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Plano que prevê 10% do PIB para Educação é aprovado PÁGINA 31 FERNANDO DONASCI OGLOBO QUARTA-FEIRA, 4 DE JUNHO DE 2014 ANO LXXXIX - Nº 29.521 Irineu Marinho (1876-1925) (1904-2003) Roberto Marinho RIO DE JANEIRO oglobo.com.br 3ª Edição - Preço deste exemplar no Estado do Rio de Janeiro R$ 2,50 - Circulam com esta edição: Segundo Caderno e CarroEtc — Partiram! CHICO Levantamento do Pew Research Center, um dos mais importantes institutos de pesquisa dos EUA, mostra que, para os brasileiros, a inflação é um problema maior do que a corrupção: 85% apontaram a alta de preços como preocupação, acima dos 78% que mencionaram os políticos corruptos. Pela primeira vez em quatro anos, a avaliação negativa da economia prevalece sobre a percepção positiva, com 67% das respostas. Pa- ra Juliana Horowitz, analista da pesquisa, “o ní- vel atual de frustração que os brasileiros expres- sam não tem paralelo em anos recentes” . PÁGINA 23 Para 85%, a inflação é um grande problema no país Pesquisa do instituto americano Pew Research Center mostra insatisfação generalizada Brasileiro teme alta de preços mais que corrupção PESSIMISMO _ Com grande atuação de Neymar, que fez belo gol de falta e participou de ou- tros dois, a seleção goleou o Panamá por 4 a 0, ontem, no Estádio Serra Dourada, em Goiânia. Daniel Alves, Hulk e Willian completaram o marcador. Apesar do show do camisa 10 e da vitória fácil, o técnico Felipão não ficou totalmente sa- tisfeito: ele espera que o time mostre evolução no segundo e último amistoso, contra a Sérvia, na sexta-feira, em São Paulo. Se a equipe for bem, adiantou, será mantida para a estreia da Copa, contra a Croácia, no dia 12. “Preciso ver o time antes da estreia. Se não tivermos problemas, todos irão para o jogo”, afir- mou o treinador. CADERNO ESPECIAL SELEÇÃO GOLEIA, MAS FELIPÃO QUER MAIS Time contra a Sérvia deve ser o da estreia Primeiro teste. Neymar festeja gol de falta, o primeiro da seleção brasileira na vitória sobre o Panamá, por 4 a 0, no amistoso disputado em Goiânia: de novo, o melhor em campo COPA 2014 MARCELO THEOBALD A pesquisa nacional do IBGE sobre mercado de trabalho, que chegou a ser suspensa após críti- ca de senadores, mostra que o desemprego caiu para 7,1% no primeiro trimestre, contra 8% no mesmo período de 2013. No Nordeste, taxa é de 9,3%. PÁGINA 24, Merval Pereira e Míriam Leitão Desemprego cai para 7,1%. No Nordeste, taxa é de 9,3% Polícia investiga falta de socorro a fotógrafo na porta de hospital PÁGINA 12 Do porteiro ao desembargador, as faces do assédio à mulher PÁGINA 32 Foi sancionada ontem lei federal que pune com prisão de um a quatro anos a discriminação contra portadores do vírus da Aids. Enquanto isso, um laboratório nacional luta na Justiça por quebra de patente de droga anti-HIV que é con- trolada pelos fabricantes americanos. PÁGINA 30 Preconceito contra soropositivo agora é crime Uma questão de estilo O GLOBO NA INTERNET Nova seção reúne moda, gastronomia, decoração e turismo no site. PÁGINA 7 RIO EM FOTOS, A NATUREZA CLICADA POR LUIZ CLAUDIO MARIGO SOCIEDADE ABELHAS ‘BIÔNICAS’ AJUDARÃO A MONITORAR CLIMA NA AMAZÔNIA ECONOMIA MAPA INTERATIVO MOSTRA O DESEMPREGO POR IDADE E ESCOLARIDADE CULTURA LIVRO DE RALPH DELLA CAVA REVÊ LEGADO DE PADRE CÍCERO VERISSIMO Toda Copa tem um time fantasma. CADERNO ESPECIAL FERNANDO CALAZANS Brasil não ia bem até o primeiro gol. CADERNO ESPECIAL RENATO M. PRADO O terceiro gol, de Hulk, valeu o jogo. CADERNO ESPECIAL ARTUR XEXÉO Nova York não quer saber do Mundial. CADERNO ESPECIAL ZUENIR VENTURA Uma maré de pessimismo atinge o país. PÁGINA 21 HELENA CELESTINO Na Copa, problemas reais derrotam o marketing. PÁGINA 34 PABLO JACOB À ESPERA DE DÓLARES E EUROS Morador do Vidigal prepara casa para receber turistas estrangeiros no Mundial. Diárias em comunidades chegam a R$ 170. PÁGINA 8 Ao falar pela primeira vez sobre aborto desde o início de seu mandato, a presidente Dilma defen- deu que o procedimento seja realizado pelo SUS por motivos “médicos e legais” . Na semana pas- sada, o governo revogou portaria que definia va- lores desse atendimento na rede pública. PÁGINA 3 Dilma defende aborto por causas ‘médicas e legais’ METADE DOS 12 ESTÁDIOS TERÁ SERVIÇO DE WI-FI PÁGINA 11 Difícil conexão CROÁCIA E IRÃ DESEMBARCAM SOB FORTE ESCOLTA CADERNO ESPECIAL Segurança na chegada RECEITA DIZ QUE BARCELONA COMETEU FRAUDE FISCAL CADERNO ESPECIAL Contratação de Neymar Um ator de muitas facetas SEGUNDO CADERNO Assíduo no cinema nacional, Milhem Cortaz faz o denso “O lobo atrás da porta”. SÓ NO SITE

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Plano que prevê 10% do PIB paraEducação é aprovado PÁGINA 31

FERNANDODONASCI

OGLOBOQUARTA-FEIRA, 4 DE JUNHO DE 2014 ANO LXXXIX - Nº 29.521 IrineuMarinho (1876-1925) (1904-2003)RobertoMarinho RIO DE JANEIRO oglobo.com.br

3ª Edição - Preço deste exemplar no Estado do Rio de Janeiro R$ 2,50 - Circulam com esta edição: Segundo Caderno e CarroEtc

—Partiram!

CHICO

Levantamento do Pew Research Center, um dosmais importantes institutos de pesquisa dosEUA,mostra que, para os brasileiros, a inflação éum problema maior do que a corrupção: 85%apontaram a alta de preços como preocupação,acima dos 78% que mencionaram os políticoscorruptos. Pela primeira vez em quatro anos, aavaliação negativa da economia prevalece sobreapercepçãopositiva, com67%das respostas.Pa-ra Juliana Horowitz, analista da pesquisa, “o ní-vel atual de frustração que os brasileiros expres-samnão temparaleloemanos recentes”. PÁGINA23

Para 85%, a inflação é umgrande problema no paísPesquisa do instituto americanoPewResearchCentermostrainsatisfação generalizada

Brasileiroteme altade preçosmais quecorrupção

PESSIMISMO_

Com grande atuação de Neymar, quefez belo gol de falta e participou de ou-tros dois, a seleção goleou o Panamá por4 a 0, ontem, no Estádio Serra Dourada,em Goiânia. Daniel Alves, Hulk e Williancompletaram o marcador. Apesar doshow do camisa 10 e da vitória fácil, otécnico Felipão não ficou totalmente sa-tisfeito: ele espera que o time mostreevolução no segundo e último amistoso,contra a Sérvia, na sexta-feira, em SãoPaulo. Se a equipe for bem, adiantou,será mantida para a estreia da Copa,contra a Croácia, no dia 12. “Preciso vero time antes da estreia. Se não tivermosproblemas, todos irão para o jogo”, afir-mou o treinador. CADERNO ESPECIAL

SELEÇÃO GOLEIA, MAS FELIPÃO QUER MAISTime contra a Sérvia deve ser o da estreiaPrimeiro teste. Neymar festeja gol de falta, o primeiro da seleção brasileira na vitória sobre o Panamá, por 4 a 0, no amistoso disputado em Goiânia: de novo, o melhor em campo

COPA2014

MARCELOTHEOBALD

Apesquisanacional do IBGE sobremercadodetrabalho, que chegou a ser suspensa após críti-ca de senadores, mostra que o desempregocaiupara 7,1%noprimeiro trimestre, contra 8%no mesmo período de 2013. No Nordeste, taxaé de 9,3%. PÁGINA 24,Merval Pereira e Míriam Leitão

Desemprego cai para 7,1%.No Nordeste, taxa é de 9,3%

Polícia investiga falta de socorro afotógrafo na porta de hospital PÁGINA 12

Do porteiro ao desembargador, asfaces do assédio à mulher PÁGINA 32

Foi sancionadaontem lei federal quepunecomprisão de um a quatro anos a discriminaçãocontra portadores do vírus da Aids. Enquantoisso, um laboratórionacional lutana Justiçaporquebradepatentededrogaanti-HIVqueécon-trolada pelos fabricantes americanos. PÁGINA 30

Preconceito contrasoropositivo agora é crime

Uma questãode estilo

OGLOBONA INTERNET

Nova seção reúne moda,gastronomia, decoração eturismo no site. PÁGINA 7

RIOEM FOTOS,A NATUREZACLICADAPOR LUIZCLAUDIOMARIGO

SOCIEDADEABELHAS‘BIÔNICAS’AJUDARÃO AMONITORARCLIMA NAAMAZÔNIA

ECONOMIAMAPA

INTERATIVOMOSTRA ODESEMPREGOPOR IDADE EESCOLARIDADE

CULTURALIVRO DE

RALPH DELLACAVA REVÊLEGADODE PADRECÍCERO

VERISSIMOToda Copa temum time fantasma.CADERNO ESPECIAL

FERNANDOCALAZANSBrasil não ia bematé o primeiro gol.CADERNO ESPECIAL

RENATOM. PRADOO terceiro gol, deHulk, valeu o jogo.CADERNO ESPECIAL

ARTUR XEXÉONova York não quersaber do Mundial.CADERNO ESPECIAL

ZUENIRVENTURAUma maré depessimismo atingeo país. PÁGINA 21

HELENACELESTINONa Copa, problemasreais derrotam omarketing. PÁGINA 34

PABLO JACOB

À ESPERA DEDÓLARES E EUROS

Morador do Vidigal prepara casa para receberturistas estrangeiros no Mundial. Diárias emcomunidades chegam a R$ 170. PÁGINA 8

Ao falar pela primeira vez sobre aborto desde oiníciodeseumandato,apresidenteDilmadefen-deu que o procedimento seja realizado pelo SUSpor motivos “médicos e legais”. Na semana pas-sada, o governo revogou portaria que definia va-lores desse atendimentona redepública. PÁGINA 3

Dilma defende aborto porcausas ‘médicas e legais’

METADE DOS 12 ESTÁDIOSTERÁ SERVIÇO DE WI-FIPÁGINA 11

Difícil conexão

CROÁCIA E IRÃ DESEMBARCAMSOB FORTE ESCOLTACADERNO ESPECIAL

Segurança na chegada

RECEITA DIZ QUE BARCELONACOMETEU FRAUDE FISCALCADERNO ESPECIAL

Contratação de Neymar

Um ator demuitas facetas

SEGUNDOCADERNO

Assíduo no cinema nacional,Milhem Cortaz faz o denso“O lobo atrás da porta”.

SÓNOSITE

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Contealgoquenãosei_

‘Sou o único francês que chorou de dor em 1998’_

Christian Siquier, documentarista e jornalistaDepois de se mudar para o Brasil por causa de uma paixão local, ele mostra pela primeira vez no país, sexta-feira, o celebrado ‘Era uma vez o futebol samba’

“Sou jornalista francês ememudei para oBrasil em1994depois deme apaixonar porumabrasileira.Mas nãosou apaixonadopor futebol.OBrasil é. E, para contaràminhamãe, que nãoconhece o país, a históriadaqui, dirigi para a TVfrancesa, em1998, umdocumentário retratandoesse amor tão brasileiro”_

ENTREVISTA A:

BOLIVAR [email protected]

l Conte algo que não sei.Pouca gente sabe, mas Char-

les Miller apresentou o futebolpara a imprensa paulista pelaprimeira vez num pasto. Tive-ram que expulsar o gado para aprimeira partida. E os jornalis-tas que foram convidados de-clararam: “Esse jogo não vaipegar no Brasil.” Quem noscontou isso foi Helena Miller,filha do Charles, em depoi-mentononossodocumentário.

l O francês entende a paixãodo brasileiro pelo futebol ounão dá para explicar?Existe um fascínio por essa

relação entre o brasileiro e o fu-tebol. Eu precisei explicar, porexemplo, comoum filho come-ça a torcer por um time por in-fluência do pai e só mais tardeconsegue mudar, se libertar.São coisas próprias.Mas o inte-resse maior é mesmo pelo jogodo Brasil, por essa ginga, essaimprovisação, a maneira comoo país sai do padrão.

l Após três vitórias sobre oBrasil emCopas, os francesesainda respeitam a seleção?A única coisa que chateia os

franceses, até hoje, é o fato de osbrasileiros pensarem que a Co-pa de 1998 foi comprada. Masninguémacreditavamesmoquea França fosse ganhar. Um ami-go fez umdocumentário sobre aequipe francesa quando todasas pessoas a estavam vaiando.Como a França ganhou, o filmevirou um grande sucesso. Poroutro lado, eu fui oúnico francêsque chorou de dor na noite emque a França venceu o Brasil.

l Você diz que o fato de nãoser apaixonado por futebolajudou a filmagem. Por quê?Porque pude ter um olhar

neutro. Não por acaso, foi umamericano, JonathanLittell, queescreveu o melhor livro sobre aSegunda Guerra na França (opremiado “As benevolentes”).Não vou escolher uma imagempor mostrar a bandeira do meu

clube, mas porque ela é boa.Meu documentário só poderiater sido feito por um gringo.

l Você acompanhou a orga-nização da Copa da França eagora mora aqui. Qual a dife-rença entre os dois países?A Copa de 1998 foi marcada

pelo sentimento de união na-cional da França. Foi a épocado black-blanc-beurre (negro-branco-árabe), em que as pes-soas de todas as origens se sen-tiram unidas pelo país.

l Comovocê vêoolharda im-prensamundial para a Copa?A cobertura estrangeira está

muito marcada pelas manifes-tações, atenta ao fato de queessa nova geração quer saúdee educação. O futebol não émais um fator de intimidaçãointelectual. Existe a certeza deque as pessoas querem maiscoisas, mas ninguém sabe co-mo vai ser o comportamentodo brasileiro na Copa. A rejei-

ção local foi uma surpresa.

l Todos os olhos do mundoestão voltados para o Brasil?Como jornalista, não vejo o

interesse aumentar. Com a cri-se, o foco da imprensa euro-peia está nos problemas eco-nômicos locais. O que aconte-ce fora não vale tanto. Até oano passado, muitos jovenseuropeus vieram para cá,achando que era um país denovas oportunidades. Mas ospreços ficaram tão altos quemuitos voltaram.

l O que, no Brasil, interessaaos estrangeiros?Até pouco tempo atrás, nin-

guém queria matar a boa ima-gem do Brasil e de Lula. Ofere-ci reportagens sobre o mensa-lão. Ninguém queria saber. Éigual a Cuba no início: a Fran-ça não criticava Fidel Castro,depois mudou. Você tem queter um mito, uma esperança, eo Brasil representava isso.

BIANCA PIMENTA

2 l O GLOBO Quarta-feira 4 .6 .2014

Página2

Prato feitoNutricionistaconvence criançasa comer certoA REVISTA DIGITAL

PARA O SEU TABLET

Natureza empauta

Meio ambiente. Equipe que produziu caderno especial e série de vídeos

O GLOBO

PorDentro_

BARBARALOPES

O Dia Mundial do MeioAmbiente, celebradoamanhã, mobilizou a

RedaçãodoGLOBO,queprodu-ziu vídeos, fotogaleria com ima-gens feitas durante sobrevoope-lo Rio e um caderno especial, aser publicado na grande data.Os vídeos vêm sendo divulga-

dos no site do GLOBO desdedomingo, destacando, a cadadia, um personagem que ajudaa tornar a cidademais sustentá-vel.Hoje, está no ar a história deum ex-funcionário público quese dedica ao reflorestamento doMorro São João, em Botafogo. Asérie é um trabalho da equipede videojornalismo do site.Também hoje, a editoria

Sociedade traz matéria sobrea poluição na Baía de Guana-

bara, com imagens do fotó-grafo CUSTODIO COIMBRA re-gistradas durante sobrevoopelo Rio. Para ver mais fotos,basta acessar www.oglo-bo.com.br/sociedade.Amanhã, o jornal publica um

caderno especial cuja reporta-gem de capa trata de empresasque estão investindo emproje-tos sustentáveis, obedecendo aexigências do consumidor.

Loteriasl O leitor deve checar os resultados em agências oficiais e nosite da CEF porque, com os horários de fechamento do jornal,os números aqui publicados, divulgados sempre no fim danoite pela CEF, podem eventualmente estar defasados.

QUINA 3.505

l24 l53 l61l62 l72

DUPLA SENA 1.2861º sorteio 2º sorteio

l20 l27 l28 l36 l38 l50 l15 l28 l29 l35 l41 l46

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País

Secretários de segurança vão propor hoje ao Congressopenas mais duras contra roubos e latrocínios

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Gilberto Carvalho defende decreto de Dilma e afirmaque ‘até na ditadura’ foram criados conselhos populares

PÁGINA 6

Rio

Avenida Ataulfo de Paiva, no Leblon, terá novo trechointerditado a partir de terça-feira para obras do metrô

PÁGINA 22

Equador tentará, de novo, cercear Comissão deDireitos Humanos da OEA

PÁGINA 34

Economia

Com dívidas de US$ 5,8 bilhões, OGX tem plano derecuperação aprovado. Eike terá só 5% da empresa

PÁGINA 29

Sociedade

Sede de competições olímpicas em 2016, Baía deGuanabara levará 20 anos para ser limpa, diz ministra

PÁGINA 32

Mundo

Obama anuncia plano de US$ 1 bilhão para aumentarforça militar de EUA e aliados na Europa Oriental

PÁGINA 33

|Panoramapolítico

|

_

A CÚPULA DO PMDB fez as contas. O vice Michel Temerterá mais de 70% dos votos na convenção. Oscontrários à aliança com o PT têm cerca de 15%._

ComSimone Iglesias, sucursais e [email protected]

_ILIMAR [email protected]_

Ogovernador Geraldo Alckmin e o secretárioFernandoGrella (Segurança) entraram emcampo ontempara impedir que a Força Sindicalrealizemanifestação no Aeroporto deGuarulhos. Essa ocorreria na sexta-feira, nachegada de quatro delegações internacionaispara a Copa. Alckmin teme pagar a conta deconflitos. Seu aliado, o deputado Paulo Pereirada Silva (SDD), desmobilizou o povo. Etransferiu o ato para a Praça da Sé.

Quem tem medo de protestos?

RealismoO comando da campanhada presidente Dilmaconcluiu que há “umaestagnação do sentimentode esperança” no país.Reunido anteontem à noite,no Alvorada, a conclusão éa de que isso decorre dafalta de crescimento daeconomia. E que a tarefa nopleito é mostrar que a presidente tem condiçõesde enfrentar os riscos e garantir novos avanços.

ANDRÉ COELHO/19-5-2014

_

“Agora, exatamente, estamosnuma audiência pública com oNeymar. O quorum está todoaqui. Ele está matando a pau”Marcus PestanaPresidente do PSDB de Minas e deputado federal, ontem,assistindo ao jogo do Brasil na sala do cafezinho doplenário da Câmara_

Os tucanos e o socialO candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves,apresentou projeto para colocar o Bolsa Famíliana lei. Sua intenção é desfazer a desconfiança doseleitores com o compromisso social dos tucanos.O cientista político Antônio Augusto de Queiroz,do Departamento Intersindical de AssessoriaParlamentar (Diap), diz que isso não basta. “OAécio faz discurso numa direção e o economistaArmínio Fraga, que será seu ministro da Fazenda,fala no sentido contrário. Não há confiança”,avalia. Ele considera que mais produtivo seria ocandidato tucano assumir compromisso com oreajuste automático do Bolsa Família (e do saláriomínimo) para corrigir as perdas com a inflação.

É tarde para voltar atrásNo PR, seu presidente, o senador AlfredoNascimento (AM), sustenta que a insatisfaçãocom oministro César Borges (Transportes) nãojustifica romper com o governo Dilma. Diz que oerro do partido foi voltar após sua demissão.

Depois da flechada, um ministérioA oposição prega a redução da máquina pública.Mas o senador Wellington Dias (PT-PI) acha que39 ministérios ainda é pouco. Ontem, no Senado,ele propôs a criação de uma nova pasta naEsplanada: o Ministério da Questão Indígena.

O desejo do governoA avaliação dos líderes do governo é que as CPIsda Petrobras vão se esvaziar. A Copa, o recesso e acampanha devem tirá-las da agenda. Os aliadosdizem que a oposição perdeu o entusiasmo. Oclima só muda caso surjam fatos novos, pois nãocreem que ex-diretores queiram se expor.

Sobre a carga tributáriaLevantamento da Ernest & Young revela que, noBrasil, o imposto médio sobre herança é de 3,86%.Na Inglaterra, é de 40%; na França, 32,5%; nos EUA,29%; e, na Alemanha, 28,5%. A EY diz que o paístaxa o consumo em detrimento da propriedade.

Povo de Santo ocupa BrasíliaSeguidores do Candomblé e da Umbandapromovem despacho coletivo na Praça dos TrêsPoderes, dia 10. Protestam contra a intolerânciareligiosa das emissoras de rádio evangélicas e otratamento preconceituoso do Poder Judiciário.

Mônica de Sousa, LarissaPurvinni (gerente de estratégiadigital da Maurício de SousaProduções) e Fabrícia Rosa (di-retora da Máquina de Notíciasno Rio) visitaram ontem a Re-dação, onde foram recebidaspor editores. l

Product: OGlobo PubDate: 04-06-2014 Zone: Nacional Edition: 1 Page: PAGINA_B User: Asimon Time: 06-03-2014 22:01 Color: CMYK

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Quarta-feira 4 .6 .2014 O GLOBO l 3

País

Criminalizaçãofaz com que hajasubnotificaçãodasmortes

-BRASÍLIA- Ana foi forçada aoaborto, no Sertão de Pernam-buco. A adolescente de 15 anosficou grávida do namorado, ecoube ao pai do jovem plane-jar o fim da concepção indese-jada. A polícia de Trindade, a650 quilômetros de Recife,descobriu que a menina foi le-vada contra a sua vontade aum técnico de enfermagem,conhecido por fazer abortosclandestinos na região. A téc-nica usada, invasiva demais,acabou dando errado.Com uma hemorragia, du-

rante a madrugada, Ana foi le-vada pelo técnico e pelo sogro

para a frente doHospital Regio-nal deOuricuri, a poucos quilô-metros da cidade da menina.Assim que ela chegou à sala deemergência, os médicos detec-taramoóbito. O que os dois ho-mens fizeram foi praticamentedeixar o corpo na frente do hos-pital. Eles não permaneceramno lugar. Era janeiro de 2013.Histórias como a de Ana são

comuns num país conservador,que não discute o aborto, trata-do quase sempre com um viésreligioso e machista, e não co-mo um problema de saúde pú-blica. Por causa da clandestini-dade, é comum a subnotifica-ção, o que também ocorre comasmutilações oumortes demu-lheres que recorrem ao merca-do negro. O caso de Ana, aban-donada em frente a umhospitalno interior do país, só não pas-sou batido porque uma teste-

munha reconheceu o agressor.Policiais civis começaram a

investigar a história e descobri-ram o envolvimento do pai e damãe do namorado deAna, tam-bém um adolescente. O técnicode enfermagem está preso, se-gundo a polícia em Trindade.Os pais do adolescente estão fo-ragidos, dizem os policiais. Amorte da jovem foi o primeiroóbitomaternonoSertãodePer-nambuco em 2013.

GRAVIDEZ DE RISCOElineide morreu aos 42 anos,um dia depois do parto, e mo-bilizou entidades que atuamem defesa dos direitos da mu-lher. A doceira morava em Ce-ará-Mirim, cidade encostadaemNatal. A gravidez era de ris-co, em razão da saúde do feto:o diagnóstico era de que o be-bê não nasceria com vida.

A mulher decidiu, em con-junto com omarido, interrom-per a gestação, amparada nalegislação brasileira, que per-mite o aborto em caso de riscodemorte para amulher. O hos-pital decidiu só fazer o proce-dimento com autorização daJustiça. O juiz indeferiu o pedi-do com base na “legislaçãoaplicável à matéria” e em sua“convicção pessoal”.Não haveria tempo hábil para

umrecursona segunda instânciado Judiciário. Na noite de 30 demarço de 2010, o bebê nasceumorto.Oparto sóocorreudepoisde uma espera de quatro horas.Elineide morreu no dia seguinte,“sem direito a um acompanhan-te”, após sofrer umaparada cardí-aca, segundoentidadesdedefesada mulher que atuam no RioGrande doNorte.— A criminalização do aborto

émuito danosa para amulher. Agrande maioria dos hospitais doSUS faz curetagem, que é umaprática obsoleta, como conside-rado pela Organização MundialdeSaúde(OMS).Osdadosnotifi-cados de mortes são só a pontado iceberg.Qualquer diminuiçãoabrupta deve ser olhada comcautela, pois não há dados con-vergentes — afirma a médicaepidemiologistaGreiceMenezes,pesquisadora do Instituto deSaúde Coletiva da UniversidadeFederal da Bahia.O fato de asmulheres recorre-

remmais ao abortivomisopros-tol— o citotec—de via oral po-de explicar uma redução demortes, segundo pesquisadoresdo tema, mas há situações emqueomedicamento vendidonomercado negro pode levar acomplicações à saúde da mu-lher. Boa parte é contrabandea-

da do Paraguai, com composi-ções sem qualquer vigilância.Clínicas abortivas e técnicas po-pulares também levama conse-quências fatais.— Quanto mais o aborto é

inacessível, com restrições amedicamentos, mais mortesocorrem — diz Télia Negrão,do Coletivo Feminino Plural.O Ministério da Saúde se ba-

seia em “técnicas estatísticas”para corrigir a subnotificação demortes por aborto. Segundo apasta, as notificações vêm me-lhorando nos últimos anos.— Em cada estado está defini-

doquedevehaver serviçosde re-ferência (para atender mulheresque abortam na clandestinidadee recorrem posteriormente à re-de pública). É a orientação doministério — afirma o secretáriodeVigilânciaemSaúdedominis-tério, Jarbas Barbosa. l

Clínicas clandestinas e técnicas populares levam a consequências fatais

SAÚDEPÚBLICA_

Dilma defende aborto no SUSAssistência na rede pública deve ocorrer nos casos previstos pela legislação, diz presidente

GIVALDO BARBOSA/16.07.2013

Pressão. Antes de sancionar, em agosto do ano passado, a lei que garantiu atendimento “imediato e obrigatório” nos casos de aborto previstos em lei, Dilma sofreu pressão de grupos religiosos para vetar o projeto aprovado pelo Congresso

-BRASÍLIA- No primeiro posicionamento sobreaborto desde o início de seu governo, a presi-dente Dilma Rousseff defendeu a interrupçãoda gestação por motivos “médicos e legais” esua realização em todas as unidades do SistemaÚnico de Saúde (SUS) com serviço de obstetrí-cia. Ela abordou o assunto em resposta a questi-onamento do GLOBO sobre a grande quantida-de demulheres mortas devido a abortos malsu-cedidos na clandestinidade. O Sistema de Infor-mações sobreMortalidade (SIM), doMinistérioda Saúde,mostra que umamulhermorre a cadadois dias e meio no Brasil após realizar umaborto, quantidade que permanece inalteradadesde 1996, conforme registros do SIM.A presidente sustentou que a lei 12.845, de 1º

de agosto de 2013, passou a garantir que o aten-dimento seja “imediato e obrigatório” em todosos hospitais do SUS. “Para realizar a interrupçãolegal da gestação, o estabelecimento deve se-guir as normas técnicas de atençãohumanizadaao abortamento do Ministério da Saúde e a le-gislação vigente. O gestor de saúde municipalou estadual é o responsável por garantir e orga-nizar o atendimento profissional para realizar oprocedimento”, afirmou Dilma ao GLOBO.A lei citada foi sancionada pela presidente pa-

ra assegurar atendimento médico a mulheresvítimas de violência sexual. Causou polêmicajunto às bancadas evangélica e católica no Con-gresso por prever a “profilaxia da gravidez” — amais comuméapílula dodia seguinte—eo for-necimento de informações sobre a possibilida-de legal de aborto em caso de estupros. Segun-do essas bancadas, Dilma estimulava o abortoao sancionar a lei sem vetos. Grupos religiosos

candidatos à Presidência para que manifestas-sem a posição sobre a legislação do aborto e so-bre o atendimento a essasmulheres na rede pú-blica. Dilma só comentou o segundo tópico. Aassessoria do senador Aécio Neves (MG), pré-candidato pelo PSDB, não respondeu às per-guntas, feitas sexta-feira e reforçadas ontem.O ex-governador de Pernambuco Eduardo

Campos, pré-candidato do PSB, informou: “Acoordenação do plano de governo da aliançaPSB-Rede-PPS-PPL tem feito nas duas últimassemanas discussões sobre o tema ‘Saúde daMulher’ comvários grupos. Umdos temas abor-dados é justamente o atendimento às mulheresque tenham complicações de saúde por teremprovocado o aborto sem respaldo legal. A faltade números confiáveis de mortes provocadaspor abortos malsucedidos também tem sidotratada nos grupos”, informou a assessoria dapré-candidatura. “É consenso que essasmulhe-res devem ter o atendimento garantido peloSUS. Programas específicos devem ir além doatendimento clínico. Tanto Eduardo Camposquanto Marina Silva consideram que a legisla-ção atual já trata de forma adequada os casosem que o aborto deve ser autorizado”, concluiu.Na campanhaem2010,Dilmaassinoucarta ga-

rantindo a grupos religiosos ser contra o aborto emudanças na legislação. O tema pautou boa par-te do período eleitoral. Eleita, Dilma voltou a en-frentar a ira das bancadas evangélica e católica aoindicar a feminista Eleonora Menicucci, que jádeu declarações a favor do aborto, ao cargo deministra da Secretaria de Políticas para asMulhe-res da Presidência. Ano passado, os religiosos cri-ticaramasançãoda lei queamparamulheres víti-masde violência sexual. E, porúltimo, atacaramaportaria que amplia os valores do SUS nos proce-dimentos de aborto legal. l

No último dia 23, Dilma lançou um relatóriocom esse indicador sobre mortes de mulheresem razão de abortos. O documento foi elabora-do pelo Instituto de Pesquisa Econômica Apli-cada (Ipea), com base em dados fornecidos pe-loMinistério da Saúde. Bancos de dados dopró-prio ministério não reproduzem números tãootimistas. A quantidade de mortes não estácaindo ao longo dos anos, segundo os números

do SIM. O mesmo sistema, aousar uma quantidade menorde classificações de interrup-ção de gravidez, também nãoaponta queda tão expressiva.A redução dos casos de mor-

tes por aborto foi citada no re-latório de acompanhamentodos objetivos de desenvolvi-mento do milênio. Uma dessasmetas, acertadas comaOrgani-zação das Nações Unidas, é re-duzir a mortalidade materna,até 2015, a três quartos do nívelobservado em 1990. A metanão será alcançada. Por ano,1,5 mil brasileiras morrem noparto ou em até 42 dias após oparto. SegundoDilma, a ampli-ação da assistência à saúde das

mulheres contribuiu para a “redução damorta-lidade materna em 54% nos últimos 22 anos”.Números apresentados por Dilma ao GLOBO

mostram um ligeiro aumento de abortos legaisentre 2011 e 2013, de 1.495 para 1.520 casos. Em2012, foram 1.613 casos. O número de estabele-cimentos de saúde que fizeram os procedimen-tos diminuiu entre 2010 e 2012, segundo a res-posta de Dilma, de 243 para 210.O GLOBO consultou os três principais pré-

protestaram em frente ao Palácio do Planaltocontra a sanção da lei.A última ofensiva religiosa contra o governo

visou a portaria doMinistério da Saúde que de-finia os valores dos atendimentos de aborto narede pública— a tabela do SUS passaria a trazeromontante de R$ 443,40 por procedimento e sóse referia aos casos aceitos pela legislação: estu-pro, risco de vida à mulher e gestação de anen-céfalo. Após forte pressão deparlamentares evangélicos, emespecial do líder do PMDB naCâmara, EduardoCunha (RJ), oministério revogou a portaria,no último dia 28. A explicaçãooficial é que a revogação ocor-reu por “questões técnicas”. Aposição da presidente, agora, éuma defesa de que esses casossejam atendidos em qualquerhospital da rede pública.A resposta foi enviada ao

GLOBO pela Secretaria de Im-prensa da Presidência, que res-saltou que esse posicionmentoé de Dilma como presidente daRepública, e não como pré-candidata à reeleição. Dilmaafirmou que houve redução demortes de mulheres por conta de abortos mal-sucedidos e atribuiu essa queda à “ampliaçãoda rede de serviços à saúde integral da mulher,incluindo o tratamento às vítimas de violência”.Segundo a presidente, os óbitos caíram de

16,6 para 3,1 a cada 100 mil crianças nascidasvivas, entre 1990 e 2011. “O aborto, que nos anos90 era a principal causa demortematerna, figu-ra hoje na quinta posição, respondendo por 5%dos casos.”

VINICIUS [email protected]

Para EduardoCampos, alegislação atual játrata de formaadequada os casosem que o abortodeve serautorizado. Aécionão se manifesta

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4 l O GLOBO l País l Quarta-feira 4 .6 .2014

MERVALPEREIRA

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[email protected]

Aprofundo aqui o comentário que fizontem em vídeo para O Globo a Mais.Dois estudos divulgados ontem revelamcom detalhes as razões da insatisfaçãogeneralizada que pesquisas eleitorais jáhaviam ressaltado: o Pew ResearchCenter, um dos mais importantes dosEstados Unidos, indica que 85%apontam a alta da inflação como a razãoda insatisfação registrada na pesquisa.Dois terços dos entrevistadosconsideram a situação econômica ruim,em contraste com 59% que aconsideravam boa no ano passado.

As razões do desânimo

A corrupção no meio político, a Segurançae a Saúde são as maiores preocupaçõesdepois da inflação, segundo o Pew Rese-

arch Center. Já a Pnad Contínua do IBGEmostraque a taxa de desemprego subiu para 7,1% noprimeiro trimestre deste ano, mas revela situa-ções graves em regiões do país como o Nordes-te, onde o desemprego chega a 20% na faixa de18 a 24 anos.A taxa de desemprego entre os menos instruídos

está emdois dígitos, enquanto entre osmais instru-ídos, com curso superior, ela fica em 4%, menor,pois, que o índice nacional.A deterioração dos índices favoráveis ao go-

verno impressionou os organizadores da pes-quisa, que a realizam desde 2010, quando 50%dos pesquisados disseram-se insatisfeitos como governo, em contraponto com o número atualde 72% de insatisfeitos. O nível de frustraçãodos brasileiros em relação à direção do país, aeconomia e seus líderes só tem paralelo em paí-ses que passaram por convulsões sociais, comoo Egito, disse a analista brasileira Juliana Ho-rowitz, uma das responsáveis pela pesquisa.Para piorar a situação do governo, a melhor

avaliação que a presidente Dilma consegue é naeconomia, onde 63% desaprovam sua gestão.Os outros setores da administração têm índicesainda piores: Saúde e combate à criminalidade,por exemplo, têm 85% de desaprovação; e com-bate à corrupção, 86%.Já a pesquisa Pnad Contínua do IBGE mostra

que as regiões em que a presidente Dilma tem omaior apoio são as que têm piores níveis de de-semprego. A Região Sul, que tem sido hostil aoscandidatos petistasnas últimas eleições,tem o menor nível dedesocupação, de ape-nas 4,3%, taxa que vaia 2,4% na faixa daque-les que têm ensino su-perior.No Nordeste, ao

contrário, o desem-prego ficou em 9,3%,acima da média naci-onal. A principal dife-rença entre a PnadContínua e a PesquisaMensal de Emprego(PME) é a abrangên-cia. Enquanto a PMEacompanha o merca-do de trabalho nasseis maiores regiõesmetropolitanas brasi-leiras, a Pnad Contí-nua tem dados de3.464 municípios.Mesmo o governo

afirmando que aqueda em relação aoúltimo trimestre doano passado não é um dado correto, pois não secomparam períodos do ano diferentes, outrosdados confirmam a piora do mercado de traba-lho. Os dados do Cadastro Geral de Empregadose Desempregados (Caged) de abril mostramque a indústria de transformação, em vez decontratar, como é característica do mês, cortoumilhares de empregos.Omês de abril teve tambémo pior índice de cria-

ção de empregos desde 1999, com uma queda de46% em relação ao mesmo período do ano passa-do. O número de pessoas ocupadas com carteiraassinada é inferior em 600mil ao resultado do últi-mo trimestre de 2013.São números que, reforçados por férias coleti-

vas e cortes localizados de empregos devido aocrescimento pífio previsto para este ano — cercade 1%, segundo a maioria das estimativas — eaos muitos feriados por causa da Copa do Mun-do, indicam problemas à frente para a candida-tura à reeleição da presidente Dilma Rousseff notalvez único ponto forte de seu governo: a cria-ção de vagas de trabalho. l

oglobo.globo.com/blogs/blogdomerval

1Dois estudos divulgadosontem revelam comdetalhes as razões dainsatisfação generalizadaque pesquisas eleitorais jáhaviam ressaltado.

2O Pew Research Center, umdos mais importantes dosEUA, indica que 85%apontam a alta da inflaçãocomo razão da insatisfaçãoregistrada na pesquisa.

3A Pnad Contínua do IBGEmostra que as regiões emque a presidente Dilma temo maior apoio são as quetêm piores níveis dedesemprego.

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Em visita ao Centro Cultural doAfroReggae, na favela deVigárioGeral, na Zona Norte do Rio,dominada pelo tráfico de dro-gas, o pré-candidato à Presi-dência da Republica pelo PSB,Eduardo Campos, atacou a po-líticanacional deSegurançaPú-blicadapresidenteDilmaRous-seff, que tentará a reeleição peloPT. Segundo Campos, que esta-va acompanhado da ex-sena-doraMarina Silva, pré-candida-ta a vice em sua chapa, o gover-no foi omisso com o tema:— O governo federal corre

desse tema de Segurança, seomite. Não coloca recursos,não discute um pacto federati-vo para fortalecer e formar umSistema Nacional de DefesaSocial e Segurança Pública —criticou o socialista, já em rit-mo da campanha.Campos defendeu a criação

de um SistemaNacional de Se-gurança, nos moldes da Saúdee da Assistência Social. O pré-candidato negou, no entanto, aintenção de criar um Ministé-rio de Segurança Pública casoseja eleito.— O Brasil não conseguiu

construir e consolidar um Sis-tema Nacional de Segurança.Não se pode ter um sistemaapenas para quando houveruma Copa do Mundo. O povoestá precisando de mais segu-rança — defendeu.Campos e Marina evitaram

criar polêmica após as decla-rações do deputado federal Al-fredo Sirkis (PSB-RJ). Em en-trevista ao GLOBO na segun-

da-feira, Sirkis disse que o ex-governador está conduzindode forma “bizarra” e “negligen-te” a sua pré-campanha no es-tado do Rio.— O Sirkis vai ser ouvido e

vai dar a contribuição dele —disse Campos.Ele defendeu a pré-candida-

tura do deputado federal MiroTeixeira (PROS) ao governofluminense. O PROS faz parteda base aliada da presidenteDilma. No Rio, partidos comoPP, PSD e parte do PMDBapoi-am o pré-candidato à Presi-dência do PSDB, Aécio Neves.— A tendência é que isso se

reproduza em vários estados àmedida em que o governo vaiperdendo apoio popular —

avaliou o ex-governador.Campos e Marina foram re-

cebidos por um grupo de cri-anças do AfroReggae, que fezuma apresentação de percus-são na entrada da favela. Osdois também visitaram as ins-talações do centro cultural, cri-ado após a chacina de VigárioGeral, em 1993. Durante a pas-sagem deles pela comunidade,não foram reconhecidos pelamaioria dos moradores.A recepção foi feita pelo co-

ordenador do AfroReggae, JoséJúnior, que chegou ao localacompanhado por segurançase por policiais da Coordenado-ria de Recursos Especiais daPolícia Civil (Core) após ter re-cebido ameaças de morte. Em

fevereiro deste ano, o pré-can-didato à Presidência peloPSDB Aécio Neves esteve nasede do projeto na Lapa. Júniorapoia a pré-candidatura deLuiz Fernando Pezão (PMDB)ao governo do Rio.À noite, Campos e Marina

participaram de um jantarcom artistas no Jockey ClubBrasileiro, na Gávea, Zona Suldo Rio. O encontro foi organi-zado por Guel Arraes, tio deCampos e diretor de cinema etelevisão. l

Em visita ao Rio, Campos atacapolítica nacional de SegurançaPré-candidato do PSB faz a crítica em favela dominada pelo tráfico

CÁSSIOBRUNO

[email protected]

ERBS JR/FRAME

DJ por um dia. Observado por Marina, Campos não se mostra muito à vontade com a picape e a mesa de som

RUMOÀSURNAS_

NAWEBbit.ly/1knFOVaInfográfico: ascoligações dos

partidos no Rio

Marina cobra do PSB candidatura própria em SPVice de Campos

acredita que aliançacomAlckmin

favorecerá Aécio-SÃO PAULO- Vice na chapa deEduardo Campos, a ex-sena-dora Marina Silva cobrou doPSB uma candidatura própriaao governo de São Paulo e dis-se que uma aliança do partidocom o governador tucano Ge-raldo Alckmin no estado favo-

receria o projeto do PSDB, en-cabeçado por Aécio Neves.Marina destacou ontem que,

na sua primeira conversa comCampos, em outubro do anopassado, quando acertou aadesão ao projeto do PSB, foidefinido que a legenda teriauma chapa na eleição paulista.— No dia que eu conversei

com o Eduardo pela primeiravez, uma das coisas que nósdiscutimos foi a necessidadede ter candidatura própria noslugares mais importantes,

principalmente em São Paulo.Na avaliação da pré-candi-

data a vice, a definição de pa-lanques exclusivos para Cam-pos evoluiu desde então nosestados mais importantes, en-tre eles o Rio, onde o PSB apoi-ará Miro Teixeira (PROS), e emMinas, onde a legenda rompeuo acordo comoPSDB e lançaráo deputado Júlio Delgado:— Caberá ao PSB de São

Paulo decidir se quer fortale-cer esse projeto que todos es-tão fortalecendo nacional-

mente ou se quer fortalecer oprojeto do PSDB.Marina acha que a questão

deve ser tratada como “priori-dade” pelo partido no estado:— Não consigo imaginar co-

mo o estado mais importante,não fará o mesmo (que os ou-tros estados e definir um can-didato próprio).O presidente do PSB de São

Paulo, Márcio França, diz que,se a decisão for levada para aconvenção, a opção de apoiarAlckmin sairá vitoriosa. l

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Quarta-feira 4 .6 .2014 l País l O GLOBO l 5

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Dilma fará agenda com Lula para levantar campanhaMarqueteiro reconhece desgaste da presidente, mas avalia que Aécio e Campos não empolgam eleitorado

FERNANDAKRAKOVICS

[email protected]

-BRASÍLIA-Durante estemês, a pre-sidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula pretendemcumprir agenda juntos uma vezpor semana, indo a convençõesdepartidosaliadoseaencontrosestaduaisdoPT,paramanter emevidência a candidatura à reelei-ção. Os dois também estarão

juntosnos jogosdeaberturaedeencerramento da Copa.A estratégia foi definida em

reunião da pré-campanha deDilma, na noite de anteontem,no Alvorada, com a presença deLula, do marqueteiro João San-tana, do presidente do PT, RuiFalcão, dos ministros da CasaCivil, Aloizio Mercadante, e doPlanejamento, Paulo Bernardo,do responsável pela agenda da

campanha, Giles Azevedo, e dodeputado estadual Edinho Silva(PT-SP), que será o tesoureiro.Ao fazer análise de pesquisas

internas, João Santana reconhe-ceu, de acordo com pessoaspresentes, que Dilma enfrentadesgaste, mas afirmou que seusadversários Aécio Neves(PSDB) e Eduardo Campos(PSB) não empolgam comopossibilidade de mudança. A

avaliação foi que a situação deDilma nas pesquisas se estabili-zou com a ofensiva feita emmaio, que incluiu a propagandadoPTna televisão eopronunci-amento do Dia do Trabalhador,quando ela anunciou reajustede 10% do Bolsa Família.Como parte da estratégia de

aumentar sua exposição, Dilmadeu três entrevistas no mês pas-sado, reunindo no Alvorada jor-

nalistas mulheres, repórteres ecronistas esportivos. Ontem ànoite, foi a vez de corresponden-tes estrangeiros. Tambémontem,a presidente deu entrevistas parao “TheNewYork Times” e para aTVBandeirantes. Aindanesta se-mana, ela deve dar entrevistaspara o SBT e para a Record.O partido não deve repetir, no

dia 10 de junho, em inserção deTV, a estratégia domedo em re-

lação à volta ao governo de seusadversários. Integrantes da pré-campanhaafirmamqueesse foium artifício emergencial paraestancar a “sangria” dapré-can-didatura de Dilma. l

RUMOÀSURNAS_

NAWEBhttp://bit.ly/1ufHuSpVeja os palanquesde Dilma nos

estados

Dilma e vice-presidenteamericano se encontrarão

em jogo da Copa

-BRASÍLIA- A Copa do Mundotambém será um momento dea presidente fazer política, e acoordenação da pré-campa-nha aposta que os encontroscom os chefes de Estado, du-rante o Mundial, gerem umaagenda positiva. Dilma deve irao jogo da Alemanha em Sal-vador, no próximo dia 16, parase encontrar com a chancelerAngela Merkel, e estará com ovice-presidente americano,Joe Biden, na partida entreEUA e Gana.Em entrevista publicada on-

tem, no site do “The New YorkTimes”, Dilma disse estar prepa-rada para um degelo nas rela-ções com os EUA, abaladas pe-las revelações do ex-agente daAgência Nacional de Segurança(NSA) Edward Snowden de es-pionagemamericana sobre ela eseus principais auxiliares.— Estou certa de que pode-

mos retomar nossas relaçõesde onde paramos — disse Dil-ma ao jornal, acrescentandoestar pronta para remarcar suavisita de Estado a Washington,cancelada em setembro doano passado, em retaliação àsrevelações da espionagem.O núcleo da pré-campanha

aposta que o cenário eleitoralficará congelado durante a Co-pa, comapopulação focada nofutebol, amenos que algo ruimaconteça no evento, como pro-testos violentos ou algumgrande problema de organiza-ção ou infraestrutura.Na agenda da pré-campa-

nha, Lula e Dilma irão a PortoAlegre, na próxima sexta-feira,no encontro estadual do PTque confirmará a candidaturaà reeleição do governador pe-tista Tarso Genro. O próximoevento de campanha com aparticipação de Dilma e Luladeve ser a convenção doPMDB, dia 10, em Brasília. Osdois tambémdevemparticipardo encontro estadual do PT deSão Paulo, no dia 15, que ho-mologará a candidatura deAlexandre Padilha a governa-dor. Esse calendário culminarácom a convenção nacional doPT dia 21, em Brasília, que vairatificar a candidatura de Dil-ma à reeleição.Em relação aos palanques es-

taduais, o Rio foi citado comouma questão ainda a ser admi-nistrada, com a insatisfação departe do PMDB e de Garotinho,pré-candidato do PR. l

Presidente sediz pronta aretomar laçoscom os EUA

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Barbosa: aposentadoria sai em 15 diasEle confirma ameaças,masminimiza pesodelas em sua decisão

-BRASÍLIA- O presidente do Su-premo Tribunal Federal (STF),ministro Joaquim Barbosa,disse ontem que ainda não háuma data certa para sua apo-sentadoria ser oficializada. Eleexplicou que o processo buro-crático levará cerca de 15 diasapós o pedido ser feito. E nãoinformou se já fez o pedido for-malmente ao STF.—Há uma tramitação. Não é

assim tão simples. Leva uns 15dias — disse ontem, no inter-valo da sessão do ConselhoNacional de Justiça (CNJ), ór-gão que também preside.Semana passada, Barbosa

anunciou sua aposentadoriaantecipada. Declarou que foimotivado pelo “livre-arbítrio”.Aos 59 anos, ele poderia per-manecer na Corte por mais 11.Ele se aposentaria compulsori-amente aos 70 anos. Antes dedeixar a toga, Barbosa aindaparticipará de sete sessões doSTF e de uma do CNJ.Ontem, ele confirmou que

sofreu ameaças recentemente.Porém, tentouminimizar o pe-so desse fato na sua decisão dese aposentar:

— Imagina! — respondeu,perguntado se as ameaças ha-viam influenciado sua atitude.Na sessão do CNJ, a conse-

lheira Ana Maria Amarante fezbreve homenagem ao minis-tro. Barbosa ficou calado — aocontrário da última quinta-fei-ra no STF, quando fez discursode despedida no plenário.— No ensejo da nossa pri-

meira sessão plenária, após oanúncio público de sua próxi-

ma aposentadoria, quero ex-ternar, em meu nome, e dosmeus pares, a consternaçãogeneralizada pelo seu afasta-mento do cargo que sempresoube honrar. Então, nos jun-tamos ao reconhecimento daspessoas de bem, do quanto oseu profícuo labor serviu àcausa da Justiça em seu diutur-no aperfeiçoamento, mostran-do a importância do imperati-vo inarredável de sempre se

marcar a independência doPoder Judiciário na árdua mis-são de julgar, inclusive os po-derosos — disse Ana Maria.O procurador da República

Odim Brandão, representantedo Ministério Público na ses-são, também se manifestou:— Gostaria, com as maiores

forças, deplorar sua aposenta-doria, a aposentadoria prema-tura de Vossa Excelência.Desde que tomou posse no

STF, em 2003, Barbosa diziaque não ficaria na Corte até os70 anos. A interlocutores pró-ximos, afirmava que deixaria oposto quando acabasse seumandato na presidência do tri-bunal, em dezembro desteano. Porém, resolveu antecipara aposentadoria. Ele conver-sou com alguns colegas sobresua decisão, como o ministroLuiz Fux, de quem é próximo.Em entrevista na última quin-

ta-feira, ele informou ter toma-do a decisão em janeiro, quan-do viajou a serviço emuniversi-dades da França e da Inglaterra.Questionado sobre com quemficaria a relatoria do processodo mensalão, disse que nãoqueria mais saber do caso.— Chega desse assunto —

declarou. l

GIVALDO BARBOSA

“Livre-arbítrio”. Barbosa no CNJ: ameaças não afetaram decisão de sair

CAROLINABRÍGIDO

[email protected]

Lalau deixa a prisãono interior de SPIndulto beneficiacondenado por

fraudes na obra doFórumTrabalhista

-SÃO PAULO-Condenado a 26 anosde prisão, o ex-juizNicolau dosSantos Neto, de 85 anos, dei-xou ontem o presídio de Tre-membé, no interior de SãoPaulo, onde estava preso desdemarço de 2013. Lalau, como fi-cou conhecido, foi condenadopor desviar cerca de R$ 170mi-lhões durante a construção doFórum Trabalhista. O ex-ma-gistrado foi beneficiado peloindulto pleno, que concede,após decisão do governo fede-ral, liberdade a presos commais de 60 anos que já cumpri-ram mais de um terço da penae têm problemas de saúde.Concedido em 2012, o indul-

to só foi executado agora devi-do à transferência do processoda Justiça federal para a Justiçaestadual.— Já estávamos esperando

essa decisão há muito tempo— disse o advogado do ex-juiz,Celmo Pereira, que acompa-nhou a soltura de Lalau.Segundo o advogado, seu cli-

ente tem dificuldades para an-dar e está sob tratamento, de-vido a problemas do coração.O ex-juiz estava em prisão

domiciliar desde 2007. Umadecisão do Tribunal RegionalFederal da 3ª Região (TRF-3),porém, determinou que elefosse levado a um presídio. Is-so porque Lalau instalou câ-meras internas para vigiar ospoliciais que fiscalizavam suacasa, uma mansão no bairrodo Morumbi, em São Paulo.O ex-juiz teve sua aposenta-

doria cassada pelo TribunalRegional do Trabalho da 2ª Re-gião. Ele foi condenado em de-finitivo pela primeira vez emabril de 2013.O patrimônio do ex-magis-

trado incluía uma mansão noGuarujá (no litoral paulista),um apartamento em Miami(Estados Unidos) e US$ 4 mi-lhões (cerca de R$ 8,5milhões)em uma conta na Suíça. Todosesses bens foram confiscadospela Justiça.Também são acusados pelo

desvio de recursos das obrasdo TRT o ex-senador Luiz Este-vão de Oliveira Neto e os em-presários Fábio Monteiro deBarros Filho e José EduardoTeixeira Ferraz. l

Paulo Octávio obstruiu açãodo MP, mostram gravaçõesPreso anteontem,

ex-governador do DFé suspeito de

subornar servidores-BRASÍLIA-Gravações autorizadaspela Justiça mostram que o ex-governador do Distrito FederalPaulo Octávio tentou atrapa-lhar investigação doMinistérioPúblico sobre fraude na con-cessão de alvarás para cons-trução de um shopping e ou-tros prédios em Taguatinga eÁguas Claras. Um dos alvosprincipais da investigação,Paulo Octávio está preso desdesegunda-feira.O grupo do ex-governador,

um dos políticos mais influen-tes do Distrito Federal, é acu-sado de subornar servidorespúblicos em troca de licençasilegais para construir prédios.Numa das conversas grava-

das com autorização judicial,ele manda o administrador de

Taguatinga, Carlos Jales, resis-tir à ordem de entregar docu-mentos a uma das promotorasà frente das investigações so-bre as fraudes. No início do di-álogo, como mostrou a “Glo-boNews“, Jales avisa que a pro-motora está na administraçãoexigindo documentos relativosà liberação da construção doJK Shopping & Tower.—Mas não entrega, ué—de-

termina o ex-governador.— Vai ter que entregar. Ela tá

lá levando tudopara oMinisté-rio Público — explica Jales.Ainda assim, Paulo Octávio

não se dá por vencido. Ele in-siste na ordem de dificultar otrabalho da promotora.— Não, você não pode fazer

isso. Como é que você vai, ago-ra, aprovar o projeto? — exigeo ex-governador.Anteontem, o programa do

PP no DF na televisão usou aimagem de Paulo Octávio, queapareceu criticando a excessi-va carga tributária no país. l

UCPIMISTADAPETROBRAS

A Comissão Parlamentar deInquérito (CPI) mista daPetrobras aprovou 233requerimentos de uma só vez,com convocações paradepoimentos, pedidos decompartilhamento deinvestigações sobre a estatal eremessas de cópias de contratosdas fornecedoras com aempresa. A sessão de ontem, asegunda desde a instalação daCPI, durou uma hora e acabouantes do início do jogo entreBrasil e Panamá. A próximareunião não tem data marcada.

O bloco de requerimentossugerido pelo relator, deputadoMarco Maia (PT-RS), foiaprovado por unanimidade.Estão convocados para depor odoleiro Alberto Youssef, o

ex-diretor de Abastecimento daPetrobras Paulo Roberto Costa, oex-diretor da Área Internacional daestatal Nestor Cerveró, apresidente da Petrobras, GraçaFoster, e o ex-presidente da estatalJosé Sérgio Gabrielli, entre outros.

Outros requerimentosaprovados referem-se a um pedidode cópias das investigaçõesabertas envolvendo a Petrobras,incluindo processos em curso noSupremo Tribunal Federal (STF),avocados da Justiça Federal noParaná pelo ministro TeoriZavascki, e as auditorias noTribunal de Contas da União(TCU). As cópias dos documentosproduzidos nessas investigações— a partir das quebras de sigilotelefônico, fiscal e bancário —precisam ser remetidas à CPI.

COMISSÃO APROVA DEPOIMENTOS

NAWEBglo.bo/U9POliPerfil: o ministro quepassou pela Corte

sem levar desaforo para casa

-BRASÍLIA- O DEM vai pressionarpela votação de decreto legis-lativo que suspende a criaçãode conselhos populares, pro-posta pela presidente DilmaRousseff emdecreto. O líder dopartido na Câmara, MendonçaFilho (PE) afirmou ontem quea sigla já conseguiu a assinatu-ra de nove legendas (PROS,PR, Solidariedade, PV, PSD,PSB, PPS, PSDB e o próprioDEM) para o requerimento devotação em regime de urgên-cia do decreto legislativo quesusta a decisão de Dilma.A votação da urgência de-

pende do presidente da Câma-ra, Henrique Alves (PMDB-RN), que precisa decidir se ainclui na pauta. Mendonça Fi-lho disse que insistirá para quea urgência seja colocada napauta de amanhã. Nos basti-dores, líderes afirmam que hádificuldade de votá-la esta se-mana, pois o assunto é polêmi-co. Caso seja posto em vota-ção, certamente inviabilizará oesforço concentrado. Men-donça Filho disse que há gran-de pressão do governo paranão votar o decreto.— Queremos a suspensão do

decreto dapresidenteDilma so-bre a política de conselhos co-munitários. Há invasão na esfe-ra de competência para regularisso, a competência é do Con-gresso. Não temos nada contraconselhos comunitários, mas,para ouvir a sociedade, a presi-dente baixou decreto em queela escolhe os indicados. Serásempre a mesma patota — dis-se Mendonça Filho.O deputado Ronaldo Caiado

(DEM-GO) comparou a pro-

posta de criação dos conselhosà adotada na Venezuela.— Estamos com um projeto

de decreto legislativo para ten-tar sustar esse decreto absurdodo governo, que cria o sistemade coletivos da Venezuela parapoder substituir o Legislativobrasileiro. Vamos para esse de-bate, e todas as matérias doExecutivo vamos obstruir, atéque possamos derrubar essedecreto, que é um atentadocontra a democracia e o estadodemocrático de direito — afir-mou Caiado.

O ministro da Secretaria Ge-ral, Gilberto Carvalho, reagiuontem e defendeu o decretoque cria uma estrutura de con-selhos populares em órgãos dogoverno federal. Ele disse nãoacreditar que o Congresso sus-penda o decreto, argumentan-do que “até na ditadura” foramcriados conselhos sociais.Para o ministro, a influência

do processo eleitoral está fa-zendo com que a oposição in-terprete o decreto como umaofensa ao Congresso ou umaintenção da presidente de im-plantar uma ditadura:—Quero lembrar de novo: os

conselhos no Brasil existemdesde 1937, quando foi criadoo primeiro conselho de partici-pação. As conferências, de1941. Até durante a ditaduraforam criados conselhos e épróprio de qualquer democra-cia madura você ter uma práti-ca de ouvir a sociedade. O queo decreto faz é simplesmenteregulamentar, estimular a am-pliação daquilo que já existe—afirmou.Segundo Carvalho, hoje são

mais de 35 conselhos popula-res, nem todos foram criadosdurante os governos do ex-pre-sidente Luiz Inácio Lula da Sil-va e da presidente Dilma. Parao ministro, os conselhos e asconferências populares dãomais transparência aos atos dogoverno, enriquecem o debatedas políticas públicas, sem en-fraquecer o Legislativo.— Eu só posso entender co-

mo ou desconhecimento ouexcessivo debate de processoeleitoral a interpretação que sedá de que aDilma está queren-do fazer um processo de dita-dura no Brasil, de ofender oLegislativo — afirmou. l

Ministro reage e diz que ‘até na ditadura’ essas instâncias existiram

ISABELBRAGA ELUIZADAMÉ

[email protected]

JORGE WILLIAM

Visão. Para Carvalho, reação da oposição tem relação com processo eleitoral

Partidos pedem urgência paravotar decreto contra conselhos

“Até durante aditadura foramcriados conselhos. Oque o decreto faz éestimular a ampliaçãodaquilo que já existe”Gilberto CarvalhoMinistro da Secretaria Geral da PR

Hojenaweb

oglobo.com.br/pais

l ELEIÇÕES RIO: Pré-candidatosao governo acumulam R$ 2,1milhões em multas

l COPA: Turistas são orientados

a fugir de morcegos e macacos e‘reservar’ dinheiro do ladrão

l VÍDEO: Criança é flagradapendurada em varanda deapartamento em Vila Velha

l PESQUISA: Maioria dosbrasileiros está insatisfeita, dizinstituto americano

l MAIS MÉDICOS: Cubanosabandonam programa por faltade pagamento

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Quem anuncia nos Classificadosdo Rio pode estar no Globo,no Extra, no smartphone,no tablet e na web.

ANUNCIOU, FALOU COM TODO MUNDO

classificadosdorio.com.br2534 4333

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Page 7: OG-2014-06-04.pdf

M oda, gastrono-mia, decoraçãoe turismo têmlugar garantido

no novo site do GLOBO. Oconteúdo produzido porEla, Ela Gourmet, Boa Via-gem,Morar Bem e Carro Etcestá na capa do novo site ena página da seção Estilo. Anova configuração expõemais — e melhor — o mate-rial multimídia, incluindofotos e vídeos.— O novo desenho é a ja-

nela que desejávamos faztempo. Agora, todo o nossotrabalho está à mostra. Cos-tumamos dizer entre nós,aqui na equipe, que o site só

está bom quando não te-mos vontade de parar de lê-lo — diz Ana Cristina Reis,editora de Estilo.As imagens ganham des-

taque nas chamadas,atraindo ainda mais os lei-tores interessados nas últi-mas tendências.— Adorei! A qualidade da

imagem e as fotos mais am-plasme agradam.Omais le-gal, naminha opinião, é quea identidade foi mantida —diz Rony Meisler, diretor damarca Reserva.O desenho da página, que

explora mais os espaços embranco, torna a navegaçãomais prazerosa. Bruno Bo-gossian, do coletivo de gra-fiteiros Fleshbeck Crew,aprovou:— Achei mais clean. A na-

vegação ficou mais fácil edireta ao público. l

Janela para o que hádemais bonito

Seção ‘Estilo’ reúnemoda, gastronomia,decoração e turismo

NOVOSITEDOGLOBO

Quarta-feira 4 .6 .2014 l País l O GLOBO l 7

Ovídeo sobre a re-jeição ao vira-la-ta Yuri chamou aatenção para o

problema do abandono deanimais nas ruas do Rio. Ocão estava há dois meses naFeira de Adoção de Animaisdo Largo do Machado semque ninguémdemonstrasseomenor interesse.Após o vídeo, a sorte do vi-

ra-lata mudou. Mais de 110pessoas preencheram um

extenso e cuidadoso formulá-rionadisputapeloanimal.Umoperador de rádio da Petro-bras levou o vira-lata — agorarebatizado de Sheldon— paraviver em Balneário Camboriú,em Santa Catarina, dividindoboa ração com quatro belascachorrinhas. O vídeo com ofinal feliz de Yuri alcançoumi-lhares de visualizações no sitede OGlobo. Emmeia hora, fo-rammais de 1.300 curtidas nasredes sociais. l

Yuri, o cão feio

Yuri. Cão, que estava há dois meses na Feira de Adoção, arrumou dono

Justiça decreta prisão de publicitárioSuspeito dematar e

esquartejar zelador emSão Paulo confessou crime

JULIANNAGRANJEIA

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-SÃO PAULO- A Polícia Civil de São Paulodeve indiciar nos próximos dias, porhomicídio triplamente qualificado(motivo torpe, emprego de meio cruele utilização de recurso que impossibi-litou a defesa da vítima), o publicitá-rio Eduardo Tadeu Pinto Martins, de47 anos, pelamorte do zelador Jezi Lo-pes de Souza, de 63, na Zona Norte dacapital paulista. A Justiça decretou aprisão temporária de Martins e de suamulher, a advogada Ieda Cristina Car-doso da Silva Martins, de 42.Em depoimento no 13º Distrito Poli-

cial (Casa Verde), Martins confessou o

crime, mas negou a participação deIeda. O advogado Marcelo Primo, quedefende o casal, afirmou que amulherdo publicitário não sabia da morte dozelador e que ela não estava no localno momento do crime.O delegado Egidio Cobo, responsável

pela investigação, ainda aguardará achegada de laudos periciais para con-cluir o inquérito. O indiciamento ounão da advogada também dependeráda conclusão das investigações.Segundo o defensor, Ieda— que apa-

rece em imagens de câmeras de segu-rança do condomínio ajudando omari-do a carregar umamala e sacolas plásti-cas até o carro do publicitário — pen-sou que a mala onde estava o corpocontinha roupas velhas que o casal ha-via separado para doação.Segundo a polícia, algumas partes

do corpo do zelador, após o esquarte-jamento, foram queimadas na casa dopublicitário em Praia Grande, no lito-

ral paulista, onde ele foi preso. Mar-tins esquartejou o corpo de Souza nolocal com um serrote. A vítima, deacordo com a polícia, tinha algumasdesavenças com o publicitário. Quan-do o casal mudou para o prédio ondeo zelador trabalhava, reclamava queSouza deixava de entregar correspon-dências. O advogado afirmou que seucliente não aceitava o modo como ozelador trabalhava:—Ele assumiu o crime. Teve umadis-

cussão com o zelador, que ameaçou ofilho dele, e os dois entraram em lutacorporal. Foi quando o zelador bateu acabeça no batente da porta e morreu.O zelador foi visto pela última vez

na sexta-feira (30) no prédio ondemora o publicitário. Imagens do cir-cuito interno do elevador mostramSouza separando correspondênciaspara entregar a um morador. Depoisdisso, as câmeras não mais captaramimagens dele. l

-SÃO PAULO-Os secretários de SegurançaPú-blica dos quatro estados do Sudeste apre-sentam hoje, emBrasília, aos presidentesda Câmara, Henrique Eduardo Alves(PMDB), e do Senado, Renan Calheiros(PMDB), umasériedepropostaspara en-durecer as punições a criminosos. O ob-jetivo é combater roubos e latrocínios.Faz parte da lista de reivindicações a

transformação em crimes hediondosde roubo com lesões corporais graves eda receptação de produtos para seremaproveitados na indústria ouno comér-cio. Também entrariam nesse grupo oshomicídios de agentes do Estado (juí-zes, promotores e policiais) e demeno-res de 14 anos e maiores de 60.— Hoje, as polícias estão enxugando

gelo, e isso acontece porque a legisla-ção brasileira do jeito que está favorecemuito a impunidade — afirmou o se-cretário de Segurança Pública do esta-do de São Paulo, Fernando Grella.Os crimes hediondos preveem que os

condenados cumpram a punição sempreinicialmente em regime fechado e só per-mitem a mudança de regime depois detranscorridos 40% da pena para os réusprimários e 60% para os reincidentes. Noscrimes comuns, esse benefício é permiti-do com 16% da pena. O prazo para solici-taçãode liberdade condicional nos crimeshediondos também é mais rigoroso: 66%contra 33% dos crimes comuns.— Constamos que 69% dos autores de

roubo emSãoPaulo já tinhampassagempela polícia, e a maioria estava de voltaàs ruas por causa das facilidades de pro-gressão de pena— disse Grella.Os secretários se reuniram no mês

passado para definir a lista de propos-tas. O pacto foi fechado com 13 suges-tões de mudanças das legislação e cin-co administrativas. A expectativa é queparlamentares apresentem projetos deleis incorporando as reivindicações.Para combater o crime organizado e

aumentar o isolamento dos líderes dasfacções, os secretários querem que otempo máximo de internação no Regi-me Disciplinas Diferenciado (RDD)passe de 16% para 33% da pena. O gru-po sugere tambéma exigência de insta-lação do sistema de bloqueio de celularem todas as novas unidades prisionais.Na avaliação dos secretários, a redução

da impunidade passa ainda por um agili-dademaiorno julgamentosdosprocessos.Por isso, eles pedem que as videoconfe-rências se transformem em regra para osinterrogatórios dos réus e também sejamusadas para ouvir testemunhas e peritos.— Isso daria celeridade aos processos,

evitaria escoltas de risco e muito gastospúblicos— afirmouGrella.De acordo como secretário deDefesa

Social deMinas Gerais, Rômulo Ferraz,a expectativa é que a aprovação das al-terações no Código Penal aconteçamantes das eleições. Segundo ele, a inici-ativa não temcunhopolítico e “não temnada a ver com a Copa", é devido à es-calada da violência nos estados:—Várias situaçõesdemandamajusteda

legislação; há umnotório processo de im-punidade. O número de prisões nos esta-dos tem aumentado muito, mas temosidentificado o fenômeno da recorrência.Os secretários do Rio, José Mariano

Beltrame, e do Espírito Santo, AndréGarcia, não quiseram comentar o as-sunto. (Colaboraram: Paula Ferreira eMônica Garcia) l

Secretários de Segurança propõemmudanças no Código Penal

SÉRGIOROXO

[email protected]

Estados querem endurecerpunições para conter crimes

PASSAMA SER CRIMES HEDIONDOS— Homicídios de agentes do Estado, demenores de 14 anos e maiores de 60— Roubo qualificado ou com lesõescorporais graves

MENORES DE IDADE— Tempo máximo de internação de atosinfracionais correspondentes a crimeshediondos sobe de três para oito anos

ENDURECIMENTO DA PUNIÇÃO— Homicídio de agentes do Estado noexercício da função passa a ter penaaumentada em um terço— Tempo máximo de permanência depreso no Regime Disciplinar Diferenciado(RDD) sobe de 1/6 para 1/3 da pena— Aumento das penas mínima e máximados crimes de receptação— Aumento da pena para furto com uso deexplosivo

ACELERAÇÃO DOS PROCESSOS— A videoconferência passa a ser regrapara interrogatórios de réus e ainda abre apossibilidade de que testemunhas eperitos sejam ouvidos da mesma forma

CELULARES— Possibilidade de a polícia pedir à Anatelbloqueio de aparelhos roubados depoisque o proprietário registra boletim deocorrência— Exigência da instalação de sistema debloqueio de celular em todas as novasunidades prisionais e definição deum prazo para instalação do equipamentonas unidades já existentes

UALGUMASPROPOSTAS

REPRODUÇÕES

Estilo. Reprodução da página, que reúne as últimas tendências

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8 l O GLOBO l Especial l Quarta-feira 4 .6 .2014

ACopanoBrasil

M oradores de comunida-des pacificadas da ZonaSul se preparam parareceber hóspedes du-

rante a Copa e faturar alto. Apesardas acomodações modestas, os anfi-triões esperam contar com outrosatrativos, que têmatraído umgrandenúmero de estrangeiros. O cotidianodas favelas, sua peculiar topografia e,em alguns casos, a vista deslum-brante são alguns dos trunfos. Osmorros doCantagalo e Pavão-Pavão-zinho, um conjunto de favelas locali-zado na fronteira dos bairros de Ipa-nema e Copacabana, estão próximosdo mar e proporcionam uma dasmais belas vistas da cidade. As diári-as, com café damanhã, variam de R$100 a R$ 170. As favelas da Rocinha,do Vidigal e ChapéuMangueira tam-bém terão vagas.Não há um cadastro único com o

número total de leitos. O serviço sur-giu de maneira informal e, em al-guns casos, por intermédio das asso-ciações demoradores. Nessas comu-nidades, ainda existe a opção dos al-bergues.

TERRAÇO PANORÂMICONo Pavão-Pavãozinho, a dona de ca-sa Azelina Viana dos Santos, de 80anos, que comanda um dos réveil-lonsmais badalados e costuma rece-ber estrangeiros, resolveu investirem hospedagem e decorou uma suí-te para acomodar até duas pessoas.O quarto tem vista para uma imensaárea verde, repleta de árvores frutífe-ras plantadas por Azelina. O toqueespecial, no entanto, fica no andarde cima: o terraço panorâmico comvista das praias de Copacabana eIpanema. Não é a primeira vez queela abre suas portas para receber tu-ristas, mas desta vez irá cobrar R$150 por pessoa.

Católica, Azelina recebeu nove pe-regrinos durante a Jornada Mundialda Juventude (JMJ), em junho de2013, sem cobrar nada. Eram jovensde vários países africanos que foramacomodados no salão de festas.— Minha filha já preparou e deco-

rou o quarto. Quem vier poderáaproveitar a vista e ainda comer vári-as frutas tropicais direto da árvore—diz Azelina, que pretende avaliar operíodo doMundial da Fifa para pla-nejar os Jogos Olímpicos de 2016.Já no Morro do Vidigal, incrustado

na encosta entre Leblon e São Con-rado, omercado de hostels tem cres-cido nos últimos anos. No embalodesse filão, moradores estão reser-vando locais em suas casas para re-ceber os turistas e fazem parte doprojeto Albergue da Comunidade,que já tem até site para reserva. Se-gundo Sara Junger, gestora comerci-al, já existem 15 casas de moradorescom cerca de 20 leitos destinadospara hospedagem. Uma delas, situa-da noMirante do Arvrão, está em re-forma e já foi reservada por um gru-po de turistas europeus que vai ficarummês na cidade.—Éocomeçodeummercadoalter-

nativo que vai ajudar financeiramenteas famílias da comunidade. As pesso-as alugam suas casas para turistas du-rante datas festivas. Isso vem atendera uma grande demanda. É grande onúmero de turistas que querem sehospedar aqui, e não há vagas em to-dos os hostels — diz Sara.No Morro do Cantagalo, em Ipane-

ma, a expectativa é grande para a che-gadados turistas torcedores. VítorNa-poleão, de 30 anos, um ex-jogador defutebol que toca um restaurante nacomunidade junto com a família, se

prepara para entrar no setor de hos-pedagem. Já acostumado a receberturistas estrangeiros, Vítor, mais co-nhecido como Rincón do Cantagalopor se parecer fisicamente com o jo-gador colombiano FreddyRincón, re-formou um andar da casa para rece-ber hóspedes. Para acomodar os visi-tantes, a família vai ficar temporaria-mente na casa da avó.— Os turistas gostam de ver como

é a vida da comunidade. Para a Co-pa, estamos programando váriasfestas e churrascos em dias de jogos.A casa ainda vai receber uma deco-ração especial em verde e amarelo— diz Rincón.O ex-jogador do time sub-20 do

Vasco da Gama promete tambémdarumas aulas sobre o esporte.Nas pare-des do restaurante, veem-se fotos an-tigas queele tirouao ladodeFelipão ede Ronaldo Fenômeno em 2002.

CAIPIRINHA PARA OS VISITANTESTambém no Cantagalo, a ex-camelôDeise Franklyn de Freitas resolveu in-vestir no turismo e sonha com seupróprio hostel. Ela começou alugandovagas e agora saiu da casa quemoravapara acomodar turistas. Para a Copa,investiu em reformas e instalou seiscamas.Adiária serádeR$100porpes-soa, com direito a café da manhã etour pela favela. Com o traquejo ad-quiridoduranteosanosque trabalhoucomo ambulante, Deise diz conquis-tar os turistas, independentemente doidioma, pormeio da simpatia:— Mostro os principais recantos

da comunidade, como as pessoas vi-vem, asmelhores vistas, e ainda façoum passeio pelas casas dos artistasplásticos do Cantagalo.Regina Cabral, conhecida no Can-

tagalo como Teteca, é famosa pelosseus quitutes. Ela trabalha na canti-na do Projeto Criança Esperança e jáé veterana do projeto bed and break-fast (“cama e café da manhã”), idea-lizado pelo empresário e fotógrafoDaniel Plá e pela arquiteta MirianGleitzmann. No fim de semana pas-sado, ela recebeu um grupo da Áfri-ca do Sul que veio ao Rio a trabalho.Normalmente, a diária por pessoacusta R$ 80. Na Copa, no entanto, opreço vai para R$ 150.—É a casa daminha filha. Temum

quarto com cama de casal e outrocom beliche. Ela vai ficar na minhacasa, e nossa expectativa é de 100%de ocupação durante os jogos—dis-se Teteca, que costuma oferecer cai-pirinhas aos visitantes. l

Para ‘gringo’ ver e ficarMoradores de Pavão-Pavãozinho, Cantagalo e Vidigal aproveitam para alugar vagas e até as próprias casas a visitantes estrangeiros durante o Mundial

PABLO JACOB

Mirante do Arvrão, no Vidigal. Segundo a gestora Sara Junger, já há 15 casas de moradores com 20 leitos destinados aos turistas. “O mercado alternativo vai ajudar as famílias”

Morro do Cantagalo. Regina Cabral, a Teteca: diária do “bed and breakfast” aumentou de R$ 80 para R$ 150 por causa da Copa do Mundo

Churrascos e festas. O ex-jogador do Vasco Vítor Napoleão promete dar aulas sobre futebol aos visitantes estrangeiros no Cantagalo

CELIACOSTA

[email protected]

‘BEDANDBREAKFAST’NASCOMUNIDADES

Prática se espalhou naJornada Mundial daJuventude e devecontinuar nos JogosOlímpicos de 2016

FOTOS DE GUSTAVO MIRANDA

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Quarta-feira 4 .6 .2014 l Especial l O GLOBO l 9

ACopanoBrasil

SALVADOR,CIDADE-SEDE_

Prontos para o carnavalObras como ampliação do aeroporto só ficarão prontas depois dos jogos,mas população está animada com evento

FERNANDO AMORIM/A TARDE

Arena Fonte Nova. O novo estádio, que teve melhorias em seu entorno, é um espaço multiuso e recebe shows

-SALVADOR- Com uma baixa adesão aosprotestos contra a Copa — o único atorealizado este ano contou com min-guadas 50 pessoas —, a capital baianaaguarda o torneio com expectativa.Não há clima de euforia excessiva, mascomooMundial coincide comumadasfestas mais populares do estado, o SãoJoão, muitos “arraiás” estão sendo or-ganizados no Centro Histórico e em ci-dades próximas à capital nos tons ver-de e amarelo. Já foi criado até o sistema“bate e volta” para os forrós no interior,com pacotes que incluem o transladode ônibus de Salvador para a cidade dafesta, com retorno nomesmo dia à noi-te ou na madrugada seguinte. Na capi-tal, a alegria tem ponto de encontro noPelourinho, com a apresentação daBanda Olodum nos dias de jogos doBrasil. A Fan Fest — que a Fifa reco-menda que se realize nas cidades-sedepara animar as pessoas que não conse-guiram comprar ingressos para os jo-gos—, terá como sede o Largo do Farolda Barra.

