ojornal 03/06/2012

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012 l DOMINGO Bocha para adaptados ganha espaço em Alagoas E O JORNALl MACEIÓ, 3 DE JUNHODE 2012 l DOMINGO www.mais.al l [email protected] 3 Esportes O Jornal Seleção encara o México em mais um amistoso nos Estados Unidos 6 Manual de instruções Supervisor do Galo, Marcos Lima Verde explica como é a logística das viagens na Série B PÁGINAS4, E5 Eduardo Leite/Estagiário essante s fomos se isto perder rque o ampe- hando. orridas ecidos louco ecer”, Dentro de casa, os acidentes mais comuns envolvem descargas elétricas. Nesta edição, especialis- tas dão dicas de como evitar esses acidentes tão comuns, principal- mente entre crianças pequenas, e explicam as causas e os efeitos dos choques elétricos. As mulheres podem sofrer danos maiores no caso de descargas elétricas. Aulas de dança garantem vida mais saudável MELHOR IDADE ornal J ornal J O ANO 18 NÚMERO 532 R$ 3,00 MACEIÓ, 3 DE JUNHO DE 2012 DOMINGO ASSINATURAS: 82 4009.1919 CLASSIFICADOS: 82 4009.1930 PUBLICIDADE: 82 4009.1961 PABX: 82 4009.1900 Exemplar de Assinante A5 A9 CADERNO DOIS SUPLEMENTO A15 CHOQUE ELÉTRICO SÉRIE B SALA VIP Supervisor do CRB explica toda logística Caderno antecipa o que será usado no verão 2013 A expansão das universida- des públicas em Arapiraca e a abertura de faculdades particu- lares levaram oportunidade para milhares de estudantes da região. A implantação dos cursos supe- riores manteve os estudantes no município, alavancou o mercado de cursinhos preparatórios e ainda beneficiou o setor imobi- liário na região Agreste. Camila Morgado trata de temapolêmico em “Avenida Brasil” S O JORNALl MACEIÓ, 3 DEJUNHODE2012 l DOMINGO www.mais.al l [email protected] 16 SalaVIP + TV Adelaide de Castro, de “Amor Eterno Amor”, constrói carreira na tevê 15 Quando o verão chegar... Vinte e nove marcas apresentaram, durante o Fashion Rio, as tendências para o verão 2013. Embora estejamos entrando, oficialmente, no inverno 2012, é bom ir reservando um espaço no guarda-roupa para o que vai ferver na estação mais quente do ano que vem 10,11, 12 E13 Dentro de casa, os riscos de graves acidentes Eduardo Leite/Estagiário NOVA..........................................................20/5 CRESCENTE...................................................28/5 CHEIA.........................................................6/5 MINGUANTE..................................................12/5 02h24...........................2.2 08h45...........................0.1 14h58...................................2.2 21h08...................................0.2 FASES DA LUA MARÉS CASO GIOVANNA: UM ANO E m junho, o coração do quadrilheiro bate mais forte. É hora das apresentações válidas pelos campeonatos. As duas melhores quadrilhas juninas vão representar Alagoas lá fora. Os grupos contam histórias e estó- rias no São João. A Pé de Serra Alagoana vai contar tudo que sabe sobre Marechal Deodoro. O ntem fez um ano da morte de Giovanna Tenório, e o caso ainda não está esclarecido. As acusações contra os suspeitos persistem, mas estão menos consistentes que no início. Em casa, Catarina Tenório, mãe de Giovanna, fala da saudade que sente da filha. “Preencho o vazio com o amor de Cristo”, disse. ESPORTES BOM EXEMPLO Para cumprir a Lei de Acesso à Informação, o governo federal divulga até o dia 30 os salários de todos os servidores. É cada vez menor o número de estudantes que cursam faculdade em Maceió e moram no interior Ensino superior cresce no interior de Alagoas EXPANSÃO ACADÊMICA A4 A18 A3 A14 EM MACEIÓ AMISTOSO PALMEIRA DOS ÍNDIOS Três candidatos já anunciaram estar na briga Brasil x México se enfrentam hoje nos EUA Decisão do TCU pode impedir candidatura Eduardo Leite/Estagiário terior Marco Antônio Marco Antônio PÉ DE SERRA

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OJORNAL 03/06/2012

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  • 012 l DOMINGO

    Bocha paraadaptados ganhaespao em AlagoasE

    O JORNAL l MACEI, 3 DE JUNHO DE 2012 l DOMINGO

    www.mais.al l [email protected]

    3 Esportes O Jornal

    Seleo encarao Mxico em mais um amistosonos Estados Unidos

    6

    Manual de instruesSupervisor do Galo, Marcos Lima Verde explica como a logstica das viagens na Srie B PGINAS 4, E 5

    Eduardo Leite/Estagirio

    essante s fomos se isto perder

    rq u e o ampe-

    hando. orridas ecidos louco ecer,

    Dentro de casa, os acidentes mais comuns envolvem descargas eltricas. Nesta edio, especialis-tas do dicas de como evitar esses acidentes to comuns, principal-mente entre crianas pequenas, e explicam as causas e os efeitos dos choques eltricos. As mulheres podem sofrer danos maiores no caso de descargas eltricas.

    Aulas de danagarantem vidamais saudvel

    MELHOR IDADE

    ornalJ ornalJOANO 18 NMERO 532 R$ 3,00MACEI, 3 DE JUNHO DE 2012 DOMINGO

    ASSINATURAS: 82 4009.1919 CLASSIFICADOS:

    82 4009.1930

    PUBLICIDADE: 82 4009.1961

    PABX: 82 4009.1900

    Exem

    plar

    de

    Assi

    nant

    e

    A5A9

    CADERNO DOIS

    SUPLEMENTO

    A15

    CHOQUE ELTRICO

    SRIE BSALA VIP

    Supervisor doCRB explica toda logstica

    Caderno antecipao que ser usadono vero 2013

    A expanso das universida-des pblicas em Arapiraca e a abertura de faculdades particu-lares levaram oportunidade para milhares de estudantes da regio. A implantao dos cursos supe-riores manteve os estudantes no municpio, alavancou o mercado de cursinhos preparatrios e ainda beneciou o setor imobi-lirio na regio Agreste.

    Camila Morgado trata de

    tema polmico

    em Avenida

    BrasilSO JORNAL l MACEI, 3

    DE JUNHO DE 2012 l DOMINGO

    www.mais.al l [email protected]

    .br

    16

    SalaVIP + TV

    Adelaide

    de Castro, de

    Amor Eterno

    Amor, constri

    carreira na tev 15

    Quandoo verochegar...

    Vinte e nove marcas apresentaram, durante

    o Fashion Rio, as tendncias para o vero 2

    013. Embora estejamos

    entrando, ocialmente, no inverno 2012,

    bom ir reservando um espao no guarda-ro

    upa para o que vai ferver

    na estao mais quente do ano que vem

    10,11, 12 E 13

    Dentro de casa,os riscos degraves acidentes

    Eduardo Leite/Estagirio

    NOVA..........................................................20/5

    CRESCENTE...................................................28/5

    CHEIA.........................................................6/5

    MINGUANTE..................................................12/5

    02h24...........................2.2

    08h45...........................0.1

    14h58...................................2.2

    21h08...................................0.2

    FASES DA LUAMARS

    CASO GIOVANNA: UM ANO

    Em junho, o corao do quadrilheiro bate mais forte. hora das apresentaes vlidas pelos campeonatos. As duas melhores quadrilhas juninas vo representar Alagoas l fora. Os grupos contam histrias e est-rias no So Joo. A P de Serra Alagoana vai contar tudo que sabe sobre Marechal Deodoro.

    Ontem fez um ano da morte de Giovanna Tenrio, e o caso ainda no est esclarecido. As acusaes contra os suspeitos persistem, mas esto menos consistentes que no incio. Em casa, Catarina Tenrio, me de Giovanna, fala da saudade que sente da lha. Preencho o vazio com o amor de Cristo, disse.

    ESPORTES

    BOM EXEMPLOPara cumprir a Lei de Acesso

    Informao, o governo federal divulga at o dia 30 os salrios de todos os servidores.

    cada vez menor o nmero de estudantes que cursam faculdade em Macei e moram no interior

    Ensino superior cresceno interior de Alagoas

    EXPANSO ACADMICA

    A4

    A18

    A3

    A14

    EM MACEI

    AMISTOSO

    PALMEIRA DOS NDIOS

    Trs candidatosj anunciaramestar na briga

    Brasil x Mxicose enfrentam hoje nos EUA

    Deciso do TCU pode impedircandidatura

    ,Eduardo Leite/Estagirio

    terior

    Marco Antnio

    Marco Antnio

    P DE SERRA

  • Apesar da priso doprefeito Toninho Lins,Maria de Ftima dizque prefere aguardardesenrolar dos fatos

    GILSON [email protected]

    Se na Cmara Municipal, os suplentes de verea-dor j brigam na justia para tomar posse, no Poder Executivo, a vice-prefeita de Rio Largo, a mdica aposen-tada Maria de Ftima Correia (PSD), prefere deixar o barco seguir seu curso natural. Em entrevista a O Jornal, a virtual substituta do prefeito Toninho Lins, que est preso desde o ltimo dia 22, diz que vai aguardar o desenrolar dos fatos e vai acatar o que a Justia determinar. Em tese Maria de Ftima pode reivin-dicar a posse no cargo to loco decorram 15 dias da priso do titular do cargo, o que aconte-cer no prximo dia seis. Pela legislao, passados 15 dias do afastamento do prefeito sem autorizao da Cmara Municipal, o legislativo estaria apto a votar o afastamento do gestor, o que no ser possvel em Rio Largo, considerando que quase todo o legislativo est preso ou foragido, com exceo de dois vereadores. Com isso, se o Superior Tribu-nal de Justia (STJ), indeferir o pedido de habeas corpus impetrado pela defesa do prefeito, o comando dever inevitavelmente passar para as mos da vice. Os suplentes,

    que tiveram posse negada pela juza da 1 Vara, Marcli Guima-res, aguardam agora deciso do Tribunal de Justia no julga-mento de um recurso.

    No irei reivindicar nada. Estou tranqila, no aguardo dos acontecimentos. Nesse momento cada dia um dia. Os fatos ainda esto aconte-cendo. No vou me precipi-tar. S digo uma coisa. Estou pronta para cumprir o que a Constituio manda, e o que a Justia determinar, disse a vice-prefeita, negando rumo-res de que iria recusar a tarefa

    de administrar a batata quente deixada por Toninho Lins. Nesse caso, como o presi-dente da Cmara, vereador Luiz Felipe Malta, o Lula Leo (PSB) est foragido, assumiria a prefeitura da cidade o juiz eleitoral.Tudo o que estou dizendo no momento que estou aguardando os aconte-cimentos. Se a Justia deter-mina que o vice assuma, isso que farei, cumprindo a Cons-tituio, diz Maria de Ftima, taxativamente.

    Teoricamente a Cmara poderia solicitar a presena

    dos vereadores presos, com a devida escolta policial, para que a destituio do prefeito Toninho Lins fosse votada em plenrio. O que no deve acontecer. Ainda assim, uma possvel sesso com algemas poderia beneficiar o prefeito, que sempre contou com a ampla maioria no Legislativo.

    O vereador Reinaldo Cavalcante, um dos nicos em liberdade, diz que posse a suplentes, s com determi-nao da Justia. Pelo regi-mento da Cmara, aps 15 dias de afastamento do cargo, sem a autorizao do Legisal-tivo, podemos votar a desti-tuio do prefeito do cargo. Mas independente de isso ser aprovado ou no, no temos qurum para votar absoluta-mente nada na Cmara. Existe a possibilidade de solicitarmos Justia a liberao dos verea-dores presos, para que viessem Cmara para votar, devida-mente escoltados, mas isso no ser feito. Ento cabe a Justia determinar e dar posse vice-prefeita, disse Reinaldo.

