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Curso Tecnológico de Design de Equipamento Programa de Oficina de Design Cerâmico 12º Ano Autores Paulo Parra (Coordenador) Inês Secca Ruivo José Viana* Raúl Cunca Homologação 19/04/2006

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Programa de Design Cerâmico

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  • Curso Tecnolgico de Design de Equipamento

    Programa de Oficina de Design Cermico

    12 Ano

    Autores

    Paulo Parra (Coordenador) Ins Secca Ruivo

    Jos Viana* Ral Cunca

    Homologao

    19/04/2006

  • * Jos Viana participou apenas na autoria do projecto inicial que esteve na base do presente programa.

  • Oficina de Design Cermico 1 de 25

    ndice

    Pg. I Introduo 02

    II Apresentao do Programa 04 Finalidades 04

    Objectivos Gerais 05 Viso Geral dos Temas/Contedos 06

    Sugestes Metodolgicas Gerais 07 Competncias Gerais 08

    Recursos/Equipamentos 10 Avaliao 12

    III Desenvolvimento do Programa 14

    Gesto de Temas/Contedos 15 Sugestes Metodolgicas Especficas 17

    Exerccios 17

    IV Bibliografia 23

  • Oficina de Design Cermico 2 de 25

    I Introduo

    A estrutura curricular no curso tecnolgico de Design de Equipamento, no 12 ano, prev duas disciplinas de especificao Oficina de Design de Mobilirio e Oficina de Design Cermico de forma a direccionar a formao tecnolgica, no ltimo ano do curso, para cada uma daquelas reas profissionais, e de modo a permitir a insero do aluno no mercado de trabalho qualificado. No domnio do Design Cermico, esta formao permite ao aluno ficar apto a desempenhar funes tcnicas em diferentes reas relacionadas com a produo de artefactos cermicos, tais como indstrias, ateliers, oficinas artesanais e semi-industriais. As aprendizagens desenvolvidas nesta disciplina pretendem constituir-se como o culminar de todo um processo de formao tecnolgica de banda larga, iniciado no 10 ano no mbito da disciplina de Oficina de Design de Equipamento, que se direcciona agora exclusivamente para a rea do Design de Mobilirio. Deste modo, as competncias relacionadas com a representao tcnica, a construo tridimensional e as metodologias do trabalho de projecto constituem-se como as bases de formao que tornam consecutivos os objectivos de carcter especfico, enunciados neste programa.

    Sendo o carcter de ambas as disciplinas de pendente predominantemente prtica, o programa prev a introduo de contedos tericos, que contextualizam a aprendizagem nas especificidades tcnicas das reas propostas e que sensibilizam o aluno para um domnio das prticas profissionais, com nveis de exigncia e qualidade, bem como para a observao das inerentes questes ecolgicas e ambientais. Deste modo, prope-se o desenvolvimento de uma aprendizagem evolutiva, alicerada em prticas e referentes tericos que estruturem, desde o incio, uma progresso do conhecimento para realidades cada vez mais complexas.

    O desenvolvimento deste programa prev uma articulao transversal com os contedos das disciplinas que constituem o elenco curricular deste curso, nomeadamente o Desenho B e as Tecnologias do Equipamento, bem como com o Projecto Tecnolgico. A disciplina de Oficina de Design Cermico dever privilegiar a sua articulao com o Projecto Tecnolgico, rea curricular no disciplinar, no sentido do desenvolvimento,

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    por parte do aluno e ao longo do ano lectivo, de um projecto a ser apresentado e avaliado no contexto da Prova de Aptido Tecnolgica (PAT), no final do ano lectivo.

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    II Apresentao do Programa

    Finalidades

    - Desenvolver capacidades, conhecimentos e competncias no domnio dos processos e das tecnologias envolvidos na produo cermica.

    - Desenvolver sensibilidades no entendimento das relaes produtivas, funcionais e ergonmicas inscritas, quer no processo de fabricao, quer no de utilizao dos objectos.

    - Desenvolver o entendimento das questes relacionadas com os critrios de qualidade e sua implementao no contexto da produo.

    - Fomentar a conscincia crtica e interventiva. - Desenvolver o esprito de iniciativa, de responsabilizao e de colaborao. - Promover uma atitude ecolgica na racionalizao dos recursos materiais e

    tecnolgicos.