TRADIÇÃO DESDE O TETRACAMPEONATOA decoração nas vias públicas ainda étímida. Uma das poucas enfeitadas é aRua Daniel Lisboa, no bairro de Brotas,repleta de bandeirolas em verde e ama-relo. O aposentado Themístocles AlvesAliança, de 74 anos, que cuida da arre-cadação de recursos para a compra domaterial, conta que essa tradição co-meçou na Copa de 1994 — ano do te-tracampeonato.— Vamos também pintar o chão com

a bandeira da seleção — disse.Já no time dos que estão contra os jo-

gos está o mecânico Lourival Freitas, de52 anos. Ele resolveu pintar seu carrocom as cores da seleção, mas escreveufrases de protesto como “Fora Copa—Brasil das pizzas”. Omecânico admite,no entanto, que é uma “andorinha” eque sozinho pode não fazer verão.Na pesquisa da Ipsos Média CT que

sondou o nível de desinteresse da po-pulação brasileira em relação ao Mun-dial, divulgada a menos de um mês daCopa, Salvador (junto com Fortaleza)foi a cidade que se mostrou mais inte-ressada nos jogos. As capitais baiana ecearense têm um índice de apenas 24%de indiferentes. Ou seja, proporcional-mente, 76% dos soteropolitanos estãoanimados com o evento.Além da Arena Fonte Nova, que já se

tornou uma opção multiuso para a ci-dade, o governo vai entregar a primeira

etapa do metrô de Salvador, de apenas7,6 quilômetros. A obra, que começouem 1999 e que é investigada por super-faturamento, ficou parada durantemuito tempo. O projeto total prevê 42quilômetros ligando o Centro da cida-de a bairros periféricos e ao aeroporto.Para a Copa, no entanto, o metrô vaioperar exclusivamente para quem pos-suir ingressos dos jogos.Mesmo sendo executada pelo siste-

ma Regime Diferenciado de Contrata-ção, a ampliação do aeroporto só ficarápronta, no mínimo, três meses após aCopa. Foram entregues a nova torre decontrole, a ampliação do pátio de aero-naves e a primeira fase da nova área decheck-in. Também foram construídos36 novos pontos de atendimento entreos 44 previstos. A Infraero diz que o ae-roporto tem capacidade para 13 mi-lhões de embarques e desembarques e

que essa capacidade atende a deman-da prevista para 2014, quando são es-perados 10,8 milhões de passageiros.Por enquanto, quem transita pelo ter-minal observa a placa em inglês que aInfraero fixou num dos tapumes de en-trada: “Sorry for the disorder. We arebuilding a new airport” (Desculpe pelotranstorno. Estamos construindo umnovo aeroporto). Faltou dizer quando otranstorno acaba.Para o governador Jaques Wagner, “o

grande legado é para quem não tinhaou tinha um estádio obsoleto”.— Agora temos um equipamento no-

vo que permite grandes shows como ode Elton John. O aeroporto está lá, coma nova torre construída e o estudo finalda segunda pista. Querendo ou não, sefez um porto turístico aqui em funçãoda Copa. Quando acabar o Mundial,nós vamos ter porto turístico em Salva-

dor. Já vai atracar um cruzeiro duranteos jogos.No entorno da Arena Fonte Nova, a

prefeitura realiza ações como poda deárvores, requalificação de passeios, ope-ração tapa-buraco, plantação de gramanas encostas, estancamento de pontosde alagamento e implantação de meio-fio. A única obra realizada nas proximi-dades do estádio, segundo aCompanhiade Desenvolvimento Urbano da Bahia(Conder), é o plano de revitalização doCentro Antigo. Em alguns trechos da re-gião será demarcada a FunWalk, rota es-pecial para baianos e turistas poderem ira pé do Centro Histórico para a ArenaFonte Nova. O percurso começa no Ter-minal de Passageiros, no Porto de Salva-dor, e vai até a ladeira da Fonte das Pe-dras, ao lado da arena.

EXPERIÊNCIA EM GRANDES EVENTOSNa área da segurança pública, um dosprincipais problemas, o secretárioMaurício Barbosa diz que o evento per-mitiu que o estado recebesse diversosequipamentos.— Ganhamos Centros de Comando e

Controle Móveis, que são os caminhões,e robôs para desativação de explosivos.Também investimos com recursos pró-prios na montagem no Centro de Co-mando e Controle Regional. São váriasações e equipamentos adquiridos comverbas estaduais e federais, que já foramutilizados em grandes eventos como oSorteio daCopa, no final do anode 2013,e no Carnaval deste ano.Segundo o secretário, os investimen-

tos em tecnologia totalizammais de R$200 milhões. A segurança dos turistas éencarada com seriedade mas não commuita preocupação pelas autoridadesdo estado, que já têm experiência como carnaval, quando cerca de 1,5 milhãode pessoas brincam diariamente na ru-as da capital. O temormaior da popula-ção é com o dia a dia. O Mapa da Vio-lência 2014, divulgado na última sema-na de maio, indicou que a Bahia é o es-tado como segundomaior crescimentonas taxas de homicídios e suicídios por100mil habitantes do país, entre 2002 e2012. Conforme o estudo, em 2002 fo-ram 1.735 homicídios no estado. Já em2012, o número chegou a 5.936, au-mento de 221% no período. O governodo estado pondera, no entanto, que apartir de 2013, a curva de homicídio foidescendente pela primeira vez em dé-cadas. (* Da Agência A Tarde). l

EDUARDO MARTINS/A TARDE

Parado no tempo. Relógio instalado para fazer a contagem regressiva par o Mundial não funciona

Craque do Bahia, onde comandou o time quevenceu o campeonato brasileiro de 1988, Rai-mundoNonato Tavares, o Bobô—que teve pas-sagens tambémpelo Flamengo, pelo Fluminen-se, pelo Corinthias e pelo Internacional —, dizser inegável o impacto positivo que a Copa doMundo trará para Salvador.—Não é preciso nem falar na Arena FonteNo-

va, um equipamento excelente para a torcidabaiana que adora futebol. A realização da Copafoi fundamental para que se aprovasse e come-çasse uma pacote de obras demobilidade urba-na que será um legado importante para Salva-dor — disse.Bobô ressalta que o grande problema da capi-

tal baiana é a locomoção de seus moradores,que acabou se transformando num transtornonos últimos anos por causa do grande aumentoda frota de veículos.—Os engarrafamentos estão acabando com o

tradicional bom humor do baiano — brinca,destacando que a conclusão do metrô e a im-plantação de viadutos e novas vias só forampossíveis agora devido à Copa.—Claro que nãovai ficar tudo pronto para os jogos,mas demora-ria muito mais se não houvesse esse grande in-centivo do um evento mundial na cidade.Bobô acha que as pessoas não estão reconhe-

cendo as intervenções na cidade porque elas ain-da não foram inauguradas, mas acredita que asobras de infraestrutura vãomudar a qualidadede

vida de Salvador. Sobre os protestos emoutras ci-dades do país, assinala que não é toda a popula-ção que tem semanifestado contra a Copa.— O brasileiro ficou mais exigente. Ele quer a

Copa e algo mais. O governo precisa convivercomessasmanifestações e até tirar proveito dis-so para fazer mais pela saúde, pela educação,enfim, por tudo que precisa ser melhorado. l

DEOLHONOLEGADO

BOBÔ: ‘O BRASILEIRO FICOUMAIS EXIGENTE’

EDUARDO MARTINS/A TARDE

Fundamental. Para Bobô, jogos deram impulso às obras

Arena Fonte Nova. Custou R$ 690milhões, tem 50 mil assentos cobertos e70 camarotes. Foi a primeira arena do paísa obter o nível prata da certificaçãointernacional LEED — selo que identifica oempreendimento como sustentável.

1 Aeroporto. Ao custo de R$ 93 milhões, aampliação do aeroporto não ficará prontapara a Copa. Desde o ano passado, ospassageiros convivem com os transtornosprovocados pelas obras, que só serãoconcluídas 90 dias após o Mundial.

2 Metrô. Apelidado de “calça-curta” por suapequena extensão, de apenas 7,6quilômetros, o metrô deve ser inauguradona véspera do início dos jogos. As obras searrastam desde 1999, com denúncias desuperfaturamento e muitas paralisações.

3

Capital baiana, aolado de Fortaleza,tem o menor índicede desinteresse dosmoradores pelosjogos em todo opaís, de acordocom pesquisa:apenas 24%

BIAGGIOTALENTO*, PAULAPITTA* EMAÍRAAZEVEDO*[email protected]

NAWEBoglobo.com/paisAcompanhe a série dereportagens sobre as capitais

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10 l O GLOBO l Especial l Quarta-feira 4 .6 .2014

ACopanoBrasil

Governo admite atraso nas obras‘As que não ficarem prontas para Copa, ficarão em agosto. E daí? Qual o problema?’

-BRASÍLIA-OministroGilbertoCar-valho, da Secretaria Geral daPresidência, reconheceu ontemque o governo cometeu erros noplanejamento do Mundial, atra-sando o cronograma de entregade obras nas cidades-sede.— É verdade, nós comete-

mos equívocos, atrasamos.Agora essas obras todas ficarãoprontas, elas não são para tu-rista só, são para brasileirousar. Metrô, ônibus, BRT, ho-téis ficarão — disse o ministro.Segundo Gilberto, parte dos

atrasos é decorrente do proces-

so de execução de obras públi-cas, em que as desapropriaçõesvão parar na Justiça ou as licen-ças ambientais demoram a serconcedidas. Para ele, a princi-pal reivindicação dos protestosdo ano passado está sendoatendida: o aumento damobili-

dade urbana. O ministro afir-mouquenas doze cidades-sedehá melhorias no transporte ur-bano e nas vias públicas.— Eu insisto: nada disso se

perde. As obras quenão ficaremprontas para a Copa ficarãoprontas em agosto, em setem-

bro. E daí? Qual é o problema?O povo brasileiro vai usufruirpara o resto da vida das obras,daquele benefício. Não temproblema, mas temos orgulhodo que estamos realizando.Para ele, a Copa será uma ja-

nela de oportunidades em ummomento de baixo crescimen-to do PIB brasileiro:— A Copa é um belo pretex-

to, mais uma janela de oportu-nidades. Eu acho que, inclusi-ve, num momento de crise in-ternacional, nummomento dePIB pequeno que nós temos, éum chamado para desenvolver

um setor que temuma enormepotencialidade.Gilberto se reuniu ontem, em

SP, com jovensquedevemorga-nizar protestos durante a Copa:— Manifestações, teremos.

Quem não lembra dasmanifes-tações em Paris, incendiada naperiferia? Quem não se lembrados conflitos em Londres e emtantas cidades da Europa ounos Estados Unidos durante osJogos (Olímpicos)? Então, te-mos que abandonar essa histó-ria de achar que tudo de ruimacontece no Brasil e que o restodomundo é umamaravilha. l

DIA DOSNamorados

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Período de participação: 30/5 a 12/6 .

Barba

EmNatal, Receita criticauso do novo terminalpela portuguesa TAP

-BRASÍLIA E NATAL-Oministro da Se-cretaria de Aviação Civil, Morei-ra Franco, admitiu ontem que amaioria dos aeroportos estaráem obras durante a Copa, tantoos administrados pela Infraeroquanto os privatizados. Mas rei-terou que o governo está prepa-rado para atender aos passagei-ros que virão ver os jogos.— As obras estão atrasadas

não só aeroportos da Infraero,mas também nos privados. Elascontinuarão depois da Copa.Como exemplos, Moreira

Franco citou Viracopos, emCampinas, onde o novo termi-nal não ficará pronto a tempodoevento, e Fortaleza, onde émon-tado um terminal provisório. NoGaleão, o terminal 1 estará emobras, e o mesmo ocorre emConfins (Belo Horizonte). Háproblemas também em Cuiabá,Curitiba, Porto Alegre e Salva-dor, com reformas adiadas.Em Natal, o Aeroporto Gover-

nador Aluízio Alves foi autoriza-do pela Receita Federal a operarvoos internacionais, mas o vooda TAP programado para ater-rissar ao meio-dia de hoje nonovo aeroporto corre o risco deser transferidoparaoantigo,Au-gusto Severo, pois os equipa-mentos aindanão forammonta-dos no novo terminal.— A responsabilidade ficou

por conta e risco da companhiaaérea. Acho que foi uma atitudeirresponsável—criticouo chefeda Receita no Rio Grande doNorte, Jorge Luiz da Costa. (Ge-raldaDoca e Ricardo Araújo, es-pecial para O GLOBO) l

Aeroportosainda estarãoem reformano Mundial

| Opinião |

PÂNTANOA CORRIDA de obstáculos,no Brasil, para o empreen-dedor não acaba quando oprojeto é fisicamente con-cluído. Vencida esta etapa,começa outra, a de alvarás,liberações etc. — onde háoutro pântano burocrático.

É EMBLEMÁTICA a histó-ria do novo aeroporto deNatal, Governador AluízioAlves, da iniciativa privada.Inaugurado, não podeainda receber voos interna-cionais.

PRIMEIRO, FALTAVA o“Termo de Alfandegamen-to”, documento da Receita.Agora, é preciso cumprirexigências da AgênciaNacional de VigilânciaSanitária (Anvisa).

E TUDO isso sendo Natalcidade-sede da Copa. Ima-ginem se não fosse.

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Quarta-feira 4 .6 .2014 l Especial l O GLOBO l 11

ACopanoBrasil

Somente seis dos 12 estádios terão redes wi-fiItaquerão, em SP, está entre os que não contarão com serviço; capacidade de transmissão de dados será menor

-BRASÍLIA- As empresas de teleco-municações vão instalar redeswi-fi em apenas seis dos 12 es-tádios da Copa, o que reduz acapacidade de conexões simul-tâneas de dados. Os torcedoresque forem assistir à abertura daCopa no próximo dia 12, na

Arena São Paulo, por exemplo,terão mais dificuldades paraenviar fotos para as redes soci-ais. Segundo o presidente-exe-cutivo do SindiTelebrasil, Edu-ardo Levy, não foi instaladauma rede wi-fi que reforçaria astransmissões de dados.

Mas ele garantiu que os torce-dores conseguirão enviar fotos,usando serviços de 2G, 3G e 4G:— Pode demorar um pouco

mais nos que não têm a redewi-fi, mas todos conseguirão.Assim, enquanto o Maraca-

nã, no Rio, contará com uma

rede habilitada a fazer 48 milconexões simultâneas, na Are-na Pernambuco, em Recife, acapacidade será de apenas 10mil conexões.Segundo Levy, a Arena São

Paulo e a Arena da Baixada nãoterão uma boa cobertura em lo-

cais de deslocamento de torce-dores e vestiários, além doshalls de entrada, porque houveuma demora nas obras. Mas eleexplicouque,mesmonesses es-tádios, as empresas estão refor-çando sinal externo.Oprojetoprevêa cobertura em

arquibancadas, camarotes, cor-redores, vestiários, passarelas,praça de acesso e estacionamen-tos. O tempo para a implantaçãodos equipamentos é de 150 dias,mas em Curitiba as empresas ti-veram 71 dias e, em São Paulo,62. (Mônica Tavares) l

Oconsultor de tecnologia Virgí-lio Freire acredita que o torce-dor terá problemas para publi-car fotos e vídeos durante aspartidas, já que a infraestruturanão foi instalada da forma co-mo foi concebida inicialmente.— Faltou fiscalização por

parte do governo para garantira cobertura de qualidade nosestádios—disse o especialista.JáHermanoPinto, engenhei-

ro especializado em telecomu-nicações, credita os problemasde wi-fi nos estádios à falta deplanejamento das teles e dasempresas que construíram osestádios. Ele lembra que, naCopa da Alemanha e nos JogosOlímpicos de Pequim, os res-ponsáveis pela construção dasredes eram os administradoresdos estádios, que alugavam ainfraestrutura de telecom paraas operadoras.— No Brasil, ocorreu o inver-

so. As teles se consorciaram pa-ra fazer a rede nos estádios. De-pois, houve questionamentoscomerciais com os estádios, eisso acabou atrapalhando. Co-mo resultado, as antenas foraminstaladas onde dava, sem levarem conta as áreas de sombra—diz Pinto. (Bruno Rosa) l

Não houvefiscalização dogoverno, dizespecialista

Estádios comwi-fi

MARACANÃ (RIO):O wi-fi darámaior capacidade de conexõessimultâneas de dados. Serápossível transmitir, ao mesmotempo, 48 mil fotos e vídeospelas redes sociais

MANÉ GARRINCHA (BRASÍLIA):Transmissão simultânea de 43mil fotos e vídeos.

FONTE NOVA (SALVADOR).Transmissão simultânea de 32mil fotos e vídeos pelas redes.

ARENA PANTANAL (CUIABÁ):29mil fotos e vídeos simultâneos.

ARENA AMAZÔNIA (MANAUS):31mil fotos e vídeos simultâneos.

BEIRA-RIO (PORTO ALEGRE).37mil fotos e vídeos simultâneos.

Estádios semwi-fi

ITAQUERÃO (SP): Sem wi-fi,haverá menor capacidade deconexões simultâneas. Só serápossível transmitir, ao mesmotempo, 12 mil fotos e vídeos.

MINEIRÃO (BH): Transmissão de13 mil fotos e vídeos.

CASTELÃO (FORTALEZA).13 milfotos e vídeos pelas redes.

ARENA DAS DUNAS (NATAL):10mil fotos e vídeos simultâneos.

ARENA DA BAIXADA (CURITIBA):9 mil fotos e vídeos simultâneos.

ARENA PERNAMBUCO (RECIFE).10 mil fotos e vídeos.

UPELAMETADE

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12 l O GLOBO Quarta-feira 4 .6 .2014

Rio

O EMBARQUE:O fotógrafo LuizClaudio Marigo embarca noônibus, no Largo do Machado, porvolta das 11h30m desegunda-feira. Parentes dizemque, antes, ele teria ido correr noAterro do Flamengo. Ao chegar àRua das Laranjeiras, Marigocomeça a passar mal.

ACHEGADAAOHOSPITAL:Por voltade 11h40m, o motorista AmarildoGomes para em frente ao InstitutoNacional de Cardiologia, para pedirsocorro. Um funcionário alega quea unidade não conta comemergência e sugere que liguempara o Serviço de AtendimentoMóvel de Urgência (Samu).

O PRIMEIRO ATENDIMENTO.Dezminutos depois, um paramédicode uma ambulância que chegavaao instituto presta o primeirosocorro ao fotógrafo. Ele fazmassagem cardíaca em Marigo.Enquanto isso, passageiros doônibus e o motorista telefonampara o 192 (Samu).

O SEGUNDO ATENDIMENTO.Bombeiros chegam às 12h10mao local e tentam, por cerca de 40minutos, reanimar Marigo.

OÓBITO.Por volta das 12h50m, ofotógrafo morre dentro do ônibus,em frente ao hospital, uma unidadefederal que está em greve.

UACRONOLOGIADAOMISSÃO

MORTEEMFRENTEAHOSPITAL_

Punição para o descasoPolícia poderá indiciar até por homicídio doloso médicos que não atenderam fotógrafo

GABRIEL DE PAIVA

Juntos na dor. Gustavo e Cecília, filho e viúva de Luiz Claudio Marigo, se abraçam durante o velório do fotógrafo: família denuncia descaso e diz que vai processar o governo

Osmédicosqueestavamtrabalhandoan-teontemno InstitutoNacional de Cardio-logia (INC), em Laranjeiras, enquanto ofotógrafo Luiz Claudio Marigo agonizavadentrodeumônibus em frente àunidade—elemorreusemser socorrido—,pode-rão responder a inquérito por homicídioculposo ou doloso. A afirmação foi feitaontempelodelegado titularda9ªDP (Ca-tete),RobertoNunes. Segundoele, apenapode chegar a 20 anos de prisão. O dele-gado quer saber se os médicos foram in-formados de que o fotógrafo estava pas-sando mal dentro do ônibus e precisavade atendimento. Além de a unidade nãoter serviço de emergência, os profissio-nais de saúde estavam em greve.— Vamos procurar saber junto ao

hospital quem é que estava de plantão,quem eram os responsáveis e tinham odever legal de fazer o atendimento. Seos médicos foram informados e nãoatenderam a pessoa mesmo sabendoque ela estava passando mal, vão res-ponder por homicídio doloso. Mastambém temos que aguardar a períciapara saber se, com atendimento, a víti-ma sobreviveria — disse o delegado.Ele pretende ouvir bombeiros que aten-

deramo fotógrafo e os passageiros doôni-bus.Odelegadotambémlevantaráseexis-tem outros inquéritos com queixas contraoatendimentono InstitutodeCardiologia.Marigo morreu após sentir fortes dores

nopeitodentrodeumônibusda linha422(Grajaú-CosmeVelho).Omotoristadoco-letivo, Amarildo Gomes, parou em frenteao institutoe recebeua informaçãodequenão havia emergência na unidade.Segundo o criminalista Breno Mela-

ragno, professor da PUC-RJ e conse-lheiro daOAB-RJ, o Instituto de Cardio-logia não pode ser responsabilizadocriminalmente pelo que aconteceucomMarigo, porque só pessoas podem

ser acusadas nesse tipo de caso. O ad-vogado explicou que, ao longo da in-vestigação, o delegado vai decidir setratará a morte do fotógrafo comoomissão de socorro ou homicídio cul-poso ou doloso. A diferença, esclareceMelaragno, é que no homicídio o acu-sado assumiu o risco de provocar umamorte. Segundo o advogado, o hospitale o governo federal poderão respondera eventuais ações na área cívelmovidaspela família da vítima.Odiretordo INC, JoséLeôncioAndrade

Feitosa, não se pronunciou sobre o caso.Pormeio denota, o hospital afirmouque,quando houve o problema, uma senhorapediu na recepção atendimento para umhomem que “estava passando mal narua” e não teria relatado a gravidade docaso. Diante disso, segundo a unidade,um segurança do INC teria orientado amulher a chamar o serviço de emergên-cia móvel, já que o instituto não tememergência. Nanota, o hospital diz aindaque uma equipe médica da unidade foiaté o ônibus assim que soube do caso.

TESTEMUNHAS DESMENTEM HOSPITALTestemunhas contam, no entanto, queMarigo não recebeu qualquer cuidadodosmédicos do instituto. Apósdezminu-tosdeespera, ele foi atendidopela equipedeumaambulânciaquechegavaao insti-tuto. Só meia hora após a parada do ôni-bus é que bombeiros do Samu chegarampara prestar socorro. Eles tentaram, emvão, reanimar o fotógrafo por 40minutos.O hospital informou que, na segun-

da-feira, quatro pessoas com casos deemergência chegaram ao instituto e fo-ram atendidas pela equipe médica doambulatório. O Ministério da Saúde,responsável pela unidade, não quis sepronunciar sobre o caso, assim como aSociedade de Cardiologia do Estado doRio e o Sindicato dos Médicos.Já o Conselho Regional de Medicina

(Cremerj) informouque vai apurar amor-te. Na nota, a entidade afirma que, apesar

da greve, o atendimento na emergênciados hospitais federais está sendo prestadonormalmente. A Defensoria Pública daUnião no Rio, por sua vez, pediu ontemexplicações ao diretor José Leôncio sobreoqueaconteceucomofotógrafo.Odefen-sorDanielMacedo requisitouque, nopra-zo de até 72 horas, o hospital explique oprocedimentoadotadonocasodealguémprocurar socorro no INC. Também pediuonúmerodeprofissionais que estavamdeplantão e quantos estão em greve.

AMIGO DENUNCIA OUTRO CASOA viúva do fotógrafo, a programadora vi-sual CecíliaMarigo, de 69 anos, que viveupor mais de 40 com ele, afirmou que éprecisodenunciar odescaso comque seumarido foi tratado pelo hospital. Ela disseque a família vai procurar o MinistérioPúblico para processar o governo:— Um amigo, o fotógrafo Rogério Reis,

me ligou contando que também teve uminfarto em frente a essemesmohospital enão foi atendido. Existe uma lei que obri-ga qualquer hospital a prestar socorro aquemestiver emriscodemorte,masnin-guémfoiolhá-lo.Ele ficou lá, agonizando.Não sei se ele teria sobrevivido, mas nãoter sido atendido é revoltante.Emocionado, o filho do casal, o desig-

ner e ilustrador Gustavo Marigo, de 32anos, agradeceu o apoio de amigos eanônimos, especialmente do motoristaAmarildo, e tambémdisse estar indigna-do com o descaso dos médicos do INC.—Ohospital recusar ajuda é revoltante.

Todo médico faz aquele juramento, cujosentido é ajudar, mas faltou a consciênciaque o motorista, passageiros e pedestrestiveram. É preciso divulgar esse descasocomavidahumana—disse,duranteove-lóriodopai,noCemitérioSão JoãoBatista.O fotógrafo João Roberto Ripper tam-

bém cobrou rápida apuração dos fatos:— Um hospital público não pode

deixar uma pessoa morrer sem qual-quer atendimento. O que aconteceufoi um absurdo. l

ANACLÁUDIACOSTA, CÉLIACOSTA,BRUNOAMORIM EEMANUELALENCAR

[email protected]

Motorista de ônibus aindase mostra indignado coma falta de atendimento

AMARILDO GOMES

‘A demora o levouà morte’

Motorista de ônibus há 30 anos,Amarildo Gomes, de 49 anos,passou o dia de ontem indignado.Foi ele quem levou Luiz ClaudioMarigo até o InstitutoNacional deCardiologia e tentou, em vão, queele recebesse atendimento. ParaAmarildo, se o socorro ao fotógra-fo tivesse sido imediato, ele aindapoderia estar vivo.— A demora o levou à morte.

Em um momento, ele voltou arespirar — contou o motorista,que é casado, pai de três filhos eavô de umamenina.Nascido em Linhares, no Espírito

Santo, com4anosAmarildo semu-dou com os pais para Benfica, noRio, onde cresceu. Hoje mora emCascadura e considera passageirosque pedem carona um dos ladosmais estressantes de sua profissão.— Já fui assaltado e sofri tentati-

vas também. Há muitos anos,quandoaindaera cobrador eprati-cava caratê, eu reagi quando umrapaz me exigiu dinheiro, mas nãomostrou arma alguma. Eu me de-fendi e ele fugiu. Atualmente nãoreajo mais. Há poucos meses, doishomens fizeram sinal quando oônibus passava pelo Grajaú e merenderam com uma arma de fogo.Levaram todo odinheiro da cobra-dora, além do meu celular e de al-guns passageiros— contou. l

Perfil

GABRIEL DE PAIVA

Revolta. Amarildo: tentativa de socorro

| Opinião |

HOMICÍDIO

A SAÚDE é um serviço essencial,regido por normas em caso de gre-ve, a fim de que, em hipótese algu-ma, haja risco para a vida e a segu-rança do cidadão.

O CONTRÁRIO do que ocorreu nocaso do fotógrafo Luiz ClaudioMarigo, que morreu num ônibus,em frente ao Instituto de Cardiolo-gia, devido à falta de atendimentopor médicos de braços cruzados.

UM TRÁGICO episódio que exigeinvestigação policial séria, paracobrar responsabilidades, inclusivecom o possível enquadramento deculpados por homicídio.

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120

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“O trânsitoésempreonossomaior inimigo”.AafirmaçãoédopresidentedoSindicatodosMotoristasCondutoresdeAmbulânciadoEstadodoRio,RobsonMelo,quegarante:o tráfegopesado temtornadocadavezmaisdifícilsalvar vidas.Aangústia,dizele,aumentanoshoráriosde rush,sobretudoemviasexpressas, comoaAvenidaBrasil eas linhasAmarelaeVermelha.

— A maior parte dosmotoristas tem boavontade e tenta abrircaminho quando ouve asirene. Mas, às vezes, otrânsito é tão ruim quemuitos não conseguem.

Na segunda-feira, aequipe do Samu levou20 minutos do quarteldos bombeiros doHumaitá até a porta doInstituto Nacional deCardiologia, parasocorrer Marigo. Nãohouve relato deengarrafamento,segundo o Samu. Otempo foi próximo dameta de 15 minutos,fixada pelo Ministérioda Saúde.

O TRÂNSITOCOMO VILÃO

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mais umdocumento do passado”, dizia.Sua descoberta da natureza aconteceu

muito jovem, em Copacabana, em in-cursões pelas encostas dos morros próxi-mosàsuacasaenasbrincadeirasnapraia.Essa paixão foi incorporada ao seu tra-

balho nos anos 1980, quando conheceuo biólogo JoséMárcio Ayres, que estuda-va primatas amazônicos. Foi, então, visi-tar a área de estudos do biólogo no LagoMamirauá para fotografar o macaco ua-cari-branco. Dessa amizade resultouuma longa colaboração. Juntos, propu-seramaogoverno federal, em1985, a cri-ação da Reserva Mamirauá, decretadaem 1990. Desde então, passou a atuarcomo fotógrafo na reserva.Chocadocomamortedoamigoecoma

forma como tudo aconteceu, o fotógrafoFrederico Mendes falou emocionado docompanheiro de adolescência, “uma pes-soacarinhosaebrincalhona,umamantee

defensor domeio ambiente":— Éramos fotógrafos de aventura.

Mas ele se dedicou à natureza comuma paciência incrível para captar abeleza. Marigo realmente se preocu-pava com omeio ambiente.Entre suas influências, Marigo ci-

tava os fotógrafos Ernst Haas, EliotPorter e Eric Hosking, além dos es-critores Guimarães Rosa e Thiago deMello e a música de Heitor Villa-Lo-bos, em especial “Bachiana nº 4” e“A Floresta do Amazonas”.Luiz Cláudio deixa viúva, a progra-

madora visual e editora Cecília Ma-rigo, de 69 anos, e dois filhos, Gusta-vo e Vitor.—LuizCláudio era umapessoa ex-

tremamente ética. Gostava de passaro conhecimento adiante, sem egoís-mo.Meumarido era uma lição de vi-da — disse Cecília. l

Câmera, arma em defesa da naturezaMarigo se destacou porretratar ecossistemas eanimais ameaçados

ARQUIVO PESSOAL

Câmera e ação.Marigo contribuiu para a criação da Reserva Mamirauá, decretada em 1990

LIÇÃODEVIDA

Amantedanatureza,o fotógra-fo Luiz ClaudioMarigo dedi-cou a vida a retratar ecossis-temas e espécies brasileiras,

dando ênfase à preservação do meioambienteeaanimaisameaçadosdeex-tinção. Ele notabilizou-se por trabalhospara revistas como a “Geográfica Uni-versal" e para os álbuns de cromo dochocolate Surpresa, da Nestlé, respon-sável por influenciar “milhares de cri-anças em todo o Brasil, despertandoseu interesse sobre nossa fauna", comoafirmou o fotógrafo em seu site.Em 1983, ganhou o Prêmio Jabuti

com o livro “Jardins e Riachinhos”,com texto de Guimarães Rosa. Em2011, Marigo foi premiado nova-mente, com o primeiro lugar pelo li-vro “Fotografias da Natureza”. Comoafirmava em seu site, acreditava quea função social do seu trabalho erachamar a atenção da opinião públicapara a “tremenda riqueza de formasde vida” no país, produzindo um co-nhecimento mais amplo sobre essabiodiversidade.“Acredito que a qualidade e a bele-

za das fotografias são essenciais paraatrair o olhar das pessoas e conquis-tar seus corações, aumentando as-sim o número daqueles que defen-dem a natureza. Espero que o meutrabalho transmita a mesma alegriae emoção que sinto nos ambientesselvagens e que as minhas fotografi-as não se transformem apenas em

BRUNOAMORIM

[email protected]ÉLIACOSTA

[email protected]

RAFAELGALDO

[email protected]

Chefe do setor de emergência doHospital Samaritano, clínico critica a postura

de instituto na morte do fotógrafo

LUIS FERNANDO CORREIA

‘Como médico do Rio,fiquei envergonhado’

lQual a sua opinião sobre ofato de o instituto não teratendidoMarigo?É extremamente lamentá-

vel. Comomédico do Rio, fi-quei envergonhado. É umfato que não tem justificati-va. O ônibus parou na portado hospital. Ninguém tinhaque fazer grandes movi-mentos para chegar. Ne-nhum cidadão, do ponto devista ético e moral, pode seeximir de prestar socorro.Muito pior quando se tratade umprofissional capacita-do, que está exercendo suaprofissão, dentro do hospi-tal, de jaleco e crachá.

l Testemunhas disseramque a alegação foi de que ohospital não tinha emer-gência. Isso se justifica?Essa foi a desculpa oficial.

É uma unidade com ambu-latórios de cardiologia, fre-quentado por pacientes car-diológicos. Quer dizer quese fosse umpaciente a cami-nho de uma consulta numlaboratório (do instituto)não seria atendido? O quefariam? Quem está no hos-

pital, seja em que posiçãoestiver, além de ser um pro-fissional de saúde o tempotodo, está exercendo umafunção de ofício. Tem obri-gação de atender, seja omé-dico, o enfermeiro, o técni-co de enfermagem... Nessecaso, precisava um profissi-onal de saúde sair, provi-denciar o transporte da pes-soa para dentro do hospitalcom segurança. Podia atéser que não fosse um pro-blema solucionável. Mas (ofotógrafo) nunca poderiamorrer sem atendimento.

l Em nota, o hospital afir-mou ainda que não houvetempo para o atendimento.Se um outro grupo (os

bombeiros acionados por te-lefone) chegou em 20 minu-tos, como não houve tempo?Nem que ele (Marigo) fossecarregado no braço. Isso ago-ra é com o Conselho Regio-nal de Medicina (Cremerj),para avaliar o caso do pontode vista de relação médica. Epara a Justiça comum. Infe-lizmente, (os responsáveis)vão ter que responder civil-mente como cidadãos, etambém como profissionais,com seus conselhos. l

Corpoacorpo

MORTEEMFRENTEAHOSPITAL_

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14 l O GLOBO l Rio l Quarta-feira 4 .6 .2014

FOTOS DE PEDRO KIRILOS

Chegar ao Colégio Estadual Waldemiro Pitta, nodistrito deMonte Verde, emCambuci, noNoroestedo estado, não é tarefa fácil: o principal caminho éuma estrada tortuosa, de terra batida, que em diasde chuva fica praticamente intransitável. Sinal decelular, nempensar.Mas, no quarto e últimodia dasériede reportagens “ORioqueoRionãoconhece”,O GLOBO mostra que essa escola, localizada nosconfins deuma inóspita zona rural, foi nadamenosdo que a melhor da rede pública do estado e a se-gundamelhor do país na avaliação do último Índi-ce deDesenvolvimento da EducaçãoBásica (Ideb),em2011, comnota 7,8. Para completar, ainda ficou,no ano passado, com o Prêmio Gestão Escolar doestado, concedido pelo Conselho Nacional dos Se-cretários de Educação (Consed) a boas práticas deensino.Comapenas14.829habitantes, omunicípioainda tem a segunda melhor escola pública do es-

tadoe terceiradopaís noúltimo Ideb: oColégioEs-tadual Oscar Batista, com 7,7.Foi numa sexta-feira do mês de maio que re-

pórteres do GLOBO estiveram na WaldemiroPitta. Era hora do almoço e, no refeitório, pri-meiro tocou uma música sertaneja no rádio e,depois, começaram a ser ouvidos os batuquesdo ensaio da banda da escola. A diretora Neili-any de Campos Manhães Marinho define o cli-ma na unidade, que tem 268 alunos de ensinomédio e fundamental:— A semana toda já é de tanto estudo, que

sexta-feira é dia de pensar no sábado.

PAI SE FORMA NO ENSINO MÉDIOE foi assim, com descontração, mas muito traba-lho, que a diretora conseguiu alcançar um rendi-mento tão alto, num lugar com as característicasde Cambuci. A cidade está em o 65º lugar noranking de Índice de Desenvolvimento Humano(IDH) entre os 92 municípios do estado. E, numdistrito como Monte Verde, que possui não maisdo que 2 mil habitantes, o colégio acabou se tor-nando referência não só para a vida dos própriosalunos, como para a de seus pais.— Já tivemos um Ideb de 4,5 em 2007. Fizemos

então um trabalho intenso de combate à evasão,trazendo os pais dos alunos para voltar a estudar,no períodonoturno. Sema ajuda deles, da comu-nidade, eu não conseguiria fazer a manivela daescola girar tão bem— afirma Neiliany.

Um dos exemplos é José Luiz de França, de 48anos, que tem dois filhos na Waldemiro Pitta, umcom 15 e outro com 17. Desde 2010, ele, que só ti-nha cursado até o 5º ano do ensino fundamental,retornou à sala de aula e conseguiu se formar noensinomédio:—Foimuito bom. Eu fazia até uma competição

saudável commeus filhos para ver quem tirava amelhor nota.Apesar de estar numa área sem sinal de celu-

lar, a escola tem computadores com internet eaté uma padaria própria. O cuidado está em ca-da detalhe: salas como a de cinema têm na por-ta nomes de moradores locais, para homenage-ar quem fez história por ali.Umaoutra iniciativa importante foi a implemen-

tação de umcurso de formação de professores pa-ra aproveitar os alunos que estavam se formandoe, em muitos casos, iriam trabalhar na lavoura.Douglas Parreira Braga Garcia, de 20 anos, for-mou-seno ensinomédio em2010,mas se viu compoucas perspectivas. Tentou a vida emoutrosmu-nicípios onde acabou em subempregos e caiu emdepressão. Viu naWaldemiro Pitta um recomeço.— Voltei ao colégio eme descobri no curso de

formação de professores. Já faço estágio e agoraquero fazer Letras, numa faculdade em Itaperu-na. Quero fazer a diferença — diz ele.Já no Colégio Estadual Oscar Batista, que fica a

cerca de 20 minutos de distância do WaldemiroPitta, o grande foco do diretor Obede Peres tem

sidoo combate à repetência. A escola também te-ve uma evolução impressionante no Ideb, saindode3,3 em2007para 7,7 em2011.O índice leva emconta provas deportuguês ematemática, alémdaaprovação dos alunos. Há 393 estudantes matri-culados. Este ano, 56 foram contemplados comtablets pela Secretaria estadual de Educação porestarem entre os de melhor rendimento em pro-vas aplicadas na rede no ano passado.— Primeiro, combatemos a evasão, fiz de tudo

para que os pais viessempara a escola ajudar seusfilhos, fiz até sorteio de prêmios para quem com-parecesse às reuniões. Depois, atuamos na repe-tência, com reforço escolar e projetos de leitura.Quando eu estava na 8ª série, não aprendia a divi-dir de jeito nenhum, mas tive apoio de colegas enão repeti. Tomei gosto pelamatemática e hoje vi-rei professor. A repetêncianão fazbemaoaluno—avalia Obede. l

Com baixo IDH, cidade dá aula de superação com as duasmelhores escolas públicas do Rio

RUBENBERTA

[email protected]

A LIÇÃO DE CAMBUCIDOS CONFINS DO ESTADO PARAO 1º LUGAR NA EDUCAÇÃO

ORIOQUEORIONÃOCONHECE_

Vitória. A diretora do Colégio Estadual Waldemiro Pitta, em Cambuci, Neiliany de Campos: esforço levou unidade a obter nota 7,8 no Ideb de 2011, garantindo o primeiro lugar entre as escolas do estado e o segundo no ranking do país

BB O RIO QUE O RIO NÃO CONHECE

DOMINGOCarmo, a cidade commenos homicídios, e a divisaRio-MinasSEGUNDASumidouro, o menor IDH tem caos habitacionalONTEMVarre-Sai, a cidademais distante acumula obrasparadas

I magine uma cidade que temuma fazenda em pleno centro,com 112 alqueires, produção deleite, gado de corte e até de ca-

chaça artesanal. Essa é uma realidadequenemestá tão distante assim: a cer-cade três horasdoRio e aumahoradeNova Friburgo, está Macuco, a cidadeque possui a menor população em to-do o estado. De acordo com o Censo2010 do IBGE, são 5.269 habitantes,que vivem realmente uma vida de in-terior. O município gira basicamenteem torno da cooperativa de leite, fa-mosa pelamanteiga, e que fornece atéum queijo exclusivo para o badaladorestaurante Antiquarius. Boa parte dos250 funcionários vai a pé para o traba-lho. Ou, nomáximo, de bicicleta.— O custo de vida é baixo, pratica-

mente não há gastos com transporte.Quem ganha um salário de R$ 1,5mil aqui consegue viver muito bem,uma vida tranquila — garante Sílvio

Marini, presidente da cooperativa queprocessou 44,6 milhões de litros de lei-te no ano passado e já abriu até uma fi-lial em Quissamã.Aline Matias Tupini, de 35 anos, que

está há 18 anos na cooperativa, atual-mente no setor financeiro, conta quetodos os dias vai almoçar em casa, ge-ralmente a pé, leva a filha na escola edepois retorna para o trabalho:— Aqui, a gente pode deixar o filho

brincando tranquilo na praça. E, se qui-ser um lugar mais agitado, tem cidadescomo Friburgo bem próximas.Dono da Fazenda Casa Branca, que fi-

ca cercada pelo bairro conhecido comoVolta do Umbigo, Julio Cesar Faria Limadiz que ter as terras no meio da cidadetem suas vantagens e desvantagens:— Estou bem perto, por exemplo, das

lojas de produtos veterinários, da pró-pria cooperativa, mas em compensa-ção tenho centenas de pessoas comovizinhas — brinca. l

Macuco temfazenda nocentro dacidade

No campo. Fazenda na cidade de Macuco é cercada por bairro de residências

AMENORPOPULAÇÃO

Rotina de município da RegiãoSerrana gira em torno dacooperativa de leite

Cambuci

SP

MG

Rio de Janeiro

Cambuci

MG

Rio de Janeiro

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Quarta-feira 4 .6 .2014 l Rio l O GLOBO l 15

Fotos:Ag

ência

OGlobo.

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16 l O GLOBO l Rio l Quarta-feira 4 .6 .2014

GATÃODEMEIA-IDADE MiguelPaiva

Estado: projeto parareajuste na educaçãoPromessa é feitadurante audiênciacomgrevistas noTribunal de Justiça

O governo estadual se com-prometeu, ontem, durantereunião no Tribunal de Justiçado Rio, a apresentar projeto dereajuste salarial dos professo-res. A presidente do TJ, desem-bargadora Leila Mariano, pre-sidiu a audiência de concilia-ção que reuniu representantesdo estado e do Sindicato Esta-dual dos Profissionais da Edu-cação do Rio (Sepe). Um dospontos acordados foi que o es-tado enviaria à Assembleia Le-gislativa, até o dia 30 destemês, um projeto de lei com ositens relacionados à campa-nha salarial da categoria.Os representantes do Sepe,

por sua vez, afirmaram queiriam informar os grevistas

sobre a proposta, em assem-bleia marcada amanhã, e seempenhariam para que osservidores paralisados voltas-sem às salas de aula.As partes decidiram ainda

agendar uma nova audiên-cia, com data ainda não defi-nida, onde será discutido opercentual de reajuste queserá apresentado pelo gover-no e os demais itens da pautade reivindicação dos grevis-tas. Também será discutida arevisão das consequênciasjurídicas das anotações deponto decorrentes da parali-sação.Enquanto o encontro acon-

tecia no TJ, cerca de 200 mani-festantes interditaram, à noite,por cerca de uma hora e meia,a Rua Primeiro de Março. Ape-sar da baixa adesão, os profes-sores e profissionais de ensinodo estado e município man-têm uma paralisação desde odia 12 de maio. l

Legislativo pagaráR$ 65,8milhões por área

na Cidade Nova

A Câmara dos Vereadores fe-chou um acordo com o Fun-do Previdenciário dos Servi-dores do Município (Funpre-vi) e com a prefeitura para aconstrução de uma nova sededo Legislativo, na Cidade No-va. O terreno escolhido ficana Rua Ulysses Guimarães,próximo ao Centro Adminis-trativo da prefeitura, hojeocupado pela Empresa Olím-pica Municipal e pelo ComitêOrganizador dos Jogos Olím-picos (2016). Em troca daárea, a Câmara pagará R$65,8 milhões ao Funprevi etambém dará o prédio anexoao Palácio Pedro Ernesto, naCinelândia, e terrenos quehoje são utilizados como es-tacionamento na Rua dos Ar-cos. No acordo, a prefeituratambém entrou como parce-ria, cedendo um prédio naRua Júlio do Carmo ao Fun-previ.O presidente da Câmara,

Jorge Felippe (PMDB), expli-cou que a ideia émanter o Pa-lácio Pedro Ernesto em funci-onamento como uma espéciede museu da memória políti-ca da cidade. O local tambémseria preservado para vota-ções de projetos considera-dos de maior relevância oucerimônias especiais. Aindanão há data para a nova sedeser erguida. Pelo acordo, oLegislativo só tomará posseda área após as Olimpíadas. Eterá quatro anos para cons-truir a nova sede.— Os R$ 65,8 milhões serão

pagos à vista e sairão de umfundo da Câmara — disse Jor-ge Felippe. l

Câmarafecha acordopara ternova sede

Quem anuncia nos Classificados do Rio pode estar no Globo,no Extra, no smartphone, no tablet e na web.

Hoje, no ateliê de Isabela Capeto, no Horto,haverá mostra da joalheira Vera Cortez.“Signos de Camões”, de Luis Maffei, editadopela Oficina Raquel, está entre os semifinalis-tas do Prêmio Portugal Telecom.AdrianaBarreto abre a exposição “Extensõesdo corpo na cidade do Porto”, em Portugal.DanielGiotti e Felipe Asensi lançam hoje livro deDireito Constitucional no Ministério da Fazenda.RafaelBussièredoescritórioCamposMelloestánaComissãodeDireito ImobiliáriodaOAB/RJ.Solar deBotafogo recebe o show “CláudiaRamos canta Vinicius” de sexta a domingo.Pathisa fecha parceria com a Pulseiritchax.Greenday faz coletiva de imprensa do projetoDream Football com o português Figo, dia 14.A revista “Justiça&Cidadania”, criadaporOrpheuSalles, completa15anos.

UZonaFranca

Cota de prestígioO escritor Flávio Moreira da Costa

entrou nesta polêmica em torno daunião de Carmen Balcells e AndrewWylie, que eram individualmente osdois maiores agentes do planeta:—Meus 50 anos de vivência editorial e

literáriame dizemque... essa união vaiter efeitos no Brasil, claro. Oitenta porcento das atividades das agências são devenda para nossos editores, amaioriaesmagadora dependente de livrosestrangeiros. Basta ver nossas listas demais vendidos. Quase todos os agentesdaqui têm autores brasileiros como cotade prestígio. O que interessa a elasmesmo é a venda de fora para cá.

‘Gente humilde’Levantamento do Ecad revelou que

“Gente humilde”, “Anos dourados” e“Retrato em branco e preto” são, nessaordem, as três músicasmais regravadasdo quase setentão Chico Buarque.No total, são 930 regravações.

Machos de hojeAcredite: 72% dos brasileiros gostam

de cozinhar para a família. É o que diz apesquisa “Eles”, um estudo feito pelaAbril/Instituto Vox com 5.545machos.Vocês cá da capital me adesculpem

essa expressão, mas em Frei Paulo...

No país dos aiatolásVeja o que

está à vendaem uma tendano famosobazar da cidadede Shiraz, noIrã: lingeriescitando oBrasil.Quer dizer...

Brazil!

Casal homoafetivoA PM do Rio anunciou o casamento

entre uma soldado e uma civil. Ainformação saiu no boletim dacorporação de 30 de maio passado. Éque a soldado ganhou oito dias defolga por “contrair núpcias”.Que sejam felizes!

Manjar dos deusesA editora Bem-Te-Vi, de Vivi Nabuco

e que tem Sebastião Lacerda comodiretor executivo, lançará, emsetembro próximo, um guia sobre osrestaurantes da cidade do Rio.Rodolfo Garcia e Luciana Plaas são

os autores.

O Sputnik do PaesSabe aquele objeto gigante não

identificado que jaz na Praia da Barra,ali perto da Av. Ayrton Senna? Umaleitora garante que não se trata deOvni, e sim da carcaça de um navioque pegou fogo no local em janeiro.Passados cinco meses, a Comlurb

ainda não foi lá recolher o trambolho.

Gabo na SapucaíRosaMagalhães, a grande carnavalesca,

estreará na São Clemente comum temaemhomenagem a seumestre, FernandoPamplona.Mas vai celebrar tambémGabriel GarcíaMárquez (1927-2014).O enredo “A incrível história do

homem que só tinhamedo daMatitaPereira, da Tocandira e da Onça Pé deBoi” faz referência à “A incrível e tristehistória da Cândida Erêndira e sua avódesalmada”, de Gabo.

LAURA ANTUNES

A foto é de ontem. Veja como está tinindo, como diria aquele antigo locutor, otapete verde do Maracanã, quase pronto para que as seleções “adentrem ogramado do maior templo do futebol mundial”. A Greenleaf, empresa responsávelpela manutenção do gramado, aplicou duas toneladas de sementes de grama deinverno importadas da Dinamarca e 40 toneladas de areia especial por 48h no fimde semana passado. A ideia era fortificar a grama. Amanhã, as linhas do campo edo círculo central serão pintadas, e as traves, devolvidas ao local. Maravilha! l

TAPETE VERDE DO MARACA

FOTO DO LEITOR

ANCELMOGOIS

www.oglobo.com.br/ancelmo

ANACLÁUDIAGUIMARÃES, DANIELBRUNET,JORGEANTONIOBARROS,MÁRCIAVIEIRA E JOSÉFIGUEIREDO

Au, au, au!A poucomais de uma semana da

Copa, o aeroporto de São Gonçalodo Amarante, na Grande Natal, jáestá pronto. Mas ainda falta, porexemplo, uma certificação da Anvisa.A agência implica com a

localização do... canil (é issomesmo).

Mea culpa, mea maxima...A Rádio Fifa diz por aí que a

multinacional do futebol, num ato decontrição, deve criar um fundo, a seradministrado pela CBF, de US$ 120milhões para ser investido no futebolbrasileiro após a Copa doMundo.A conferir.

Qual cisne branco...AMarinha, que teria ficado

amuada pelo papel secundário naJornada da Juventude, conseguiuvaga na Copa.Um navio, por exemplo, ficará no

litoral da Vila de Santo André, naBahia, protegendo a seleção alemã,que chega domingo.

Lula e Aécio, juntosO estilista Ricardo Almeida parece

até Roberto Kalil Filho, ocardiologista que atende os figurõesdo PT e do PSDB. O da tesoura seprepara para renovar o guarda-roupade Lula e de... Aécio Neves.

Tristes trópicosNo guia do torcedor que o governo

francês está distribuindo para os quevêm para a Copa, há recomendaçãopara andar sempre com notas de R$20 ou R$ 50 a postos.É para entregar em caso de

assalto. Ah, bom!

Faz sentidoDeNana Caymmi, durante um

show no Teatro Popular de Niterói,para umpai, na plateia, cujo filho nãoparava de chorar: “Dá umbiscoitinhopra ele. Com fome, criança não aturanem a Ivete Sangalo.”

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Quarta-feira 4 .6 .2014 l Rio l O GLOBO l 17

Medidas adotadas na área daeducação foram o principal fatorpara o Rio subir três posições noranking do Índice Firjan de De-senvolvimento Municipal(IFDM) 2014, quando considera-das as 92 cidades do estado. OIFDM, que tomou por base osdados de 2011 — os mais recen-tes disponíveis— foi produzido apartir dos indicadores de saúde,educaçãoeempregoerenda.En-tre 2010 e 2011, o índice de edu-caçãodoRio subiu6,8%, levandoa cidade a ocupar a quarta posi-çãogeral (0,8049),perdendoparaNova Friburgo, Volta Redonda eResende, que agora lidera com amelhor média, com 0,8349.Quanto mais próximo de 1, me-lhor o IFDM.Segundo Jonathas Goulart, es-

pecialista em desenvolvimentoeconômico do sistema Firjan, oIFDM, com recorte municipal eabrangência nacional, leva emconsideração seis aspectos paraavaliar a educaçãonosmunicípi-os: o número de matrículas naeducação infantil, a taxadeaban-dono no ensino fundamental, adistorção idade/série, a propor-ção de docentes com ensino su-perior, amédia de horas de aulaseanotano ÍndicedeDesenvolvi-mento do Ensino Básico (Ideb).No ranking das capitais brasilei-

ras, o índice geral do IFDM doRio ocupa a 9ª posição.—A educação teve um impac-

to maior no índice final do Rio eisso acabou alterando positiva-mente a sua posição no rankinggeral— diz Goulart.A secretáriamunicipal de Edu-

cação, Helena Bomeny, explicaqueoRio vemadotandoumasé-rie demedidas, comoo acompa-nhamento sistemático do de-sempenho de escolas, alunos eprofessores. O avanço no índiceseria resultado dessas políticas:— A prefeitura do Rio vem há

alguns anos focandono aprendi-zado dos alunos. E isso começanos primeiros anos. Entendemosque um aluno bem alfabetizadoterá menos problemas na suatrajetória escolar.A criação de currículo único,

a produção de material peda-gógico e a aplicação de provasbimestrais permitem, segundoa secretária, uma ação rápida,caso haja algum problema.De acordo com o IFDM, Re-

sende, Volta Redonda, NovaFriburgo eRio apresentam índi-ce geral considerado de alto de-senvolvimento. Na outra pontaestão Japeri (em último lugar,com 0,4831), Santa Maria Ma-dalena, São Sebastião do Alto,Varre-Sai, Queimados, CardosoMoreira, Laje de Muriaé, Bel-ford Roxo, Cambuci e Nilópoliscom osmais baixos IFDM. l

Rio avança trêsposições no rankingde desenvolvimentoEducação foi principal fator paralevar a cidade ao 4º lugar naavaliação produzida pela Firjan

FÁBIOVASCONCELLOS

[email protected]

Hojenaweb

oglobo.com.br/rio

l ACIDENTE NA PONTE:Caminhão fica pendurado apóstombar na via; confira afotogaleria

l MANIFESTAÇÃO: Veja asimagens do ato de professoresno Centro.

l YURI, O CÃO FEIO: Animal éadotado e ganha harém; veja ovídeo.

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Diferentemente do que foipublicado na reportagem“Expertise da sala de aulacontra o analfabetismo", naedição do dia 1º de junho, onome da nova secretáriamunicipal de Educação éHelena Bomeny. l

Correção

ANUNCIOU, FALOU COM TODO MUNDOclassificadosdorio.com.br | 2534 4333

MarciusMelhem, MariaClara Gueiros eRicardo Tozziposam nosbastidores dagravação de umepisódio de “Táno ar”, da TVGlobo

GARANTIADE BOASRISADAS

TV GLOBO/JOÃO MIGUEL JÚNIOR

Maria Rita, a cantora, recebe o abraço de GlóriaPires, a grande atriz, após o show de sua turnê“Coração a batucar” no Citibank Hall, no Rio.Lançado em abril, o álbum já vendeu mais 40 milcópias. Que sucesso!

NOEMBALODO SAMBA

ALEX PALAREA

Para lembraros 90anosdaColunaPrestes, será lançado, sexta agora, “Ojaguncinho”, deFláviaPortela.Ahistóriagira emtornode lendasque seformaramnaépoca, comoadeummenino salvodemorrer afogadoporumpeixe gigante (vejauma ilustraçãodo livro infantil).Outra lendadizqueaColunanãousavabarcospara atravessar rios comooVelhoChico.Umamisteriosa armaçãoe redeabririampassagemsobreáguas.AlgoparecidoocorreunoMarVermelhocomMoisés.

UUmpingodeHistória

ILUSTRAÇÃO DE LU MARTINS

e-mail: [email protected]: [email protected]

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18 l O GLOBO l Rio l Quarta-feira 4 .6 .2014

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SUL

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LAGOS

SERRANA

NORTE

Viscondede Mauá

BarraMansa

VoltaRedonda

Angrados Reis

Paraíbado Sul

Barrado Piraí

Resende

Mangaratiba Rio deJaneiro

Niterói

Maricá Saquarema

Araruama Cabo Frio

BúziosSilva Jardim

Rio dasOstras

São Franciscode Itabapoana

Bom Jesus doItabapoana

Santa MariaMadalena

Casimirode Abreu

Cachoeirasde Macacu

NovaFriburgo

Macaé

Petrópolis

Duquede Caxias

Valença

Paraty

Teresópolis

CamposSão Fidélis

Itaperuna

Porciúncula

Santo Antôniode Pádua

São Joãoda Barra

RIO PrevisãoPROBABILIDADE

DE CHUVASENSAÇÃO

TÉRMICA/RIOZONAOESTE

ZONANORTE

ZONASUL

BRASIL

Ontem

Mínima Máxima

Campo Grande

Cuiabá

Boa VistaBoa VistaMacapá

Teresina

Palmas

Fortaleza

São LuísBelém

Goiânia

Aracaju

JoãoPessoa

Recife

Maceió

Natal

Florianópolis Curitiba

Rio Branco

Porto Velho

São Paulo

Rio de Janeiro

Belo Horizonte

Vitória

Salvador

Porto Alegre

BrasíliaBrasília

Manaus

Teresina

Palmas

Belém

Porto Velho

Manaus

Máx.AMÉRICA DO SUL Mín.

Hoje Amanhã

AssunçãoBogotáBuenos AiresCaracasLa PazLimaMontevidéuQuitoSantiago

Máx.Mín.

AMÉRICA DO NORTE/CENTRALCid. do MéxicoHavanaLos AngelesMiamiMontrealNova YorkOrlandoWashington DC

EUROPAAmsterdãAtenasBarcelonaBerlimBruxelasFrankfurtGenebraLisboaLondresMadriMoscouParisRoma

JerusalémPequimTóquio

ÁFRICACairoJohannesburgo

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37˚/40˚ 34˚/36˚ 31˚/33º 28˚/30˚ 25˚/27˚ 22˚/24˚ 18˚/21˚ 13˚/17˚ Abaixode 12˚

PREVISÃO

Sol Sol com pancadasde chuva

Nubladocom chuvas

Chuvas comtrovoadas

GeadaNubladoParcialmentenublado

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23°

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15°15° 27°27°27°

22°22° 33°33°

23°23° 32°32°

24°24° 29°29°

23°23° 32°32°

23°23° 34°34°

24° 32°

24° 29°23° 31°

22° 33°

23° 32°

21° 29°

14° 24°

17° 26°

12° 27°

8° 22°

4° 18°10° 21°8° 21°

21° 33°

16° 29°

17° 28°

23° 31°

31°

22° 30°

22° 29°

19° 29°

23° 30°

24° 32°

23° 34°

23° 32°

22° 32°

15°

Uma frente fria causachuva forte na Bahia. Sole pancadas de chuva noNorte, no oeste da RegiãoSul e no litoral doNordeste. Sol no restantedo país, ainda com frio erisco de geada no Sul e noSudeste.

A massa de ar seco polar queganha força favorece a diminuiçãode nebulosidade e deixa o tempofirme em todo o estado. O solpredomina, mas faz frio,principalmente nas serras.

Ventos

HoraAltura

Maré

Praias

Ondas

PoenteNascente

Sol

Minguante NovaCheiaCrescente

Lua

MG

Vento de norte a sudeste/leste, entre8km/h e 25km/h. Rajadas de até 45km/h.Pressão atmosférica de 1.017hPa.

Baixa Alta

1h55m0,6m

6h44m1,0m

Baixa Alta

14h03m0,4m

19h33m1,0m

Ondas de 1m a 1,5m, com séries maiores.Ondulação de sul. Melhores locais:Grumari, Prainha e Macumba(informações Ricosurf).

Impróprias (informações Inea): Flamengo,Botafogo, Urca, Arpoador, Ipanema,Vidigal, São Conrado, Pepino e Barra(Quebra-Mar e Pepê).

06h27 17h15

13/06 19/06 27/065/06

MASSA DE AR POLAR NO RJ

A

A massa de ar polar trazida pelafrente fria é forte e já deixou amadrugada bastante fria no Rio. Atéontem, o recorde de frio na capitalera de 12°C no dia 29 de abril.

HojeQuintaSexta

Temperatura no Rio (C)

Rio de Janeiro

RJ

ES

SP

13° 24° 12° 27° 12° 26° 13° 26°

15° 27° 14° 30° 14° 30° 15° 29°

17° 28° 16° 31° 16° 31° 17° 32°

18° 25° 17° 28° 18° 27° 19° 27°

15° 26° 14° 29° 14° 28° 15° 28°

17° 28° 16° 31° 16° 31° 16° 31°

18° 24° 17° 26° 18° 25° 18° 26°

Baixa

Baixa

Alta

Baixa

Baixa

Baixa

Alta

HOJE

AMANHÃ

SEXTA

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DOMINGO

SEGUNDA

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12°7°11°18°1°18°12°9°2°

20°16°17°28°14°23°17°20°7°

18°6°9°19°2°18°13°10°3°

26°16°14°29°14°22°16°20°10°

11°24°12°22°9°16°18°16°

23°29°29°30°26°28°30°26°

12°22°13°23°10°14°20°16°

24°30°28°32°19°25°32°26°

13°16°13°11°10°9°5°13°10°14°11°9°15°

18°20°24°24°18°20°18°22°16°28°29°18°24°

11°17°14°11°9°7°2°10°5°14°12°5°13°

16°25°23°21°18°20°20°24°18°28°31°20°24°

CCSSSSCCS

SCSSCCSS

CCSCCCSC

CCSSCCCSCSSCS

CSSSCSSSCSSSS

39°32°22°

SSS

20°18°18°

34°36°22°

SSC

21°18°18°

43°20°

SS

27°8°

36°20°

SS

22°9°

20°S 9° 19°C 12°

+5h+11h+12h

+5h+5h

+13h

-1h-2h0h

-1h-1h-2h

+1h-2h-1h

+5h+6h+5h+5h+5h+5h+5h+4h+4h+5h+7h+5h+5h

-3h-1h-4h-1h-1h-1h-1h-1h

15,6˚Alto da Boa Vista

25,5˚Saúde

Homem anuncia assassinato pelo FacebookAcusado, que estápreso, postou

mensagemematoumulher horas depoisFoi preso o homem que con-fessou ter matado a própriamulher a facadas por causade uma supostatraição, no últi-mo domingo, emSenador Camará,na Zona Oeste dacidade. Confor-me informou osite G1, antes depraticar o crime,Franque Nasci-mento dos San-tos antecipou nainternet que iria em busca devingança. Na mensagem,postada no dia do assassina-to em seu perfil no Facebook,ele também declarou amor

ao filho de 2 anos que tevecom a vítima, Juliana deMeloMoreira, de 23 anos. “Filhopapai te ama mamae trai pa-gou safada vai more hoje(sic)”, escreveu o acusado.O texto foi alvo de críticas e

mensagens de revolta e in-credulidade de amigos docasal. Até o fim do dia de on-

tem, a mensa-gem havia sidocompartilhada219 vezes.Segundo a Po-

lícia Civil, Fran-que se entregouno mesmo diado crime. Deacordo com ospoliciais, ele foiaté a 33ª DP (Re-

alengo) e confessou ter dadotrês facadas no pescoço damulher. Transferido para aDivisão de Homicídios,Franque contou aos agentes

que não tinha provas da trai-ção de Juliana, apenas sus-peitas. Franque também te-ria confirmado aos policiaisque postou a mensagem narede social.Ainda segundo a Polícia

Civil, Juliana foi encontradamorta na residência do ca-sal, na Estrada do Taquaral,durante a manhã. Policiaisrealizaram perícia no local eo acusado foi autuado emflagrante por homicídio. l

REPRODUÇÃO DA INTERNET

Pelo Facebook. Ameaça à mulher feita na rede foi concretizada horas depois

DIA ÚTIL SÁBADO DOMINGO

LARGURA ALTURA

1 col. (4,6 cm) 3 cm1 col. (4,6 cm) 4 cm1 col. (4,6 cm) 5 cm2 col. (9,6 cm) 3 cm2 col. (9,6 cm) 4 cm2 col. (9,6 cm) 5 cm2 col. (9,6 cm) 7 cm2 col. (9,6 cm) 8 cm3 col. (14,6 cm) 4 cm3 col. (14,6 cm) 6 cm3 col. (14,6 cm) 7 cm3 col. (14,6 cm) 10 cm

• Para outros formatos consulte: 2534-4333, de 2ª a 6ª feira, das 8 às 20h.• Loja: Rua Irineu Marinho, 35, Cidade Nova, de 2ª a 6ª feira, das 9 às 18h.• Plantão final de semana / feriados: 2534-5501, Sábado das 10 às 17h.

Sábado das 10 às 16h para demais dias. Domingo das 16 às 19h.Pagamento à vista somente em dinheiro ou cheque.

R$

999,001.332,001.665,001.998,002.664,003.330,004.662,005.328,003.996,005.994,006.993,009.990,00

R$

1.347,001.796,002.245,002.694,003.592,004.490,006.286,007.184,005.388,008.082,009.429,00

13.470,00

PROFº HUGO MARTINS ROQUETTESua família agradece as manifestações de carinho e pesar ocorridas porocasião de seu falecimento e convida parentes e amigos para a Missa de30º Dia, que será realizada quinta-feira, dia 5 de junho, às 19.30h, naParóquia da Ressurreição, Rua Francisco Otaviano, nº. 99 - Copacabana.

Missa de 30ºDia

NAPOLEÃO TOMÉ DE CARVALHOADVOGADO

★★ 21.12.1943 ✝✝ 02.06.2014A família consternada comunica o falecimento do queridoNapoleão. O corpo será velado no Memorial do Carmo, noCaju, hoje, 04/06, a partir das 12h e a cremação ocorreráàs 17h. A família agradece as manifestações de solidariedade.

KARL GERHARD KATZ DE CASTROSua família comunica com muito pesaro falecimento do Querido Geraldo econvida para reza em sua memória nodomingo, dia 08 de Junho, às 17:00h,na Sinagoga ARI. Rua General Severianonº 170 - Botafogo.

MARINA ROCHA DE ARAUJOMissa de 7º Dia

Seu marido Octávio Monteiro de Araujo, seus filhosOctávio, Mauro, Isabele e netos convidam familiares e amigospara a Missa de 7º Dia, em 5 de Junho, às 18:30h, naParóquia Santa Mônica, Leblon.

INALDO DE FARIA NEVES★ 02.03.1924 ✝ 30.05.2014

Sua querida esposa Nisinha, seus filhos Inaldo, Eduardoe Djalma, noras, netos, bisnetos e sua irmã Enilda convidampara a Missa de 7º Dia que será realizada na quinta-feira,dia 5 de junho, às 20:00h, na Paróquia da Ressurreição,Rua Francisco Otaviano, 99 - Ipanema.

BENJAMIMSTERENKRANTZ

É com pesar, que Sonia esposa, Marcos filho, Anitairmã, sobrinhos e cunhados comunicam o falecimentodo nosso amado Benjamim. A família informa que ovelório será realizado dia 06/06/2014, às 9h30 e oenterro ocorrerá às 11h, no Cemitério Comunal Israelitado Caju, a Rua Monsenhor Manoel Gomes, 311.

Bandidos armados roubamcasa de Christiane TorloniDois homens levaram

joias, eletrodomésticos ecarro. Atriz estava fora nomomento da invasão

Dois homens armados inva-diram a casa da atriz Christi-ane Torloni, no CondomínioPovoado das Canoas, em SãoConrado, no último domin-go, e mantiveram uma em-pregada refém. A atriz nãoestava em casa no momentodo assalto.Os criminosos roubaram

objetos de valor, como joiase eletrodomésticos, e depoisfugiram no carro da família.O caso foi registrado na 15ªDP (Gávea).A empregada já prestou

depoimento, e a casa foi pe-riciada. De acordo com in-formações da polícia, o rou-

bo não foi gravado por câme-ras do circuito de segurança.O delegado Antonio Ricar-

do Lima Nunes, titular da de-legacia da Gávea, disse que aprincipal linha de investiga-ção é de que o crime tenha si-do cometido por alguém queconhecia a rotina da família,uma vez que, segundo a em-pregada, os bandidos agiramcom muita tranquilidade du-rante o assalto.— A hipótese é que os ban-

didos tinham alguma infor-mação privilegiada — disse odelegado Nunes.No mesmo dia da invasão à

casa de Christiane Torloni,uma outra residência locali-zada na Estrada das Canoastambém foi assaltada. A po-lícia, no entanto, descartouqualquer ligação entre asduas ações. l

Ele contou aosagentes quenão tinhaprovas datraição

Product: OGlobo PubDate: 04-06-2014 Zone: Nacional Edition: 1 Page: PAGINA_R User: Asimon Time: 06-03-2014 21:37 Color: CMYK

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Quarta-feira 4 .6 .2014 O GLOBO l 19

DosLeitores

| On-line |

aUm vazamento deágua vem causandotranstornos em sériepara moradores da RuaJoana Angélica, emIpanema, Zona Sul doRio. Segundo aenfermeira Ana MariaBergamo, o problemacomeçou no dia 25 domês passado. Ela contaque a água chegou ainvadir a garagem doprédio em que mora,alagando, inclusive, opoço do elevador, queteve de ser desligado. Aleitora diz, ainda, queentrou em contato coma Cedae, no mesmodia, e que após muitostelefonemas umaequipe esteve no local,no dia 30, mas semsolucionar o problema

em definitivo, pois aágua voltou a vazar nomesmo dia: “Já é aquarta vez que issoacontece, em cincoanos. Pedi urgência,pois o prédio só temum elevador, e aquimoram dois deficientesfísicos, uma pessoarecém-operada docoração e idosos. Nomesmo dia em que aCedae esteve aqui, ànoite, o cano já estavacom novasperfurações, vazando einundando o poço doelevador. Tivemos umprejuízo de R$ 20 mil”,conta a enfermeira.Quando deixaram o

local, os técnicosexplicaram a AnaMaria que o cano, dechumbo, precisava sertrocado por um dePVC. A leitora conta terentrado em contatonovamente com aCedae, pedindo oreparo. “Foi-me dadoum prazo de mais 72horas para a soluçãodo problema. Mas, atéagora, nada”, afirmaAna Maria. Procuradapelo GLOBO, a Cedaeinformou que oconserto do vazamentona Rua Joana Angélicaseria realizadoontem. —oglobo.com.br/participe

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Transtornose prejuízoem Ipanema

FOTOS DE ANA MARIA BERGAMO

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Ô, fama bonita!!(@endformiga)RT @JornalOGlobo:‘Ainda não fuiroubado’, dizex-jogador americano@AlexiLalas, noTwitter, apóschegar ao Rio.

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ÓBVIO!(@RaphaelWerneck)RT @JornalOGlobo:‘Só estava apontandocomo a percepção demuitos não condizcom a realidade’, sedesculpa @AlexiLalas.

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Principalmente comciúmes e na TPM.(@pegoncalves)RT @JornalOGlobo:Furacões com nomesde mulher são maisletais, diz pesquisa.

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Mercadoria entregueera falsa edefeituosa.(@RicardoPF)RT @JornalOGlobo:Houve na fraude nacompra de Neymarpelo Barcelona, dizReceita espanhola.

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Aflitivo!!!(@BarbaraInacio4)RT @JornalOGlobo:Criança é flagradapendurada emvaranda deapartamento no ES.