    Firme

    Esta semana, em entrevista ao apresentador Ratinho, no SBT, o ex-presi-dente Luiz Incio Lula da Silva garantiu: se a presidente Dilma Rousseff no quiser disputar a reeleio em 2014, ele ser candidato. E o objetivo ele disse claramente: No podemos deixar os tucanos voltarem ao poder. Apesar disso, Lula avaliou que, dicilmente, Dilma no ser reeleita. Para ele, a correligionria fez histria ao vencer a disputa pela Presidncia e continua deixando sua marca na gesto da Presidncia da Repblica, dando continuidade aos avanos que ele iniciou em seu governo.Ele foi mais alm. Segundo Lula, no h como ter divergncias com Dilma. Se ns divergimos em algum ponto, eu vou ceder e ela estar com a razo, garantiu o ex-presidente. Pelo visto, apesar da distncia das prxi-mas eleies presidenciais, o preo para o PSDB no ser dos mais fceis em 2014. O PT no deve dar moleza...

    Da [email protected]

    PautaGeral

    Termmetro

    A tendncia petista Construindo um Novo Brasil (CNB), que saiu fortalecida do ltimo Congresso Estadual da CUT, elegendo a maior

    parte da direo da entidade.

    O presidente do CSA, Jorge VI: esta semana, o secretrio estadual divulgou a compra de um cortador de grama para o clube. S

    que na cor vermelha, do rival CRB.

    Vice-prefeita Maria de Ftima diz que vai acatar o que a Justia determinar

    A2 O JORNAL l MACEI, 3 DE JUNHO DE 2012 l DOMINGO

    [email protected]

    RIO LARGO

    Vice-prefeita no vai reivindicar o mandato

    Relembre o caso

    No ltimo dia 17, uma operao realizada em conjunto pela Fora Nacional e do Batalho de Operaes Policiais Especiais (Bope) da Polcia Militar e Grupo Estadual de Combate s Organi-zaes Criminosas (Gecoc) do Ministrio Pblico cumpriu 17 mandados de priso emitidos pelos juzes da 17 Vara Criminal da Capital. De acordo com a denncia do Gecoc, o esquema de corrupo envolveria a compra e venda de terreno que pertencia a uma usina e funcionaria da seguinte forma: a rea, de 252 hectares, que

    tinha valor venal de R$ 25 milhes, era de inte-resse de um grupo de empresrios.No dia da operao foram presos sete vereadores, dois foram soltos no dia seguinte, e dois perma-necem foragidos. J o prefeito Toninho Linho se apresentou espontaneamente Justia no ltimo dia 22 e est detido na Academia da PM. Os envolvidos devem responder por apropriao de bens ou renda pblica em proveito prprio ou alheio, alienao de bem pblico, falsidade ideolgica e formao de quadrilha.

    ComplicadosMembros do governo do Estado criticaram esta semana os coronis da Polcia Militar que, recentemente, publicaram nota em solidariedade s famlias vtimas da violncia no Estado. Os integrantes do Palcio disseram que s assinaram a nota os coronis complicados.

    Explorao...O lder do PMDB no Senado, Renan Calheiros, que neste m de semana cumpre agenda em Macei e cidades do interior, anunciou que vai reforar, na reunio da prxima tera-feira com os demais lderes partidrios do Senado, o apelo que fez em plenrio na semana passada para aprovao do projeto de lei que trata da ampliao do combate explorao sexual de crianas e adolescentes no Brasil. Ele quer que a matria seja votada de imediato, em deciso terminativa, pela Comisso de Constituio, Justia e Cidadania (CCJ) da Casa.

    ... sexualO projeto de lei foi aprovado pela Comisso de Direitos Humanos e Legis-lao Participativa do Senado no dia 17 de maio, vspera do Dia Mundial de Combate ao Abuso Sexual de Crianas e Adolescentes. Mas Renan, autor da proposta, tem insistido com os senadores sobre a necessidade da rpida votao da matria na CCJ, a m de evitar que esse crime continue a atingir nossas crianas e adolescentes.

    Crescendo 1O crescimento do ex-deputado Alves Correia, do PTdoB, nas pesquisas de inteno de voto para a Prefeitura de Arapiraca, feitas pelos partidos para consumo interno, vem ofuscando a pr-candidatura do secretrio Rogrio Telo, do PSDB, e preocupando o grupo poltico da deputada federal Clia Rocha (PTB). Apesar de ela ainda liderar nos levantamentos.

    Crescendo 2Outro que tambm vem crescendo nas pesquisas internas encomendadas pelos partidos o ex-deputado estadual Gilberto Gonalves, em Rio Largo. Apesar, e os levantamentos mostram o aumento de seu ndice de inteno de votos. Ele faz oposio ao atual prefeito, Toninho Lins (PSB), que pr--candidato reeleio, mas atualmente est preso.

    Prmio 1A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Alagoas, atravs de sua Comisso de Bem-Estar Animal, homenagear amanh personalidades que desenvolvem relevantes aes de combate ao crime contra a fauna alagoana com a entrega do Prmio Srvio Tlio Marinho de Proteo Animal.

    Prmio 2Recebem o prmio o procurador do Instituto do Meio Ambiente (IMA), Antnio de Pdua; a superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), Sandra Menezes; o comandante do Batalho de Polcia Ambiental, tenente-coronel Polcia Militar Lima Jnior; e o radialista Moreyra da Silva, do programa Mundo Animal, da Rdio Jornal. A solenidade de entrega aconte-cer no auditrio do Ibama, no Farol, a partir das 8 horas.

  • Ibrape: James tem maior ndice de rejeioNa pesquisa de inteno

    de voto realizada em setem-bro, Petrcio Barbosa liderava a corrida ao Executivo com 34%; o prefeito James Ribeiro com 24%, Welington Bento com 9%, Doutor Mrcio, com 8%, Patrcia Sampaio com 6%, e Ronaldo Medeiros com 1%. Alm da situao sub-jdice da candidatura de Petrcio Barbosa, o alto ndice de rejei-o do prefeito, James Ribeiro, (40%), facilita o cenrio para Patrcia Sampaio. Barbosa tambm tem ainda 2 pontos a mais de rejeio do que Patr-cia.

    Na pesquisa, questiona-dos se a eleio fosse hoje, em qual candidato o elei-tor no votaria em hiptese alguma, 40% citou o nome do atual prefeito, Petrcio Barbosa vem em seguida com 15%, Patrcia Sampaio com 13%, Ronaldo Medeiros 12%, Doutor Welington Bento com 10% e Doutor Mrcio com 9%. No sabe ou no opinaram 32% da populao.

    O cenrio mudou e hoje os

    levantamentos recentes pola-rizam a disputa entre Patrcia Sampaio e o atual prefeito. A pesquisa do Ibrape ouviu 1 mil pessoas nas zonas urbana e rural em um levantamento que conta com margem de erro de 3% para mais ou

    menos. Trs cenrios foram apresentados aos eleitores. Temos as pesquisas, mas as articulaes obedecem a outros fatores tambm. Mas realmente a Patrcia tem crescido muito, e o caminho aponta para isso mesmo, disse Joaquim Brito. G.M.

    Lder nas pesquisas,Petrcio Barbosa aguarda deciso sobre recurso; Patrcia cresce nos levantamentos

    GILSON [email protected]

    Contas julgadas irregu-lares e indiciamentos, que podem sujar a cha de nomes de expressivos, formam um cenrio de incer-tezas na disputa pela prefei-tura de Palmeira dos ndios, terceira cidade mais populosa do Estado. Mesmo liderando as pesquisas de inteno de voto at o momento, Petrcio Barbosa (PTB) carrega uma interrogao sobre sua candi-datura, que pode ser vetada com base numa condenao pelo Tribunal de Contas da Unio (TCU), que julgou irre-gular as contas da poca em que era prefeito de Igaci.

    A incerteza jurdica em torno da candidatura de Petrcio Barbosa paralisa as articulaes. O resultado um pacto firmado entre os partidos de oposio ao prefeito, que, neste final de semana, voltou ser debatido em reunio entre PT e PTB. O pacto, expresso usada pelos prprios caciques das legendas, consiste em aguar-dar as denies jurdicas para formar um grupo coeso, que j soma 12 legendas, para enfren-tar a reeleio de James Ribeiro (PSDB). Mas o crescimento da pr-candidatura da filha do ex-vice-governador Geraldo Sampaio, Patrcia Sampaio (PT), somado s incertezas do nome de Petrcio Barbosa, podem apressar uma defini-o, aproveitando o alto ndice de rejeio do prefeito James Ribeiro.

    A excluso do nome de Barbosa provocaria um cenrio bem diferente do atual. Pesqui-sas recentes, mas que ainda no

    podem ser registradas, apon-tam um empate tcnico entre Patrcia Sampaio e o prefeito James Ribeiro, num cenrio sem a candidatura de Petrcio Barbosa. O levantamento enco-mendado mostra um equil-brio absoluto entre os nomes da petista e do atual chefe do Executivo, com um empate tcnico na casa dos 33%.

    J pesquisa do Instituto Ibrape, realizada no final de 2012, mostra uma alta rejei-o do atual prefeito, James Ribeiro, na casa dos 40%, alm de tambm haver dvidas com relao a sua candidatura, devido a implicao nas inves-tigaes na operao Sangues-

    suga. J Patrcia Sampaio, atualmente tem assento na Assembleia Legislativa, no lugar de Marquinhos Madeira, e na ltima pesquisa obteve menos de um tero da rejeio de James Ribeiro.

    AVALIAONessa conversa do PT com

    o senador Fernando Collor, o tom de avaliar o cenrio. H uma incerteza quanto candidatura do Petrcio, uma condenao pelo TCU, que pesa muito na hora de se chegar a um nome. No inte-ressante a gente fechar uma candidatura que se tem dvi-das. Firmamos um pacto, entre

    os partidos que fazem oposi-o ao atual prefeito, onde ficou acertado que ficaremos no aguardo de uma defini-o jurdica do Petrcio, para podermos definir um nico nome, forte, at 30 de junho, para disputar a prefeitura de Palmeira, afirmou Joaquim Brito, presidente estadual do PT em Alagoas.

    Com o pacto, PT e PTB engoliriam ainda candidatu-ras menos expressivas, como as de Jnior Miranda, do PDT; e Marcio Henrique, do PPS. J o PSD pode compor o grupo de Patrcia indicando o vice da chapa. Mesmo jurando ser el ao pacto, Brito levanta o nome de Patrcia Sampaio como mais promissor na corrida. A Patrcia tem revelado uma desenvoltura muito grande no cenrio poltico, e aparece firme nas pesquisas. A pr--candidatura dela tem cres-cido, e a incerteza do Petrcio Barbosa tem peso nisso, ressaltou o presidente do PT em Alagoas.

    No PTB, a escolha entre os nomes de Patrcia e Petrcio no chega a ser uma disputa interna, mas nos bastidores, o clima de uma sutil diviso. Mesmo simpatizando com o nome de Barbosa, setores do PTB temem que as dvidas na candidatura do ex-prefeito de Igaci demorem a ser resolvidas e acabem surtindo o mesmo efeito negativo verificado na disputa pelo governo do Estado em 2010, quando o candidato Ronaldo Lessa (PDT) s conse-guiu definir sua situao na Justia pouco tempo antes do dia da votao.

    Ainda no possvel falar em preferncias, nem confir-mar nada. H esse pacto, que um compromisso que rma-mos. A Patrcia um timo nome, mas as decises so em conjunto. Vamos aguardar as decises judiciais, para no acontecer como ocorreu em eleies passadas. Essa dvida prejudica qualquer candida-tura, disse Joaquim Brito.

    Roberto [email protected]

    Contexto

    Na ltima pesquisa, Patrcia teve menos de um tero da rejeio do prefeito

    Thiago Sampaio

    Ex-prefeito, Petrcio Barbosa teve contas que foram rejeitadas pelo TCU

    James Ribeiro: altos ndices de rejeio por parte do eleitorado de Palmeira

    40%Esse o percentual de eleitores que disse-ram no votar, de jeito nenhum, no atual prefeito de Palmeira

    A3O JORNAL l MACEI, 3 DE JUNHO DE 2012 l DOMINGO

    [email protected]

    ELEIES EM PALMEIRA

    Condenao no TCUpode impedir Petrcio

    TCU dever negar recurso de PetrcioNo ltimo dia 24, o pr-

    -candidato Petrcio Barbosa ingressou com requerimento no Tribunal de Contas da Unio ( TCU) para tentar reverter o que pode ser inevi-tvel. A insero do nome dele na lista de contas julgadas irregulares pelos ministros do TCU, o que pode lev-lo a ficar com a ficha suja, e impedido de disputar cargo eletivo, considerando que a lei complementar 135/2010, a Lei da Ficha Limpa, impede a candidatura de quem foi condenado por rgos cole-giados, caso do TCU.