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    Objectivos Gerais - Conhecer materiais, instrumentos e tcnicas no mbito das tecnologias da cermica. - Utilizar adequadamente os materiais, os instrumentos e as tcnicas segundo critrios

    de funcionalidade ao nvel do uso e da produo. - Desenvolver modelos de simulao e verificao, relacionados com a estrutura e a

    construo de objectos. - Compreender os projectos na sua relao com as condicionantes de utilizao e de

    produo. - Conhecer e utilizar normas relacionadas com a ergonomia, higiene e segurana,

    aplicadas ao sistema Homem/Ambiente/Artefactos. - Integrar o desempenho individual no contexto do trabalho de grupo. - Desenvolver uma adequada utilizao das tecnologias informticas.

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    Viso Geral dos Temas/Contedos

    1. Sntese Evolutiva das Produes Cermicas

    1.1 Tipologias Cermicas 2. Tcnicas Artesanais

    2.1 Tipologia e Morfologia dos Objectos Artesanais 2.2 Tcnica de Olaria

    3. Trabalho e Qualidade

    3.1 Ergonomia, Higiene e Segurana no Trabalho 3.2 Os Critrios de Qualidade

    4. Representao Tcnica e Modelao de Dois Objectos Cermicos Interdependentes

    4.1 Pastas Cermicas: Tipos, Caractersticas e suas Aplicaes 4.2 Caracterizao do Conjunto dos Objectos 4.3 Representao Tcnica: Especificidades Tecno-Produtivas 4.4 Tcnicas de Modulao e Construo de Moldes 4.5 Produo Seriada

    5. Cermica de Mesa e Cermica Sanitria Tipologias, Materiais e Processos

    Produtivos

    5.1 Os Processos de Produo das Diferentes Tipologias de Cermica de Mesa 5.2 Os Processos de Produo das Diferentes Tipologias de Cermica

    Sanitria

  • Oficina de Design Cermico 7 de 25

    Sugestes Metodolgicas Gerais

    A estruturao do programa assenta em contedos sequenciados da aprendizagem, em que os conhecimentos tericos precedem as prticas, preparando o aluno para a sua integrao profissional nos contextos industriais da cermica. As metodologias a desenvolver para a consecuo deste programa pressupem a existncia de meios adequados s prticas desenvolvidas, bem como a articulao com unidades industriais exteriores ao espao escolar. Desta forma, o aluno poder tomar contacto com a realidade das tecnologias, dos processos produtivos e das matrias-primas inerentes transformao e produo, no contexto da indstria cermica. Esta aprendizagem dever ser complementada com a aquisio de contedos tericos, leccionados ao longo de todo o processo de ensino-aprendizagem. No contexto desta disciplina, a aprendizagem dever ser iniciada atravs de uma abordagem s tcnicas artesanais, onde o aluno tomar contacto com a produo, bem como com as prticas de olaria, incluindo os processos de cozedura. Ao longo do desenvolvimento do programa, o aluno ir abordar os processos industriais, onde a aprendizagem integrar o conhecimento das matrias-primas, dos meios tecnolgicos de transformao, assim como da sua relao com as condies de trabalho inerentes a este sector, nomeadamente a higiene, a segurana e os factores ergonmicos. Neste contexto, ainda, o aluno dever proceder, primeiramente, a uma anlise da interveno humana nas fases de produo, no sentido de ser conduzido, posteriormente, a uma fase de experimentao de algumas pastas cermicas e de tcnicas de transformao. Esta metodologia a adoptar, no mbito do processo de ensino- -aprendizagem, dever ser desenvolvida no contexto industrial dos sectores da cermica de mesa e da cermica sanitria. Ao longo do seu percurso formativo, o aluno dever desenvolver conhecimentos e prticas ao nvel da representao rigorosa (convencional e digital), inerentes ao trabalho de projecto e sua comunicao.

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    Competncias Gerais O aluno estar apto a fazer uso das capacidades de anlise e de inferncia atravs da observao e manipulao de materiais, instrumentos e processos de produo. O contacto com os mtodos de fabricao permitir ao aluno a compreenso das correlaes existentes entre as formas projectadas e os meios tcnicos para as produzir. Deste modo, a aprendizagem congrega o desenvolvimento de competncias e de prticas, inerentes produo e relacionadas com o projecto.

    Atravs do contacto com os contextos industriais, o aluno desenvolver, entre outras, a capacidade de anlise crtica e de observao das questes relacionadas com a higiene e segurana no trabalho. Deste modo, o aluno estar tambm consciencializado para as questes relacionadas com a qualidade e com os factores ecolgicos e ambientais, no contexto da produo industrial.