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É muita zica do povo!(@_DuudaaF)RT @JornalOGlobo:Presidente da CBFse engasga natribuna do SerraDourada.[@jornalextra]

twitter.com/jornaloglobo

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“Nós, mulheres,temos mesmo quedenunciar qualquerassédio, seja notrabalho ou no prédioonde moramos!Homens como essenão respeitam nem asi próprio!”YARA AMARAL,sobre a reação daestudante YasminFerreira,ao ser assediadapor porteiro emCopacabana.

google.com/+JornalOGlobo

aDe acordo com o TSE, somente 11% dos eleitores são filiados aos 32 partidospolíticos. E, como são estes que promovem as convenções que indicarão oscandidatos a todos os pleitos eleitorais (entre 10 e 30 de junho), é lógico que quase90% dos eleitores votam sem opção de escolha direta do candidato. Seja por culpado desinteresse público ou da política dominante há anos no país, a verdade é queainda nada foi feito pelo Congresso ou pelo Executivo sobre a lei eleitoral. Emdecorrência disso, são escolhidos, em suamaioria, quase sempre os mesmospolíticos, com poucas surpresas. Seria exagero dizer que as convenções sãomaisimportantes e significativas que as eleições? Eis aí um assunto para os institutos depesquisa credenciados junto à mídia e à opinião pública.SÉRGIO HASSELMANNAREAL, RJ

_

aO tempo de TV a que cada partidotem direito na propaganda eleitoralgratuita, além de injusto, é fonte dobalcão de negócios montado emtoda eleição no país. Muito maiscorreto seria cada candidato ter omesmo tempo, independentementede coalizões. Se o objetivo éapresentar o político aos eleitores,por que privilegiar o que já contacom maioria? Cinco minutosdiários para cada um seriamsuficientes para apresentarem, emigualdade de condições, projetos epropostas. Acabaria a caçafrenética, e a qualquer custo, porsegundos a mais, e as pessoasficariam mais bem informadassobre quem escolherão paragovernar o país.FERNANDO ARTHUR QUEIROZ DE BARROSRIO_

Em liberdadea O ex-juiz Nicolau dos Santos Neto,condenado a 26 anos de prisão pordesvio de R$ 169 milhões, foilibertado pelo indulto assinado pelapresidente Dilma, em 2012, queconcede liberdade para presos commais de 60 anos, com problemas desaúde e que cumpriram mais de umterço da pena. Por que abenevolente Lei das ExecuçõesPenais deixa de estabelecer umapercentagem de ressarcimentoquando o dinheiro público — obrasdo Fórum trabalhista de São Paulo— é desviado?EDGARD GOBBICAMPINAS, SP_

Legadoa A presidente Dilma equivocou-sedomingo em seu discurso no Rio deJaneiro, em um evento deinauguração, pois disse que aspessoas estão erradas quandodizem que a Copa não deixarálegado. Continuando, disse quetudo que vem inaugurando não épara a Copa, e sim para apopulação. Ora, então por que nãofoi feito antes? Por que não previuantes algumas importantes obras?Por que esperam-se os eventoscomo Copa e Olimpíadas para sedar mais coisas dignas à população?Enganou-se mesmo, presidenteDilma, ou quis passar um recadoequivocado para os brasileirosperto das eleições?CARLOS EDUARDO FONTESRIO_

Aprendizadoa Leio páginas e páginas sobre osnossos erros e o péssimoplanejamento para a Copa, tudocertamente verdade. Entretanto,parece-me que estamos perdendouma grande oportunidade, que édiscutir o que fazer diferente.Devemos usar os erros e aprendercom eles, para melhorar o país.Como nação, temos ficado muitoabaixo da expectativa paraconstruir e organizar a grandemaioria dos nossosempreendimentos. Sem discutir oserros e as propostas de comomelhorar, não vamos evoluir. Estadiscussão aprofundada e aspropostas estão faltando.ANDREAS MIROWRIO

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IndústriasaFérias forçadas nas indústrias sina-lizam que o consumidor acordou!Afinal, quemmanda nos preços novarejo somos nós, que sabemosquanto efetivamente deve custarcada produto. Impostos abusivos,falta de respeito e de consideraçãocom as famílias que trabalham levama uma reflexão mais profunda, porparte, principalmente, da equipe daFazenda, que deveria rever as altasde preços, principalmente, degêneros alimentícios.ANTONIO KAMPFFERIO_

ViolênciaaNem bem nos refizemos da mortebrutal do menino Bernardo (RS),somos surpreendidos com oassassinato de um zelador em SãoPaulo, por ummorador do mesmocondomínio. Há que se rever a lei.Não bastam condenação e prisão.Poucos são aqueles que cumprem apena integralmente. A Justiça não étemida e a sensação de impunidadeaumenta a violência. É necessáriacompensação financeira a familiaresdas vítimas. Criminosos não tememJustiça, mas perdas financeiras.MARIA DA GRAÇA CUNHA FABORRIO_

Baía de GuanabaraaA despoluição da Baía de Guanaba-ra, que se arrasta há mais de 20 anos,vai levar ainda outros tantos. Aministra Izabella Teixeira disse que otema é “complexo” e vai continuar naagenda do governo. Não é complexo,ministra. Pergunte aos japoneses porque pararam de botar dinheiro nesseprojeto. Para bom entendedor, umpingo é letra. A complexidade éoutra, ministra. Entendeu?PANAYOTIS POULISRIO

_

aOmaior dos problemas darecuperação da Baía de Guanabaraestá associado à falta de gestão dosrecursos que escoam pelo ralo daimpunidade. Parece que autoridadesesqueceram-se que foram investidosnos últimos 20 anos US$ 1,2 bilhão,sem qualquer resultado por meio doPrograma de Despoluição da Baía deGuanabara. Até hoje, a maior estaçãode tratamento (Alegria) funcionacommetade dos equipamentos e ade São Gonçalo nunca funcionou,enquanto toda a bacia hidrográficalocal foi transformada num imensoconjunto de valões de lixo e esgoto.MARIO MOSCATELLIRIO_

CorreiosaDe que adianta o site dos Correiosoferecer o serviço “Fale com osCorreios", fornecer número deprotocolo e dizer que o pedido serárespondido “em breve”, se após ummês não obtemos retorno? De possedos dados do remetente, abri areclamação 21969039 sobre o objetoRC618914504CN, postado há quase70 dias, e fui ignorada. A inércia e odescaso atingiram a outrora confiávelinstituição.BRUNA GRAVINARIO

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Perigo na estradaaA estrada da serra de Miguel Pereira(RJ-125) foi fresada sem ter sidorecapeada. As obras estão paradas hámais de ummês e a quantidade deburacos e fendas coloca em risco osusuários, com agravante de que asinalização foi retirada. O contrato doconsórcio com o DER está paralisadopor falta de pagamento, segundoinformações, e quem sofre é apopulação. Um verdadeiro crime oque fizeram com a serra.ROBERTO BLOISEMIGUEL PEREIRA, RJ_

Sem socorroaDe nada adiantaram os apelos de-sesperados para que algummédicodo Hospital de Cardiologia deLaranjeiras, remunerado com oimposto pago pelo cidadão quemorria em um ônibus parado emfrente, cumprisse seu juramento e sedignasse a socorrê-lo. Tão revoltantequanto a omissão foi a justificativa dohospital de que não houve tempohábil para o atendimento. Uma vezmais, a burocracia e o descasotriunfaram sobre a vida humana.GILBERTO IORAS ZWEILIRIO

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aO Instituto de Cardiologia deLaranjeiras é recorrente — no meutestemunho de vizinho e vítima—em omissão de socorro para com osdesesperados que batem à sua porta.A inércia que se repete, emdesrespeito à vida alheia, constituinitroglicerina pura para detonar arevolta das nossas ruas. Mais dia,menos dia, a conta vai chegar!JULIO CEZAR BASTOS LACERDARIO

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aSou médico do Instituto deCardiologia e fiquei consternado coma morte por infarto de um cidadãoem um ônibus. Mas o cidadão foireanimado por equipe do Samu, nempôde ser removido do ônibus. E aculpa da morte foi pelo fato de ohospital estar em greve? Nenhumpaciente é impedido de entrar nohospital, muito menos deixa de seratendido pelos médicos. Não houvetempo, nada teve a ver com a greve.ROBERTO DE CASTRO M. DE ALMEIDARIO_

CanabidiolaSobre a Opinião “Burocracia mata”(3/6), a Anvisa autorizou, em 17 deabril, que a família do meninoimportasse medicamento contendocanabidiol, visando ao controle decrises convulsivas. Ele foi liberadopela autoridade tributária federal em9 de maio. A discussão sobremedicamentos com canabidiol érecente no Brasil. Não há estudosclínicos, até o momento, paraconfirmar com exatidão efeitos,eficácia e segurança. Ao autorizar aimportação, a Anvisa considerou osdados disponíveis em literatura edecidiu que a avaliação sobre riscos ebenefícios poderia ser feita pelosmédicos. Assim, a importação vemsendo autorizada e a agência temavaliado caso a caso os pedidos.DIRCEU BARBANODIRETOR-PRESIDENTE DA ANVISA

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Nota da Redação:

aTudo pode ser debatido, explicadoe justificado. Mas não reverte a mortede Gustavo, de um ano e quatromeses, pelo fato de o medicamentoter chegado tarde demais.

Eleições sem surpresas

Pelo e-mail, pelo site doGLOBO, por celular e porcarta, este é um espaçoaberto para a expressãodo leitorAs cartas, contendo telefonee endereço do autor, devemser dirigidas à seção DosLeitores(O GLOBO-Rua Irineu Marinho35, CEP 20233-900). Pelo fax2534-5535 ou pelo [email protected].

52019904/06/2014

163227213090939047672829782413083807693903461392122263207927

673690861394131558244936633089526935445667465673621906737142

NA PÁGINA 2 DE ONTEM: “Conte algo que nãosei/‘Coxinha e brigadeiro também sãogastronomia’.” “Hoje não se valoriza muitoalgumas profissões ligadas à cozinha.”Erro de concordância. Certo: “Hoje não sevalorizam muito algumas profissõesligadas à cozinha.” P. 3: “Relator defendeinvestigação na CPI mista.” “...e pedirpara revogar a decisão anterior quemandou o Senado instalar a CPI.” Erro deregência. Certo: “...e pedir que serevogue a decisão anterior...” P. 3:“Governistas querem começar a investigarmetrô de SP ainda esta semana.” “...eu o

farei com relação à essa outra comissão –disse Renan.” Mau uso do acento grave.Certo: “...eu o farei com relação a essaoutra comissão...” P. 6: “Estratégia deCampos para o Rio irrita Sirkis e abre criseno PSB.” “O Rio é um estado chave.” Errode grafia. Certo: “O Rio é umestado-chave.” P. 7: “Casal é preso porsuspeita de matar zelador em SP.”“...arrastando uma mala escura ecarregando um saco, ambos de grandeporte, que demonstrarem estarem bempesadas, levando-se em consideração adificuldade (...) ao arrastá-las.” Erros na

forma do verbo e de concordância. Certo:“...arrastando uma mala escura ecarregando um saco, ambos de grandeporte, que demonstraram estar bempesados, levando-se em consideração adificuldade (...) ao arrastá-las.” P. 8:“Treinamento fica abaixo da meta.” Nalegenda da foto de cima: “...mas aindaprecisa de ajuda para atender aos turistasem questões mais complexas.” Erro deregência. Certo: “...mas ainda precisa deajuda para atender os turistas emquestões mais complexas.” P. 15: “Gatãode meia-idade/(Mais) Coisas que quase

não vemos mais/Viajar com milhasacumuladas.” “Em troca das suas 3milhões de milhas eu ofereço umaminiatura da nossa aeronave.” Erro nogênero. Certo: “Em troca dos seus 3milhões de milhas eu ofereço umaminiatura da nossa aeronave.”

| Autocrítica |

LEIA A ÍNTEGRA DA COLUNA NAWEBoglobo.com.br

Resumo da crítica feita e supervisionada pelos professoresOzanir Roberti e Sérgio Nogueira, sob a coordenação dojornalista Aluizio Maranhão. Distribuída todos os dias naRedação.

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20 l O GLOBO Quarta-feira 4 .6 .2014

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VICE-PRESIDENTESJoão Roberto Marinho - José Roberto Marinho

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| Opinião |

Órgãos já tentam praticar a democracia direta

Oministro-chefe da Secretaria-Geral daPresidência,GilbertoCarvalho, foi inci-sivo ao responder às críticas ao decre-to-lei 8.243, que institui a PolíticaNaci-

onal deParticipação Social (PNPS), e, emparticu-lar, à iniciativa de partidos de oposição, DEM ePPS,de recorrer aoCongressocontraoatodaPre-sidência da República. Segundo “O Estado de S.Paulo”, o ministro, gerente-mor da PNPS, tachoude “hipócritas” as queixas daoposição.Disse, ain-da, que só “ignorância emá-fé” explicam as críti-cas aodecreto-lei, pois ele se lastreia emdispositi-vo constitucional, garante.A irritaçãoministerial se deve ao entendimento

— não apenas de políticos — de que, sob a enig-mática sigla PNPS, se esconde ummonumento àdemocracia direta, portanto um instrumento in-constitucional, por ter como finalidade colocar o

Congresso à margem de decisões na administra-ção direta e também estatais, objetivo clássico dequalquer projeto autoritário. Outro argumentodoministro é que o governonada inventa, por-que há muitos conselhos em funcionamento.É fato, mas por isso mesmo preocupa a novarede de comissões, fóruns, conselhos e simila-res que o governo deseja montar.No domingo, a “Folha de S.Paulo” revelou a

existência, já por dois meses, a serem completa-

doshoje,deumaresoluçãodoConselhoNacionaldosDireitosdaCriançaedoAdolescente (Conan-da) que veta qualquer publicidade para crianças,inclusive embalagens. Ninguém até agora a cum-pre, e deve haver mais uma batalha judicial emtorno do tema, porque o Conanda não tem o po-der de estabelecer regras para propaganda, ape-nas o Congresso.Eis, na prática, como agem esses “organismos

da sociedade civil”, sempre tentandoocupar espa-ços institucionais do Legislativo. Se oConanda, li-gado à Presidência da República, é umbunker demilitantes de causas politicamente corretas, con-taminadas de autoritarismo, há a Anvisa, agênciado Ministério da Saúde, de perfil semelhante.Tambémaagência tentausurparpoderesdoCon-gresso para legislar sobre publicidade, embora osetor, por meio do Conar, seja um bom exemplo

de como pode funcionar um sistema de autorre-gulamentação, em benefício de produtores, con-sumidores e veículos da imprensa profissional,cuja independência depende em boa parte dasverbas da publicidade privada.Nãoédehojeque fraçõesdoPTagemparacon-

tornar o Congresso. São ainda do primeiro gover-no Lula conselhos para empresários e sindicalis-tas decidirem a reforma sindical, bem como paraempresários e governo se entenderem. As duasinstâncias formulariam propostas para o Con-gresso aprovar. Terminaramdando emnada,masdenunciaram a visão de sociedade que está portrás da PNPS. Neste universo institucional, o Le-gislativo seria um carimbador de decisões toma-dasemfóruns sobocontroledopartidoede“mo-vimentos sociais” aliados. Extingue-se, assim, ademocracia representativa. l

Há vários casos de exorbitância defunções por conselhos e agências,para exercer papel do Congresso. Seo decreto-lei 8.243 vingar, o cercoao Legislativo se fechará

A mais ousada iniciativa do presidenteObamapara reduziroaquecimentoglo-bal propõe o corte de 30%das emissõesde gases poluentes pelas geradoras de

energia até 2030, em relação a 2005. O planomiranamaior fonte de poluição do país— as cerca de550 usinas a carvão, de geração de energia, res-ponsáveis por 38% das emissões de dióxido decarbono, o principal gás do efeito estufa.A Casa Branca pegou carona numa situação

excepcional. Esta fonte de poluição já ficoume-nor em cerca de 13% desde 2005, em parte por-que novas exigências ambientais tornaram asusinas mais eficientes e em parte porque o au-mento da produção de gás não convencional,mais barato e mais limpo, está substituindo ocarvão nas grandes unidades energéticas. Comisso, os EUA estãomuito próximos de cumprir a

promessa feita por Obama, em 2009, de cortaras emissões de gases do efeito estufa em17%até2020. E quase na metade da nova meta de 30%até 2030. Um estudo citado pelo “New York Ti-mes” revela que cemdosmaiores produtores deenergia dopaís reduzirama emissão de poluen-tes de todo tipo, inclusive dióxido de carbono,entre 2008 e 2012.Depois de ver suas iniciativas em relação ao

clima barradas no Congresso, o presidente pas-sou a invocar poderes executivos para imple-mentá-las. Em duas ocasiões, suas decisões fo-ram confirmadas pela Suprema Corte, com ba-se na Lei do Ar Limpo. Mas é esperada forteoposição ao novo plano por parte do lobby daindústria do carvão e de políticos de estadosprodutores, porque ele poderá levar ao fecha-mentode centenasdeusinas, comperdadeem-

pregos. Muitos deles, contudo, serão recupera-dos na própria reconversão das usinas e na ex-pansão de fontes alternativas.Onovoplanocria opçõesparaos estados. Eles

poderão alterar suas matrizes com a instalaçãode parques eólicos, energia solar e novas tecno-logias. Poderão, ainda, participar de programasregionais tipo capand trade (limitar enegociar),no qual estados menos avançados no corte deemissões compram“permissões” para poluir de

estados em melhores condições, que assim fi-nanciam o avanço de sua eficiência energética.A Casa Branca quer convencer a indústria de

energia americana de que a mudança de para-digma na produção e distribuição é o caminhopara novos lucros, no futuro. Ela sabe que, semo engajamento da poderosa máquina de pes-quisas— na academia e nas empresas—, o sal-to não será viabilizado. Esta revolução energéti-ca é vista como uma das últimas chances deObama de deixar um legado para a História.Comoavançoobtido via gásnão convencional

e o novo plano, os EUA chegarão em posição deforçanapróximaCúpuladoClima, emsetembro,na ONU, emNova York. Líderes mundiais tenta-rão fixar novas metas para as emissões dos paí-ses, para que umnovo tratado global sobre o cli-ma seja negociado até o fim de 2015. l

EUA lideram esforço contra aquecimento globalUso intensivo de gás não

convencional reduziu emissõespoluentes em 13% desde 2005 eanimaObama a propor corte

de 30% até 2030

A criação de uma sociedade do aprendizado

C idadãos dos países mais ri-cos aprenderamapensar emsuas economias como base-adas na inovação. A inova-

ção tem feito parte da economia domundo desenvolvido por mais dedois séculos. De fato, por centenas deanos, até a Revolução Industrial, arenda estagnou. A partir de então, arenda per capita disparou, aumen-tando ano após ano, interrompidaapenas por efeitos ocasionais de flu-tuações cíclicas.O economista Prêmio Nobel Robert

Solow notou, há 60 anos, que rendi-mentos em alta deveriam ser atribuí-dos, em grande parte, não à acumula-ção de capital, mas ao progresso tec-nológico — ao aprendizado de comofazer o trabalho melhor. Embora par-te do aumento da produtividade refli-ta o impacto de descobertas dramáti-cas, a maior porção dele se deve a pe-quenas mudanças. Se é assim, fazsentido prestar atenção a como as so-ciedades aprendem e ao que pode serfeito para promover o aprendizado—incluindo aprender como se aprende.Há um século, o economista e cien-

tista político Joseph Schumpeter ar-gumentou que a vantagem central deuma economia de mercado era suacapacidade de inovar. Sustentou queo foco tradicional dos economistasem mercados competitivos estavaequivocado: o que importava era acompetição pelo mercado, não acompetição nomercado. Competiçãopelo mercado conduz à inovação.Uma sucessão de monopolistas leva-ria, segundo essa ótica, a padrões devida mais elevados a longo prazo.

As conclusões de Schumpeter nãodeixaramde ser questionadas.Mono-polistas e firmas dominantes, como aMicrosoft, podem na verdade supri-mir a inovação. A menos que sejammonitoradas pelas autoridades anti-monopólio, elas podemse engajar emcomportamento anticompetição, quereforça seu poder monopolista.Além disso, os mercados podem

não ser eficientes quando se trata denível ou direção dos investimentosem pesquisa e aprendizado. Incenti-vos privados não são alinhados ade-quadamente a recompensas sociais:empresas podem ganhar a partir deinovações que aumentem seu poderno mercado, possibilitem que elasdriblem regulamentos ou canalizempara elas rendimentos que deveriamir em outras direções.Mas um dos insights fundamentais

de Schumpeter continua válido: políti-cas convencionais, que focalizam a efi-ciência a curto prazo, podem não serdesejáveis, numa perspectiva de inova-ção/aprendizado a longo prazo. Isto éespecialmente verdadeiro para paísesem desenvolvimento e emergentes.Políticas industriais — nas quais go-

vernos intervêm na alocação de recur-sos entre setores ou em favor de algu-mas tecnologias—podem ajudar “eco-nomias jovens” a aprender. Tais políti-cas, quando adotadas, têm sido alvofrequente de crítica. Governos, costu-ma-sedizer,nãodevemescolhervence-dores.Omercado émuitomelhor nisto.Mas as evidências não são tão con-

tundentes quanto alegam os defenso-res do livre mercado. O setor privadodosEUA foinotoriamente ruimemalo-

car capital e gerenciar riscos nos anosque precederam a crise financeira glo-bal. Estudos mostram que o retornomédio para a economia de projetos depesquisa do governo é, na verdade,mais elevado do que os da iniciativaprivada. Especialmente porque o go-verno investe mais em pesquisa básicarelevante. É só se pensar nos benefíciosadvindosdaspesquisasque levaramao

desenvolvimento da internet ou à des-coberta do DNA.Mas, colocando tais sucessos de la-

do, o foco da política industrial nãodeve ser escolher vencedores, masidentificar fontes de externalidadespositivas — setores nos quais oaprendizado possa gerar benefíciosem outras áreas da economia. Olharas políticas econômicas através dalente do aprendizado fornece umaperspectiva diferente sobre muitasquestões. O grande economista Ken-neth Arrow enfatizou a importânciado aprender fazendo. O único modode aprender o que é necessário para ocrescimento industrial, por exemplo,é ter indústria. E isto pode exigir taxa

de câmbio competitiva ou acesso pri-vilegiado ao crédito para certos seto-res— tal como fizeram países do Les-te da Ásia como parte de suas estraté-gias de desenvolvimento notavel-mente bem-sucedidas.Há um argumento convincente de

economias jovens para defender aproteção industrial. Além disso, a li-beralização do mercado financeiropode solapar a capacidade dos paísesde aprender outra coisa essencial pa-ra o desenvolvimento: como alocarrecursos e gerenciar riscos.Mais amplamente, muitas das polí-

ticas — especialmente as associadascom o neoliberal Consenso deWashington — impingidas aos paísesem desenvolvimento com o nobreobjetivo de promover a eficiência naalocação de recursos hoje, na verda-de, impedem o aprendizado, e dessaforma levam à redução do padrão devida a longo prazo.Virtualmente toda política governa-

mental, intencionalmente ou não, parao bem ou para o mal, tem efeitos dire-tos e indiretos no aprendizado. Paísesem desenvolvimento nos quais as au-toridades estão cientes desses efeitosestãomais próximosde fechar esse fos-so de conhecimento que os separa dosmais desenvolvidos. Estes, enquantoisso, têmumaoportunidade de evitar operigo da estagnação secular. l

JosephE. Stiglitz, PrêmioNobel deEconomia, é professor daUniversidadedeColúmbia©Project Syndicate

N. da R.: Elio Gaspari volta a escrever ainda este mês

Osmercados podem nãoser eficientes quando setrata de nível ou direçãodos investimentos empesquisa e aprendizagem

JOSEPHE. STIGLITZ

CAVALCANTE

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Quarta-feira 4 .6 .2014 O GLOBO l 21

OGLOBO

ZUENIRVENTURA_

A onda demau humor

A lgumas pessoas já perceberam queuma onda de mau humor nos atin-giu. O sociólogo italiano DomenicoDe Masi, admirador e estudioso do

Brasil, aonde vem com frequência, declarouem entrevista que o país está “deprimido”, esemmotivo para isso, pois acha que poucasnações avançaram tanto nesses últimos 30anos. Ele acredita que podemos contribuirpara a construção de um modelo de vidauniversal, “baseado na miscigenação, nasabedoria, na beleza e na harmonia”. E, euacrescentaria, na vocação para a alegria. O

humorista Tutty Vasques, que faz crítica comgraça, a exemplo do Chico Caruso, tambémacha que o clima está pesado, tanto que temmedo de rir em público e ser advertido por al-guém: “Está rindo de quê?” A campeã olímpi-ca de judô, a francesa Lucie Décosse, passan-do por aqui, observou: “As pessoas estãomui-to irritadas; todo dia tem uma greve!” Umaamiga chegou a classificar de “núcleos de en-tusiasmo” os grupos que ainda teimam emcontrariar amoda da cara emburrada. Até Ali-ce anda irascível porque continua sem res-posta para a pergunta “quemmanda nomun-do?” Ela deve estar querendo fazer tambémalguma reclamação. Outro dia contei aquihistórias de ummotorista de táxi bem-humo-rado e otimista. Pois bem, um leitor achouque se tratava de um “personagem inventado”e um repórter da TV Bandeirantes entrevis-tou-o por ser uma raridade.

Muitos nos acusam, a nós, jornalistas, decontribuir para o pessimismo atual, com asuposta crença de que nós achamos que no-tícia boa é notícia ruim. Pode ser, mas, se is-so é verdade, encontra eco entre os leitoresque gostam de não gostar. De Masi, numareunião informal, quis a opinião dos presen-tes. Alguém aconselhou-o a perguntar tam-bém a um psicanalista, porque, ao lado dasjustas motivações, há aquelas internas, au-toinsatisfações, que nem sempre têm a vercom o que acontece do lado de fora. Há quei-

xosos que reclamam sem saber bem de quê— em geral, de “tudo isso que está aí” —,com evidente prazer masoquista. Hoje opretexto é a Copa, mas seria outro se nãohouvesse esse.Os indignados que acreditamna eficácia do

ranger de dentes e da crispação ounosmuxo-xos e na rabugice esquecem que ridicularizarpelo riso funciona mais do que xingamento.E, além do mais, estudos médicos revelamquemau humor fazmal à saúde, porque libe-ra a adrenalina, que eleva a tensão arterial eaumenta o nível de açúcar no sangue. Já o in-divíduo bem-humorado produz endorfina, ohormônio que relaxa e estimula o bem-estar.Se não bastassem todas essas desvanta-

gens, o mau humor apresenta o risco de serviral, de contagiar. A gente acaba falandocontra ele com mau humor, como desconfioque fiz nesta coluna — e não só nesta. l

Reclamam sem saber bemde quê,em geral, de ‘tudo isso que está aí’,comprazermasoquista. Hojeo pretexto é a Copa, seriaoutro se não houvesse esse

Umponto de vista

L eio que a poluição na Baía de Guana-bara é um desafio olímpico. Examina-da por técnicos, há a unanimidade quedespoluir 80% da baía até o começo

dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro de 2016seria uma tarefa para o Super-Homem ou tal-vez o Capitão Marvel, conforme me diriamFernando e Romero, os meus finados irmãosgêmeos dos cinco irmãos e uma irmã, dosquais eu tive o privilégio e a honra psicologi-camente ambígua de ter sido “o mais velho”.É que quando um de nós elegia um super-

herói alguém logo levantava outro, armandouma acalorada discussão sobre quem seria omais poderoso. Éramos crianças, mas, diferen-temente dos governantes, tínhamos um vastosenso de realidade.Jamais iríamos convocar o Fantasma Voador,

o Flash Gordon, o Batman ou oDick Tracy paradisputar com o Super-Homem, o TochaHuma-na ou o Capitão Marvel porque os primeiroseram seres humanos excepcionais, ao passoque os segundos possuíam poderes extra-hu-manos. Seriam como os santos ou os deuses doOlimpo, aquela montanha que, conforme in-voca a reportagem de Ludmila de Lima publi-cada no GLOBO em 16 de fevereiro, será repre-sentada pelo Pão de Açúcar e o Corcovado nosjogos de 2016. Nossa consternação era que ossantos somente atuavam em doenças e juntoaos mortos, ao passo que os heróis que chega-vam dos Estados Unidos, tocados a cultura demassa e alta urbanização, com suas terríveisquestões e dilemas, agiam nomundo. Estavammais próximos dos deuses gregos do que donosso catolicismo, cuja orientação era para ooutro mundo. Eu suspeito que acreditávamosmais no Super-Homem — que residia em Me-trópolis e, na pele trivial de Clark Kent, era jor-nalista do “Planeta Diário” — do que emDeus.Mas, voltando à Baía de Guanabara, com-

preendo o dilema prático-olímpico: como des-poluir 80% em dois anos, quando se sabe queela é premiada com 60% de todos os nojentosesgotos que a cercam — uma bagatela de 6 millitros de porcaria a cada segundo! Convenha-mos que essa é a melhor forma de matar a maisbela baía do mundo.Um ladomeu insiste que isso é obra das inú-

meras circunstâncias da modernidade e quetais acidentes têm ocorrido em todos os luga-res. Um outro, mais democrático e muito me-nos brasileiro, diz que a Baía de Guanabara émais um exemplo de como temos nos adapta-do ao individualismo, ao mercado, ao voto di-reto, à mídia, ao crescimento das cidades, aonosso capitalismo monopolizador, rentista,semiestatal e hierarquizado que privatiza ga-

nhos e socializa responsabilidades e perdas.Tudo isso pariu um sistema político-moral ab-solutamente antiolímpico. Decididamentecontra um planejamento fora dos quadros dasutopias popularescas de direita e de esquerda.O que vamos ter após a Copa será a autocons-ciência devastadora da nossa incapacidade deprevenir em vez de remediar. Essa máxima in-fantil que serve de lema para o Super-Ho-mem, que, com sua visão de raios X, prendiaos bandidos antes de a ponte ser dinamitada.Temo que os super-heróis e os santos façam

tudo,menos nos salvar de nósmesmos. E a elei-ção que virá logo após a Copa vai certamentecomprovar a nossa compulsão para escolher opior, o mais cínico, o mais perverso e o mais ca-paz de produzir uma destruição silenciosa, su-til, malandra, feita sem querer e por “gente boa”,com a qual compartilhamos uma “ética de con-descendência”, que é parte fundamental do nos-so inabalável elitismo.Escrevo sobre abaíanãoporquegostedeacusar,

masporquenasci e—apesarde tudo—permane-

ço emNiterói. UmaNiterói cuja vocaçãomarginalde “cidade dormitório” escondia dos dorminho-cos cariocas paisagens deslumbrantes que experi-mentei quando abri os olhos para as praias dasFlechas e da Boa Viagem, ondemeus irmãos e eupescávamos em suas águas — acreditem-me —transparentes; e olhávamos as cavernas da encos-ta da Boa Viagem (os sugestivos Buraco doAdão eda Eva), como locais onde as fantasias viravamareia. Ali não havia tesouros de Ali Babá. E hojenão há nenhum herói ou deus para transformar overgonhoso sujo daGuanabara no limpo capaz dehonrar a sagrada tradição grega dos Jogos Olímpi-cos. O que seria um sonho vai virar pesadelo.Mas, como omundo é uma bola, lembro uma

velha piada. Os cariocas dizem que omelhor deNiterói é a vista do Rio. A réplica dos niteroien-ses é generosa. Os cariocas estão certos: o me-lhor do Rio é exatamente a paisagem.Se Niterói não é uma cidade, mas — como

aprendi com Valter Lima Jr. — um ponto de vis-ta, daqui há uma visão do Rio com suas parti-ções, seu senso de humor e seu “carnavalismo”de corte, com esperança. Afinal não podemoscontinuar acasalados por uma ponte engarrafa-da e pelas águas de uma sentina. Algo olímpicodeve ser feito urgentemente.Com a palavra os que mandam e os que que-

remmandar. l

ROBERTODAMATTA

RobertoDaMatta é antropólogo

MARCELO

Como despoluir 80% da Baíade Guanabara em dois anos,quando se sabe que ela é

premiada com 60% de todos osnojentos esgotos que a cercam

Crença na diversidade

Apluralidade das religiões é umadas ca-racterísticas marcantes do mundocontemporâneo. Vivemos uma guerracultural que altera os códigosmorais e

de costumes que recebemos como herança dopassado. São conflitos entre impulsos distintos:o da ortodoxia e o do progresso. Tal fenômenoacontece em todos os sistemas de crença, nasreligiões organizadas, culturas tradicionais etc.As transformações culturais estão em toda par-te, mas sob formas diferentes. Nas igrejas cris-tãs, os ortodoxos proclamam a infalibilidade daBíblia ou do Papa, enquanto os chamados pro-gressistas tentam ordenar mulheres e criar no-vos rituais. No mundo muçulmano, os ortodo-xos apedrejam adúlteros até a morte e exortamas mulheres a cobrir partes do corpo, enquantoos progressistas vivem uma variedade de isla-mismo mais tolerante.Recentemente, o juiz Eugênio Rosa de Araú-

jo, da 17ª Vara de Fazenda Federal do Rio deJaneiro, voltou atrás e reviu trechos da senten-ça em que havia declarado que candomblé eumbanda não se configuram como religiões,por não possuírem as características essenci-

ais, com um texto base, como a Bíblia, uma es-trutura hierárquica e um Deus venerado. Nonovo texto, sua argumentação foi alterada pa-ra “registrar a percepção deste juízo de se tra-tarem os cultos afro-brasileiros de religiões”. Asentença inicial causara revolta em pratican-tes das religiões afro-brasileiras.

Sinto, pessoalmente, a necessidade detransitar entre formas de pensamento religi-osas e seculares, conforme a situação. Soucristão, mas o tempo todo penso de forma ra-cional e secular. De fato, o plano divino paraa humanidade é um só, mas dotado de mui-tos matizes. Por isso, respeito o pluralismoreligioso que reforça a existência de um Deusde amor, que nos conhece intimamente antesmesmo do nosso nascimento. Temos, no en-

tanto, o direito de escolher quais os aspectosde uma religião que devemos aceitar ou rejei-tar. Alguns conservadores, mais ortodoxos,admitem que essa moralidade do tipo “mis-ture e use” é muito pior do que nenhumamo-ralidade. Verificamos, por outro lado, quemuitas vezes a ortodoxia gera o que chama-mos de fundamentalismo. O Papa Franciscoruma claramente para uma teologia cristã derespeito ao pluralismo religioso. Urge, pois,libertar-nos daquilo a que estávamos presos,transformar o sujeito em objeto, de modoque possamos possuí-lo, e não sermos pos-suídos por ele. Nós, na grande maioria, nãosomos filósofos morais e tentamos corajosa-mente ser um pouco ortodoxos aqui e umpouco progressistas ali, um pouco espiritua-listas em determinados momentos e pragmá-ticos em outros. Portanto, como Frei Betto es-creve no capítulo final do livro “O que a vidame ensinou”: “A religião não pode manter-seindiferente a tudo que impede ou ameaça avida: opressão, exclusão, submissão, discri-minação, desqualificação de quem não abra-ça o mesmo credo.” l

CarlosAlbertoRabaça é sociólogo e professor

CARLOSALBERTORABAÇA

OPapa ruma claramente parauma teologia cristã de respeitoao pluralismo religioso. Urge,pois, libertar-nos daquilo aque estávamos presos

Favela écidade

A ssisti a um debate memorávelno Rio de Janeiro, promovidopelo XXVI Fórum Nacional,de que resulta o livro de Reis

Velloso, Marília Pastuk e Ana Paula De-gani que dá título ao presente artigo. Aideia é que a favela entre de forma defi-nitiva na geografia e no orçamento dacidade. Que não se limite apenas a umarubrica populista, assistencial, comprojetos ao mesmo tempo frágeis e in-termitentes.As comunidades devem integrar sem

favor as grandes linhas das políticas pú-blicas, para a dissolução definitiva dasmalhas infames da desigualdade. Favelanão é bairro, no sentido de um enclaveanômalo, a que se destina uma repúbli-ca trôpega, cheia de lacunas, com suaquase escola, quase saúde, quase direi-tos humanos. Tudo pela metade, vergo-nhosamente esboçado. Precisamos dadialética de Paulo Freire para o concertourbano, com todos os seus instrumen-

tos legais.A democra-

cia no Brasildependerá des-sa polifoniacomplexa e fas-cinante, entrefavela e poderpúblico. Umaéticadodiálogoentre coletivos

essencialmente novos começa a dese-nhar-se, quando a comunidade é ouvi-da, não como objeto, passivo, mero re-ceptáculo das decisões de gabinete, queainda resistem. William de Oliveira, co-nhecida liderança na Rocinha, recusa averba de quase dois bilhões para o tele-férico em favor de água potável, queconstitui prioridade absoluta. Sara Gra-ziela, em nome do Borel, lembra que oBNDES não pode tratar o projeto deumacomunidade comosmesmosparâ-metros aplicados a uma empresa. Se aburocracia conhecemuito bem a línguade um projeto comercial, ela precisa deum grupo de tradutores quando se tratade uma comunidade, cuja relação entrelucro e resgate social possui uma dinâ-mica nem sempre ortodoxa para asagências de fomento. O déficit social noBrasil é imenso: que o tempo quaseeterno das formalidades burocráticasnão se transforme num instrumento su-til e perverso que represe o combatecontra a desigualdade.Acompanho a discussão commeteo-

rologia variável, entre sol e tempo fe-chado, comovido, surpreso com os di-versos atores sociais e, quando não in-dignado, convencido de que a demo-cracia profunda não conhece geografiamais radicalmente necessária que a fa-vela como cidade, integrando sem fa-vor algum a nação.É preciso aprofundar as línguas de

nossas demandas, as formas de fazer epensar as políticas públicas, cada vezmenos abstratas, depois de ouvidas ascomunidades. Precisamos renovarnossa agenda social e a gramática deprotocolos.Estou com Cleonice Dias, que falou

pela Cidade deDeus, comumanova ja-nela à discussão: “Nós somos ousados,nós somosdestemidos, nós somos atre-vidos, nós transitamos em toda a cida-de. Nós queremos o Estado com matu-ridade para partilhar conosco as de-cisões. Mas nós não queremos discutirapenas o nosso bairro, nós queremosdiscutir o país.” l

Marco Lucchesi é escritor

Comunidadesdevem

integrar semfavor as

grandes linhasdas políticaspúblicas

MARCOLUCCHESI

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22 l O GLOBO l Rio l Quarta-feira 4 .6 .2014

Apenas umconsórcio apresen-tou proposta na licitação dasobras do lote norte do Com-plexo Esportivo de Deodoro. ARiourbe anunciou ontem queas instalações olímpicas serãoerguidas pelas construtorasOAS e Queiroz Galvão, que sejuntaram no consórcio Com-plexoDeodoro e apresentaramproposta de R$ 643,7 milhõespara o trabalho. O valor é0,53% menor que o propostopelo poder público no editalde concorrência. A prefeituradeverá divulgar, nos próximosdias, o resultado da licitaçãodo lote sul do complexo, orça-do em R$ 157,1 milhões. Asobras em Deodoro, que serãocusteadas pelo Ministério doEsporte, estão entre as quemais preocupam o ComitêOlímpico Internacional (COI).Em abril, o prefeito EduardoPaes admitiu que as interven-ções ali estão atrasadas.OComplexodeDeodoro rece-

berá 11 modalidades olímpicase quatro paralímpicas duranteos Jogos de 2016. Ele será cons-truído numa área do Exércitoonde já existem instalações es-portivas, que serão aproveitadasnas Olimpíadas. As obras foramdivididas em dois grande lotes,delimitadospelo ramalDeodoroda SuperVia, que corta todo oterreno. No lote norte, serão er-guidos o circuito de canoagemslalom, as pistas de mountainbike e de BMX, o Centro Nacio-nal de Tiro Esportivo, a Arena deRúgbi e o Combinado do Penta-tlo Moderno, a Arena Deodoro(esgrima do pentatlomoderno epreliminares do basquete femi-nino), o Centro deHóquei sobreGrama e a piscina do pentatlomoderno.Depois dos jogos, o circuito

de canoagem e a pista de BMXfarãoparte deumparquepúbli-co, com 490milmetros quadra-dos e acesso pela Avenida Ma-rechalAlencastro, pertodaesta-çãode tremdeRicardodeAlbu-querque. O edital de licitaçãoinforma que, para fazer a entra-

da principal doparque, deverãoser demolidas 21 casas de ofici-ais do Exército que ficam na re-gião. O edital diz ainda que oparque poderá ser administra-do pela iniciativa privada.

SEIS MESES PARA DESMONTEAlém da construção dos equi-pamentos olímpicos e da re-forma das instalações existen-tes, o contrato da área norteprevê que o consórcio terá queoperar as instalações pelo pra-zo de até dezmeses após os Jo-gos. Ele terá ainda seis mesespara a desmontagem das es-truturas temporárias usadasnas competições. Segundo aSecretariamunicipal de Obras,as intervenções desse lote es-tão programadas para come-çar no segundo semestre, e o

prazo de conclusão é o primei-ro primeiro semestre de 2016.A licitaçãodo lote sul, que ain-

da será anunciada, inclui adap-tações no Centro Nacional deHipismo, onde acontecerão ascompetições de cross country,saltos e adestramento. Construí-do para os Jogos Pan-America-nos de 2007, atualmente ele éadministrado pela Escola deEquitaçãodoExército e receberánovas baias e uma clínica veteri-nária. Além disso, uma vila seráconstruída para abrigar os trata-dores e os veterinários dos cava-los trazidosaoRioparaasprovasde hipismo. Depois, as casas se-rão convertidas em residênciaspara os militares. Esse segundolote inclui ainda a instalação deuma plataforma temporária so-bre a linha férrea e o corredor do

BRT Transolímpico. Essa passa-rela será usada na integraçãodos dois meios de transporte ena dispersão dos espectadoresdo complexo.Em março, a prefeitura já ha-

via anunciado o resultado da li-citação para melhorias viáriasno interior enoentornodocom-plexo. O edital previa obras em11 vias, a um custo de R$ 49,3milhões. A vencedora foi aMRJEConstrutora. Entre asobrigaçõesda empresa, estãoobras depavi-mentação e acessibilidade,construção de dois quilômetrosde ciclovias e reforma dos pas-seios, que inclui melhorias decalçadas, meios-fios, ilumina-ção, sinalização viária e plantiode árvores. As intervenções viá-rias vão começar ainda no pri-meiro semestre deste ano. l

OAS e Queiroz Galvão vãoconstruir parte do complexoesportivo por R$ 643,7milhões

ISABELABASTOS

[email protected]

MARCELO PIU/2-12-2013

Local de competição. Parte do terreno onde ficará o Complexo Esportivo de Deodoro: no lote norte, as obras devem acabar no primeiro semestre de 2016

Deodoro:licitação sórecebeu umaproposta

LADO NORTE: Terá o circuito decanoagem slalom, as pistas demountain bike e de BMX, oCentro Nacional de TiroEsportivo, a Arena de Rúgbi, aArena Deodoro (que receberá asprovas de esgrima do pentatlomoderno e preliminares dobasquete feminino), o Centro deHóquei sobre Grama e a piscinado pentatlo moderno.

LADOSUL:As obras incluemadaptações no Centro Nacional deHipismo, onde acontecerão asprovas de cross country, saltos eadestramento. Além disso, umavila será construída para abrigartratadores e veterinários.

UOCOMPLEXO

Trecho da Ataulfo de Paivaserá fechado parcialmentea partir de terça-feira

Um trecho da Avenida Ataulfo de Paiva,entre as ruas RainhaGuilhermina eGe-neral Artigas, no Leblon, será parcial-mente interditado para obras do metrôa partir do dia 10 de junho, por tempoindeterminado. Duas das três faixas daavenida serão fechadas para que o con-sórcio Linha 4 Sul possa iniciar o traba-lho de injeção de calda de cimento nosubsolo da região. Segundo a assesso-ria dometrô, o serviço já estava previstono cronograma das obras da Linha 4 enão tem relação com o acidente ocorri-do em Ipanema, no mês passado,quando surgiram duas grandes crate-ras na Rua Barão da Torre. A mesmatécnica com cimento está sendo usadapara estabilizar o solo no local.Outros quatro trechos da Ataulfo de

Paiva também serão interditados par-cialmente. Para amenizar o impactono trânsito da região, as interdiçõesnão serão simultâneas. O tráfego deveículos não será interrompido e nãohaverá alteração de itinerário nas li-nhas de ônibus. Durante a execuçãodos serviços, serão criados acessos es-peciais para as garagens que estive-

rem situadas nas áreas parcialmenteinterditadas. A promessa é que opera-dores de tráfego trabalharão na regiãopara orientar motoristas e pedestres.Só serão suspensas temporariamenteas vagas de estacionamento na via queficarem dentro das áreas dos cantei-ros. O consórcio garantiu ainda que ascalçadas ficarão livres aos pedestres.As injeções de calda de cimento no

subsolo da Ataulfo de Paiva têm comoobjetivo, segundo o consórcio, prepa-

rar o terreno para a passagem do tatu-zão pelo bairro. A perfuratriz está para-da no subsolo da Barão da Torre desde11 de maio, quando dois grandes bura-cos apareceram no pavimento da via.De acordo com o consórcio Linha 4

Sul, os trabalhos de reforço no subsoloda Barão da Torre deverão acabar nofim de julho. Somente depois de con-cluídas as injeções com cimento, seráretomada a construção do túnel entreIpanema e a Gávea. l

Obras do metrô interditam via no Leblon

Av. Ataulfo de Paiva

Av. General San Martin

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FASE 01Av. Ataulfo de Paiva,entre RainhaGuilhermina e Gen.Artigas: lado par

FASE 02Av. Ataulfo de Paiva,entre Gen. VenâncioFlores e Gen. Artigas:lado par

FASE 03Av. Ataulfo de Paiva,entre AristidesEspínola e RitaLudolf: lado par

FASE 04Av. Ataulfo de Paiva, entreAristides Espínola e RitaLudolf, R. Guilhermina eGen. Artigas: lado ímpar

CONHEÇA AS INTERDIÇÕES

Ônibus do Rio terão botãode pânico contra ataquesImagens do interior dosveículos serão enviadasem tempo real para a

Polícia CivilO vice-presidente do RioÔni-bus (sindicato das empresasde ônibus da capital), Otací-lio Monteiro, revelou ontemdurante audiência da Comis-são de Transportes da As-sembleia Legislativa do Rio(Alerj), que os cerca de 9 milcoletivos que circulam na ci-dade terão botões de pânicopara que os motoristas aler-tem a polícia em casos de ata-que de vândalos e crimino-sos. Segundo Monteiro, umacentral que receberá imagense o posicionamento dos veí-culos por GPS.Segundo Otacílio, um siste-

ma similar já é adotado nafrota que circula pelos corre-dores expressos Transoeste eTranscarioca. Nos BRTs, asimagens do interior dos veí-culos serão enviadas em tem-po real para o centro de ope-rações construído no Termi-

nal Alvorada, na Barra da Ti-juca, e, de lá, à Polícia Civil.Ainda de acordo com o diri-

gente, só nos quatro dias deparalisação de rodoviários,em maio, 48 foram ônibus in-cendiados e 723 depredados,causando um prejuízo esti-mado R$ 2,16 milhões. Emnota, a Alerj informou que opresidente da comissão detransportes, deputadoMarce-lo Simão (PMDB), pretendediscutir a questão com o Tri-bunal de Justiça e com o Mi-nistério Público.—Quem coloca fogo emôni-

bus com trabalhadores dentroestá praticando uma tentativade homicídio. Quem joga umapedra no vidro de um ônibuscorre o risco de praticar umcrime de lesão corporal. Preci-samos de punições mais rígi-das para evitar esses casos —disse o parlamentar.Também participaram da

audiência os deputados Dio-nísio Lins (PP) e Átila Nunes(PSL), além de representan-tes do Sindicato dos Rodo-viários. l

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Quarta-feira 4 .6 .2014 O GLOBO l 23

EconomiaDisputadas carnesPÁG. 27

JBS QUER CRESCER NOMERCADO AMERICANOUnidade da empresa nos EUA eleva oferta por HillshireBrands a US$ 7,7 bi, no que pode ser sua maior aquisição

AFP

DefesadoconsumidorPÁG. 28

DÉBITO AUTOMÁTICO,MAS NÃO CONFIÁVELFalhas no sistema de pagamento podem deixarconsumidores como Patricia Tolentino (foto) sem luz

MARCELO CARNAVAL

DESÂNIMOVERDE-AMARELO_

Brasil: 72% de insatisfaçãoPesquisa americana mostra pessimismo com economia. Inflação preocupa mais que corrupção

-WASHINGTON-O sentimento de frustração avançouconsideravelmente entre os brasileiros no últi-mo ano, marcado por protestos generalizados,inflação em alta e baixo crescimento. Não temprecedentes nos anos recentes e contaminounegativamente a avaliação da população sobreos rumos do país, as condições da economia, ogoverno da presidente Dilma Rousseff e a Copado Mundo, revela levantamento feito, entre osdias 10 e 30 de abril, pelo Pew Research Center,umdosmais importantes institutos de pesquisados Estados Unidos. Segundo a sondagem, di-vulgada ontem, 72% dos brasileiros se dizem in-satisfeitos com a situação do país, e 85% apon-tam a escalada dos preços como preocupaçãocentral, superando temas como criminalidade(83%) e corrupção (78%).Há 12 meses, 55% estavam insatisfeitos, pouco

acima dos 50% de 2010, último ano do governoLula e início da série histórica. A economia tempapel central no mau humor corrente. Dois ter-ços (67%) dos 1.003 entrevistados no Brasil commais de 18 anos consideram a situação econômi-ca ruim, após quatro anos seguidos emque aper-cepção positiva foi amplamente dominante.Em 2010, consideravam boa a situação da

economia 62% dos brasileiros, percentual quechegou a 65% em 2012 e era de 59% no ano pas-sado. Em abril, apenas 32% dos pesquisados es-tavam satisfeitos com os rumos econômicos.Mas 63% acreditam que as condições vão me-lhorar nos próximos 12 meses.— Se pegamos desde 2010, as avaliações so-

bre a situação geral do país e a economia nãoestavam alinhadas. A opinião sobre a economiadeu uma guinada e certamente é o fator que ali-mentou o rápido pessimismo dos brasileiros —afirma a principal analista da pesquisa, JulianaHorowitz.Depois da inflação, criminalidade e saúde

(83%) e corrupção no meio político (78%) apare-cem como principais desafios para os brasileiros.A falta de oportunidades de emprego (72%), o hi-ato entre pobres e ricos (68%) e a baixa qualidadedas escolas (64%) completam a lista.— Esses problemas sempre estiveram presen-

tes. O que chama a atenção é que o nível atualde frustração que os brasileiros expressam nãotem paralelo em anos recentes — afirma Julia-na, acrescentando que tamanho descontenta-mento, acumulado de forma tão rápida, só foicaptado recentemente pelo Pew em países quepassaram por revoluções, como o Egito.

DILMA TEM DESAPROVAÇÃO DE 63%Para Paulo Sotero, diretor do Instituto Brasil doWilson Center, think tank sediado em Washing-ton, o resultado aponta um quadro difícil para areeleição de Dilma. Ele lembra que a economiabrasileira terminou o primeiro trimestre estagna-da (expansão de 0,2%) e pode estar em recessão.— Terminado o futebol, as pessoas voltarão à

realidade, e a inflação, particularmente, é umtema essencial nas eleições brasileiras — avaliaSotero.Curiosamente, a melhor avaliação da presi-

dente é na condução da economia. Ainda as-sim, 63% desaprovam sua gestão econômica,frente a 34% que a chancelam. Os números pi-oram para o governo Dilma nos outros oito te-mas consultados: pobreza (65% de desaprova-

ano. No entanto, o levantamento do Pewmostrafadiga com o movimento: 47% consideram osprotestos uma boa coisa, por terem jogado osholofotes sobre deficiências relevantes do país,enquanto 48% acham que eles foram nocivos.

COPA TERÁ IMPACTO NEGATIVO PARA 39%O impacto da Copa do Mundo, um dos catalisa-dores da insatisfação nas ruas, é considerado ne-gativo por 61% dos entrevistados, devido aos re-cursos públicos que o evento dragou e que pode-riam ter sido investidos em serviços públicos.Apenas 34% afirmam que oMundial será benéfi-co, por girar a economia e criar empregos.O efeito da Copa para a imagem do Brasil pe-

rante o mundo não é uma unanimidade. Quasequatro em cada dez pessoas ouvidas (39%)acham que o impacto será negativo, enquanto35% avaliam que será positivo e 23%, nulo.Os brasileiros também acreditam que o Brasil

deveria ser mais respeitado internacionalmen-te, opinião de 76% dos entrevistados. Porém,menos pessoas afirmamque o Brasil é ou se tor-nará uma das nações mais poderosas do mun-do: o percentual combinado, que era de 77% em2010, caiu a 59% este ano.O Pew Research Center realiza pesquisas de

sentimento em 82 países relevantes para os EUA,a fim de avaliar questões domésticas e temas deinteresse americano. O Brasil, por exemplo, inte-grará levantamento sobre classe média no mun-do emergente, a ser divulgado em setembro. l

ção), preparação da Copa do Mundo (67%),educação e política externa (71%), transportepúblico (76%), saúde e criminalidade (85%) ecorrupção (86%).De forma geral, o país está dividido sobre Dil-

ma: 52% acham a influência de sua Presidêncianegativa para o Brasil, ao passo que 48% a con-sideram positiva. O ex-presidente Luiz InácioLula da Silva, em 2010, recebeu a boa nota de84%dos entrevistados. Brasileiros demaior ren-da e mais escolarizados desaprovam a presi-dente de forma mais contundente, mas mesmonas classes de menor poder aquisitivo e educa-ção a avaliação negativa se sobrepõe.A sondagem, porém, revela queDilma é, pesso-

almente, mais apreciada que seus dois principaisadversários este ano. Perguntados se tinhamumavisão favorável ou desfavorável da presidente,51% escolheram a avaliação positiva.

No caso do presidenciável do PSDB, AécioNeves, 27% o veem favoravelmente, contra 53%negativamente. Em relação a Eduardo Campos,do PSB, 24% têm visão favorável e 47%, desfavo-rável. Porém, um em cada cinco entrevistadosainda não tem opinião formada sobre Aécio, eum a cada quatro, sobre Campos.Lula, o político mais bem avaliado da sonda-

gem (66% de visão favorável), apresenta-se co-mo grande cabo eleitoral, assim como o presi-dente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joa-quimBarbosa, que anunciou sua aposentadoriae é bem-visto por 60%. O ex-presidente Fernan-do Henrique Cardoso, sobre o qual 67% dos en-trevistados têm visão negativa, recebe a pioravaliação.Vários dos problemas que mais atormentam

os brasileiros estiveram no centro das manifes-tações que tomaram as ruas do país no último

SAIBA MAIS SOBRE O ESTUDOPERCEPÇÃO SOBRE ASITUAÇÃO ATUAL DO PAÍS

Insatisfeitos

Satisfeitos

201420132010

72%

26%

55%

44%

50%49%

80%

70%

60%

50%

40%

30%

AVALIAÇÃO DASITUAÇÃO ECONÔMICA

Boa

PRINCIPAISDESAFIOS

EFEITO DA COPANA IMAGEMDO PAÍS

201420132010

67%

32%

59%

41%

62%

36%

85%

83%

78%

72%

68%

64%

80%

70%

60%

50%

40%

30%

Ruim

FONTE: Pew Research Center

Inflação

Criminalidadee saúde

Corrupçãopolítica

Falta de emprego

Hiato entrepobres e ricos

Má qualidadedas escolas

39%Negativo

35%Positivo

23%Nulo

FLÁVIABARBOSA

[email protected]

“A opinião sobre a economiadeu uma guinada e alimentouo rápido pessimismo”Juliana HorowitzAnalista do Pew Research Center

NAWEBglo.bo/1l3MLJDPIB no divã: com pessimismogeneralizado, economia patina

EDITORIA DE ARTE KAVEH SARDARI/DIVULGAÇÃO

Setor vai revisar númerosdepois da Copa, que

pode dificultar negócios

-SÃO PAULO- As vendas de veícu-los novos no Brasil recuaramemmaio frente aomesmomêsdo ano passado, e os lojistasapostam em queda de mais de3% no ano como um todo, in-formou ontem a Fenabrave,entidade que representa asconcessionárias. As vendas de

carros, comerciais leves, ôni-bus e caminhões novos noBrasil caíram 7,2% na compa-ração commaio de 2013 e fica-ram praticamente estaciona-das frente a abril, que teve umdia útil a menos que o mêspassado. Os licenciamentossomaram 293.383, contribuin-do para a queda de 5,5% noacumulado deste ano em rela-ção aos primeiros cinco mesesdo ano passado, a 1,4 milhãode unidades.

Indagado sobre novos incen-tivos do governo federal, quepoderiam incluir o adiamentoda retomada de alíquotas inte-grais do Imposto sobre Produ-tos Industrializados (IPI), o pre-sidente da Fenabrave, FlávioMeneghetti, negou a hipótese:— Não vejo espaço para ter-

mos novos incentivos. O gover-no já sinalizou que não haverá.Segundo ele, o setor trabalha

com expectativa de queda de3,24%nas vendas este ano, para

3,64milhões de unidades. Novaprojeção poderá ser divulgadaapós aCopa, que deve pesar so-bre o período de vendas.— A projeção otimista, já

descartamos. Vemos viés debaixa. A economia está desa-celerando— diz Meneghetti.Das principais categorias, só

os veículos comerciais leves ecaminhões tiveram crescimen-to anual nos licenciamentos,respectivamente de 3,15% e1,5%. Automóveis tiveram que-

da de 10,7%, ônibus recuaram11,8%, tratores emáquinas agrí-colas caíram 12%, e motos,2,7%, segundo a Fenabrave.

CNI: FATURAMENTO SOBENo comparativo mensal, asvendas de caminhões saltaram17%emmaio contra abril. Nes-ta comparação, automóveismostraram queda de 1,7%.No ranking de vendas de car-

ros e comerciais leves, a Fiat fi-cou na dianteira, com 20,13%

dos licenciamentos, seguidapor Volkswagen (18,04%), Ge-neral Motors (17,6%), Ford(8,77%),Renault (7,79%),Hyun-dai (7,06%) e Toyota (5,98%).Já a utilização da capacidade

instalada na indústria brasileiraficou em81,1% emabril, segun-do dados dessazonalizados, es-tável frente amarço, informou aConfederação Nacional da In-dústria (CNI). Nomês, o fatura-mento real dessazonalizado daindústria subiu 2,7%. l

Venda de veículos cai 7,2% e deve fechar ano com recuo de 3,2%

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24 l O GLOBO l Economia l Quarta-feira 4 .6 .2014

MÍRIAMLEITÃO

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[email protected]

O desemprego aumentou, mas caiu. Aumentouno que era esperado: do primeiro trimestre de2014 comparado ao último trimestre do ano

passado.É sazonal, sempreaumenta.Ecaiunoqueeradesejável: na comparação de um ano, ou seja, entre osmesmos períodos. No primeiro trimestre de 2013, era8%, e, noquarto, 6,2%.Masnoprimeiro trimestredesteano foi de 7,1%.A pesquisa é consistente no movimento com ou-

tros dados domercado de trabalho, como a Pesqui-sa Mensal de Emprego (PME). A diferença está nopatamar. Comonão sãopesquisas comparáveis, tu-do o que se pode dizer é quemedido de uma formamais ampla, em 3.500 municípios em vez de emapenas seis regiões metropolitanas, o desempregoestá num patamar dois pontos percentuais acima.A PME fica em torno de 5%; a Pnad Contínua, emtorno de 7%, que é um número nada desprezível.Os dadosmostram criação de emprego, aumento

do número de vagas com carteira assinada, quedada taxa em qualquer área do país ou segmento domercado. Por outro lado, há enormes desigualda-des. O trabalhador que não completou o ensinomédio, que ficou nomeio do caminho da qualifica-ção, está mais exposto ao risco do desemprego. Ataxa chega a 12,7%, o que é mais que o número ge-ral, de 7,1%, e três vezesmais doqueodadodos tra-balhadores que concluíram o curso superior.No país, a distância entre o Nordeste e o Sul é enor-

me.NoNordeste, a taxaéde9,3%.NoSul, apenas4,3%.O percentual entre asmulheres émaior emto-das as regiões do paísquando se compara aoshomens. Como a per-gunta feita é se a pessoatrabalha ou está procu-rando emprego, nãoembute as que não tra-balham por opção oudesistência. Portanto,são pessoas do sexo fe-minino procurando em-prego e sendo barradasnomercado.NoNordes-te, o problema para elaschega a 11,4%; númerode país em crise.Os jovens encon-

tram também as bar-reiras de sempre, e ataxa dos que procuramemprego e não encon-tram é muito maior, chegando ao absurdo númerode 20% no Nordeste.Aumentou muito nos últimos anos o número de

trabalhadores com carteira assinada em qualquerumdos vários indicadores demercado de trabalho,como o Cadastro Geral de Empregados e Desem-pregados, o Caged. A Pnad Contínua também re-gistra isso e mostra outra desigualdade: 77,7% dostrabalhadores da iniciativa privada tinham carteiraassinada no primeiro trimestre deste ano. Mas, en-tre empregados domésticos, 31,4%, apenas. E a re-gulamentação da nova lei das empregadas domés-ticas ainda não foi concluída.Pelos números da Pnad, o país tinha 62,6milhões

de brasileiros fora da força de trabalho. São pessoascom mais de 14 anos de idade, que integram a po-pulação em idade de trabalhar, mas que não esta-vam ocupadas nem procurando emprego. Em suamaioria, estudantes, donas de casa e aposentados.O curioso é que o número cresceu em 1 milhãodesde o primeiro trimestre de 2013, contrariando atendência de melhoria dos indicadores.Todososnúmeros serãoapresentadosde formamais

frequente e mais detalhada para que um administra-dorde cidade, estadooupaís possa formular suaspolí-ticaspúblicas.Nãohaviamotivoalgumparaa reclama-çãodeparlamentares eparaadecisão—depois revista—de suspender a divulgação da pesquisa. l

Dados mais exatosAo ser divulgada ontem, a Pnad Contínuamostrou que era necessária e que foi um erropensar em suspendê-la. A pesquisa traz bonsnúmeros e, ao mesmo tempo, exibe algumasvelhas mazelas do Brasil. Será uma ferramentamais precisa e exata para ajudar osformuladores de políticas públicas. Felizmente,os funcionários do IBGE brigaram para mantero cronograma de divulgação.

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COMALVAROGRIBEL (DESÃOPAULO)oglobo.com.br/economia/miriamleitao

1Divulgação da PnadContínua, ontem, mostrouque foi um erro tentarsuspendê-la

2Pesquisa é uma ferramentamais exata para ajudar naformulação de políticaspara o mercado de trabalho

3Desemprego da Pnad émaior que o da PME, masambas mostram tendênciade queda em um ano

UOspontos-chave

Uma economia que aindamostra fôlego para gerar va-gas apesar da fraca atividadeeconômica. Diferentementedo retrato das principais me-trópoles, os dados maisabrangentes a respeito domercado de trabalho forneci-dos pela Pesquisa Nacionalpor Amostra de Domicílios(Pnad) Contínua sugeremque a redução do desempregoestá ligada ao aumento depostos de trabalho.A taxa de desemprego nos

cerca de 3.500 municípios dopaís ficou em 7,1% no primei-ro trimestre deste ano. Nomesmo período do ano passa-do, fora de 8%. Essa queda foiresultado da criação de 1,77milhão de vagas no últimoano, combinada aomovimen-to de saída de pessoas domer-cado de trabalho, sobretudode jovens e de idosos. Nos trêsprimeiros meses do ano, 972mil deixaram o mercado detrabalho, alta de 1,6% sobre omesmo período do ano passa-do. No país, 7 milhões de pes-soas estavam desocupadas.

CRESCE O EMPREGO FORMALEm relação ao último trimestredo ano passado, o desempregosubiu, em ummovimento típicodessa época do ano quando hácontratação de temporários pa-ra as encomendasdo fimdoanoe posterior dispensa. A taxa dedesemprego no último trimestredo ano foi de 6,2%.— A pesquisa mostra um

avanço do mercado de traba-lho em relação a 2013. Houve oaumento de cerca de 1,77 mi-lhão de vagas em um ano e re-dução de 750 mil pessoas pro-curando trabalho, temos a car-teira de trabalho com avançosuperior ao de geração de va-gas, foram gerados 1,714 mi-lhão de postos com carteira —afirmou Cimar Azeredo, coor-denador de Trabalho e Rendi-mento do IBGE.A Pnad Contínua, que defla-

grou uma crise institucionalno IBGE, pode voltar a ser in-terrompida em razão da gre-ve. O coordenador de Traba-lho e Rendimento,Cimar Aze-redo, afirmou que a greve jáinterrompeu o estudo do cál-culo de renda per capita daPnad Contínua e pode trazerriscos à coleta e à divulgaçãodas pesquisas.No Rio, os oito centros pú-

blicos de emprego, trabalho erenda da Prefeitura são al-guns dos locais de busca devagas. Segundo o secretárioAugusto Ribeiro, mais de 16mil pessoas já foram encami-nhadas para entrevistas emempresas nos cinco primeiros

meses deste ano.Nas cinco regiões foi obser-

vada redução da taxa de deso-cupação e aumento da carteirade trabalho. No país, 77,7% detodos os ocupados no setorprivado estavam formalizados,um avanço de 1,6 ponto per-centual em relação ao primei-ro trimestre de 2013.Na avaliação deRafael Bacci-

otti, da Tendências Consulto-ria, os números da PnadContí-nuamostram um cenário maispositivo do mercado de traba-lho do que o traçado pela PME,principalmente por causa dacobertura geográfica diferenteentre as duas pesquisas.— O quadro do mercado de

trabalho não é tão drásticoquanto mostra a pesquisa deemprego, embora realmentehaja perda de fôlego de novasvagas, como se vê pelo Caged.Há uma metodologia diferente,mas a principal razão é a abran-gência geográfica. Parece que aperda de força do emprego foimais forte nas regiõesmetropo-litanas— diz Bacciotti.Um ponto importante de di-

ferença, segundo Douglas Ue-mura, da LCA Consultores, éna taxa de atividade, que é aproporção das pessoas em ida-de de trabalhar que estão ocu-padas ou em busca de traba-lho. Ela segue estável em61,1%na PnadContínua,mas caiu de57,2% para 56,2% no primeirotrimestre na pesquisa das regi-ões metropolitanas.— Apesar dos resultados

um pouco mais positivos daocupação, o quadro é de um

mercado de trabalho mornopara fraco em 2014. A indús-tria vai mal, o comércio vare-jista cresce pouco, há umaqueda da confiança do em-presário e do consumidor —afirma Uemura.A pesquisa mostrou, ainda,

a persistência de um merca-do de trabalho com desigual-dades. A taxa de desocupa-ção entre as pessoas com en-sino médio incompleto erade 12,7% nos primeiros trêsmeses do ano, enquanto en-tre aqueles com ensino supe-rior, foi o equivalente a umterço: apenas 4%. No Sul, tra-balhadores com ensino supe-rior tinham taxa de desem-prego de 2,4%. No Nordeste,o desemprego ficou em 9,3%,2,2 pontos percentuais acimada média nacional. Ainda noNordeste, as mulheres ti-nham a mais alta taxa de de-semprego do país, 11,4%. NoSul, chegava à mínima: 5,4%.O economista Claudio De-

decca, da Unicamp, especialis-ta em mercado de trabalho,prefere ver com cautela os nú-meros. Segundo ele, a pesqui-sa ainda está em período deconsolidação de coleta e deanálise e ainda não configurauma tendência. l

País cria 1,77 milhão de vagase desemprego cai para 7,1%Taxa nacional de desempregomostra cenáriomelhor no 1º trimestre

CLARICE [email protected]

[email protected]

CARLOS IVAN

Na fila. Um centro público de emprego, no Rio: no primeiro trimestre de 2014, 7 milhões estavam desocupados no país

RETRATODOTRABALHO_

NAWEBhttp://bit.ly/1l3HkdXMapa interativo com odesemprego por

instrução e idade, nas regiões do país

MiriamBelchior: reajuste no IBGEestá ‘foradequestão’, napágina26

UNOVAABRANGÊNCIA

A Pnad Contínua é a novapesquisa do IBGE para omercado de trabalho brasileiro evai substituir a Pesquisa Mensalde Emprego (PME), com sériehistórica iniciada em 2012. Aprincipal diferença entre os doislevantamentos se refere àcobertura geográfica: a PMEcoleta dados de apenas seisregiões metropolitanas (Rio, SãoPaulo, Belo Horizonte, PortoAlegre, Recife e Salvador)enquanto a Pnad contínua vaiacompanhar 3.500 municípios.Na antiga Pnad, que era feitauma vez por ano, eram 1.100.

Mas há outras diferenças,como a periodicidade, os nomesde alguns termos e a faixa etária.A PME é publicadamensalmente, enquanto a Pnadcontínua tem dados a cadatrimestre. Na primeira, apopulação investigada é de dezanos ou mais enquanto na últimoos dados são coletados paraquem tem 14 anos ou mais. Acriação de vagas é uma dasdiferenças que sobressaem emrelação à PME. Na média dostrês primeiros meses do ano, aPME mostrou que a geraçãoficou estável no primeirotrimestre em relação ao mesmoperíodo do ano passado, com umtotal de 69.013 vagas.

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Quem anuncia nos Classificados doRio pode estar no Globo, no Extra,no smartphone, no tablet e na web.

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120

Ministério daAgricultura, Pecuáriae Abastecimento

Aquisição de gêneros alimentícios originários da Agricultura FamiliarA Superintendência Regional da Conab no Estado do Rio de Janeiro, fazendo uso do disposto no art. 17 da Lei nº 12.512/11, noart. 17 do Decreto nº 7.775/12 e na Resolução nº 50/12 do Grupo Gestor do PAA, publicada no Diário Oficial da União de 26/11/12,torna pública, para conhecimento dos interessados, a abertura da 1ª Chamada Pública Conab/Sureg-RJ nº 001/14, tendo porobjetivo a aquisição de gêneros alimentícios da Agricultura Familiar, por meio da modalidade de Compra Institucional, para asuplementação alimentar de grupos populacionais específicos, no contexto de ação coordenada pelo MDS.Período para apresentação dos documentos para habilitação e da Proposta de Venda: de 09 a 18/06/2014, no horário comercial,excetuando o dia 18/06/14 que será até as 12:00 horas.Os produtos e quantitativos estão descritos a seguir:Lotes Produto Unid. Quantidade01 Arroz beneficiado, longo, tipo 1 – pacote de 5Kgou 1kg. Kg 72.39002 Feijão comumcores – carioca – tipo 1 – última safra – pacote 1 kg kg 21.72003 Farinha demandioca - fina/seca –média – tipo 1 – pacote de 1 kg Kg 14.48004 Fubádemilho, pré-cozido, enriquecido – pacote de 1kg /500 g Kg 7.24005 Macarrão comumespaguete – pacote 1 kg/500 g Kg 7.240

Aversão completa da Chamada Pública, incluindo os locais de entrega dos produtos, está disponível na sede da SuperintendênciaRegional da Conab no Estado do Rio de Janeiro, nas suas diversas Unidades Armazenadoras e na Internet (www.conab.gov.br).

Rio de Janeiro/RJ, 02 de junho de 2014Elisa Picorelli Zukeran

Superintendente Regional da ConabSubstituta

AVISO DA 1ª CHAMADA PÚBLICA CONAB SUREG-RJ Nº 001/2014

COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO – CONABSUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DO RIO DE JANEIRO

Product: OGlobo PubDate: 04-06-2014 Zone: Nacional Edition: 1 Page: PAGINA_Z User: Asimon Time: 06-04-2014 01:52 Color: CMYK

Page 25: OG-2014-06-04.pdf

Quarta-feira 4 .6 .2014 l Economia l O GLOBO l 25

Product: OGlobo PubDate: 04-06-2014 Zone: Nacional Edition: 1 Page: PAGINA_AA User: Asimon Time: 06-04-2014 01:52 Color: CMYK

Page 26: OG-2014-06-04.pdf

26 l O GLOBO l Economia l Quarta-feira 4 .6 .2014

IMPOSTO DE RENDAIR NA FONTE MAIO 2014Base de cálculo Alíquota Parcela a deduzirR$ 1.787,77 Isento —De R$ 1.787,78 a R$ 2.679,29 7,5% R$ 134,08De R$ 2.679,30 a R$ 3.572,43 15% R$ 335,03De R$ 3,572,44 a R$ 4.463,81 22,5% R$ 602,96Acima de R$ 4.463,81 27,5% R$ 826,15

Deduções: a) R$ 179,71 por dependente; b) deduçãoespecial para aposentados, pensionistas etransferidos para a reserva remunerada com 65 anosou mais: R$ 1.787,77; c) contribuição mensal àPrevidência Social; d) pensão alimentícia paga devidoa acordo ou sentença judicial. Obs: Para calcular oimposto a pagar, aplique a alíquota e deduza a parcelacorrespondente à faixa.Esta nova tabela só vale para o recolhimento do IRPFeste ano. O valor da restituição será corrigido pela TaxaSelic a partir de 01/05/2014 até a data da liberação

Indicadores

TR31/5 0,0893% 1/6 0,116% 2/5 0,0857%

Selic: 11%

Correção da PoupançaAté 03/05/12 A partir de 04/05/12

DIA ÍNDICE DIA ÍNDICE

18/06 0,5901% 18/06 0,5901%19/06 0,6042% 19/06 0,6042%20/06 0,6152% 20/06 0,6152%21/06 0,6015% 21/06 0,6015%22/06 0,5713% 22/06 0,5713%23/06 0,5224% 23/06 0,5224%24/06 0,5320% 24/06 0,5320%25/06 0,5606% 25/06 0,5606%26/06 0,5897% 26/06 0,5897%27/06 0,6166% 27/06 0,6166%28/06 0,5861% 28/06 0,5861%29/06 0,5467% 29/06 0,5467%30/06 0,5467% 30/06 0,5467%01/07 0,5467% 01/07 0,5467%02/07 0,5857% 02/07 0,5857%

Obs: Segundo norma do Banco Central, osrendimentos dos dias 29, 30 e 31 correspondem aodia 1º do mês subsequente.

INSS/JUNHO

Trabalhador assalariadoSalário de contribuição (R$) Alíquota (%)Até 1.317,07 8de 1.317,08 a 2.195,12 9de 2.195,13 a 4.390,24 11Obs: Percentuais incidentes de forma não cumulativa(artigo 22 do regulamento da Organização e doCusteio da Seguridade Social).

Trabalhador autônomoPara o contribuinte individual e facultativo, o valor dacontribuição deverá ser de 20% do salário-base.Contribuição mensal mínima de R$ 144,80 (para o pisode R$ 724,00) e máxima de R$ 878,04 (para o teto de R$4.390,24)

UFIR UFIR/RJJunho JunhoR$ 1,0641 R$ 2,5473Obs: foi extinta

UNIFObs: A Unif foi extinta em 1996. Cada Unif vale 25,08Ufir (também extinta). Para calcular o valor a serpago, multiplique o número de Unifs por 25,08 edepois pelo último valor da Ufir (R$ 1,0641). (1 Uferj= 44,2655 Ufir-RJ)

INFLAÇÃO

IPCA (IBGE)Índice Variações percentuais

(12/93=100) No mês No ano Últ. 12meses

Novembro 3780,61 0,54% 4,95% 5,77%Dezembro 3815,39 0,92% 5,91% 5,91%Janeiro 3836,38 0,55% 0,55% 5,59%Fevereiro 3862,84 0,69% 1,24% 5,68%Março 3898,38 0,92% 2,18% 6,15%Abril 3924,50 0,67% 2,86% 6,28%

IGP-M (FGV)Índice Variações percentuais

(12/93=100) No mês No ano Últ. 12meses

Dezembro 538,370 0,60% 5,51% 5,51%Janeiro 540,959 0,48% 0,48% 5,66%Fevereiro 543,038 0,38% 0,87% 5,76%Março 552,087 1,67% 2,55% 7,30%Abril 556,420 0,78% 3,35% 7,98%Maio 555,679 -0,13% 3,2% 7,84%

IGP-DI (FGV)Índice Variações percentuais

(12/93=100) No mês No ano Últ. 12meses

Novembro 527,422 0,28% 4,80% 5,49%Dezembro 531,056 0,69% 5,52% 5,52%Janeiro 533,197 0,40% 0,40% 5,62%Fevereiro 537,703 0,85% 1,25% 6,30%Março 545,684 1,48% 2,75% 7,55%Abril 548,145 0,45% 3,22% 8,10%

ÍNDICES

BOVESPA SAL. MÍNIMO SAL. MÍNIMO(FEDERAL)* (RJ)**

Dezembro -1,86% R$ 678 R$ 802,53Janeiro -7,51% R$ 724 R$ 874,75Fevereiro -1,14% R$ 724 R$ 874,75Março 7,05% R$ 724 R$ 874,75Abril 2,40% R$ 724 R$ 874,75Maio -0,75% R$ 724 R$ 874,75Obs: * O valor do salário mínimo a partir de 1º dejaneiro de 2014 é de R$ 724,00. ** Piso paraempregado doméstico, entre outros.

CÂMBIO

DÓLARCompra R$ Venda R$

Dólar comercial (taxa Ptax) 2,2648 2,2654Paralelo (São Paulo) 2,17 2,44Diferença entre paralelo e comercial -4,18% 7,70%Dólar-turismo esp. (Banco doBrasil)

2,20 2,36

Dólar-turismo esp. (Bradesco) 2,16 2,39

EUROCompra R$ Venda R$

Euro comercial (taxa Ptax) 3,0851 3,0866Euro-turismo esp. (Banco do Brasil) 2,99 3,22Euro-turismo esp. (Bradesco) 2,94 3,25

OUTRAS MOEDASCotações para venda ao público (em R$)Franco suíço 2,54062Iene japonês 0,022214Libra esterlina 3,81389Peso argentino 0,281353Yuan chinês 0,364054Peso chileno 0,00413875Peso mexicano 0,176017Dólar canadense 2,08758

FONTE: MERCADO

Obs: As cotações de outras moedas estrangeiraspodem ser consultadas nos sites www.xe.com/ucc ewww.oanda.com.

BOLSA DE VALORES: Informações sobrecotações diárias de ações e evolução dosíndices Ibovespa e IVBX-2 podem serobtidas no site da Bolsa de Valores de SãoPaulo (Bovespa), www.bovespa.com.brCDB/CDI/TBF: As taxas de CDB e CDIpodem ser consultadas nos sites deAnbima (www.anbima.com.br) e Cetip(www.cetip.com.br). A Taxa BásicaFinanceira (TBF) está disponívelno site do Banco Central (www.bc.gov.br).Para visualizá-la, clicar em “Economia efinanças” e, posteriormente, em “Sériestemporais”FUNDOS DE INVESTIMENTO:Informações disponíveis no site daAssociação Brasileira das Entidades dosMercados Financeiro e de Capitais(Anbima), www.anbima.com.br. Clicar em“Fundos de investimento”IDTR: Pode ser consultado no site daFederação Nacional das Empresas deSeguros Privados e de Capitalização(Fenaseg), www.fenaseg.org.br. Clicar nabarra “Serviços” e, posteriormente, emFAJ-TR. Selecionar o ano e o mês desejadosÍNDICE DE PREÇOS: Outros indicadorespodem ser consultados nos sites daFundação Getulio Vargas (FGV, www.fgv.br),do Instituto Brasileiro de Geografia eEstatística (IBGE, www.ibge.gov.br) e daAnbima (www.anbima.com.br)

-BRASÍLIA- A ministra do Planejamento,Miriam Belchior, descartou ontemqualquer possibilidade de abertura denegociações com os servidores em gre-ve do IBGE. Ao GLOBO, ela lembrouque a categoria fechou um acordo em2012 que previa reajuste de 15,8% até2015. E enfatizou que “quem assinousabia que uma nova discussão só ocor-reria em 2015”.—Esse parâmetro é para todomundo

que quer discutir a regra nomeio do jo-go. Tem acordo salarial feito, e o gover-no não abrirá negociação. Se abrir parauma categoria, terá que abrir para to-das. Não há nenhuma margem para is-so. Até porque está muito próximo operíodo em que é vetado qualquer rea-juste para servidores públicos (pré-eleitoral) . Está fora de questão — afir-mou a ministra.Sobre o risco de a greve prejudicar

as pesquisas do IBGE, inclusive aPNAD Contínua, que chegou a sersuspensa, mas foi retomada por pres-são dos próprios funcionários e diri-gentes do instituto, a ministra do Pla-nejamento foi enfática:— A orientação é para que sejam to-

madas todas as medidas administrati-vas e legais para que as pesquisas nãosofram solução de continuidade. Eles(os funcionários) reclamaram que apesquisa (PNADContínua) não ia sair eagora fazem greve. Não vejo coerência— disse a ministra.Ao comentar o resultado da PNAD

Contínua, que apontou taxa de desem-prego de 7,1% no primeiro trimestre,Miriam Belchior disse que o importan-te é que a pesquisa mostra que o de-semprego está diminuindo e que omercado de trabalho permanece ro-busto. Na comparação com o resultado

do primeiro trimestre de 2013 (8%),houve queda no desemprego. Já em re-lação ao quarto trimestre de 2013(6,2%), a taxa aumentou, mas a minis-tra considera que essa comparação nãoé adequada:— O mercado de trabalho é sazonal.