    O imbrgl io envolve um valor de R$ 21.7501,00, recurso destinado implan-tao de uma equipe do Programa de Sade da Famlia (PSF), quando ele era prefeito de Igaci, mas que Barbosa no teria prestado contas. O resul-tado foi uma deciso, com base no relatrio do ministro do TCU, Benjamin Zymler, que condenou o prefeito, poca, ao pagamento de multa de R$ 18 mil.

    Mas, ao que tudo indica, o requerimento do ex-prefeito ao TCU no deve vingar. Segundo explicou ao O Jornal o chefe do TCU em Alagoas, Ricardo Fahr, avaliando o tipo de condenao e de recurso, Barbosa deve ter o pedido de retirada da lista de contas julgadas irregulares negada. Nesse caso dessa lista, esse tipo de recurso no tem funda-mento. Incluir o nome de algum apenas uma forma-lidade. O fato de o ex-prefeito ter pagado a multa no altera nada. As contas foram julga-das irregulares, e a multa no muda isso, disse Fahr.

    As chances de Petrcio escapar da inelegibilidade esto em uma discusso jur-dica que ainda ser travada. A Lei 135/2010 fala em deciso de colegiado, mas especifica deciso judicial, e o TCU no integra o Poder Judicirio. H essa discusso que ainda pode mudar as coisas. H quem questione se o colegiado de que trata a lei se refere apenas Justia, disse Fahr. G.M.

    Desigual

    O Supremo Tribunal Federal j se posicionou pela inconstitucionalidade do modelo atual de distribuio dos recursos do Fundo de Partici-pao dos Estados (FPE) e estipulou o prazo at o nal do ano para se mudar o critrio, seno, a partir de 2013 os estados vo perder recursos.Mas a metade do ano est terminando, e at agora o Senado no conse-guiu discutir a matria; no h sequer indcios de que a discusso vai comear em breve, por conta da CPI mista do Carlinhos Cachoeira que absorveu os trabalhos do Congresso Nacional.Os trs senadores alagoanos esto entre os que cobram celeridade para no queimar o prazo dado pelo STF, mas so vozes da minoria. Os estados maiores, que desejam manter o status quo, pesam na balana que barra a agilidade nas aes.E, assim, a queda de brao se torna desigual.

    Peso 1Dados apresentados pela Consultoria Legislativa do Senado mostram que Alagoas tem uma cota de 4,2% do Fundo de Parti-cipao dos Estados (FPE), igual a Sergipe, mas o peso do FPE na economia alagoana de 31% e de 30% na economia sergipana.

    Peso 2Outra comparao entre Alagoas, o Piau e a Paraba mostra que a economia alagoana est mesmo capenga. Exemplo: o FPE do Piau 4,3% e representa 30% da economia piauiense; na Paraba, o FPE de 4,8% e representa 29% da economia paraibana.

    De onde vemPara entender: o FPE formado com 21,5% dos recursos que o governo federal arrecada do Imposto de Rendas e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

    DvidaTera-feira, 5, est marcada mais uma reunio com o governo federal para discutir a dvida dos agricultores. O senador Renan Calheiros disse que existem 140 mil aes de execuo da dvida, entre os 640 mil contratos inadim-plentes s no Banco do Nordeste.

    O caosPara o senador Renan, a renego-ciao da dvida dos agricultores urgente para se devolver a tran-quilidade aos produtores rurais ameaados de perderem suas terras. No podemos permitir que isso (perda da terra) acontea, porque seria o caos no campo, disse.

    Caldo de galinhaO ex-deputado federal Joo Caldas prev muitas surpresas na eleio para a Prefeitura de Macei e aconselha no levar em conta, por enquanto, os nmeros das pesquisas.

    SobreDo deputado Joo Beltro, sobre a violncia e a reao do gover-nador To Vilela: Sabemos que o governador um homem de muita pacincia, mas o problema que a sociedade j perdeu a sua (pacincia), , faz tempo.

    GolpeO promotor Jos Carlos Castro no tem dvida: o prefeito de Rio Largo, Toninho Lins, fraudou a licitao para vender a preo de bananaum terreno que vale R$ 20 milhes. O promotor vai pedir o afastamento do prefeito.

    Despejando o rioO aluguel da sala num centro administrativo em Macei, onde se camu-ava os documentos comprometedores da Prefeitura de Rio Largo, est atrasado.

    Recuperada do susto que o cncer lhe causou, a vereadora Tereza Nelma j tem opinio formada sobre a discusso acerca do nmero de vereado-res para a prxima Legislatura municipal. Devemos manter os 21 vereadores, disse ela.

    Passando a bolaPara a vereadora Tereza Nelma, de acordo com a deciso da Superior Tribunal Eleitoral, competir s Cmaras denirem quantos vereadores devem eleger este ano.

    Expressas

    O presidente da Cmara, vereador Galba Novaes, trabalha para xar em 25 o nmero de vagas na prxima Legislatura.

    O deputado Antonio Albuquerque considera algumas crticas negativas ao poder pblico, devido violncia, como vlidas e oportunas. Outras no.

    O novo juiz de Canapi, Kleber Borba Rocha, retirou a pedra de cima do processo sobre irregularidades no concurso realizado pela Prefeitura de Canapi em 2005.

    Dormitando h sete ano na prateleira do cartrio de Canapi, o processo tem tudo para produzir muitos dissabores futuros para o prefeito Jos Hermes.

    F cega

    Arqu

    ivo

  • Yvette Moura

    Nas pesquisas internas dos partidos, Ronaldo Lessa aparece na liderana

    Yvette Moura

    Para PTdoB, Rosinha da Adefal nome com chances de conquistar prefeitura

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    Do mesmo partido do governador, Rui Palmeira tem apoio de Vilela na disputa

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    Jeferson Moraes tenta conquistar apoio de partidos para garantir candidatura

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    Givaldo Carimbo a aposta do PSB nacional para as eleies deste ano

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    Aps denio do prefeito, Galba passou a conversar com todos os grupos

    A4 O JORNAL l MACEI, 3 DE JUNHO DE 2012 l DOMINGO

    [email protected]

    SUCESSO EM MACEI

    Trs pr-candidatos a prefeito j tiveram os nomes lanados Lessa, Palmeira e Carimbo anunciaramque esto na disputa;outros trs nomes tentam emplacar

    ALEXANDRE H. [email protected]

    Faltam menos de 30 dias para o fechamento das chapas para disputa da sucesso de Ccero Almeida

    em Macei. At agora trs nomes despontam como praticamente definidos: Ronaldo Lessa (PDT), Givaldo Carimbo (PSB) e Rui Palmeira (PSDB), sendo que os dois primeiros j anunciaram que

    esto de fato na disputa. Com a retirada do nome do depu-tado federal Joo Lyra (PSD), a corrida terminou afunilando em mais trs candidaturas que podem ser lanadas ou entra-rem em composies: Jeferson

    Moraes (DEM), Galba Novaes (PRB) e Rosinha da Adefal (PTdoB). Fora deste arco, sem contar os pequenos parti-dos que estaro na campa-nha como Nadja Baia (PPS) e Alexandre Fleming (PSOL),

    improvvel que outro nome aparea at o encerramento das convenes que ainda no esto marcadas. O Jornal foi a campo para mostrar o que deve acontecer at o fim do ms.

    Lessa conquistou apoio de Renan e de AlmeidaTucanos: separao certa entre DEM e PPAssim como Lessa, o depu-

    tado federal Rui Palmeira alavancou sua candidatura com o excelente resultado nas urnas em Macei, em 2010. Ele foi o deputado federal mais votado na capital, aparecendo como uma surpresa ao final da campanha; muito como reexo do mandato combativo que exerceu na Assembleia Legislativa. Palmeira tem um perfil conciliador e que facil-mente adere ao discurso da tica e do combate corrup-o. Este tipo de posiciona-mento pblico carente entre os tucanos.

    Rui ainda tem a vantagem de ser filiado ao partido do governador, o que amplia seu raio de negociao com alia-dos. Por isso que o PR, rachado com o grupo de Lessa, anun-

    ciou apoio a candidatura do tucano e que por outro lado deixa a escolha do vice em um quadro indenido. Sem contar a influncia poltica do pai, o ex-governador Guilherme Palmeira.

    2014Entretanto, a candidatura

    do tucano antecipa o quadro de 2014, onde o vice-governa-dor Jos Thomaz Nono (DEM) e o senador Benedito de Lira (PP) travam um duelo silen-cioso em torno do desejo de suceder Vilela. Este cenrio, na prtica, atrapalha as articu-laes do PSDB, gerando um quadro constante de fogo--amigo entre os partidos aliados, prejudicando Rui. O deputado ainda sofre por ser desconhecido na periferia.

    Carimbo espera denies de governistasFoi o gover nador de

    P e r n a m b u c o, E d u a r d o Campos (PSB), quem lanou o nome do deputado federal Givaldo Carimbo no ms passado. Para o socialista, a vitria do aliado no Estado vizinho mais um captulo no sentido de fortalecimento de seu nome na sucesso presi-dencial de 2014. O PSB de Campos disputa com o PMDB o direito de indicar o vice de Dilma, por isso o conjunto de costuras e amarraes, especialmente no Nordeste, capitaneados pelo pernam-bucano.

    Fora o cenrio externo, Car imbo tem buscado conquistar aliados locais com o discurso de que agora chegou sua vez. Deputado federal desde 1999, ele j retirou seu nome em outras

    duas campanhas, sendo que em 2004, quase foi o esco-lhido para eleio - que seria vencida por Ccero Almeida. Agora, o deputado federal busca conquistar o PP, apon-tando que sua vitria pode criar um palanque para o sena-dor Benedito de Lira em 2014. essa articulao que aponta para indicao do secretrio estadual de Assistncia Social, Marcelo Palmeira, como vice na chapa.

    EVANGLICOSForte na periferia e com

    boa relao junto cpula da Igreja Catlica, o deputado federal vai enfrentar como desao a conquista dos evan-glicos. Alm de ter que garan-tir que sua candidatura de fato e no apenas de demar-cao.

    Semana decisiva para o PSD, Moraes e Rosinha

    Galba tenta ser a alternativa nas composies

    Todas as pesquisas infor-mais feitas at o momento apontam o ex-governador Ronaldo Lessa na liderana da corrida eleitoral em Macei. Com isso, ele ganhou o apoio imediato do senador Renan Calheiros (PMDB), que de

    quebra puxa o PT e o PCdoB. A entrada de Calheiros aparece na indicao do secretrio municipal de Infraestrutura, Mosart Amaral, como vice do pedetista, o que traz tambm o prefeito Ccero Almeida para campanha. O PV, aliado

    histrico, outro que entra na composio de Lessa.

    Fortalecido pelas pesqui-sas e pela conquista de novos aliados, o ex-governador surfa no bom momento envolvendo seu nome criado no final da eleio de 2010, quando

    mesmo derrotado na disputa, venceu Teotonio Vilela Filho (PSDB) nas urnas em Macei. Alm disso, tenta trazer a memria do eleitorado sua administrao de 1993 a 1996, quando deixou a prefeitura com excelente avaliao.

    A retirada da pr-candida-tura do deputado federal Joo Lyra modificou o cenrio na eleio. O PSD a novidade nesta campanha, a primeira de sua histria. O partido, que tem sido conduzido pelo deputado estadual Dudu Hollanda, tem participado de conversas com as principais lideranas polticas e anali-sado a conjuntura para tomar uma deciso de fato nos prxi-mos dias. Da a importncia desta semana para os planos do PSD, que trabalha para

    eleger muitos prefeitos pelo interior, como em Atalaia, Unio dos Palmares, Porto Real do Colgio e Maragogi.