    Perfil de competncias No final desta formao, o aluno estar apto a entender a relao entre os processos de concepo, no design, e a sua implementao na produo industrial, tendo desenvolvido, igualmente, um conjunto de competncias que lhe permitiro integrar o mercado de trabalho qualificado nas reas da concepo e produo cermica. Assim, no final do 12 ano, o aluno estar apto a saber:

    - Utilizar materiais, instrumentos e tcnicas no mbito das tecnologias da cermica; - Construir e experimentar modelos de simulao e verificao, relacionados com a

    estrutura e construo de objectos; - Analisar os objectos atravs da decomposio dos seus elementos constituintes; - Utilizar materiais e inferir sobre os seus comportamentos mecnicos; - Identificar e comparar mtodos e processos semelhantes ou alternativos nas distintas

    tecnologias; - Utilizar adequadamente materiais segundo critrios de funcionalidade ao nvel do uso

    e da produo; - Analisar projectos e entender a sua correlao com as condicionantes de utilizao e

    produo;

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    - Utilizar adequadamente instrumentos e mtodos de transformao no contexto da produo;

    - Informar acerca das questes ecolgicas e da sustentabilidade na utilizao dos

    materiais; - Informar acerca dos critrios de qualidade inerentes ao projecto e produo de

    objectos cermicos; - Compreender e utilizar normas relacionadas com a ergonomia, higiene e segurana,

    aplicadas ao sistema Homem/Ambiente/Artefactos; - Praticar a interdisciplinaridade, exercendo o cruzamento de matrias e informaes

    de diversas reas do conhecimento; - Trabalhar e desenvolver tarefas que congreguem o desempenho individual no

    trabalho de grupo; - Utilizar os meios informticos na pesquisa e recolha de informao, na representao

    tcnica e na produo de imagens de simulao.

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    Recursos/Equipamentos

    No obstante o facto de a disciplina de especificao integrar alguns contedos eminentemente tericos, a sua principal vocao de carcter prtico. Dada esta componente necessrio o uso de materiais e equipamentos especficos para a concretizao da actividade pedaggica dos contedos inerentes s tecnologias da cermica. As salas de aula devem estar equipadas com estiradores, cadeiras e iluminao adequada. O espao oficinal dever estar apetrechado com maquinaria, bancadas, armrios para materiais e ferramentas, iluminao adequada e gua corrente.

    Equipamentos e Ferramentas Equipamentos Projector de diapositivos e cran Televisor e vdeo Rodas de oleiro Forno cermico Tornos de modelao Software Meios informticos compatveis com a utilizao de programas de CAD e tratamento de texto e imagem Programas de CAD e de tratamento de texto e imagem Ferramentas Berbequim Compassos de ponta-seca Compassos de volta Esquadros regulveis Instrumentos de desenho Instrumentos de medida Instrumentos de corte Teques, garrotes e instrumentos de modelao Grampos e sistemas de aperto

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    Consumveis Barro e pastas cermicas Gessos Lixas vrias Arames Chapas Colas vrias Mscaras, luvas e outros equipamentos de proteco.

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    Avaliao

    A avaliao desta disciplina processa-se de forma contnua e sistemtica e integra duas modalidades:

    - a avaliao formativa, que tem uma funo diagnstica, permitindo ao professor, ao aluno, ao encarregado de educao e ao director de turma obter informao sobre o desenvolvimento das aprendizagens, com vista ao ajustamento de processos e estratgias e - a avaliao sumativa, que consiste na formulao de um juzo globalizante, tem como objectivos a classificao e da responsabilidade do professor.

    Constituem objecto de avaliao:

    - os conhecimentos revelados; - as competncias manifestadas na execuo dos trabalhos; - os valores e atitudes manifestados no processo de ensino-