Não se pode comparar o quarto trimes-tre (2013) comoprimeiro (2014), porqueno primeiro os índices são sempre maisaltos. Quando você compara a tempera-tura do verão é com a do verão passado,nunca com a do inverno, não é?Ela observou ainda que se a compa-

ração for com a taxa de desempregoanualizada, a tendência de queda semantém.— Amédia de 2014 é menor que a de

2013. Todos os indicadores estão mos-trando isso. Continuamos criandomui-to emprego. São 4.100 empregos pordia no governoDilma. A formalização écrescente, a qualidade das relações de

trabalho melhorou, e a renda do traba-lho está cada vez maior — afirmou.Sobre a avaliação de analistas de que

o desemprego deve crescer por contada desaceleração da economia, a mi-nistra disse que não concorda:— Isso não vai acontecer. Há uma pe-

culiaridade nomercado de trabalho noBrasil que tem a ver com uma série depolíticas. Com a desoneração (da folhade salários), com a ampliação do Su-persimples. Neste ano de eleição se cri-ammais vagas. E tem a Copa, que é umcondão para a criação de mais empre-gos. Esse rumo de taxa de desempregomuito baixa é o que o país deve seguir.O meu horizonte é de continuidadedesse processo. l

Ministra descarta piora no emprego com economiamais fraca

REGINAALVAREZ

[email protected]

ANDRÉ COELHO/30-10-2012

Otimista.Ministra diz que resultado da Pnad Contínua mostra diminuição do desemprego

Para Miriam Belchior, reajusteno IBGE está ‘fora de questão’

RETRATODOTRABALHO_

NAWEBhttp://glo.bo/1pQ6Eo1Marcelo Neri diz que há vigor nomercado de trabalho

JACAREPAGUÁ(PREZUNICCENTER)Estr.MarechalMiguelSalazarMendesdeMoraes,906MADUREIRASHOPPINGEstradadoPortela,222TIJUCARuaCondedeBonfim,604

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Centrais pressionampor redução da jornadaSegundo Dieese,proposta criaria3,2milhões denovos empregos

LINORODRIGUES

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-SÃO PAULO- Centrais sindicais,Ministério Público do Traba-lho, Dieese e outras sete orga-nizações de trabalhadoresmarcaram às 14h de hoje, noAuditório Nereu Ramos, naCâmara dos Deputados, emBrasília, o relançamento dacampanha pela aprovação daPEC 231, proposta de emendaconstitucional que prevê a di-minuição da jornada de traba-lho de 44 para 40 horas sema-nais, sem redução de salários.O movimento “pró-40 horas”,segundo o presidente da CUT,Vagner Freitas, é baseado emestudo do Dieese que apontaque uma redução de quatrohoras na jornada semanal cria-ria 3,2 milhões de novos em-pregos e representaria um im-pacto de apenas 1,99% noscustos totais das empresas.Entidades empresariais co-

mo a Confederação Nacionalda Indústria (CNI) são contra aPEC 231 e, além de contesta-rem os números do Dieese,consideram que a nova lei, ca-so seja aprovada, reduzirá ain-da mais a competitividade daprodução brasileira e aumen-tará o desemprego nas micro epequenas empresas, responsá-veis por mais de 50% dos pos-tos de trabalho no país.— A CUT não tem a menor

intenção de reduzir a competi-tividade das empresas brasilei-ras. Isso não ajudaria o Brasil,pelo contrário. Mas os empre-

sários precisam entender queum trabalhador com maistempo para a família e para olazer tende a render mais paraos interesses empresariais —disse Freitas.Para o vice-presidente da

CNI, Alexandre Furlan, a enti-dade tem demonstrado em vá-rios estudos que a diminuiçãoda jornada para 40 horas sem acontrapartida do corte de salá-rios acabaria reduzindo postose aumentado o custo do traba-lho no país. Segundo ele, a CNInão é contra a redução do nú-mero de horas trabalhadas,desde que ela seja acertada en-tre sindicato e empresa duran-te as negociações do acordocoletivo de trabalho. Jornadasreduzidas, explicou, já aconte-cem em alguns segmentos in-dustriais como o automotivo.— Isso (a criação de empre-

gos) é uma falácia. O Brasil já éconhecido por ter uma produti-vidademais baixa que a de seusprincipais concorrentes. Querercriar emprego por meio de leisó irá piorar nossa situação —disse Furlan, que também pre-side o Conselho de Relações doTrabalho da CNI.Assim comoFurlan, o diretor

adjunto do departamento sin-dical da Federação das Indús-trias do Estado de São Paulo(Fiesp), Adauto Duarte, enten-de que a diminuição da jorna-da é um tema que tem de sertratado no âmbito da negocia-ção coletiva.—É claro que é possível ter

jornada de trabalho maior oumenor que 40 horas , mas des-de que negociada entre em-presas e sindicatos — disseDuarte, salientando que umalei como querem os sindicalis-tas, se aprovada, acabará ge-rando mais desemprego. l

Product: OGlobo PubDate: 04-06-2014 Zone: Nacional Edition: 1 Page: PAGINA_AB User: Asimon Time: 06-04-2014 01:52 Color: CMYK

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Quarta-feira 4 .6 .2014 l Economia l O GLOBO l 27

Hillshire aceita negociar com JBS e Tyson FoodsSubsidiária nos EUA da gigante brasileira de carnes eleva oferta, e negócio pode chegar a US$ 7,7 bilhões

RONALDOD’ERCOLE

[email protected]

[email protected]

-SÃO PAULO- A disputa de gigantesdo mercado de carnes pelaHillshire Brands, dona demarcaspopulares nos Estados Unidos,como as sobremesas Sara Lee eas salsichas Jimmy Dean, entrouna fase de guerra de propostas.NomesmodiaemqueaPilgrim’sPride, subsidiária da brasileiraJBS nos EUA, confirmou ter ele-vado sua oferta, aHillshire anun-ciouquemanterá conversas coma Pilgrim’s e com sua concorren-te, a Tyson Foods.A oferta inicial da Pilgrim’s,

feita no fim demaio, era de US$45 por ação da Hillshire, o quesignificaria um total de US$ 6,4bilhões, considerando tambéma dívida da empresa. Após a Ty-son propor o equivalente a US$6,8 bilhões ouUS$ 50 por papel,a subsidiária da JBS elevou suaoferta a US$ 55 por ação, o quelevaria a compra da empresaamericana a US$ 7,7 bilhões.Se derrotar a Tysonna dispu-

ta, a Hillshire será a maioraquisição já feita pela JBS, cujaestratégia de expansão semprese baseou na compra de outrasempresas. Depois de destronara Tyson comomaior produtoramundial de carne, a JBS tam-bém se tornaria tão grandequanto a rival nos EUA.— A gestão da JBS para car-

nes tem semostradomuito efi-caz, e isso assusta os concor-rentes. Mas ter uma empresacom forte presença internacio-nal é bompara o Brasil— disseum executivo que acompanhade perto o negócio.

AÇÕES DA JBS CAEM 2,34%No mercado americano, Tysone Pilgrim’s enfrentam disputaacirrada. A primeira tem 21%domercadode frangoprocessa-do, a segunda, 18%. Na carnebovina, a fatia da Tyson chega a26% e a da JBS, a 23%. A aquisi-ção da Hillshire é vista comouma forma de ampliar margense diversificar produtos num dosprincipais mercados.As propostas das duas rivais

determinam que a Hillshire de-

veria abandonar uma oferta jáformalizada pela Pinnacle Fo-ods, dona demarcas de vegetaiscongelados. Até agora, a Hillshi-re diz que não abandonou aoferta, que foi vista desde o iní-cio com ressalvas entre acionis-tas e investidores.Em comunicado enviado à

Comissão de Valores Mobiliári-

os (CVM), a JBS diz que o negó-cio geraria sinergias de US$ 300milhões ao ano. Para analistas,no entanto, a oferta, indireta-mente, afetará o endividamentoda JBS, dona de 75% do capitalda Pilgrim’s.—Comaoferta, a relação en-

tre dívida líquida e Ebitda (ge-ração de caixa) da JBS subiria

para 4,4 vezes no terceiro tri-mestre — estimou LeonardoAlves, analista da VotorantimCorretora.No fim do primeiro trimestre,

este indicador era de 3,26 vezes.Analistas tememaindaqueadis-puta resulte em nova rodada deaumento de ofertas, com novacontraproposta da Tyson. Asações da JBS caíram 2,34%, a R$7,50. No mercado americano, ospapéis da Pilgrim’s perderam2,25%, enquanto as ações daHillshire tiveram forte valoriza-ção, de 9,48%, a US$ 58,60.—Temosmostradoque a em-

presa tem conseguido manter arelação dívida/Ebtida em trêsvezes, e por períodos curtosapenas ela poderá ser maiorque essa proporção — rebateuum executivo da empresa, quepediu para não ser identificado.Analistas da Yeld Capital

avaliam que se trata de um ne-gócio de grande proporção pa-ra uma companhia já endivi-dada, como a JBS.“Na nossa visão, a Pilgrim’s

continuará na disputa pelaHillshire e negociará uma forma

de a empresa desistir da fusãocom a Pinnacle, ou tentará en-contraralguémpara transferirosativos da Pinnacle”, disse Alves,da Votorantim, em relatório.A JBSdivulgouprospecto preli-

minar do pedido de abertura decapital da JBS Foods, subsidiáriaque concentra operações defrango eprocessados de carnedefrango e porco, com marcas co-mo Seara, Frangosul e Pilgrim’s.O prospecto informa que os re-cursos da oferta de ações serãousadospara expansãodeativida-des, aquisições e pagamento dedívidas. Avaliações iniciais domercado apontam que a empre-sa poderia levantar cerca de R$ 5bilhões comaoferta.MesmoqueaPilgrim’s se financie diretamen-te no mercado americano, osanalistas ponderamque parte dadívida pode recair sobre o balan-ço da JBS, por meio da equiva-lência patrimonial. l

DANIEL ACKER/BLOOMBERG

Expectativa. Produto da Hillshire: empresa pode se tornar maior compra da JBS

NAWEBhttp://bit.ly/1iQJObiLista mostra asaquisições recentes

feitas pela JBS

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Governo já estuda novosocorro a elétricasEmpresas devem usarempréstimo paracobrir despesas demaio a dezembro

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-BRASÍLIA- O governo já estuda apossibilidadedecaptarnovoem-préstimo junto ao setor financei-ro para ajudar as distribuidoras acobrirem despesas extras com acompra de energia no curto pra-zo este ano. O primeiro financia-mento, de R$ 11,2 bilhões, con-tratadopelaCâmaradeComerci-alização de Energia Elétrica(CCEE) juntoaosbancos, não se-rá suficiente nem para cobrir in-tegralmente a terceira parcela dadívida das empresas, que venceno próximo dia 9 de junho. O va-lor da parcela é R$ 2,7 bilhões eficarão faltando R$ 450milhões.O diretor-geral da Agência Na-

cional de Energia Elétrica(Aneel), RomeuRufino, disse on-tem que o governo e a agênciaestudam a possibilidade de umnovoempréstimo,massóapartirde julho. A parcela que está fal-tando para o pagamento da pró-xima semana terá que ser banca-do pelas próprias empresas:— (O empréstimo) é uma das

alternativas, é complementar aovalor contratado, R$ 11,2 bilhões,se os bancos concordarem.Ele disse que os recursos ne-

cessários para os próximos me-ses serão “infinitamente”meno-res do que o primeiro emprésti-mo, mas não fez projeções.— O contrato firmado junto

aos bancos, de R$ 11,2 bilhões,

foi sendoutilizadoemabril,maioe junho,eagoraexauriuovalor.Apartir da liquidaçãode julho, estáse avaliando buscar alternativapara estes meses, que será umvalor bemmenor, porque se fez oleilão para se entregar grandeparte da energia. O valor tende aser infinitamentemenor.Se for liberado, o segundo fi-

nanciamento será usado pelasempresas para cobrir as despe-sas entre maio e dezembro. Asgarantias de pagamento do pri-

meiroempréstimosãoos reajus-tes tarifários da conta de luz doconsumidor que começarão em2015. A proposta das distribui-doras évincularopagamentodonovo financiamento aos reajus-tes de 2016. Até agora o consu-midor não sabe exatamentequanto isto representará de au-mento na sua conta de luz.O primeiro empréstimo foi

concedido por um grupo de dezbancos: Caixa Econômica Fede-ral, Banco do Brasil, Bradesco,Itaú Unibanco, Santander Brasil,Citibank, BTG Pactual, Bank ofAmerica Merrill Lynch, JPMor-gan e Credit Suisse. O financia-mento é corrigido pelo Certifica-do de Depósito Interbancário(CDI) mais 1,9 % ao ano, comquitação até outubro de 2017. l

“(O empréstimo) É uma dasalternativas, é complementarao valor contratado,R$ 11,2 bilhões, se os bancosconcordarem”Romeu RufinoDiretor-geral da Aneel

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28 l O GLOBO l Economia l Quarta-feira 4 .6 .2014

Ministério do Turismo lança o “Guia do TurismoAcessível", no qual pessoas com necessidadesespeciais podem avaliar condições de acesso de530mil estabelecimentos no país

ACESSIBILIDADE ONDE RECLAMARA Superintendência de Seguros Privados e deCapitalização (Susep) funciona na Av. Presidente Vargas,730, Centro, das 9h30min às 16h30min. Telefone0800-021-8484 ou www.susep.gov.br, seção Fale Conosco

Defesadoconsumidor

Drogaria entregaproduto erradoaComprei um produto naDrogaria Onofre que tinhaque ser entregue até as 18hdo dia seguinte. Umasemana depois, entrei emcontato e recebi ainformação de que nãodispunham do produto emestoque, nem previsão pararecebê-lo. Solicitei, então, adevolução do meu dinheiro.Abriram um processo para adevolução e, no mesmo dia,recebi um e-mailinformando que o produtoseria entregue no diaseguinte. A drogaria tem ounão o produto? No dia

Canais abertos sãobloqueadosaFiz o pedido decancelamento da Sky e elesbloquearam todos meuscanais de TV, inclusive osinal da TV aberta, já quemeu plano anterior era o Skylivre. Estou sem acesso aoscanais de TV por causa dessebloqueio feito de formaabusiva.RODRIGO DIEGUESCAJAMAR, SP_

aA Sky pediu desculpas pelotranstorno, entrou em contatocom o consumidor, informou oprocedimento necessário. Aquestão já foi resolvida.

ficou de entrar em contatocom os canais competentesdo banco, para que a apólicechegasse o quanto antes, masnada aconteceu. Depois demuitas ligações para banco,sem sem sucesso, no dia 21 demarço encaminharam para omeu e-mail, um “espelho” daapólice. Mais, uma vez,ficaram de encaminhar aapólice via Correios, mas atéagora nada.CARLA ANDRADE MAIALRIO DE JANEIRO_

aO Santander informou que entrouem contato com a cliente eesclareceu que a apólice do segurofoi enviada por meio de Sedex parao endereço de correspondência dacorrentista.

aA Decolar.com entrou em contatocom o leitor para informar sobre apolítica de alteração de data dacompanhia aérea em questão, bemcomo confirmou que a passagemjá foi devidamente remarcada.

Apólice de seguronão chegaaEm 6 de janeiro, fui à umaagência do Banco Santanderpara renovar meu seguroresidencial e fui informadaque a apólice seriaencaminhada via Correiosnum prazo máximo de 45dias. Decorrido esse prazo,como a apólice não chegou,entrei em contato por telefonecom a minha gerente. Ela

mas ele não pôde embarcarna data prevista. Procurou oescritório da Air Canada pararemarcar o bilhete para o diaseguinte. A Air Canada, noentanto, afirmou que o titularda compra, no caso eu,precisava fazer contato com aDecolar.com. Já o atendenteda Decolar.com informou quemeu amigo deveria resolver oproblema com a Air Canada.Em resumo, mais de ummêsdepois, o bilhete ainda não foiremarcado por causa do jogode empurra entre as duasempresas. Com isso, corro orisco de perder R$ 4 mil. Oque faço?WELLINGTON CARDIAJOSÉ DOS CAMPOS, SP_

seguinte foi feita a entrega,mas do produto errado. Entreiem contato novamente e aempresa agendou a troca parao dia seguinte. Passaram trêsdias e não trocaram nemmederam nenhuma satisfação.BARBARA CRISTINA MENDONÇARIO DE JANEIRO_

aA Drogaria Onofre informou quepediu desculpas à cliente peloproblema. Além disso, trocou oproduto.

Dificuldade paratrocar passagemaComprei uma passagemaérea no site da Decolar.compara um amigo canadense,

| Maladireta |

Reclamações devem ser enviadas pelo www.oglobo.com.br/defesadoconsumidor

No dia do vencimento da fatura, ne-nhuma preocupação com o pagamen-to. O débito automático em conta cor-rente é uma das facilidades oferecidaspelo sistema financeiro, mas que, senão for bem administrada, pode setransformar em dor de cabeça, descon-forto e prejuízos, como aconteceu re-centemente com a comerciante Andre-za de Melo Rodrigues, de São João doMeriti. Elamantéma fatura de telefoniafixa de sua pizzaria em débito em contaem favor da Oi.— No ano passado, os descontos

aconteciam normalmente, até que, emagosto, o pagamento não foi computa-do pela operadora. Os descontos conti-nuaram sendo feitos nosmeses seguin-tes e não percebi nenhum problema.Em março, contudo, sem qualquer avi-so prévio, a operadora cancelou a linha— conta ela.Andrezza procurou a empresa e foi

informada da fatura emaberto. Comoobanco informou que a pagamento foifeito e a operadora afirmava o contrá-rio, ela preferiu pagar a conta para terseu telefone de volta.— AOimarcou três datas diferentes e

a religação foi feita após 30 dias. Prejuí-zo, mesmo, tive por ficar tanto temposem telefone na pizzaria. Nem quis cal-cular o valor — diz.Já Patricia Tolentino ficou sem luz por

causa de problemas com o pagamentoda fatura da Light.— Nunca tive a preocupação de veri-

ficar o extrato do banco referente ao dé-bito automático. Simplesmente, umdia, minha casa amanheceu sem luz.Procurei a concessionária, que me in-formou sobre o atraso na conta. Pagueia segunda via e fiquei alguns dias semluz. Fui ao banco e, felizmente, conse-gui cancelar na hora as contas que ti-nha de gás, luz, telefone e de canais defilmes no débito automático.

CONTA DEVE SER VERIFICADADeacordo comaApadic, AssociaçãodeConsumidores, em se tratando de débi-to automático, há duas relações negoci-ais que fazem parte da cadeia de con-sumo: com a empresa que fornece oserviço a ser pago e com o banco. O er-ro pode ocorrer nas duas pontas, sejada empresa, por não enviar a ordem dedébito, ou da instituição bancária,quando a empresa envia a conta, o con-sumidor tem saldo, mas a fatura não édebitada.Ao colocar sua conta para ser paga

por meio desse sistema, o consumidornão fica livre de verificar se os valoresforam efetivamente descontados e as-sim, as contas pagas, alerta a Apadic.Identificado o problema, ou seja, a nãoocorrência do pagamento na data pro-gramada, a pessoa deve imediatamenteentrar em contato com o prestador de

serviço e a instituição bancária, paraque o erro seja identificado e corrigido.O ideal, segundo a associação, é que areclamação seja feita por escrito.O último levantamento realizado pe-

lo Instituto Brasileiro de Defesa doConsumidor (Idec), emmarço, emboranão discrimine problemas comodébitoautomático, coloca os serviços finan-ceiros no quarto lugar dos setores maisreclamados pelos consumidores noano passado. A maioria das notifica-ções foi relacionada a bancos, respon-sáveis por 60,71%dos atendimentos so-bre assuntos financeiros.

DIFICULDADE PARA ENCERRAR SERVIÇOA economista do Idec Ione Amorim dizque uma das razões para as dificulda-des no encerramento do serviço é ainexistência de uma legislação específi-ca sobre o assunto, o que acaba geran-do um jogo de empurra entre banco eempresa credora. Ione aconselha oconsumidor a ficar atento às cláusulasdo contrato firmado com o banco nomomento emque ele é autorizado a de-bitarmensalmente os valores da fatura.— A chamada tarifa de concessão de

adiantamento ao depositante, cobradaquando o correntista não tem chequeespecial ou o saldo é insuficiente para opagamento da conta em débito auto-mático, é uma das que mais têm sidoreajustadas nos últimos anos na cestade serviços bancários. Em 2008, quan-do foi criada, a tarifa era cobrada por

operação, mas depois o Banco Centraldeterminou que a cobrança fosse feitaapenas uma vez por mês — explica.Ela aconselha o consumidor a não

manter emdébito automático contas cu-jo valor pode oscilar muito de um mêspara o outro, caso dos celulares pós-pa-gos, uma vez que, emcaso de discordân-cia do valor cobrado, o ressarcimentopode ser demorado e provocar aborreci-mentos ao longo da negociação.O advogadoCésar Amendorala, sócio

da área cível e comercial do escritórioVelloza & Girotto Advogados Associa-dos, lembra que, ao solicitar o débitoautomático em conta, o cliente passa ater nova relação jurídica com o banco,alémdade correntista. Ele diz que, nor-malmente, as instituições financeirasnão costumamcobrar pelo serviço, queé remunerado pela empresa credora.— É preciso que o correntista leia

com atenção as normas do contrato,em especial a parte que disciplina ocancelamento do serviço. Se o clientesolicitar o fimdo débito automático, eledeve levar em conta o prazo para queisso ocorra. Muitas vezes, o encerra-mento pode ser feito apenas no banco,em outras ocasiões a empresa credoratambémdeve ser notificada por escrito.Se a pessoa cancelar o débito e não ti-ver saldo suficiente para cobrir as con-tas pagas, ficará inadimplente com obanco— diz Amendorala.A Federação Brasileira de Bancos

(Febraban) não identifica problemas

com o débito automático, que conside-ra uma modalidade segura de paga-mento eletrônico. Para que uma contaseja paga via débito automático, é pre-ciso que o prestador de serviços façaum contrato com o banco. Quando ocliente deseja pagar por débito auto-mático, ele deve procurar o prestadorde serviço para registrar sua conta nes-sa modalidade de pagamento.Na hora de cancelar o débito automá-

tico, o consumidor deve procurar o ca-nal que efetuou o contrato de adesão,ou seja, se o cliente aderiu ao contratocom o banco, ele deve procurar a insti-tuição financeira, mas se foi com oprestador de serviços deve retomar ocontato com a empresa e informar ocancelamento.Segundo o programa de autorregula-

ção bancária, as solicitações de cance-lamento de débitos automáticos serãoatendidas até cinco dias úteis antes dodébito programado. A Febraban obser-va ainda que muitos correntistas acre-ditam que, ao deixarem de utilizar umaconta corrente, ela será automatica-mente encerrada e os débitos suspen-sos. Isso não é verdade.No Procon-RJ, existem reclamações

quanto ao débito automático nas con-tas bancárias, mas a quantidade não écalculada, porque o sistema de arma-zenamento de dados, elaborado pelogoverno federal, não permite filtragenstão específicas de busca. A cobrança in-devida é umdosmaioresmotivos de re-clamação contra instituições bancáriasno órgão. Em caso de reclamação, oconsumidor deve procurar o Procon-RJcom o protocolo de solicitação do can-celamento do serviço.

O QUE DIZEM AS EMPRESASA Oi informou que “a falha pontual re-latada por Andreza já foi corrigida” eque o processo de cobrança de clientescadastrados emdébito automático que,por alguma razão não tiverem o paga-mento efetuado, é mesmo adotado pa-ra os consumidores que usam outrosoutros meios de pagamento. O clientereceberá por carta os avisos previstosna regulamentaçãode cadaproduto (fi-xo, móvel e TV), mensagens por SMS evoz, informando sobre o débito paraevitar as ações previstas na legislação.O desbloqueio ocorre depois que o dé-bito é quitado e informado pelo bancoà Oi. Caso o deseje o desbloqueio ime-diato, poderá solicitar aos canais deatendimento.Já a Light informou que, conforme Re-

solução 414/2010 da Agência NacionaldeEnergiaElétrica (Aneel), avisana con-ta de energia, com antecedência de 15dias, sobre um provável corte de energiapor inadimplência. A Light recomendaque os clientes cadastrados em débitoautomático consultem periodicamentea sua conta de energia e, se possível, oextrato bancário para confirmar o paga-mento, após o vencimento da fatura. l

Sistema de pagamento pode falhar e o consumidor só perceber quando tem luz ou telefone cortados

MARCELO CARNAVAL

No escuro. Sem saber que tinha havido problema com o pagamento da conta que estava em débito automático, Patricia teve a luz cortada

O débito é automático, a eficiência, nãoMARIORUSSO

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Defesanaweb

oglobo.com.br/defesadoconsumidor

l SAÚDE: Anvisa coloca emconsulta pública novas regraspara que embalagens dealimentos informem sobre riscode alergias

l LOGÍSTICA: Empresas noEstado do Rio devem indicarlocais para descarte deeletroeletrônicos e outrosmateriais

SALDO:Verifique sempre se há osuficiente na conta para poderhonrar o pagamento na datade vencimento da fatura

AVISO:O banco deve avisar o clientesobre qualquer valor a serdebitado, com um mínimode15 dias de antecedência

CARTÕES DE CRÉDITONesse caso, o consumidornão pode parcelar e é obrigadoa pagar o valor integralda fatura

VALORES VARIÁVESEvitedeixarnodébitoautomáticocontascujovalorpodevariarmuitodeummêsparaooutro

CANCELAMENTO:Paraautorizar ou cancelar o débito,alguns bancos exigem que ocliente notifique à empresa.Os bancos têm até 30 dias paraencerrar o serviço

UFIQUEATENTO

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Quarta-feira 4 .6 .2014 l Economia l O GLOBO l 29

OscredoresdaantigaOGXaprovaramontemopla-node recuperação judicial da companhia, seteme-ses após a petroleira ter entrado compedido de re-cuperação na Justiça. Com dívidas de US$ 5,8 bi-lhões, cada credor só receberá, em dinheiro, até R$30mil. O restante será convertido emações. Ou se-ja, além de receberem fatia mínima da dívida, elesse tornarão sócios da companhia. E Eike Batista,fundadordo império“X”,deixarádesercontrolador.O caso é considerado amaior recuperação judicialda América Latina.A petroleira reestruturada está avaliada em cerca

de US$ 1,5 bilhão (cerca de R$ 3,4 bilhões) e temprodução de 14mil barris de petróleo por dia. Estálonge dos R$ 75 bilhões atingidos em outubro de2010, no auge das ações da ex-OGX, quando a em-presa sustentava a promessa de atingir 730mil bar-ris diários em 2015, e Eike gozava de forte credibili-dade junto aomercado.A votação, realizada em assembleia no prédio da

antiga Bolsa de Valores do Rio, reuniu mais de 200credores e durou menos de uma hora. O plano foiaprovado por credores que detêm 90,42% dos cré-ditos e que representam81,59%do total na votaçãopor cabeça.Pela lei de recuperação judicial, oplanotem de ser aprovado, cumulativamente, por maisde 50% dos credores, considerando o volume docrédito e o número por cabeça de votos. Fica pen-dente ahomologaçãodoplanona Justiça, quedeveacontecer dentro de sete a 10 dias.— O resultado demonstra a adesão dos credores

e a continuidade da companhia. Foi uma demons-traçãodeconfiançadagrandemaioriados fornece-dores e dos credores financeiros — avalia PauloNarcélio, presidente da OGPar, holding que incluias operações da antiga OGX.Pelo desenhoda estrutura acionária danova em-

presa, Eike Batista, que hoje tem pouco mais de50%departicipaçãonapetroleira, verá sua fatia cairpara 5,02%. Como pessoa física, terá apenas uma

ação. O empresário deve se manter na presidênciado Conselho de Administração da OGPar até a as-sembleia em que passará a companhia ao novocontrolador, afirmou Ricardo Knoepfelmacher, só-ciodaAngraPartners, responsávelpela reestrutura-ção do Grupo EBX. A estimativa é que isso ocorraentre setembro eoutubro. Alémdisso, os atuais aci-onistas ficarão com 4,98%.O restante estará nasmãos de credores: 42%com

o grupo que já injetou US$ 125milhões na empre-sa; 23% comcredores que participarão demais du-as parcelas de empréstimos, que somam US$ 90milhões. Os detentores de títulos, que contam comamaior parte da dívida daOGPar, integramo acor-do do primeiro aporte e participarão do segundo.Os demais 25% equivalem à conversão da dívidaatual de US$ 5,8 bilhões em ações da nova compa-nhia. Estão incluídos aí fornecedores, a OSX, em-

presa do ramo naval do grupo, e donos de títulos.No início da assembleia, umaparcela dos peque-

nos credores pleiteou permissão para entrar nogrupo que já garantiu aporte à empresa. A OGParnegou o pedido. Eles podem entrar na Justiça eatrasar o processo, reconhece o advogado EduardoMunhoz, do escritório Mattos Filho, que cuida darecuperaçãoao ladodoescritórioSergioBermudes.

BLOCOS NO EXTERIOR DEVEM SER VENDIDOSUma vez reestruturada, a petroleira terá como focomanter as operações em Tubarão Martelo, princi-pal geradordecaixadanovaempresa, alémdeTur-barão Azul, na Bacia de Campos. Outra operaçãoprioritária é o bloco BS-4, na Bacia de Santos, par-ceria comQueirozGalvãoeBarraEnergia, conside-radode futuro promissor, enfatizaNarcélio.Quantoaos blocos em parceria com a francesa Total e aamericana Exxon, a perspectiva é que comecem aproduzir entre 2017 e 2018. Hoje, a OGPar tem 21blocos no Brasil e cinco na Colômbia. Os do exteri-or devem ser vendidos.— Encontrou-se solução de mercado para a

OGX, assim como para outras empresas do grupo—disse FabianoRobalinho, sóciodo escritório Ser-gio Bermudes.As outras empresas do grupo—LLX (atual Pru-

mo), MPX (atual Eneva) e MMX— foram parcial-mente vendidas a companhias estrangeiras.Até pouco antes do início da assembleia havia in-

certeza quanto à votação. Numa batalha judicialcom credores, a ex-OGX teve seu principal trunfopara aprovar o plano ameaçado. A companhia sevalia de acordo firmado no fim de 2013 comos de-tentoresde títulos,queequivaliamaUS$3,7bilhõesda dívida. Eles concordaram em colocar dinheironaempresa e votar a favorda recuperaçãoemtrocade benefícios. Liminar concedida à holandesa Dia-mond Offshore Netherlands impedia a votação in-dividualizada dos donos de títulos. Em paralelo, apetroleira franco-britânica Perenco conseguiu namanhãdeontemdecisãodeterminandoqueos vo-tos individuais precisam ser validados posterior-mente pela Justiça. As duas acabaramentrando emacordo com aOGPar e desistiram das ações. l

Empresa só pagará até R$ 30mil em dinheiro a cada um. Eike terá apenas 5%PATRICK FALLON/BLOOMBERG

Minoritário. Fatia de Eike Batista deve ser reduzida

Credores aprovam plano derecuperação da antiga OGXGLAUCECAVALCANTI

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Assembleia da empresa deconstrução naval do Grupo X

ainda serámarcada

A aprovação do plano de recuperação ju-dicial da OGPar (ex-OGX) ontem não sig-nifica o fim das dores de cabeça de EikeBatista.O império “X”ainda terádepassarpela prova de fogo da assembleia de cre-dores da OSX (empresa do ramo naval deEike), que ainda não foi marcada. Forne-cedores prometem tumultuar o processorecorrendo aomesmo tipo de recurso quecriou incerteza para a aprovação do planodaOGPar às vésperas de sua votação.No quadro de credores da OSX, há dois

grupos reunidos sobasdenominações Se-nior Secured Bonds OSX-3 Leasing e Sin-dicato OSX-2 Leasing, que tem R$ 2 bi-lhões de créditos, quase ametade da dívi-dadeR$ 4,2 bilhões.Ou seja, sozinhos, es-ses dois grupos praticamente conseguemaprovaroplanoderecuperação judicialdacompanhia, noquesito volumedecrédito.Os donos dos títulos que estão nesses

dois grupos, porém, não são citados nalista nominalmente. Em tese, não pode-rão votar individualmente, a não ser quea Justiça se manifeste nesse sentido. Nãohá ainda qualquer decisão sobre isso. Sehouver, como no caso da OGX, os credo-res prometem questioná-la na Justiça, re-petindo a batalha nos tribunais que ante-cedeu a assembleia da petroleira.Há aindaumagravante no caso daOSX.

A empresa não conseguiu fazer um pré-acordo com os credores para assegurar aaprovação do plano de recuperação, aocontrário de sua empresa-irmã, que fir-mou o pré-acordo ano passado. A falta deconsenso se dá por duas razões. Primeiro,porque a lista de credores da OSX é bemmaior e mais heterogênea. Segundo, por-que a companhia tem patrimônio físico(plataformas e equipamentos), que podeser liquidado. A ex-OGX detém basica-mente direitos exploratórios, e não restari-ammuitas alternativas aos credores casoaempresa quebrasse. (Danielle Nogueira) l

Fornecedoresdevem dificultarsolução para OSX

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Page 30: OG-2014-06-04.pdf

CUSTÓDIO COIMBRA

Farmanguinhos. Laboratório da Fiocruz, em Jacarepaguá, é o principal fornecedor local de remédios anti-HIV para o programa de tratamento universal de pacientes coordenado pelo governo, num total de R$ 200 milhões

HIV/AIDS_

Laboratório pedequebra de

patente de drogaBriga judicial ditará rumos do programa de tratamento

Uma briga na Justiça entre o laboratóriobrasileiro Cristália e o gigante farmacêuti-comundial AbbVie pode ditar os rumos eo futuro da política de tratamento univer-sal de portadores doHIV, o vírus causadorda Aids, no Brasil. Iniciada em 2009, aação contesta a patente do medicamentoKaletra, concedida pelo InstitutoNacionalde Propriedade Industrial (INPI) à ameri-canaAbbott em2000 equedeu ao labora-tório omonopólio da sua venda no país.Associação dos antirretrovirais ritonavir

e lopinavir, o Kaletra é o principal trata-mento de segunda escolha — prescritoquando os remédios da chamada primei-ra escolha,mais antigos, não surtemefeitodevido ao desenvolvimento de resistênciapelo vírus — usado no Brasil. Segundo oGrupo de Trabalho sobre Propriedade In-telectual (GTPI)daRedeBrasileirapela In-tegração dos Povos (Rebrip), coordenadopela Associação Brasileira Interdisciplinarde Aids (Abia), a estimativa é de que hojeele sejadistribuídopeloMinistériodaSaú-de a pelo menos 73 mil dos 313 mil soro-positivosqueeramatendidospeloprogra-ma do governo em dezembro de 2012, aumcustodequaseUS$50milhõesanuais.O problema é que uma proporção ca-

da vezmaior dos soropositivos brasilei-ros está infectada com cepas resisten-tes do HIV, necessitando de medica-mentos não só de segunda comode ter-ceira linhas, aindamais caros, o que co-meça a levantar dúvidas quanto à sus-tentabilidade financeira do programado governo. Além disso, no fim do anopassado o Ministério da Saúde alterouo protocolo para o fornecimento dosremédios, o que deverá colocar mais100 mil soropositivos no âmbito doprograma este ano.

ceira linha. Tudo isso vai resultar em umaalta nos custos que coloca em risco a sus-tentabilidade financeira do programa. E opior é que não vemos isso comoumapre-ocupação do governo. Não dá para admi-tir que se fale que não há problema de re-cursos na área de saúde no Brasil. Não es-tamos preocupados só com a continuida-de do tratamento dos soropositivos, mascom o orçamento da saúde brasileira co-mo um todo.JáHaydeFelipeda Silva, diretor-executi-

vo do Instituto de Tecnologia em Fárma-cos da Fiocruz (Farmanguinhos), maiorfornecedorpúblicode remédios genéricosparaoprogramadetratamentodesoropo-sitivos, no valor de R$ 200milhões anuais,afirma que o governo deve decidir se vaiestimular a indústrianacional a investir napesquisaedesenvolvimentode tecnologiapara produção local de antirretrovirais oucontinuará “refém” dos grandes laborató-riosmultinacionais e intermediários.— Nosso maior problema atualmente

em relação aos remédios de segunda eterceira geração é a obtenção dos princí-pios ativos — conta. — Isso vai exigir umgrande esforço da indústria farmacoquí-mica, quepara isso vai precisar deumce-nário de estabilidade jurídica.Visão parecida tem Ogari Pacheco,

presidente do Cristália:—Estamos lutando por umprincípio. A

ideia é estabelecer uma jurisprudênciaque vá nortear disputas semelhantes nofuturo, dando segurança jurídica para to-das as empresas que queiram trabalhar einvestir na pesquisa e desenvolvimentopara produção destas substâncias com-plexas noBrasil e não ver todo seu esforçointerrompido por uma decisão judicial.Emnota, oAbbvie afirmouestar “seguro

que sua patente do lopinavir no Brasil foioutorgadade formaválidaeemconformi-dade com lei brasileira”. l

E é aí que a briga entre Cristália e Abb-Vie ganhauma relevância que vai alémdosimples embate entre as duas empresas,pois o resultado do processo deverá esta-belecer os precedentes e ordenamento ju-rídico que guiarão o sistema em torno dolicenciamento compulsório, popularmen-te conhecido como “quebra de patente”,de remédios no Brasil previsto na legisla-ção nacional sobre o assunto. Isso porque,nos últimos anos, a simples ameaça deusaromecanismo jáerasuficientepara le-var os grandes laboratórios a reduzir ospreços cobrados do governo. Tanto que osgastos totaiscomacompradeantirretrovi-rais peloMinistério da Saúde recuaramdeR$ 1,084 bilhão em 2009 para R$ 770 mi-lhões no ano passado. Mas esta estratégiaestá perdendo força, já que quase nunca aameaça é levada a cabo, afirma MarcelaVieira, integrante da Abia e coordenadoradoGTPI.

FIOCRUZ É MAIOR PRODUTOR NACIONALMarcela lembra que desde a entrada emvigornanova lei depatentesbrasileira, em1996, até hoje, apenas um medicamentoantirretroviral teve sua patente de fato“quebrada”, oEfavirenz, em2007. Então, asnegociações entre o governo e o laborató-rio Merck para redução de seu preço fra-cassaram. Com o licenciamento compul-sório, um genérico do Efavirenz passou aser importado de um laboratório indianoaté começar a ser produzido pela Fiocruz,trazendo uma economia estimada emmais deUS$ 100milhões aos cofres públi-cos até 2011.—Ocustodacompraderemédiosantir-

retrovirais pelo governo vinha diminuin-do,masesta curvacomeçaavirar—alertaMarcela.—Teremosmais pessoas em tra-tamento e a incorporação de novosmedi-camentos, com cada vez mais pacientessaindodaprimeira para a segunda e a ter-

CESARBAIMA

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30 l O GLOBO Quarta-feira 4 .6 .2014

Sociedade

Preconceito contrasoropositivos é crime

Dilma sancionalei que prevê prisãode um a quatro anospor discriminação

O Brasil conta, desde ontem,com uma legislação para coibira discriminação contra portado-res de HIV. A presidente DilmaRousseff sancionou projeto quepune com prisão, de um a qua-tro anos, quem incindir nesse ti-po de ato que, agora, configuracrime. A lei cita escolas, que nãopoderão se recusar a aceitar alu-nos portadores do vírus, e em-presas, que ficam passíveis depunição no caso de se negarema contratar essas pessoas ou seas demitirem em função da do-ença. O projeto tramitou por 11anos e prevê ainda a aplicaçãode multas, embora não estipulevalores, que ainda serão regula-mentados.Márcio Villard, coordenador

do Grupo Pela Vidda RJ, criadohá 25 anos, afirma que muitossoropositivos relatam casos dediscriminação no trabalho eaté demissões.—Onúmero de ações hoje é

menor do que o da década de90 porque, atualmente, asempresas que discriminamum funcionário são punidas— explica Villard.—Masmui-tas companhias conseguemburlar a lei e demitir o porta-dor do vírus com alguma ou-tra justificativa. Por isso a lei éimportante.Portadora do vírus há 19

anos, a ativista Mara Moreiranão sofreu na pele a discrimi-nação no trabalho, mas viu omarido ser demitido duas ve-zes simplesmente por vivercom umamulher soropositiva.— Nas duas ocasiões, ele foi

dispensado logo após eu apare-cer na TV falando abertamentesobre a vida ao lado de umaportadora — conta Mara, de 37anos, que coordena o núcleo demulheres do Pela Vidda.Já Cazu Barros, de 42 anos,

foi demitido logo após desco-brir que portava o vírus, em1992, do Bob’s, onde trabalha-va há quatro anos como treina-

dor de funcionários no contro-le de qualidade. Na época, eleprocessou a empresa e conse-guiu um acordo no qual a or-ganização seria obrigada a lhepagar salário e benefícios portoda a vida. Em 2007, a empre-sa chamou-o de volta, para tra-balhar no departamento decópias, em uma sala de acríli-co, sem contato com os outrosfuncionários, segundo Barros.—Nãoaceitei porque as con-

dições eram totalmente discri-minatórias — afirma. — Hoje,tenho uma relação boa com aempresa porque ela mantém oacordo.Mas é claro que não é oideal. Eu queria ter mantidomeu trabalho.A coordenadora de projetos

da Fundação Viva Cazuza,Cristina Moreira, acredita quea lei vem em boa momento,mesmo que “de forma tardia”.Ela conta um caso que se tor-nou emblemático na institui-ção, quando uma criança, hácerca de 10 anos, foi rejeitadaemuma escola do Rio. A reper-cussão levou à aprovação deuma lei estadual que pune adiscriminação.— Ainda existem casos de

discriminação em escolas —diz. — Mas, felizmente, nossascrianças não sofrem tanto, de-pois de muito trabalho que fi-zemos junto às instituições.Hoje temos 18 crianças estu-dando na rede pública. (Cola-borou Juliana Prado) l

BIANCA PIMENTA

Cazu Barros. Processo em 1992

MARINACOHEN

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Quarta-feira 4 .6 .2014 l Sociedade l O GLOBO l 31

Alexander Shulgin, que, ao longo de 40anos, criou cerca de 200 compostospsicodélicos, morreu na segunda-feira,aos 88 anos. Ele foi uma das pessoas aaperfeiçoar oMDMA, droga sintética queé base do ecstasy, o que lhe rendeu oapelido de “poderoso chefão” daspastilhas. Shulginmorreu em sua casa,noNorte da Califórnia (EUA), “cercadopor familiares, cuidadores emúsica demeditação budista”, afirmou no Facebooka esposa e parceira de pesquisa, Ann.

Morre aos 88 anos cientistaque criou drogas psicolédicas

‘Poderoso chefãodoecstasy’

Furacões com nomes de mulhertendem a ser mais letais, revelou umapesquisa publicada na revista “PNAS”a partir da observação de dados dosúltimos 60 anos. Os autores acreditamque isso ocorreria porque as pessoassubestimam fenômenos com nomesfemininos, geralmente mais delicados.Embora inusitado, o teor da pesquisa,defendem, serve para alertar para atemporada de tempestades prestes acomeçar no Hemisfério Norte.

Furacões ‘femininos’causammaismortes

Elas sãomaisperigosasREUTERS/NOAA

Furacão Katrina. Cuidado com elas

O Uruguai não registra mortes ligadasao tráfico de maconha desde que ogoverno regulamentou cultivo,comércio e uso da droga no iníciodeste ano. A afirmação é do secretáriode Drogas do país, Julio HeribertoCalzada, que participou ontem, emBrasília, de um debate promovido pelaComissão de Direitos Humanos doSenado. No Uruguai, o mercado demaconha representava quase 90% dototal de drogas ilícitas.

Uruguai: nenhumamorteligada ao tráfico desde nova lei

Legalizaçãodamaconha

A listadodia_

Quatro astronautas quebombaram nas redes

Eles ganharammilhares de clicscom imagens feitas da EstaçãoEspacial Internacional (ISS)

Reid WisemanRecém-chegado à ISS,o americano já semos-trou um prolífico usu-

ário do Twitter, postandovários selfies, imagens da Ter-ra e brincadeiras feitas comum dado (dentro da estação)sob gravidade zero.

1

REPRODUÇÃO

Chris HadfieldO canadense usou eabusou das redes soci-ais para dividir sua

experiência comomundo. Seuvídeo de despedida, cantandoversão de “SpaceOddity”, deDavid Bowie, tevemilhões devisualizações no YouTube.

2

REPRODUÇÃO

Koichi WakataAlémdas “tradicionais”fotos da Terra vista daISS, o japonês fez suces-

so nas redes sociais, principal-mente em seu país, ao partici-par, emdezembro, da primeira“conversa” entre umhumano eum robô, Kirobo, no espaço.

3

REPRODUÇÃO

Tracy DysonMuitas das belas ima-gens feitas a partir daISS não seriampossí-

veis, não fosse a instalação, em2010, da cúpula de observaçãoda estação, que teve entre suasprimeiras “usuárias” constan-tes a astronauta americana.

4

REPRODUÇÃO

Não desperdiçar hoje

J á é o caso de adaptar a célebre frase do fina-do presidente americano John F. Kennedy erefletir sobre o que cada indivíduo pode fa-

zer pelo... meio ambiente. A Organização dasNações Unidas instituiu o 5 de junho como da-ta dedicada ao tema em 1972, após uma confe-rência em Estocolmo (Suécia) com 113 países e250 organizações sociais. Dois terços da atualpopulação brasileira nem tinham nascido e,mundo afora, já havia gente preocupada comoferta de água potável, destino do lixo, prote-ção de florestas e preservação das espécies. Emquatro décadas, deu para aprender sobre ca-mada de ozônio, preferir madeira certificada,reciclar a produção de latas de alumínio, vestira camiseta de malha feita com garrafas PET.Deu para derreter com o verão 2014 no hemis-fério Sul e bater queixo como invernonoNorte,que trancou emcasa até o Produto InternoBru-to dos EstadosUnidos (-1%no primeiro trimes-tre). Faltou absorver coisas simples.

AINDA ONTEM, MANGUEIRA EM PUNHO, um ze-lador de prédio de uma bucólica rua cariocaguiava uma folha seca da calçada até o bueirode águas pluviais. Olhar distraído, parecia fan-tasiar o encontro da solitária vegetação comseus pares, galeria abaixo. Não refletiu sobre oentupimento dos ralos— e provável alagamen-

to da via—numa chuvarada. Não lembrou na sor-te de dejetos que chegam à Baía de Guanabara,sentenciada, por esses dias, a mais duas décadasde imundice. Tampouco pensou na escassez deágua, que deixou São Paulo à beira do raciona-mento e de olho grande no Paraíba do Sul, únicaalternativa de abastecimento para o Grande Rio.Não está só o zelador. Pesquisa da Fecomércio-

RJ como Instituto Ipsos estimou em25%apropor-

ção de brasileiros que (ainda) varrem calçadas equintais com esguichos demangueira; um em ca-da quatro dá banho no carro; 10% escovam osdentes com a torneira aberta.Mais da metade (52%) não separa o lixo domés-

tico para reciclagem. Isso no ano que a PolíticaNacional de Resíduos Sólidos fixou como prazopara abolir os lixões a céu aberto e o descarte dematerial reaproveitável em aterros sanitários. Na

pesquisa, 64% dos entrevistados disseram queprefeituras e empresas misturam lixos recicladoe orgânico na coleta. Assim, se dispensaram datarefa de separar restos de alimentos de vidro,alumínio, papel e plástico.É brutal a ineficiência do Estado brasileiro na

gestão da água tratada. Dados oficiais estimamque o desperdício, em todo o país, oscila entre30% e 40%da produção. Vão ralo abaixo impres-sionantes 300ml (umcopode águamineral) porlitro. No mínimo. A Cedae, distribuidora flumi-nense, calcula que uma nada sofrida economiadiária reduziria o consumo em 25%. Ou seja, la-var o carro com balde, varrer a calçada com vas-soura, fazer a barba com a torneira fechada, es-covar os dentes com um copo d’água do ladopodem fazer 750 ml renderem por mil.Amanhã, Dia do Meio Ambiente, é data apro-

priada ao réveillon de hábitos sustentáveis. Valeaposentar a mangueira, fechar a bica, separar olixo, apagar a luz do cômodo vazio, abastecer ocarro com etanol, dar carona. Um dia de cadavez, feito membro dos Esbanjadores Anônimos(EA), organização prima do AA, aqui inventada.O efeito será a preservação dos recursos natu-rais. De quebra, haverá o gasto menor com aconta de água, a tarifa de energia, o posto decombustível. E virão o sustento dos catadores eo exemplo ao poder público. Feliz ano novo. l

FLÁVIA OLIVEIRA

SOCIEDADE

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Dia do Meio Ambiente, amanhã, pode ser réveillon para hábitossustentáveis. Convém se irmanar aos Esbanjadores Anônimos

Projeto, que vai a sançãopresidencial, determina

investimento de 10%doPIB

AILTON DE FREITAS

Hora de comemorar. Parlamentares e representantes da sociedade celebram a aprovação do PNE, ontem à noite, no plenário da Câmara

-BRASÍLIA- O plenário da Câmara finalizou,na noite de ontem, a votação do PlanoNacional de Educação (PNE), que au-menta para 10% do PIB (Produto InternoBruto) os gastos anuais deUnião, estadosemunicípios com ensino público, gradu-almente, até seu décimo ano de vigência.Em ano eleitoral, o governo cedeu e per-mitiu amanutenção da previsão de que aUnião complemente com recursos finan-ceiros os orçamentosdos estados, doDis-trito Federal e dos municípios que nãoconseguirem atingir o valor do chamadoCAQi (Custo Aluno Qualidade Inicial).Esse custo será calculado levando emconta vários fatores como o salário dosprofessores, os equipamentos em sala deaula e a jornada de alunos, a fim de ga-rantir uma educação de melhor qualida-de. Todos os partidos encaminharam fa-voravelmente a aprovaçãodesseponto.Otexto segue agora para a sanção da presi-dente Dilma Rousseff.Para a composição do cálculo, no en-

tanto, foram mantidos os investimen-tos em programas como Universidadepara Todos (ProUni), Pronatec, Fies eCiências sem Fronteiras, embora asinstituições que receberão os recursosserão privadas. O relator do projeto, de-putado Ângelo Vanhoni (PT-PR), afir-mou que, apesar de as instituições se-rem particulares, as vagas oferecidaspelos programas são públicas. Alémdisso, segundo ele, os 10% do PIB “se-rão suficientes para atingir todas asmetas do PNE, e ainda sobrarão recur-sos”. PSB e PDT haviam apresentado re-cursos que pediam a retirada dos pro-gramas do cálculo de investimentos,mas ambos não foram aceitos.

IDAS E VINDAS DESDE 2010Em 2011, o país destinou 5,3% do PIB àeducação. O PNE já tinha sido votadona Câmara, mas sofreu alterações navotação no Senado e retornou àCasa. Oplano estabelece metas e diretrizes pa-ra a educação brasileira nos próximosdez anos. A ideia era que vigorasse de2011 a 2020. O projeto foi enviado aoCongresso em dezembro de 2010, peloentão presidente Luiz Inácio Lula daSilva. A Câmara fez mudanças no textoe o aprovou ano passado, e o Senadodevolveu o projeto no ano passado.Durante todo o dia de ontem, deputa-

dos da bancada da educação conversa-

ram com ministros do governo, defen-dendo que a União pudesse bancar oscustos excedentes doCAQi demunicípi-os que não atinjam o valor mínimo. Deacordo com Ângelo Vanhoni, o governocedeu porque entendeu que tal fator decálculo será o grande instrumento de re-alização de todas as metas do PNE.O CAQi irá determinar o custo por

aluno em cada um dos níveis de ensi-no. O governo alega que já ajuda dezestados na complementação dos re-cursos do Fundo de Manutenção eDesenvolvimento do Ensino Básico(Fundeb). Não há ainda cálculos dequanto o governo terá que desembol-sar para ajudar a custear o excedentede estados e municípios.— O CAQi e o Fundeb se comple-

mentam, não se excluem. O Fundeb jáequaliza um valor mínimo médio, ocusto anual por aluno. Teremos doisanos para discutir a lei que irá determi-nar os parâmetros e variantes do CAQipara garantir escolas públicas de quali-

dade e umpadrão equânimedeNorte aSul do país — afirmou Vanhoni.O texto aprovado prevê benefícios às

escolas que conseguirem melhorarseu desempenho no Índice de Desen-volvimento da Educação Básica(Ideb). Vanhoni (PT-PR), deixou defora pontos como a indicação das fon-tes de financiamento para aumentar ovolume de recursos na educação,além da previsão de punição a gesto-res que não cumprirem o plano. Se-gundo Ângelo Vanhoni, a insistênciaem votar esses pontos retardaria ain-da mais a aprovação do PNE.— Preferimos, na forma de financia-

mento, fazer apenas uma sugestão.Mas, para a sorte do Brasil e da educa-ção, o Congresso Nacional aprovou an-tes uma lei que destina 75% dos royalti-es do pré-sal para o ensino. Esse volu-me de recursos, em 2019 e 2020, segun-do todas as projeções da exploraçãodessa reserva de petróleo, será de qua-se 3% do PIB— explicou o relator. l

Câmara conclui votação do Plano Nacional de Educação

Governo mantémdespesas comprogramas comoProUni e CiênciaSem Fronteiras nocálculo total; Uniãovai cofinanciarestados emunicípios que nãoatingirem meta degastos-

ISABELBRAGA

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PABLO JACOB / AGÊNCIA O GLOBO

Reação. Jovem, após um ano e meio ouvindo cantadas desrespeitosas, denunciou porteiro no meio da rua

-RIO E BRASÍLIA-Dois casos de constrangimentos amu-lheres—oprimeiro comumdesembargador, o ou-tro envolvendo um porteiro — vieram à tona nomesmo dia, suscitando mais uma vez o debate so-bre os limites entre um gracejo e o desrespeito degênero numa sociedade machista como a brasilei-ra. NoMaranhão, ummagistrado acusado de asse-diarumacandidataa juízaemplenaprovaoral, du-rante uma banca examinadora em 2010, foi afasta-do por decisão do Conselho Nacional de Justiça(CNJ) divulgada ontem. E, noRio, uma jovem, can-sada de ouvir cantadas e piadas grosseiras de umporteiro no bairro deCopacabana teve, igualmenteontem, um dia de fúria registrado em vídeo porCleo Guimarães, da coluna Gente Boa, do GLOBO,que passava por lá. Publicada no site do jornal, abronca dela tevemeiomilhão devisualizações empoucas horas.Aprotagonistadacenacarioca

é a estudante de Direito YasminFerreira, de 21 anos, que, maisuma vez, pela manhã, teve deescutar uma cantada que consi-derou grosseira do mesmo por-teiro da Rua Raul Pompeia, poronde passa diariamente a cami-nho da faculdade. Ela reagiu ecobrou respeito, indignada.—Sempre ouvi “gostosa” e “te-

são”daqueleporteiro.Masodes-respeito foi aumentando e, hoje(ontem), não consegui ficar cala-da. Não sou de briga, sou super-quietinha, mas também não te-nho sangue de barata— conta.O namorado da estudante,

quando soube, quis ir até lá tirarsatisfações com o porteiro. Foiimpedido por Yasmin. Agora,ela diz que passará a andaracompanhada, temendo retali-ação do porteiro grosseiro. Os primeiros ataquesela já recebeu: de internautas conservadores:—Falaramque se fosse algum rico eu não rea-

giria. Não acho que elogiar alguém seja umpro-blema,mas ele começou amencionar partes domeu corpo, sempre de forma inconveniente.Primeiro falou da minha perna, depois da mi-nha bunda e do peito. O que viria depois?

OUTROS EPISÓDIOS TRAUMÁTICOSNão foi a primeira vez em que Yasmin enfrentouassédio e cantadas grosseiras. Quando ela tinha 12anos, um homem em uma bicicleta apertou seusseios. Episódio similar se repetiu três anos depois.Ontem, quando seu vídeo de protesto foi divulga-do, ela soube de inúmeras histórias semelhantes:— Fico pensando se quem comete esse tipo

de desrespeito não temmãe ou irmã. É nojento.Do outro lado da pirâmide social, o desem-

bargador Jaime Araújo Ferreira, do Tribunal deJustiça do Maranhão, foi afastado por dois anospor ter mantido conduta incompatível com amagistratura. Como integrante de uma bancaexaminadora de concurso, ele paquerou umacandidata no momento da prova oral, em 2010.A relatora do processo contra o desembargador

no CNJ,ministraMaria Cristina Peduzzi, descartoua aposentadoria compulsória porque, para ela, nãohouve assédio. Apesar da conduta inapropriada, acandidata teria correspondido, segundo o voto darelatora, questionado por outros conselheiros.Aministra propôs que o desembargador fosse

colocado em disponibilidade, recebendo venci-mentos proporcionais ao tempo de serviço.Segundo o processo, durante o exame, o magis-

trado perguntou à candidata por que ela não teriaatendido às ligações telefônicas dele. O diálogo foigravado, e o marido da candidata fez a denúncia.

ParaMaria Cristina, o desembar-gador deveria ter se declaradoimpedido de atuar em qualquerato relacionado à candidata.— Entendo que o desembar-

gador agiu de forma incompa-tível com a dignidade, a honrae o decoro. Mas, por tratar-sede acontecimento isolado,aplico-lhe a pena de disponi-bilidade compulsória comvencimentos proporcionais —declarou a relatora.Um grupo de conselheiros

discordou da relatora e argu-mentou que houve assédio.Para eles, Ferreira deveria tersido aposentado.— Os fatos narrados se confi-

guram como assédio sexual. Odesembargador estava numapo-siçãoemquenãopoderia ter agi-do dessa forma, era o examina-dor.Houve incompatibilidadedocomportamento do magistrado

com os padrões éticos — declarou Gisela Gondin,que votou pela aposentadoria compulsória.

‘SE VOCÊ PEDE PRA PARAR, E NÃO PARA, NÃO É ELOGIO’Para o professor de Direto Penal da PUC-Rio,Rogério Rabe, a compreensão sobre o que é as-sédio, constrangimento e injúria é subjetiva:—Ocasodamenina (doRio)não configura assé-

dio ou constrangimento ilegal porque não foi feitopor um superior e não teve contato físico. Já o casodo desembargador, caso provado, é assédio.Yasmin chegou a ir à delegacia, onde lhe disse-

ramque o caso “não é crime”. A estudante entrarácom ação contra o edifício na esfera cível. ParaRabe, o caso dela se enquadraria como injúria, esua reação pode ser utilizada ao seu favor.— Ela se sentiu afetada, poderia entrar com

ação por injúria. Se você pede para parar, e nãoparam, não é elogio. l

Casos demulheres assediadas por desembargador, noMaranhão, e porteiro, no Rio, vêm à tona nomesmo dia

RAPHAELKAPA ECAROLINABRÍGIDO

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O machismo, do topo à base da pirâmide

“Não consegui ficarcalada. Ficopensando se quemcomete esse tipode desrespeito nãotem mãe ou irmã. Énojento”Yasmin FerreiraEstudante que aparece em vídeoreagindo a cantada grosseira

32 l O GLOBO l Sociedade l Quarta-feira 4 .6 .2014

Ministra doMeioAmbiente admite que

ações vão demorar; regiãosediará jogos na Rio 2016

FOTOS DE CUSTÓDIO COIMBRA

‘Raízesprofundas’. Ocaminho dasujeira na Baíade Guanabara eum despejo deesgoto naNiterói-Manilha:solução difícil devislumbrar amédio prazo

Sobrevoar a Baía de Guanabara e aBacia de Jacarepaguá não é uma ex-periência agradável. A espuma deesgoto e os rios assoreados ao redormostram como os programas de des-poluição estão longe de atingir os re-sultados desejados. Sem unidadesde tratamento de lixo, as águas quechegam a esses ecossistemas levamdejetos para uma área cada vez mai-or e afetam a fauna marinha. O pro-blema é tão grave que a ministra doMeio Ambiente, Izabella Teixeira, re-conheceu que os esforços para lim-par a região devem ser contínuos“nos próximos 20 anos”.— Não é (um problema) trivial. Ne-

nhum país do mundo que recebeu oproblema de poluição de rios e debaías fez isso da noite para o dia —ressaltou, em um evento preparativopara o Dia do Meio Ambiente, come-morado amanhã. — Deve haver umacompactuação que transcenda a vi-são dos governos, o “curto-prazis-mo”, e uma determinação da socie-dade para que (o tema) esteja naagenda de todos os governantes nospróximos 20 anos.Segundo a ministra, a Baía de Gua-

nabara enfrenta uma situação dife-rente da de décadas atrás. À época, oesgoto vinha, principalmente, de 55grandes indústrias. Hoje, 49 delasestariam com despejos controlados.

Mas a conexão entre as bacias hidro-gráficas e a baía, aliada à intensa ur-banização, explicariam o cenárioatual.Izabella ressalta que o programa de

despoluição não é uma atribuição ex-clusiva do governo federal — e, porisso, depende do orçamento de ou-tras esferas do poder público. É preci-so ter uma “vontade política comum”,em vez de programas constantemen-te interrompidos.— Você tem que ver o que é sanea-

mento, o que é investido, (o que é)um programa que tem investimentodo governo do estado — enumera. —Mas há um compromisso de que va-mos recuperar (a baía). Há soluções,mas é necessário uma ponderação dasociedade. Não se pode fazer dissoum assunto que para e que começa,que vai e volta. O Rio tem condiçõesde fazer esse enfrentamento.

BIÓLOGO PROPÕE PLANO DE AÇÃOO biólogo Mario Moscatelli, que háanos monitora pelo ar as bacias cari-ocas e a Baía de Guanabara, atribui apoluição à falta de unidades de trata-mento de lixo. Após a implantaçãodessas estruturas, não haveria maisdespejo de novos dejetos nos siste-mas lagunares, tornando mais práti-co retirar aqueles que já estão pre-sentes nos rios.— Não adianta vir com essa histó-

ria de (que precisamos de) duas dé-cadas — protesta. — Uma estratégiaque pode ser realizada a curto prazoé a blindagem de quilômetros de riosque se transformaram em esgoto. Asunidades de tratamento de lixo blo-queariam a contaminação do siste-ma lagunar.Num hipotético plano de ação, de-

pois dessas instalações, viriam me-didas mais amplas, como a draga-gem da Bacia de Jacarepaguá e a re-moção de lixo na Baía de Guanabara,concentrada em sua região mais po-luída — os litorais de Duque de Caxi-as, Rio, São Gonçalo e Niterói, cida-des com omaior número de despejosindustriais e saídas de esgoto semtratamento.

MEDO DE ‘FRACASSO RETUMBANTE’A longo prazo, segundo o biólogo, ogoverno promoveria políticas detransporte, habitação e saneamento,projetos que controlariam o cresci-mento desordenado da cidade, tra-zendo “algo que transforma o valãoem rio novamente”.— A Baía de Guanabara vai sediar

as competições de vela nos JogosOlímpicos de 2016. Assumimos umcompromisso diante do mundo deque vamos limpá-la — alerta Mosca-telli. — Ainda há tempo para evitar-mos um fracasso retumbante. l

Baía de Guanabara: mais20 anos até a limpeza

Semtratamento.Esgoto na Lagoada Tijuca, parteda Bacia deJacrepaguá:tambémolímpica, a áreada Barra sofrecom ausência desaneamento

RENATOGRANDELLE

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Product: OGlobo PubDate: 04-06-2014 Zone: Nacional Edition: 1 Page: PAGINA_AH User: Asimon Time: 06-03-2014 21:35 Color: CMYK

Page 33: OG-2014-06-04.pdf

Num forte indício de que o Departa-mento de Defesa pode executar al-gum tipo de ação punitiva contra osargento Bowe Bergdahl, libertado

no sábado depois de cinco anos de cativeiro noAfeganistão, o chefe do Estado-Maior dos EUA,general Martin Dempsey, disse ontem que oExército americano não vai ignorar nenhumaconduta imprópria do ex-prisioneiro do Talibã.Num post no Facebook, estranhamente envia-do pela Casa Branca a jornalistas, Dempseyafirmou que agora foi omelhor— talvez o últi-mo—momento de resgatá-lo. Mas deixou cla-ro que as Forças Armadas investigarão se o sar-gento violou as regras ao deixar o posto.“Quanto às circunstâncias de sua captura,

quando ele for capaz de fornecê-las, vamosestudar os fatos. Como qualquer americano,ele é inocente até que se prove sua culpa.Masnosso Exército não vai desviar o olhar de umamá conduta, caso tenha ocorrido. Enquanto

isso, vamos continuar cuidando dele e de suafamília”, dizia o post.Bergdahl foi capturado emcircunstâncias desco-

nhecidas no Leste do Afeganistão, em 30 de junhode 2009, cerca de dois meses depois de chegar aopaís. De acordo com um militar reformado, antesde abandonar seu posto, o então soldado deixouuma nota dizendo que se desiludira com o Exérci-

to, não apoiava a missão americana no país eiria começar vidanova. Semarmas, deixou a re-mota província de Paktika levando apenas umamochila com água, facas e um caderno.Da Polônia, o presidente Barack Obama de-

fendeu ontem, pela primeira vez, a troca decinco prisioneiros talibãs pelo americano.Questionado sobre as circunstâncias da cap-tura do sargento, Obama lembrou que Berg-dahl ainda não foi interrogado e que isso nãomuda a responsabilidade de tentar resgatá-lo.— Independentemente das circunstânci-

as, quaisquer que possam vir a ser, nós rece-bemos um prisioneiro americano de volta.O presidente também rebateu acusações de

ter violadouma lei que exige avisar oCongressopelo menos 30 dias antes de libertar presos deGuantánamo. Ele alegou falta de tempo sufici-ente para isso, e que a urgência do momentotornou impraticável cumprir a determinação.— Nós consultamos o Congresso há algum

tempo sobre a possibilidade. Estávamos preo-cupados com a saúde do sargento. l

De prisioneiro a possível desertorSCOTT OLSON/AFP

Boas-vindas. Cartaz de apoio ao sargento emHailey, Idaho

MALDEIXOUOCATIVEIRO...

-WASHINGTON E VARSÓVIA-

EUA vão investigar se militar trocado por talibãs violou regras ao deixar posto no Afeganistão

Quarta-feira 4 .6 .2014 O GLOBO l 33

MundoRESPOSTAAOKREMLIN_

Reforço militar na EuropaObama anuncia US$ 1 bilhão em plano conjunto de defesa com aliados vizinhos da Rússia

KEVIN LAMARQUE/REUTERS

Apoio aos aliados. Em discurso à frente de um caça F-16, em um hangar na base aérea de Varsóvia, Obama promete reforçar a ajuda militar aos países da Europa Oriental

-VARSÓVIA- Emmeio a críticas de falta de liderançano cenário mundial e a temores de países alia-dos na Europa Oriental diante das demonstra-ções expansionistas da Rússia, o presidenteamericano, Barack Obama, anunciou ontem oinvestimento de US$ 1 bilhão (R$ 2,28 bilhões)num plano de segurança no Velho Continente.Em Varsóvia, primeira parada da viagem dequatro dias por Polônia, Bélgica e França, Oba-ma afirmouque o objetivo é aumentar a presen-ça militar dos EUA na Europa Oriental — commais exercícios e treinamento — e reforçar ossistemas defensivos de Geórgia e Ucrânia, quesofreram invasão pela Rússia nos últimos anos,eMoldávia, que sofre ameaça separatista de suaminoria russa. Além disso, Obama disse que vaienviar navios da Marinha americana com maisfrequência para os mares Báltico e Negro.Pouco antes do anúncio, em visita a um han-

gar da base aérea de Varsóvia, em discurso di-ante de caças F-16, de fabricação americana,Obama fez questão de reforçar e estreitar os la-ços de solidariedade com os aliados da região:— Estou começando a visita aqui porque nos-

so compromisso com a segurança da Polônia,bemcomo a segurança de nossos aliados na Eu-ropa Central e Oriental, é pedra fundamental danossa própria segurança, e é sagrado — ressal-touObama, ao lado do presidente polonês, Bro-nislaw Komorowski, e diante de 50 pilotos e sol-dados americanos e poloneses. — Poloneses eamericanos precisam ficar ombro a ombro naluta pela liberdade. Como amigos e aliados, es-tamos unidos, juntos, e para sempre.Diante do quadro de tensão regional, a visita

do presidente americano atraiu uma verdadeiraprocissão de dignitários da Europa Central eOriental, que foram à Polônia para reunir-secom ele. Estavam presentes em Varsóvia líderesda Bulgária, Croácia, República Tcheca, Eslová-quia, Estônia, Letônia, Lituânia, Romênia eHungria.

MUDANÇA DE RUMOO anúncio de Obama marca uma mudança derumo significativa, após uma tendência de duasdécadas de reduzir a presença militar dos EUAna Europa. Há três anos, o Pentágono trocou oprincipal comandante do Exército dos EstadosUnidos na Europa, um general de quatro estre-las, por outro de três estrelas.O plano de segurança prevê respostas milita-

res mais rápidas na Europa, quando necessário,e o envio de especialistas americanos para de-senvolver e aumentar as eficácia das Forças Ar-madas dos aliados. Além do anúncio do investi-mento dos EUA, o presidente americano pediuaos aliados europeus que aumentem os gastosmilitares, lamentando os cortes nesta área,agravados pela crise econômica. Por conta dacrise separatista na Ucrânia, vários países euro-peus têm sinalizado planos de injetar recursosnas Forças Armadas, principalmente aquelesmais próximos da fronteira com a Rússia. Masas nações maiores, que respondem pela maiorparte das despesas com defesa, têm resistidoaos apelos por parte de Obama, e também daOtan, para expandir os orçamentos militares.Apenas alguns deles cumprem ameta da alian-ça de gastar 2% do PIB (o conjunto de bens eserviços produzidos num país) nas Forças Ar-madas.Ainda por causa da crise ucraniana, a pre-

sença de Obama na Polônia tem um carátersimbólico muito acentuado, já que este é omomento de maior tensão entre americanos erussos desde o fim da Guerra Fria, no início dadécada de 1990. O governo de Kiev, os EUA e aOtan afirmam que a Rússia apoia, fornece ar-mas e dá suporte aos separatistas pró-Rússiado Leste da Ucrânia, e que o Kremlin envioutropas para a fronteira entre os dois países. Noinício desta semana, um comandante rebeldepró-Rússia, Denis Pushilin, líder da autopro-clamada República Popular de Donetsk —uma região separatista ucraniana — admitiuhaver “voluntários russos” entre guerrilheirosmortos em combate. Por sua vez,Moscou negacom veemência as acusações, e afirma já terordenado o retorno das tropas na fronteira.

NOVA AMEAÇA A MOSCOUCada palavra e cada gesto do presidente ameri-canos nesta viagem serão lidos como um sinalaos aliados europeus e a Moscou. Nestes pri-meiros discursos em Varsóvia, Obama tambémpediu que a Rússia use a influência entre os se-

paratistas do Leste da Ucrânia para que cessemos ataques. E advertiu que mais uma provoca-ção russa pode levar a novas sanções econômi-cas. Não há um encontro formal previsto deObama com o presidente russo, Vladimir Putin,mas os dois estarão presentes na celebração pe-los 70 anos do Dia D, em 6 de junho, na Nor-mandia, no Norte da França.Enquanto Obama discursava na Polônia so-

bre o novo plano de segurança, também on-tem os ministros de Defesa da Otan anuncia-ram uma série de medidas como resposta àsações da Rússia em relação à Ucrânia, semdesrespeitar, entretanto, o acordo firmadocom Moscou em 1997. As medidas incluem opré-posicionamento de materiais e de equi-pamento militar nos Estados-membros daOtan e a melhoria da eficiência e do tempo dereação da Aliança Atlântica. l

UCERCOASLAVIANSK

-SLAVIANSK, UCRÂNIA- Tropas ucranianaslançaram, ontem, uma grande ofensivacontra redutos separatistas pró-Rússia nosubúrbio da cidade de Slaviansk, no Lestedo país. Vários aviões de combate ehelicópteros com artilharia pesada foramusados na operação, que tinha como alvoposições rebeldes no entorno da vila deSemenovka. “Uma fase ofensiva ativa daoperação antiterrorista está em curso noSlaviansk”, escreveu o ministro do Interiorucraniano, Arsen Avakov, em sua páginano Facebook. Ambos os lados afirmamque provocaram baixas, mas nenhumnúmero de mortos ou feridos foiconfirmado por fontes oficiais.

O porta-voz da operação militar,Vladyslav Seleznyov, disse que houvemortes e feridos entre os separatistas,mas não especificou quantos. Já oministro do Interior informou que rebeldesusaram lançadores de foguetes contraveículos militares, mas que os soldadossobreviveram e conseguiram eliminarpostos de controle separatistas.

Do lado dos rebeldes, o líder emSlaviansk, Vyacheslav Ponomarev,afirmou que os homens dele derrubaramum jato e um helicóptero ucranianos.

— Informações de que aeronavesmilitares foram derrubadas não sãoverdadeiras — disse Seleznyov, que nãoconfirmou se houve soldados feridos.

Entretanto, umoficial ucraniano,quefalou sobacondiçãodoanonimato, afirmouqueummilitar foimorto eoutros13, feridos,quandooveículoondeestavamficousobfogo rebelde, próximoaSlaviansk.

Na terça-feira, a vice-chanceler daUcrânia, Natalia Galibarenko, rejeitouos apelos do primeiro-ministro daHungria, Viktor Orban, para concederautonomia à população de etnia húngaraque vive no Oeste da Ucrânia.

—AUcrânianãopodesernemestável,nemdemocrática, senãodáàssuasminorias, incluindooshúngaros,oque lhesédevido,ouseja,aduplacidadania,direitoscoletivoseautonomia—declarouOrban.

— Somos um Estado unido. Precisamostratar o conceito de autonomia com muitocuidado — rechaçou Galibarenko.