    DEMO deputado Jeferson

    Moraes aparece bem nas pesquisas. Jornalista, ele aparece com frequncia na TV e tem trnsito na periferia, alm de ter sido muito bem votado na capital em 2010. Filiado ao partido de Non, ele tenta conquistar mais partidos para fortalecer sua

    candidatura. A dificuldade neste momento o reflexo antecipado de 2014, que o afasta do PP e do PSB, e deixa o PSDB em uma oposio de desconforto com os outros aliados. Seu nome como vice de Rui no pode ser descar-tado, como afirmaram todas as lideranas ouvidas por O Jornal.

    PT DO BRosinha da Adefal outro

    nome que pode ser apresen-tado como candidata nos

    prximos dias. O PTdoB sabe que com ela tem a possi-bilidade de emplacar, pela primeira vez, um nome com chances de conquistar a prefeitura. De perl leve, com fala tranquila e de forte apelo social, a deputada federal enfrenta como diculdades o pouqussimo tempo de tele-viso e a indefinio sobre a possibilidade de sua candida-tura, que tem afastado aliados. At agora o partido no tem conversado diretamente com nenhuma outra legenda.

    Nome mais forte na regio do Tabuleiro do Martins, o vereador Galba Novaes ainda no conseguiu emplacar como candidato a prefeito. Suas tentativas de se garantir na sucesso de Almeida at agora no foram consolida-das.

    Entretanto, o que pare-cia ser um problema tem se apresentado como uma vantagem ao vereador, que passa a negociar com todos os grupos, aumentando seu trnsito e possibilitando que ele emplaque de vice em uma das chapas.

    Apoiado pelo senador Fernando Collor (PTB), o presi-dente da Cmara buscou espao no grupo encabeado pelo prefeito, que terminou buscando Lessa como candidato.

    Ele tambm conversou com o PTdoB, PT e com o PSB. Sua ltima movimenta-o foi uma sinalizao para o deputado estadual Jeferson Moraes. At o fechamento desta edio no teve nada denido.

    TEMPOPor outro lado, com a

    aproximao das conven-

    es, Galba sabe que seu plano precisa ganhar tempo com mais velocidade, pois as outras chapas esto sendo denidas.

    Com isso, seu caminho natural seria disputar um novo mandato - sem esquecer que ele enfrenta a insatisfao de boa parte dos vereadores que no esto esquecidos de que foi dele a proposta para manter em 21 o nmero de vagas na Cmara.

    CONVENESO Tribunal Superior Elei-

    toral aprovou em dezembro

    do ano passado que o per-odo obrigatrio para que as siglas realizem as conven-es partidrias vai de 10 a 30 de junho.

    Nas convenes parti-drias so escolhidos os candidatos (prefeito, vice e vereadores) que disputaro o pleito em outubro.

    Depois de escolhidos os candidatos, o prximo passo oficializar suas candida-turas na Justia Eleitoral. As convenes acontecem em junho, mas a campanha pol-tica s pode ter incio a partir do dia 6 de julho.

  • ALPHA CRUCIS

    A5O JORNAL l MACEI, 3 DE JUNHO DE 2012 l DOMINGO

    [email protected]

    Divulgao ser feita em cumprimento Lei de Acesso Informao, em vigor desde 16 de maio

    O dia 30 de junho foi estabelecido como prazo para o Poder Executivo divulgar a remu-nerao e os subsdios dos servidores pblicos civis no Portal da Transparncia. A divulgao est prevista na Lei de Acesso Informao que entrou em vigor no dia 16 de maio.

    A regra vale para os servi-dores civis do Executivo, os policiais oriundos dos extin-tos territrios e os militares das Foras Armadas. Fica estabelecido o prazo de 30 de junho para a divulgao da remunerao dos servidores civis, de 30 de julho para a dos militares, e de 30 de agosto

    para a das verbas indeni-zatrias de civis e militares. A partir da, a cada ms, as informaes sero enviadas CGU (Controladoria-Geral da Unio) at o dcimo dia til do ms para que possam ser publicadas at o ltimo dia til do ms.

    O Artigo 7 do Decreto 7.724/12 que regulamenta a Lei de Acesso Informao prev que seja divulgada, de maneira individualizada, a remunerao e os subsdios recebidos por ocupantes de cargos, postos, graduao, funo e emprego pblico, incluindo auxlios, ajudas de custos (como auxlio-mora-dia), jetons (remunerao por participao em conselhos de administrao e fiscal de empresas estatais) e quais-quer outras vantagens pecu-nirias, bem como proventos de aposentadoria e penses daqueles que estiverem na ativa.

    Executivo tem at dia 30 para publicar salrio de servidores

    TRANSPARNCIA

    INSS e Susep lideram pedidos de acesso

    A Susep (Superintendn-cia de Seguros Privados) e o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) so os rgos que lideram os pedidos de acesso, conforme prev a Lei de Acesso Informao.

    De acordo com o levan-tamento da CGU (Controla-doria-Geral da Unio), desde quando entrou em vigor, no dia 16 de maio, ao todo foram registrados 5.276 pedidos de consultas aos rgos do Executivo at a tarde do dia 28 de maio.

    Segundo a CGU, no per-odo, a Susep teve 379 pedi-dos, sendo que 311 j foram respondidos at o dia 27. No houve uma mudana expres-siva no perfil de informao que vem sendo demandada Susep, pelo menos por enquanto. Ns ainda no tive-mos casos que, pela legislao anterior, seriam indeferidos, e que, com a nova lei, passariam a ser objeto de acesso, explica o chefe da Diviso de Atendi-mento ao Pblico da Susep, Gabriel Melo da Costa.

    J o INSS, que figura no segundo lugar, registrou 315 pedidos diretos e sete enca-minhados por outros rgos,

    alm de 20 pedidos encami-nhados por e-mail institucio-nal. Do total de demandas, 43 foram respondidas.

    Segundo o levantamento, 90% dos pedidos para o INSS so referentes a informaes particulares de benefcios, que no podem ser respondi-das por meio do SIC (Sistema de Informaes ao Cidado).

    At o dia 25, o Senado havia recebido 109 pedidos de infor-mao sobre assuntos como concurso pblico, pessoal, cota de telefone, correio e combustvel dos senadores e emendas parlamentares. Cerca de metade foi respon-dida.

    A LEISancionada no m do ano

    passado e regulamentada pela presidenta Dilma Rousseff no dia 16 de maio, a lei tem como objetivo garantir aos cidados brasileiros o acesso a dados ociais do Executivo, Legisla-tivo e Judicirio.

    Pela nova lei, o prazo mximo de sigilo foi limitado a 25 anos para documentos ultrassecretos, a 15 anos para os secretos e a cinco para os reservados.

    STF, Cmara e Senado seguiro o exemplo Os prazos e procedimen-

    tos a serem adotados pelos rgos e entidades do Execu-tivo para a divulgao dos salrios e adicionais dos servi-dores pblicos civis e militares foram definidos na Portaria Conjunta 233 dos ministrios da Fazenda, do Planejamento e da Defesa, alm da prpria CGU, publicada na edio do ltimo dia 28 do Dirio Ocial da Unio.

    Todos os rgos e entida-des devero publicar em suas respectivas pginas oficiais na internet mecanismos de redirecionamento para a rea do Portal da Transparncia na qual as informaes esti-verem publicadas. As empre-

    sas pblicas que no atuam em regime de concorrncia tambm devero disponibi-lizar as informaes de seus empregados e administra-dores na internet, no sendo necessria a publicao no Portal da Transparncia

    Aps a entrada em vigor da lei, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu que ir divul-gar, nominalmente, salrios e vantagens recebidos pelos ministros e servidores da Corte.

    O presidente da Cmara, Marco Maia (PT-RS), tambm anunciou a deciso conjunta da Cmara e do Senado de divulgar os salrios dos servi-dores do Legislativo.

    Anvisa dene pontos que no tero divulgao

    A Anvisa (Agncia Nacio-nal de Vigilncia Sanitria) definiu que alguns temas relacionados proteo da sociedade brasileira no sero objeto de informao pblica.

    Segundo Gustavo de Lima, do ICTQ ( Instituto de Cin-cia, Tecnologia e Qualidade Industrial), os pontos sigilo-sos visam proteger a intimi-dade social e impedem que informaes alarmantes, investigaes sanitrias ou pesquisas cientcas e tecno-lgicas no concludas sejam alvo de concorrncia desleal.

    Alpha Crucis o nome do novo navio de pesquisas brasileiro, adquirido pela Universidade de So Paulo (USP) e que substitui o navio Professor W. Besnard. Batizado na ltima quarta-feira, ele ser usado para estudar clima e diversidade nos oceanos.

    Construdo em 1973, nos Estados Unidos, o Alpha Crucis prestou servio, durante muitos anos, para a Universidade do Hava. O navio, que foi rebatizado com o nome da estrela que representa o estado de So Paulo na bandeira brasi-leira, poder ser utilizado por pesquisadores de todo o Brasil.

    Segundo Michel Mahi-ques, diretor do Instituto Oceanogrfico da USP (IO-USP), o navio de 64 metros e 972 toneladas superior ao antecessor, j que acomoda mais pesqui-sadores e oferece possibi-lidades de estudos que o Professor W. Besnard no oferecia. "O navio tem uma autonomia trs ou quatro vezes maior que o anteces-

    sor. Isso nos permitir ir mais longe e por mais tempo, ampliando os horizontes para reas que, tradicional-mente, eram pesquisadas apenas por navios estran-geiros. O sistema de navega-o muito mais moderno. Alm disso, os equipamen-tos permitem estudos fsi-cos, qumicos, biolgicos e geolgicos que no fazamos com o Besnard", explica.

    Nos ltimos quatro anos, as pesquisas brasileiras ficaram limitadas a alguns navios da Marinha e a navios privados, que custavam cerca de US$ 30 mil por dia. No Alpha Crucis, as opera-es custaro US$ 4 mil por dia. Mahiques torce para que a reduo dos custos opera-cionais desperte o interesse de outras instituies. "O Alpha Crucis uma plata-forma para desenvolvimen-tos em guas internacionais. Costumo dizer que o Brasil precisa de uns 8 ou 10 navios iguais a este. Faltam plata-formas com essas caracters-ticas no pas", lamenta.

    Como foi construdo especialmente para pesqui-

    sas oceanogrficas, o navio conta com quatro laborat-rios, guindastes e guinchos para pesquisas em alto--mar, alm de equipamen-tos capazes de mapear o leito e o subsolo ocenico. O navio tambm conta com toda a estrutura necessria para viagens longas, como refeitrios, acomodaes e at uma enfermaria para emergncias. "Poderemos ter 20 pesquisadores a bordo simultaneamente. O navio coletar dados de organis-mos, processos fsicos, gua e amostras do fundo do mar. Tudo isso poder ser estudado nos laboratrios", conta.

    PRIMEIRA MISSOA primeira misso do

    Alpha Crucis j tem ende-reo. Uma equipe de espe-cialistas ser responsvel pela medio de correntes e de propriedades fsicas e qumicas da gua do mar, na regio entre Canania, no litoral de So Paulo, e Cabo Frio, no litoral do Rio de Janeiro. A misso deve partir em julho.

    As expectativas do dire-tor do IO-USP so enormes. O navio, que custou, no total, US$ 11 milhes (US$ 7 milhes pagos pela Fapesp e US$ 4 milhes pela USP), deve trazer muitos avanos oceanograa nacional. Parte do dinheiro foi investido em novos equipamentos e em uma reforma, que adequou a embarcao s normas internacionais.

    U m a e m b a r c a o dessas, construda do zero, custaria por volta de US$ 30 milhes. Foi um bom investimento. Com o Alpha Crucis podemos ter grande desenvolvimento em algu-mas vertentes importantes, como a biodiversidade no Atlntico Sul e seu even-tual potencial biotecnol-gico. Alm disso, estamos tentando compreender os processos climticos e oceanogrficos em dife-rentes escalas de tempo, de anos a milhares de anos. Outro estudo importante a compreenso do fluxo de carbono no Atlntico Sul e seu papel no oceano global", explica Mahiques.