    -aprendizagem. Na avaliao dos conhecimentos, deve estar implcita a compreenso da correlao existente entre as formas projectadas e os meios tcnicos para as produzir. Tambm deve ser considerado o entendimento das questes inerentes higiene e segurana no trabalho, assim como de noes de ergonomia e qualidade, relacionadas no s com os produtos, mas tambm com os ambientes industriais. Na avaliao das competncias, deve ser tomado em considerao o modo como o aluno aplica os conhecimentos adquiridos, e como utiliza os meios e instrumentos adequados s prticas e ao uso das tecnologias relacionadas com a produo cermica. Neste contexto, devem ser consideradas, entre outras, a capacidade de seleco e utilizao adequada dos materiais e instrumentos, o desenvolvimento da destreza manual e a capacidade de experimentao e verificao. No domnio dos valores e atitudes, devem ser considerados aspectos como a motivao e a participao, a assiduidade, o esprito de iniciativa e a autonomia, bem como a relao com os outros, nomeadamente a cooperao e a responsabilizao, no mbito de trabalho em equipa. So tambm consideradas objecto de avaliao as produes decorrentes do processo metodolgico do trabalho de projecto, nomeadamente, as fases de pesquisa,

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    de desenvolvimento e de concluso. Nestas fases, para alm dos parmetros relacionados com as competncias a desenvolver, devem ser tambm considerados a capacidade de organizao e cumprimento de prazos. No mbito de todo o processo de avaliao, devero ser utilizadas, entre outros instrumentos, grelhas de observao e verificao que possibilitem a anotao de informaes relativas ao percurso do aluno no contexto do grupo. Todo o material produzido e organizado pelo aluno, decorrente da prtica dos exerccios e das actividades desenvolvidas ao longo do ano, constituir elemento para elaborao de um porteflio representativo do seu percurso escolar.

  • III Desenvolvimento do Programa

    UNIDADES DE ENSINO-APRENDIZAGEM

    Sntese Evolutiva das Produes Cermicas 1Tcnicas Artesanais 2

    Trabalho e Qualidade 3Representao Tcnica e Modelao de Dois Objectos

    Cermicos Interdependentes 4

    Cermica de Mesa e Cermica Sanitria Tipologias, Materiais e Processos Produtivos

    5

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    Gesto de Temas/Contedos

    N de unidades

    lectivas (90 min.)

    Sntese Evolutiva das Produes Cermicas* 2

    1.1 Tipologias cermicas* os objectos utilitrios, cermica estrutural e de revestimento caracterizao dos aspectos formais/funcionais definidores de cada tipologia e seu enquadramento nos subsectores da indstria cermica.

    1.1.1 O contexto artesanal* a evoluo do processo

    de produo nas diversas tipologias as matrias- -primas: tipos, caractersticas e suas aplicaes.

    U

    nida

    de 1

    1.1.2 O contexto industrial* as reas de fabrico; tcnicas e mtodos de produo nos subsectores da cermica utilitria e sanitria.

    Tcnicas Artesanais 24

    2.1 Tipologia e morfologia de objectos artesanais* objectos de revoluo.

    U

    nida

    de 2

    2.2 Tcnica de olaria. As pastas e a sua plasticidade. Prticas de utilizao da roda de oleiro Modelao e utilizao de instrumentos. Tcnicas de enfornamento e cozedura.

    Trabalho e Qualidade 2

    3.1 Ergonomia, higiene e segurana no trabalho* a optimizao dos espaos, equipamentos e instrumentos na adequao aos desempenhos do homem no contexto do trabalho.

    3.2 Os critrios de qualidade* a qualidade no projecto:

    sua relao com as condies normativas e os aspectos de desenvolvimento e inovao. A qualidade na produo: sua conformidade com o projecto.

    Uni

    dade

    3

    3.3 Factores ecolgicos e ambientais* identificao e gesto de recursos; reciclagem, reutilizao e reduo.

  • Oficina de Design Cermico 16 de 25

    N de unidades

    lectivas (90 min.)

    Representao Tcnica e Modelao de Dois Objectos Cermicos Interdependentes 62

    4.1 Pastas cermicas* tipos, caractersticas e suas aplicaes.

    4.2 Caracterizao do conjunto dos objectos relaes

    formais e funcionais na interdependncia das partes.

    4.3 Representao tcnica: especificidades tecno- -produtivas projeces, cortes, pormenores, escalas, cotagem e percentagens correctivas.

    4.4 Tcnicas de modelao e construo de moldes

    utilizao de gessos e de instrumentos de modelao.

    Uni

    dade

    4

    4.5 Produo seriada experimentao de vrias pastas cermicas para via lquida; enchimento, acabamento e cozedura.

    Cermica de Mesa e Cermica Sanitria Tipologias, Materiais e Processos Produtivos 30

    5.1 Os processos de produo das diferentes tipologias de Cermica de Mesa abordagem s diferentes fases dos processos de fabricao: materiais, modelao e fabricao de moldes, enchimento, acabamentos e secagem, vidragem e decorao, enfornamento e cozedura, escolha e embalagem.