UCRÂNIA ATACA REDUTOSDE REBELDES NO LESTE

NAWEBglo.bo/1pQ2eO1Acervo: EUA e URSS, rivalidade que seespalhou pelo planeta

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34 l O GLOBO l Mundo l Quarta-feira 4 .6 .2014

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A urbanista e arquiteta, autora desta tese expostaem“Brasil em jogo”— livrodeartigos a ser lança-do sexta-feira pela editora Boitempo — era tam-

bém até segunda-feira relatora especial do Conselho deDireitosHumanos daONUpara assuntos de habitação efez um enorme barulho emLondres ao apresentar o seudiagnóstico nada favorável às condições de moradia noReino Unido. No Rio, como relatora, ela recebeu muitasqueixas de moradores sentindo-se prejudicados com astransformações urbanas e ignorados na hora da escolhadas prioridades—por exemplo, entre teleférico ou sane-amento no Alemão, optariam pormais esgoto. Testemu-nhou processo semelhantena África do Sul às vésperasdaCopa,emPequimnapré-Olimpíada e emNova Délhina preparação da Índia parasediar os Jogos da Comuni-dade Britânica em 2010.Emnomedo legadourba-

no, cometeram-se ilegalida-des e protestos explodiram—menosnaChinaporqueamordaça política impedemanifestações. No Brasil foimais forte, porque coincidiucom a retomada da luta dosanos 70/80 pelo direito àmoradia, à mobilidade ur-banaeàcidade, assimcomocresceram as reivindicaçõessindicais, todas em estadode hibernação durante a re-tomadaeconômicadaeraLula. Éumaoutra geraçãoqueestá nas ruas, da qual fazem parte os jovens da periferia,já commaior poder de consumomas ainda vivendo nu-ma cidade excludente, com transporte ineficiente, equi-pamentos públicos de má qualidade. “Acho o foco nosgastos irrelevante, vejo as manifestações usando a Copapara dizer o que pensamos sobre o país”, diz Rolnik.É difícil comparar perdas e ganhos do Brasil com Co-

pa/Olimpíadas e o legado deixado na Alemanha e ÁfricadoSul ouemBarcelonaeLondres.A relaçãoCopa-negó-cio estavapresente emtodosos lugares—diz aurbanista—,mas a intervençãonas cidades foimais bemresolvidaempaíses europeus, onde o direito à cidade já estava as-segurado.NaÁfricadoSulhouvealgumasboas interven-ções em transporte público conectando cidades isoladase a criação de pequenos ginásios esportivos em lugaresmuito precários. “No Brasil, teve muito poucamudança,mais discursodoque legado; algumasmelhorias aconte-cerammasmais ligadasaoprocessoeconômicodoqueaCopa e Olimpíadas”. O exemplo irônico dado por Rolnikpara falar das intervenções urbanas de agora é o de umelefante com um espanador no rabo fazendo limpeza:“Claro que ficamenos sujo,mas para que o elefante?”Nem sempre o marketing ganha da vida real. No front

internacional, a falta de sintonia da presidente Dilmacom a política externa levou ao corte de 10% do orça-mentode todasas embaixadas.Ouseja, emplenoanodaCopa, os serviços consulares reduziram horários paraeconomizar, e as embaixadas não tinham dinheiro nempara reproduzir omaterial turístico da Embratur na rede.Enquanto isso, a imagemdoBrasil foipautadapelaexpo-sição cotidianadenossasmazelas nos jornais domundo.Ontem, por exemplo, a denúncia era a violência policialcontra as prostitutas em Niterói, onde cem delas teriamsido presas e muitas estupradas pelos policiais. Deu na“Atlantic”, uma revista de esquerda americana; sábadopassado o “New York Times” noticiou o crescimento dasmortes de PMs atacados por bandidos e, há dez dias, pu-blicou uma reportagemde capa sobre a tenebrosa polui-çãodaBaía deGuanabara—com fotos republicadas nasprimeiras páginas de todos os tabloides da cidade.É tudoverdade. Sóquedurante asOlimpíadasde2012,

uma multidão de “comunicadores” estava a postos parapassar pautas sobre as graças e os prazeres da vida emLondres.Muito poucos foramprocurar os bairros pobrespara contar os conflitos com imigrantes, mas relembra-ramas origens de JamesBondna velha Londres e desco-briram a nova gastronomia inglesa. Já aqui a gente fazdiscurso contra jornalista.... l

Eles foram os últimos a perceber a tal “janela deoportunidades”, queridíssima de consultores emarqueteiros. Sabemos todos que hámuito Copa eOlimpíadas deixaramde ser só eventos esportivospara se transformarem em espaço de promoção denegócios e venda de produtos.Mais recentementeviraram também vitrines para cidades travestidasem grifes atrativas para investimentos edesenvolvimento de grandes projetos imobiliários.Só que inteligência não é exclusividade da turmado business, e osmovimentos sociais resolveram seaproveitar tambémdessa grande sacada demarketing: já que a Copa é uma vitrine global,admirada simultaneamente por bilhões de pessoase assunto damídia nacional e internacional—antes, durante e depois dos jogos—,militantes dasmais variadas causas resolveram também criar umconteúdo para estamegaexposição. “De vitrinepara vender cidades, a Copa também setransformou emplataforma para reverberar lutaspolíticas e sociais. É isto que estamos vendo agorano Brasil: cada vezmais lutas vão se colando naCopa embusca de visibilidade internacional”, dizRaquel Rolnik.

BRASIL, VITRINE OU VIDRAÇA?

1Militantes de variadascausas aproveitamvitrine global da Copa.

2Em nome do legadourbano, cometeram-seilegalidades, e osprotestos explodiram.

3Nem sempre o marketingganha da vida real.

UOspontos-chave

-MADRI- A lei é curta e tem ape-nas um artigo. “Sua Majestadeo rei Juan Carlos I de Borbónabdica da Coroa da Espanha.”Apesar de advertido por juris-tas desde, pelo menos, setem-bro, o governo se negava aaprovar uma Lei da Coroa queregulasse a figura da abdica-ção, alegando falta de necessi-dade. Ontem, porém, com opaís apanhado de surpresacom o anúncio da saída de Ju-an Carlos após 39 anos de rei-nado, o Conselho de Ministrosaprovou a legislação em sessãode emergência. Essa corridacontra o relógio, segundo secomenta nas mesas redondasque proliferam sobre o assun-to, teria dois motivos: esvaziaro movimento que pressionapor um referendo sobre a mo-narquia e evitar que uma pos-sível decisão da Justiça de co-locar a princesa Cristina — fi-lha do rei—nobanco dos réus,por lavagem de dinheiro efraude fiscal, pegue Juan Car-los I ainda na chefia do Estado.O caráter urgente da lei fará

com que o trâmite pela Câma-ra e pelo Senado seja finaliza-do, provavelmente, na quarta-feira, dia 18, com a proclama-ção de Felipe VI. Embora os

grupos parlamentares possamapresentar emendas, elas nãoprosperariam, já que o gover-nista Partido Popular (PP) go-za de maioria absoluta.Com esta extrema concisão

do projeto de lei, o futuro deJuan Carlos não fica definido.Aí provavelmente reside o mo-tivo da decisão do governo denão convocar uma en-trevista coletiva, comode costume, depois doConselho de Minis-tros: entre as pergun-tas incômodas que se-riam feitas certamenteseriam abordados te-mas como uma possí-vel blindagem de JuanCarlos, sua futura ocu-pação e salário, e o re-ferendo, pedido pormilhares de manifes-tantes nas ruas.De fato, entre os

pontos delicados estáa intenção do governode intervir, já que JuanCarlos I perderá a imu-nidade quando Felipe VI forproclamado rei — embora nãopossa ser indiciado por ne-nhum ato cometido em seureinado. Apesar de não ter sidoincluída nesta lei, o PP e o Par-tido Socialista (PSOE), quejuntos somam 80% do Parla-mento, no entanto, ainda po-dem aprovar mais tarde um

aforamiento: ou seja, em casode indiciamento, o processoiria diretamente para o Tribu-nal Supremo, como acontececom deputados, senadores,membros do governo e outroscargos do Estado.— Existe uma possibilidade

muito mais polêmica: dar aopai do rei a mesma imunidade

do (novo) rei, em casosde demandas civis eprocessos penais. Cer-tamente, isso causariaenorme indignação, ea popularidade de Ju-an Carlos e a credibili-dade na monarquia severiam aindamais afe-tadas. Além do mais,em minha maneira dever, seria inconstituci-onal — explica XavierArbos, catedrático deDireito Constitucionalda Universidade deBarcelona.A mudança da com-

posição da família real,no entanto, será auto-

mática. Com a proclamação deFelipe VI, as princesas Cristina eElena passam a ser “família dorei”, reduzindo seus direitos eobrigações, e a família real ficalimitada aos reis Felipe VI e Leti-zia, suas filhasLeonoreSofía, e aJuan Carlos e Sofía. Por enquan-tonãose sabecomoosatuais so-beranos serão chamados.

— Deverá haver um decretoreal para estabelecer um trata-mento e a preservação de títu-los. Seria simbolicamente inte-ressante que, com o conflitocatalão, Juan Carlos de Borbónmantivesse o título de condede Barcelona — opina Arbos.

SALÁRIO É INCÓGNITATambém não se sabe em quetrabalhará Juan Carlos I a par-tir de sua abdicação. Provavel-mente sua função será defini-da pelo rei Felipe VI, assim co-mo uma equipe para atender aseu pai no desempenho destetrabalho. O salário de JuanCarlos I é outra incógnita, masdeverá continuar saindo do or-çamento destinado àCasaReale o valor deverá ser, também,estabelecido por Felipe VI. Dos€ 8 milhões da Casa Real, JuanCarlos I recebe atualmente €140 mil de salário e € 150 milde gastos, e a rainha € 63mil desalário e € 68 mil de gastos.Outra decisão que deverá to-

mar Felipe VI é sobre a mora-dia de seus pais. Pode ser quecontinuem na mesma ala doPalácio da Zarzuela onde mo-ram atualmente. l

Governo espanhol corre pararegulamentar abdicaçãoUmdos objetivos seria evitar que republicanismo prejudicasse novo rei

SERGIO PEREZ/REUTERS

Dois reis. Juan Carlos I acena junto ao príncipe herdeiro, que está a dias de se transformar em Felipe VI, numa cerimônia no Escorial, nos arredores de Madri

A LEIDeixa abertasquestões sobreJuan Carlos

APROVAÇÃOGarantida,pois o PP temmaioria

NOVO REIProclamaçãodeve ocorrerno dia 18

UPontos-chave

PRISCILAGUILAYN

[email protected]

NAWEBbit.ly/1pQ2HzHCinco reis da dinastiaBorbón que abdicaram

antes de Juan Carlos I

Equador volta a mirar em comissão da OEACorrea defende

mudança da sede daCIDH, hoje emWashington

-QUITO- A reforma da ComissãoInteramericana de Direitos Hu-manos (CIDH), vigorosamentedefendida pelo Equador, pare-cia uma questão encerradadentro da Organização dos Es-tados Americanos (OEA). Mas,nas últimas semanas, o governode Rafael Correa conseguiuapoio às suas ideias em reuni-ões realizadas em Galápagos enoHaiti, e deve apresentar hojeum projeto na Assembleia Ge-ral da OEA, no Paraguai, defen-dendo, entre outras coisas, amudança de sua sede, atual-mente em Washington, e dostatus da comissão, numa ten-tativa de limitar sua autonomia.Em maio, o presidente equa-

toriano denunciou que mesmosem ratificar a comissão, os “Es-tados Unidos financiam e abri-

gam sua sede”. Meses antes, ad-vertiu que, se “alterações subs-tanciais” não fossem realizadas,iria reavaliar a permanência dopaís na organização.A mudança de sede seria gra-

dual, e em primeira instância, seaceitaria o suposto interesse doMéxico e do Uruguai em sediarreuniõesnospróximosdoisanos.

A CIDH, umórgão autônomo daOEA que lida com a promoção eaproteçãodosdireitos humanos,foi criticada por seus posiciona-mentos por alguns governos daregião, como a Venezuela.Na segunda, o secretário-geral

da OEA, José Miguel Insulza, re-jeitou as propostas e defendeusua “total autonomia”. Fontes da

entidade expressaram descon-forto como projeto, que deve sero pano de fundo da reunião —cujo tema é inclusão social.— A questão é qual o sentido

da mudança e, especialmente,seumdebate interminável sobreisso a fortalece ou a enfraquece.Especialistas temem, no en-

tanto, que os Estados passem ater a última palavra sobre aagenda de trabalho da entidade.— A resolução atenta direta-

mente contra a autonomia e in-dependência que qualquer or-ganismodecontroledeve terpa-ra operar— criticou JoséMiguelVivanco, diretor da HumanRightsWatch nas Américas.Correa já tentoudiscutir o te-

ma em várias ocasiões, masenfrentava a oposição de paí-ses como Costa Rica, México eArgentina. Agora, acredita quemudanças recentes de gover-no possam favorecer a propos-ta. Para Vivanco, o Brasil é umdos novos apoiadores.— Não estaríamos aqui sem o

consentimento do Brasil. l

CRIS BOURONCLE/AFP

Manifestação.Ativistas protestam em reunião com chefes de delegações da OEA

Product: OGlobo PubDate: 04-06-2014 Zone: Nacional Edition: 1 Page: PAGINA_AJ User: Asimon Time: 06-03-2014 21:04 Color: CMYK

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QUARTA-FEIRA 4.6.2014oglobo.com.br

FALTAM 8 DIAS

ELE+10

O dono da bolaNeymar excede em campo, faz golde falta, dá assistência de calcanhar,e Brasil vence Panamá por 4 a 0.Mas Felipão quer mais PÁGINAS 3 E4

EVARISTOSÁ/AFP

Product: OGloboEsportes PubDate: 04-06-2014 Zone: Nacional Edition: 1 Page: PAGINA_A User: Asimon Time: 06-03-2014 21:41 Color: CMYK

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O corte do atacanteGiuseppe Rossi (foto) dalista de convocados daItália para a Copaainda é motivo depolêmica no país. Ementrevista ao jornalitaliano “Gazzetta delloSport", o avô do jogadordisse que o técnico CesarePrandelli iludiu o seu neto.“Prandelli é um traidor, fezuma palhaçada”, acusouBruno Petrocelli.. ”É uma

farsa. Ele o manteve noelenco e depois otraiu.” Segundo oavô, Rossi está emperfeitas condiçõesfísicas, ao contráriodo que justificou ummédico da seleçãoitaliana. “Um relatóriomédico prova que eleestá em condições”,disse.

GIAMPIEROSPOSITO/REUTERS

2 l O GLOBO l Copa2014 l Quarta-feira 4 .6 .2014

FERNANDOCALAZANS

A seleção em dois tempos

Vendo a seleçãobrasileira a par-tir do seu primeiro gol — Ney-mar, em grande cobrança defalta— e até o fim do amistoso

com o Panamá, não dá para acreditarque aquele time que começou o jogoera amesma seleção brasileira. Não dá.Até o chute colocado de Neymar, aos26 minutos, o Brasil não tinha che-gado perto do gol, o Panamá é quecontrolava o jogo com 57 por centode posse de bola, trocando passescomo se fosse, digamos assim, aEspanha. Tampouco ameaçava oBrasil, mas controlava a bola no pé.O que aconteceu então? Aconte-

ceu exatamente que o Neymar, co-meçou a jogar futebol e convidougentilmente os companheiros aacompanhá-lo. Pronto: era algo re-almente semelhante à seleção bra-

sileira que conquistou a Copa das Con-federações, derrotando não o Panamá,mas a Espanha.E todos (ou quase todos) participa-

ram da festa. Daniel Alves, com o chutedo segundo gol. Hulk, já no segundotempo, com o chute perfeito no passemais que perfeito de Neymar, com ocalcanhar. E, finalmente, Willian, queentrou como se fosse titular, e emen-dou o passe de Maxwell para marcar oquarto e último gol.Um segundo tempo de seleção brasi-

leira. Os jogadores que me agradarammais foram Neymar, acima de todos,Hulk e Willian, este último à beira deuma vaga entre os titulares.Tirando a bola de circulação, fiquei

preocupado com algo que não espera-va: o nervosismo e a afobação de al-guns jogadores. Afobação, por exem-

plo, dos zagueiros David Luiz e Dante,fazendo faltas com certa violência esem necessidade alguma. Nervosismo,por exemplo, de Neymar, discutindocom adversários e sobretudo com ojuiz., a ponto de levar cartão amarelo,junto com David Luiz. Num jogo amis-toso? Contra o Panamá?Nosso zagueiro é um exemplo de

simpatia e gentileza fora de campo,qual a necessidade de se transformarassim dentro dele? Diz o David Luizque não se pode “tirar o pé”. Está certo.Mas não precisa tampouco “botar o pé”na canela dos adversários._

Como parar Neymar?O técnico do México, Miguel Herrera,rival do Brasil na fase de grupos, disseter descoberto a forma de parar Ney-

mar: não deixar que a bola chegue aele. Parece simples,mas não é. Se fosse,muitos adversários históricos do Brasilteriam parado Pelé, Garrincha, Rivelli-no, Jairzinho, Romário, Ronaldo e ou-tros. Garanto que não conseguiram.Ou elemarca tão bemos companheirosde Neymar, a ponto de não permitirque eles deem sequer umpasse, ou cer-camNeymar de um jeito que possam seantecipar a ele na luta pela bola. Querdizer: haja marcação! Se o México pu-desse entrar em campo com 13 ou 15jogadores, o plano daria certo.Comonão pode, resta esperar pelo jogoentre as duas seleções, no dia 17, paravermos comoHerrera vai tratar a ques-tão dentro de campo. De qualquer for-ma, o técnico cria essa expectativa táti-ca em relação à partida: conseguirámesmo parar o Neymar?

RESENHAPOLÊMICA NA ITÁLIAAVÔ DE ROSSI CRITICA CORTE DO NETO

O técnico português José Mourinho (foto), do Chelsea, daInglaterra, está interessado na contratação do atacantebrasileiro-espanhol Diego Costa, do Atlético de Madrid. Diego,contactado, já teria comunicado ao clube que, depois da Copa,pretende jogar no time inglês, onde atuam os David Luiz,William, Oscar e Ramires. Ele está com a seleção da Espanha,em Washington, em preparação para o Mundial. Ontem, ele, quese recupera de lesão muscular, treinou normalmente.

SONHO DE MOURINHODIEGO COSTA ‘NAMORA’ O CHELSEA

STEFAN WERMUTH/REUTERS/7-4-2014

A Copa do Mundo no Brasil ainda correo risco de perder mais um craque.Apesar de confirmado entre os 23convocados da França, o atacanteRibéry (foto) é considerado dúvida porcausa de dores na coluna que o tiraramde dois amistosos preparatórios de suaequipe (a goleada por 4 a 0 na Noruegae o empate em 1 a 1 com o Paraguai).Pelo regulamento da Fifa, o técnicoDidier Deschamps poderá substituir ojogador até 24 horas antes da estreiada França, contra o Equador, dia 15, emBrasília. Segundo a imprensa esportivafrancesa, se não tiver condições dejogar no amistoso com a Jamaica, emdomingo, Ribéry deve ser cortado.Até que o atacante entre em campo emostre aos franceses que estárecuperado para vir à Copa do Mundo, opaís viverá alguns dias de incertezasobre a presença do principal astro daseleção. Ribéry é mais um na lista degrandes nomes ainda incertos noMundial, ao lado do português CristianoRonaldo e do uruguaio Luis Suárez.

RIBÉRY É DÚVIDA ATÉ DOMINGOSE NÃO JOGAR AMISTOSO, FRANCÊS PODE SER CORTADO

VALERY HACHE/AFP

A TABELA

BRASIL CROÁCIA MÉXICO CAMARÕES

GRUPO

AData Hora JogoLocal

12/jun, quinta

13/jun, sexta

17/jun, terça

18/jun, quarta

23/jun, segunda

23/jun, segunda

17h

13h

16h

19h

17h

17h

BRASIL

México

BRASIL

Camarões

Camarões

Croácia

Croácia

Camarões

México

Croácia

BRASIL

México

São Paulo

Natal

Fortaleza

Manaus

Brasília

Recife

X

X

X

X

X

X

ESPANHA HOLANDA CHILE AUSTRÁLIA

GRUPO

BData Hora JogoLocal

13/jun, sexta

13/jun, sexta

18/jun, quarta

18/jun, quarta

23/jun, segunda

23/jun, segunda

16h

19h

16h

13h

13h

13h

Espanha

Chile

Espanha

Austrália

Austrália

Holanda

Holanda

Austrália

Chile

Holanda

Espanha

Chile

Salvador

Cuiabá

Rio de Janeiro

Porto Alegre

Cutitiba

São Paulo

X

X

X

X

X

X

COLÔMBIA GRÉCIA COSTA DOMARFIM

JAPÃO

GRUPO

CData Hora JogoLocal

14/jun, sábado

14/jun, sábado

19/jun, quinta

19/jun, quinta

24/jun, terça

24/jun, terça

13h

22h

13h

19h

17h

17h

Colômbia

C. do Marfim

Colômbia

Japão

Japão

Grécia

Grécia

Japão

C. do Marfim

Grécia

Colômbia

C. do Marfim

Belo Horizonte

Recife

Brasília

Natal

Cuiabá

Fortaleza

X

X

X

X

X

X

URUGUAI COSTA RICA INGLATERRA ITÁLIA

GRUPO

DData Hora JogoLocal

14/jun, sábado

14/jun, sábado

19/jun, quinta

20/jun, sexta

24/jun, terça

24/jun, terça

16h

19h

16h

13h

13h

13h

Uruguai

Inglaterra

Uruguai

Itália

Itália

Costa Rica

Costa Rica

Itália

Inglaterra

Costa Rica

Uruguai

Inglaterra

Fortaleza

Manaus

São Paulo

Recife

Natal

Belo Horizonte

X

X

X

X

X

X

SUÍÇA EQUADOR FRANÇA HONDURAS

GRUPO

EData Hora JogoLocal

15/jun, domingo

15/jun, domingo

20/jun, sexta

20/jun, sexta

25/jun, quarta

25/jun, quarta

13h

16h

16h

19h

17h

17h

Suíça

França

Suíça

Honduras

Honduras

Equador

Equador

Honduras

França

Equador

Suíça

França

Brasília

Porto Alegre

Salvador

Curitiba

Manaus

Rio de Janeiro

X

X

X

X

X

X

GRUPO

FData Hora JogoLocal

15/jun, domingo

16/jun, segunda

21/jun, sábado

21/jun, sábado

25/jun, quarta

25/jun, quarta

19h

16h

13h

19h

13h

13h

Argentina

Irã

Argentina

Nigéria

Bósnia

Nigéria

Bósnia

Nigéria

Irã

Bósnia

Irã

Argentina

Rio de Janeiro

Curitiba

Belo Horizonte

Cuiabá

Salvador

Porto Alegre

X

X

X

X

X

X

ALEMANHA PORTUGAL GANA EUA

GRUPO

GData Hora JogoLocal

16/jun, segunda

16/jun, segunda

21/jun, sábado

22/jun, domingo

26/jun, quinta

26/jun, quinta

13h

19h

16h

19h

13h

13h

Alemanha

Gana

Alemanha

EUA

Portugal

EUA

Portugal

EUA

Gana

Portugal

Gana

Alemanha

Salvador

Natal

Fortaleza

Manaus

Brasília

Recife

X

X

X

X

X

X

BÉLGICA ARGÉLIA RÚSSIA COREIADO SUL

GRUPO

HData Hora JogoLocal

17/jun, terça

17/jun, terça

22/jun, domingo

22/jun, domingo

26/jun, quinta

26/jun, quinta

13h

19h

13h

16h

17h

17h

Bélgica

Rússia

Bélgica

Coreia do Sul

Argélia

Coreia do Sul

Argélia

Coreia do Sul

Rússia

Argélia

Rússia

Bélgica

Belo Horizonte

Cuiabá

Rio de Janeiro

Porto Alegre

Curitiba

São Paulo

X

X

X

X

X

X

ARGENTINA BÓSNIA IRÃ NIGÉRIA

OITAVAS DE FINAL28/jun, sábado • 13h • Belo Horizonte1º do A

2º do B X

28/jun, sábado • 17h • Rio de Janeiro1º do C

2º do D X

30/jun, segunda • 13h • Brasília1º do E

2º do F X

30/jun, segunda • 17h • Porto Alegre1º do G

2º do H X

QUARTAS DE FINAL04/jul, sexta • 17h • Fortaleza1º do A ou 2º do B

1º do C ou 2º do D X

04/jul, sexta • 13h • Rio de Janeiro1º do E ou 2º do F

1º do G ou 2º do H X

QUARTAS DE FINAL05/jul, sábado • 17h • Salvador

1ª do B ou 2º do A

1º do D ou 2º do CX

05/jul, sábado • 13h • Brasília1ª do F ou 2º do E

1º do H ou 2º do GX

SEMIFINAL08/jul, terça • 17h • Belo HorizonteVencedor

Vencedor X

FINAL13/jul, domingo • 16h • Rio de JaneiroVencedor

Vencedor X

3º LUGAR12/jul, sábado • 17h • BrasíliaVencedor

Vencedor X

SEMIFINAL09/jul, quarta • 17h • São Paulo

Vencedor

VencedorX

OITAVAS DE FINAL29/jun, domingo • 13h • Ceará

1º do B

2º do AX

29/jun, domingo • 17h • Recife1º do D

2º do CX

01/jul, terça • 13h • São Paulo1º do F

2º do EX

01/jul, terça • 17h • Salvador1º do H

2º do GX

Regulamento Número de pontosSaldo de gols.Número de gols marcados

123

PRIMEIRA FASECritérios dedesempate

Se duas ou mais seleções empatarem nos quesitos acima, o desempateserá no confronto direto, com os mesmos critérios. Mantendo o empate,a vaga será definida por sorteio.

FASE ELIMINATÓRIAPassam para as oitavas as duas melhoresseleções de cada grupo.

PRORROGAÇÃOA partir das oitavas, em caso de empate nos 90 minutos, o jogo vaipara a prorrogação (dois tempos de 15).

PÊNALTISSe a igualdade persistir, a vagaserá decidia nos pênaltis.

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Page 37: OG-2014-06-04.pdf

Jogador de confiança deFelipão, Paulinhomostrou ontem naGranja Comary que estárecuperado da lesão notornozelo esquerdo. Ao

lado de Thiago Silva eFernandinho, o volantecalçou as chuteiras ebateu bola no campo.Os três ficaram emTeresópolis para

trabalho especial e, aoque tudo indica, vãoparticipar do segundoamistoso da seleção, nasexta-feira, contra aSérvia, em São Paulo.

Enquanto isso... Paulinho jábatebolade chuteiraIVO GONZALEZ

Quarta-feira 4 .6 .2014 l Copa2014 l O GLOBO l 3

Júlio César 7.Pouco trabalho. Precisouintervir só no segundo tempo.Em um lance, recuperou-seapós escorregar.

Daniel Alves 7,5.Gol. Não fazia grande primeirotempo, mas marcou um bonitogol em chute da entradada área. Saiu no intervalo.

Maicon 6,5.Espaço. Pegou o rival maiscansado no segundo tempo,fez duas boas jogadas, maspoderia ter produzido mais.

David Luiz 7,5.Passe. Com pouco trabalhona defesa, apareceu em bonitolançamento para Neymarno lance do terceiro gol.

Henrique 6,5.Quase. Ficou pouco tempoem campo, mas quase marcouum gol de cabeça. A bola tocouna trave.

Dante 6,5.Tranquilo. Também tevepouco trabalho contra osatacantes do Panamá. Quase secomplicou nas saídas de bola.

Marcelo 6.Discreto. Jogou os primeiros45 minutos, participou dealgumas jogadas, mas nãoexibiu o que pode.

Maxwell 7.Disposto. Entrou no intervalopara mostrar serviço. E fezo cruzamento que resultouno quarto gol, de Willian.

Luiz Gustavo 5,5.Conservador. Fez o trabalhode marcação com correção.Mostrou dificuldade em algunspasses simples.

Ramires 5,5.Anulado. Jogou só o primeirotempo, quando o time nãofoi bem. Não conseguiu sairjogando. Foi sempre desarmado.

Hernanes 6.Chance. Foi favorecido porentrar num momento em queo Panamá dava espaços.Acertou bons passes.

Oscar 5,5.Apagado. Ficou 62 minutosem campo e produziu muitomenos do que o habitual.Não criou lances de perigo.

Willian 7,5.Dinâmico. Entrou commuita movimentação, buscouas jogadas e foi premiadoao marcar o quarto gol.

Hulk 8.Eficiente. Como nos treinos,participou de lancesimportantes. Num toquede classe, fez o terceiro gol.

Neymar 9.O melhor. Conduziu o time,marcou um belo gol de faltae participou de outros dois.Foi o destaque da seleção.

Fred 6.Batido. Foi vencido pelamarcação. Nos 60 minutos quejogou, só finalizou uma vez.Não parece na melhor forma.

Jô 5,5.Não melhorou. Entroue também não teve bomrendimento. Teve uma chancee concluiu mal.

Felipão 6,5.Pode crescer. O time aindanão repetiu suas melhoresatuações. Ainda busca sermais compacto e dinâmico.

ATUAÇÕES

aaBRAS IL

aa PANAMÁFraco. Além de exibir uma pobreza técnica,o time pareceu esgotado fisicamenteno segundo tempo e ofereceu espaços.

aaARBITRAGEMErro. Num jogo tranquilo, o boliviano RaulOrosco não marcou um pênalti claro sofridopor Hulk no segundo tempo.

Brasil Panamá Brasil: Júlio César, Daniel Alves (Maicon), David Luiz (Henrique), Dante eMarcelo (Maxwell); Luiz Gustavo, Ramires (Hernanes), Hulk, Oscar(Willian) e Neymar; Fred (Jô). Panamá: Mc Farlane (Calderón), Machado,Roman Torres (Cummings), Baloy e Carroll (Rodríguez); Henriquez, Gomez,Quintero (Torres) e Cooper (Jimenez); Tejada (Nurse) e Muñoz. Juiz: RaulOrosco (Bolívia). Cartões amarelos: David Luiz, Neymar, Gomez, Cooper eTejada. Local: Serra Dourada, Goiânia. Renda: R$ 2.548.030. Público:30.663 pagantes (31.871 presentes). Gols: Neymar, aos 26, e DanielAlves, aos 39 minutos do primeiro tempo; Hulk, aos 45 segundos, eWillian, aos 27 minutos do segundo tempo.

04FONTE: Footstats

Desarmes

Cruzamentos

Dribles24 16

22 24

18 4

Faltas21 11

FINALIZAÇÕESBRASIL PANAMÁ

Fora ForaNo gol

7 7 2 3

PASSES CERTOSBRASIL PANAMÁBRASIL PANAMÁ

POSSE DE BOLA

21045361% 39%

RomQuiOroTej30.Alv

Num pré-Mundial marcadopor tantas lesões de jogadoresimportantes, conta-se nos de-dos os astros, os candidatos aprotagonistas da Copa quechegam ao torneio em formafísica e técnica tão boa quantoNeymar. Eis a mais positivaconstatação do amistoso deontem, no Serra Dourada, emque o Brasil venceu o Panamápor 4 a 0. O atacante despertouum time que parecia apático,sem iniciativa e imaginaçãonos primeiros minutos. Acele-rou, ditou o ritmo, participoude quase 100% dos lances deperigo que a seleção criou.Se estamos diante de um pe-

rigoso caso de dependência, o

tempo dirá. Ontem, ao menos,a sensação era de que o jogomudava de cara, ganhava for-ma quando, e somente quan-do, Neymar tocava na bola.Ressalvas à parte, a atuação

de ontem de Neymar parececonvidar à celebração. Já a daseleção, até que surgisse o pri-meiro gol, deixava uma sériede interrogações no ar.O time estava “pesado” por

causa dos intensos treinos físi-cos? Evitava divididas comme-do das lesões que assombramtantas seleções? O fato é que oBrasil não criava, não marcava,não era compacto nemdinâmi-co.Ou seja, nãoeranadadoqueo técnico Luiz Felipe Scolari,contrariado, cobrou no treinodo último domingo.O papel de Neymar foi tirar a

seleção da letargia emque se en-contrava. Logo no primeiro tem-po, mostrou ser capaz de mudarcompletamente o andamento dojogo. Se havia preocupação emtorno do atacante do Barcelona,um jovem de apenas 22 anoscom toda a responsabilidade domundo nas costas às vésperas desua primeira Copa do Mundo,Neymar respondeu de forma po-sitiva. Parece à vontade no papelde líder técnico do time.Mas, emummomento ou outro, a seleçãoprecisará da iniciativa e da inspi-ração de outros jogadores. E, on-tem, o time parecia esperar queNeymar apitasse o início do jogo.No fim, usou a autoridade

que o talento lhe confere parase comunicar com a torcida.—Voupedir umpouco de pa-

ciência à torcida, tomamos vai-

as no início. Mas não estamosacostumados a este campo —disse Neymar, que prometeumais. — Não estou pronto ain-da. Faltou ritmo de jogo. Canseium pouco no fim. Até a Copavou conseguir a forma ideal.Eram 26minutos de um jogo

sonolento. A torcida vaiara, Fe-lipão reclamara e Neymar re-solveu mudar as coisas. Bus-cou a bola nomeio-campo, re-cebeu de Ramires e arrancouaté sofrer falta. Quem bateu?Ele mesmo, no ângulo: 1 a 0.

MUITAS MUDANÇASEstava aberto o caminho da vi-tória, da goleada. Estava des-perto o time. Tanto que, aos 39,nasceu enfim um lance signifi-cativo semqueNeymar tomas-se parte. Daniel Alves, da en-trada da área, chutou no cantodireito e fez o segundo gol.Como prometido, Felipão

mexeu. No intervalo, trocou oslaterais Daniel Alves eMarcelopor Maicon e Maxwell e Rami-res por Hernanes. Antes quequalquer um deles tocasse nabola, aos 45 segundos, Neymartocou de calcanhar para Hulk,com categoria, fazer o terceirogol. O rival estava entregue,haviamais espaços. E a seleçãoestavamelhor. Neymar então...Se Fred tinha dificuldade para

participar do jogo, Neymar lhedeu a bola. Foi aos quatrominu-tos, num cruzamento que o cen-troavante cabeceou mal. O cra-que ainda chutaria com perigoaos sete, criaria lance para Hulkaos 23 e arriscaria duas vezescom perigo. Ele chamava o jogo,ele era o jogo. Aos 27, lançouMaxwell. O cruzamento passoupor Jô, que substituíra Fred, e en-controu Willian, que entrou nolugar deOscar.Willian fez 4 a 0. l

JOVEMMAESTRONeymar tira seleção da apatia e cria quase todos os lances deperigo na goleada sobre o Panamá. E ainda diz que vai melhorar

CARLOSEDUARDOMANSUR

[email protected]

ALEXANDRE CASSIANO

Dono do jogo. Neymar enfrenta a marcação do zagueiro panamenho Baloy e prepara o chute a gol: o atacante do Barcelona foi o grande destaque no Serra Dourada, fez o primeiro gol de falta e participou de outros dois na goleada por 4 a 0

Ditou o ritmo

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-OIÂNIA- Nem lá nem cá. O técnico LuizFelipe Scolari era a imagemda tranqui-lidade após a vitória por 4 a 0 sobre oPanamá, no penúltimo amistoso da se-leção brasileira antes da estreia na Co-pa doMundo, no dia 12, contra a Croá-cia, no Itaquerão. O treinador não gos-tou do início do jogo,mas no fim estavasatisfeito com a atuação de sua equipe.Mas Felipão quer mais contra a Sérvia,depois de amanhã, no Morumbi. E ad-mitiu que, se o time for bem, será man-tido no primeiro jogo do Mundial.— Preciso ver o time antes da estreia.

Se não tivermos problemas, todos irãopara o jogo — adiantou o treinador.Neymar foi caçado em campo pelos

panamenhos, mas nada que preocu-passe Felipão. Ele quer ver Neymar vo-ando na estreia e, por isso, deverá jogartoda a partida contra a Sérvia:— Não tem por que poupar Neymar.

Ele não vinha jogando no Barcelona,porque estavamachucado. Por isso ho-je (ontem), mesmo com o cartão querecebeu no primeiro tempo, deixei eleem campo 90 minutos. Neymar precisade ritmo, precisa jogar.Por ser a Sérvia um adversário mais

qualificado do que o Panamá, Felipãoespera que o time já mostre evoluçãoem relação à atuação de ontem. Segun-do o treinador, se a seleção atuar comofez no início da partida no SerraDoura-da, terá problemas no Morumbi.—O início foi muito ruim. A ideia era

pressionar a saída de bola do adversá-rio,mas não conseguimos sincronizar amovimentação. Na sexta, diante de umadversário melhor, não podemos errartanto. Mas temos de dar um desconto.O time não jogava há três meses e sótreinou seis dias antes da partida— ex-plicou o treinador, que, irritado com aatuação do Brasil nos primeiros minu-tos, ficou em pé, à beira do gramado,gesticulando com os jogadores.

ELOGIOS A WILLIANFelipão sabe perfeitamente que Willianatravessa ótima fase e que muita genteaposta que o jogador terminará a Copacomo titular. Por isso, só pôs o jogadordo Chelsea em campo já na segundametade do segundo tempo. SeWilliantivesse entrado no intervalo e jogadobem, quem pagaria o pato seria opróprio Felipão, que teria que con-viver com forte pressão pela en-trada domeia no lugar de Oscar.Willian entrou com o jogo de-

cidido— o Brasil vencia por 3 a 0—, mas mesmo assim jogou beme deixou sua marca, fechando agoleada. Felipão adorou:— É um garoto muito ágil, que se

movimenta com inteligência. Ele vainos ser muito útil na Copa.— Momentos antes da Copa, fico feliz

com as coisas dando certo para mim epara a seleçãobrasileira—afirmouWilli-an. — Espero que as coisas deem certonaCopa. NoChelsea eu sempre procureime preparar bem se tivesse uma oportu-nidade na seleção para procurar brilhar.Ficomuito feliz de estar ajudando.

4 l O GLOBO l Copa2014 l Quarta-feira 4 .6 .2014

RENATOMAURÍCIOPRADO

Neymar e mais dez

Oterceiro gol valeu o amisto-so. O toque genial de Ney-mar, de calcanhar, e a con-clusão de primeira de Hulk,

como lado externo do pé esquerdo, ba-tendo “de três dedos”, como costumamdizer os jogadores, foi uma pintura. Umlance digno da nossa história. Típico dofutebol arte que, infelizmente, anda su-

mido dos campos tupiniquins. Ney-mar eHulk foram, aliás, os doisme-lhores jogadores em campo.

Dos pés do novo craque do Bar-celona saíram, como de hábito,praticamente todas as jogadasefetivas do ataque do Brasil. Mar-cou o primeiro gol numa bela co-

brança de falta e participou, compasses perfeitos, de dois outros (o deHulk e o de William). Só não estevepresente no gol de Daniel Alves (uma

bomba da entrada da área).Se por um lado foi animador consta-

tar que nosso melhor jogador está emgrande forma técnica, apesar do tempoque foi obrigado a ficar parado, porcausa de uma contusão, por outro re-forçou-se a impressão (quase certeza)de que do seu desempenho dependeráa sorte da seleção brasileira nesta se-gunda Copa no país.Que Neymar seja capaz de repetir, di-

ante dos adversários mais fortes queenfrentaremos no Mundial, o farto ar-senal de dribles, lençóis, bicicletas, co-branças de faltas, chutes, passes mili-métricos, etc, exibido contra o frágil Pa-namá, em Goiânia.A cada treino e a cada jogo, amistoso

ou não, fica aindamais claro que o Bra-sil de hoje em dia é Neymar e mais dez.E, pra nossa sorte, ele joga muito!

_

RepetecoTerminada a partida, jogadores emem-bros da comissão técnica do Panamácercaram Neymar para tirar fotos comele. A cena me lembrou uma outra,bem semelhante, que vi nas Olimpía-das de Atenas, quando os jogadores daseleção de vôlei do Japão fizeram omesmo com Giba. Tomara que o resul-tado final da Copa seja o mesmo da-queles Jogos Olímpicos, quando o timede Bernardinho conquistou o ouro._

ApagadosSe Neymar e Hulk foram muito bem,Oscar e Fred jogaram muito mal. Omeia-armador praticamente não apa-receu no amistoso, e o centroavante,

igualmente sumido, ainda desperdiçouuma ótima chance, cabeceando pessi-mamente uma bola cruzada namedidapor Neymar. Como ambos têm bastan-te crédito, conquistado na Copa dasConfederações, devem continuar no ti-me titular, pelo menos até a estreia,contra a Croácia. Mas William, que en-trou muito bem no amistoso, está pe-dindo passagem..._

Espalmando o frangoE o Júlio César, hein? O que ia se tor-nando um frango acabou virando umagrande defesa. Numa cabeçada relati-vamente fraca, o goleiro escorregou,mas, ainda assim, conseguiu se recupe-rar a tempo de espalmar a córner, de-monstrando uma agilidade impressio-nante e elogiável.

ELE QUER MAISTécnico diz que, após início ruim, a seleção melhorou, mas precisa mostrar evolução contra a Sérvia. Sefor bem no segundo amistoso, time será mantido na estreia. Para ter ritmo, Neymar não será poupado

MAURICIOFONSECA

[email protected]

Felipão insaciável

REUTERS

Em alta.Williancomemora o golque marcoucontra oPanamá.O meia vemimpressionandoFelipão

Um gol em uma bela co-brança de falta, umpasse espetacular decalcanhar no gol de

Hulk, participação no gol de Willi-an. Neymar foi o cara, o nome dojogo na goleada de 4 a 0 do Brasilsobre o Panamá, ontem, no SerraDourada. O futebol bonito do ata-cante do Barcelona encantou atémesmo os zagueiros panamenhos,que durante a partida não se fize-ram de rogados na hora de endu-recer amarcação, mas viraram tie-tes e pediram para tirar fotos comNeymar após o apito final.— Os caras chegam duro. Faz

parte do futebol—disse o craque.—Depois eles deramabraço epe-diram fotos, a gente tira sem pro-blema. O Panamá dificultou noinício,mas depois buscamos nos-so ritmo e colocamos nosso jeitode jogar, nossa qualidade.O repertório de dribles e jogadas

incisivas deNeymar parece não terfim. E deixa surpreso até mesmoquem já está acostumado ao fute-bol do camisa 10 da seleção.— Neymar é um jogador tão cri-

ativo que surpreende o treinadorem todos os jogos—disse Felipão.— Ele é o cara que vai decidir. É

um grande jogador, muito acimada média — reconheceu Fred.— É bom ter um grande joga-

dor, que desequilibra. Vai ser omelhor do mundo daqui a algunsanos. Faz gols, tomapancada, nãopara — completou David Luiz.Com omesmo talento que exibe

para driblar a marcação, Neymarse desvencilha habilmente dasperguntas sobre a pressão que car-rega nos ombros por ser o princi-pal jogador deuma seleçãoque vaidisputar aCopa emcasa, diante de180milhões de torcedores:— Desde menino, estou acostu-

mado com isso. Faço o que sempresonhei. É o que sei fazer: jogar fute-bol. Estoudesfrutando e sendo feliz.Com atuação discreta, Fred re-

conheceu que há muito a traba-lhar até a estreia:— Precisamos evoluir. São mais

de três meses sem jogar juntos eagora o grau de dificuldade só vaiaumentar. Temos que chegarbem preparados para a estreia. l

Todosse rendemao craqueRivais pedem fotos e

companheiros destacamo talento criativo

OCAMISA 10ALEXANDRE CASSIANO

Nome do jogo. Neymar é elogiado

O gol de falta marcado por Neymar,que abriu caminho para a vitória, dei-xou Felipão comum sorriso de orelha aorelha. Durante a semana, o craque doBarcelona, ao lado do zagueiro DavidLuiz, foi o destaque cobrando faltas naGranja Comary.— Se não me engano, hoje 50% das

partidas são decididas em bola parada.É uma arma e tanto. Temos mais deuma opção — comemorou o técnico.A vitória sobre o Panamá foi a 14ª nos

últimos 15 jogos. Felipão gosta destesnúmeros, mas teme que o time se aco-mode. Por isso, não relaxa nunca:— Não podemos nos acomodar. Fico

cobrando deles a todo momento paraque se lembrem que sempre podemosevoluir. Também vamos levar algunspalestrantes à Granja antes da estreiana Copa. Nada de oba-oba.Já estão convidados o goleiro penta-

campeão do mundo Marcos, o técnicode vôlei Bernardinho e o ex-técnico Ru-bens Minelli. Carlos Alberto Júlio, em-presário e professor, falará para os joga-dores nos próximos dias. l

NAWEBGALERIA DE FOTOSoglobo.com/esportesImagens da goleada

brasileira sobre o Panamá

RENATODEALEXANDRINO

[email protected]ÂNIA-

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Quarta-feira 4 .6 .2014 l Copa2014 l O GLOBO l 5

Os jogadores Agüero,Garay e Zabaleta serãodesfalques no amistosoda Argentina, hoje, às19h15m de Brasília, emBuenos Aires. O técnico

Alejandro Sabelladeclarou em entrevistaontem que o trio sódeverá entrar em campona estreia da seleção naCopa, dia 15, contra a

Bósnia, no Maracanã.Antes de pegar o avião(ao lado) para o Brasil, osargentinos aindaenfrentam a Eslovênia,no sábado, em La Plata.

Argentinapoupa trio emamistosoREUTERS

V ai ser impossívelficar zangado seeles errarem osresultados dos jo-

gos. Afinal, é um grupo fo-físsimo que vai agora atuarcomo oráculo no Mundialdo Brasil. Quatro anos de-pois de o polvo Paul ter“adivinhado” oito resulta-dos de partidas da Copa daÁfrica do Sul, chegou a vezde filhotes de ursos pandadarem expediente comovidentes.As profecias vão ser feitas

em um parque na provínciade Sichuan, na China, e nãovão ter muita inovação. As-sim como o antecessorPaul, que morava em umaquário na cidade alemã deOberhausen, os ursinhosdarão o prognóstico esco-lhendo comidas em cestas.Serão três opções, e cadauma representará um resul-tado: vitória de uma sele-ção, de outra, ou empate.

Apesar de os pandas te-rem entre 1 e 2 anos de ida-de, não serão poupados dotrabalho duro. Das oitavasde final em diante, o palpi-te dos ursinhos será dadode modo diferente: elesvão ter que subir em árvo-res com a bandeira da sele-ção que, supostamente,será a vencedora. A agên-cia de notícias da China, aXinhua, não explicou, po-rém, como os animais deSichuan serão atraídos pa-ra fazer a escalada.Ameaçados de extinção,

espera-se que os pandas te-nham mais sorte do quePaul. Apesar de o polvo tersido um sucesso — virouaplicativo de celulares, linhade bonecos de pelúcia, echegou a ser nomeado cida-dão honorário da cidade es-panhola de Carballiño —,ele morreu no auge da fama,pouco depois doMundial de2010, com2 anos emeio. Co-mo o show tem sempre quecontinuar, o oceanário deOberhausen logo arrumouum substituto. Mas o novomolusco não demonstrouter a mesma vocação dePaul. Agora, é esperar paraver se os pandas vão darconta do recado. l

Pandas serão osnovos videntes

No Mundial de 2010,polvo Paul acertouresultados de jogos

PROFECIAANIMALAFP/09-08-2007

Oráculos. Ursos vão tentar adivinhar resultados em parque na China

MARIAELISAALVES

[email protected]

-BARCELONA- O ano de 2014 deve ficar pormuito tempo namemória dos torcedoresdoBarcelona. Não pelas conquistas do ti-me, até há pouco considerado imbatível,mas pelos dissabores não somente den-tro, mas também fora do campo. Ontem,a Receita Federal da Espanha concluiuque o clube catalão teria mesmo cometi-do fraude fiscal na contratação de Ney-mar. O valor supostamente fraudado al-cançaria impressionantes € 9,1 milhões—ou cerca deR$ 28milhões. A aquisiçãodo atacante brasileiro, em maio de 2013,repercutiu muito mais fora das quatro li-nhas, até agora, doquedentrodelas.Des-de então, o Barcelona não ganhou ne-nhum grande título. O único, logo na sua

chegada, foi a Supercopa da Espanha, omenos importante do futebol do país.As perspectivas não são boas para o

clube. O Código Penal espanhol esta-belece em até seis vezes o valor frauda-do amulta a ser paga ao Fisco em casosde irregularidades como se imagina terocorrido na contratação de Neymar.Portanto, se o Barcelona for condenadono processo judicial já em curso, amul-ta poderá chegar a € 54,6 milhões (cer-ca de R$ 168,2 milhões).Segundo a rádio espanhola Cadena

Ser, o juiz Pablo Ruz recebeu um relató-rio da Agência Tributária, órgão vincula-do ao Ministério da Fazenda e Adminis-tração Pública da Espanha, informando

VENDA DENEYMARNA MIRAReceita espanhola conclui que clube catalão teriamesmo fraudado valores da contratação do craque

JOSEP LAGO/AFP

Complicou. Ex-presidente do clube, Sandro Rosell terá de depor na próxima semana

Que fase, Barcelona sobre a fraude. Não foi o único. Segundoo jornal “El País”, o presidente do clubecatalão na época da suposta sonegação,Sandro Rosell, já foi intimado e terá deprestardepoimentonopróximodia13—por ironia, mesma data em que, rechea-da de craques do Barcelona, a seleção daEspanha vai estrear na Copa do Mundo,contra aHolanda, adversária tambémdequatro anos atrás, na finalíssima doMundial da África do Sul, em dias maisfelizesparaoclubeeparaopaís (os espa-nhóis, liderados por Iniesta, do Barcelo-na, autor doúnico gol do jogo, e do título,foram campeões).

DECLARAÇÕES DE RENDAAinda de acordo com o “El País”, o pai eempresário do jogador, Neymar da Sil-va Santos, precisará apresentar à Justi-ça os estatutos das quatro empresas emque aparece como representante legaldo filho, para que seja conhecido ocontrato social, e as declarações de ren-da de 2011 em diante.Os € 9milhões correspondema24,75%

dos € 37,9 milhões (R$ 117 milhões) queo Barcelona pagou às empresas vincula-das a Neymar para assegurar a contrata-ção do atacante ao Santos. A promotoriaconsidera que esses valores não fazemparte da transferência,mas seriam relati-vos ao salário de Neymar — e, portanto,devem ser taxados como rendimento doatacante. Neymar não morava na Espa-nha quando recebeu o dinheiro. Daí oentendimento das autoridades de que oBarcelona é que deveria ter pago.Quando a suposta fraude veio à tona, o

Barcelona pagou € 13,5milhões (em tor-no de R$ 41,5 milhões) à Receita, pre-ventivamente, mas como o valor foi de-positado após o início do processo judi-cial, o gesto não exime o clube de novamulta. Além do depoimento de Rosell,dia 13, o juiz vai ouvir os auditores dascontas do clube. O magistrado suspeitadenova fraudede€2,6milhões (R$8mi-lhões) no exercício fiscal de 2014, semrelação com a compra de Neymar. l

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6 l O GLOBO l Copa2014 l Quarta-feira 4 .6 .2014

Michelle Bachelet,presidente do Chile,visitou ontem adelegação de seu país(ao lado) em seu centrode treinamento, em

Santiago, para desejarsorte ao grupo.— O desafio é grande,estamos num grupodifícil (com Espanha,Holanda e Austrália),

mas confiamos em vocêse desejo sorte — disseBachelet, que vai torcerpela Roja em Cuiabá, napartida contra osaustralianos, no dia 13.

Chile recebe visitadapresidenteREUTERS

-PRAIA DO FORTE, BAHIA - “Dobrosli”.Com um “bem-vindo” em cro-ata na forma de sinais pendu-rados nos postes de ilumina-ção, a Praia do Forte recebeuontem à tarde a seleção daCroácia. Hospedada em umresort cercado pela natureza epor espécimes de tartarugasprotegidas pelo Projeto Tamar,a equipe deModric não temdoque reclamar. Longe do caosde Salvador, o clima bucólico ea beleza exuberante das praiasda Bahia seriam perfeitos paraumas férias. Pena que a Croá-cia terá muito trabalho pelafrente ao enfrentar, de cara, lo-go o Brasil, no Itaquerão, emSão Paulo, dia 12, na estreia daCopa do Mundo.Quase ao mesmo tempo em

que Neymar fazia um belo golde falta em Goiânia, no amis-toso com o Panamá, os croataspisavam o solo brasileiro. Elesdesembarcaram na pista doaeroporto de Salvador, entra-ram no ônibus e seguiram di-reto para o pacato municípiode Mata de São João, na Praiado Forte, a cerca de 50km doaeroporto. No caminho, alémdos coqueiros e palmeiras ca-racterísticos da Estrada do Co-co, os jogadores puderam ver ooutro lado do Brasil, com a ro-dovia BA-099 ainda em obras,em certos trechos, e recém-as-faltada, com sinais de reparosfeitos às pressas e operáriosainda trabalhando na pista.No caminho, o ônibus foi es-

coltado por policiais, que tam-bém faziam a segurança aolongo do trajeto. Dezenas deviaturas da Polícia Federal seposicionaram em pontos es-tratégicos. Na entrada da Praiado Forte, viaturas da PolíciaMilitar garantiam a segurançae afastavam qualquer chancede confusão debaixo do portal.Nem precisava.

TREINO CANCELADOMunicípio hippie-chique, re-duto de bichos-grilos e afins,Mata de São João e a vizinhaArembepe não estão muito navibração da Copa do Mundo.Os turistas preferiram ficar napraia a tentar uma aproxima-ção com os jogadores croatas.Quando o ônibus da delegaçãoentrou no resort, havia maispoliciais militares e federais,seguranças do hotel e jornalis-tas do que torcedores e curio-sos. A calma do lugar só eraabalada quando as vans repe-tiam o trajeto, e os cobradores

gritavam o mantra pela janela:“Salvador, quem vai?”, antes derumarem para a capital. Tran-quilos em seu refúgio, os croa-tas cancelaram o treino de re-conhecimento no CT ao lado.— Antes, seria a Alemanha,

mas eles preferiram ir para oSul da Bahia. Veio a Croácia.Mas eu queria mesmo a Itália,que movimentaria mais o co-mércio—disse o italianoClau-dio Bonaspetti, dono de umapousada na Praia do Forte.Do paraíso, a Croácia só sairá

para pegar a estrada. Primeiro,rumo a Salvador, para um amis-tosocomaAustrália,nasexta-fei-ra, no Estádio de Pituaçu. Ao se-guir a viagemBrasil afora, os cro-atas terão a honra de ser os pri-meiros a entrar emcampo, ao la-do dos donos da casa. Quandoouvirem o hino nacional, os bra-sileiros naturalizados croatasSammir eEduardodaSilva senti-rão aomenos o arrepio e a emo-çãodoque ficoupara trás.Nasci-do na Vila Kennedy, o atacanteEduardo, do ShaktarDonetsk, vi-roucroatanoanodopentabrasi-leiro, em 2002. Nunca jogou emum time grande brasileiro.

DA BAHIA PARA A CROÁCIAEduardo é mais um caso de jo-gadores brasileiros tipo expor-tação que sequer têm tempode ver o talento florescer nosgramados nacionais. Mais ta-lentosos de uma leva do Ceres,e depois do CBF Nova Ken-nedy, ele logou despertou aatenção a cobiça dos dirigen-tes do Dínamo Zagreb. Elechegou a engrossar as fileirasdo Arsenal, da Inglaterra, massem tanto poder de fogo assimno ataque dos Gunners, eleacabou na Ucrânia.Já os pais de Sammir, brasilei-

ro naturalizado croata, e nasci-do na Bahia, em Itabuna, foramos únicos a dar entrevistas noaeroporto de Salvador, ponto deencontro de um ou até dois tor-cedores croatas reconhecidospela indefectível camisa verme-lha e branca em xadrez.— É uma frustração, porque

ficamos esperando para falarcom ele — disse Adaílton Cé-sar, pai de Sammir.Muitos baianos nem sabem

que Sammir é um legítimo fi-lho da terra. Orgulhoso, o paido jogador do Getafe, da Espa-nha, levou uma faixa e, ao ladoda família, queria ver o filho,após três anos de separação.Mas a saída pelos fundos doaeroporto foi frustrante paratodos. Resta a esperança queSammir e a Croácia não desa-pareçam tão rápido da Copa. l

PELOS FUNDOSCroácia chega e sai à francesa do aeroporto de Salvador antes de seguir pararefúgio na Praia do Forte; pais de Sammir mostram faixa e levam bolo do time

GIANAMATO

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DIVULGAÇÃO/ARISTEU CHAGAS / COOFIAV /

Escoltados. O ônibus com a bandeira da Croácia conduz a seleção do aeroporto de Salvador até o resort na Praia do Forte: dois brasileiros fazem parte do time

Primeiro adversário

O Irã, que desembarcouontem à tarde no Aero-porto de Guarulhos, é aprimeira seleção a che-

gar em São Paulo, o estado que vaireceber o maior número de delega-ções para a Copa do Mundo, numtotal de 15. Os jogadores passarampor um procedimento especial decontrole de imigração e seguiramde ônibus, da pista ao hotel, ondeforam recepcionados por autorida-des como o embaixador do país noBrasil, Mohammad Ali Ghaneza-deh, e crianças de uma escola esta-dual de Guarulhos. A segurança dadelegação incluiu as polícias Mili-tar e Federal e o Exército. Segundo aSecretária Extraordinária de Segu-rança para Grandes Eventos do Mi-nistério da Justiça, todas as sele-ções terão o mesmo efetivo e mes-mo esquema de segurança.— Todos sabem que a nossa mis-

são é quase impossível. Mas essa éexatamente a atração que temos.Não viemos aqui sem autoria, pres-tígio. Ganhamos o direito de jogaresta Copa doMundo e agora quere-mos desfrutar a oportunidade. Evamos tentar, a cada jogo, dar dorde cabeça aos adversários— disse otreinador português Carlos Quei-

roz, ao GLOBO quando chegou ao ho-tel, após 17 horas de viagem. — Nossoadversáriomais difícil será o primeiro,a Nigéria. E depois, claro, a Argentina.Mal terminou de responder, Shah-

rokh Madamy, iraniano enrolado nabandeira seu país, emendou:—E quando o Irã enfrentar a Argenti-

na, os brasileiros vão torcer para nós.Madamy fazia parte de um grupo de

cerca de 20 iranianos que moram noBrasil e que se aglomeraram no saguãodo hotel, próximo ao aeroporto, paradar boas-vindas aos jogadores.Festejado, o técnico deu autógrafos

aos irmãosRheiki, de 12 anos, Yuri, de 5anos, e Enzo, de 3 anos.— Vamos torcer para o Irã e para o

Brasil. Fiquei feliz com os autógrafos efotos com o técnico — contou SoraiaGhahabi, que usava um colar de ourocom um pingente no formato do mapado Irã. Filha de japoneses, ela é casadacom o iraniano Hassan.O Irã vai treinar no CT do Corinthi-

ans, próximo ao Aeroporto de Guaru-lhos e ao hotel. Segundo gerente de fu-tebol do clube, Edu Gaspar, que enca-

beçou as negociações com executivosiranianos, não houve nenhum pedidoesdrúxulo por parte da delegação. Ape-nas detalhes foram solicitados, pararespeitar elementos da religião islâmi-ca, como a alimentação.— Pelo contrário, eles se colocaram

como visitantes que ficarão hospeda-dos nas nossas dependências. Apenaspediram um local para as orações, queserá no nosso espaço de visitas. Nossofisioterapeuta Bruno Mazziotti (quechegou a trabalhar com os atletas e otécnico Carlos Queiroz na África doSul), também ajudará a delegação, as-sim comoanossa nutricionista Chistia-ne Neves. Vamos dar apoio ao time.

CARNE VEM DE CENTRO ISLÂMICOA nutricionista foi uma das mais acio-nadas para atender às solicitações doIrã. Responsável pelo cardápio doelenco do Corinthians, ela dividiu astarefas relacionadas aos jogadores doclube com as demandas dos asiáticosnas últimas semanas. A carne que ali-mentará os atletas iranianos, porexemplo, foi encomendada direta-

mente a um centro islâmico. São oschamados alimentos halal, subme-tidos a rigorosas exigências de pro-cedência, manipulação e preparo.O cardápio incluirá frutas secas, io-gurte, pão sírio, chá preto, e tempe-ros específicos.Segundo Edu, o CT não passou por

nenhuma mudança. Uma chopeira,localizada na área de lazer, será co-berta por umpano para evitar associ-ações indevidas com bebidas alcoóli-cas, proibidas pelo islamismo. Elesusarãoocampoprincipal paraos trei-namentos, que começam hoje.O CT do Corinthians foi alugado

aos iranianos para o período entre 4e 27 de junho. A última partida daequipe na primeira fase acontece nodia 25, contra a Bósnia, em Salvador.O valor de arrecadação do clube nãofoi divulgado, mas a definição ocor-reu após uma cotação feita pelo su-pervisor de futebol, Saulo Maga-lhães, entre hotéis utilizados pelo Ti-mão para concentrações. SegundoGaspar, antes do acerto com o Irã,ele recebeu visitas dos EUA, Ingla-terra, Alemanha, Japão, Costa doMarfim e outros .A invasão de torcedores corintia-

nos ao CT no dia 1° de fevereiro des-te ano não assustou o técnico CarlosQueiroz. Em reunião com Gaspar,duas semanas após o ocorrido, oportuguês disse que entendia se tra-tar de uma situação atípica. l

São Paulo recebe o IrãDelegação é a primeira das 15 que ficarão hospedadas no estado a desembarcar

DIVULGAÇÃO/VINICIUS FONSECA/COMITÊ PAULISTA

Professor. O português Queiroz

GRUPOFCAROLKNOPLOCH

[email protected]ÃO PAULO-

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Quarta-feira 4 .6 .2014 l Copa2014 l O GLOBO l 7

ARTURXEXÉO

A Copa de longe

Ao perceber que éramosbrasileiros, o camareiroque nos levou ao quarto dohotel perguntou:

— Tudo pronto para a Copa?Não sabia o que responder.Pensei emdizer que oRio temum BRT estalando de novo,mas que o asfalto em que ele

corre não é muito bom. Talvezcontar que o Galeão está cerca-

do por tapumes, mas que são ta-pumes artísticos com reproduçõesemdesenhodoCorcovado, daMataAtlântica, do calçadão de Copaca-bana. Ou talvez contar que, mesmo

sem ter lido os jornais brasileiros deho-je, posso garantir que há uma greve deprofessores emalguma cidade-sede, oude garis ou demotoristas de ônibus, ouaté mesmo uma greve de índios e queas manifestações que eles organizamparam o trânsito nas principais ruasdessas cidades. Mas achei melhor nãome aprofundar tanto naquela conversacasual. O camareiro, acostumado aoPadrão Fifa, mesmomorando numa ci-dade que nunca recebeu a Copa doMundo, jamais iria entender o que é oPadrão Brasil.Pensei então em dizer que Daniel Al-

ves tirou um “selfie” com um fã no sa-

guão do hotel em Goiânia. Que DavidLuiz aparou os cachos de sua cabeleira.QueNeymar perdeupara Fred umapar-tida de videogame ainda em Teresópo-lis. Mas percebi que ele não iria enten-der tambémoqueé consideradonotíciano Brasil nos dias que antecedem aabertura de uma Copa doMundo.Preferi ser curto na minha resposta:— Tudo pronto!No fundo, o sujeito estava sendo ape-

nas profissionalmente simpático. Afi-nal, excetuando-se os turistas brasilei-ros, aqui em Nova York ninguém pare-ce interessado na Copa do Mundo. Naverdade, de quatro em quatro anos, os

americanos ficam muito surpresosquando leem pequenas notas no jornaldizendo que este é o evento esportivomais popular do mundo. Leem masnão acreditam.Cristiano Ronaldo? Messi? As páginas

esportivas dos jornais daqui andam en-tusiasmadas com um cavalo chamadoI’ll HaveAnother.O tal cavalo pertence aum japonês que, dois anos atrás, pagou10 milhões de dólares por ele. I’ll HaveAnother acabou de vencer as corridasde Kentucky Derby e Preakness Stakes eestá se preparando para a BelmontStakes que, se vencer, lhe dará uma raraTríplice Coroa. Não é empolgante?

ACURVADOGOIS

Sanatório geralCom o escândalo da comprade votos para a escolha doQatar como sede da Copa de2022, este gaiato aqui propõeque o Mundial seja no Brasilde novo. A Fifa seria convenci-da com o argumento bíblicode que até o pior cafajestemerece uma segunda chance.Os empreiteiros, gente capazde convencer você a construirponte num lugar que não temrio, defenderão, em nome daintegração nacional, que as 12

sedes sejam em cidades queficaram de fora da Copa atual.Sarney pediria por São Luís etambém Macapá, onde ga-nhou um mandato de senadorpor correspondência. Renan,certamente, conseguiria incluirMaceió. A oposição, incluindoos grupos Femen, black blocse Anonymous, teriam maispalanque, e Galvão Buenodesistiria de se aposentar dastransmissões de Copas. Comtodo o respeito.

Jornal inglês diz queex-craque teve encontrocom cartola banido

WANDERLEI ALMEIDA/AFP

Platini. O ex-craque hoje é cartola

-LONDRES- O Itaquerão aindamonta suas estruturas provisó-rias, a Arena Pantanal sofreatrasos dramáticos, os aero-portos são aquilo que se sabe— mas constrangimento mai-or os cartolas da Fifa parecemter quando ouvem falar da Co-pa marcada para daqui a oitoanos, que, até segunda ordem,será no Qatar. O Mundial en-volvido em denúncias de cor-rupção atingiu novo persona-gem ontem. O jornal inglês“Daily Telegraph” revelou queo presidente da Uefa, Michel

Platini, teria se reunido comMohamed Bin Hammam, ohomem forte da candidaturacatariana banido por corrup-ção, antes da votação que es-colheu o país para abrigar afeira de futebol.O encontro teria sido na ma-

nhã de 2 de dezembro de 2010,quando o ex-craque francêsintegrava o Comitê Executivoda Fifa. Platini, que já confir-mou publicamente ter votadono Qatar para Copa de 2022,divulgou desmentido contes-tando as informações. “Não fi-co surpreendido por espalha-rem rumores infundados quevisam a manchar minha ima-gem nummomento importan-te para o futuro do futebol", re-futou o ex-jogador.

No texto, enviado à agênciaFrance Presse, ele admite par-te da história. “Claro que co-nheci Bin Hammam, fomosmembros do mesmo comitê.Tivemos várias conversas e eletentou me convencer a apre-sentar uma candidatura à pre-sidência da Fifa em 2011. Masacho incrível que uma conver-sa dessas seja transformadanuma conspiração".A denúncia aumenta a tem-

peratura em torno da escolhado Qatar, que pode perder aCopa, caso as denúncias sejamcomprovadas. Estados Unidose Austrália demonstraram in-teresse em receber a Copa doMundo de 2022 e estariam semovimentando para reivindi-car uma nova escolha. l

Denúncia envolve Platini no ‘Qatargate’

Quanto mais o calendário seaproxima do início da Copa doMundo, mais feroz se torna oleilão de ingressos nomercadovirtual. Bilhetes para a abertu-ra do Mundial chegam a R$ 15mil, enquanto os da final, noMaracanã, valem até R$ 66mil.Além dos preços exorbitantes,ainda há um agravante: nãoexiste a garantia de que os in-gressos chegarão às mãos dostorcedores, que sequer podemter a certeza de que os bilhetessão verdadeiros.O site Iguana Tickets, cuja

sede fica na Espanha, vende osingressos na moeda brasileirae promete a entrega deles atempo dos jogos. Já o Ticke-t.org, que tem escritórios emMalta, Rússia, Estados Unidose França, realiza as transaçõesem euro e oferece ingressos a €1.690, com direito a fotos de

mulheres seminuas ilustrandoa propaganda. No Facebook,existem grupos emque os usu-ários oferecem seus ingressospedindo “propostas de preço”.Um dos participantes do

grupo privado (é preciso pedirautorização para fazer parte)“Ingressos Copa do Mundo2014" oferece, por exemplo,um par para Bélgica xRússia,categoria 3, que acontece noMaracanã, dia 22 de junho. Opreço: R$ 1.175, enquanto ovalor oficial de cada um é deR$ 180 — uma diferença de R$850 na compra do par.A rede social também está to-

mada de alertas a brasileiros eestrangeiros sobre fraudes ecambistas, além de algumas ví-timas que fizeram pagamentoantecipado, mas nunca viram acor dobilhete.Não façamdepó-sitos antecipados. Novamente ogrupo está com pilantras emação. É só ver a relação de ami-gos e o que fazem. Não acredi-tem em grandes milagres”, es-creveuMarcelo Simeão.As transações paralelos com

asentradasdaspartidasdaCopareproduzem-se por toda parte.Segunda-feira, era possível en-contrar operários da obra doMaracanã vendendo, ao lado doestádio, os ingressos que ganha-ram, a torcedores e cambistas.A Fifa, por meio de seu de-

partamento de imprensa, citao Estatuto do Torcedor, quecriminaliza o ato de vender in-gressos por preço superior aoindicado no bilhete e tempenade até quatro anos de prisãopara os cambistas. A institui-ção alerta que as fontes oficiaispara obter os ingressos são osite oficial (www.fifa.com/in-gressos), além dos centros deingresso. Ontem, começou aúltima chance de comprar en-tradas de maneira oficial, sejavirtualmente ou nos postos fí-sicos, instalados nas 12 sedes.

Além disso, no mesmo site épossível realizar legalmentetrocas e revendas de ingressosou até mesmo passar para ou-tros nomes. Mas sempre pelomesmo preço de compra.Já o Procon afirma, por meio

de um comunicado, que “o sim-ples fato de comprar na internet,em sites não oficiais, já é um er-ro. É preciso comprar os ingres-sos nos postos oficiais da Fifa. Seumtorcedor for enganado,o fatose torna um caso de polícia. Épreciso ir aumadelegaciae fazerum boletim de ocorrência”.

O PERIGO DOS HACKERSE o prejuízo financeiro, mui-

tas vezes, não fica só no preçodo ingresso que nunca chega.Alguns sites criados por hackerstentam ir além do golpe. Comprogramas de download, inva-dem o computador do usuário,para roubar informações.— Hackers têm usado artifí-

cios atraentes nesta Copa, co-mo desconto em ingressos efacilidade para comprar bilhe-tes já esgotadas, para roubarsenhas de cartão de crédito einformações sigilosas — alertaNadja Cunha, representanteda Real Protect, empresa espe-cializada em segurança virtual.— Os sites são réplicas quaseperfeitas do oficial da Fifa. Elesentram e saem do ar rapida-mente, depois de gerar danos acentenas de usuários, dificul-tando o trabalho da polícia.Na Copa de 2010, centenas

de torcedores ficaram barra-dos na porta do estádio SoccerCity, em Johanesburgo. O mo-tivo: eles compraram ingressosfalsificados pelo site eurote-am.net. A empresa foi fechada.Agora, a Fifa garante que tem

usado meios legais, amparadapela legislação de defesa doconsumidor, para combater oproblema mundialmente. Mastodo cuidado é pouco. l

INGRESSO PARARISCO VIRTUALSites e redes sociais oferecem bilhetes para jogos do torneio e cobram atéR$ 66 mil por um lugar na decisão. Fifa alerta: compradores podem se dar mal

MICHELEMIRANDA

[email protected]

ROBERTO MOREYRA

NoMaracanã. Operários negociam ingressos que ganharam com outros torcedores e cambistas: praga real e virtual

Inflação no MundialCambista 2. Ingressos para Bélgica x Rússia a R$ 1175: preço real é R$ 360

REPRODUÇÕES DA INTERNET

Cambista 1. No site Ticket.org, ofertas em Euro: fotos de mulheres seminuas Cambista 3. Site espanhol Iguana Tickets: ingressos por cerca de R$ 66 mil

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| Planetaque rola |

ALLANCALDAS EMARCELOALVESoglobo.com/planetaquerola

A Copa nem começou e já lamentamos aausência de Falcao Garcia e a situação críticade outros grandes nomes como CristianoRonaldo, Ribéry, Diego Costa e Luis Suárez,todos vitimados, emmaior ou menor grau, porlesões. O calendário do futebol mundial, comosempre, é o grande vilão. E o problema tende aaumentar ano que vem, já que a final da Ligados Campeões da Uefa está marcada para 6 dejunho— 13 dias depois do que a deste ano, porexemplo. Os mais prejudicados em 2015 serãoos craques do nosso continente, como Neymar,Messi e, de novo, Suárez e Falcao, já que aCopa América do Chile começará dia 11 dejunho. No fim, o mais provável é que asseleções dispensem seus principais jogadores,esvaziando, como de hábito, o torneio.

GRANDE VILÃO, CALENDÁRIOTENDE A PIORAR EM 2015

VICTOR R. CAIVANO/AP/15-06-2013

Dúvida. Luis Suárez se recupera de artroscopia no joelho

Sem a pressão do favoritismo e comjovens talentos como o goleiro Courtois,o meia Hazard e o atacante Lukaku, aBélgica se credencia, se não para lugarpelo título, ao menos para ser uma dassurpresas da Copa.

Olho na Bélgica

Assim como há 64 anos, quando fez seuprimeiro jogo na Copa em umMaracanãainda em construção, mais uma vez o Brasilestreará como anfitrião de umMundial, dia12, no Itaquerão, em um estádio inacabado.Triste sina do país do futebol.

Como em 1950

Como não deu para superar Pelé emcampo, Maradona encontrou outro jeito dese comparar com o Rei, agora como cantor.Veja no blog o clipe de “Gritandole aoviento”, com participação do ex-craque.

Nos passos do Rei

8 l O GLOBO l Copa2014 l Quarta-feira 4 .6 .2014

Depois da goleada contra o En-glish Team (5 x 1), esperava-semais da seleção brasileira queontem enfrentou a Argentina noPacaembu, emmatchda2ª roda-da da Taça das Nações. Mas aequipe nacional atuou mal doprimeiro ao último minuto, como meio-campo falhando e o ata-que sem jeito para dobrar a defe-sa platina. Na primeira fase, já os

argentinos venciam por 1 x 0(Onega), placar ampliado no2º tempo por Telch, que mar-cou duas vêzes. Mas tão ruimquanto a derrota por 3 x 0, foiassistir a cena deplorável pro-tagonizadapor Pelé: omelhorjogador do mundo, irritadocomamarcaçãodeMessiano,deu uma cabeçada no argen-tino, fraturando-lhe o nariz.

Irritado, Pelé fratura nariz de argentino

Há50anos

4 de junhode 1964POR JOSÉFIGUEIREDO

REDE GLOBO12:50 Globo EsporteREDE BANDEIRANTES11:10 Jogo Aberto20:25Minuto da CopaCNT12:30 Balanço EsportivoSPORTV09:00 Sportv News10:00 Redação Sportv

15:45 Amistoso: Itália x Luxemburgo19:15 Amistoso: Argentina x Trinidad eTobago21:00 Amistoso: Chile x IrlandaSPORTV 215:30 Amistoso: Holanda x País deGales20:30 Amistoso: Uruguai x EslovêniaSPORTV 322:00 Amistoso:Costa do Marfim x ElSalvadorESPN18:30 Pelas QuadrasESPORTE INTERATIVO19:00 Caderno esportes21:30 Jogando em Casa15:30 Amistoso : Itália x Luxemburgo

DestaquesnaTV

OBS.: Horários e programação fornecidos pelas emissoras.

O ex-zagueiro norte-america-no Alexi Lalas mal chegou aoBrasil e já causou um inconve-niente após fazer comentárioirônico sobre o Rio de Janeiroem seu perfil no Twitter. On-tem, logo ao desembarcar noAeroporto Internacional doGaleão no início da manhã,Lalas começou pela rede socialuma espécie de diário sobresua viagem ao Brasil para a co-bertura do Mundial. Mas, nosprimeiros comentários, umapostagem chamou a atençãopelo tomcarregado de ‘humor’.— Primeiro dia. Não fui rou-

bado e meus órgão internosnão foram retirados... — pos-tou Lalas que, após a repercus-são do comentário, preferiuapagar sua postagem.Segundo Lalas, em menção

ao Twitter do GLOBO, a posta-gem se referia ao pensamentode muitos estrangeiros sobre oBrasil. Além de pedir descul-pas pelo comentário, o ameri-cano aproveitoupara dizer quea Copa será responsável pormudar a visão sobre o país se-de da Copa de 2014.— Desculpe. Eu só estava

apontando como a percepçãode muitos não condiz com arealidade. E a Copa do Mundoirá ajudar a mudar este fato —respondeu Lalas, que tambémpostou um comentário emuma postagem aberta a seusseguidores na rede social.— Mais uma vez: pessoas do

Brasil. Percepção nem sempre

é a realidade. A Copa do Mun-do pode ajudar a mostrar a re-alidade — reiterou.Em seguida, ainda em seu

perfil no Twitter, Lalas fez co-mentários sobre o trânsito ca-rioca e elogiou o procedimen-to de desembarque e chegadaao Brasil pelo Aeroporto Inter-nacional do Galeão.— O aeroporto do Rio foi

mais rápido e fácil na compa-ração com qualquer aeroportodos EUA. Aterrizamos, passa-mos pela alfândega e pegamosnossas bagagens em 32 minu-tos — exaltou Lalas. — O trân-sito no Rio é igual ao america-no. Pensei que seriamais boni-to, com um ritmo diferente euma forma mais criativa detrânsito. Mas não é.O jogador até tentou de-

monstrar um tom mais convi-dativo aos brasileiros em seuscomentários seguintes, che-gando a brincar com o fato de‘todos jogarem futebol emqualquer lugar’.—Umdia e já vi gente jogan-

do futebol na praia, na calçada,na rua, no parque, no campi-nho, no estádio... — brincou.Comentários sobre a violên-

cia e o estilo de vida dos brasi-leiros repercutem na imprensaestrangeira desde a Copa dasConfederações do ano passa-do. Até mesmo uma cartilhaproduzida pela Fifa, e distribu-ída em março deste ano, cau-sou polêmica ao afirmar queos brasileiros não são pontuaise mal educados no trânsito.Lalas ficou conhecido ao en-

frentar a seleção brasileira naCopa de 94, nos Estados Uni-dos. Aos 43 anos e integrantedo Hall da Fama do futebolamericano, o ex-zagueiro vaitrabalhar na cobertura do tor-neio como comentarista, deolho da seleção de seupaís quechega ao Brasil apenas no iní-cio da semana que vem, fican-do hospedada em São Paulo.Os EUA estreiam na Copa dodia 16, frente a seleção Gana. l

DEBOCHE EDESCULPASLalas, ex-zagueiro dos EUA, chega ao Rio para o Mundial e dizno Twitter: ‘Um dia aqui e não fui roubado’. Depois, apaga post

NELSONLIMANETO

[email protected]

ROBERT PRATTA/REUTERS/6-6-1998

Hall da Fama. Lalas nos velhos tempos: zagueiro em treino na Copa de 1998

Gol contra

REPRODUÇÃO/TWITTER

Desculpas. Homenagem ao Rio

Beckham cogitaretorno ao futebolAstro inglês, que parouem 2013, pensa em

defender time americanodo qual é proprietário

-LONDRES- Aos 39 anos de idadee com vitoriosa carreira nofutebol, o inglês David Beck-ham pode retornar aos gra-mados na próxima tempora-da. Em documentário exibi-do pela BBC, o craque admi-tiu que “se coça” para voltar ajogar futebol.— Vou a um jogo de basque-

te e quando vejo atletas atuan-do em alto nível, começo a mecoçar e querendo estar de voltaao jogo e começo a pensar: 'Eupoderia sair da aposentadoriae começar a jogar de novo?’Depois de um anúncio desse

tipo, outros veteranos teriamde suar a camisa atrás de umclube. Não é o caso de DavidBeckham, que seria seu pró-prio patrão na aventura: de-fenderia o Miami, novo clubeda liga americana, que perten-ce ao inglês.— Nunca houve um jogador

proprietário. Quem sabe nãoaconteça? — cogitou o meia.David Beckham está apo-

sentado como jogador desdemaio do ano passado. Seu úl-timo clube foi o Paris Saint-Germain, que defendeu após

passar com sucesso peloLos Angeles Galaxy, dosEstados Unidos. É, de qual-quer jeito, ídolo no Ma-chester United, onde inici-ou a carreira em 1992. De-pois, foi transferido para oReal Madrid e, em seguida,para o Milan.