    Brasil avana em pesquisa

    Novo navio de pesquisas

    brasileiro partir em julho

    para sua primeira misso

  • As crianas e mesmo os pr-adolescentes, essa moada de 11 e 12 anos, tm muita diculdade em dominar suas emoes. Os sentimentos so muito fortes, e o tempo todo estamos presenciando destempero emocional entre irmos e amigos destas faixas etrias: crianas de 03 a 10 anos e pr adolescentes de 11 e 12 anos.

    H mesmo uma falta de maturidade emocional. Depende de cada criana, mas o que temos aqui varia de choro a agressividade. Bater, empurrar, morder, xingar... Tem sido cada vez mais normal esse descontrole.

    Em sua teoria psicanaltica, Freud explica que o homem, ao nascer, tem em sua estrutura emocional apenas o ID, composto basicamente de instintos. Isso explica o fato de os bebs se manifestarem no choro e na birra. Com o tempo, o ser humano desenvolve o EGO, que o eu, fase mais madura do aparelho psiquitrico, sinal de crescimento e, claro, do amadurecimento. Aqui, o ser humano j consegue resistir s frustraes, e conquista a capacidade de se fortalecer, pois o EGO uma defesa do homem que se faz mais tolerante e compreensivo.

    Conhecer a forma como nossos filhos crescem e amadurecem as suas emoes fantstico, camos mais calmos e compreensivos diante das situaes dirias, mas isso no pode ser motivo para no educarmos nossas crianas. Elas necessitam de orientao sempre para que possam se socializar, e principalmente, saber conviver com seus pares, com maturidade necessria para saber lidar com os problemas, com as situaes postas a elas na escola ou mesmo em casa com os irmos, com os amigos e no prdio ou condomnio.

    Tambm no devemos negligenciar, aceitando que a criana nessa fase nos bata, chute, cuspa e nos d as costas, quando estamos orientando ou disciplinando. Eles podem ter emoes ainda no dominadas, mas sabem quando esto errados e conseguem entender os limites, quando isso lhes colocado.

    Alguns pais permitem que seus filhos lhes batam, achando que so pequenos e que quando crescerem no mais o faro. Cuidado! Compreender uma coisa; permitir algo bem diferente. No devemos tambm bater no lho, quando ele nos bate. O que se aconselha no permitir que a situao chegue a esse ponto. Vamos segurar a mo da criana e deixar claro que voc no gostou da atitude dela. O mesmo se faz com os maiores. No aceite que batam a porta ou retruquem as suas palavras. Tenha segu-rana na relao e deixe claro sempre que voc que est no comando. Para isso, no precisa mostrar nervosismo, vamos lembrar sempre que o nosso EGO bem maduro.

    Na escola, no diferente. Ns, educadores, estamos preparados emocionalmente e tecnicamente para lidar-mos com situaes-problemas que acontecem no cenrio pedaggico. Sabemos que a disciplina e o senso de auto-ridade devem ser trabalhados. Os educadores, no exerc-cio de seu magistrio, so conscientes de seu papel, e as crianas sabem disso. A clareza do papel do educador nos permite lidar com muitas crianas no mesmo espao e, claro, com muitos EGOS diferentes. Com base em nossa vivncia, digo a vocs: podemos sim, desde bem cedo, orientar as nossas crianas, para que, educadas, possam viver felizes em casa e na sociedade.

    Na verdade estou retornando a uma fala recorrente em meus discursos: ns somos o lado maduro na relao com as nossas crianas. Portanto, precisamos mesmo de dominar essa relao, sempre com muito afeto e respeito. Sejam rmes, eduquem as crianas e saibam que isso ser bom para todos.

    Joo Lyra (Presidente), Jos Alfredo de Mendona Nelson Ferreira

    SuperintendenteSilvia [email protected]

    Diretora ComercialEliane [email protected]

    Diretor Adm.-FinanceiroBruno [email protected]

    Diretor Jurdicotila [email protected]

    Editor-ExecutivoVoney [email protected]

    Pequeno reforoA Percia Criminal de Alagoas recebeu, ontem, um reforo de quatro profis-sionais cedidos pela Fora Nacional de Segurana Pblica. Na verdade, essa unidade especial do governo federal nada mais do que um conjunto de agentes de vrios estados treinados para atuar em situaes especiais. So policiais e peritos como os outros.

    Os quatro peritos que chegaram ontem ao Estado representam dez por cento do efetivo de peritos criminais existentes por aqui. Ou seja, no se trata de um grande reforo. At porque, segundo a prpria cpula da SDS [Secretaria de Defesa Social] j bradou para os quatro cantos do Estado, o prximo concurso ser para 40 prossionais.

    Isso implica dizer que, em se tratando de material humano, ser criada uma nova Per-cia Criminal no Estado. Outra anlise revela que, depois da realizao desse concurso quando ele acontecer , o atual reforo de peritos da Fora Nacional, se ainda estiver em Alagoas, ser de apenas cinco por cento. Vale citar o fato de que esses profissionais da Fora Nacional devem obedecer a uma escala de servio. Todos no trabalharo todos os dias.

    Esse contingente vir a Alagoas para trabalhar na anlise tcnica de mais de mil armas de fogo que foram apreendidas no Estado. Necessariamente, esse reforo no

    tem nada a ver com o crescimento do nmero de armas apreendidas este ano em Alagoas.

    O Jornal sabe que, em relao a janeiro, houve, sim, um crescimento do nmero de apreenso de armas de fogo em Macei e regio metropolitana. Mas o mesmo no se pode dizer se o trimestre deste ano for compa-rado aos de 2011 e 2010. A queda signica-tiva e os nmeros so ociais. No h o que contestar. Os dados so precisos.

    As informaes ociais do conta de que h 1.200 armas de fogo para serem pericia-das em Alagoas. A polcia quer saber a origem desse armamento e se h algumas armas que foram usadas em crimes. Desse total, a quan-tidade relativa a 2012 pequena, mesmo com a histria da bonificao em dinheiro para cada apreenso.

    A expectativa da cpula da SDS que, dentro de trs meses, esses quatro peritos da Fora Nacional concluam os exames bals-ticos nessas mais de mil armas de fogo. Algo quase improvvel de acontecer.

    O Jornal lembra uma situao que no deveria acontecer, mas, como se trata de um fato, vai revel-la: em Alagoas, a Fora Nacio-nal bem recebida pela sociedade e pela cpula das duas polcias. Mas, entre os poli-ciais civis e militares [incluindo delegados e ociais graduados], o caso remete a mais uma ingerncia do que a uma ajuda.

    Frase do dia

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    A6 O JORNAL l MACEI, 3 DE JUNHO DE 2012 l DOMINGO

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    Desde 2008, o mundo vive uma crise econmica que, a cada dia, assume caractersticas e propores diferentes. Muda muito, reverbera indenidamente, mas sua natureza e consequncias permanecem as mesmas. Os Esta-dos Unidos e a Europa continuam a sofrer com baixo crescimento do PIB, o emprego no reage, a atividade econmica fraca. Atur-didos, os governos j demonstram cansao com a situao.

    Entre ns, embora o cenrio no seja de todo favorvel, o Brasil se trans-formou em um canteiro de obras. Do Sul ao Norte, novas ferrovias, projetos de mobilidade urbana, grandes usinas eltricas, estradas, plataformas de petrleo esto saindo do papel e deve-ro melhorar a ecincia da infraestru-tura at o m da dcada.

    Levantamento feito pelas enti-dades que congregam produtores de mquinas e equipamentos pesados aponta que o Pas tem 12.265 obras em execuo, com desembolsos previstos, at 2016, em cerca de R$ 1,5 trilho. Alm de impulsionar o crescimento do Pas, as sondagens mostram que as encomendas esto ampliando a carteira de pedidos de construtores de bens de capital e abrindo o horizonte para um ciclo de investimentos que poder fazer com que a formao bruta de capital xo passe dos atuais 20% para 25% do PIB.

    Mas essa multiplicidade de aes traz alguns desaos.

    Um deles a questo da mo de obra. Com grandes projetos a serem executados no Pas inteiro, a demanda por trabalhadores especializados dupli-

    cou nos dois ltimos anos, obrigando o governo a facilitar a vinda de estran-geiros para atender s necessidades nacionais. Diga-se, de passagem, que a escassez de tcnicos no se resume s a engenheiros, projetistas, opera-dores de mquinas. H pouco tempo, falamos neste mesmo espao sobre a falta de mdicos no Brasil, no tendo o governo outro caminho seno autorizar a importao desses prossionais.

    notrio que, numa economia globalizada, nenhum pas est a salvo de ser atingido pela crise americana--europeia, tanto que, talvez, o PIB brasileiro s cresa 3% em 2012. No entanto, mesmo com esse resultado, ainda seremos uma ilha no conjunto da economia mundial, cuja exceo ainda a China com um crescimento entre 8% e 9%, inferior quele que alcanaria se no fosse o quadro da crise iniciada em 2008.

    Um trilho e meio de reais esto colocando o Brasil nos trilhos do progresso.

    A crise que afeta os Estados Unidos e a Europa avassaladora, mas sua fora no vai parar o Brasil.

    Os nmeros confirmam essa previso.

    A crise no para o Brasil

    O Pas tem 12.265 obras em execuo, com desembolsos previstos, at 2016, em cerca de R$ 1,5 trilho

    Joo LyraDeputado federal

    Inmeras razes justicam a realizao de trabalhos referente avaliao da qualidade das guas. Uma delas tem a ver com o interesse em constatar a observncia ou violao dos padres estabelecidos para a qualidade dos corpos de guas receptores.

    Existem trs formas bsicas comumente utilizadas para a obteno de dados sobre a qualidade das guas. O monitoramento, a vigilncia e o estudo especial.

    O monitoramento prev um levan-tamento sistemtico de alguns dados em pontos de amostragem selecionados, de modo a acompanhar a evoluo das condi-es de qualidade da gua ao longo do tempo, oferecendo sries temporais de dados.

    A vigilncia implica em uma avaliao contnua da qualidade da gua, procurando detectar alteraes instantneas, de modo a permitir providncias imediatas para resol-ver ou contornar os problemas, como, por exemplo, suspender a captao para abas-tecimento pblico. Para que possa ser desen-volvido este trabalho necessria a utilizao de equipamentos que emitam dados auto-mticos.

    O estudo especial planejado para aten-der a um estudo particular de caso. Normal-mente este trabalho feito por intermdio de campanhas intensivas de determinada durao. No entanto, importante entender que aps a denio de qualquer uma das formas citadas acima de avaliao da quali-dade da gua, o prximo passo consistir em caracterizar o meio hdrico a ser estudado, o que engloba um conjunto de etapas, tais como: denir os objetivos da amostragem;

    selecionar os parmetros e os pontos de cole-tas; xar o nmero de amostras com a sua frequncia de amostragem; denir os mto-dos analticos, os procedimentos de coletas e de preservao das amostras e aplicar a metodologia de controle para a qualidade dos dados obtidos.

    Os objetivos de uma amostragem a de coletar amostras, geralmente fraes pequenas do corpo dgua que est sendo estudado, de forma que representem o mais prximo possvel a qualidade dessa massa lquida.

    necessrio que para se elaborar um programa de amostragens de gua ou euen-tes lquidos originrios se tenha denido com bastante clareza seus objetivos, se no corre--se o risco de perder tempo e dinheiro.

    Entre os possveis objetivos, podemos dizer que o estudo est direcionado para observar a eutrofizao, a contaminao bacteriana, a toxicidade ou a determinao das causas de mortandade de peixes e de outros efeitos.

    As selees dos parmetros analticos a serem analisados devem estar bem denidos com o objetivo do trabalho a ser desenvolvido, devendo os locais das coletas ser escolhidos de forma que represente o corpo dgua em estudo, pois existe um grande nmero de parmetros que podem caracterizar diver-sos tipos de fontes de poluio, por exemplo, orgnica, inorgnica, bacteriana e eutroza-o.

    O uso dos indicadores dever sempre levar em conta os usos previstos para o corpo dgua e as fontes poluidoras existentes na rea de drenagem do recurso hdrico.