    Uni

    dade

    5

    5.2 Os processos de produo das diferentes tipologias de Cermica Sanitria abordagem s diferentes fases dos processos de fabricao: materiais, modelao e fabricao de moldes, enchimentos, acabamentos e secagem, vidragem, enfornamento e cozedura, escolha e embalagem.

    Total de Unidades 120

    Nota: os contedos assinalados com asterisco (*) so de sensibilizao, os restantes so de

    aprofundamento.

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    Sugestes Metodolgicas Especficas Neste captulo de gesto do programa, os exerccios propostos, devem ser considerados como exemplos de intenes pedaggicas para o desenvolvimento dos contedos programticos. No enunciado destes exerccios, esto contemplados os objectivos, os materiais e os instrumentos necessrios sua execuo. Para o desenvolvimento das competncias que esta disciplina promove, devem ser consideradas as etapas crescentes na aquisio de conhecimentos tericos e prticos, constituindo-se esta progresso como suporte metodolgico da avaliao. Exerccios Exerccio I Tcnicas artesanais modulao em roda de oleiro Este exerccio prope uma introduo s tcnicas de olaria. A primeira fase pretende a aproximao desta prtica atravs do contacto com objectos executados segundo o processo em causa. Deste modo, o aluno conduzido a uma observao mais incisiva das caractersticas tcnicas e formais relativas a esta prtica, constituindo-se como um primeiro contacto com a produo cermica, segundo a tcnica da roda de oleiro. Apesar de o domnio deste mtodo requerer uma prtica extensa, neste exerccio, o aluno dever apenas experimentar e apreender os contedos essenciais. Neste contexto, devem ser previstas visitas de estudo a oficinas, ateliers ou a pequenas unidades de produo artesanal. Actividade 1. Pesquisa de objectos de revoluo, produzidos na roda de oleiro. Anlise das suas

    caractersticas. 2. Prtica de modulao em roda de oleiro (centrar a tela, rodar a forma, subir a

    pea). 3. Produo at fase de cozedura de um contentor.

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    Contedos - Tcnicas de olaria modulao em roda de oleiro instrumentos e metodologias. - As pastas para modelao caractersticas. - Tcnicas de enfornamento e cozedura. Materiais e Instrumentos Instrumentos e consumveis para a prtica da olaria pastas, teques e garrotes. Avaliao Avaliar capacidades relativas anlise dos objectos e inferncia sobre os seus processos de produo. Avaliar a destreza manual relacionada com a prtica de olaria. Exerccio II Tcnica de modelao para um conjunto de objectos Este exerccio pretende conduzir o aluno compreenso das tcnicas de fabricao dos produtos cermicos, por via lquida, relevando, desta forma, as potencialidades e limitaes deste processo. A experimentao tem como intuito final o teste e observao das caractersticas das diferentes pastas cermicas, permitindo, desta forma, que os alunos seleccionem no incio o tipo de pasta cermica com que vo desenvolver o exerccio. Esta aprendizagem , por isso, iniciada atravs de contedos tericos acerca da diversidade das matrias-primas. A prtica , assim, iniciada atravs da anlise de dois objectos cermicos interdependentes produzidos por via lquida. A anlise deste conjunto pressupe a execuo de desenhos de representao de esboo e rigorosos que possibilitem a compreenso das caractersticas dos mesmos, bem como da sua tcnica de produo. Deste modo, esta fase constitui, tambm, o suporte para a construo do modelo e do respectivo molde. Neste momento do exerccio, necessrio ministrar as bases que correspondem s prticas de modelao e, posteriormente, fase de enchimento. Actividade 1. Seleco, anlise e registo das caractersticas de um conjunto de objectos

    interdependentes. 2. Execuo do desenho tcnico. Desenho cotado, escala real, das vistas e cortes

    dos objectos.

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    Execuo do desenho tcnico, representando os modelos escala real, cotada de acordo com as percentagens correctivas, correspondentes contraco da pasta cermica escolhida.

    3. Execuo dos modelos dos respectivos objectos. 4. Execuo dos modelos em gesso, de acordo com o desenho realizado. 5. Enchimento e finalizao das peas at sua cozedura, para verificao dos

    resultados. Contedos - Tcnicas cermicas:

    Modelao: Produo de modelos e moldes para o processo de conformao por via lquida. Contraco das pastas cermicas e clculo das percentagens correctivas.