CAPITÃO LAMPARDOutro experiente jogadoringlês que pode pintar nofutebol norte-americano éFrank Lampard. Com 35anos de idade, o meia deupor encerrada sua passa-gem de 13 anos no Chelseae seu destino pode ser aMLS. Convocado para de-fender a seleção inglesa naCopa do Mundo, Lampardserá o capitão do amistosode hoje entre Inglaterra eEquador, em Miami, no Es-tádio Sun Life.Será o 104º jogo de Lam-

pard pela seleção seu país.Questionado pela imprensainglesa, o atacante WayneRooney foi mantido na titu-laridade pelo técnico RoyHodgson, que saiu em defe-sa do jogador.— Achamos que ele está

recuperando seu ritmo dejogo e pensamos que come-çar jogando e jogar umaparte da partida vai ser bompara ele — afirmou l

REUTERS

Jogador patrão. O Paris Saint-Germain foi o último clube de Beckham

‘Brasileirão’ na CopaOMundial no Brasil terá 11 jogadores queatuam em clubes do país anfitrião — só não dápara formar um time porque há três goleiros nalista: Jefferson (Botafogo), Victor (Atlético-MG)e o uruguaio Martín Silva (Vasco). A seleção deScolari foi a que mais buscouatletas no Brasileirão, quatro:Fred (Fluminense) e Jô(Atlético-MG), além dosgoleiros citados acima.Chile, com Valdívia(Palmeiras), Mena(Santos) e Aránguiz(Inter), e Uruguai, deMartín Silva, Pereira (SãoPaulo) e Lodeiro (Corinthianse ex-Botafogo), vêm aseguir. O Equador temo zagueiro Erazo(Flamengo). Dasseleções sul-americanas, a Argentinafoi a única que ignorou os jogadores queatuam no país da Copa do Mundo.

IVOGONZALEZ

Product: OGloboEsportes PubDate: 04-06-2014 Zone: Nacional Edition: 1 Page: PAGINA_H User: Asimon Time: 06-03-2014 21:55 Color: CMYK

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O amistoso entre Fluminense e Itália serásó domingo, em Volta Redonda, mas, até anoite de segunda-feira, cerca de sete miltorcedores já tinham comprado ingressopara ver a partida. A possibilidade de ver, aovivo,Mario Balotelli e Cia. e, quem sabe, umdue-lo entre o craque italiano e Rafael Sobis, pareceter animado os tricolores. O jogo será às 17h30m,no Estádio Raulino de Oliveira. A partida temmando de campo da Itália e a venda de ingressospela internet já foi encerrada. Quem ainda quisergarantir seu lugar pode comprar nas Laranjeirasou no Raulino deOliveira, das 10h às 17h. No do-mingo, a venda será apenas em Volta Redonda.Os ingressos custam R$ 100 (inteira).O jogo é o último do tricolor antes da pausa pa-

ra a Copa do Mundo. A partida faz parte da pre-paração da equipe do técnico Cesare Prandellipara o Mundial, que será feita em Mangaratiba,na Costa Verde, onde o Fluminense realizou apré-temporada no início deste ano. A Itália vaitestar pela primeira vez o time com todos ostitulares, em solo brasileiro, e vai ver comofunciona o meio de campo sem Montoli-vo, cortado depois de fraturar a tíbia daperna esquerda no último sábado, emum amistoso com a Irlanda. A equipedeBalotelli, chega aoRio na sexta-fei-ra, às 6h, e vai direto paraMangarati-ba. A estreia da seleção no Mundialserá dia 14, contra a Inglaterra, naArena Amazônia, emManaus.Ao contrário de Botafogo e Flamengo, o Flu-

minense não entrou de férias depois da últimarodada do Brasileiro, domingo, quando empa-tou com o Internacional em 1 a 1. Os titularesganharam folga de dois dias, concedida pela co-missão técnica de Cristóvão Borges, e se reapre-sentam hoje, às 15h30m, nas Laranjeiras, parainiciar a preparação para o jogo contra a Itália.Só depois de domingo é que o tricolor vai pararsuas atividades por cerca de duas semanas.Ontem, o Superior Tribunal de JustiçaDes-

portiva puniu o atacante Fred por uma par-tida, pela falta que cometeu no meia AlanRuiz durante a partida entre Grêmio e Flu-minense. O camisa 9 foi expulso depois desegurar o gremista pelo pescoço após umadiscussão. Em seguida, ele foi cedido à sele-ção brasileira. l

FLU X ITÁLIAAmistoso tem 7 mil ingressos vendidos antecipadamente. Partida preparatóriapara a Copa será domingo, às 17h30m, no Raulino de Oliveira, em Volta Redonda

Estrela. MarioBalotelli, destaqueda Itália, enfrentaráo Fluminense

Vem, Balotelli

Quarta-feira 4 .6 .2014 3ª Edição l Esportes l O GLOBO l 9

AInglaterradeRooney(foto)enfrentahoje, emMiami (EUA),oEquador,nopenúltimoamistosoantesdaviagemparaoBrasil.A Inglaterraestáno

GrupoD,ao ladodeUruguai,CostaRicaeItália. JáoEquador temaSuíça,aFrançaeHondurascomocompanheirosnoGrupoE.

Inglaterra eEquador se enfrentamMLADEN ANTONOV/AFP

Para técnico, equipe seplanejou mal e preferiuquantidade à qualidade

De férias, o Botafogo aprovei-ta o tempo livre para arrumaracasa.O técnicoVagnerMan-cini criticou o planejamentoalvinegrodizendoqueoclubeoptou pela quantidade ao in-vésdaqualidade.Elese referiaà contratação de 15 jogadoresnessa temporada. O treinadoracredita que o time não ficamais forte, ao contrário. Se-gundo ele, isso impediria al-gumas contratações de peso.O técnico admitiu que

com o elenco que possui,hoje, o Botafogo não temchances de brigar pela pontado Campeonato Brasileiro:— Se contratar quatro ou

cinco reforços de peso, nãoteremos mais problema ne-nhum. Mas, pela falta de re-cursos para investir nosgrandes nomes, buscamos aquantidade e não qualidadepara tentar suprir essa ne-cessidade. Nós somos brasi-leiros e, com muito jogo decintura, negociação, con-versas, vamos fechar comalguns nomes—disseMan-cini à Rádio Tupi. l

Mancini dizque elencodo Botafogoé ‘inflado’

BRASILEIRO

MARCOS TRISTÃO/17-4-2014

Sheik. Reforço na temporada

André Santos pode voltara jogar no futebol turcodepois do Mundial

O Flamengo pode sofrermais uma baixa durante aparalisação da Copa doMundo. Amargando a vice-lanterna do CampeonatoBrasileiro, o elenco rubro-negro deve perder Hernanepara o Time Al-Rayyan, doQatar. O empresario do clu-be árabe confirmou, peloinstagram, que estava vindoao Brasil e que vai se encon-trar com a diretoria do Flana próxima semana.“Partiu Brasil para o en-

contro com a diretoria doFlamengo. Primeiramenteagradeço a Deus e ao clubeAl-Rayyan F.C. pela oportu-nidade e pela confiança pararepresentá-los. Tambémagradeço aos meus irmãosdo Qatar” escreveu CésarVillela, empresário brasileiroque representa o time árabe.A diretoria do Flamengo

não confirma o encontro ediz desconhecer o interessedo Al-Rayyan em Hernane.Outro que pode deixar o

Flamengo é o lateral AndréSantos. Ele não vem sendo ti-tular no time de Ney Francoe, em entrevista para um jor-nal turco, disse não descartara volta ao Fernerbahçe de-pois da Copa. Ainda para ojornalAMK,Andréexplicouoporquê de ter ido embora.— O único motivo para eu

ter saído foi a pena recebidana Liga dos Campeões por-que não posso aceitar umamanipulação de resultados.Maseunãoesqueci Istambul.Paramim, é a cidademais in-crível. Estarei de volta após oMundial— declarou. l

Time árabefará ofertaao Fla porHernane

EMAIS

Novak Djokovic bateu ocanadenseMilos Raonic por7/5, 7/6 (7/5) e 6/4 e vaipegar, nas semifinais deRoland Garros, o letãoErnest Gulbis. No feminino,Maria Sharapova eliminou aespanhola GarbineMuguruza por 1/6, 7/5 e 6/1.Hoje, Rafael Nadal e DavidFerrer se enfrentam por umavaga na semi, assim como obritânico AndyMurray e ofrancês Gael Monfils.

Djokovic nasemi em Paris

Tênis

O Brasil tem quatrovelejadores líderes doranking mundial, de acordocom a lista divulgada pelaISAF (FederaçãoInternacional de Vela). Sãoeles: o bicampeão olímpicoRobert Scheidt, na Laser;Ricardo Winick, o "Bimba",na RS:X; e Martine Grael eKahena Kunze, na 49er FX.Atual campeão mundial daFinn, Jorge Zarif aparece naoitava colocação.

Brasil no topodo ranking

Iatismo

O Orlando Magic deve serum dos rivais do Flamengona pré-temporada da NBA,em outubro. Segundo aimprensa dos EUA, o timeda Flórida negocia oamistoso com o campeãoda Liga das Américas e trido NBB. Na Flórida, hámuitos brasileiros, e atorcida rubro-negrapoderia fechar melhorespacotes de viagem.

Fla deve pegaro Orlando

Basquete

Sete brasileiros, entre eles,Gabriel Medina e Adrianode Souza, disputam aquinta etapa do WCT, nasnas Ilhas Fiji. Líder doranking após quatro etapas,o americano Kelly Slater éum dos destaques, que temtambém o francês MichelBourez, campeão da últimaetapa, no Rio. A janela dacompetição vai até 13 dejunho.

WCT reúne setebrasileiros

Surfe

Flu contra times italianos

2 DE JUNHO DE 1955.Fiorentina 1 x 3 Fluminense,no Estádio Artemio Franchi,em Firenzi, Itália.

20 DE JUNHO DE 1960.Genoa 2 x 3 Fluminense,no Estádio Luigi Ferraris,em Genova, Itália.

16DEJUNHODE 1961.Internazionale1x1Fluminense,no Estádio San Siro, em Milão,Itália.

28DEMAIODE 1984.Udinese 4x 2Fluminense(nos pênaltis), no Estádio GiantStadium, em Nova Jersey, EUA.

10 DE AGOSTO DE 1984.Ascoli 0 x 2 Fluminense,no Estádio Cino e Lillo delDuca, em Ascoli Piceno, Itália.

12 DE AGOSTO DE 1984Milan 0 x 1 Fluminense, noEstádio Friuli, em Udine, Itália.

16 DE AGOSTO DE 1984SPAL 2 x 3 Fluminense,no Estádio Paolo Mazzaem Ferrara, Itália.

18 DE AGOSTO DE 1984Pisa 0 x 0 Fluminenseno Stadio Comunale ,em Pistoia, Itália.

CONFRONTOS

Vasco joga mal, mas reaprende a vencerEm jogadas individuais,Edmilson e Daksonmarcam na vitóriasobre o Boa Esporte

-VARGINHA, MG- Considerado favo-rito ao título da Série B, o Vas-co pôs fim à série de quatroempates e tornou a vencer nadivisão de acesso: 2 a 0 no BoaEsporte-MG, gols de Edmilsone Dakson, ontem, em Vargi-nha. Agora, soma 14 pontosem nono, com um jogo a me-nos. Foi também o primeirotriunfo fora do Rio.No começo, o Vasco, mesmo

com três volantes — Aranda,Fabrício e Pedro Ken— tentoupressionar à base da velocida-de. Mas isso não durou maisque cinco minutos. O Boa Es-porte marcava a partir domeio-campo, e os zagueirosvascaínos tentavam armar asjogadas, com chutões para afrente. Numa partida em que abola era mal-tratada por am-bos os times, no primeiro tem-po, não houve sequer umachance clara de gol.Na segunda etapa, aos 5 mi-

nutos após uma cobrança defalta executava por Douglas, oVasco teve sua melhor oportu-nidade até então, com Rodri-

go, de cabeça sobre o gol. Masera muito pouco para um timeque se dizia disposto a pôr fima uma incômoda sequência deempates. Mais à base da pres-sãoquedaorganização, os vas-caínos atacavam, mas tropeça-vam nas próprias falta de ta-lento e ansiedade. Diante da

necessidade de vencer, o técni-co vascaíno Adilson Batistatrocou Rafael Silva por Daksone Aranda por Yago. A equipe seressentia da má atuação deDouglas e da falta de pontaria,além de ter ficado com a defe-sa exposta, pela saída de Aran-da. O Boa Esporte esteve perto

do gol, aos 30, quando FábioJúnior cruzou, e Betinho livre,chutou para fora. Finalmente,aos 32, o alívio vascaíno. DiegoRenan passou por dois e chu-tou. O goleiro Leandro deu re-bote, e a bola foi a Edmilson: 1a 0. O Boa Esporte quase em-patou aos 38, quando Fábio Jú-nior chutou, e Diego Silva sal-vou comospés. A resposta vas-caína veio em seguida. Melhordo Vasco, Dakson, que entraradurante o jogo, limpou três echutou cruzado: 2 a 0. l

CLEBER MENDES/“LANCEPRESS”

Sem brilho. Apoiador Douglas teve muitas dificuldades com a marcação

SÉRIE B

GIAMPIEROSPOSITO/REUTERS

NAWEBoglobo.com/esportesA tabela e osresultados da Série B

Boa Esporte

0Vasco

2Boa: Leandro, Betinho, Mateus, Luiz eMarinho; Vinícius, Leandro Ferreira(Moisés), Pedrinho (Malaquias) e JoãoPaulo; Diego (Michel) e Fábio JrVasco:Diego Silva, André Rocha, Luan,Rodrigo e Diego Renan; Fabrício, Aranda(Yago), Pedro Ken e Douglas (FellipeBastos); Rafael Silva (Dakson) eEdmilsonCartões: Luan, Aranda e Douglas (Vasco)e Luiz e Betinho (Boa Esporte)Juiz:Rodrigo Raposo (DF)Gols:Edmilson (32m) e Dakson (39m),ambos no segundo tempoLocal:Estádio do Melão, em Varginha

Product: OGloboEsportes PubDate: 04-06-2014 Zone: Nacional Edition: 3 Page: PAGINA_I User: Asimon Time: 06-03-2014 23:55 Color: CMYK

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LUISSUÁREZ

Campeão europeu, Cris-tiano Ronaldo tenta dri-blar uma tendinite nojoelho esquerdo parachegar àCopa doMun-do como o maior joga-dor em atividade. Comseus quatro prêmios demelhor do mundo,Messi já cravou seu no-me na história e não po-de ser descartado dequalquer lista dos melho-res. Craque da seleção bra-sileira, Neymar quer aproveitar otorneio para confirmar sua posição no gru-po.Mas nenhumdeles foi tão eficiente quan-to Luis Suárez na última temporada, de acor-do com ranking da Bloomberg Sports. Aoanalisar as atuações dos jogadores da cincoprincipais ligas da Europa, Inglaterra, Espanha,Alemanha, Itália e França, a pesquisa pesou aforça dos adversários. Se avaliasse tambéma re-jeição dos torcedores rivais, dificilmente Suá-rez, camisa 9 do Liverpool, da Inglaterra, perde-ria a disputa.

FOCO TOTAL NA RECUPERAÇÃO DE JOELHOAtualmente tratando-se de uma artroscopia nojoelho esquerdo, realizada em Montevidéu, em22 de maio, Suárez é quem pode ajudar o Uru-guai a repetir o Maracanazo. Sua recuperaçãoentrou em fase decisiva. Nessa semana, ele co-meçou um tratamento intenso e integral. Alémde duas sessões diárias de treinamentos anae-róbicos na concentração da seleção uruguaia, oatacante começou a fazer um terceiro turno deexercícios na própria casa. A disposição de Suá-rez em recuperar sua forma para chegar 100%naCopadoMundo está criandoboa expectativaentre o corpo médico e a comissão técnica doUruguai.—Alémde trabalhar emdois turnos, Suárez es-

tá levando deveres para a sua casa. Estamos se-guindo exatamente o planejado, e a evolução éboa — disse Alberto Pan, médico da delegaçãouruguaia.Seus companheiros de equipe também estão

confiantes. Eleito o melhor jogador da últimaCopa do Mundo, Diego Forlan elogiou publica-mente a “gana" de Suárez em se recuperar aindapara estreia contra a Costa Rica, em Fortaleza,

no próximo dia 14, pe-lo grupoD. Já o lateral-di-reito Maxi Pereira disse que ogrupo está bem tranquilo em rela-ção ao retorno do atacante.Preocupados devem estar os adversários. E

não só por conta da habilidade de Suárez com abola. Com fama de trapaceiro e racista, especi-almente na Inglaterra, país onde joga e contra oqual entrará em campo na segunda rodada daCopa, no Itaquerão, Suárez jámordeu rivais du-as vezes. A primeira, em 2010, quando ainda erado Ajax, da Holanda. Ele deu dentadas no om-bro deOtmanBakkal, do PSV, e acabou ganhan-do o apelido de Canibal. Suspenso, ele nuncamais voltou a jogar pelo clube holandês, que ovendeu por €26,5 milhões ao Liverpool. Na In-glaterra, emabril do anopassado, oCanibal vol-tou à cena: Suárez mordeu o adversário Branis-lav Ivanovi, doChelsea.O juiz não viu e ele só foipunido depois da partida, em quemarcou o golde empate (2 a 2), já nos acréscimos.Essa não foi a única das polêmicas de Suárez

na Inglaterra. Em 2012, num clássico contra oManchester United, foi acusado de terusado insultos racistas para atingir ofrancês Patrice Evra, com quem podeagora cruzar nas quartas-de-final doMundial. Suárez foi suspenso por oito jogos pe-la federação inglesa e multado em £40 mil. Napartida seguinte entre os times, Evra estendeu amão para o uruguaio, que o ignorou, gerando

nova onda de comentários namídia britânica sobre o caso deracismo.

Às controvérsias, acrescenta-se umadas imagens mais marcantes da Copa de2010, naÁfrica do Sul. No fimdo segundotempo da prorrogação das quartas-de-fi-nal, contra Gana, o atacante trabalhoucomo goleiro e defendeu, em cima da li-nha, o gol que eliminaria a seleção uru-guaia. O atacante — maior artilheiro da

história da seleção, com 39 gols — rece-beu o cartão vermelho e, enquanto era con-

duzido ao vestiário, comemorou a cobrançadesperdiçada por Asamoah Gyan. O Uruguaiavançou, mas perdeu na semifinal para a Ho-landa e terminou oMundial em quarto. Suárezmarcou três vezes na competição.

AGRESSÃO A JUIZ NO CURRÍCULOA intimidade de Suárez compolêmicas não vemde hoje. Em reportagem recente, a americanaESPN revelou que, ainda nas divisões de basedo Nacional, Suárez, então com 16 anos, agre-diu um juiz. Mais tarde, um dirigente do clubedeMontevidéu tentou dissuadir o árbitro a rela-tar o caso na súmula. O árbitro manteve o rela-tório, o caso ganhou repercussão na imprensauruguaia e, um mês depois, o repórter que pu-blicou a reportagem sofreu uma frustrada tenta-tiva de assassinato.— Ele sempre teve essa fome de querer ganhar

sempre, de brigar por isso a toda hora em campo.E não perdeu isso. Como pessoa, é um cara exce-lente, muito humilde e tranquilo— revela Lodei-ro, ex-meia do Botafogo, atualmente no Corinthi-ans, que o conheceu ainda nas divisões de basedoNacional.— Ele chega à Copa numnívelmui-to alto, em seumelhor momento.Osgols sãoaespecialidadedeSuárez.Considera-

doomelhor jogadordoúltimoCampeonato Inglês,ele foi o artilheiro da competição, com31 gols—10a mais que o vice-artilheiro, o inglês Sturridge — equase levouoLiverpool ao título, oquenãoaconte-ce há 24 anos. O time ficou a dois pontos doMan-chester City e teve que se contentar com o vice-campeonato. Na penúltima rodada, quando o timesofreu umempate comoCrystal Palace depois de

estar vencendo por 3 a 3, Suárez chorou co-piosamente com o resultado. Para seus fãs,sinal de sua obsessão por cada vitória. Paraosdetratores, queaindaoacusamdese jogar

no gramado para cavar faltas, mais umade suas artes.

Umacoisaémaisdoquecerta.Paraquem torce por gols e uma boa po-lêmica, Suárez não pode ficar forada Copa doMundo do Brasil. l

Com faro de artilheiro quenão costuma falhar equase recuperado delesão no joelhoesquerdo, atacante é aprincipal esperançauruguaia noMundial

CAVALCANTE

EDUARDOZOBARAN

[email protected]

ENTRE GOLS E POLÊMICAS

10 l O GLOBO l Copa2014 l Quarta-feira 4 .6 .2014

VERISSIMO

Mudando de assunto

Velha piada. Homem chegade viagem um dia antes doprevisto e encontra a mulherna cama com outro homem.

A mulher grita: “O que você es-tá fazendo em casa hoje? Erapra você só voltar amanhã!”Homem: “E o que você está fa-zendo na cama com outro ho-mem?” Mulher: “NÃO MUDADE ASSUNTO!”Nada mais chato do que ana-

lisar piadas, mas essa comportavárias deduções e interpreta-ções, algumas, inclusive, perti-nentes ao momento que estamosvivendo, de expectativa nervosa

pré-Copado Mundo. Ninguém sabeo que acontecerá na Copa, dentro efora do campo. Para dizer a verdade,a dúvida já começa com a estreia doBrasil contra a Croácia. O que é aCroácia? O que joga a Croácia? Sãoaçougueiros e fiscais da receita quese reúnem nos fins de semana parabeber cerveja e tentar jogar futebolou jogam um futebol moderno, têmvários bons profissionais jogandoem times do resto da Europa e po-dem surpreender?A Croácia vai ser fácil ou vai ser um

terror? Na piada, não mudar de as-sunto é essencial para evitar umacrise do casamento, talvez até um

crime passional. A mulher flagradatem razão, não mudar de assunto émelhor para todo omundo. No nossocaso, não mudar de assunto é nempensar que a estreia contra a Croáciapossa ser algo diferente de um pas-seio de primavera.Mudar de assunto seria, por exem-

plo, lembrar que nas Copas sempreaparece um time fantasma, no qualninguém acredita e que espanta a to-dos. NoMéxico, em 86, este time foi oda Dinamarca. De repente, apareceua Dinamarca jogando o futebol dofuturo. Ganhando de cinco do seuprimeiro adversário (não lembroquem eram os coitados) e impondo

uma certeza : ali estava o provávelcampeão. Seus jogadores não eramhumanos, eram robôs loiros. E imba-tíveis. No seu jogo seguinte a Dina-marca perdeu para, sei lá, o Equador,ou coisa parecida.O mito durou três dias. Mas quem

nos assegura que a Croácia não seráo que a Dinamarca quase foi em 86?Melhor nem pensar nisso. Melhornão mudar de assunto.O que acontecerá durante a Copa

fora do campo também é uma incóg-nita. E incógnita, como se sabe, éuma coisa enrolada no chão que tan-to pode ser uma corda quanto umacobra. Só vai se descobrir na hora.

Product: OGloboEsportes PubDate: 04-06-2014 Zone: Nacional Edition: 1 Page: PAGINA_J User: Asimon Time: 06-04-2014 01:40 Color: CMYK

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FERNANDO DONASCI

Atrás da porta. Sucesso em 2007 com “Tropa de elite”, o paulistano Milhem Cortaz fez desde então mais de 20 longas-metragens e tem outros tantos a caminho: estará, por exemplo, em “Trinta”, “O gorila”, “Um homem só” e “Mundo cão”

OGLOBO

CADERNOSEGUNDOQUARTA-FEIRA 4.6.2014

oglobo.com.br

NIEMEYERSP EXIBECRIAÇÕES DOARQUITETO;MOSTRA VIRÁAO RIO

pág. 8

ANTIGALÃDE CINEMA

ANDRÉMIRANDA

[email protected]

M ilhem Cortaz descobriu seuapreço pela interpretação nu-ma igreja, mas nunca foi santo.

Encontrou a fama no cinema como umpolicial corrupto e malandro, mas man-tém uma postura profissional humilde,capaz de ligar para um cineasta para seoferecer para umpapel. E, apesar de suapresença em dezenas de filmes que têmsido lançados ou que estão em produ-ção, está longe do arquétipo de galã.—OMilhemnão temopadrão de bele-

za clássico. Mas tem uma coisa de belezafísica, um lado mais animal, mais selva-gem.Ele temumamasculinidade fortepa-radar tesãonasmulheres—diz FernandoCoimbra, diretor de “O lobo atrás da por-ta”, novo filme estrelado por Milhem queestreia amanhã em 60 salas do Brasil.Em“Oloboatrásdaporta”,Milheméum

fiscal de uma empresa de ônibus, casadocom a personagem de Fabiula Nascimen-to, mas que se envolve num obsessivo ca-so extraconjugal com uma jovem seduto-ra, vivida por Leandra Leal. O filme é umthriller que tem conquistado plateias aoredor do mundo: em 2013, ele recebeu otroféudemelhor filmedamostraHorizon-tes Latinos do Festival de San Sebastián;foi escolhido comomelhor obra de estreiano Festival de Havana; e dividiu o princi-pal prêmio do Festival do Rio com “Demenor”, de Caru Alves de Souza.Foram resultados que ajudaram a dar

ainda mais visibilidade à carreira de Mi-lhem. O ator paulistano, hoje com 41anos, já havia se tornado conhecido, doRio aBerlim, ao viver opolicialmilitar Fá-

bio em “Tropa de elite” (2007) e “Tropade elite 2” (2010), ambos de José Padilha.Dali em diante, de 2007 para cá, seu

nome apareceu nos créditos de mais de20 longas-metragens, comosmais diver-sos tipos de personagens. No drama “Senada mais der certo” (2008), de JoséEduardo Belmonte, interpretou um tra-vesti. No biográfico “Lula, o filho do Bra-sil” (2009), de Fabio Barreto, foi o avô doBrasil — quer dizer, o pai de Lula. Naação “Assalto ao Banco Central” (2011),de Marcos Paulo, foi um ladrão de ban-co. E, na comédia “Cilada.com” (2011),de José Alvarenga Jr., um pitboy.—Oquepesaparamimsãoboashistó-

rias. Eu não tenho problema em ser pro-tagonista, coadjuvante ou fazer umapon-ta. Se tiver alguma coisa para eu dizer nofilme, eu pego e faço — diz Milhem. —Então, quandoalguémdizqueeudei cer-to no cinema, não levo muito em consi-deração. Sou apenas umoperário. Seria amorte acreditar que já conquistei tudo. Ainsegurança é importante, te traz frescor,te deixa atento. Quero continuar traba-lhando para chegar aos 50 anos e aí, sim,começar a acreditar que alguma coisadeu um tiquinho certo paramim.

COMMEDIA DELL’ARTE NA ITÁLIAMilhem começou no teatro ainda guri,num grupo jovem da igreja que frequen-tava, no bairro da Mooca, em São Paulo.Lá, aos 11 anos, foi descoberto por Wal-mor Chagas, que procurava um meninopara uma montagem de “O santo mila-groso”, de Lauro César Muniz. Aos 16, foienviadopela família para a Itália, para es-tudar. Certo dia, passando em frente aotradicional teatro Piccolo, deMilão, resol-

veu se matricular num curso. Como re-sultado, Milhem entrou num grupo decommedia dell’arte e passou três anos seapresentando pelas ruas da Europa.Perto de fazer 21 anos, porém, ele se

cansou da Itália, voltou ao Brasil e lite-ralmente invadiu um ensaio do Centrode Pesquisa Teatral, de Antunes Filho.— Ele brigou comigo, mas eu disse que

só queria trabalhar. Acabei ficando doisanos emeio lá. OAntunes fez demimumobcecado, eu estudava tudo, aprendi a terdisciplina— lembraMilhem.—Écurioso,porquehoje domino completamente o te-atro, entãoquandoassistoaumapeçanãome envolvo tanto.Mas, no cinema, eumepreservo de entender a parte técnica, soumais inocente.Aindaconsigoassistir aum“Indiana Jones” como qualquer especta-dor comendo pipoca.O primeiro papel de maior repercus-

são deMilhem no cinema veio em “Ca-randiru” (2003), de Hector Babenco.Hoje, sua fila de trabalhos é imensa. Eleestará em “Trinta”, de Paulo Machline;“Um homem só”, de Claudia Jouvin; “Ogorila” e “Amagia domundoquebrado”,de José Eduardo Belmonte; “SangueAzul”, de Lírio Ferreira; e “Mundo cão”,de Marcos Jorge.— Ainda faço meus espetáculos e te-

nho um contrato com a TV Record, maso cinema é o que tomamaismeu tempo.A Record foi extremamente generosaquando fomos renovar o contrato. Eudisse que gostaria de manter meus tra-balhos fora, que gosto do cinema, e elesme deram liberdade para continuar as-sim— contaMilhem.

Estrela de ‘O lobo atrás da porta’, Milhem Cortaz éum dos rostos mais presentes nas telas brasileiras

Continua na página 3

E m “O lobo atrás daporta”, o desapareci-mento de uma meni-

na traz à tona o vínculo en-tre um homem (Bernardo) esua amante (Rosa). O dire-tor FernandoCoimbra lançaeventuais pistas falsas suge-rindo que a trama pode teracontecido de forma diver-sa. Entretanto, os desdobra-mentos — que evocam o fa-moso caso da Fera da Penhae suscitam conexões com atragédia Medeia, de Eurípe-des—nãodespontamcomoos grandes atrativos dessefilme, que surpreende poroutras razões.Ao longo da projeção, o

não dito adquire mais forçaque a palavra. Coimbra im-prime atmosfera que reme-te a Nelson Rodrigues ao,por exemplo, valorizar o su-búrbio do Rio de Janeiro,que se torna personagemfundamental. Mais do queescolhas aleatórias, os bair-ros de Oswaldo Cruz e,principalmente, de Mare-

chal Hermes enriquecemos perfis de Bernardo e Ro-sa, personagens que travamelo explosivo.Alémdisso, a câmera (foto-

grafia de Lula Carvalho) ex-pressa, informa, prova que oacesso do espectador ao fil-me não se dá necessaria-mente a partir do que os per-sonagens falam. Determina-das operações realçam essaquestão. Uma diz respeito aomodo como o detetive en-carregado de investigar o su-miçodamenina é apresenta-do ao público. De início, aplateia não o vê, apenas ouvea sua voz; depois, ele apare-ce,masde costas; só surgedefrente diante de uma perso-nagem-chave como Rosa. Aoutra se refere ao dimensio-namento, tambématravés derecurso não verbal, da rela-ção distanciada entre Rosa eos pais. As figuras de um paique não fala e de uma mãeque fala, mas quase não évista, potencializam a friezado contato.E não há como deixar de

mencionar o elenco. LeandraLeal está excelente, transmi-tindo plenamente as nuan-ces de Rosa. Não brilha sozi-nha. Cabe chamar atençãopara a admirável espontanei-dade conquistada pelos ato-res, em especial Fabíula Nas-cimento, Milhem Cortaz, Ju-liano Cazarré, Karine Teles eThalita Carauta. l

A força do não dito

“O lobo atrás da porta”Direção: Fernando Coimbra

DANIEL SCHENKER

[email protected]

DIVULGAÇÃO/ANDREA CAPELLA

Nuances. Leandra Leal brilha como Rosa, com Milhem Cortaz ao fundo

Crítica

Nova novela daRecord, ‘Vitória’tem bom elenco,mas ainda nãodisse a que veio

pág. 6PATRÍCIA KOGUT

Product: OGloboSegundoCaderno PubDate: 04-06-2014 Zone: Nacional Edition: 1 Page: PAGINA_A User: Asimon Time: 06-03-2014 15:16 Color: CMYK

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2 l O GLOBO l SegundoCaderno l Quarta-feira 4 .6 .2014

FRANCISCOBOSCO

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O fim da culturaO Brasil é um país onde o concreto semprevenceu o abstrato. Diferentemente do queescreveu Tocqueville sobre as colônias da NovaInglaterra, não fomos fundados por uma ideia(no caso, a ideia de igualdade), antes somosfruto em larga medida de acontecimentos àrevelia dos projetos racionais e oficiais. Acolonização do Brasil com os náufragosCaramuru e João Ramalho começa antes daoficial, deliberada pelo Estado português. Nanossa certidão de nascimento, a “Carta doachamento”, de Caminha, consta aquele finalindefectível, onde o escrivão pede a El-Rei umacolocação para seu genro. Essa espécie de favorinaugural, marca da pessoalidade no nossodocumento de fundação, prefiguraria a sériedos conceitos de alguns dos intérpretes maiscélebres do Brasil: a cordialidade em SérgioBuarque, a miscigenação em Freyre (o concretodo sexo se impondo sobre ideologias de raça,sem entretanto dissolvê-las), opatrimonialismo em Faoro, a dialética damalandragem em Candido, o favor emSchwartz.

Com os séculos, a singularidade da formaçãode nosso povo e as formas de sociabilidadeaqui geradas foram produzindo, em meio às

desigualdades brutais, e como resposta e resistên-cia a elas, fenômenos singulares, de alta invençãopoética, onde os traços da violência eram sublima-dos em beleza, em destreza, em potência, em graça— semque a violência originante deixasse de poderser lida no interior dessas formas, inseparável por-tanto de seu sentido. Esses fenômenos são o que,acredito, chamamosde “cultura popular”: a realida-de social da língua portuguesa no Brasil, queMáriode Andrade sonhou descrever no projeto de suaGramatiquinha da fala brasileira; a figura social domalandro, com suas estratégias de recusa ao traba-lho massacrante, encarnadas num corpo ambiva-lente e poetizadas no gênero do samba, com sua al-ta complexidade contramétrica, sua tristeza queba-lança; a apropriação do “velho esporte bretão” porpretos e mulatos excluídos do mercado formal (ofutebol se populariza no Brasil poucas décadas de-pois de a abolição da escravatura despejar na liber-dade contingentes de ex-escravos sem as condiçõesnecessárias para seu florescimento social); etc.Como mostrou José Miguel Wisnik, referindo-se

ao campo da canção, ao longo do século XX a cultu-ra popular brasileira não se deixa reduzir à noçãodeindústria cultural. O mercado e suas vicissitudessão apenas um de seus elementos, que antes trou-xeram escala social às suas formulações estéticasdo que impediram o caráter avançado delas. Aochegarmos aos anos 1960, o Brasil tinha nitidamen-te superado o problema da autonomia cultural denações colonizadas. A língua expressava nossa rea-lidade social particular; a literatura já tinhaMacha-do, o modernismo, João Cabral, Rosa, Clarice e osconcretistas; as artes visuais tinham Lygia, Helio e oneoconcretismo; o Cinema Novo explodia. E a ditacultura popular também. Dos pretos e caboclos ile-trados vieram o samba, o baião, o choro, e seus sub-gêneros. Esses gêneros de base nacional (eles mes-mos impuros, claro) desde o início foram cruzadoscom o repertório das classes médias. Disso surgi-ram Nazareth, Noel, Pixinguinha, mais tarde a bos-sa nova e o Tropicalismo.A cultura brasileira atingira um patamar exube-

rante, mas não era só isso. A cultura popular — for-mada pela mistura de pretos, brancos e mulatos;pobres, classe média e ricos; universitários e iletra-dos; Debussy e contrametricidade — prefigurava,para muitos intelectuais, o projeto de sociedadeque o Brasil deveria realizar. A frase de Caetano —“o Brasil precisamerecer a bossa nova”— represen-ta todo um conjunto de intérpretes do Brasil — dosmodernistas a Freyre, de Darcy Ribeiro aos tropica-listas, desses aWisnik e Risério—que se inspiraramna cultura popular para projetar uma nova socieda-de. Essa inspiração parece ter acabado.O Brasil, enquanto sociedade, não realizou o que

a cultura popular pôde realizar. O primeiro emissá-rio da consciência dessa catástrofe saiu de dentroda cultura popular: foram os Racionais MC’s, con-temporâneos do primeiro Lula, anterior à sua ver-são cordial. Os Racionais fizeram uma grande arte,que não apenas prefigurava uma solução em suaforma estética, mas cujo horizonte de realizaçãomesmo era a sociedade. São talvez os precursoresde todo um conjunto de intelectuais que, mesmoalguns sendo egressos das artes, não têm na culturapopular seu ponto de apoio. Vladimir Safatle, porexemplo, chega a dizer que “provavelmente, culturapopular seja um sintagma que não faz sentido al-gum”. Parece-me que o movimento #nãovaitercopaestá relacionado a isso. O futebol é (ou foi) alta cul-tura popular, mas a sociedade já não se identificacom suas possibilidades, que não são as dela. l

SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA SÁBADO DOMINGODANIELGALERA

MARCUSFAUSTINI

FRANCISCOBOSCO

MARIOSERGIOCONTI

HERMANOVIANNA

JOSÉMIGUELWISNIK

CAETANOVELOSO

Versão brasileira

C omédia tipicamente in-glesa, com estrutura quelembra o boulevard, gê-

nero genuinamente francês, otexto de Alan Ayckbourn nãoescapa dos condicionantes desua origem. E estes são os seusmaiores méritos. Ao repetir aschaves de humor e a técnica deabordá-las que compõem nar-rativa em que dubiedades,aparência e troca de papéisdeterminam o percurso do ri-so, o autor segue a prescriçãode como usar, em boa dosa-gem, produto de consumobem acondicionado.Dois casais, de faixas de ida-

des diferentes, um jovem e an-sioso, e outro cinquentão e es-tabelecido, se encontram, porcoincidências provocadas porerros de comunicação, em casano countryside.O fato de a garo-ta ser amante do dono da casa,visitada pelo ingênuo namora-do, que conhece a esposa e do-

na de casa dedicada aomaridoe ao lar, aciona a trama, numacomédia de erros de pessoasem sequência.De início, Ayckbourn oferece

pistas falsas, envolvendo aação em clima duvidoso, ar-mando a história com elemen-tos que se desvendamao longoda convivência dos persona-gens. Ainda que a meio dosmal-entendidos o público jáperceba o mecanismo das tro-cas e a óbvia recomposição dofinal, o que valoriza o texto éalguma ironia e o tom espiri-tuoso de raiz britânica. Paranós, muito dessas referênciasse perde, o que não nos faz fal-ta,mas reduz ohumor às situa-ções que o provocam.Os diretores Ary Coslov e Ed-

son Fieschi parecem ter consi-derado essa atmosfera inglesacomo ponto de partida, mas

não a levarammuito adiante. Amontagem está fixada no de-senvolvimento da ação e noabrasileiramento das interpre-tações dos atores.O cenário de Marcos Flaks-

man é a mais destacada lem-brança de onde e emque tem-po teatral se deseja ambientaro espetáculo. Com realismode detalhes, a cenografia re-produz a fachada de chalé in-glês, com pátio, cadeiras emesa para chás no verão, e in-defectível telão pintado compaisagem campestre. Como aação se passa na década de1960, o figurino de MaríliaCarneiro se ajusta à época, as-sim como a trilha sonora, umtanto interveniente demais,de Ary Coslov.No elenco é que se nota a li-

nhamais nacionalizada que osdiretores imprimiram à mon-tagem. Frank Borges, demons-trando bom ritmo de comédia,exagera na caracterização dojovem algo obtuso. Tato GabusMendes regula os disfarces doamante pela máscara da co-média rasgada. Antonia Fre-ring não consegue projetar aesposa, entre a ingênua e a es-perta, se não com rigidez deatuação mecânica. Giselle Ba-tista se apaga na medida emque a garota revela ser apenaso pivô de tudo. l

DIVULGAÇÃO/PAULA KOSSATZ

“Relações aparentes”. Tato Gabus Mendes, Frank Borges, Antonia Frering e Giselle Batista: uma comédia de erros

Texto do inglês Alan Ayckbourn gera montagem fixadana ação e no abrasileiramento das interpretações

“Relações aparentes”Teatro Ginástico

Cotação: Regular

MACKSENLUIZ

[email protected]

Teatro

Crítica

No elenco é que senota a linha maisnacionalizada queos diretoresimprimiram àmontagem

ArtesCênicasLUIZFELIPEREIS

SEGUNDA ARTES VISUAIS lTERÇAMÚSICA lQUARTA ARTES CÊNICAS lQUINTA CINEMA lSEXTA TRANSCULTURA

Sexta, dia 6l Último trabalho de direção deJosé Wilker, morto em abril, “Ocomediante”, protagonizado porAry Fontoura, estreia no ClaraNunes (2274-9696), às 21h30m.Escrita por Joseph Meyer, acomédia revela as frustrações deum ator no ostracismo.l O ator Rodrigo Pandolfo assina asua primeira direção com “A moçada cidade”, de Anderson Bosch, noEspaço Sesc (2548-1088), às 19h.l Passada entre a escadaria doSelarón e o casarão da Sede dasCias. (2137-1271), “Maratona” estreiaàs 20h, com direção e textoassinados por Diego de Angeli eGabriela Carneiro da Cunha. Amontagem mescla teatro e dançae se inspira no livro “Mas não sematam cavalos?”, de HoraceMcCoy, que retrata as maratonasamericanas de dança realizadasapós a crise de 1929.l Claudia Raia e Jarbas Homemde Mello são os protagonistas de“Crazy for you”, que inicia umanova temporada no Vivo Rio(2272-2901) — na sexta, às21h30m, no sábado, às 17h e às21h30m, e no domingo, às 19h.José Possi Neto assina a direção.l Reunidos pelo diretor BruceGomlevsky, dois textos do cineastaThomas Vinterberg (“Festa defamília” e “Funeral”) fazem atédomingo as suas últimas sessõesno Espaço Sesc. “Festa de família”será apresentado na sexta e nosábado, às 20h, e no domingo, às19h. Já “O funeral” tem sessões nasexta e no sábado, às 22h, e nodomingo, às 21h.

Sábado, dia 7l Criadores do sucesso “Savanaglacial”, a Cia. Físico de Teatroestreia “Temporada de verão” noEspaço Sesc, às 20h30m. Comdireção de Renato Livera, a peçainvestiga a dificuldade de seestabelecer comunicação duranteum talk show.

Domingo, dia 8l Escrito pelo dramaturgoamericano Tennessee Williams(1911-1983), “Fala comigo como achuva e me deixa ouvir” ganhamontagem itinerante na Casada Glória (3259-3554), às 14h eàs 16h. Ivan Sugahara dirige osatores Ângela Câmara e SauloRodrigues.

aAgenda/Teatro

Hojel Isabella Duvivier e o NúcleoInvisível de Pesquisa Corpoestreiam “Bricolage” no TeatroIpanema (2267-3750), às 20h.

Sábado, dia 7l Com direção de Alice Ripoll, o solo“O princípio da casa dos pombos”estreia no Parque das Ruínas(2215-0621), às 16h. Acrobata ebailarina, Camila Moura cria umespetáculo entre o circo e a dança.

aAgenda/Dança

| Cenaaberta |

In e off BroadwayPremiação que engloba tantoas produções da Broadwaycomo as chamadas “off” doprincipal circuito demusicaisdos EUA, o Drama DeskAwards revelou, no últimodomingo, os seus vencedoresde 2014. Entre os musicais, oincensado “A gentleman’sguide to love &murder”colecionou sete láureas:musical, ator, atrizcoadjuvante, diretor, letras,libreto e design de projeção.Também entre os musicais,“Hedwig and the angry inch”conquistou os prêmios demelhor remontagem e demelhor ator (Neil PatrickHarris). Entre as peças, “Allthe way”, de RobertSchenkkan, foi eleita amelhor, e Bryan Cranston—protagonista da série“Breaking bad”— venceucomomelhor ator, pelo seutrabalho no papel doex-presidente americanoLyndon B. Johnson.

Tony no domingoFechando a série dosprincipais prêmios teatraisamericanos, acontece nopróximo domingo a entregado 68º Tony Awards. Comtransmissão da CBS, acerimônia será conduzidapelo ator Hugh Jackman. Ogrande favorito é o musical“A gentleman’s guide...”, queconcorre em dez categorias.A montagem, coassinada

por Robert L. Freedman eSteven Lutvak, disputa oprêmio de melhor musicalcom “Aladdin”, “Aftermidnight” e “Beautiful: TheCarole King musical”. Entreas peças, “All the way”, deRobert Schenkkan,concorre com “Act one”, deJames Lapine, “CasaValentina”, de HarveyFierstein, e “Mothers andsons”, de Terrence McNally.

De volta à cenaPor falar emHugh Jackman— em cartaz nos cinemascomo oWolverine dafranquia “X-Men”—, o ator eapresentador do Tony voltaaos palcos no segundosemestre. Dez anos apósfirmar seu nome no teatrocom “The boy fromOz”(2004) e três anos após seuúltimo hit, o solo “HughJackman, back on Broadway”,o ator retorna com “Theriver”, que faz suas primeirassessões a partir de 31 deoutubro no Square Theater,emNova York— a estreiaoficial está prevista para 25 dejaneiro. Escrita pelo inglês JezButterworth (“Jerusalem”),“The river” estreou naInglaterra em 2012 com outroelenco. Na novamontagem,Jackman é o solitárioprotagonista, um homem quese isola numa casa de campoe recebe a visita de duasimportantes mulheres comquem se relacionou.

ERIC THAYER/REUTERS

Hugh Jackman. Ele apresenta o Tony e estreia a peça “The river”

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Quarta-feira 4 .6 .2014 l SegundoCaderno l O GLOBO l 3

| Gente Boa |

CLEOGUIMARÃES

[email protected], THAMINELETA EFERNANDAPONTES

A casa de pedraPor causa da lei de sombreamento, a“casa de pedra” da Avenida Atlânticanão vai mais virar hotel. “Essa leiinviabilizou o projeto”, diz oproprietário,Omar Peres, que vaiconstruir ali um prédio com ametadeda altura do projeto original — ao invésde 12 andares, ele terá seis. “Vai ser umprédio residencial de luxo, comserviços. Serão 40 apartamentos de doisquartos”, conta o empresário.

Grife e piscina continuamContratada para criar o hotel, aarquiteta iraquiana Zaha Hadidcontinua no projeto, que agora passapor uma reformulação— “mas apiscina com borda infinita na coberturapermanece”, garante Omar. Zaha é aprimeira mulher a receber o Pritzker(em 2004), considerado o prêmio Nobelda arquitetura mundial.

Viva o nosso ChicoOs 70 anos que Chico Buarquecompleta no próximo dia 19 jácomeçaram a ser comemorados porNoca da Portela, 80, que fez um sambaem sua homenagem. Os dois seconheceram em uma partida doPolitheama, há 40 anos. Trecho de“Viva o nosso Chico”: “Tudo o que elefaz é bom/Chico é bom de poesia/Deletra de livro/Salve, Chico!”

Olha a cobra!A turma de naturistas da Praia do Abricóvai fazer uma festa junina no dia 15 comjogos, brincadeiras e comidinhas. Aúnica diferença de uma festa juninatradicional é o traje: nada. Só entraquem estiver completamente pelado.

Alzirão turbinadoNão são nem um pouco humildes osplanos do Alzirão para a Copa. Os jogosdo Brasil serão transmitidos num telãode 28m² e, nos intervalos, entram emcena a bateria e as passistas da Unidosda Tijuca. O funkeiroNaldo também vaise apresentar por lá.

‘O nosso Baixo Gávea acabou’William Vorheesentende tanto docomportamentocarioca que seráentrevistado na novatemporada doprograma “Na moral”, dePedro Bial, cujo tema é a cordialidadedo brasileiro. “Consultor decarioquice” da série “Preamar”, daHBO, William percebeu mudançasrecentes na cidade. Ele falou à coluna.

lO que mudou?A cidade está migrando para o lado

do Aterro do Flamengo. O Baixo Gáveaagora é na Praça São Salvador, ondevocê toma uma cerveja importadapelo preço de um chope na Gávea. Ospreços expulsaram o carioca do BG.

lMas o Baixo Gávea continua cheio...De forasteiro. Mulher que vai de

salto alto, brilho e shortinho da Anitta,aquele rasgado e acima do umbigo.Gente que quer tirar foto com artista.É uma ‘playboyzada’. A galera do teatroe do circo que frequentava o Baixo nãoestá indo mais lá. Dá uma tristezadanada.... O nosso BG acabou.

Errou a mãoA campanha “Bunda de cigarro é lixo”, doRio Eu Amo EuCuido, recebeumais decemdenúncias no Conar. A propaganda,de caráter educativo, tratava “bundacaída” como sinônimo de lixo e foiconsiderada “desrespeitosa ediscriminatória” pelasmulheres, autorasdamaioria das queixas. Para o Conar, aONG realmente “errou amão”. Comotinha reconhecido o erro e interrompidoa campanha, ficou tudo por issomesmo.As denúncias foram arquivadas.

Por falar em cigarro...Você fuma? Então saiba que cerca de30% dos cigarros fumados no Brasilvêm do Paraguai e são ilegais. O dadofaz parte de uma pesquisa que o Ibopevai apresentar esta semana. Apesquisa concluiu que o GovernoFederal deixa de arrecadar R$ 4,5bilhões por ano em impostos porconta deste contrabando.

Pingos nos isMaria Rita leu a nota sobre o atrasode uma hora em seu show e diz, pormeio de sua assessoria, que:1) O atraso foi de meia hora, “o que énormal”;2) Ela não pediu desculpas à plateia, esim agradeceu a presença do público,num dia de caos no trânsito da Barra.

Jesuton grava primeiro DVD da carreira,hoje, no Teatro Rival. A produção é assinadapela Som Livre.Roberta Niemeyer, do Centro CulturalGoiabeira Coisa & Tal, agora oferece colôniade férias infantil.Camila Tomé e Stephanie Afonso inaugu-ram a galeria MUV amanhã, com exposiçãode Piti Tomé, em Ipanema.Roberta Sudbrack vai abrir seu restauran-te todos os dias para almoço durante a Copa.Adriana Calcanhotto autografa CD e DVD“Olhos de onda” amanhã, 18h, na Cultura.César Neubert lança nova coleção deesmaltes Essie.

UCurtinhas

Turistas estrangeiros que vierem para aCopa não vão ter refresco: também serãomultados pela Comlurb se jogarem lixono chão. Para alertá-los, folhetos eminglês e espanhol (como este aí de cima,com o subtítulo “Se sujar, vai ter quepagar”), serão distribuídos pelos hotéisda cidade. Ao todo, 223 equipes vão atuarem lugares de grande movimentação dacidade, como o entorno do Maracanã eas areias das praias de Copacabana,Leblon, Ipanema, Barra e Recreio.

REPRODUÇÃO

Quadrinhos. Cartilha avisa: ‘Se sujar, vai pagar’

Lixo zero para gringo ver

“É muito especial. Eu escrevimuitasmúsicas pra ela. É emo-cionante paramimaté hoje su-bir ao palco e cantar essas can-ções”, disse ele.l

Antes de começar o show,Tacy, de 24 anos, se prepara nocamarim e mostra toda sua ti-midez ao ser fotografada— elanão fala ou olha para a câmeraenquanto posa.l

A timidez, no entanto, vai em-bora assim que ela entra emcena. Ali ela é outra pessoa edeixa o público embasbacadojánaprimeiramúsica, “Lanter-na dos afogados”, que cantacom os seios de fora. “É umvoo de volta”, dizia Lan Lan, nacoxia. É ela quemassina a dire-ção musical do espetáculo.l

“Estive dentro dessa história eagora estou de fora assistindo.São resgates de lembranças e

conversas que eu tinha com aCássia”, conta ela, que na peça éinterpretada por Thainá Gallo,de 24 anos. “Foi engraçado falarna terceira pessoa. Eu dizia nosensaios: Thainá, a Lan Lan fazassim, diz isso, diz aquilo”, lem-bra a percussionista.l

A peça mostra o envolvimentode Cássia com três mulheres,além de Lan Lan: Moema, suaprimeira namorada, Luciana, eMaria Eugênia, companheiraque criou o filho da cantora,Chicão. Ele, aliás, assistiu aoprimeiro dia de apresentação,há uma semana: “Ele viu omu-sical e disse: ‘Irado! Irado’”,conta Lan Lan, orgulhosa.l

No fim da apresentação, umasurpresa: a banda original deCássia subiu ao palco para to-car “Gatas extraordinárias”,composta por Caetano para acantora. Foi emocionante.

Musical sobre Cássia Eller emociona o público no CCBB emnoite com vários amigos e ex-parceiros da cantora na plateia

‘É UM VOO DE VOLTA’

N ando Reis chegou commais de uma hora deantecedência para a

sessão fechada do espetáculo“Cássia Eller — Omusical”, an-teontem, no CCBB. Ele seriarepresentado no palco porEmerson Espíndola e estavaum pouco nervoso. “É uma si-tuação inusitada, mas não porque sou um dos personagens.É estranho ver a vida de umaamiga no palco. Uma amigaque eu queria que estivesseaqui comigo”, disse Nando.l

Ocantor sentounaquarta filei-ra durante a peça e segurou aonda até Emerson e Tacy deCampos, que interpreta Cás-sia, começarem a cantar “Reli-cário” (“É uma índia com co-lar/ a tarde linda que não querse pôr...”). Nando se mexia nacadeira, esfregava os olhos...Dava para ver que ele estavabastante emocionado.

FOSTO DE MARCOS RAMOS

Eu e você, você e eu. A atriz Thainá Gallo posa com Lan Lan na coxia: ela interpreta a percussionista no espetáculo

Amigos. Emanuelle Araújo, Tacy de Campos (a Cássia Eller), Dira Paes e Nando Reis: cantor chorou durante o musical

ANTIGALÃ DE CINEMA CONTINUAÇÃO DA PÁGINA 1

Em sua imensa relação detrabalhos, Milhem aindaviverá um deputado na

série “Plano alto”, de MarcílioMoraes, queestreianaRecordnosegundo semestre; e também se-rá mais uma vez o apresentadorde “Mistérios”, um programa doDiscovery Channel sobre casosbizarros de pesquisa científica,que lança sua segunda tempora-da em agosto. Aparentemente,são papéis demais para um atorque diz “mergulhar 24 horas pordia nos personagens”, sobretudonummundo emque as semanastêmapenas sete dias e que aindaé necessário tempo para cuidar(e curtir) sua filha, de 6 anos.

— Eu experimentomuito o ra-ciocínio do personagem mesmoemcasa.Masdepois sintoneces-sidade de voltar a ser eu. Empouco tempo, me livro comple-tamente de uma história e ficopronto para outra— diz.—Mas,se o papel for bom, não me im-porto em trabalhar demais. Em“O lobo atrás da porta”, eu fiz umteste e depois liguei para o Fer-nando epedi humildemente queele pensasse emmim. Achei queo personagem tinha tudo a ver.Eu sou casadohá15 anos,minhafilha tinha nascido pouco tempoantes, então queria muito fazerum filme sobre essas relações.O grande mistério de “O lobo

atrás da porta” é justamente sa-ber o que aconteceu com a filhados personagens de Milhem eFabiula, desaparecida repentina-mente quando o caso extracon-jungal já está em andamento.— Eu assisti ao filme pela pri-

meira vez no Festival de Toron-to. Cara, eu tremia muito!Quando terminou a exibição de“O lobo”, não houve reação, to-do mundo ficou chocado. Aí eufui ao banheiro para ficar sozi-nho e poder chorar. EncontreicomaLeandranamesma situa-ção. Foimuitomarcante, as pes-soas vinham falar com a genteparalisadas—contaMilhem.—É por isso que eu digo que “O

lobo atrás da porta” é o filmemais humano que eu já fiz.Damesma formaqueMilhem

afirma se entregar completa-mente aos filmes, essa sua pai-xão pelo cinema também já lhedeu alegrias além do campoprofissional. Nos ensaios para“Lula, o filho do Brasil”, ele sedeu conta de que seu persona-gem, um pai rude e frio, tinhaproximidade com uma figuraimportante, mas ausente. Eraseu avô Ozilio, com que ficara11 anos brigado. Ozilio, na des-crição do próprio Milhem, foium capixaba semianalfabeto,homemda roça,muito violento.Durante as filmagens de

“Lula”, Ozilio estava com “80 etantos anos”. Ele morreu doismeses depois.—Oproblema, para ele, é que

só havia certo e errado. E o erra-doele resolvianaporrada. Entãoa gente se afastou. Mas eu en-tendi que ele permeava todos osmeus trabalhos, que era meugrande super-herói. Havia umainocência nas coisas que ele fa-zia. E eu tento levar essa inocên-cia comigo— contaMilhem. l

“Quando terminoua exibição de ‘Olobo’, não houvereação. Aí fui aobanheiro chorar”Milhem CortazAtor

NAWEBVÍDEOoglobo.com.br/culturaVeja o trailer do filme

“O lobo atrás da porta”

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4 l O GLOBO l SegundoCaderno l Quarta-feira 4 .6 .2014

RioShowEste caderno não se responsabiliza por mudanças em preços e horários. Ambos são fornecidos pelos organizadores dos espetáculos.

Como nem todas as casas fornecem a classificação etária, é recomendável a pais e responsáveis a consulta prévia por telefone, fax ou e-mail.

Zona Sul> Candido Mendes— Rua Joana Angélica 63,Ipanema — 2523-3663. (80 lugares): Uma rela-ção delicada, 14h20m, 18h45m; O passado,16h20m; e Eu, mamãe e os meninos, 20h40m.R$ 18 (seg, ter e qua).

> Cine Joia— Av. Nossa Senhora de Copacabana680, subsolo H, Copacabana — 2236-5671. (87lugares): O que os homens falam, 13h40m,17h20m; Oslo, 31 de agosto, 15h30m; Inch'Al-lah, 19h10m; e A farra do Circo, 21h. R$ 14 (qui,ter e qua).

> Cine Star Special Laura Alvim— Av. VieiraSouto 176, Ipanema — 2522-3180. Sala 1 (53 lu-gares): The Lunchbox, 14h, 21h30m; Eu, mamãee os meninos, 16h; A recompensa, 17h50m; eSob a pele, 19h30m. Sala 2 (29 lugares): Os ho-mens são de Marte... E é para lá que eu vou,13h40m, 15h40m, 19h40m, 21h40m; e Aman-teadomicílio, 17h40m.Sala 3 (41 lugares):Getú-lio, 13h50m, 19h20m; Dominguinhos, 15h50m;Os filhos do padre, 17h30m; e Praia do Futuro,21h20m. R$ 20 (qua, exceto feriados).

> Cinemark Botafogo— Botafogo Praia Shop-ping, 8° piso, Praia de Botafogo 400, Botafogo —2237-9485. Sala 1 (124 lugares): Getúlio, 14h,18h50m; e Godzilla, 16h15m, 21h10m. Sala 2(139 lugares): Os homens são de Marte... E é paralá que eu vou, 14h40m, 17h20m, 19h40m, 22h.Sala 3 (219 lugares): Malévola, (3-D), dub,13h10m, 15h20m; leg, 17h40m, 20h, 22h20m.Sala 4 (186 lugares): X-Men: dias de um futuro es-quec ido , (3-D) , dub, 13h20m; leg , 19h,21h50m; Clássicos Cinemark, até Até 4 de junho(ver programação de filmes); e Getúlio, 16h10m.Sala 5 (290 lugares): Os homens são de Marte... Eé para lá que eu vou , 13h40m, 16h20m,18h40m, 21h. Sala 6 (290 lugares): X-Men: diasde um futuro esquecido, (3-D), 14h50m, 18h,20h50m; e pré-estreia de A culpa é das estrelas,0h01m. R$ 18 (qua) e R$ 25 (qua, 3-D). Toda se-mana, na Sessão Desconto, um filme do horáriodas 15h custa apenas R$ 6 (consulte o filme dasemana por telefone, no site www.cinemark.com-.br ou no próprio cinema).

> Cinépolis Lagoon— Estádio de Remo da La-goa, Av. Borges de Medeiros 1.424, Lagoa —3029-2544. Sala 1 (235 lugares): Os homens sãode Marte... E é para lá que eu vou, 13h30m, 16h,18h30m, 21h; e pré-estreia de A culpa é das es-trelas, 0h01m. Sala 2 (150 lugares): Os homenssão de Marte... E é para lá que eu vou, 14h30m,17h, 19h30m, 22h.Sala 3 (162 lugares): No limi-te do amanhã, 14h15m, 16h45m, 19h15m; eMalévola, 21h45m.Sala 4 (173 lugares): Malévo-la, (3-D), 14h, 16h30m, 19h; e No limite do ama-nhã, (3-D),21h30m.Sala 5 (161 lugares):Godzil-la, (3-D), 13h; X-Men: dias de um futuro esqueci-do, (3-D), 15h50m, 22h20m; e O espetacularHomem-Aranha 2: a ameaça de Electro, (3-D),18h50m.Sala 6 (232 lugares): X-Men: dias de umfuturo esquec ido , (3 -D) , 15h15m, 18h,20h45m. R$ 20 (qua, exceto feriados) e R$ 27(qua, exceto feriados, salas 3-D).

> Espaço Itaú de Cinema— Praia de Botafogo316, Botafogo — 2559-8751. Sala 1 (150 luga-res): O que os homens falam, 13h, 14h50m,16h40m,20h20m,22h10m;eAmanteadomicí-lio, 18h30m. Sala 2 (126 lugares): Getúlio, 13h,16h40m, 22h; e Eu, mamãe e os meninos, 15h,18h40m, 20h20m. Sala 3 (109 lugares): Praia doFuturo, 13h30m, 15h30m, 21h20m; Olho nu,17h30m; e A primeira missa, ou tristes tropeços,enganos e urucum, 19h30m. Sala 4 (165 luga-res): Malévola, (3-D), dub, 13h; X-Men: dias deum futuro esquecido, (3-D), dub, 15h; Malévola,(3-D); leg, 17h30m; e X-Men: dias de um futuroesquecido, (3-D), 19h30m. Sala 5 (136 lugares):Sementes do nosso quintal, 13h; 7 Caixas,15h10m; Dominguinhos, 17h10m, 20h30m; Afarra do Circo, 18h50m; e Setenta, 22h. Sala 6(250 lugares): Os homens são de Marte... E é paralá que eu vou, 14h, 16h, 18h, 20h, 22h. R$ 16(qua) e R$ 28 (seg, ter e qua, 3-D).

> Estação Botafogo— Rua Voluntários da Pátria88, Botafogo — 2226-1988. Sala 1 (280 lugares):Praia do Futuro, 14h40m, 16h50m, 19h,21h10m. Sala 2 (41 lugares): Yves Saint Laurent,13h40m; Prenda-me, 15h45m; Heli, 17h40m;Pelomalo,19h40m;eOpassado,21h30m.Sala 3(66 lugares): Hoje eu quero voltar sozinho,14h10m, 19h50m; Os filhos do padre, 16h; Umarelação delicada, 17h50m; e Amante a domicílio,21h40m. R$ 16 (qua).

> Estação Gávea— Shopping da Gávea, 4º piso,Rua Marquês de São Vicente 52, Gávea — 3875-3011. Sala 1 (79 lugares): Eu, mamãe e os meni-nos,14h45m,18h20m,20h05m;eAmanteado-micílio, 16h30m, 21h50m. Sala 2 (126 lugares):O que os homens falam, 15h45m, 17h40m,19h40m, 21h40m. Sala 3 (91 lugares): Os ho-mens são de Marte... E é para lá que eu vou,15h45m, 17h50m, 19h55m, 22h. Sala 4 (84 lu-gares): Getúlio, 15h30m, 19h20m, 21h20m; e AfarradoCirco, 17h30m.Sala 5 (156 lugares):Wa-lesa, 16h30m, 19h, 21h30m. R$ 20 (qua) e R$26 (qua, 3-D).

> Estação Ipanema— Rua Visconde de Pirajá605, Ipanema — 2279-4603. Sala 1 (141 luga-res):Oqueoshomens falam, 14h,16h,18h,20h.Sala 2 (163 lugares): Walesa, 14h15m, 16h45m,19h15m. R$ 20 (qua).

> Estação Rio— Rua Voluntários da Pátria 35,Botafogo — 2266-9952. Sala 1 (267 lugares): Oque os homens falam, 14h10m, 16h05m, 18h,19h55m, 21h50m. Sala 2 (228 lugares): Walesa,14h, 16h30m, 19h; Oslo , 31 de agos to ,14h20m, 18h15m, 22h; e Grand Central,16h20m, 20h10m. R$ 16 (qua).

> Instituto Moreira Salles— Rua Marquês deSão Vicente 476, Gávea — 3284-7400. Sala 1(120 lugares): A primeira missa, ou tristes trope-ços, enganos e urucum, 14h, 16h, 20h. R$ 16(qui, ter e qua).

> Kinoplex Fashion Mall— Fashion Mall, 2º pi-so, Estrada da Gávea 899, São Conrado — 2461-2461. Sala 1 (139 lugares): Malévola, (3-D), dub,14h30m, 16h40m, 18h50m, 21h. Sala 2 (195lugares): X-Men: dias de um futuro esquecido, (3-D), 19h; e No limite do amanhã, (3-D), 16h40m,21h40m. Sala 3 (114 lugares): O que os homens

falam, 15h, 17h10m, 19h20m, 21h30m. Sala 4(129 lugares): Os homens são de Marte... E é paralá que eu vou, 14h10m, 16h25m, 18h40m,21h20m. R$ 22 (qua) e R$ 28 (qua, 3-D).

> Kinoplex Leblon— Shopping Leblon, 4º piso,Av. Afrânio de Melo Franco 290, Leblon — 2461-2461. Sala 1 (170 lugares): X-Men: dias de um fu-turo esquecido , (3-D), dub, 15h40m; leg,18h20m, 21h20m. Sala 2 (171 lugares): Getúlio,14h10m, 16h20m; e X-Men: dias de um futuro es-quecido, 18h30m, 21h10m. Sala 3 (172 lugares):No limite do amanhã, 14h40m, 17h, 19h20m,21h40m. Sala 4 (161 lugares): Malévola, (3-D),dub, 14h, 16h20m; leg, 18h40m, 21h. R$ 21(qua) e R$ 28 (qua, 3-D).

> Kinoplex São Luiz— Rua do Catete 311, Fla-mengo — 2461-2461. Sala 1 (140 lugares): X-Men: dias de um futuro esquecido, 14h20m,19h10m; e Getúlio, 17h, 21h50m. Sala 2 (258 lu-gares): Os homens são de Marte... E é para lá queeu vou, 14h10m, 16h35m, 19h, 21h30m. Sala 3(267 lugares): Malévola , (3-D), dub, 14h,16h20m; leg, 18h40m, 21h. Sala 4 (149 lugares):X-Men: dias de um futuro esquecido, (3-D), dub,15h40m; leg, 18h30m, 21h20m. R$ 19 (qua) eR$ 25 (qua, 3-D).

> Leblon— Av. Ataulfo de Paiva 391, lojas A e B,Leblon — 2461-2461. Sala 1 (640 lugares): Os ho-mens são de Marte... E é para lá que eu vou,14h20m, 16h40m, 19h, 21h20m. Sala 2 (300 lu-gares): Malévola, (3-D), dub, 14h, 16h20m; leg,18h40m, 21h. R$ 21 (qua) e R$ 28 (qua).

> Rio Sul— Shopping Rio Sul, 4º piso, Rua LauroMüller 116, Botafogo — 2461-2461. Sala 1 (159lugares): Malévola, dub, 14h, 16h20m, 18h40m,21h. Sala 3 (151 lugares): No limite do amanhã,14h10m, 16h30m, 18h50m, 21h10m. Sala 4(156 lugares): Os homens são de Marte... E é paralá que eu vou, 14h30m, 16h50m, 19h10m,21h30m. R$ 19 (qua) e R$ 25 (qua, 3-D).

> Roxy— Av. Nossa Senhora de Copacabana 945,Copacabana — 2461-2461. Sala 1 (304 lugares):Malévola, dub, 14h10m, 16h30m, 18h50m,21h10m. Sala 2 (306 lugares): Os homens são deMarte... Eépara láqueeuvou, 14h20m,16h40m,19h, 21h20m. Sala 3 (309 lugares): X-Men: diasde um futuro esquecido, (3-D), dub, 15h40m; leg,18h20m, 21h. R$ 19 (qua) e R$ 25 (qua, 3-D).

Barra/Recreio> Cinemark Downtown— Shopping Downtown,bloco 17, 2º piso, Av. das Américas 500, Barra —2494-5004. Sala 01 (143 lugares): Rio 2, dub,13h35m; Mulheres ao ataque, 15h50m; e O espe-tacular Homem-Aranha 2: a ameaça de Electro,18h10m, 21h20m.Sala 02 (131 lugares): Getúlio,14h, 16h30m, 18h50m, 21h40m. Sala 03 (261lugares): X-Men: dias de um futuro esquecido, (3-D), 15h30m, 18h20m, 21h10m. Sala 04 (286 lu-gares): Malévola, (3-D), dub, 14h05m, 16h20m;leg, 18h40m, 20h55m. Sala 05 (159 lugares): Oshomens são de Marte... E é para lá que eu vou,13h30m, 16h, 18h30m, 20h50m. Sala 06 (156lugares): No limite do amanhã, (3-D), 13h20m,15h40m, 18h, 20h40m. Sala 07 (172 lugares): X-Men: dias de um futuro esquecido, 13h50m,19h40m; e No limite do amanhã, 17h05m,22h30m. Sala 08 (297 lugares): Os homens são deMarte... Eépara láqueeuvou, 14h30m,16h50m,19h10m,21h30m.Sala09 (154 lugares):Malévo-la, dub, 13h, 15h20m; leg, 17h35m, 19h50m,22h05m.Sala 10 (172 lugares): X-Men: dias de umfuturo esquecido, (3-D), dub, 13h10m, 16h10m;leg, 21h50m; e Clássicos Cinemark, até Até 4 dejunho (ver programação de filmes). Sala 11 (145 lu-gares): Os homens são de Marte... E é para lá queeu vou, 15h10m, 17h40m, 20h, 22h25m. Sala 12(267 lugares): X-Men: dias de um futuro esqueci-do, (3-D), 14h40m, 17h30m, 20h30m. R$ 13(qua) e R$ 22 (qua, 3-D). Toda semana, na SessãoDesconto, um filme do horário das 15h custa ape-nas R$ 6 (consulte o filme da semana pelo telefo-ne, no site www.cinemark.com.br ou no próprio ci-nema).

> Cinemark VillageMall— Av. das Américas,Barra. Sala 1 (86 lugares): Malévola, (3-D), dub,13h10m, 15h50m; leg, 18h30m, 21h; e pré-es-treia de A culpa é das estrelas, 0h01m. Sala 2 (86lugares): Os homens são de Marte... E é para lá queeu vou, 13h50m, 16h20m, 19h, 21h30m. Sala 3(86 lugares): X-Men: dias de um futuro esquecido,(3-D), 14h30m, 22h30m. Sala 4 (72 lugares): Oespetacular Homem-Aranha 2: a ameaça de Elec-tro , (3-D), dub, 13h30m; Godzi l la , (3-D),16h50m; e No limite do amanhã, (3-D), 19h30m,22h. R$ 43 (qua) e R$ 46 (qua, 3-D).

> Cinesystem Recreio Shopping— Av. dasAméricas 19.019, Recreio dos Bandeirantes —4003-7049. Sala 1 (286 lugares): Malévola, (3-D),dub, 14h40m; leg, 16h45m, 18h55m, 21h05m.Sala 2 (286 lugares): X-Men: dias de um futuro es-quecido, (3-D), dub, 14h15m; leg, 16h55m, 22h;e No limite do amanhã, (3-D), 19h35m. Sala 3(212 lugares): No limite do amanhã, 14h05m,16h35m, 19h05m, 21h35m. Sala 4 (212 luga-res): X-Men: dias de um futuro esquecido,13h50m, 16h30m, 19h10m; e Godz i l la ,21h50m. Sala 5 (203 lugares): Os homens são deMarte... Eépara láqueeuvou, 14h45m,17h05m,19h25m, 21h45m. R$ 17 (seg, ter e qua) e R$ 23(seg, ter equa,3-D).PromoçãoTerçaMaisCinema:ingressos a R$ 9 (salas 2-D) e R$ 11,50 (salas 3-D). Promoção Lady Quarta: toda segunda quarta-feira do mês, mulheres pagam meia-entrada (in-clusivenassalas3-D).PromoçãodoBeijo: àsquin-tas-feiras, o casal que der um beijo na bilheteriapaga R$ 16 (o casal) ou R$ 23 (o casal, 3-D). Pro-moçõespor tempo indeterminadoenãoválidaspa-ra feriados.

> Espaço Rio Design— Rio Design Barra, 3º piso,Av. das Américas 7.777, Barra — 2438-7590. Sa-la 1 (149 lugares): Malévola, (3-D), 14h20m,19h20m; e X-Men: dias de um futuro esquecido,(3-D), 16h30m, 21h30m. Sala 2 (88 lugares): OshomenssãodeMarte... Eépara láqueeuvou, 14h,16h, 18h, 20h, 22h; Getúlio, 15h, 17h, 19h; eGodzilla, 21h. R$ 21 (qui e seg a qua), R$ 28 (qui eseg a qua, 3-D) e R$ 36 (qui e seg a qua, Sala VIP).

> Estação Barra Point— Barra Point Shopping,3º piso, Av. Armando Lombardi 350, Barra —3419-7431. Sala 1 (165 lugares): Eu, mamãe e osmeninos, 15h, 19h15m; e Walesa, 16h50m,21h. Sala 2 (165 lugares): O que os homens falam,

15h30m, 17h30m, 19h30m, 21h30m. R$ 20(qua).

> UCI New York City Center— Av. das Américas5.000,Barra—2461-1818.Sala01 (168 lugares):Godzilla, 13h, 15h40m, 18h20m, 21h40m. Sala02 (238 lugares): Malévola, (3-D), dub, 14h10m,16h20m, 18h30m, 20h40m. Sala 03 (383 luga-res): Os homens são de Marte... E é para lá que euvou, 14h30m, 16h50m, 19h10m, 21h30m. Sala04/IMAX (383 lugares): No limite do amanhã, (3-D), dub, 14h50m; leg, 17h15m, 19h40m,22h05m.Sala05 (299 lugares):X-Men:diasdeumfuturo esquecido, 13h30m, 16h10m, 18h50m,21h30m. Sala 06 (173 lugares): O espetacular Ho-mem-Aranha 2: a ameaça de Electro, dub,13h40m, 19h30m; leg, 16h35m, 22h25m. Sala07 (158 lugares):Rio2, dub,16h30m;eS.O.SMu-lheres ao mar, 14h25m, 18h45m, 20h50m. Sala08/De Lux (297 lugares): No limite do amanhã, (3-D), 14h, 16h25m, 18h50m, 21h15m. Sala 09/DeLux (159 lugares): Malévola, (3-D), dub, 17h10m,21h40m; leg, 14h40m, 19h30m. Sala 10 (166 lu-gares ) : Getú l io , 13h40m, 15h50m, 18h,20h10m, 22h20m. Sala 11 (215 lugares): X-Men:dias de um futuro esquecido, 14h25m, 17h05m,19h45m, 22h25m. Sala 12 (252 lugares): X-Men:dias de um futuro esquecido, (3-D), dub, 21h30m;leg, 13h30m, 16h10m; e Godzi l la , (3-D),18h50m. Sa la 13 (383 lugares): Malévola ,13h30m, 15h40m, 17h50m, 20h, 22h10m. Sala14 (252 lugares): Malévola, (3-D), 13h, 15h10m,17h20m, 19h30m, 21h40m. Sala 15 (215 luga-res): No limite do amanhã, 14h10m, 16h40m,19h10m, 21h40m. Sala 16 (166 lugares): X-Men:dias de um futuro esquecido, dub, 15h10m,17h50m, 20h30m. Sala 17 (297 lugares): Os ho-mens são de Marte... E é para lá que eu vou,13h40m,16h,18h20m,20h40m.Sala 18 (277 lu-gares):OshomenssãodeMarte... Eépara láqueeuvou, 14h40m, 17h, 19h20m, 21h40m. R$ 13(qua), R$ 24 (qua, IMAX), R$ 25 (seg, ter e qua, 3-D), R$ 26 (qua, IMAX, 3-D), R$ 45 (seg, ter e qua,DeLux) e R$ 47 (seg, ter e qua, DeLux, 3-D). SessãoFamília: ingressos a R$ 16 (sáb, dom e feriados,até as 13h55m). Ticket Família: na compra dequatro ingressos—2adultose2criançasdeaté12anos —, a família paga R$ 50 (2-D), R$ 63 (3-D),R$ 61 (IMAX 2-D), R$ 81 (IMAX 3-D). Promoçõespor tempo indeterminado.Segunda Mania: às se-gundas, ingressos a R$ 9 (inteira) e R$ 4,50(meia), para filmes em 2-D, e R$ 11(inteira) e R$5,50 (meia), para filmes em 3-D. Promoção nãocumulativa, por tempo indeterminado. Não é váli-da em feriados, vésperas de feriados, sala IMAX eDeLux, e para filmes em 3-D digital.