    Avaliao da qualidade das guasAlder FloresAdvogado, qumico, auditor ambiental e membro da Academia Maceioense de Letras

    Cuidado! Compreender uma coisa; permitir algo bem diferente

    O Alpha Crucis uma plataforma para desenvolvimentos em guas internacionais.

    MICHEL MAHIQUES, diretor do Instituto Oceanogrco da USP (IO-USP), sobre o novo navio de pesquisas brasileiro.

    Somos o lado maduro na relao com nossos lhos e alunos

    Jos Romero Nobre de Carvalho*Professor e diretor-geral do Sistema COC em Macei

  • [email protected]

    A7O JORNAL l MACEI, 3 DE JUNHO DE 2012 l DOMINGO

    Publicidade

  • A8 O JORNAL l MACEI, 3 DE JUNHO DE 2012 l DOMINGO

    [email protected]

    Choque com galxia vizinha Andrmeda ser daqui a4 bilhes de anos, arma Nasa

    BBC BRASIL

    Astrnomos da Nasa esto usando o teles-cpio espacial Hubble para determinar quando a Via Lctea ir colidir com Andr-meda, sua galxia vizinha.

    As duas galxias esto se aproximando devido gravi-dade que exercem uma sobre a outra. Cientistas acreditam que elas comearo a se fundir dentro de 4 bilhes de anos. E dentro de outros 2 bilhes de anos elas devero ser uma nica entidade.

    Quando isso ocorrer, a posio do nosso sol ser abalada, mas tanto o astro como os planetas que orbi-tam em torno dele enfrentam pouco risco de serem destru-dos.

    Por outro lado, o cu noturno visto da Terra dever ter uma aparncia espeta-cular. Partindo do princ-pio, claro, de que a espcie humana ainda estar presente dentro de bilhes de anos para poder olhar para cima.

    ''Hoje em dia, a galxia de Andrmeda se apresenta para ns no cu como um pequeno objeto difuso que foi visto pela primeira vez por astrnomos h mil anos'', arma Roeland van der Marel, o pesquisador snior do Space Telescope Science Institute, de Balti-more, nos Estados Unidos.

    As duas galxias esto separadas por uma distncia de 2,5 milhes de anos, mas esto convergindo a uma velo-cidade de aproximadamente 400 mil quilmetros por hora.

    "Poucas coisas fascinam os seres humanos mais do que o nosso destino csmico e qual ser o nosso futuro. O fato de que podemos prever que esse pequeno objeto difuso um dia ir engolir e encobrir o nosso sol e o nosso sistema solar

    uma descoberta verdadeira-mente notvel e fascinante'', diz Marel.

    Isso possvel porque o observatrio mediu em detalhes mais precisos do que nunca os movimentos de determinadas regies de Andrmeda, que tambm conhecida por seu nome cien-tco M31.

    ''Astrnomos tentam h sculos medir o movimento lateral. Mas isso sempre falhou porque as tcnicas disponveis no eram sufi-cientes para realizar a medi-o. Pela primeira vez, fomos capazes de medir o movi-mento lateral - conhecido na astronomia como movimento apropriado - de Andrmeda,

    usando as capacidades de observao nicas oferecidas pelo Hubble'', explica Marel.

    Simulaes de computa-dor baseadas nas informa-es do Hubble indicam que as duas grandes massas de estrelas iro eventualmente se moldar em uma nica galxia elptica similar a outras vistas no universo.

    Sistema Solar deve ter sua localizaoafetada pela fuso

    Mas apesar da prov-vel fuso das duas galxias, estrelas individualmente no iro colidir porque o espao entre elas permanecer sendo grande.

    Em 7 bilhes de anos, a fuso formar enorme estru-tura elptica com um centro brilhante.

    O abalo gravitacional dever, no entanto, mudar a localizao do Sistema Solar, acreditam os pesquisadores.

    provvel que a fuso provoque uma vigorosa fase de formao de novas estre-las e que nuvens de gs sero abaladas e passem a colidir umas com as outras.

    Pelo que os cientistas observaram at aqui, bem possvel que a pequena companheira de Andrmeda, a galxia de Triangulum, ou M33, tambm entre na "briga".

    Via Lctea vai sofrer coliso FUTURO CSMICO

    Novo asteroide descoberto ao passar raspando na Terra

    Uma pedra de 10 m de dimetro foi descoberta por um astrnomo nos EUA um dia antes de passar a 14 mil km do nosso planeta - para se ter ideia, a distncia mdia da Terra Lua de 384 mil km.

    Segundo o observat-rio italiano de Remanzacco, que cita dados do Laborat-rio de Propulso Jato (JPL) da Nasa, a sexta passagem mais prxima j registrada sem atingir nosso planeta. Como base de comparao, a distncia menor do que a que separa o Brasil do Japo.

    A descoberta foi feita na segunda, 28, por Alex Gibbs, do observatrio Catalina, no Estado americano do Arizona.

    Segundo o astrnomo Tony Philips, o asteroide - nomeado de 2012 KT42 - no causaria grande destruio. Ele seria, arma, certamente destrudo na entrada na atmosfera e chegariam ao solo apenas pequenos meteoritos.

    A cpsula Dragon, da c o m p a n h i a a m e r i c a n a SpaceX, retornou quinta--feira Terra aps se tornar o primeiro veculo privado a chegar Estao Espacial Internacional (ISS).

    A cpsula no tripulada caiu no oceano Pacfico s 12h42 (de Braslia), seis horas depois de ser desacoplada da Estao Espacial Internacio-nal (ISS). , informou o centro de controle de Misso da Nasa em Houston, que transmitiu ao vivo a manobra atravs de seu canal de televiso.

    O transporte da Dragon at Los Angeles levar alguns dias. De l, a cpsula ser transpor-tada para a empresa Space X, no Texas, para inspeo.

    A Dragon chegou Esta-o no ltimo dia 25, comple-tando com sucesso um voo de teste. A cpsula, que levou 460 quilos de alimentos em seu primeiro voo de abas-tecimento, ficou acoplada estao por 5 dias, 16 horas e 5 minutos, trouxe Terra

    outros 600 quilos de carga. O veculo espacial entrou na atmosfera terrestre como um "cometa ardendo", protegido das temperaturas extremas por um potente escudo.

    A cpsula abriu seu duplo paraquedas, de 35 metros de dimetro cada, que estabili-zou e freou a queda da nave. Um avio da Nasa sobrevoou a rea na qual era esperado que ela casse para iniciar as operaes de resgate.

    A SpaceX tinha preparado um navio de 56 metros de comprimento equipado com um guindaste de 24 metros que operar com dois botes auxiliares para recuperar a cpsula. No bote esto mais de dez engenheiros e tcnicos da companhia, assim como uma equipe de quatro submarinis-tas.

    O teste bem sucedido deve dar sinal verde para que a SpaceX comece a preparar os 12 voos de carga previstos em um contrato de 1,6 bilho de dlares com a Nasa. Uma

    segunda nave cargueira, cons-truda pela Orbital Sciences Corp, deve estrear neste ano.

    Os EUA no tm transporte espacial prprio desde que seus nibus espaciais foram aposentados, no ano passado. Com isso, as naves russas

    Soyuz, usadas principalmente para o transporte de tripulan-tes, e com pouco espao para carga, se tornaram os nicos veculos capazes de voarem para a Estao e retornarem Terra.

    Em vez de construir e

    operar naves governamen-tais, a Nasa est investindo em empresas como a SpaceX, com a meta de comprar espao para cargas e futura-mente tripulantes em veculos comerciais, o que uma alter-nativa bem mais barata.

    Cpsula espacial Dragon retorna aps viagem histrica

    Depois de levar 460 quilos de alimentos Estao Espacial Internacional, cpsula privada pousou no Oceano Pacco

    Ilustrao divulgada pela Nasa mostra rota da coliso da nossa galxia, a Via Lctea, com sua vizinha Andrmeda

  • CidadesA9O JORNAL l MACEI, 3 DE JUNHO DE 2012 l DOMINGO

    [email protected]

    Motivao ainda levanta controvrsiasGiovanna foi sequestrada

    por volta das 10h30, do dia 2 de junho. Ela deixou a faculdade onde cursava fisioterapia, na Rua Cnego Machado, no Farol, e seguiu a p para encon-trar uma amiga prximo a um supermercado, no mesmo bairro. Ela foi encontrada morta dois dias depois, num matagal, em Rio Largo.

    Com duas pessoas presas e um suspeito em liber-dade, o crime ainda levanta controvrsias sobre a real motivao. Crime passional? Envolvimento com drogas? Crime sexual? So algumas das questes que a Polcia Civil ainda tenta responder.

    Para o Ministrio Pblico Estadual, no existem dvi-das que a morte da estudante foi encomendada por Mirella Granconato, e teve como piv Antnio de Pdua Bandeira Amorim; e que o executor foi o caminhoneiro Luiz Alberto Bernardino, encontrado com o telefone da vtima dias aps o crime. Tudo aponta para ela ter sido a autora intelectual do crime. Em relao ao marido, estamos investigando a sua participao, mas ele teria sido o piv da briga entre vtima e acusada, contou o promotor Flvio Gomes da Costa.

    J a defesa do casal Mirella e Tony Bandeira, arma que no existe nada que comprove o envolvimento deles na morte. Existem apenas mensagens,

    mas nada que mostre a ligao deles com o caminhoneiro, que foi encontrado com o tele-fone da vtima. De acordo com as investigaes, o Luiz Alberto esteve prximo ao local onde o corpo foi desovado no dia do desaparecimento da Giovanna. preciso mais apurao para que inocentes no sejam condenados, afir-mou o advogado criminalista Raimundo Palmeira.

    No ltimo ms de abril, quando foi nalizada a fase de instruo criminal da acusada Mirella Granconato, a defesa solicitou que fossem feitas novas diligncias. Uma delas era a quebra do sigilo tele-fnico de Meiry Emanuella de Oliveira Vasconcelos, a Manu, amiga da vtima. E ainda, o depoimento do prefeito afastado de Rio Largo, Toninho Lins, sobre a rela-o dele com a acusada. O depoimento do ex-prefeito j aconteceu. Agora falta chegar o resultado da quebra da Erbs que depende das operadoras, disse uma fonte da Justia.

    Alm dessas solicitaes, um ano aps o crime as inves-tigaes ainda continuam sendo realizadas pela Pol-cia Civil. De acordo com o Ministrio Pblico Estadual, o delegado Francisco Amorim Terceiro, ainda continua em diligncias. L.S.R.

    Continua na pgina A10

    Em entrevista ao O Jornal, me de estu-dante fala da dor e do vazio causados pelamorte prematura

    LYRA SANTA [email protected]

    Eu preencho esse vazio com amor. O amor de Cristo, das pessoas que ameniza minha dor. E eu fao com que esse amor afaste a angstia para que ela no tome conta de todo meu ser. Eu me apego s oraes e ao amor das pessoas que tm sido constante na minha vida, ressalta Catarina Tenrio, me de Giovanna

    Tenrio, em entrevista exclu-siva ao editor de fotograa de O Jornal, Marco Antnio, quando questionada sobre o que ela faz para superar a perda da filha, um ano aps sua morte. Se eu j era religiosa, agora sou muito mais porque estou ajudando as outras pessoas que sofrem tambm.

    Ontem (2) fez um ano que a estudante de fisioterapia Giovanna Tenrio Andrade, 28, foi encontrada morta. Cata-rina, que morava somente com a lha, diz que encontra foras para superar a perda atravs da f. E nunca estou s porque sempre busco a presena do Senhor dentro de mim, que me fortalece e me vivifica. Ento encontro foras pra levar

    meu carinho, o meu alento s pessoas que esto necessi-tando, disse a me, ao explicar que faz parte da Pastoral da Orao e que com frequncia faz visitas a pessoas doentes. Ao mesmo tempo em que ajudo, eu estou sendo ajudada pelas pessoas.

    A me da estudante relata que j fazia o curso de Teologia e participava do grupo Segue--me, da igreja Catlica, e que isso tambm a ajuda a superar a perda. onde eu encontro muita fora espiritual. As reuni-es do Segue-me me fazem muito bem porque absorvo a energia dos jovens e acabo sendo um exemplo de perse-verana para eles. O amor dos amigos me sustenta.