    - Tcnicas de representao rigorosa (digital e/ou convencional): Projeco, cortes, pormenores, cotagem.

    Materiais e Instrumentos Instrumentos e consumveis para a prtica da modelagem. Avaliao Avaliar a capacidade de anlise dos objectos e interferncia sobre os seus processos de produo. Avaliar os conhecimentos especficos relacionados com a tecnologia cermica, necessrios prtica da modelao e reproduo de peas. Avaliar a capacidade de representao tcnica. Exerccio III Cermica de mesa Este exerccio prope a compreenso da correlao existente entre as formas projectadas e os meios tcnicos para as produzir. Esta abordagem pressupe a anlise in loco, no contexto industrial, devendo, para o efeito, ser programadas visitas de estudo. A actividade iniciada com uma apresentao introdutria acerca da especificidade da tecnologia cermica, propiciando aos alunos a seleco da tipologia e a sequente anlise da produo das mesmas. Aps as visitas, sero elaborados relatrios, os quais sero, por sua vez, objecto de apresentao e discusso.

  • Oficina de Design Cermico 20 de 25

    Actividade 1. Elaborao de um relatrio a partir de uma tipologia seleccionada, para anlise

    sequente do seu percurso, atravs das diversas fases de produo. Esta abordagem deve incidir nas seguintes fases do processo de produo, em contexto industrial: - Sector de modelao e fabricao de moldes; - Sector de enchimento, acabamentos e secagem; - Sector de vidragem e decorao (serigrafia, filetagem e estampagem); - Sector de enfornamento e cozedura; - Sector de escolha e embalagem.

    2. Apresentao e discusso, no contexto da sala de aula, dos contedos abordados

    no relatrio. Contedos Cermica de mesa abordagem ao contexto industrial. Tcnicas e mtodos de produo industrial. Modelos, moldes e madres. As pastas cermicas seu comportamento plstico, qumico e mecnico. Mtodos de conformao via lquida, prensa, roller, jaule. Acabamento, manuseamento e escolha. Vidragem via manual, por imerso e pistola. Enfornamento, optimizao dos fornos e curvas de cozedura. Padres de escolha e acondicionamento. Mtodos de tratamento de informao. Materiais e Instrumentos Meios de registo grfico e fotogrfico. Programas de tratamento de imagem. Documentao tcnica. Meios de arquivo e apresentao. Avaliao Avaliar os conhecimentos relativos ao contexto da tecnologia cermica. Avaliar a capacidade analtica e de inferncia. Avaliar a capacidade de explanao e argumentao.

  • Oficina de Design Cermico 21 de 25

    Exerccio IV Cermica sanitria Este exerccio prope novamente a compreenso da correlao existente entre as formas projectadas e os meios tcnicos para as produzir, neste caso, aplicada cermica sanitria. Esta abordagem pressupe, tambm, a anlise in loco, no contexto industrial, devendo, para o efeito, ser programadas visitas de estudo. A actividade iniciada com uma apresentao introdutria acerca da especificidade da tecnologia cermica, propiciando aos alunos a seleco da tipologia e a sequente anlise da produo da mesma. Aps as visitas, sero elaborados relatrios, os quais sero, por sua vez, objecto de apresentao e discusso. Actividade 1. Elaborao de um relatrio a partir de uma tipologia seleccionada, para anlise

    sequente do seu percurso atravs das diversas fases de produo. Esta abordagem deve incidir nas seguintes fases do processo de produo em contexto industrial: - Sector de modelao e fabricao de moldes. - Sector de enchimento, acabamentos e secagem. - Sector de vidragem. - Sector de enfornamento e cozedura. - Sector de escolha e embalagem.

    2. Apresentao e discusso, no contexto da sala de aula, dos contedos abordados no relatrio.

    Contedos Cermica sanitria abordagem ao contexto industrial. Tcnicas e mtodos de produo industrial. Modelos, moldes e madres. As pastas cermicas seu comportamento plstico, qumico e mecnico. Mtodos de conformao. Acabamento, manuseamento e escolha. Vidragem via manual, por imerso e pistola. Enfornamento, optimizao dos fornos e curvas de cozedura. Padres de escolha e acondicionamento. Mtodos de tratamento de informao.