ZonaNorte> CineCarioca Méier— Rua Dias da Cruz, Méier— 24612461. Sala 1 (164 lugares): Malévola, (3-D), dub, 14h, 16h20m, 18h40m; leg, 21h. Sala 2(116 lugares): X-Men: dias de um futuro esqueci-do, dub, 15h; leg, 17h50m, 20h40m. Sala 3 (114lugares): Os homens são de Marte... E é para lá queeu vou, 14h10m, 16h30m, 19h, 21h30m. R$ 15(seg, ter e qua) e R$ 19 (seg, ter e qua, 3-D). Segun-da Irresistível: R$ 9 e R$ 11 (3-D). Promoção portempo indeterminado e não válida para feriados.

> Cinemark Carioca— Carioca Shopping, Av. Vi-cente Carvalho 909, Vicente de Carvalho — 3688-2340. Sala 1 (282 lugares): X-Men: dias de um fu-turo esquecido, (3-D), dub, 13h10m, 16h10m,18h55m, 22h10m. Sala 2 (188 lugares): X-Men:dias de um futuro esquecido, (3-D), dub, 15h10m,17h55m, 21h10m. Sala 3 (188 lugares): Malévo-la, (3-D), dub, 12h40m, 14h50m, 17h10m,19h20m, 21h40m. Sala 6 (228 lugares): Os ho-mens são de Marte... E é para lá que eu vou,13h30m, 15h50m, 18h20m, 20h55m. Sala 7(188 lugares): Rio 2, dub, 14h; O espetacular Ho-mem-Aranha 2: a ameaça de Electro, dub,16h40m, 22h20m; e Godzilla, dub, 19h50m.Sala8 (282 lugares): Os homens são de Marte... E é paralá que eu vou, 14h30m, 16h50m, 20h15m,22h40m. R$ 12 (qua) e R$ 15 (qua, 3-D). Toda se-mana, na Sessão Desconto, um filme do horáriodas 15h custa apenas R$ 6 (consulte o filme da se-mana pelo telefone, no site www.cinemark.com.brou no próprio cinema).

> CinesystemVia Brasil Shopping— Rua Itape-ra 500, Vista Alegre — 4003-7049. Sala 1 (143 lu-gares): Godzilla, dub, 13h55m, 19h10m; e O es-petacular Homem-Aranha 2: a ameaça de Electro,dub, 16h25m, 21h40m. Sala 2 (192 lugares): Nolimite do amanhã, (3-D), dub, 13h50m, 16h20m,18h50m; leg, 21h20m. Sala 3 (161 lugares): Oshomens são de Marte... E é para lá que eu vou,14h50m, 17h10m, 19h30m, 21h50m. Sala 4(267 lugares): Malévola, (3-D), dub, 14h25m,18h40m, 21h; leg, 16h30m. Sala 5 (213 lugares):X-Men: dias de um futuro esquecido, (3-D), dub,14h10m, 19h20m, 22h; leg, 16h45m. Sala 6(184 lugares): Os homens são de Marte... E é paralá que eu vou, 14h15m, 16h35m, 18h55m,21h15m. R$ 15 (seg, ter e qua) e R$ 21 (seg, ter equa,3-D).PromoçãoTerçaMaisCinema: ingressosa R$ 9 (salas 2-D) e R$ 11,50 (salas 3-D). Promo-ção Lady Quarta: toda segunda quarta-feira domês, mulheres pagam meia-entrada (inclusive nassalas 3-D). Promoção do Beijo: às quintas-feiras, ocasal que der um beijo na bilheteria paga R$ 14 (ocasal) ou R$ 21 (o casal, 3-D). Promoções por tem-po indeterminado e não válidas para feriados.

> KinoplexMadureira— Estrada do Portela 222,Madureira — 2461-2461. Sala 1 (197 lugares): Nolimite do amanhã, (3-D), dub, 14h10m, 16h30m,18h50m; leg, 21h10m.Sala 2/Evolution (222 luga-res): Malévola , (3-D), dub, 14h, 16h20m,18h40m; leg,21h.Sala 3 (183 lugares):X-Men:di-as de um futuro esquecido, dub, 14h30m,17h30m, 20h30m. Sala 4 (183 lugares): Os ho-mens são de Marte... E é para lá que eu vou,14h20m, 16h40m, 19h, 21h20m. Sala 5 (225 lu-gares): X-Men: dias de um futuro esquecido, (3-D),dub, 15h10m, 18h; leg, 20h50m. R$ 13 (qua), R$15(qua,3-DeEvolution2-D)eR$17(qua,Evoluti-on 3-D). Promoção Todo Mundo Paga Meia: às se-gundas e às terça-feiras, meia-entrada para todos.Promoção por tempo indeterminado.

> Kinoplex Nova América— Shopping NovaAmérica, Av. Martin Luther King Jr. 126, Del Casti-lho—2461-2461.Sala 1 (206 lugares):Oshomens

são de Marte... E é para lá que eu vou, 14h30m,16h50m, 19h10m, 21h30m. Sala 2 (144 lugares):Godzilla, dub, 14h50m, 20h50m; e O espetacularHomem-Aranha 2: a ameaça de Electro, dub,17h50m. Sala 3 (183 lugares): No limite do ama-nhã, 14h20m, 16h40m, 19h, 21h20m. Sala 4(155 lugares): Malévola, dub, 15h50m, 18h10m,20h30m. Sala 5 (274 lugares): X-Men: dias de umfuturo esquecido, (3-D), dub, 15h30m, 18h20m;leg, 21h10m. Sala 6 (311 lugares): X-Men: dias deum futuro esquecido , dub, 15h, 17h50m,20h40m. Sala 7 (285 lugares): Malévola, (3-D),dub, 14h, 16h20m, 18h40m; leg, 21h. R$ 16(qua) eR$21(qua,3-D).Segunda Irresistível:R$9e R$ 11 (3-D). Promoção não válida para feriados.

> Kinoplex Shopping Tijuca— Av. Maracanã987, Tijuca — 2461-2461. Sala 1 (340 lugares):Malévola, (3-D), dub,14h,16h20m; leg,18h40m,21h. Sala 2 (264 lugares): Os homens são de Mar-te.. . E é para lá que eu vou, 14h40m, 17h,19h20m, 21h40m. Sala 3 (197 lugares): Getúlio,14h20m, 16h40m, 19h, 21h20m. Sala 4 (264 lu-gares): No limite do amanhã, (3-D), 14h30m,16h50m, 19h10m, 21h30m.Sala 5 (340 lugares):X-Men: dias de um futuro esquecido, (3-D), dub,15h; leg, 17h50m, 20h40m. Sala 6 (405 lugares):X-Men: dias de um futuro esquecido, 15h30m,18h20m, 21h10m. R$ 21 (qua) e R$ 29 (seg, ter equa, 3-D).

> Multiplex Jardim Guadalupe— Shopping Jar-dim Guadalupe, loja 301, Av. Brasil 22.155, Gua-dalupe — 3178-8600.Sala 1 (271 lugares): X-Men:dias de um futuro esquecido, dub, 15h30m,18h30m, 21h30m. Sala 2 MAX Screen (392 luga-res): Os homens são de Marte... E é para lá que euvou, 16h, 18h30m, 21h. Sala 3 (242 lugares): Ma-lévola, dub, 16h15m, 18h45m, 21h15m. Sala 4MAX Screen (392 lugares): X-Men: dias de um futu-ro esquecido, (3-D), dub, 15h15m, 18h15m,21h15m. Sala 5 (316 lugares): Malévola, (3-D),dub, 17h30m, 19h30m; e No limite do amanhã,(3-D), dub, 15h15m, 21h30m. R$ 6 (seg, ter equa) e R$ 8 (seg, ter e qua, Salas 3-D).

> Ponto Cine— Guadalupe Shopping, 1º piso, Es-trada do Camboatá 2.300, Guadalupe — 3106-9995. (73 lugares): Getúlio, 14h, 18h; e Praia doFuturo, 16h, 20h. R$ 6.

> Shopping Iguatemi— Rua Barão de São Fran-cisco 236, 3º piso, Vila Isabel — 2461-2461. Sala 1(240 lugares): X-Men: dias de um futuro esqueci-do, (3-D), dub, 14h30m, 17h30m; leg, 20h30m.Sala 2 (156 lugares): No limite do amanhã,14h20m, 16h40m, 19h, 21h20m. Sala 3 (156 lu-gares): X-Men: dias de um futuro esquecido, dub,15h30m, 18h10m, 20h50m.Sala 4 (188 lugares):Malévola, dub, 14h, 16h20m, 18h40m, 21h. Sala5 (155 lugares): Os homens são de Marte... E é paralá que eu vou, 14h15m, 16h50m, 19h10m,21h30m. Sala 6 (152 lugares): Malévola, dub,15h50m, 18h10m, 20h40m. Sala 7 (146 lugares):Getúlio, 13h50m, 18h50m; e X-Men: dias de umfuturo esquecido, 16h, 21h10m. R$ 15 (qua) e R$21 (seg, ter e qua, 3-D). Segunda Irresistível: R$ 9 eR$ 11 (3-D). Promoção por tempo indeterminado,não válida para feriados.

> UCI Kinoplex— Pátio NorteShopping, Av. DomHelder Câmara 5.474, Cachambi — 2461-0050.Sala 01 (244 lugares): Malévola, (3-D), dub,15h30m, 20h, 22h15m; leg, 13h15m, 17h45m.Sala 02 (182 lugares): Os homens são de Marte... Eé para lá que eu vou, 13h40m, 16h05m, 18h30m,21h. Sala 03 (170 lugares): No limite do amanhã,(3-D), dub, 16h30m, 21h30m; leg, 14h, 19h. Sala04 (178 lugares): Malévola, dub, 14h45m, 17h,19h30m, 21h45m. Sala 05 (471 lugares): X-Men:dias de um futuro esquecido, dub, 13h30m,17h10m, 20h, 22h35m. Sala 06 (471 lugares): Oshomens são de Marte... E é para lá que eu vou,14h10m, 16h25m, 18h50m, 21h15m. Sala 07(165 lugares): Godzilla, dub, 13h; O espetacularHomem-Aranha 2: a ameaça de Electro, dub,15h30m; e Getúlio, 18h25m, 20h40m. Sala 08(159 lugares): X-Men: dias de um futuro esqueci-do, 14h20m, 17h, 19h40m, 22h20m. Sala 09(166 lugares) : Malévola , (3-D), dub, 14h,16h15m, 20h45m; leg, 18h30m. Sala 10 (230 lu-gares): X-Men: dias de um futuro esquecido, (3-D),dub,13h,15h45m,21h15m; leg,18h30m.R$14(qua) e R$ 20 (qua, 3-D). Sessão Família: R$ 14(sáb, dom e feriados, até as 13h55m). Ticket Famí-lia: na compra de quatro ingressos — 2 adultos e 2crianças de até 12 anos —, a família paga R$ 50(2-D) ou R$ 61 (3-D). Segunda Mania: R$ 9 e R$11 (3-D). Promoções por tempo indeterminado.

Centro> Cine Santa— Largo dos Guimarães, Rua Pas-choal Carlos Magno 136, Santa Teresa — 2222-0203. (54 lugares): O que os homens falam, 14h,19h20m; Setenta, 15h45m; A farra do Circo,17h30m; e Praia do Futuro, 21h10m. R$ 18 (seg,ter e qua).

> Odeon Petrobras— Praça Floriano 7, Centro —2240-1093. (600 lugares): Rio em chamas,14h20m, 18h40m; e Praia do Futuro, 16h30m,21h. R$ 16.

Ilha> Cinesystem Ilha Plaza— Ilha Plaza Shopping,3º piso, Av. Maestro Paulo e Silva 400, Jardim Cari-oca — 4003-7049. Sala 1 (292 lugares): Os ho-mens são de Marte... E é para lá que eu vou, 14h,17h10m, 19h30m, 21h50m. Sala 2 (206 lugares):X-Men: dias de um futuro esquecido, 14h05m,19h20m, 22h; e Godzilla, 16h45m.Sala 3 (206 lu-gares): O espetacular Homem-Aranha 2: a ameaçade Electro, 13h50m; e No limite do amanhã,16h35m, 19h05m, 21h35m.Sala 4 (292 lugares):Malévola, (3-D), dub, 14h15m; leg, 19h05m,21h15m; e X-Men: dias de um futuro esquecido,(3-D), 16h25m. R$ 17 (seg, ter e qua) e R$ 23 (quie seg a qua, 3-D). Promoção Terça Mais Cinema:meia-entrada em todas as salas. Promoção LadyQuarta: toda segunda quarta-feira do mês, mulhe-res pagam meia-entrada (inclusive nas salas 3-D).Promoção do Beijo: às quintas-feiras, o casal que

der um beijo na bilheteria paga R$ 16 (o casal) ouR$ 22 (o casal, 3-D). Promoções por tempo inde-terminado e não válidas para feriados.

ZonaOeste> Cine 10 Sulacap— Av. Marechal Fontenelle3.555, Jardim Sulacap. Sala 1 (406 lugares): X-Men: dias de um futuro esquecido, (3-D), dub,14h35m, 21h35m; e Malévola, (3-D), dub,17h15m, 19h25m.Sala 2 (235 lugares): Malévola,dub, 14h20m, 16h30m, 18h40m, 21h. Sala 3(255 lugares):OshomenssãodeMarte... Eépara láque eu vou, 15h, 17h20m, 19h40m, 22h. Sala 4(239 lugares): X-Men: dias de um futuro esqueci-do, dub, 13h55m, 16h35m, 19h15m, 21h55m.Sala 5 (137 lugares): No limite do amanhã, dub,14h10m, 16h40m, 19h10m, 21h40m. Sala 6(101 lugares): Godzilla, dub, 13h45m, 19h05m; eO espetacular Homem-Aranha 2: a ameaça deElectro, dub, 16h20m, 21h50m. R$ 13 (seg, ter equa) e R$ 19 (seg, ter e qua, 3-D). Promoção TerçaMais Cinema: ingressos a R$ 8 (salas 2-D) e R$ 10(salas 3-D). Promoção por tempo indeterminado enão válidas para feriados.

> Cine Sesc Freguesia Rioshopping— RioShop-ping, salas 205-207, Rua Gabinal 313, Freguesia— 2189-8481. Sala 1 (158 lugares): Malévola,dub, 15h50m, 17h40m, 19h30m, 21h20m. Sala2 (94 lugares): Rio 2, dub, 14h20m; e O espetacu-lar Homem-Aranha 2: a ameaça de Electro, dub,16h20m,19h,21h30m.Sala 3 (92 lugares):Osho-mens são de Marte... E é para lá que eu vou,15h20m, 17h30m, 19h40m, 21h40m. R$ 10(qua, exceto feriados).

> Cinesercla PátioMix Itaguaí— Shopping Páti-oMix Costa Verde, 1° piso, Rodovia Rio-Santos s/nº,lote B, Zona Industrial — 3781-8794. Sala 1 (116lugares): X-Men: dias de um futuro esquecido, dub,13h50m, 16h10m, 18h35m, 21h. Sala 2 (171 lu-gares): Malévola , dub, 14h40m, 16h40m,18h40m, 20h40m. Sala 3 (175 lugares): X-Men:dias de um futuro esquecido, (3-D), dub, 14h,18h30m; e No limite do amanhã, (3-D), dub,16h30m, 20h55m. Sala 4 (119 lugares): Os ho-mens são de Marte... E é para lá que eu vou,14h45m, 16h45m, 18h45m, 20h45m. R$ 16(seg e qua) e R$ 20 (seg e qua, 3-D). Segunda equarta-feira, todos pagam meia. Promoção portempo indeterminado, não válida para feriados esalas 3-D.

> Cinesystem Bangu Shopping— Rua Fonseca,Bangu — 4003-7049. Sala 1 (371 lugares): Malé-vola, (3-D), dub, 14h15m, 18h45m, 21h; leg,16h30m. Sala 2 (368 lugares): X-Men: dias de umfuturo esquecido, (3-D), dub, 14h, 16h40m,21h50m; e No limite do amanhã, (3-D), dub,19h20m. Sala 3 (197 lugares): O espetacular Ho-mem-Aranha 2: a ameaça de Electro, dub,13h55m, 19h15m; e Godzilla, dub, 16h45m,22h.Sala 4 (187 lugares):X-Men:diasdeumfuturoesquecido, dub, 13h45m, 16h25m, 19h05m,21h45m. Sala 5 (211 lugares): No limite do ama-nhã, dub, 13h40m, 16h10m, 18h40m, 21h10m.Sala 6 (201 lugares): Os homens são de Marte... E épara lá que eu vou, 14h45m, 17h05m, 19h25m,21h55m. R$ 15 (ter e qua) e R$ 22 (ter e qua, 3-D).Promoção Terça Mais Cinema: ingressos a R$ 9(salas 2-D) e R$ 11,50 (salas 3-D). Promoção LadyQuarta: toda segunda quarta-feira do mês, mulhe-res pagam meia-entrada (inclusive nas salas 3-D).Promoção do Beijo: às quintas-feiras, o casal queder um beijo na bilheteria paga R$ 15 (o casal) ouR$ 22 (o casal, 3-D). Promoções por tempo inde-terminado e não válidas para feriados.

> KinoplexWest Shopping— West Shopping, lo-ja 401-E, Estrada do Mendanha 550, Campo Gran-de — 2461-2461. Sala 1 (223 lugares): Os homenssão de Marte... E é para lá que eu vou, 14h30m,16h50m, 19h10m, 21h30m.Sala 2 (221 lugares):X-Men: dias de um futuro esquecido, (3-D), dub,15h, 17h50m, 20h40m. Sala 3 (202 lugares): X-Men: dias de um futuro esquecido, dub, 15h30m,18h20m, 21h10m. Sala 4 (133 lugares): No limitedo amanhã , dub, 14h20m, 16h40m, 19h,21h20m. Sala 5/Evolution (285 lugares): Malévola,(3-D), dub, 14h, 16h20m, 18h40m, 21h. R$ 13(qua), R$ 15 (qua, Evolution), R$ 21 (qua, 3-D) eR$ 23 (qua, Evolution 3-D). Promoção Todo MundoPaga Meia: às segundas e às terça-feiras, meia-en-trada para todos. Promoção portempo indetermi-nado e não válida em feriados.

> UCI ParkShopping Campo Grande— Estradado Monteiro 1.200, Campo Grande. Sala 1 (347 lu-gares): Malévola, (3-D), dub, 14h10m, 16h20m,18h30m; leg, 20h40m. Sala 2 (182 lugares): Oshomens são de Marte... E é para lá que eu vou,14h10m, 16h30m, 18h50m, 21h10m. Sala 3(170 lugares): Malévola, dub, 13h30m, 15h40m,17h50m, 20h, 22h10m. Sala 4 (321 lugares): Oshomens são de Marte... E é para lá que eu vou, 13h,15h20m, 17h40m, 20h, 22h20m. Sala 5 (184 lu-gares): No limite do amanhã, (3-D), dub, 14h10m,16h35m, 19h, 21h25m. Sala 6 (124 lugares):Godzilla, dub, 13h; O espetacular Homem-Aranha2: a ameaça de Electro, dub, 15h40m; e X-Men: di-as de um futuro esquecido, dub, 18h35m; leg,21h15m. Sala 7 (325 lugares): X-Men: dias de umfuturo esquecido, (3-D), dub, 13h, 15h40m,18h20m; leg, 21h. R$ 13 (qua), R$ 15 (qua, SalaXPlus), R$ 22 (qua, 3-D), R$ 23 (seg, ter e qua, 3-D) e R$ 25 (qua, Sala XPlus 3-D). Sessão Família:ingressos a R$ 13 (sáb, dom e feriados, até as13h55m). Ticket Família: na compra de quatro in-gressos — 2 adultos e 2 crianças de até 12 anos —,a família paga R$ 47 (2-D), R$ 59 (3-D), R$ 52(XPlus 2D), R$ 67 (XPlus 3-D). Promoções portempo indeterminado.

Baixada> Cinemaxx Imperial— Rua Dominique Level30, Centro, Paracambi. (272 lugares): X-Men: diasde um futuro esquecido, dub, 16h, 18h30m, 21h.R$ 10 (seg e qua, exceto feriados, até às 17h59m) eR$ 12 (seg e qua, exceto feriados, após as 18h).

> Cinemaxx Unigranrio Caxias— Rua Marquêsde Herval 1.216, loja A, box 306, Jardim 25 deAgosto, Duque de Caxias — 2672-2875. Sala 1(120 lugares): X-Men: dias de um futuro esqueci-do, dub, 15h, 17h40m, 20h20m. Sala 2 (195 luga-res): Malévola, dub, 14h30m, 16h30m, 18h30m,20h30m. R$ 10 (seg, ter e qua, exceto feriados). Àssegundas, quartas e domingos, todos pagam meia-

entrada .Promoçãopor tempo indeterminadoenãoválida para feriados e salas 3-D.

> Cinesercla Nilópolis Square— Rua ProfessorAlfredo Gonçalves Filgueiras 100, Centro, Nilópolis— 2792-0824. Sala 1 (172 lugares): X-Men: diasde um futuro esquecido , (3-D) , dub, 14h,18h30m; e No limite do amanhã, (3-D), dub,16h30m,20h55m.Sala 2 (102 lugares):Malévola,dub, 14h40m, 16h40m, 18h40m, 20h40m. Sala3 (102 lugares): X-Men: dias de um futuro esqueci-do, dub, 20h45m; e Os homens são de Marte... E épara lá que eu vou, 14h45m, 16h45m, 18h45m.R$ 8 (seg e qua), R$ 10, R$ 11 (seg e qua, 3D) e R$12 (, 3-D). Às segundas e quartas-feiras, meia-en-trada para todos. Promoção por tempo indetermi-nado e não válida para feriados e salas 3-D.

> KinoplexGrandeRio—RodoviaPresidenteDu-tra 4.200, Jardim José Bonifácio, São João de Meri-ti — 2461-2461. Sala 1 (304 lugares): Malévola,(3-D), dub, 14h, 16h20m, 18h40m, 21h. Sala 2(305 lugares): X-Men: dias de um futuro esqueci-do, (3-D), dub, 15h, 17h50m, 20h40m. Sala 3(231 lugares): X-Men: dias de um futuro esqueci-do, dub, 15h30m, 18h20m, 21h10m. Sala 4 (232lugares): Malévola, dub, 15h50m, 18h10m,20h30m. Sala 5 (304 lugares): No limite do ama-nhã , (3-D) , dub, 14h20m, 16h40m, 19h,21h20m. Sala 6 (305 lugares): Os homens são deMarte... E é para lá que eu vou, 14h10m, 16h30m,18h50m, 21h15m. R$ 14 (qua) e R$ 21 (qua, 3-D). Segunda Irresistível: R$ 9 e R$ 11 (3-D). Pro-moção não válida para feriados.

> Kinoplex Topshopping— Top Shopping, 2º pi-so, Rua Governador Roberto Silveira 540, Centro,Nova Iguaçu — 2461-2461. Sala 1 (222 lugares):X-Men: dias de um futuro esquecido, (3-D), dub,15h10m, 18h, 20h50m. Sala 2 (234 lugares): Ma-lévola, (3-D), dub, 14h, 16h20m, 18h40m, 21h.Sala 3 (200 lugares): Os homens são de Marte... E épara lá que eu vou, 14h20m, 16h40m, 19h,21h20m. R$ 15 (qua) e R$ 21 (seg, ter e qua, 3-D).Segunda Irresistível: R$ 9 e R$ 11 (3-D). Promo-ção não válida para feriados.

> Multiplex Caxias Shopping— Caxias Shop-ping, 2º piso, Rodovia Washington Luiz 2.895, Par-que Duque, Duque de Caxias — 2784-2240. Sala 1(392 lugares): X-Men: dias de um futuro esqueci-do, (3-D), dub, 14h, 16h30m, 19h, 21h30m. Sala2 (273 lugares): Os homens são de Marte... E é paralá que eu vou, 15h30m, 17h30m, 19h30m,21h30m. Sala 3 (254 lugares): Malévola, (3-D),dub, 14h15m, 16h30m; e No limite do amanhã,(3-D), dub, 19h, 21h30m. Sala 4 (204 lugares): X-Men: dias de um futuro esquecido, dub, 14h15m,16h45m, 19h15m, 21h45m.Sala 5 (193 lugares):Malévola, dub, 15h, 17h, 19h, 21h.Sala 6 (193 lu-gares): Malévola, dub, 14h, 16h, 18h, 20h; e God-zilla, dub, 21h45m. R$ 12 (seg, ter e qua) e R$ 16(seg, ter e qua, 3-D).

Niterói/SãoGonçalo> Bay Market— Av. Visconde do Rio Branco 360,loja 3, Centro — 2461-2461. Sala 1 (221 lugares):No limite do amanhã, dub, 14h20m, 16h40m,19h,21h20m.Sala 2 (221 lugares):Oshomenssãode Marte... E é para lá que eu vou, 14h10m,16h30m, 18h50m, 21h10m.Sala 3 (207 lugares):Malévola, (3-D), dub, 14h, 16h20m, 18h40m,21h. Sala 4 (207 lugares): X-Men: dias de um futu-ro esquecido, (3-D), dub, 15h10m, 18h, 20h50m.R$ 15 (qua) e R$ 18 (qua, 3-D). Segunda Irresistí-vel: R$ 9 e R$ 11 (3-D). Promoção por tempo inde-terminado, não válida para feriados.

> Cinemark Plaza Shopping— Plaza Shopping,3º piso, Rua Quinze de Novembro 8, Centro —2722-3926. Sala 1 (207 lugares): No limite doamanhã , (3 -D) , 12h55m, 15h30m, 18h,20h35m. Sala 2 (301 lugares): Malévola, dub,13h05m; Clássicos Cinemark, até Até 4 de junho(ver programação de filmes); e X-Men: dias de umfuturo esquecido, 15h20m. Sala 3 (345 lugares):X-Men: dias de um futuro esquecido, (3-D),15h40m,18h55m,21h45m.Sala 4 (345 lugares):Os homens são de Marte... E é para lá que eu vou,15h, 17h35m, 20h, 22h30m. Sala 5 (195 luga-res) : Malévola , (3-D), 14h45m, 17h10m,19h40m; e pré-estreia de A culpa é das estrelas,0h01m. Sala 6 (225 lugares): Godzilla, 14h,19h20m; e Getúlio, 16h50m, 22h10m. Sala 7(317 lugares): Os homens são de Marte... E é paralá que eu vou, 13h30m, 16h05m, 18h40m,21h20m. Sala 8 (225 lugares): X-Men: dias de umfuturo esquecido, (3-D), 14h20m, 17h25m,20h20m. R$ 17 (qua) e R$ 21 (qua, 3-D). Toda se-mana,naSessãoDesconto,umfilmedohoráriodas15h custa apenas R$ 6 (consulte o filme da sema-na pelo telefone, no site www.cinemark.com.br ouno próprio cinema).

> Cinépolis Box São Gonçalo— Rodovia Niterói-Manilha, Km 8,5, Boa Vista — 2461-2090. Sala 1(169 lugares): O espetacular Homem-Aranha 2: aameaça de Electro, dub, 14h20m, 17h30m,20h30m. Sala 2 (159 lugares): Malévola, (3-D),dub, 14h, 16h30m, 19h; e No limite do amanhã,(3-D), dub, 21h30m. Sala 3 (169 lugares): Os ho-mens são de Marte... E é para lá que eu vou,13h30m, 16h, 18h30m, 21h. Sala 4 (169 luga-res): Rio 2, dub, 13h; e Godzilla, dub, 15h30m,18h15m, 21h15m. Sala 5 (169 lugares): No limitedo amanhã, dub, 14h10m, 16h40m, 19h15m; eMalévola, dub, 21h45m. Sala 6 (169 lugares): X-Men: dias de um futuro esquecido, dub, 13h50m,16h50m, 19h40m, 22h20m.Sala 7 (215 lugares):Os homens são de Marte... E é para lá que eu vou,14h30m, 17h, 19h30m, 22h. R$ 14 (qui e seg aqua, exceto feriados) e R$ 20 (qui e seg a qua, exce-to feriados, 3-D).

> CinEspaço Boulevard— Boulevard Shopping,3º piso, Av. Presidente Kennedy 425, Centro —2606-4855. Sala 1 (271 lugares): Os homens sãode Marte... E é para lá que eu vou, 13h40m,15h40m, 17h40m, 19h40m, 21h40m. Sala 2(272 lugares): X-Men: dias de um futuro esqueci-do, dub, 13h30m, 16h, 18h30m, 21h.Sala 3 (194lugares):Malévola, (3-D), dub,13h30m,15h30m,17h30m; leg,19h30m;eX-Men:diasdeumfuturoesquecido, (3-D), 21h30m. Sala 4 (118 lugares):Godzilla, dub, 13h50m, 18h50m; e O espetacularHomem-Aranha 2: a ameaça de Electro, dub,16h10m, 21h20m. Sala 5 (143 lugares): No limitedo amanhã , dub, 14h, 16h20m, 18h40m,21h10m. Sala 6 (137 lugares): Malévola, dub,13h40m, 15h40m, 17h40m, 19h40m, 21h40m.R$ 13 (qui, ter e qua) e R$ 19 (qui e seg a qua, exce-to feriados, 3-D).

NOS BAIRROS

Os endereços das salas de exibição e os preços dassessões estão na seção Nos Bairros.

Pré-Estreia> ‘A culpa édas estrelas’. “The fault inour stars”.De Josh Boone (EUA, 2014). Com Shailene Wood-ley, Ansel Elgort, Nat Wolff.Drama. Diagnosticada com câncer, Hazel GraceLancaster se mantém viva graças a uma droga ex-perimental. A jovem é forçada pelos pais a partici-par de um grupo de apoio, onde conhece AugustusWaters, que vai mudar sua vida. 125 minutos. Nãorecomendado para menores de 10 anos.Barra/Recreio: Cinemark VillageMall 1: 0h01m.Niterói/São Gonçalo: Cinemark Plaza Shopping 5:0h01m.Zona Sul: Cinemark Botafogo 6: 0h01m. CinépolisLagoon 1: 0h01m.

Estreia> ‘A farra do Circo’. De Roberto Berliner, PedroBronz (Brasil, 2013).Documentário. Um retrato da geração que, na dé-cada de 1980, foi responsável pela iniciativa movi-daasonhosquedepois ficouconhecidacomoCircoVoador, uma casa na Lapa. 94 minutos. Não reco-mendado para menores de 14 anos.Centro: Cine Santa Teresa: 17h30m. FundiçãoProgresso - Cineclube Digital: Rua dos Arcos, 24,seg a sex, às 19h.Zona Sul: Cine Joia: 21h. Espaço Itaú de Cinema 5:18h50m. Estação Gávea 4: 17h30m.

> ‘Grand Central’. “Grand Central”. De RebeccaZlotowski (França, 2014). Com Tahar Rahim, LéaSeydoux, Olivier Gourmet.Drama. O jovem Gary é ágil e aprende depressa. Debiscate em biscate, ele acaba por ser contratadonuma central nuclear. Perto dos reatores, encontrafinalmente o que procurava: dinheiro, uma equipe,uma família. Mas a equipe também inclui Karole, amulher de Toni, por quem ele se apaixona. 96 mi-nutos. Não recomendado para menores de 12anos.Zona Sul: Estação Rio 2: 16h20m, 20h10m.

> ‘Os homens são de Marte... E é para lá que

eu vou’. De Marcus Baldini (Brasil, 2014). ComMônica Martelli, Paulo Gustavo, Daniele Valente.Comédia. Adaptação da peça de Mônica Martelli.Fernanda é uma mulher livre e independente, mastem dificuldade de encontrar um amor. Ela apostatudo em cada relação, se envolve com diferentes ti-pos de homens e a cada tentativa acredita ter en-contrado seu par ideal. 108 minutos. Não reco-mendado para menores de 14 anos.Baixada: Cinesercla Nilópolis Square 3: 14h45m,16h45m, 18h45m. Kinoplex Grande Rio 6:14h10m, 16h30m, 18h50m, 21h15m. KinoplexTopshopping 3: 14h20m, 16h40m, 19h,21h20m. Multiplex Caxias 2: 15h30m, 17h30m,19h30m, 21h30m.Barra/Recreio: Cinemark Downtown 05: 13h30m,16h, 18h30m, 20h50m. Cinemark Downtown08: 14h30m, 16h50m, 19h10m, 21h30m. Ci-nemark Downtown 11: 15h10m, 17h40m, 20h,22h25m. Cinemark VillageMall 2: 13h50m,16h20m, 19h, 21h30m. Cinesystem RecreioShopping 5: 14h45m, 17h05m, 19h25m,21h45m. Espaço Rio Design 2: 14h, 16h, 18h,20h, 22h. UCI New York City Center 03: 14h30m,16h50m, 19h10m, 21h30m. UCI New York CityCenter 17: 13h40m, 16h, 18h20m, 20h40m.UCI New York City Center 18: 14h40m, 17h,19h20m, 21h40m.Ilha: Cinesystem Ilha Plaza 1: 14h, 17h10m,19h30m, 21h50m.Niterói/São Gonçalo: Bay Market 2: 14h10m,16h30m, 18h50m, 21h10m. Cinemark PlazaShopping 4: 15h, 17h35m, 20h, 22h30m. Cine-mark Plaza Shopping 7: 13h30m, 16h05m,18h40m, 21h20m. Cinépolis Box São Gonçalo 3:13h30m, 16h, 18h30m, 21h. Cinépolis Box SãoGonçalo 7: 14h30m, 17h, 19h30m, 22h. CinEs-paço Boulevard 1: 13h40m, 15h40m, 17h40m,19h40m, 21h40m.Zona Norte: CineCarioca Méier 3: 14h10m,16h30m, 19h, 21h30m. Cinemark Carioca 6:13h30m, 15h50m, 18h20m, 20h55m. Cine-mark Carioca 8: 14h30m, 16h50m, 20h15m,22h40m. Cinesystem Via Brasil Shopping 3:14h50m, 17h10m, 19h30m, 21h50m. Cinesys-tem Via Brasil Shopping 6: 14h15m, 16h35m,18h55m, 21h15m. Kinoplex Madureira 4:14h20m, 16h40m, 19h, 21h20m. Kinoplex No-va América 1: 14h30m, 16h50m, 19h10m,21h30m. Kinoplex Shopping Tijuca 2: 14h40m,17h, 19h20m, 21h40m. Multiplex Jardim Gua-dalupe 2: 16h, 18h30m, 21h. Shopping Iguatemi5: 14h15m, 16h50m, 19h10m, 21h30m. UCIKinoplex 02: 13h40m, 16h05m, 18h30m, 21h.UCI Kinoplex 06: 14h10m, 16h25m, 18h50m,21h15m.Zona Oeste: Cine 10 Sulacap 3: 15h, 17h20m,19h40m, 22h. Cine Sesc Freguesia 3: 15h20m,17h30m, 19h40m, 21h40m. Cinesercla Pátio-Mix 4: 14h45m, 16h45m, 18h45m, 20h45m.

Cinesystem Bangu 6: 14h45m, 17h05m,19h25m, 21h55m. Kinoplex West Shopping 1:14h30m, 16h50m, 19h10m, 21h30m. UCIParkShopping Campo Grande 2: 14h10m,16h30m, 18h50m, 21h10m. UCI ParkShoppingCampo Grande 4: 13h, 15h20m, 17h40m, 20h,22h20m.Zona Sul : Cine Star Special Laura Alvim 2:13h40m, 15h40m, 19h40m, 21h40m. Cine-mark Botafogo 2: 14h40m, 17h20m, 19h40m,22h. Cinemark Botafogo 5: 13h40m, 16h20m,18h40m, 21h. Cinépolis Lagoon 1: 13h30m,16h, 18h30m, 21h. C inépo l i s Lagoon 2:14h30m, 17h, 19h30m, 22h. Espaço Itaú de Ci-nema 6: 14h, 16h, 18h, 20h, 22h. Estação Gávea3: 15h45m, 17h50m, 19h55m, 22h. KinoplexFashion Mall 4: 14h10m, 16h25m, 18h40m,21h20m. Kinop lex São Lu iz 2: 14h10m,16h35m, 19h, 21h30m. Leblon 1: 14h20m,16h40m, 19h, 21h20m. Rio Sul 4: 14h30m,16h50m, 19h10m, 21h30m. Roxy 2: 14h20m,16h40m, 19h, 21h20m.Redondezas: Cine Show Cadima 3: 16h30m,18h40m, 20h50m. Cine Show Nova Friburgo 3:15h30m,17h40m,18h50m,21h.CineShowTe-resópolis 1: 16h55m, 19h05m, 21h15m. Top Ci-ne Hipershopping ABC 1: 15h, 17h, 19h, 21h.

> ‘Malévola’. “Maleficent”. De Robert Stromberg(EUA, 2014). Com Angelina Jolie, Elle Fanning,Sharlto Copley.Aventura. Uma bela e ingênua jovem com asas ne-gras, Malévola leva uma vida idílica, até que umexército de humanos ameaça a harmonia da regi-ão, e ela acaba sendo vítima de uma traição quetransforma seu coração em pedra. Disposta a sevingar, Malévola amaldiçoa Aurora, a filha recém-nascida do rei dos humanos. 97 minutos. Não re-comendado para menores de 10 anos.Baixada: Cinemaxx Unigranrio Caxias 2 (dub):14h30m, 16h30m, 18h30m, 20h30m. Cineser-cla Nilópolis Square 2 (dub): 14h40m, 16h40m,18h40m, 20h40m. Kinoplex Grande Rio 1 (3-D/dub): 14h, 16h20m, 18h40m, 21h. KinoplexGrandeRio4 (dub):15h50m,18h10m,20h30m.Kinoplex Topshopping 2 (3-D/dub) : 14h,16h20m, 18h40m, 21h. Multiplex Caxias 3 (3-D/dub): 14h15m, 16h30m. Multiplex Caxias 5(dub): 15h, 17h, 19h, 21h. Multiplex Caxias 6(dub): 14h, 16h, 18h, 20h.Barra/Recreio:Cinemark Downtown 04 (3-D): dub,14h05m, 16h20m; leg, 18h40m, 20h55m. Ci-nemark Downtown 09: dub, 13h, 15h20m; leg,17h35m, 19h50m, 22h05m. Cinemark Village-Mall 1 (3-D): dub, 13h10m, 15h50m; leg,18h30m, 21h. Cinesystem Recreio Shopping 1(3-D): dub, 14h40m; leg, 16h45m, 18h55m,21h05m. Espaço Rio Design 1 (3-D): 14h20m,19h20m. UCI New York City Center 02 (3-D/dub):14h10m, 16h20m, 18h30m, 20h40m. UCI New

York City Center 09 (3-D): leg, 14h40m, 19h30m;dub, 17h10m, 21h40m. UCI New York City Cen-ter 13: 13h30m, 15h40m, 17h50m, 20h,22h10m. UCI New York City Center 14 (3-D):13h, 15h10m, 17h20m, 19h30m, 21h40m.Ilha:Cinesystem Ilha Plaza 4 (3-D): dub, 14h15m;leg, 19h05m, 21h15m.Niterói/São Gonçalo: Bay Market 3 (3-D/dub): 14h,16h20m, 18h40m, 21h. Cinemark Plaza Shop-ping 2 (dub): 13h05m. Cinemark Plaza Shopping5 (3-D): 14h45m, 17h10m, 19h40m. CinépolisBox São Gonçalo 2 (3-D/dub): 14h, 16h30m,19h.CinépolisBoxSãoGonçalo5 (dub):21h45m.CinEspaço Boulevard 3 (3-D): dub, 13h30m,15h30m, 17h30m; leg, 19h30m. CinEspaçoBoulevard 6 (dub): 13h40m, 15h40m, 17h40m,19h40m, 21h40m.Zona Norte: CineCarioca Méier 1 (3-D): dub, 14h,16h20m, 18h40m; leg, 21h. Cinemark Carioca 3(3-D/dub) : 12h40m, 14h50m, 17h10m,19h20m, 21h40m. Cinesystem Via Brasil Shop-ping 4 (3-D): dub, 14h25m, 18h40m, 21h; leg,16h30m. Kinoplex Madureira 2/Evolution (3-D):dub, 14h, 16h20m, 18h40m; leg, 21h. KinoplexNova América 4 (dub): 15h50m, 18h10m,20h30m. Kinoplex Nova América 7 (3-D): dub,14h,16h20m,18h40m; leg,21h.KinoplexShop-ping Tijuca 1 (3-D): dub, 14h, 16h20m; leg,18h40m, 21h. Multiplex Jardim Guadalupe 3(dub): 16h15m, 18h45m, 21h15m. MultiplexJardim Guadalupe 5 (3-D/dub): 17h30m,19h30m. Shopping Iguatemi 4 (dub): 14h,16h20m, 18h40m, 21h. Shopping Iguatemi 6(dub): 15h50m, 18h10m, 20h40m. UCI Kino-plex 01 (3-D): leg, 13h15m, 17h45m; dub,15h30m, 20h, 22h15m. UCI Kinoplex 04 (dub):14h45m, 17h, 19h30m, 21h45m. UCI Kinoplex09 (3-D): dub, 14h, 16h15m, 20h45m; leg,18h30m.Zona Oeste : Cine 10 Sulacap 1 (3-D/dub):17h15m, 19h25m. Cine 10 Sulacap 2 (dub):14h20m, 16h30m, 18h40m, 21h. Cine Sesc Fre-guesia 1 (dub): 15h50m, 17h40m, 19h30m,21h20m. Cinesercla PátioMix 2 (dub): 14h40m,16h40m, 18h40m, 20h40m. Cinesystem Bangu1 (3-D): dub, 14h15m, 18h45m, 21h; leg,16h30m. Kinoplex West Shopping 5/Evolution (3-D/dub): 14h, 16h20m, 18h40m, 21h. UCIParkShopping Campo Grande 1 (3-D): dub,14h10m, 16h20m, 18h30m; leg, 20h40m. UCIParkShopping Campo Grande 3 (dub): 13h30m,15h40m, 17h50m, 20h, 22h10m.Zona Sul : Cinemark Botafogo 3 (3-D): dub,13h10m, 15h20m; leg, 17h40m, 20h, 22h20m.Cinépolis Lagoon 3: 21h45m. Cinépolis Lagoon 4(3-D): 14h, 16h30m, 19h. Espaço Itaú de Cinema4 (3-D): dub, 13h; leg, 17h30m. Kinoplex FashionMall 1 (3-D/dub): 14h30m, 16h40m, 18h50m,21h.KinoplexLeblon4 (3-D): dub,14h,16h20m;leg, 18h40m, 21h. Kinoplex São Luiz 3 (3-D):

dub, 14h, 16h20m; leg, 18h40m, 21h. Leblon 2(3-D): dub, 14h, 16h20m; leg, 18h40m, 21h. RioSul 1 (dub): 14h, 16h20m, 18h40m, 21h. Roxy 1(dub): 14h10m, 16h30m, 18h50m, 21h10m.Redondezas: Cine Show Nova Friburgo 2 (dub):16h25m, 18h30m, 20h35m. Cine Show Teresó-polis 2 (dub): 16h40m, 18h45m, 20h50m. Cine-maxx Mercado Estação 1 (dub): 14h30m,16h30m, 18h30m, 20h40m. Cinemaxx MercadoEstação 2 (3-D): 16h40m.

> ‘No limite do amanhã’. “Edgeof tomorrow”.DeDoug Liman (EUA, 2014). Com Tom Cruise, EmilyBlunt, Bill Paxton.Ação. Num futuro próximo, um grupo alienígenaataca a Terra. O major William Cage, um oficial quenunca viveu um dia de combate, é designado parauma missão suicida. Morto em alguns minutos, elese vê inexplicavelmente num túnel do tempo que oforça a viver o mesmo combate brutal diversas ve-zes. 113 minutos. Não recomendado para meno-res de 14 anos.Baixada: Cinesercla Nilópolis Square 1 (3-D/dub):16h30m, 20h55m. Kinoplex Grande Rio 5 (3-D/dub): 14h20m, 16h40m, 19h, 21h20m. Multi-plex Caxias 3 (3-D/dub): 19h, 21h30m.Barra/Recreio: Cinemark Downtown 06 (3-D):13h20m, 15h40m, 18h, 20h40m. CinemarkDowntown 07: 17h05m, 22h30m. Cinemark Vil-lageMall 4 (3-D): 19h30m, 22h. Cinesystem Re-creio Shopping 2 (3-D): 19h35m. Cinesystem Re-creio Shopping 3: 14h05m, 16h35m, 19h05m,21h35m. UCI New York City Center 04 (3-D): dub,14h50m; leg, 17h15m, 19h40m, 22h05m. UCINew York City Center 08 (3-D): 14h, 16h25m,18h50m, 21h15m. UCI New York City Center 15:14h10m, 16h40m, 19h10m, 21h40m.Ilha: Cinesystem Ilha Plaza 3: 16h35m, 19h05m,21h35m.Niterói/São Gonçalo:Bay Market 1 (dub): 14h20m,16h40m, 19h, 21h20m. Cinemark Plaza Shop-ping 1 (3-D): 12h55m, 15h30m, 18h, 20h35m.Cinépolis Box São Gonçalo 2 (3-D/dub): 21h30m.Cinépolis Box São Gonçalo 5 (dub): 14h10m,16h40m,19h15m.CinEspaçoBoulevard5 (dub):14h, 16h20m, 18h40m, 21h10m.Zona Norte: Cinesystem Via Brasil Shopping 2 (3-D): dub, 13h50m, 16h20m, 18h50m; leg,21h20m. Kinoplex Madureira 1 (3-D): dub,14h10m, 16h30m, 18h50m; leg, 21h10m. Ki-noplex Nova América 3: 14h20m, 16h40m, 19h,21h20m. Kinoplex Shopping Tijuca 4 (3-D):14h30m, 16h50m, 19h10m, 21h30m. Multi-plex Jardim Guadalupe 5 (3-D/dub): 15h15m,21h30m. Shopping Iguatemi 2: 14h20m,16h40m, 19h, 21h20m. UCI Kinoplex 03 (3-D):leg, 14h, 19h; dub, 16h30m, 21h30m.Zona Oeste: Cine 10 Sulacap 5 (dub): 14h10m,16h40m, 19h10m, 21h40m. Cinesercla Pátio-Mix 3 (3-D/dub): 16h30m, 20h55m. Cinesystem

Bangu 2 (3-D/dub): 19h20m. Cinesystem Bangu5 ( d u b ) : 1 3 h 4 0 m , 1 6 h 1 0 m , 1 8 h 4 0 m ,21h10m. Kinoplex West Shopping 4 (dub):14h20m, 16h40m, 19h, 21h20m. UCIParkShopping Campo Grande 5 (3-D/dub):14h10m, 16h35m, 19h, 21h25m.Zona Su l : Cinépo l i s Lagoon 3: 14h15m,16h45m, 19h15m. Cinépolis Lagoon 4 (3-D):21h30m. Kinoplex Fashion Mall 2 (3-D):16h40m, 21h40m. K inop l ex Leb lon 3 :14h40m, 17h, 19h20m, 21h40m. Rio Sul 3:14h10m, 16h30m, 18h50m, 21h10m.Redondeza s : Cine Show Cad ima 1: dub,16h45m, 19h; leg, 21h15m. Cine Show Teresó-polis 3 (3-D/dub): 21h. Cinemaxx Mercado Esta-ção 2 (3-D): 18h30m.

> ‘Oslo, 31 de agosto’. “Oslo, 31. August”. DeJoachim Trier (Noruega, 2011). Com Anders Da-nielsen Lie, Hans Olav Brenner, Ingrid Olava.Drama. Anders se recupera do vício em drogasnuma clínica de reabilitação em Oslo. No dia 30de agosto, ele ganha permissão para ir a uma en-trevista de emprego e terá que enfrentar seus er-ros do passado. 96 minutos. Não recomendadopara menores de 16 anos.Zona Sul: Cine Joia: 15h30m. Estação Rio 2:14h20m, 18h15m, 22h.

> ‘A primeira missa, ou tristes tropeços, en-ganos e urucum’. De Ana Carolina Bittencourt(Brasil, 2014). Com Fernanda Montenegro, RitaLee, Alessandra Maestrini.Drama. Na costa da Bahia, frei Henrique de Co-imbra celebra a primeira missa. O evento históri-co serve para propor uma discussão sobre os obs-táculos enfrentados pelo cinema autoral nos diasde hoje. 90 minutos. Não recomendado para me-nores de 16 anos.Zona Sul:Espaço Itaú de Cinema 3: 19h30m. Ins-tituto Moreira Salles: 14h, 16h, 20h.

> ‘Rio em chamas’. De Daniel Caetano, Eduar-do Souza Lima, Cavi Borges (Brasil, 2014). ComCarol Pucu, Patricia Melo, Samuel Toledo.Drama. A crise social por que passa a cidade doRio de Janeiro e os protestos que se tornaramconstantes desde meados de 2013, sob pontosde vista de seus realizadores, unindo testemu-nhos, ficção, registros documentais e animações.109 minutos. Não recomendado para menoresde 16 anos.Centro: Odeon: 14h20m, 18h40m.

> ‘Setenta’. De Emília Silveira (Brasil, 2013).Documentário. No dia 7 de dezembro de 1970,grupos de combate à ditadura capturam o embai-xador suíço no Brasil. Giovanni Enrico Bucher fi-cou40diasnocativeiro.Ossequestradoresqueri-am a liberdade de 70 presos políticos. Consegui-

CINEMA

Product: OGloboSegundoCaderno PubDate: 04-06-2014 Zone: Nacional Edition: 1 Page: PAGINA_D User: Asimon Time: 06-03-2014 14:12 Color: CMYK

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Quarta-feira 4 .6 .2014 l SegundoCaderno l O GLOBO l 5

> 'Amante a domicílio'. Comédia. Para ArnaldoBloch, aplaude de pé: “Reacende, até nosmais céticos, a tentação de usar a perigosapalavra 'perfeito'”. Para Marcelo Janot, dor-me: “É um filme de Woody Allen por apenas15 minutos”.

> 'Olho nu'.Documentário. "Desafia as conven-ções das cinebiografias musicais." (Marcelo Ja-not)

> '7 Caixas'. Ação. "Fala muito sobre questõessociais do Paraguai, mas é também uma pro-dução com uma matriz internacional, o queexplica bem seu sucesso no exterior." (AndréMiranda)

> 'Capitão América 2: o Soldado Invernal'.Ação. "Amelhor adaptação de um super-herói da Mar-vel para o cinema até o momento." (Mario Ab-bade)

> 'Dominguinhos'. Documentário. "Em formatode autorretrato, o doc faz jus ao enorme talen-to do artista." (Marcelo Janot)

> 'Eduardo Coutinho, 7 de outubro'. Documentá-rio. "Coutinho fala do 'prazer indizível' que éfilmar como ele filma, algo que só ele pode equis fazer." (Consuelo Lins)

> 'Eu, mamãe e os meninos'. Comédia. "Apresen-ta um surpreendente número de acertos le-vando-se em conta o acúmulo de papéis sobreos ombros da mesma pessoa." (Susana Schild)

> 'A farra do Circo'. Documentário. "É literal-

mente uma farra conduzida por imagens ra-ras dos primórdios do Circo Voador." (MarceloJanot)

> 'Os filhos do padre'. Comédia dramática. "En-tre a religião e as relações familiares, o quesobressai é o humor nonsense." (André Miran-da)

> 'Heli'. Drama. "Crueldade e violência numasociedade sem perspectivas." (André Miranda)

> 'Hoje eu quero voltar sozinho'. Drama. "DanielRibeiro retoma personagens de seu curta-metragem em longa conduzido com sensibili-dade." (Daniel Schenker)

> 'Oslo, 31 de agosto'. Drama. "Com conduçãosegura do diretor Joachim Trier e excelenteinterpretação do ator Anders Danielsen Lie, ofilme é um dos melhores em cartaz." (DanielSchenker)

> 'O passado'. Drama. "O diretor Asghar Farha-di extrai do cotidiano os pequenos grandesdramas de pessoas comuns à beira de impas-ses." (Susana Schild)

> 'Pelo malo'. Drama. "O desamparo de umamãe e a inocência de uma criança são mos-trados em filme duro, mas sem perder a ter-nura." (Susana Schild)

> 'Praia do Futuro'.Drama. "A questão do aban-dono, o destaque ao corpo e a importânciadas locações retornam com força nesse belofilme de Karim Aïnouz." (Daniel Schenker)

> 'Prenda-me'. Suspense. "Uma reflexão sobrea linha tênue entre a culpa e a justiça." (MarioAbbade)

> 'S.O.S Mulheres ao mar'. Comédia romântica."Diretora e atrizes valorizam com ritmo de co-média sofisticada americana e muita graçaessa trama de 'vendeta' erótica." (Ely Azeredo)

> 'Setenta'. Documentário. "Um documentosobre sonhos covardemente interrompidos."(Mario Abbade)

> 'Sob a pele'. Ficção científica. "Uma ficção ci-

entífica diferente da habitual." (André Miran-da)

> 'The Lunchbox'. Drama. "Joia intimista docinema indiano reúne culinária e desejos,lembrando 'Amor à flor da pele', de WongKar Wai." (Ely Azeredo)

> 'Walesa'. Drama. "Exalta a trajetória de umlíder excepcional em sua época, até a che-gada ao poder." (Susana Schild)

> 'O espetacular Homem-Aranha 2: a ameaça deElectro'. Aventura. "Bons momentos de ro-mance, mas exagera na ação" (André Miran-da)

> 'Getúlio'. Drama. "A produção propõe umrecorte, mas flerta com mais de um gênero eoscila entre a abordagem panorâmica e aintimista." (Daniel Schenker)

> 'Grand Central'. Drama. "Meticuloso no re-gistro documental mas insuficiente comohistória de amor." (Ruy Gardnier)

> 'Os homens são de Marte... E é para lá que euvou'. Comédia. "A dupla Monica Martelli/Paulo Gustavo compensa fragilidades doroteiro." (Susana Schild)

> 'Inch'Allah'. Drama. "O filme toma partidoda questão Israel/Palestina. Contra Israel."(André Miranda)

> 'Malévola'. Aventura. "Angelina Jolie apren-de que o poder corrompe e homem nãopresta." (Sérgio Rizzo)

> 'No limite do amanhã'. Ação. "Interessante,apesar da falta de substância em sua pro-posta de se poder reviver infinitas vezesuma experiência." (Mario Abbade)

> 'A primeira missa, ou tristes tropeços, enganos

e urucum'. Drama. "Ana Carolina faz um de-sabafo contundente, mas reiterativo." (Dani-el Schenker)

> 'O que os homens falam'. Comédia. "Episódi-os divertidos, mas irregulares, ligados porum elenco de primeira linha." (Susana Schild)

> 'A recompensa'. Ação. "Interpretação impe-cável de um carismático Jude Law." (MarioAbbade)

> 'Rio 2'. Animação. "As aves continuam me-lhores que os humanos." (Marcelo Janot)

> 'Rio em chamas'. Drama. "Filme catártico,realizado no calor do momento, mas quepouco acrescenta em relação ao contextoatual do Rio de Janeiro." (Daniel Schenker)

> 'Uma relação delicada'.Drama. "A relação na-da tem de delicada. É incômoda e asfixian-te." (André Miranda)

> 'X-Men: dias de um futuro esquecido'. Ação."Apesar da abordagem política, o filme estámais para o entretenimento." (Mario Abbade)

> 'Yves Saint Laurent'. Drama. "Na conhecidatrajetória da grife YSL, a estrela maior estános bastidores: o guardião Pierre Bergé(Guillaume Gallienne, excelente)." (SusanaSchild)

> 'Godzilla'. Ação. "Ninguém no elenco esca-pa da falta de empatia com o público, nem omonstro." (Mario Abbade)

> 'Mulheres ao ataque'. Comédia. "Tenta ex-trair risos de situações patéticas e forçadas."(Mario Abbade)

> 'Sementes do nosso quintal'. Documentário."Pena que o diferencial da escola e o carismade sua criadora estejam diluídos em narrati-va monótona e repetitiva." (Susana Schild)

O BONEQUINHO VIU...

RioShow

Última semana> ‘Bodas pelo avesso’. Texto: Ecila Pedroso. Di-reção: Márcio Trigo. Com Naura Schneider, LuizGuilherme, Antônio Fragoso e outros.Uma mulher decide reunir seus três ex-maridosnum jantar no qual pretende comemorar duas bo-das de prata.Teatro das Artes: Shopping da Gávea, 2º piso. RuaMarquês de São Vicente 52, Gávea — 2540-6004.Qua e qui, às 21h. R$ 60. 70 minutos. Não reco-mendado para menores de 12 anos. Até amanhã.

Continuação> ‘Ao somdos anos dourados’. Concepção: CarlosAlbertoSerpa.Direção:RubensLimaJunior.ComSa-ra Marques, Santiago Vilalba e Dean Moreira.A relação de um casal é embalada por clássicos deElizeth Cardoso, Ângela Maria, Silvio Caldas eCauby Peixoto, entre outros.Casa Julieta de Serpa:Praia do Flamengo 340, Fla-mengo — 2551-1278. Qua a dom, às 16h. R$120 (com chá da tarde). 120 minutos. Não reco-mendado para menores 12 anos. Até julho.

> ‘Cock—Briga de galo’.Texto: Mike Bartlett. Di-reção: Inez Viana. Com Felipe Lima, DeboraLamm, Marcio Machado e Helio Ribeiro.Homem fica dividido entre o amor de uma mulher eo desejo que sente por outro homem.Teatro Poeira:Rua São João Batista 104, Botafogo— 2537-8053. Ter a qui, às 21h. R$ 40 (ter equa) e R$ 50 (qui). 80 minutos. Não recomendadopara menores de 14 anos. Até 24 de julho.

> ‘Contrações’. Texto: Mike Bartlett. Tradução:Silvia Gomez. Direção: Grace Passô. Com DéboraFalabella e Yara de Novaes.Gerente se utiliza de uma cláusula contratual paramanipular sua funcionária.CentroCultural BancodoBrasil (Teatro III):RuaPrimei-ro de Março 66, Centro — 3808-2020. Qua a dom,às 19h30m. R$ 10. 80 minutos. Não recomendadopara menores de 14 anos. Até 13 de julho.

> ‘Cássia Eller — O musical’. Texto: Patricia An-drade. Direção: João Fonseca. Direção musical:Lan Lan. Com Tacy de Campos e outros.A vida e a carreira meteórica da cantora, morta em2001, são passadas a limpo no espetáculo.Centro Cultural Banco do Brasil: Rua Primeiro deMarço 66, Centro — 3808-2020. Qua a dom, às19h. R$ 10. 120 minutos. Não recomendado paramenores de 14 anos. Até 20 de julho.

> ‘Desalinho’. Texto: Marcia Zanelatto. Direção:Isaac Bernat. Com Carolina Ferman, Gabriel Vaz eKelzy Ecard.Após matar seu irmão, Mariana vai parar em umhospital psiquiátrico, onde histórias de seu passa-do vêm à tona.Espaço Sesc (Arena): Rua Domingos Ferreira 160,Copacabana — 2547-0156. Ter e qua, às20h30m. R$ 20. 65 minutos. Não recomendadopara menores de 16 anos. Até 11 de junho.

> ‘O lugar do passado’. Textos: Machado de As-sis e Aníbal Machado. Adaptação e interpretação:Wilmar Amaral. Direção: Daniel Archangelo.No monólogo, o ator dá vida a dois textos que falamde amores incompreendidos.Teatro Eva Herz: Livraria Cultura. Rua Senador Dantas45, Cinelândia — 3916-2600. Ter e qua, às19h30m.R$30.60minutos.Livre.Até25de junho.

> ‘Nunca nade sozinho’. Texto: Daniel MacIvor.Direção: Ciro Sales, Kadu Veiga e Nadja Turenkko.A peça conta a história de dois amigos de infânciaque viraram empresários bem-sucedidos e rivais.Centro Cultural Justiça Federal:Av.RioBranco241,

Centro — 3261-2550. Qua e qui, às 19h. R$ 30.75 minutos. Não recomendado para menores de16 anos. Até 26 de junho.

TEATRO

Abertura> Grátis Gonçalo Ivo. Na individual do pintor,são exibidas quatro telas de grande formato e cincoaquarelas, todos trabalhos inéditos. Até 9 de julho.Galeria Laura Marsiaj:Rua Teixeira de Melo 31, Ipa-nema — 2513-2074. Ter a sex, das 10h às 19h.Sáb, das 11h às 16h.

> Grátis Marilá Dardot. Na exposição “Pouco apouco”, sob curadoria de Glória Ferreira, a artistaexibe instalação, vídeo, pintura e escultura, tendocomo eixos a cor, a geometria, o tempo e a literatu-ra. Até 17 de agosto. Abertura hoje, às 19h.Galeria Laura Alvim:Av. Vieira Souto 176, Ipanema— 2332-2017. Ter a dom, das 13h às 21h.

> Grátis ‘Mulheres em campo driblando pre-conceitos’. A exposição multimídia é parte doevento “Espaço futebol para igualdade” e reúnemais de 100 fotos, vídeos interativos e uma linhado tempo mostrando os contextos sociais e políti-coseasprincipais jogadorasdo futebol femininonopaís. Até 20 de julho. Abertura hoje, às 17h.Museu da República: Rua do Catete 153, Catete —2127-0324. Diariamente, das 9h às 17h.

> Grátis Regina de Paula. Na mostra “E fiqueide pé sobre a areia”, a artista faz intervenções comareia em cinco bíblias. Até 5 de julho. Abertura ho-je, às 19h.Mercedes Viegas Arte Contemporânea: Rua JoãoBorges 86, Gávea — 2294-4305. Seg a sex, das12h às 20h. Sáb, das 16h às 20h.

> Grátis ‘Tecnologia, futebol e arte’. Estão namostra 15 ilustrações do artista plástico Mayo Or-nelas, que retratou jogadores como Pelé, Garrin-cha, Ronaldo e Sócrates, além do trabalho de Clau-dio Duarte, caricaturista do jornal O GLOBO, comjogadores da seleção brasileira de 2014. Até 16 dejulho.Sede do CREA-RJ: Rua Buenos Aires 40, 2º andar,Centro — 2179-2000. Seg a sex, das 11h às 17h.

Centros culturais> Grátis Centro Cultural Banco do Brasil.RuaPrimeiro de Março 66, Centro — 3808-2020. Quaa seg, das 9h às 21h.Salvador Dalí: Composta por 150 peças – 29 pintu-ras, 80 desenhos e gravuras, além de documentose fotografias –, a mostra traz um importante pano-rama da obra do artista desde os anos 1920 atéseus últimos trabalhos. Até 22 de setembro.‘Visões na Coleção Ludwig’: A mostra apresenta 56obras de uma das mais importantes coleções parti-culares de arte no mundo, a do colecionador ale-mão Peter Ludwig. A mostra, que tem a curadoriade Evgenia Petrova, Joseph Kiblitsky e Ania Rodrí-guez, exibe obras de diferentes períodos estéticos,assinadas por artistas como Picasso, Andy Warhol,Jean-Michel Basquiat e Roy Lichtenstein, entre ou-tros. Até 21 de julho.

> Grátis InstitutoMoreira Salles.RuaMarquêsde São Vicente 476, Gávea — 3284-7400. Ter adom, das 11h às 20h.‘Em 1964’: A exposição permite que o espectadorexplore fatos culturais do ano de 1964 por meio deobras literárias, fotografia, música e cinema. Até23 de novembro.‘Richard Serra: desenhos na casa daGávea’:Amostraé composta por 96 obras selecionadas pelo próprioartista, a partir do estudo do espaço do centro cul-tural do IMS no Rio de Janeiro. Até 28 de setembro.

> Museu de Arte do Rio (MAR). Praça Mauá s/nº,Centro — 3031-2741. Ter a dom, das 10h às 17h.Grátis (às terças) e R$ 8.‘Josephine Baker e Le Corbusier no Rio: um caso transa-tlântico’:Amostrapromoveo“encontro”entreadivane-gra do teatro e o pai da arquitetura moderna. São ex-postas 400 obras, entre pinturas, fotografias, instala-ções e registros de performances. Até 17 de agosto.

EXPOSIÇÃO

> Afroreggae. Sucessos da MPB, do pop-rock edo reggae são apresentados em novos arranjos,sempre com a presença marcante da percussão.Leviano Bar: Av. Mem de Sá 47, Lapa — 2507-5779. Qua, às 21h. R$ 15 (até às 22h) e R$ 20.Entrada somente em dinheiro. Não recomendadopara menores de 18 anos.

> Banda Casoy. No show, o trio apresenta suamistura de estilos musicais, agregando elementosdo rock e do jazz à MPB.Teatro Café Pequeno: Av. Ataulfo de Paiva 269, Le-blon — 2294-4480. Qua, às 20h. R$ 20. Não re-comendado para menores de 18 anos.

> Eduardo Gallotti. O grupo Samba do Negão daAbolição e Nézio Simões são os convidados da rodade samba acústica.Trapiche Gamboa:Rua Sacadura Cabral 155, Gam-boa — 2516-0868. Qua, às 20h30m. R$ 12. Nãorecomendado para menores de 18 anos.

> Ginga Tropical. O espetáculo reúne momen-tos históricos do samba, do teatro de revista, doaxé baiano, do folclore amazônico e dos pampasgaúchos.Casarão Ameno Resedá: Rua Pedro Américo 277,Catete — 2556-2427. Qua, às 22h. R$ 100 (au-ditório) e R$ 160 (mesa). Livre.

> Jesuton. A cantora inglesa grava seu primeiroDVD, dedicado aos clássicos da antiga gravadoraamericana Motown, entre eles “What's going on”,“I want you back” e “I'm coming out”.Teatro Rival: Álvaro Alvim 33/37, Centro — 2240-4469. Qua, às 19h30m. R$ 60 (para os 200 pri-meiros) e R$ 80. Não recomendado para menoresde 16 anos.

> Mombaça. Como parte da série de encontros“Sarau Preto”, o cantor e compositor faz show delançamento do clipe “Vem vencer”, idealizado emresposta à crescente onda de racismo no futebolmundial. Participações especiais:Zezé Motta,Isabel Filardis, Maria Ceiça, Jéssica Ellen, Ale-xandre Moreno, José Araújo, Júnior Fillardis, An-dré Ramiro e Marcelo Yuka, acompanhados pelabanda Batacotô.Teatro Carlos Gomes: Praça Tiradentes 19, Centro— 2224-3602. Qua, às 20h. R$ 20. Livre.

> Moska. O projeto “Trampolim”, comandado pe-lo pesquisador musical Marcus Preto, recebe, nes-ta quarta, o cantor Paulinho Moska para um bate-papo e show no formato voz e violão.Oi Futuro Ipanema:Rua Visconde de Pirajá 54, 3ºandar, Ipanema — 3131-9333. Qua, às 20h.R$ 20. Não recomendado para menores de 18anos.

> Paula Toller. A cantora faz show em que mostrana íntegra o seu novo disco, “Transbordada”, alémde resgatar sucessos de sua trajetória como líder doKid Abelha e em carreira solo.Cidade das Artes:Teatro de Câmara. Av. das Améri-cas 5.300, Barra — 3325-0102. Qua, às 21h. R$50. Não recomendado para menores de 12 anos.

> Renata Pedroh e Trio. Acompanhada por AlexMoraes (violão), Helbe Machado (bateria) e Aluízio

Veras (baixo), a cantora interpreta clássicos daBossa Nova.Vinicius Show Bar: Rua Vinicius de Moraes 39, 2ºanda r , I panema — 2287-1497. Qua , às22h30m. R$ 35. Não recomendado para menoresde 18 anos.

SHOW

> ‘Bricolage’. Resultado de pesquisa coreográficae dramatúrgica de Isabella Duvivier e do Núcleo doInvisível de Pesquisa Corpo, a montagem tem co-mo fio condutor o corpo feminino.Teatro Ipanema: Rua Prudente de Morais 824,Ipanema — 2267-3750. Qua e qui, às 20h. R$30. Não recomendado para menores de 16anos.

> Grátis Dança em foco. Com curadoria dePaulo Caldas e Leonel Brum, a Mostra Interna-cional de Videodança terá sessões de hoje atédomingo, com 200 trabalhos de 25 países, in-cluindo vídeos de artistas da República Domini-cana, do Irã e da Eslováquia. Ainda hoje, acon-tece o bate-papo com a pesquisadora Bibianade Sá e a produtora Lis Kogan sobre a parceriado Dança em Foco com o Canal Curta!.Museu de Arte do Rio (MAR): Praça Mauá 5, Cen-tro — 3031-2741. Sessões: qua e sex, das 13hàs 18h30m. Qui e sáb, das 13h às 21h30m.Dom, das 13h às 21h. Bate-papo: qua, das 19hàs 21h.Livre.

DANÇA

> Grátis Conjunto de Metais da Banda Filar-mônica do RJ.Com regência de Antônio Henrique Seixas, o pro-grama inclui compositores como Rossini, Bach,Guerra-Peixe, Tom Jobim e Vinicius de Moraes.Igreja da Candelária: Praça Pio X, Centro. Qua, às18h30.

> Grátis Música no Museu. A pianista Licia Lu-cas interpreta obras de Bach e Beethoven.Centro Cultural Banco do Brasil: Rua Primeiro deMarço 66, Centro — 3808-2020. Qua, ao meio-dia e meia.

> Sarah Chang. Acompanhada do pianista JulioElizalde, a violinista norte-americana interpretapeças de Paganini, Vitali, Leonard Bernstein eProkofiev.Teatro Municipal: Praça Floriano s/nº, Centro —2332-9191. Qua, às 20h30m. R$ 50 (galeria, en-tre as filas H e K) R$ 100 (galeria), R$ 200 (balcãosuperior) e R$ 420 (plateia e balcão nobre).

MÚSICA

ram. Mais de 40 anos depois, 18 personagens des-se episódio contam suas histórias. 96 minutos.Não recomendado para menores de 12 anos.Centro: Cine Santa Teresa: 15h45m.Zona Sul: Espaço Itaú de Cinema 5: 22h.

> ‘Walesa’. “Walesa Czlowiek Z Nadziei”. De An-drzej Wajda (Polônia, 2013). Com Robert Wiecki-ewicz, Agnieszka Grochowska, Iwona Bielska.Drama. Baseado em fatos. A trajetória de Lech Wa-lesa, ganhador do Nobel da Paz e fundador do sin-dicato Solidariedade, um líder carismático que aju-dou a reescrever a história da Polônia. 127 minu-tos. Não recomendado para menores de 14 anos.Barra/Recreio: Estação Barra Point 1: 16h50m,21h.Zona Sul : Estação Gávea 5: 16h30m, 19h,21h30m. Es tação Ipanema 2: 14h15m,16h45m, 19h15m. Es tação R io 2 : 14h ,16h30m, 19h.

Continuação> ‘7 Caixas’. “7 Cajas”. De Juan Carlos Maneglia,Tana Schembori (Paraguai, 2012). Com CelsoFranco, Víctor Sosa.Ação. Víctor recebe uma inusitada proposta paracarregar sete caixas de conteúdo desconhecido. Eas coisas se complicam no caminho. 105 minutos.Não recomendado para menores de 14 anos.Zona Sul: Espaço Itaú de Cinema 5: 15h10m.

> ‘Amante a domicílio’. “Fading gigolo”. De JohnTurturro (EUA, 2013). Com Woody Allen, JohnTurturro, Sharon Stone.Comédia. Dois amigos se envolvem em confusõesamorosas e financeiras. 90 minutos. Não reco-mendado para menores de 14 anos.Zona Sul : Cine Star Special Laura Alvim 2:17h40m. Espaço Itaú de Cinema 1: 18h30m. Es-tação Botafogo 3: 21h40m. Estação Gávea 1:16h30m, 21h50m.Redondezas: Cine Itaipava: 17h30m.

> ‘Capitão América 2: o Soldado Invernal’.“Captain America: The winter soldier”. De Joe Rus-so e Anthony Russo (EUA, 2014). Com ChrisEvans, Scarlett Johansson, Sebastian Stan.Ação. A história se passa dois anos depois doseventos mostrados em “Os Vingadores”. Steve Ro-gers luta para cumprir seu papel no mundo con-temporâneo, em parceria com Natasha Romanoff,tambémconhecidacomoViúvaNegra:derrotarumpoderoso e misterioso inimigo na cidade deWashington. 135 minutos. Não recomendado pa-ra menores de 12 anos.Redondezas: Cine Itaipava: 15h.

> ‘Dominguinhos’. De Joaquim Castro, EduardoNazarian, Mariana Aydar (Brasil, 2014).Documentário. A trajetória do sanfoneiro, cantor ecompositor que, discípulo de Luiz Gonzaga, criousucessos como ’Eu só quero um xodó’ e ’De voltapro aconchego’. 84 minutos. Livre.Zona Sul : Cine Star Special Laura Alvim 3:15h50m. Espaço Itaú de Cinema 5: 17h10m,20h30m.

> ‘O espetacularHomem-Aranha 2: a ameaçade Electro’. “The Amazing Spider-Man 2”. DeMarc Webb (EUA, 2013). Com Andrew Garfield,Jamie Foxx, Emma Stone.Aventura. Nesse segundo filme, Peter Parker tentamanter a promessa que fez ao pai de Gwen Stacey,de protegê-la sem chegar perto dela. Ao mesmotempo, a formatura se aproxima e vários inimigostomam conta da cidade. Para completar, um novovilão surge, o poderoso Electro. 141 minutos. Nãorecomendado para menores de 12 anos.Barra/Recreio: Cinemark Downtown 01: 18h10m,21h20m. Cinemark VillageMall 4 (3-D/dub):13h30m. UCI New York City Center 06: dub,13h40m, 19h30m; leg, 16h35m, 22h25m.Ilha: Cinesystem Ilha Plaza 3: 13h50m.Niterói/São Gonçalo: Cinépolis Box São Gonçalo 1(dub): 14h20m, 17h30m, 20h30m. CinEspaçoBoulevard 4 (dub): 16h10m, 21h20m.Zona Norte: Cinemark Carioca 7 (dub): 16h40m,22h20m. Cinesystem Via Brasil Shopping 1 (dub):16h25m, 21h40m. Kinoplex Nova América 2(dub): 17h50m. UCI Kinoplex 07 (dub): 15h30m.Zona Oeste: Cine 10 Sulacap 6 (dub): 16h20m,21h50m. Cine Sesc Freguesia 2 (dub): 16h20m,19h, 21h30m. Cinesystem Bangu 3 (dub):13h55m, 19h15m. UCI ParkShopping CampoGrande 6 (dub): 15h40m.Zona Sul: Cinépolis Lagoon 5 (3-D): 18h50m.Redondezas: Top Cine Hipershopping ABC 2 (dub):18h.

> ‘Eu, mamãe e os meninos’. “Les garçons etGuillaume, à table!”. De Guillaume Gallienne(França/Bélgica, 2013). Com Guillaume Gallien-ne, André Marcon, Diane Kruger.Comédia. Um garoto é criado como garota pelamãe, mas as coisas não são bem assim. 85 minu-tos. Não recomendado para menores de 12 anos.Barra/Recreio: Estação Barra Point 1: 15h,19h15m.Zona Sul: Candido Mendes: 20h40m. Cine StarSpecial Laura Alvim 1: 16h. Espaço Itaú de Cine-ma 2: 15h, 18h40m, 20h20m. Estação Gávea 1:14h45m, 18h20m, 20h05m.