    Raimundo Palmeira diz que no h nada que comprove a culpa do casal

    1 ANO DO CASO GIOVANNA

    Famlia tenta superar perda atravs da f

    Dona Catarina encontra

    na religio a fora e a

    paz necessrias

    para continuar

    vivendo

    Marco Antnio

    Yvette Moura

  • [email protected]

    A10 O JORNAL l MACEI, 3 DE JUNHO DE 2012 l DOMINGO

    Cidades

    Para acusao, h indcios fortes de autoria Alm dessa conversa,

    Luiz Alberto teria se contra-dito diversas vezes durante os depoimentos prestados polcia sobre os locais onde esteve nos dias 2 e 3 de junho. E a polcia conseguiu provar, atravs do rastreamento das ligaes de celular feitas pelo caminhoneiro nessas datas, que ele esteve no mesmo local onde Giovanna desapareceu e na regio onde o corpo da estudante foi encontrado.

    Outra prova contundente contra o caminhoneiro, surgiu aps o depoimento de Sonei Soares. A mulher teria reco-nhecido a tolha marrom, utili-zada para cobrir o corpo da estudante, como sendo pare-cida com uma vista por ela na casa dos pais de Luiz Alberto. A acusao acredita que o cami-nhoneiro tenha praticado o

    crime a mando de Mirela, que negou qualquer envolvimento na audincia desta semana e segue presa.

    Para o assistente de acusa-o, o advogado Welton Roberto, o fato de no haver uma ligao direta entre Mirella e o caminhoneiro no invlida os indcios encon-trados. O Tony e a Giovanna tiveram um relacionamento em outubro de 2010, quando houve o desentendimento com a Mirella. Durante esse meio tempo a acusada mandou diversas mensagens ameaadoras para a vtima. E dois dias antes do desapare-cimento ela teria falado com o Tony, quando as ameaas recomearam. Para mim esse homicdio foi premeditado e trata-se de crime passional, armou.

    De acordo com o advo-gado o depoimento de Mirella foi cheio de contradies, e uma tentativa de denegrir a imagem da vtima. Algumas coisas chamaram a ateno no depoimento da Mirella. Primeiro ela diz que o caso entre Tony e Giovanna eram sem importncia para ela, ento porque tantas ameaas? Outra coisa a meticulosi-dade que ela consegui relatar os passos do dia do desapa-recimento, como se quisesse forar um libi. No tenho dvidas que esse crime foi mando dela, colocou.

    Giovanna foi sequestrada no Farol. O caminhoneiro tinha uma casa, na Iris Alago-ense, onde a Giovanna passou pela porta. Essa casa era utili-zada por ele para provveis prticas sexuais. Os indcios

    so de que ela a abordou no caminho e cumpriu as ordens do mandante, falou Welton Roberto.

    Ainda segundo as informa-es do assistente de acusao, com Giovanna dominada o caminhoneiro seguiu com ela para Rio Largo, onde a matou por asxia, desovando o corpo num canavial. Tentaram plantar uma possvel violn-cia sexual, mas ela estava um absorvente intimo que no tinha nenhum indicio disso. O fato que ela foi asxia com corda de bananeira e enrolada como uma trouxa para ser desovada. O Alberto forne-cia banana, inclusive para o supermercado do Tony em Rio Largo, da a ligao entre eles, explicou. L.S.R.

    Continua na pgina A12

    Promotoria deve sustentar a participao do casal na morte de GiovannaAguardando o resultado

    das diligncias, o promotor Flvio Gomes da Costa j tem sua tese sobre a morte da estudante de fisioterapia Giovanna Tenrio, pronta a ser defendida caso resolva pronunciar os acusados do crime. Os indcios so muito fortes para a parti-cipao deles na morte. A Mirella era uma pessoa de comportamento agressivo, uma mulher ciumenta e possessiva, que at agrediu

    a Giovanna quando desco-briu que o marido a estava traindo. Depois fez vrias ameaas atravs de mensa-gens de celulares, que amigos da vtima viram, contou.

    Para o Ministrio Pblico as relaes criminosas so claras. Mirella teria contra-t a d o o c a m i n h o n e i r o Luiz Alberto, para matar a ex-amante do marido. O caminhoneiro que tem uma casa prxima a faculdade da estudante, na Rua Iris Alago-

    ense, no Farol, aproveitou que ela caminhava aps a aula para sequestr-la e mat-la. O que ainda no est bem denido a participao de Tony Bandeira na morte, o nico suspeito em liberdade.

    A polcia continua inves-tigando. O que sabemos que o Tony teria se relacio-nado com a Giovanna e que a Mirella teria descoberto. Eles teriam tido uma briga durante uma festa, que at a Giovanna se meteu por achar

    que ele no era casado. Esse foi um crime brutal e plane-jado, falou o promotor. Crime passional foi a linha que a polcia seguiu durante todo o tempo. Existem depoi-mentos fortes que apontam para isso. Infelizmente, a pericia no conseguiu fazer exame para saber se houve violncia sexual, ento nos apegamos aos indcios para esse caso.

    Quando questionado sobre a possibilidade dos

    acusados serem inocentes, o promotor explicou que nessa fase processual no caso de dvidas a sociedade quem decide. No caso dbio a sociedade quem dever decidir atravs do julgamento. Tudo aponta para a pronn-cia dos acusados. A Mirella ir responder por homicdio qualicado e o caminhoneiro pelo mesmo crime, alm do furto de celular e ocultao de cadver, completou o promotor. L.S.R.

    "Os indcios so muito fortes para a partici-pao deles na morte; a Mirella era uma pessoa ciumenta"

    FLVIO GOMES DA COSTA,promotor de Justia, sobre o assassinato de Giovanna

    O dilogo interceptado pela polcia entre Luiz Alberto e a esposa e que consta

    nos autos o seguinte:

    Gravaes Telefnicas

    Dilogo interceptado

    medida que as investigaes do assassinato de Giovanna Tenrio foram avanando, a parti-cipao do caminhoneiro Luiz Alberto foi cando mais forte. Ele foi preso pela primeira vez logo aps o corpo da jovem ser localizado quando a polcia apertou o cerco e conseguiu encontrar o telefone celular da vtima.

    No dia seguinte ao desaparecimento da estu-dante, a esposa do caminhoneiro, Sonei Soares de Melo, passou a usar o aparelho de Giovanna, com outro chip. A princpio, o caminhoneiro informou que o celular teria sido comprado na Feira do Rato, mas o rastreamento das ligaes mostra que ele nunca esteve no local.

    [Sonei Alves] - No disse nem tchau...[Luiz Alberto] - Hein?[Sonei Alves] - Disse nem tchau...[Luiz Alberto] - No t entendendo![Sonei Alves] - Disse nem tchau...[Luiz Alberto] - Eita, viu no que eu mandei um beijinho, no?[Sonei Alves] - No... J chegou?[Luiz Alberto] - J, t aqui esperando... (inaudvel)[Sonei Alves] - T... Jogou o negcio?[Luiz Alberto] - Hein?[Sonei Alves] - Jogou o negcio?[Luiz Alberto] - Num t entendendo![Sonei Alves] - Jogou o negcio?[Luiz Alberto] - Joguei.

    O assistente de acusao,

    Welton Roberto, defende

    que o assassinato foi

    um crime passional

    Yvette Moura

  • [email protected]

    A11O JORNAL l MACEI, 3 DE JUNHO DE 2012 l DOMINGO

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  • A12 O JORNAL l MACEI, 3 DE JUNHO DE 2012 l DOMINGO

    [email protected]

    Presa h quase um ano, Mirella Granconato apon-tada como a mandante inte-lectual do assassinato da estudante Giovanna Ten-rio. A jovem de 21 anos, me de dois filhos, est reclusa no presdio Santa Luzia e aguarda o julgamento de um pedido de priso domiciliar feito pela defesa no final de maio. Segundo os advogados Raimundo Palmeira e Nath-lia Januzi Rocha faltam provas concretas sobre o envolvi-mento de Mirella na morte de Giovanna.

    Existem apenas umas mensagens enviadas quase oito meses antes do crime e duas brigas entre ela e a Giovanna. Essas brigas no passaram de leses corporais e aconteceram devido a relao de Tony com a vtima. Inclu-sive, elas sequer se conheciam na primeira confuso, contou Raimundo Palmeira. A Mirella em seu primeiro depoimento, disse uma coisa interessante sobre essa relao. De acordo com ela esse era mais um caso do marido, j que na poca da morte de Giovanna ele j estava com outra namorada e que se ela fosse sair matando todas as amantes se tornaria uma serial killer.

    Ainda de acordo com a defesa, durante o desapa-recimento de Giovanna, a principal suspeita se colocou

    a disposio da polcia. Em nenhum momento a Mirella dicultou as investigaes ou tentou fugir. Quando o nome dela comeou a ser citado foi at a imprensa e se defendeu. Ela nunca teve nada a escon-der, no precisava ter sido presa. Ela uma me de fam-lia, que est sendo acusada de forma equivocada, comenta Palmeira.

    Para os advogados de defesa, a acusao contra Mirella tem sido falha, j que so necessrios mais ind-cios de seu envolvimento. A polcia s seguiu uma nica linha, apesar de no seu relat-rio dizer que existiam outras suspeitas, como o fato da vtima usar drogas. Mesmo assim, eles preferiram base-ados em ameaas antigas culp-la por essa morte, falou Palmeira. O pior que faltam indcios. No existe nenhuma relao da Mirella com o caminhoneiro. Para mim esse crime teve o cunho sexual, que o laudo do IML no responde. Nele s consta que a morte foi por asxia, realizada com os para enrolar banana.

    Palmeira coloca ainda, que o laudo do IML deveria ter mais informaes, inclu-sive se a vtima sofreu algum tipo de violncia. Ser que Giovanna no foi violentada? Nunca vamos saber, j que o IML no fez o exame alegando

    que o corpo estava em estado de decomposio avanado. E eles ainda queimaram todas as peas de roupa, a tolha que a vtima foi enrolada, e o fio utilizado no crime, por no ter onde armazenar as peas.Tem testemunhas que dizem que ela foi seguida dias antes do crime, colocou.

    Na tentativa de compro-var a inocncia de sua cliente, Raimundo e Nathlia solicita-ram no final da audincia de instruo que fossem feitas novas diligncias. Pedimos a quebra do sigilo telefnico da Manu. Ela era amiga da Giovanna e em depoimento falou que elas usavam coca-na frequentemente. Inclu-sive, elas estavam sem se falar h oito meses, porque ela teria feito uma divida no nome da Giovanna, que o traficante

    chegou a ir cobrar no condo-mnio onde ela morava. Talvez possamos esclarecer algumas coisas com essas informa-es, adiantou.

    Alm do envolvimento de Manu, a defesa tambm pediu que prefeito afastado de Rio Largo, Toninho Lins fosse ouvido. A Mirella disse em depoimento que o Toninho teria oferecido dinheiro para ela fugir. Ele namorou com a irm da Mirella e teria algum tipo de relacionamento com a Manu. Mas, ele nega o fato e at disse que pouco conhe-cia a famlia da minha cliente. Muito estranho.

    Os advogados conta-ram ainda, que Mirella est bastante abalada e abatida. Depois da priso engordou 10 quilos e sofre muito com a distncia dos lhos. Ela chora muito sempre que acusada por esse crime. A gente teme que a sociedade faa seu julgamento e condene uma inocente. Apesar de estar-mos confiantes na deciso da Justia, afirmou Nathlia Januzi. A Mirella est bastante abatida e sofrendo muito longe de casa e dos filhos pequenos. Inclusive, tem uma preocupao grande com o lho de 3 anos, o Gabriel, que est sem querer ir para a escola e tendo acompanhamento psicolgico, por achar que a me o abandonou. L.S.R.

