos elaborados com iguarias locais, este ano a atração faz uma homenagem especial ao centenário de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, com orquestra de frevo e trio de forró tocando os ritmos do Sertão e, claro, uma receita especialmente criada para os vips, pelo chef Antonio Cabral. Melhor impossível, não é?

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CLASSE A | Fátima Magalhães eviden-ciando finesse e boa presença no circuito vip de Maceió

ELE | Armando Laranjeiras, entre os nomes notáveis do empresariado da capital, no próximo dia 14 será homenageado no Prêmio Destaque Alagoano

CIRCULANDO | Amélia Anjos é só alegria e estilo nas prévias de carnaval da capital

DO BEM | Fátima Canuto, Hélia Pontes, Aydé Tojal e a presidente Jane Falcão promovem o baile de Carnaval da Rede de Combate ao Câncer, nesta terça,14, com muita alegria e estilo, claro

16 O JORNAL l MACEIÓ, 5 DE FEVEREIRO DE 2012 l DOMINGOwww.j2012.com.br l [email protected]

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