> ‘Os filhos do padre’. “Svecenikova djeca”. DeVinko Bresan (Croácia, 2013). Com KresimirMikic, Niksa Butijer, Marija Skaricic.Comédiadramática.Umjovempadreassumeapa-róquia em uma vila da Dalmácia. Ao chegar, ficahorrorizado quando descobre que há muitos fune-rais epoucascriançasnascendo,masdescobredu-rante uma confissão um jeito de mudar isso. 93 mi-nutos. Não recomendado para menores de 14anos.Zona Sul : Cine Star Special Laura Alvim 3:17h30m. Estação Botafogo 3: 16h.

> ‘Getúlio’. De João Jardim (Brasil, 2013). ComTony Ramos, Drica Moraes, Alexandre Borges.Drama. Os últimos 19 dias de vida Getúlio Vargas,então presidente do Brasil. Pressionado por umacrise política sem precedentes, em decorrência dasacusações de que teria ordenado o atentado contrao jornalista Carlos Lacerda, ele toma a decisão dese suicidar. 100 minutos. Não recomendado paramenores de 14 anos.Barra/Recreio: Cinemark Downtown 02: 14h,16h30m, 18h50m, 21h40m. Espaço Rio Design2: 15h, 17h, 19h. UCI New York City Center 10:13h40m, 15h50m, 18h, 20h10m, 22h20m.Niterói/São Gonçalo: Cinemark Plaza Shopping 6:16h50m, 22h10m.Zona Norte: Kinoplex Shopping Tijuca 3: 14h20m,16h40m, 19h, 21h20m. Ponto Cine: 14h, 18h.Shopping Iguatemi 7: 13h50m, 18h50m. UCI Ki-noplex 07: 18h25m, 20h40m.Zona Sul : Cine Star Special Laura Alvim 3:13h50m, 19h20m. Cinemark Botafogo 1: 14h,18h50m. Cinemark Botafogo 4: 16h10m. EspaçoItaú de Cinema 2: 13h, 16h40m, 22h. EstaçãoGávea 4: 15h30m, 19h20m, 21h20m. KinoplexLeblon2:14h10m,16h20m.KinoplexSãoLuiz1:17h, 21h50m.Redondezas: Cine Itaipava: 19h30m.

> ‘Godzilla’. De Gareth Edwards (EUA, 2014).Com Aaron Taylor-Johnson, Elizabeth Olsen,Bryan Cranston.Ação. O poderoso Godzilla ressurge para restauraro equilíbrio do planeta enquanto a humanidadeaparece indefesa.123minutos.Não recomendadopara menores de 12 anos.Baixada:Multiplex Caxias 6 (dub): 21h45m.Barra/Recreio: Cinemark VillageMall 4 (3-D):16h50m. Cinesystem Recreio Shopping 4:21h50m. Espaço Rio Design 2: 21h. UCI NewYork City Center 01: 13h, 15h40m, 18h20m,21h40m. UCI New York City Center 12 (3-D):18h50m.Ilha: Cinesystem Ilha Plaza 2: 16h45m.Niterói/São Gonçalo: Cinemark Plaza Shopping 6:14h,19h20m.CinépolisBoxSãoGonçalo4 (dub):15h30m, 18h15m, 21h15m. CinEspaço Boule-vard 4 (dub): 13h50m, 18h50m.Zona Norte: Cinemark Carioca 7 (dub): 19h50m.Cinesystem Via Brasil Shopping 1 (dub): 13h55m,19h10m. Kinoplex Nova América 2 (dub):14h50m, 20h50m. UCI Kinoplex 07 (dub): 13h.Zona Oeste: Cine 10 Sulacap 6 (dub): 13h45m,19h05m. Cinesystem Bangu 3 (dub): 16h45m,22h. UCI ParkShopping Campo Grande 6 (dub):13h.Zona Su l : Cinemark Botafogo 1: 16h15m,21h10m. Cinépolis Lagoon 5 (3-D): 13h.

> ‘Heli’. De Amat Escalante (México/França/Ale-manha/Holanda, 2013). Com Armando Espitia,Andrea Vergara, Linda González.Drama. Com apenas 12 anos, Estela nutre verda-deira paixão por um jovem cadete. Para que pos-sam fugir juntos e se casar, ele desvia pacotes dedrogas, o que desencadeia uma terrível violência.105 minutos. Não recomendado para menores de18 anos.Zona Sul: Estação Botafogo 2: 17h40m.

> ‘Hoje eu quero voltar sozinho’. De Daniel Ri-beiro (Brasil, ). Com Guilherme Lobo, Tess Amo-rim, Fabio Audi.Drama. Leonardo é um adolescente cego que tentalidar com a mãe superprotetora ao mesmo tempoem que busca sua independência. Quando Gabrielchega à cidade, novos sentimentos começam asurgir em Leonardo, fazendo com que ele descubramais sobre si mesmo e sua sexualidade. 96 minu-tos. Não recomendado para menores de 12 anos.Zona Sul: Estação Botafogo 3: 14h10m, 19h50m.

> ‘Inch'Allah’. De Anaïs Barbeau-Lavalette (Ca-nadá/França, 2012). Com Evelyne Brochu, Sabri-na Ouazani, Sivan Levy.Drama. Médica canadense se divide entre Ramal-lah, na Palestina, onde trabalha, e Jerusalém, emIsrael, onde mora. 102 minutos. Não recomenda-do para menores de 14 anos.Zona Sul: Cine Joia: 19h10m.

> ‘Mulheres ao ataque’. “The other woman”. De

Nick Cassavetes (EUA, 2014). Com Cameron Di-az, Leslie Mann, Kate Upton.Comédia. Jovem descobre que seu namorado é ca-sado, entra em contato com a esposa dele e propõeuma vingança. A situação piora quando as duasdescobrem que há uma terceira mulher na história,que logo também se une ao grupo para dar uma li-ção no rapaz. 109 minutos. Não recomendado pa-ra menores de 12 anos.Barra/Recreio: Cinemark Downtown 01: 15h50m.

> ‘Olho nu’. De Joel Pizzini (Brasil, 2014).Documentário. A vida e a obra de Ney Matogrosso,ícone da história da música brasileira. 101 minu-tos. Não recomendado para menores de 12 anos.Zona Sul: Espaço Itaú de Cinema 3: 17h30m.

> ‘O passado’. “Le passé”. De Asghar Farhadi(França/Itália, 2013). Com Bérenice Béjo, TaharRahim, Ali Mosaffa.Drama. Após quatro anos de separação, Ahmad re-torna a Paris, a pedido da ex-mulher, Marie, para fi-nalizar o processo do divórcio. Durante sua rápidaestadia, ele nota a conflituosa relação entre Marie esua filha. Seus esforços para melhorar esse relacio-namento acabam revelando um segredo do passa-do. 130 minutos. Não recomendado para menoresde 12 anos.Zona Sul: Candido Mendes: 16h20m. Estação Bo-tafogo 2: 21h30m.

> ‘Pelo malo’. “Pelo malo”. De Mariana Rondon(Venezuela, 2013). Com Beto Benites, SamanthaCastillo, Samuel Lange Zambrano.Drama. Junior é um menino de nove anos que temcabelo crespo e sonha em alisá-lo para sua forma-tura.Ogarotoquer ficarparecidocomumcantor fa-moso. Isso o faz entrar em conflito com a mãe.Quanto mais ele tenta mudar o visual pelo amor damãe, mais ela o rejeita. 95 minutos. Não recomen-dado para menores de 14 anos.Zona Sul: Estação Botafogo 2: 19h40m.

> ‘Praia do Futuro’. De Karim Aïnouz (Brasil/Ale-manha, 2013). Com Wagner Moura, ClemensSchic, Sabine Timoteo.Drama. O guarda-vidas Donato trabalha na Praiado Futuro, em Fortaleza. Um dia, ele salva Konrad,um homem de olhos azuis, que vai mudar a sua vi-da e por quem ele se apaixona. 106 minutos. Nãorecomendado para menores de 14 anos.Centro: Cine Santa Teresa: 21h10m. Odeon:16h30m, 21h.Zona Norte: Ponto Cine: 16h, 20h.Zona Sul : Cine Star Special Laura Alvim 3:21h20m. Espaço Itaú de Cinema 3: 13h30m,15h30m, 21h20m. Es tação Bota fogo 1:14h40m, 16h50m, 19h, 21h10m.

> ‘Prenda-me’. “Arrêtez-moi”. De Jean-Paul Lili-enfeld (França, 2013). Com Sophie Marceau, Mi-ou-Miou, Yann Ebonge.Suspense. Uma noite, uma mulher vai a uma dele-gaciaconfessaroassassinatodoseumaridoviolen-to cometido há muitos anos. Mas, à medida que apolicial interroga essa mulher, menos tem vontadede prendê-la. 99 minutos. Não recomendado paramenores de 14 anos.Zona Sul: Estação Botafogo 2: 15h45m.

> ‘O que os homens falam’. “Una pistola em ca-da mano”. De Cesc Gay (Espanha, 2012). Com Ja-vier Cámara, Ricardo Darín, Eduard Fernández.Comédia. Oito homens enfrentam a crise de meia-idade e passam a questionar a sua identidade mas-culina. 95 minutos. Não recomendado para meno-res de 12 anos.Barra/Recreio: Estação Barra Point 2: 15h30m,17h30m, 19h30m, 21h30m.Centro: Cine Santa Teresa: 14h, 19h20m.Zona Sul: Cine Joia: 13h40m, 17h20m. EspaçoItaú de Cinema 1: 13h, 14h50m, 16h40m,20h20m, 22h10m. Estação Gávea 2: 15h45m,17h40m, 19h40m, 21h40m. Estação Ipanema1: 14h, 16h, 18h, 20h. Estação Rio 1: 14h10m,16h05m, 18h, 19h55m, 21h50m. KinoplexFashion Mal l 3: 15h, 17h10m, 19h20m,21h30m.

> ‘A recompensa’. “Dom Hemingway”. De Ri-chard Shepard (Reino Unido, 2013). Com JudeLaw, Richard E. Grant, Demian Bichir.Ação. O famoso arrombador de cofres Dom He-mingway volta para as ruas de Londres depois de12 anos na prisão. Ele busca sua recompensa porter ficado de boca fechada durante todo esse tem-po. 93 minutos. Não recomendado para menoresde 16 anos.Zona Sul : Cine Star Special Laura Alvim 1:17h50m.

> ‘Rio 2’. De Carlos Saldanha (EUA, 2014). Vozesde Jesse Eisenberg, Anne Hathaway, Jemaine Cle-ment.Animação. As novas aventuras da arara-azul Blu ede sua companheira Jade. O casal agora tem doisfilhos. Assim como o pai, a fêmea tem medo de vo-ar. A nova família vai se envolver em uma tramacomplicada durante a Copa do Mundo de 2014.101 minutos. Livre.Barra/Recreio: Cinemark Downtown 01 (dub):13h35m. UCI New York City Center 07 (dub):16h30m.Niterói/São Gonçalo: Cinépolis Box São Gonçalo 4(dub): 13h.Zona Norte: Cinemark Carioca 7 (dub): 14h.Zona Oeste:Cine Sesc Freguesia 2 (dub): 14h20m.

> ‘S.O.S Mulheres ao mar’. De Cris D’Amato(Brasil, 2014). Com Giovanna Antonelli, ReynaldoGianecchini, Fabíula Nascimento.Comédia romântica. Adriana, que sempre dedicoua vida ao marido, Eduardo, fica perdida quando elea troca pela estrela de novelas Beatriz Weber. Aodescobrir que os dois vão fazer um cruzeiro, ela re-solve ir atrás do ex, junto com a irmã e sua diarista,para tentar resgatar seu casamento. 96 minutos.Não recomendado para menores de 12 anos.Barra/Recreio: UCI New York City Center 07:14h25m, 18h45m, 20h50m.

> ‘Sementes do nosso quintal’. De FernandaHeinz (Brasil, 2012).Documentário. Na escola Te-Arte, as crianças sãoeducadas de forma lúdica, por meio de brincadei-ras, sem separação de idades e em contato com anatureza. 110 minutos. Livre.Zona Sul: Espaço Itaú de Cinema 5: 13h.

> ‘Sob a pele’. “Under the skin”. De Jonathan Gla-zer (Reino Unido, 2013). Com Scarlett Johansson,Paul Brannigan, Antonia Campbell-Hughes.Ficçãocientífica.NasestradasdaEscócia,umabe-la e atraente alienígena caça caroneiros. 108 mi-nutos. Não recomendado para menores de 14anos.Zona Sul : Cine Star Special Laura Alvim 1:19h30m.

> ‘The Lunchbox’. “Dabba”. De Ritesh Batra (Ín-dia/França/Alemanha, 2104). Com Irrfan Khan,Nimrat Kaur, Nawazuddin Siddiqui.Drama. Um erro numa entrega da Mumbai Dab-

bawallah acaba por aproximar Saajan, um viúvosolitário, de Ila, uma dona de casa infeliz no casa-mento. Os dois começam a se corresponder e, jun-tos, criam um mundo de fantasias, trocando men-sagens que são levadas nas embalagens. 104 mi-nutos. Não recomendado para menores de 12anos.Zona Sul: Cine Star Special Laura Alvim 1: 14h,21h30m.

> ‘Uma relação delicada’. “Abus de faiblesse”.De Catherine Breillat (França/Alemanha/Bélgica,2013). Com Isabelle Hupert, Kool Shen, LaurenceUrsino.Drama. A cineasta Maud precisa vencer as limita-ções do corpo após sofrer um derrame e enfrentar asolidão. Ao receber em sua casa o artista Vilko, sur-ge entre os dois uma inesperada amizade. 105 mi-nutos. Não recomendado para menores de 12anos.Zona Sul: Candido Mendes: 14h20m, 18h45m.Estação Botafogo 3: 17h50m.

> ‘X-Men: dias de um futuro esquecido’. “X-Men: days of future past”. De Bryan Singer (EUA,2014). Com James McAvoy, Michael Fassbender,Hugh Jackman.Ação. No futuro, os mutantes são caçados pelosSentinelas, gigantescos robôs criados por BolívarTrask. Os poucos sobreviventes precisam viver es-condidos.Entre eles estãooprofessorCharlesXavi-er, Magneto, Tempestade, Kitty Pryde e Wolverine.131 minutos. Não recomendado para menores de12 anos.Baixada: Cinemaxx Imperial (dub): 16h, 18h30m,21h. Cinemaxx Unigranrio Caxias 1 (dub): 15h,17h40m, 20h20m. Cinesercla Nilópolis Square 1(3-D/dub): 14h, 18h30m. Cinesercla NilópolisSquare 3 (dub): 20h45m. Kinoplex Grande Rio 2(3-D/dub): 15h, 17h50m, 20h40m. KinoplexGrandeRio3 (dub):15h30m,18h20m,21h10m.Kinoplex Topshopping 1 (3-D/dub): 15h10m,18h,20h50m.MultiplexCaxias1 (3-D/dub):14h,16h30m, 19h, 21h30m. Multiplex Caxias 4(dub): 14h15m, 16h45m, 19h15m, 21h45m.Barra/Recreio: Cinemark Downtown 03 (3-D):15h30m, 18h20m, 21h10m. Cinemark Down-town 07: 13h50m, 19h40m. Cinemark Down-town 10 (3-D): dub, 13h10m, 16h10m; leg,21h50m. Cinemark Downtown 12 (3-D) :14h40m, 17h30m, 20h30m. Cinemark Village-Mall 3 (3-D): 14h30m, 22h30m. Cinesystem Re-creio Shopping 2 (3-D): dub, 14h15m; leg,16h55m, 22h. Cinesystem Recreio Shopping 4:13h50m, 16h30m, 19h10m. Espaço Rio Design1 (3-D): 16h30m, 21h30m. UCI New York CityCente r 05: 13h30m, 16h10m, 18h50m,21h30m. UCI New York City Center 11: 14h25m,17h05m, 19h45m, 22h25m. UCI New York CityCenter 12 (3-D): leg, 13h30m, 16h10m; dub,21h30m. UCI New York City Center 16 (dub):15h10m, 17h50m, 20h30m.Ilha: Cinesystem Ilha Plaza 2: 14h05m, 19h20m,22h. Cinesystem Ilha Plaza 4 (3-D): 16h25m.Niterói/São Gonçalo: Bay Market 4 (3-D/dub):15h10m, 18h, 20h50m. Cinemark Plaza Shop-ping 2: 15h20m. Cinemark Plaza Shopping 3 (3-D): 15h40m, 18h55m, 21h45m. Cinemark PlazaShopping 8 (3-D): 14h20m, 17h25m, 20h20m.Cinépolis Box São Gonçalo 6 (dub): 13h50m,16h50m, 19h40m, 22h20m. CinEspaço Boule-vard 2 (dub): 13h30m, 16h, 18h30m, 21h. Ci-nEspaço Boulevard 3 (3-D): 21h30m.Zona Norte: CineCarioca Méier 2: dub, 15h; leg,17h50m, 20h40m. Cinemark Carioca 1 (3-D/dub): 13h10m, 16h10m, 18h55m, 22h10m. Ci-nemark Carioca 2 (3-D/dub): 15h10m, 17h55m,21h10m. Cinesystem Via Brasil Shopping 5 (3-D):dub, 14h10m, 19h20m, 22h; leg, 16h45m. Ki-noplex Madureira 3 (dub): 14h30m, 17h30m,20h30m. Kinoplex Madureira 5 (3-D): dub,15h10m, 18h; leg, 20h50m. Kinoplex Nova Amé-r ica 5 (3-D): dub, 15h30m, 18h20m; leg,21h10m. Kinoplex Nova América 6 (dub): 15h,17h50m, 20h40m. Kinoplex Shopping Tijuca 5(3-D): dub,15h; leg,17h50m,20h40m.KinoplexShopping Tijuca 6: 15h30m, 18h20m, 21h10m.Multiplex Jardim Guadalupe 1 (dub): 15h30m,18h30m, 21h30m. Multiplex Jardim Guadalupe4 (3-D/dub): 15h15m, 18h15m, 21h15m. Shop-ping Iguatemi 1 (3-D): dub, 14h30m, 17h30m;leg, 20h30m. Shopping Iguatemi 3 (dub):15h30m, 18h10m, 20h50m. Shopping Iguatemi7: 16h, 21h10m. UCI Kinoplex 05 (dub):13h30m, 17h10m, 20h, 22h35m. UCI Kinoplex08: 14h20m, 17h, 19h40m, 22h20m. UCI Kino-plex 10 (3-D): dub, 13h, 15h45m, 21h15m; leg,18h30m.Zona Oeste : Cine 10 Sulacap 1 (3-D/dub):14h35m, 21h35m. Cine 10 Sulacap 4 (dub):13h55m, 16h35m, 19h15m, 21h55m. Cineser-c la Pát ioMix 1 (dub): 13h50m, 16h10m,18h35m, 21h. Cinesercla PátioMix 3 (3-D/dub):14h, 18h30m. Cinesystem Bangu 2 (3-D/dub):14h, 16h40m, 21h50m. Cinesystem Bangu 4(dub): 13h45m, 16h25m, 19h05m, 21h45m.Kinoplex West Shopping 2 (3-D/dub): 15h,17h50m, 20h40m. Kinoplex West Shopping 3(dub) : 15h30m, 18h20m, 21h10m. UCIParkShopping Campo Grande 6: dub, 18h35m;leg, 21h15m. UCI ParkShopping Campo Grande 7(3-D): dub, 13h, 15h40m, 18h20m; leg, 21h.Zona Sul : Cinemark Botafogo 4 (3-D): dub,13h20m; leg, 19h, 21h50m. Cinemark Botafogo6 (3-D): 14h50m, 18h, 20h50m. Cinépolis Lago-on 5 (3-D): 15h50m, 22h20m. Cinépolis Lagoon6 (3-D): 15h15m, 18h, 20h45m. Espaço Itaú deCinema 4 (3-D): dub, 15h; leg, 19h30m. Kinoplex

Fashion Mall 2 (3-D): 19h. Kinoplex Leblon 1 (3-D): dub, 15h40m; leg, 18h20m, 21h20m. Kino-plex Leblon 2: 18h30m, 21h10m. Kinoplex SãoLuiz1:14h20m,19h10m.KinoplexSãoLuiz4 (3-D): dub, 15h40m; leg, 18h30m, 21h20m. Roxy 3(3-D): dub, 15h40m; leg, 18h20m, 21h.Redondezas: Cine Show Cadima 2 (3-D): dub,15h40m, 18h20m; leg, 21h. Cine Show Nova Fri-burgo 1: dub, 16h, 18h40m; leg, 21h20m. CineShow Teresópolis 3 (3-D): dub, 15h40m; leg,18h20m. Cinemaxx Mercado Estação 2 (3-D):dub, 14h10m; leg, 20h50m. Top Cine Hipershop-ping ABC 2 (dub): 15h30m, 20h40m.

> ‘Yves Saint Laurent’. De Jalil Lespert (França,2014). Com Pierre Niney, Guillaume Gallienne,Charlotte Le Bon.Drama. Com apenas 21 anos, Yves Saint Laurent échamado para cuidar do futuro da prestigiosa grifede alta costura fundada por Christian Dior. Depoisde seu primeiro desfile triunfal, ele conhece PierreBergé e eles se tornam amantes e parceiros de tra-balho. 139 minutos. Não recomendado para me-nores de 14 anos.Zona Sul: Estação Botafogo 2: 13h40m.

Extra> ‘Juventude e rebeldia’. A Caixa Cultural exi-be, de 3 a 15 de junho, uma amostra de 14 filmessobre o tema. Qua, às 14h: “This is England”, deShane Meadows (Reino Unido, 2006). Às 16h:“Persépolis”, de Vincent Paronnaud e MarjaneSatrapi (França, 2007). Às 18h30m: “Entre osmuros da escola”, de Laurent Cantet (França,2008). Não recomendado para menores de 16anosCentro:Caixa Cultural Rio/Cinema 1 (Av. AlmiranteBarroso 25, Centro — 3980-3815). R$ 2.

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6 l O GLOBO l SegundoCaderno l Quarta-feira 4 .6 .2014

Na cerimônia do Oscar de2009, “Quem quer ser ummilionário?” era tido comofavorito e não decepcionou.Saiu com oito estatuetas —venceu nas categorias filme,direção (de Danny Boyle),roteiro adaptado, fotografia,montagem, trilha sonora,canção original e mixagemde som.Baseado no livro “Suaresposta vale um bilhão", deVikas Swarup, o filmecausou furor não só por terfaturado uma sequência deprêmios. Trata-se de umfilme “indiano”, que muitasvezes se vale da estética de“Bollywood”, dirigido por umcineasta inglês e cercado denotícias à época de seu

lançamento. O pai da atrizmirim Rubina Ali, de 9 anosentão, rebateu acusações deter tentado vendê-la por 200mil libras. O diretor deu àmenina e à outra criança dolonga novas casas emMumbai(as deles eram barracos queforam destruídos na época).A trama tenta retratar o dramareal de indianos, partindo deJamal, jovem de infânciadifícil, sempre em fuga damiséria, que agora trabalhaservindo chá em uma

empresa de telemarketing.Ele se inscreve numprograma de TV, espécie de“Show do milhão”, em queresponde a perguntas eganha dinheiro conformeacerta. Todas as respostas,ele encontrará no própriopassado sofrido.

Filmesdehoje

UM DRAMAINDIANO MUITOPREMIADO

FOTOS DE DIVULGAÇÃO

Tela indiana. Dev Patel vive Jamal em “Quem quer ser ummilionário?”

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Quem quer ser ummilionário?“Slumdog millionaire”De Danny Boyle (EUA, 2008)MGM, 22h

Quem tem saudade dostempos da pornochanchada,gênero do cinema brasileiroque se popularizou nos anos1970, lembra bem de NicolePuzzi, estrela de filmescomo “Pensionato dasvigaristas” (1977), “Damasdo prazer” (1978) e “Eros, oDeus do amor” (1981).Afastada das telas desde2011, quando participou danovela “Amor e revolução, aatriz está de volta, nocomando do “Pornolândia”,estreia de hoje do CanalBrasil. Na atração, elapromete falar sobre sexosem rodeios e compartilharsuas descobertas eróticas.— Tudo de formaespontânea, gostosa e

divertida. Sem dramas, semtabus. Não sou sexóloga,apenas uma mulher liberada edesprovida de hipocrisia —afirma ela.No primeiro episódio, Nicolerecebe a colega Noelle Pine,de filmes como “Incesto”(1976), “Meu primeiroamante” (1980) e “O rei daboca” (1982). Na atração, elaanalisa as produções daépoca.“Quando se fala em coisaspicantes, a nossa

pornochanchada, hoje em dia,seria praticamente umanovela. Pensando bem, não. Anovela é mais picante”,observa Noelle.Durante o descontraídobate-papo, Nicole conclui:“Eu acho que a gentecontribuiu para liberar amente dos brasileiros”.

Programasdehoje

PIMENTA NO FIMDAS NOITES DEQUARTA

FOTOS DE DIVULGAÇÃO

Sintonia. Nicole Puzzi recebe a colega Noelle Pine na estreia do “Pornolândia”

NATÁLIABOERE

[email protected]

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PornolândiaVariedadesCanal Brasil, 0h

Primeiro de uma série defilmes de comédia (foramcinco além deste),“Loucademia de polícia”tem comomote um grupode jovens bemintencionados que decidemse aplicar na Academia dePolícia, após o prefeito dacidade assinar lei segundo aqual problemas de peso einteligência deixam de sercritérios para a polícia local.Eles, é claro, aprontam asmaiores confusões.

LOUCADEMIA DE POLÍCIA- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

De Hugh Wilson (EUA, 1984)TCM, 14h30- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Neste remake do clássicohomônimo de 1971, o atorJohnny Depp é o excêntricoWilly Wonka, dono da maiorfábrica de chocolates domundo que decide promoverum concurso infantil paraeleger quem será seuherdeiro. Cinco criançasencontram um convitedourado em seus chocolates epodem visitar a fascinante emisteriosa fábrica.

A FANTÁSTICA FÁBRICA DECHOCOLATE- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

De Tim Burtom (EUA, 2005)TNT, 18h15- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Vencedor de quatroestatuetas do Oscar em 2001(entre elas, a de melhorfilme estrangeiro), o longade Ang Lee (de “Razão &Sensibilidade”) é todo faladoemmandarim, para darmais veracidade à saga deduas lutadoras que seencontram durante aDinastia Chimg. A jornadade ambas é violenta, e nãosão poucas, por isso mesmo,as surpreendentes cenas deluta deste épico.

O TIGRE E O DRAGÃO- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

De Ang Lee ((EUA, 2000)MPX, 21h45- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Na atração que estreia hoje,doze designers vãocompetir em provas quetestam sua versatilidade nacriação de acessórios. Oreality tem no comando aatriz e modelo Molly Sims,o designer Kenneth Cole e oeditor da revista “InStyle”,Ariel Foxman. O vencedorganhará um prêmio de U$100 mil, um ano deprodutos capilares grátis edestaque na revista“InStyle”.

DESIGN DE ACESSÓRIOS- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Reality showFOX LIFE, 0h- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

No primeiro dos doisepisódios, a microssérie fazum retrato das músicas maismarcantes das participaçõesbrasileiras nos mundiais.Serão apresentadas, porexemplo, versões das canções“A taça do Mundo é nossa”,símbolo da edição de 1958, e“Pra frente Brasil”, da Copa de1970. O episódio derradeiro,no ar na quarta que vem, trazjogadores que cantam ecantores que jogam emperformances musicais.

RITMO & FUTEBOL- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Microssérie documentalBIS, 23h- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Hoje é dia de estreia doprograma quemostrará a fauna,a flora e alguns personagens dosertão em 63 pílulas de doisminutos cada. Animas dacaatinga, como ojacaré-de-papo-amarelo e omacaco-prego, serão alguns doprotagonistas da série. Entre asespécies vegetais, destaque paraa baronesa, erva que só sedesenvolve em ambientes commuita água, e para oxique-xique, cacto comespinhos fortes e flores brancas.

VIVA CAATINGA- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Série documentalFUTURA, 21h20- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

PATRÍCIAKOGUT

[email protected]

QUEBRA-CABEÇAS“O rebu” mexerá com a grade da Globode um jeito inédito. Ela não seráexibida às quartas, quando há futebol.Na segunda, vai ao ar depois da novelae, nos demais dias, na segunda linha deshow. Antes, a novela das 23h erasacrificada às quartas com um capítulomenor e exibidomuito tarde.

-Para Taís Araújo, pelaVerônica de “Geração Brasil”,novela de Filipe Miguez eIzabel de Oliveira. A atrizestá muito bem mesmocomo a repórter dispostaque tem um filho nerd.

10-

Para a BandSports. Na horaagá de um jogo de oitavas definal de Roland Garros quemapareceu? Roger Federer?Não. Elia Jr. dizendo que “porrazões contratuais” nãopoderiam exibir a partida.

0

Fora do ar naGlobo desde aextinção de“As aventurasdo Didi”,RenatoAragãodesistiu daideia de voltarcom umprograma degrade naemissora. Eleagora vaiapresentar àdireção umprojeto deseriado de 13capítulos, quepodem serexibidos emforma detemporadas.

QUERSÉRIE

VozesUma corrente na Band querOliveira Andrade narrando osjogos do Brasil na Copa. Masoutra, mais poderosa, querque Datena assuma amissão.Datena adoraria. Mas, contraele, pesa o fato de não ter a,digamos, simpatia, dosanunciantes.

DiferençasAs opiniões polêmicas deRachel Scherazade, âncorado SBT, são a razão de sériadiscórdia entre DanielaBeyruth, filha de SilvioSantos, e Marcelo Parada,diretor de jornalismo daemissora.

TextoNo ar em “Em família”,Claudia Mauro escreve umasérie para a TV. O piloto, comdireção de Luiz AntonioPillar, já foi gravado.

Não contaOMultishow já bateu omartelo e exibirá, ainda esteano, a sétima temporada do"Não conta lá em casa”, comAndré Fran, Felipe UFO eMichel Coeli. O trio agoraestuda os destinos que elesvisitarão. Cidadesdeterioradas nos EUA eUcrânia também estão nosplanos dos rapazes.

AudiênciaO primeiro capítulo de“Vitória”marcou seis pontosno Rio, uma queda grandeem comparação com“Pecado mortal”, que teve 13na estreia. Em São Paulo, anovela da Record marcouoito, três a menos que suaantecessora.

A segundatemporada de“Gaby Estrella",novelinhainfantil doGloob, terá umanovapersonagem:Maria Filomena,vivida por CarolMurai, de 9anos. Nahistória, amenina teráacabado devoltar de uminternatofrancês e setornará parceirade Juju (NatáliaFigueiredo)

PUXA OERRE

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Comoé sabido, oprimeiro capí-tulo de uma novela serve aapresentar ahistória eosprinci-pais personagens. Assim tentouser a estreia de “Vitória”, ante-ontemna Record.Mas Cristian-ne Fridman, a autora, só alcan-çou esse objetivo parcialmente.A inverossimilhança e a cargamexicanada tramadificultarambastante esse propósito.Resumindo, o enredo trata

da vingança de Artur (BrunoFerrari), um milionário que fi-cou paraplégico depois de umtombo do cavalo. Ele vive emCuraçao, de onde administraum haras tocado por um ca-panga, Jorge (André diMauro).E odeia Gregório (AntônioGrassi), que acredita ser o paique o abandonou depois doacidente. Seu plano de vende-ta inclui internar a mãe, Clari-ce (Beth Goulart), à força, numhospital psiquiátrico. Para fa-zer Gregório sofrer, Artur se-duz Diana (Thaís Melchior),joqueta e filha do segundo ca-samento de Gregório que eleacredita ser sua meia-irmã. Ascenas de amor deles aconte-cem em Curaçao. A locação élinda, mas quem conseguiu

prestar atenção aomar azul di-ante de uma festa em que to-dos usavam branco, até quemestava de maiô? Aliadas a esserocambolesco roteiro estãotramas paralelas igualmentepuxadas, como a de uma orga-nização neonazista que militacontra “gays, nordestinos epretos”. Eles querem conquis-tar o país, mas isso começandopela montagem de um barzi-nho. Paralelamente, um grupode amigos que almejava umaumento fica sabendoqueper-deu o emprego — o dramaocupou grande parte da noite.Quando o capítulo termi-

nou, o espectador ficou com asensação de não ter com-preendido tudo. Houve cenasabsurdas. Clarice se deixa in-ternar sem resistir, “para facili-tar a vida do filho”. A briga deArtur com Gregório tambémficou confusa.“Vitória” mostrou imagens

bonitas (direção-geral de Ed-gard Miranda) com destaquepara as de corridas de cavalo.Além disso, tem valores noelenco. Ferrari, Juliana Silvei-ra, Silvio Guindane, Beth Gou-lart, Lucinha Lins, Bruna di Tu-lio e Thaís Melchior estão en-tre eles.Mas, pelomenos nessaestreia acidentada, ainda nãodisse a que veio.

‘Vitória’ estreia com capítuloconfuso e trama mexicanaCrítica

COMFLORENÇAMAZZA, ANNALUIZASANTIAGO,CLARAPASSI ERAFAELASANTOS

Raúl Esparza, Mariska Hargitay, BDWong (o infalívelpsiquiatra) e Donal Logue voltam a contracenar noepisódio de “Law & order: SVU” no ar no Universal dia 17

LEITOR DEMENTES

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NAWEBpatriciakogut.com

Omundo da televisão passapor aqui. Visite.

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Passatempo

Quarta-feira 4 .6 .2014 l SegundoCaderno l O GLOBO l 7

O marechal Taurino, presidente da ComissãoGeral de Investigações (CGI), consultou, pelotelefone, ontem, o presidente da República,ma-rechal Castello Branco, que considerou impos-sível a prorrogação do prazo para apuração dossuspeitos de subversão, por motivos de ordemmaterial, de tempo e políticos.

CGI sem dias extras para investigarCom a presença de grande número de pessoasrepresentativas da nossa melhor sociedade, te-ve lugar domingo último, na Barra da Tijuca, olançamento da pedra fundamental do ClubeCanaveral, um dos mais aristocráticos e seletosclubes e que dentro em breve constituirá umdos novos encantos do Rio.

Rio ganha clube aristocrático

Há50anos 4 de junho de 1964POR JOSÉFIGUEIREDO Em discurso que pronunciou no Senado, o Sr. Jus-

celino Kubitschek referiu-se ao noticiário da im-prensa sôbre a cassaçãodo seumandato, que esta-ria iminente, e afirmou: “Tenho nas mãos a ban-deira da democracia que me oferecem, neste mo-mento em que, com ou sem direitos, prosseguireina luta em favor doBrasil”. E acrescentou: “PeranteDeus, o povo e esta Casa, posso afirmar que, presi-dente da República, durante cinco anos zelei pelapaz do Brasil, não autorizando, não permitindo,nãopactuandocomqualqueratentadoà liberdadee agindo sempre com dignidade administrativa”.

JK e a ‘bandeira da democracia’

Foram encontradas 17 palavras: 11 de5 letras, 3 de 6 letras, 3 de 7 letras,além da palavra original. Com asequência de letras RE foramencontradas 18 palavras.Instruções: Encontrar a palavraoriginal utilizando todas as letrascontidas apenas no quadro maior.Com estas mesmas letras formar omaior número possível de palavrasde 5 letras ou mais. Achar outraspalavras (de 4 letras ou mais) com oauxílio da sequência de letras doquadro menor. As letras só poderãoser usadas uma vez em cadapalavra. Não valem verbos, plurais enomes próprios.

Solução:ímpio,miúdo,primo,prumo,pudim,pudor,puído,símio,sírio,surdo,úmido;impuro,miúdos,sumido;impudor,purismo,ríspido;SUPRIMIDO.ComasequênciadeletrasRE:pires,podre,porém,porre,prédio,prêmio,presídio,preso,presumido,purê,redor,réis,remido,remo,resíduo,resumido,resumo,supremo.

LogodesafioPORSÔNIAPERDIGÃO

ÁRIES

(21/3 a 20/4)Elemento: Fogo. Modalidade:Impulsivo. Signo complementar:Libra. Regente: Marte.Muitos conflitos são gerados pela

dificuldade de compreender as di-vergências de opinião. Sendo as-sim, a impulsividade pode inviabili-zar os relacionamentos. É tempo deesclarecer as diferenças.

TOURO

(21/4 a 20/5)Elemento: Terra. Modalidade: Fixo.Signo complementar: Escorpião.Regente: Vênus.A vontade de renovação se torna

urgente e não é possível mais adiar.Tudo o que estiver fora de uso deveser descartado para não ocupar es-paço desnecessário. É tempo deabrir espaço para o novo.

GÊMEOS

(21/5 a 20/6)Elemento: Ar. Modalidade: Mutável.Signo complementar: Sagitário.Regente: Mercúrio.Se você estiver com algum pro-

blema que não consegue resolver, omelhor é poder compartilhar issocom alguém para obter outro pontode vista. É tempo de poder verbali-zar seus sentimentos.

CÂNCER

(21/6 a 22/7)Elemento: Água. Modalidade:Impulsivo. Signo complementar:Capricórnio. Regente: Lua.Este pode ser um período muito

positivo em que você se sente be-nevolente e generoso. É tempo depoder se sentir estimulado por seupróprio otimismo e pelo pensamen-to positivo, e pelo dos outros.

LEÃO

(23/7 a 22/8)Elemento: Fogo. Modalidade: Fixo.Signo complementar: Aquário.Regente: Sol.Durante períodos emocionalmente

instáveis, os relacionamentos ficammais vulneráveis. A necessidade deatrair as atenções para si pode serdifícil. É tempo de ter certeza quenão está sendo autoritário.

VIRGEM

(23/8 a 22/9)Elemento: Terra. Modalidade:Mutável. Signo complementar:Peixes. Regente: Mercúrio.Os encontros são muito mais pra-

zerosos quando não deixamos que aansiedade se adiante. Para isso épreciso adequar as fantasias à reali-dade. É tempo de ter calma paraaproveitar os melhores momentos.

LIBRA

(23/9 a 22/10)Elemento: Ar. Modalidade:Impulsivo. Signo complementar:Áries. Regente: Vênus.A estabilidade dos relacionamen-

tos pode se tornar o foco maior desua atenção. Ao analisar uma situa-ção, você colhe as informações paratomar a decisão mais justa. É tempode saber a melhor forma de agir.

ESCORPIÃO

(23/10 a 21/11)Elemento: Água. Modalidade: Fixo.Signo complementar: Touro.Regente: Plutão.É possível que você tenha con-

versas mais superficiais do quegostaria, mas por serem triviais elasdão a sensação de algo em comumcom os outros. É tempo de aumen-tar o convívio social.

SAGITÁRIO

(22/11 a 21/12)Elemento: Fogo. Modalidade:Mutável. Signo complementar:Gêmeos. Regente: Júpiter.Uma satisfação aparece quando

se conhece bem o que se faz e sefaz bem o que se conhece. Teoria eprática, juntas, fazem o trabalho ren-der. A experiência deve se tornaruma ferramenta de aprendizado.

CAPRICÓRNIO

(22/12 a 20/1)Elemento: Terra. Modalidade:Impulsivo. Signo complementar:Câncer. Regente: Saturno.Se as expectativas extrapolam a

realidade, as frustrações são inevi-táveis. É preciso serenidade pararefletir sobre o que, de fato, pode al-cançar. É tempo de analisar os fa-tos e aceitar as limitações.

AQUÁRIO

(21/1 a 19/2)Elemento: Ar. Modalidade: Fixo.Signo complementar: Leão.Regente: Urano.Este pode ser um momento em

que você tem uma maior sensibili-dade e consciência dos sentimen-tos alheios. Assim, é mais fácil po-der ajudar. É tempo de ser aprecia-do por quem está ao seu redor.

PEIXES

(20/2 a 20/3)Elemento: Água. Modalidade:Mutável. Signo complementar:Virgem. Regente: Netuno.Os caminhos escolhidos podem

não ser os óbvios. O importante étentar alcançar aquilo que refletemelhor o que sua alma anseia pro-var. É tempo de dirigir a energia pa-ra ir atrás de suas aspirações.

| Horóscopo |PORCLAUDIALISBOA

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8 l O GLOBO l SegundoCaderno l Quarta-feira 4 .6 .2014

ARTURXEXÉO:A coluna será publicadana editoria deEsportes até o fimdaCopadoMundo.

Oscar NiemeyerGÊNIOREVISITADOMÁRCIAABOS

De Sã[email protected]

“A ula”, um conjunto de 20 cro-quis desenhados por OscarNiemeyer (1907-2012) em

1997 apresentando sua visão estética,política e existencial, foi criado paraviajar o Brasil e ser apresentado emescolas de arquitetura. Será exibidopela primeira vez na exposição “OscarNiemeyer: clássicos e inéditos”, comabertura para convidados hoje e aopúblico amanhã, no Itaú Cultural, emSão Paulo. Para o curador da mostra,Lauro Cavalcanti, arquiteto e diretordo Paço Imperial, esses desenhos iné-ditos são como o testamento do arqui-teto carioca, um material no qual elemesmo escolheu o que gostaria deapresentar sobre sua trajetória.

— Quis dar voz ao Oscar e fazer umcontato direto do público com ele, comose o curador se retirasse para não atrapa-lhar — explica Cavalcanti, contando teroptadopor fazer umaexposiçãodiferentedas realizadas até então, seja pelopróprioNiemeyer, ou por outros curadores. — Aideia foi revelar projetos inéditos que atémesmo alguns arquitetos ligados a elenão conheciam. São cadernos de proje-tos, alguns poucos feitos para ele próprio,outros para clientes, que por um motivoou outro não foram realizados. Ele mes-mo não dava muita bola para esse mate-rial, porque estava sempre trabalhandoem novos projetos e pensando no futuro.Mas esse material estava na FundaçãoOscar Niemeyer, no Rio de Janeiro.Com expografia de Pedro Mendes da

Rocha, amostra ocupa três andares, divi-didosnos segmentosClássicos, Inéditos eSão Paulo, nos quais são apresentados 70

projetos, sendo 51 inéditos e 19 construí-dos. O público terá contato com os origi-nais, apresentados em gavetas, numa re-criação das mapotecas dos escritórios dearquitetura. Todo omaterial apresentado— 309 plantas, desenhos e croquis origi-nais — foi digitalizado e está disponíveltambém nesse formato para consulta.— O primeiro gesto foi digitalizar o

material para preservá-lo e para que elepudesse ser pesquisado por nós. A partirde agora todo essematerial está disponí-vel para consulta de pesquisadores naFundação Oscar Niemeyer — informa ocurador sobre a parceria do ItaúCulturaledaFundaçãoOscarNiemeyerparapre-servar o acervodeumdosmaiores expo-entes da arquitetura moderna.Pela primeira vez, será apresentando

um rolo de 12,5 metros feito para as fil-magens de “Oscar Niemeyer — O filhodas estrelas”, dirigido porHenri Raillard

em 2001. Os produtores compraramuma bobina de papel e estenderamnum galpão. Niemeyer foi desenhandoe contando sua história. Essa bobinaestá exposta e o filme é projetado namostra, assim como o documentário“Oscar Niemeyer — A vida é um sopro”,de Fabiano Maciel, de 2010.Para o curador, o vasto material apre-

sentado revela algumas obsessões de Ni-emeyer, ao mesmo tempo em que apre-senta projetos surpreendentes, que nemparecemcriações do arquiteto. Cavalcan-ti cita como exemplo o projeto de umacasa circular criada para ele próprio emMaricá, parecida com uma casa africana,elevada do solo e com telhado de barro.

VERSÃO CARIOCA TERÁ PROJETOS DO RIODentre os projetos inéditos, estão a ca-sa desenhada para Oswald de Andradeem 1938 e a residência criada para Sér-gio Buarque de Holanda no fim da dé-cada de 1940. Uma maquete eletrônicafoi criada para apresentar o projeto iné-dito para ser sede da Companhia Ener-gética de São Paulo (Cesp) em dois ter-renos entre a Alameda Ministro RochaAzevedo e a Rua São Carlos do Pinhal,perto da Avenida Paulista. Um parquenaMarginal também integra o leque decriações jamais realizadas.Amostra será apresentada a partir de

14 de agosto no Rio, no Paço Imperial,quando também será lançado o catálo-go. O curador manterá os projetos fei-tos por Niemeyer para São Paulo, masirá adicionar uma série de projetos iné-ditos para o Rio.— Ele tem um projeto para um res-

taurante à beira da Lagoa Rodrigo deFreitas que é uma pena não ter sido fei-to — cita Cavalcanti, listando tambémcriações do arquiteto para o Maracanã,São Conrado e a Praça XV, em que ele areconstituía elementos do passado. l

FOTOS DE FERNANDO DONASCI

Testamento.Mostra no ItaúCultural reúne20 desenhoscriados porNiemeyer paraviajar pelo Brasile apresentarseu legado emescolas dearquitetura

Exposição em SP apresenta, a partir de hoje, 309 desenhos,plantas e croquis do arquiteto; mostra chega ao Rio em agosto

Catedral de Brasília.Maquete de uma das obras do arquiteto carioca, morto em 2012

“Quis dar voz aoOscar e fazer umcontato direto dopúblico com ele,como se o curadorse retirasse paranão atrapalhar”Lauro CavalcantiCurador da mostra

VIOLINISTA SARAH CHANG FAZ SEU PRIMEIRO RECITAL NO RIOEstrela americana tocahoje, no Municipal,como parte da série OGLOBO/Dell’arte

DEBORAGHIVELDER

[email protected]

A violinista americana Sa-rah Chang debutou aos8 anos, com ZubinMeh-

ta à frente da Filarmônica deNova York. Gravou o primeirodisco aos 10. Ao contrário detantos prodígios, não ficou pe-lo caminho na transição para avida adulta. Permanece estrelade primeira grandeza no gran-de circuito de concertos. Aos33 anos, Chang, que se apre-senta hoje, às 20h30m, no Tea-tro Municipal, em recital den-tro da sérieOGLOBO/Dell’arteConcertos Internacionais,confessa outra conquista: afir-ma que nunca esteve tão feliz.Bonita, talentosa, virtuose

do violino, Chang já tocou — egravou — com orquestras co-mo a Filarmônica de Berlim.Na música de câmara, teveparceiros como PinchasZukerman e Yo-Yo Ma. E, ago-ra, celebra o momento “mara-vilhoso” que conquistou:

—Hoje estoumuitomais felizdo que já estive. Quando se co-meça cedo, tudo gira em tornoda carreira. É claro, ia à escola etinha amigos, mas a carreira vi-nha primeiro. Agora, conquisteio direito de escolher onde ecom quem tocar. Não precisofazer 150 concertos por ano eganhei mais flexibilidade.Pela primeira vez, ela se

apresenta na cidade emum re-cital. Acompanhada do pianis-ta Julio Elizalde, também ame-ricano, Chang escolheu umprograma que reúne “Cantabi-le op. 17”, de Paganini, “Chaco-na em sol menor”, de Vitali,“Suíte de West Side Story”, deLeonard Bernstein, e “Sonatanº2 para violino e piano, op.94” , de Prokofiev. Elizalde se

enquadra nas “novas parceri-as” que ela tem promovido.— É um novo relacionamen-

to. Ele é um excelente pianistae uma ótima pessoa. E eu acre-dito nessa química. Você pre-cisa estar no palco com al-guém de que você goste foradele. Acho que, se não é assim,a atmosfera é outra, e o públicopercebe — diz Chang, que do

programa destaca “West SideStory”, que recebeu arranjo es-pecial feito para ela pelo com-positor de filmes de Hollywo-od David Newman.

APREÇO PELA CIDADEChang vem ao Rio acompanha-da tambémde seu parceiromaisantigo e constante, o violinoGuarneri del Gesu, de 1717, quejá pertenceu a Isaac Stern (1920-2001)equeelaempunhadesdeaadolescência. Sobre uma recentepesquisa em que violinistas pro-fissionais não conseguiram dis-tinguir entre um violino novo eum antigo, como o dela, em umconcertos às cegas, ela pondera:— Li sobre essa pesquisa.

Mas, antes de tudo, um violi-no é uma escolha pessoal. Al-guns preferem um vinho anti-go. Outros, um vinho novo.Mas, sim, existem ótimos vio-linos que são fabricados hoje.— explica ela. — O mais im-portante é que a personalida-de dos dois combine.Além do violino, Sarah não

esconde uma outra grandepaixão. Tem fixação por sapa-tos. De salto alto. Dificilmenteresiste a um Louboutin ou aum Christian Dior. Assumida-mente girly, a violinista eleitaem2006 umadas 20 “mulheres

top” pela revista “Newsweek”diz que não vive sem saltos,gloss e seu celular.— Minhas amigas combinam

de ir no cinema, escolhem umacamiseta, uma sapatilha e estãoprontas. Eu não. Tenho que mearrumar, memaquiar.Chang declara que tem uma

relação especial com o Rio,uma de suas cidades favoritas.— Não é só pela praia, pelas

frutas deliciosas. São as pesso-as sempre simpáticas e acolhe-doras. Estou feliz de voltar —diz ela, que não sabe cozinhare se mantém elegante à basede exercícios físicos, mas pla-neja bater ponto em algumachurrascaria. — Não dá para irao Brasil e não comer carne.Mais tranquila, apesar das

viagens constantes, Chang jáconsidera se casar e ter filhos.— Isso não émuito fácil por-

que tenho uma vida corrida.Viajomuito. Mas sim, está nosmeus planos. Acho que euquero o pacote completo.Agora, começo a achar queserá possível. l

DIVULGAÇÃO/COLIN BELL

Omundo de Chang. Violinos de 300 anos de idade e sapatos com solas vermelhas ou brilhantes: “Sou viciada”

NAWEBVÍDEOoglobo.com.br/culturaVeja Sarah Chang

tocando Vivaldi

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DIVULGAÇÃO

Glass cockpit. Os instrumentos com ponteiros são telas de TFT. Na foto, a versão manual de sete marchas

É uma ansiedade infantil.Estou em Nashville, Ten-nessee, e a visão de 13 lin-

dos Corvette perfilados acelerao coração. Meu primeiro “carri-nho de ferro” Matchbox foi umCorvette azul e, nas brincadei-ras no chão da casa no Andaraíeu era seduzido pelas linhas domodelo 1974. Agora, a viagemserá de verdade, ao volante donovo Corvette C7 Stingray.Tudo é justo dentro desta séti-

ma geração, lançada no anopassado e que será a estrela noestande da GM no Salão de SãoPaulo, em outubro. Rente aochão, o banco concha tem ajus-tes elétricos. O painel lembraum cockpit, ligeiramente volta-do para omotorista. Umconsolealto mantém o carona à distân-cia. E o acabamento, antes criti-cado, ganhou capricho.

TORQUE É TORQUE MESMOAperto o “start” no painel e vemo ronco gutural. Não resisto edesligo e ligo o carro mais trêsvezes: imagine mixar a nonasinfonia de Beethoven com“Helter skelter”, dos Beatles.As extremidades do capô sal-

tam para abrigar o V8 “smallblock” LT1, de 461cv. É o queempresta a forma de arraia àcarroceria, justificando o resga-te do sobrenome Stingray, usa-do entre 1963 e 1976.Apesar de ser a quinta geração

do LT1, esse é ummotor àmoda(bem) antiga, ainda com co-mando no bloco e apenas duasválvulas por cilindro. Para vari-ar, os ianques se garantem nacapacidade cúbica...Caixa automática de seis mar-

chas em drive e, com o pesado

acelerador, despejo animales-cos 47kgfm de torque nas rodasde trás. É tal a brutalidade queprovoca gargalhadas de euforia.Asmarcações do conta-giros e

o velocímetro nos mostradoresde cristal líquido tipo TFT (bemcomo uma projeção no para-brisa) sobem furiosamente.Mas não estamos na Europa e

sim nos EUA... Na Interestadual65, o limite é de meros 110km/he, para chegar a esta velocidadeuns 4 segundos bastam.A pegada do volante e a dire-

ção pesada, bemdireta, são umadelícia. Aos 60 anos, o Corvettesó melhora com o passar dotempo. Esta geração é 44 quilosmais leve do que a anterior.A distribuição de peso e a rigi-

dez da carroceria de fibras de vi-dro e de carbono sobre uma es-trutura de alumínio ajudam amanter o equilíbrio. Seus 1.490quilos e as “ancas” dos para-la-mas traseiros nem se fizeramnotar nas poucas (e abertas)curvas do trecho.

PUNTA-TACCO COM AS MÃOS?O ajuste rígido das suspensõesapimenta o entrosamento. Masimagino o sofrimento de dirigireste carro nas ruas do Brasil,ainda mais com os largos Mi-chelin 245/40 R19 e 285/35 R20.Após cem quilômetros, já no

Kentucky, troco de carro. A voltaa Nashville foi na versão comcâmbiomanual de setemarchase pesado pedal de embreagem.Atrás do volante há as duas

aletas do dispositivo “ActiveRev”. Quando se está andandoquente, basta apertá-las parasubir o giro, ajustar a rotação domotor à da caixa e evitar trancosao se reduzir umamarcha. É um“punta-tacco” eletrônico, emque se usa amão em vez do pé...

CONTINUA NA PÁGINA SEGUINTE a

DIVULGAÇÃO

Arraia venenosa!Baixo, largo e pesado,o Corvette C7 mantém asproporções dos antecessores.Mas agora há mais eletrônicae o acabamento melhorou

FERNANDO MIRAGAYA

O grito. Dessas quatro bocas sai o rugido grosso e abafado. No detalhe do alto, o logotipo com a arraia Stingray

Car

roetc

OGLOBO

QUARTA-FEIRA 4.6.2014

oglobo.com.br

MENOS PRAZER,MAIS SEGURANÇA

Sinal dos temposPÁG.3

DIVULGAÇÃO

O Google Car e outros carros sem motorista

ESTREIAS EMDUAS RODAS

BMWemdose suplaSEGUNDA CAPA

A R Nine T e a S 1000 R

Força brutaà moda ianqueUma viagem ao volante do Corvette de sétima geração. É o novo Stingray

FERNANDOMIRAGAYA

Enviado [email protected], EUA-

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a CONTINUAÇÃO DA PÁGINA 1

Troller T4 remoçadopor dentro e por foraNova geração do jipe feito no Cearáganha mecânica da Ford Ranger

Foram 14 anos de sucessona lama e nas estradas,mas o primeiro Troller

T4 teve que se despedir das li-nhas de montagem da marcaem Horizonte, no Ceará, no fi-nal de dezembro de 2013. Omotivo: a lei que obriga todosos automóveis e comerciais le-ves a terem airbags e ABS. Maseis que, no último fim de se-mana, a Trollermostrou a novageração de seu jipe.Mesmo as-sim, ainda vai levar um tempopara o modelo chegar às lojas.Desta vez não havia só entu-

siatas cearenses por trás do de-senvolvimento do modelo,mas sim a Ford, que assumiu ocontrole da Troller em 2007.Não por acaso, o novo T4 com-partilha muitos componentescom a Ranger, como o motor3.2L turbodiesel Duratorq decinco cilindros, o câmbio ma-nual de seis marchas, a tração4x4 e até a suspensão. Quadrode instrumentos, volante e co-mandos do ar-condicionadotambém vêm da picape. Antes,quem emprestava peças deacabamento eramos velhos Kae Fiesta.Em vez de fibra de vidro, a

carroceria passa a ser produzi-da commaterial chamadopelofabricante de “compósito es-pecial”, um nome genérico pa-ra o um tipo de fibra injetada. É

HENRIQUERODRIGUEZ

[email protected]

Personalidade.O Troller deixa deser clone do JeepWrangler e ganhaestilo próprio

FOTOSDEDIVULGAÇÃO

ca e passa a envolver os faróis –que são os mesmos de antes.As lanternas traseiras têm leds.Algumas partes da carroceriaserão sempre na cor cinza. Acapota, antes removível, agoraé fixa, fazendo parte da estru-tura do jipe.A Troller tentou minimizar a

mudança como “sky-roof”, du-as janelas de vidro no teto dacabine. O modelo ainda tembagageiro com barras trans-versais e um aerofólio na tam-pa traseira com brake-light in-tegrado.A tomada de ar fica em posi-

ção elevada, preparada para ainstalação de snorkel, e a basepara receber guincho tambémcontinua lá. l

mais resistente e até mais se-guro, já que que permite a ins-talação dos sensores de deto-nação dos airbags. Ainda as-sim, o jipe continuará sendofabricado na mesma fábricacearense, que teve suas insta-lações adequadas ao novo pro-cesso de produção do modelo.As linhas já não podem ser

consideradas um plágio doJeepWrangler... O estilo do no-vo T4 é quase idêntico ao doconceito Troller TR-X, mostra-do no Salão de São Paulo de2012. Este, por sua vez, tinhaum forte parentesco visualcom o americano Ford BroncoConcept, de 2004.A grade leva o nome da mar-

Sonho: comandos pesadosemúsica que sai do escapeMotor à moda antiga adaptado para os tempos modernos,o V8 LT1 agora pode desativar quatro de seus oito cilindros

FERNANDO MIRAGAYA

Tudo novo. As quatro lanternas redondas saíram de cena. A fibra de carbono ganha espaço frente à fibra de vidro

ARTE DE DAVID KIMBLE

2 l O GLOBO l CARROetc l Quarta-feira 4 .6 .2014

| Mãona |Roda

Carro etc Editor: Jason Vogel ([email protected]). Assistente: Roberto Dutra([email protected]). Repórteres: Fernando Miragaya ([email protected]) eMarcelo Cosentino ([email protected]). Diagramador: Maurício TussiTelefones/redação: 2534-5000. Publicidade: 2534-4310 ([email protected]).Correspondência: Rua Irineu Marinho 35, 2º andar. Cep: 20230-901. ([email protected])

Na carona da CopaO Uno será atualizado no segundo semestre e ficaráum poquinho mais luxuoso. Antes disso, porém, ga-nha uma edição limitada (de 2 mil unidades) em cli-ma de Copa. Baseada na versão Vivace 1.0 4 portas, asérie Rua terá pintura amarela ou branca, faróis e lan-ternas escurecidos, adesivos nas portas, bandeira doBrasil nas colunas traseiras e outros detalhes.Por dentro é um carnaval: os bancos têm forração

azul comdetalhes emamarelo e onomeda versão es-tampado no encosto. O carro tem ar-condicionado,direção e trio elétrico—o somé o único opcional. Es-se Uno de série especial custa R$ 33.590.

Fandangos. Amarelo Interlagos e adesivos, só nesta versão

FOTOS DE DIVULGAÇÃO

Rua. O Fiat Uno ganha série especial antes da reestilização

Cinto inflável para todosA Ford liberou a patente do cinto inflável para outrosfabricantes e interessados. O equipamento, desen-volvido pela empresa em 2011, está presente em vári-os modelos damarca, entre eles o Fusion vendido noBrasil. O objetivo é incentivar a adoção do equipa-mento, que reduz a incidência de lesões na cabeça,pescoço e tórax. A tecnologia também pode ser apli-cada em helicópteros, aviões ou barcos. A Mercedestem um sistema parecido, o Beltbag, disponível ape-nas para o Classe S, seu sedã mais caro.

Segurança. A Ford liberou a patente dos cintos infláveis

Fera fechadaApresentada no último Salão de Los Angeles, no finaldo ano passado, a versão cupê do Jaguar F-Type che-ga ao Brasil esta semana. Os preços, como era de seesperar, são astronômicos: variam entre R$ 426.300 eR$ 662 mil. São três versões, duas com motor V6 3.0(340cv e 380cv) e uma como brutal 5.0 V8 com 550cv.O sucessor espiritual do lendário E-Type, dos anos60, tem dois tipos de teto disponíveis: em alumínioou com vidro panorâmico.

MARCELO COSENTINO

Cheguei! No Brasil, o F-Type cupê começa em R$ 426 mil

9 e 8 Até 31/05/20147 e 6 Até 30/06/20145 e 4 Até 31/07/20143 e 2 Até 31/08/20141 Até 30/09/20140 Até 31/10/2014Telefones do Detran: 3460-4040 / 3460-4041

Vistoria 2014Final da placa Período para o licenciamento

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

CALENDÁRIODETRAN-RJ. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

CORVETTE C7STINGRAY

Motor: V8, 16 válvulas,comando no bloco,injeção direta, 6.162cm³;461cv (a 6000rpm)e torque de 46,9kgfm(a 4600rpm)Transmissão: manualde sete marchas ouautomática de seismarchas. Tração traseiraSuspensão:independente nasquatro rodasPneus: 245/40 R19e 285/35 R20Dimensões: 4,49m(compr.), 2,71m (e-e)e 1.495kg (peso)Desempenho:0-100km/h em 3,8se máxima de 292km/h

Fóssil vivo.Omotor V8 small block LT1 se mantémà moda antiga, com comando no blocoe duas válvulas por cilindro

D e novo na Interstate 65,arranco com vontade.Chegando ao limite le-

gal (ridículo para o Corvette), ojeito é tirar o pé, perder veloci-dade até uns 70km/h e voltar aacelerar quando a rodovia ficamais vazia. Tudo para evitarproblemas com a polícia lo-cal... Os pipocos do motor nasreduzidas e retomadas são umbônus. Som Bose de alta defi-nição para quê?Em uso normal, mesmo em

sexta, não seria preciso reduzir.É tanto torque que o V8 já estáesperto a 1.000rpm. E a sétimamarcha é uma gentileza paramanter o giro abaixo de2.000rpm nas velocidades má-ximas permitidas nos EUA. As-sim, segundo aGM, amédia deconsumo fica em 12km/l na es-trada e 7km/l na cidade, o quenos parece bastante otimista.Isso se usarmos o carro no

modo de direção Tour, para es-tradas. É o modo que cortaquatro dos oito cilindros em rit-mo de cruzeiro. Ao pôr nosmo-dos Track ou Sport, vem a bru-talidade crua. O motor rugemais alto e a versão automáticaestica mais as marchas.

NO SALÃO SIM, NA LOJA NÃONos EUA, o “mais simples” dosCorvette custa o equivalente aR$ 120 mil. E, no mercadoamericano já há uma versãoconversível, além do furiosoZ06 com compressor e 633cv.No Brasil, o mais barato dos

Corvette C07 não sairia pormenos de R$ 300 mil — assim,apesar da exposição no Salãode SP, sua importação oficialainda não é cogitada.Ao fim de 200km de avalia-

ções, ficou o prazer e a sensa-ção de sonho realizado. Aindanão plantei uma árvore nemescrevi um livro. Mas já dirigium Corvette. l

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Quarta-feira 4 .6 .2014 l CARROetc l O GLOBO l 3

S e depender do GoogleCar, a liberdade e o pra-zer de dirigir estão com

os dias contados. Após quatroanos de testes com Audi TT,Toyota Prius e utilitários Lexusmodificados para andarem so-zinhos, o Google mostrou, nasemana passada, seu próprioprotótipo de carro autônomo.Fez questão de abolir volan-

te, pedais, câmbio e freio demão neste primeiro protótipo.Assim, os seres humanos nãopodem “atrapalhar” o anda-mento da máquina. Há apenasum botão para partida e outrode parada de emergência. Ointerior tem acabamento es-partano, apenas dois lugares ecintos de segurança.Este carrinho com pinta de

mouse é apenas o mais radicaldos projetos para extinguir osmotoristas. Previsões da con-sultoria americana IHS Auto-motive estimam que, em 2025,haverá 230 mil carros autôno-mos rodando no planeta.E o IHS Automotive dizmais:

em 2050 (ou seja: daqui a ape-nas 36 anos, quandomuitos denós ainda estaremos vivos...),praticamente todos os carrosdo mundo poderão circularusando o modo autônomo.Daí que marcas como a Nis-

san (que prevê vender seu pri-meiro autônomo em 2020) e aMercedes-Benz já estão comestudos avançados no tema.— Esta área tem investimen-

tos pesados e, como tecnologi-as evoluem rápido, em 10 ou15 anos os carros autônomosdeverão ser uma realidade nasruas — aposta o professor De-nis Wolf, coordenador do pro-jeto do carro autônomo Cari-na, na USP São Carlos.Hoje, 90% dos acidentes de

trânsito são causados por falhahumana e máquinas que assu-memadireção são vistas comoa solução final para aumentara segurança. Serviriam aindapara reduzir engarrafamentos,consumo e emissões, além deacatar limites de velocidade.Em seus testes, o Google pôs

um cego “na direção” no carro,mostrando que esses robôs dequatro rodas também darãoautonomia a quem hoje nãopode assumir o volante.

LEI É O MAIOR ENTRAVE ATUALAlém do sistema de radar comsensores laser (no teto) e dosoftware GoogleMaps, omaioraliado do Google Car é umaplicativo para smartphone.Por meio do aplicativo, o

usuário pede que o veículo oleve até umdeterminado local.Aí, basta ao humano bancar opassageiro, já que o automóvelchegará ao destino sem qual-quer outra intervenção huma-na. O funcionamento é seme-lhante ao dos aplicativos parase pedir táxi— sóque semo ta-xista ao volante.Os cem primeiros carros se-

rão montados por um fabri-cante de Detroit (o Google nãorevela qual) para serem testa-dos ainda este ano. Os protóti-pos terão autonomia de cercade 160km e serão movidos porummotor elétrico, que os leva-rá à máxima de 40km/h. Porenquanto, o “Google Car" será

destinado apenas ao tráfegourbano, sem possibilidade decircular em rodovias.Essas próximas unidades, no

entanto, terão todos os coman-dos necessários para que omotorista assuma o controle,comomandamas leis para veí-culos autônomos da Califór-nia, onde o Google está sedia-do. Também por causa da le-gislação, o veículo teve seus re-trovisores mantidos.No Brasil, o carro do Google

seria proibido de circular, jáque ainda não há qualquer leique regulamente o assunto.— Como a legislação atual

exige ummotorista ao volante,os autônomos, por enquanto,estão fora da lei — diz Denis.Não é só aqui: namaioria dos

países estes carros ainda es-barram na legislação. Na Sué-cia, onde a Volvo experimentaseus autônomos, foi precisoumacordo comogovernoparaliberar um trecho urbano paratestes. Já na Inglaterra as expe-riências são liberadas.Nos EUA, seis estados não

permitem estes veículos emsuas ruas, como o Texas. Ou-tros 12 estudam o caso e so-mente quatro permitemque osmodelos circulem: Califórnia,Nevada, Florida e Minessota.Nos quatro anos de testes de

carros autônomos do Google,os únicos incidentes registra-dos foram causados por outrosautomóveis, guiados por... hu-manos.Mesmo assim, o Google Car

traz toda uma parafernália pa-ra evitar o pior. Os sensoreseletrônicos podem ver cercade 600m em todas as direçõese a frente do carro tem estrutu-ra de espuma fofa — se o com-putador falhar e o veículo atin-gir um pedestre, este não semachucará muito.

O CARRO AUTÔNOMO BRASILEIROJá existe uma Palio WeekendAdventure sem motorista ro-dando pela região de São Car-los, no interior de São Paulo.Trata-se do projeto Carina II

(Carro Robótico Inteligentepara Navegação Autônoma),desenvolvido na USP local. Oprincípio de funcionamento éo mesmo do carro do Google:uma câmera instalada à frentedo para-choque dianteiro lê ossinais de trânsito e as placas,enquanto no teto vai um siste-ma de laser que detecta pesso-as, carros e até o meio-fio.— O nosso carro autônomo

tem os mesmos problemas docarro do Google, mas com so-luções diferentes. O nosso la-ser lê 2 milhões de númerospor segundo, que representamo que está a volta. Os progra-mas têmque interpretar os nú-meros e tomar decisões emdé-cimos de segundo — explica oprofessor Denis Wolf.O projeto universitário co-

meçou em 2010 com um carri-nho de golfe autônomo — oCarina I.O grande desafio aconteceu

em outubro de 2013, quando omodelo Carina II saiu do cam-pus e rodou pela cidade, emmeio ao trânsito local — esti-ma-se que esta tenha sido aprimeira experiência do tipona América Latina.O passeio de 15km por São

Carlos, a uma velocidade má-xima de 40km/h, só foi possí-vel porque a secretaria de trân-

sito local fez um esquema es-pecial para o teste, já que o car-ro não atende à legislação.

E QUANDO HOUVER ACIDENTE?Um aspecto fundamental, masainda nebuloso, é em relaçãoàs seguradoras. No caso deuma colisão, abre-se a discus-são: estaria o motorista isentode culpa, já que não teria ocontrole do automóvel? Equem será responsabilizadoquando houver um acidente: ofabricante do carro, o motoris-ta ou a seguradora?A tecnologia para abolir o

motorista já existe. O que faltaé refinar os sistemas e reduziros preços. No Carina, foramgastos R$ 250 mil em sensorese computadores. Com a popu-larização, os preços tendem acair. A IHS Automotive prevêque, em 2025, o sistema seráoferecido como um opcionalcaro, custando entre US$ 7 mile US$ 10mil. Mas, em 2030, es-se valor já terá caído para unsUS$ 3 mil.Para a equipe da USP, o pro-

jeto brasileiro é aindamais de-safiador que o do Google, jáque nos EUA não há tantos bu-racos e quebra-molas, a sinali-zação é boa e o trânsito é maisprevisível.— Hoje, o carro do Google

teria problemas para rodar noBrasil. Seria preciso desenvol-vê-lo mais uns dois anos parase adaptar à nossa realidade—calcula o professor Denis. l

Como seráa vida comum carroautônomoProjetos como o GoogleCar tornarão os motoristasobsoletos muito em breve

FOTOS DE DIVULGAÇÃO

EUA. O simpático carrinho elétrico do Google tem 160km de autonomia e chega a 40km/h. Estranhou os retrovisores? São exigências da legislação local...

Brasil.No anopassado, oCarina, carroautônomocriado pela USPde São Carlos,rodou 15 km nacidade. Ao lado,como o laser doteto “enxerga” omundo ao redor

Na Alemanha.O Mercedes S500 autônomorefez o trajetoda primeiraviagem de carroda história, feitapor Bertha Benzem 1888

HENRIQUERODRIGUEZ

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OGLOBO

QUARTA-FEIRA 4.6.2014

oglobo.com.br Carro etc

Não é todo dia que a BMW lança duas novida-des importantes (e tão diferentes entre si) aomesmo tempo no Brasil. Os caros leitores fica-rão impressionados com ambas. A S 1.000 R éadrenalina pura para quem curte superbikes enakeds derivadas. Já a retrô R Nine T encherá osolhos de quem aprecia motos não só como veí-culos, mas também com um certo tipo de arte.Então, comecemos por esta.A roadster foi criada para festejar os 90 anos

da marca. Daí o nome começando com a letra“'R”, que classifica os modelos equipados com ofamoso motor boxer, mais a corruptela Nine T— “'ninety”, ou 90 em inglês.O motor é o mesmo da R 1.200 R, a moto

naked padrão da linha. Já os freios e garfos dian-teiros dourados (e invertidos) são da superbikeS 1.000. O quadro, porém, é exclusivo do novomodelo, bem como banco, tanque, rabeta, farol,acabamentos e até os escapes (fornecidos pela

grife Akrapovic). Issotudo eleva os custos deprodução e o resultadoé o alto preço de R$61.500 para uma motorelativamente simples(a R 1.200 R custa R$ 59mil).Segundo a BMW, um

atrativo especial da RNine T é a possibilidadede customizações. É al-go bem incomum namarca, pois nem mes-mo a saudosa R 1.200 C,a única custom já feitapela marca (lá no finaldos anos 90) tinha talcaracterística.Na R Nine T, é possí-

vel, por exemplo, tirar aparte traseira do qua-dro. Para tanto, bastausar o próprio jogo deferramentas que vemcom a moto. A rabetafica curtinha.A marca também

promete vender em su-as concessionárias vá-rios acessórios, paraque cada proprietáriopersonalize sua moto.Coisas como três dife-rentes ponteiras de es-cape com desenhos esons diferentes, para-

lamas dianteiro e cobertura do motor em fibrade carbono, cobertura traseira do banco (que vi-ra monoposto), banco conforto para o garupa episcas com leds. Em resumo: essa Nine T é paracriar, fuçar, montar e desmontar.Num circuito bem sinuoso de 100km, A Nine

semostroudócil. Comsua configuraçãoboxer, omotor entrega o torque progressivamente, semsustos e desde cedo. Aqui, o barato é chegar àquinta das seismarchas e fazer praticamente tu-do ali, controlando as reações no acelerador.Eletrônica? Só o ABS. A R Nine T não é uma

moto para longas distâncias. O conforto é limi-tado pelas suspensões excessivamente rígidas,não há proteção aerodinâmica e o espaço parauma garupa é exíguo. Mas, nos desfiles curtos, adiversão não tem contra-indicações.l

Suporte. O cardã vai por dentro da balança monochoque (só de um lado)

Namoda do quanto menos, melhorFOTOS DE DIVULGAÇÃO

Estilo. Pinturabicolor, rabetacurta e váriosacessórios decustomizaçãodão à R Nine Tum charmevintage

ROBERTODUTRA

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Painel. Instrumentos analógicos e digitais juntam passado e presente

A naked S 1.000 R apresen-tada pela BMW juntocom a R Nine T é para

quem gosta de emoções fortes.A BMW apressou-se em dizerque não se trata simplesmentede uma RR com um “'R” e algu-mas carenagens a menos.É bem verdade que a moto

tem características próprias,mas curiosamente, devido à tec-nologia embarcada, se aproxi-ma mesmo é da S 1.000 R HP4,versão da superbike carenadaainda mais feroz e equipada(tanto que tem versões de rua ede pista). Ou seja, no final das

contas são apenas variações so-bre ummesmo tema.Aqui são diferentes o guidom,

o farol, a mesa superior e até alanterninha traseira. Carena-gens? Só uma moldurinha parao farol e duas peças laterais assi-métricas que têm função aero-dinâmica.Se visualmente esta R se difere

nas outras S 1.000, dinamica-mente é tãomonstrinha quanto.O barato aqui é que a posição depilotagem, quenão é tão deitadaquanto nas RR. O encaixe dosjoelhos no tanque é mais natu-ral e os pés ficam mais para a

frente. Assim, há algumconfortoe fica mais fácil percorrer gran-des distânciasAs respostas do motor, claro,

são fortíssimas. Mas curiosa-mente a condução é até dócildesde que não se abuse — nasoutras S 1.000 também é assim,bastando se familiarizar com a

dosagem dada pelo acelerador.Para se encontrar os limites

desta moto, é preciso ser bompiloto. Inexperientes devemmanter distância segura.Solicitada, esta R anda forte.

Mas o ideal é manter um cruzei-ro de 120km/h: haverá força desobra para emergências, a moto

se mantém absolutamente namão e a turbulência não inco-modamuito—embora aqui nãoexista bolha frontal como na RR.Embora seja um quatro em li-

nha, o motor tem bom torqueem baixas rotações e não pedereduções no câmbio.A sensação de segurança é

A roupamudou,mas a adrenalinaainda é amesmaVersão menos carenada da linha S 1.000, anaked R mantém desempenho agressivo da RR

DIVULGAÇÃO

Nervosinha. A S 1.000 R é uma naked, mas seu DNA vem de superbikes. Anda forte e exige habilidade do piloto

BMWS 1.000 R

Preço: R$ 68 milOrigem: AlemanhaMotor: quatro cilindros emlinha, refrigerado a água, 16v,potência máxima de 160cv(a 11.000rpm) e torque de11,6kgfm (a 9.250rpm)Transmissão: câmbio deseis marchas com secundáriapor correnteSuspensões: garfos invertidosna frente e monochoque atrásFreios: a disco, com ABSPneus: 120/70 R 17 na frentee 190/55 R 17 atrásDimensões: 2,05m, (compr.),1,43m (e.e.) e 81,4cm (banco)Peso: 207kgTanque: 17,5 litros

BMWRNINE T

Preço: R$ 61.500Origem: AlemanhaMotor: dois cilindroscontrapostos,refrigerado a ar eóleo, 1.170cm³,potência máxima de110cv (a 7.500rpm) etorque de 12,3kgfm(a 6.000rpm)Transmissão:câmbio de seismarchas comsecundária por cardãSuspensões:garfos telescópicosinvertidos na frente emonochoque atrás,apoiado em eixomonobraçoFreios: a disco,com ABSPneus: 120/70 R17na frente e180/55 R17 atrásPeso: 222kgTanque: 18 litrosDimensões: 2,20m(compr.), 147m (e.e) e78,5cm (altura dobanco ao solo)

Detalhes. Osgarfos dianteirosdourados einvertidos e osfreios são osmesmos dasS 1.000, mas apilotagem daR Nine T é bemmais tranquila

R Nine T comemora os 90 anos da BMW com visual retrô e várias opções de customização

grande— como hámuita eletrô-nica atuando, fica até difícil fa-zer besteira. Estão lá controlesde estabilidade e de tração, trêsmapas de pilotagem (manso,arisco e para pista), suspensãoativa e ABS. Com tudo isso, oprecinho não poderia mesmoser camarada: R$ 68 mil! l

Product: OGloboCarroEtc PubDate: 04-06-2014 Zone: Nacional Edition: 1 Page: PAGINA_D User: Asimon Time: 06-03-2014 14:06 Color: CMYK