    Mirella est presa no Santa Luzia acusada de ser a mandante do crimeMirella aguarda julgamento

    de um pedido de priso

    domiciliar

    "Em nenhum momento, a Mirella dicultou as investiga-es; ela nunca teve nada a esconder"

    RAIMUNDO PALMEIRAAdvogado de Mirella Granconato

    DAYANE [email protected]

    No muito tempo atrs, o mercado de trabalho absorvia rapidamente quem conseguia romper a barreira do ensino mdio e cursava o ensino superior nas universi-dades pblicas espalhadas pelo Brasil. Instituies particulares existiam poucas, alm disso, as altas mensalida-des impediam que estudantes de baixa condio nanceira cursassem o ensino

    superior, monopolizando o mercado.Atualmente, com o aumento das

    instituies tecnolgicas federais e as inmeras faculdades particulares, que oferecem inclusive cursos distncia, a graduao tornou-se mais acessvel, produzindo uma gerao de novos prossionais disponveis no mercado.

    Programas como o Universidade para Todos (PROUni) ajudam estudan-tes carentes a serem bolsistas em gran-des instituies privadas, garantindo que todos tenham uma oportunidade

    de melhor preparar-se para o mercado de trabalho.

    Seguindo as condies de cada regio e respeitando seu nicho merca-dolgico, o trabalhador precisa se destacar e no depender apenas do diploma universitrio. As exigncias so muitas, vo desde um segundo idioma (j h quem arme que um terceiro mais til) at um MBA no exterior. Aquele modelo de prossional pacato, paciente e apenas executor, est cando extinto.

    EMPREGO

    A qualicao faz a diferena

    A competitividade nas empresas privadasMesmo oferecendo bom

    salrio e perspectiva de cres-cimento, algumas empresas, principalmente multinacio-nais, enfrentam dificuldades em encontrar profissionais com o perl desejado. Muitas vezes sobram vagas por falta de mo de obra qualificada, o que engrossa as estatsticas, armando que desemprego sinnimo de despreparo.

    Valrio de Almeida um dos profissionais que nunca temeu os desafios. Aos 45 anos, o analista de recursos

    humanos da multinacional Royal Caribean, comeou na empresa como recepcionista h cerca de 13 anos. O segundo idioma abriu as portas para o incio de sua carreira e deu a ele a oportunidade de conhe-cer vrias naes a bordo de grandes transatlnticos que fazem cruzeiros tursticos durante todo o ano. Eu queria conhecer o mundo, viajar e estudar. Como no tinha condies, encarei o desafio e consegui realizar todos os meus sonhos, conta Valrio.

    Apaixonado por navios e novas culturas, o analista desempenhou bem todas as funes que exerceu antes de ficar em terra cuidando de novas tripulaes. No mar, ele chegou a ocupar a funo de gerente administrativo. Agora, em terra firme, ele confessa que conseguiu mais do que esperava.

    J como representante de Recursos Humanos, Valrio enfrenta agora o desafio de encontrar prossionais brasi-leiros disponveis para embar-

    car nos navios da empresa que falem ingls fluentemente. No temos restrio quanto a idade, mas sem ingls invi-vel, j que os passageiros so de fora e todas as instrues e treinamentos so minis-trados neste idioma, explica Almeida.

    A diculdade fez a empresa desenvolver um sistema de entrevista on line, onde o funcionrio da empresa avalia o candidato via Skype e o encaminha, se aprovado, para o Recursos Humanos. D.L.

    Turismo um mercado que cresce em ALConsiderando as belezas

    naturais do Estado, o terceiro setor ou setor de servios surge como uma boa opo para quem no quer ficar desempregado. Hotis, bares e restaurantes sempre esto em busca de tudo tipo de prossional que atue na rea. So garons, recepcionis-tas, mensageiros, cozinhei-ros, camareiras entre outras funes, que se bem prepa-rados, so disputados pelos meios de hospedagem.

    De acordo com Danyelle Freitas, integrante da CAB Consultores, empresa de recursos humanos que atende parte da rede hoteleira e dez das principais construtoras em Macei, a diculdade em encontrar candidatos biln-gues constante. H 15 dias anunciamos nos principais meios de comunicao a vaga de secretria executiva e no encontramos, comentou Danyelle. No mercado, falar ingls faz toda a diferena, acrescentou.

    FUNCIONALISMO PBLICO Para quem um dia pensou

    que passar no vestibular era o grande objetivo da maio-ria dos jovens brasileiros, se engana. Hoje, a estabilidade do emprego pblico seduz a maioria das pessoas que visam bons salrios e planos de cargo e carreira, sem se preocupar com instabilidade.

    Pelo volume e pela quali-dade dos cargos oferecidos, a corrida pela carreira pblica no tem precedentes na hist-ria brasileira. Trabalhar para o Estado tornou-se a opo preferencial de um enorme contingente de jovens recm-

    -sados da faculdade e at de profissionais que j no dispe da faixa etria ideal para o setor privado.

    As salas de aula de cursi-nhos que oferecem a prepa-rao necessria esto lotadas com alunos a partir dos 25 anos de idade, quando 20 anos atrs a faixa etria era de 40 anos.

    O principal motivo pelo qual tanta gente se inscreve nos concursos que traba-lhar para o governo oferece hoje um pacote de recompen-sas muito maior do que no passado.

    Nos ltimos dez anos, o salrio mdio de um funcio-nrio pblico da esfera fede-ral passou de R$ 1.400 para R$ 4.700. A C+onstituio de 1988 determina que todos os funcionrios pblicos tenham estabilidade plena. Podem ser afastados apenas em casos graves, como insubordinao e abandono de emprego.

    Os concurseiros, adjetivo dado aos prossionais que j esto inseridos no funciona-lismo, mas desejam alar vos maiores, so o maior exemplo de que vale a pena encarar a possibilidade de ingressar no poder pblico.

    Este e o caso do bombeiro Rodolfo Marcelo Souza, que trabalha h seis anos como guarda-vidas em praias alago-anas, mas mesmo assim continua estudando para novas oportunidades. O foco sempre a melhoria salarial, acompanhada pelo desafio. No quero parar, enquanto tiver condies de crescer, vou buscar at conseguir manter minha famlia num bom pata-mar, comenta Marcelo. D.L.

    Valrio Almeida era recepcionista e se tornou gerente de uma multinacional Bombeiro Rodolfo Marcelo Souza continua estudando para novo trabalho

    Marco Antnio

  • A13 O JORNAL l MACEI, 3 DE JUNHO DE 2012 l DOMINGO

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    O cirurgio plstico Fernando Gomes integrou a equipe que realizou procedimen-tos no Norte do Pas

    Devolver a autoestima de mulheres e crian-as do Estado do Amap representou acima de tudo uma lio de vida. o que conta o cirurgio plstico Fernando Gomes, do Hospi-tal Universitrio Prof. Alberto Antunes (HUPAA) e professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas, recm-chegado de uma misso de trs dias no Norte do Pas, para operar mulheres vtimas de aciden-tes que causaram escalpela-mento - a retirada brusca do couro cabeludo.

    Para realizar esse traba-lho, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plstica (SBCP) e o governo do Amap convo-caram cerca de 41 pessoas, entre mdicos e residentes de cirurgia plstica. O cirurgio do HUPAA foi o nico repre-sentante de Alagoas a inte-grar a equipe de prossionais especializados no assunto de vrias regies do Brasil, a maioria deles, dos estados do Rio de Janeiro, So Paulo,

    Minas Gerais, Santa Catarina, Gois, Amap e Cear.

    sempre um aprendi-zado, todos que foram apren-deram uns com os outros, e o mais marcante que no houve nenhum estrelismo, estavam todos querendo ajudar, ento gerou uma produtividade alta, no exis-tiram complicaes e, todos os procedimentos saram a contento, ressalta o cirurgio.

    O grupo realizou 52 cirur-gias reconstrutoras numa intensiva maratona de traba-lho que durou trs dias e uniu esforos para contemplar os casos mais graves de escal-pelamentos ocorridos em motores de barcos pelo rio Amazonas.

    A MISSO

    O setor de relaes sociais da SBCP cuida das campanhas e mutires realizados pelo Brasil, com o intuito de levar populao mais carente, o acesso a procedimentos esperados, muitas vezes, por longos anos. O trabalho lan-trpico, coordenado pelo ex-presidente da SBCP, Pedro Martins e, pelo cirurgio pls-tico Luciano Chaves, de Bras-lia, garante a utilizao de toda a tecnologia nas operaes.

    O Governo do Amap e o Ministrio da Sade custea-ram passagens e hospedagem de todos os mdicos volun-trios da misso. A primeira vez que o grupo viajou para o Amap foi em maro, quando fez uma triagem para avalia-es dos casos e a elaborao de um plano cirrgico, aps

    muitas fotografias. A equipe discutiu amplamente as especicidades das crianas, jovens e senhoras amapaen-ses, com a opinio de cada prossional.

    No incio do ms de maio, os mdicos retornaram regio para concretizar os procedimentos autoenxerto de pele (quando retirada uma parte da pele do prprio paciente para transplan-tar em outro local do corpo, nesses casos, orelhas, rosto, etc); e reconstruo do couro cabeludo com microimplante capilar.

    Mas o trabalho ainda no terminou. As mos que recu-peraram a alegria de muitas mulheres voltam a atuar em agosto para nalizar as cirur-gias em que foi necessria a colocao de um expansor de pele nas pacientes que no tiveram o cabelo total-mente arrancado (o expansor uma espcie de canal onde injetada uma soluo para aumentar gradativamente o volume da pele da cabea e, em seguida, utilizar partes do couro cabeludo para cobrir as outras reas).

    Amaznia Oriental, cerca de 2 mil embarcaes j tm a cobertura do eixo do motor, mas a luta para acabar com os escalpelamentos reforada.

    Sesau apresenta nmeros da doena

    O Ncleo de Agravos Crnicos da Secre-tar ia Estadual de Sade (Sesau) apresentou esta semana a situao epide-miolgica e operacional da hansenase em Alagoas. A mdica ngela Pomini reali-zou a exposio atualizada dos dados para profissionais das Unidades de Referncia.

    O relatrio apontou que, em 2011, 406 casos novos foram diagnosticados ndice considerado alto para os parmetros nacionais, sendo 27 casos diagnosticados com a doena em menores de 15 anos. Este coeficiente carac-teriza o principal indicador epidemiolgico de controle de hansenase, pois expressar a fora de transmisso recente e a tendncia da doena.

    Segundo a mdica ngela Pomini, os dados podem indi-car uma endemia oculta em Alagoas, visto que o diagns-tico est sujeito capacidade operacional dos servios de sade. A situao de alto ndice de endemia oculta por no ter sido diagnosticada e, consequentemente, aponta um contgio crescente, explicou.

    O dermatologista Egon Luiz Rodrigues Daxbacher proferiu um curso de Atuali-zao em Hansenase sobre o diagnstico diferencial em casos clnicos. Durante o encontro, o mdico mencio-nou a necessidade da troca de

    experincias e a importncia do diagnstico para interrom-per a transmisso.

    O cidado s se preo-cupa com a doena que mata. O Brasil registra duas mil pessoas incapacitadas por hansenase ao ano. Nossa preocupao no pode ser apenas com a dengue, mas com esse nmero crescente de pessoas que esto parando de trabalhar por uma doena que tem cura, armou o espe-cialista.

    A proposta de cura de casos um indicador que avalia a efetividade do tratamento e foi o parmetro selecionado no Pacto pela Sade. Em Alagoas, a meta pactuada pelo Estado, em 2011, foi de 90% de cura e o resultado alcanado foi de 78,6%, segundo dados parciais.

    ngela Pomini alerta que as pessoas com maior risco de adoecer so aquelas que resi-dem ou residiram nos ltimos cinco anos na mesma casa. Por essa razo, para detectar casos de hansenase, deve-se examinar os contatos intrado-miciliares. Em 2011, 56% dos contatos registrados foram examinados, o que representa um resultado regular para a meta estipulada em 63%.

    A Sesau investe em capaci-taes e aes para o controle da hansenase destinada aos profissionais das Unidades Bsicas de Sade e tcnicos municipais.

    Mdico alagoano faz cirurgias no Amap

    HANSENASE

    Cirurgio Fernando Gomes foi o nico alagoano na equipe de prossionais

    Marco Antnio

    ESCALPELAMENTO

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    A14 O JORNAL l MACEI, 3 DE JUNHO DE