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    Materiais e Instrumentos Meios de registo grfico e fotogrfico. Programas de tratamento de imagem. Documentao tcnica. Meios de arquivo e apresentao. Avaliao Avaliar os conhecimentos relativos ao contexto da tecnologia cermica. Avaliar a capacidade analtica e de inferncia. Avaliar a capacidade de explanao e argumentao.

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    IV Bibliografia

    AAVV (1993). Design em Aberto, n 4. Lisboa: Ed. C.P.D.. [Contedos: Antologia de textos de vrios autores]

    AAVV (2003). Design Protegido Manual. Lisboa: Ed. C.P.D.. [Contedos: Antologia de textos de vrios autores]

    Bonsiepe, G. (1992). Teoria e prtica do design industrial, n 2. Lisboa: Ed. C.P.D.. [Contedos: Manual extenso sobre Design Industrial. Poltica tecnolgica, Design Industrial e modelos de

    desenvolvimento. Metodologia e aspectos pedaggicos. Elementos da prtica projectual; exemplos

    prticos aplicados em pases de periferia]

    Burall, P. (1991). Green Design. Londres: Ed. The British Council. [Contedos: Introduo s tecnologias seguras para o ambiente. Inclui uma variedade de exemplos

    industriais e uma lista de fontes de informao em materiais, processos e legislao]

    Byars, M. (1998). 50 Products. Cligny: Ed. RotoVision. [Contedos: Manual sobre os diversos processos tecnolgicos e materiais que esto includos na

    produo de 50 produtos industriais, seleccionados pela sua diversidade]

    Cleminshaw, D. (1989). Design in Plastics. Massachussets: Ed. Rockport Publichers. [Contedos: Seleco de mais de 300 produtos, nas mais diversas reas, feitos em materiais plsticos,

    acompanhados de ficha tcnica e comentrios]

    Cunha, L.V. (1999). Desenho Tcnico. Lisboa: Ed. F. Gulbenkian. [Contedos: Desenho tcnico construes geomtricas, projeces, cortes e seces, perspectiva,

    planificao e cotagem. Vrios tipos de desenho tcnico: de construo mecnica, de estruturas,

    arquitectnico e de instalaes]

    Gregotti, V. (1994). Il Disegno del Prodotto Industrial. Milo: Ed. Electa. [Contedos: Levantamento seleccionado de produtos industriais nas diversas reas, desde 1860 at

    1980, acompanhado de comentrios desenvolvidos sobre cada um dos produtos]

    Guidot, R. (2000). Histoire du Design 1940-2000. Paris: Ed. Hazam. [Contedos: O design colocado num movimento histrico que engloba os acontecimentos polticos, o

    cinema, as artes plsticas, a banda desenhada e a explorao do espao numa descrio do

    desenvolvimento tcnico do sculo]

  • Oficina de Design Cermico 24 de 25

    Lorenz, C. (1991). A Dimenso do Design, n 1. Lisboa: Ed. C.P.D.. [Contedos: O Design de produto e o seu impacto nas estratgias empresariais e nos resultados comerciais de grandes empresas internacionais, como a Sony, a Olivetti, a Ford ou a Philips. O Design, o

    Marketing e a Gesto nos mercados globais]

    Manzini, E. (1990). Artefatti. Verso una nuova Ecologia dellAmbiente Artificiale. Milo: Ed. Domus Academy. [Contedos: A Qualidade do Artificial, Interactividade e Virtualidade]

    Manzini, E. (1993). A Matria da Inveno, n 3. Lisboa: Ed.C.P.D.. [Contedos: Manual sobre a matria e o modo como esta se torna material e como integrada pelo

    design para se tornar produto. Os novos materiais e as suas aplicaes]

    Montmollin, M. (1990). A Ergonomia. Lisboa: Ed. Instituto Piaget. [Contedos: Manual sobre ergonomia]

    Munari, B. (1982). Das coisas nascem coisas. Lisboa: Edies 70. [Contedos: Introduo metodologia projectual, ilustrado com alguns exemplos prticos]

    Panero, J. & Zelnik, M. (1989). Las Dimensiones Humanas en los Espaos Interiores. Mxico: Ed. Gustavo Gilli. [Contedos: Manual de Antropometria dividido em trs partes: Teoria e aplicao da Antropometria,

    Tbuas antropomtricas ilustradas e organizadas por grupos de idades e percentis e desenhos cotados

    que ilustram, em planta e seco, a correcta relao antropomtrica entre utilizador e espao]

    Papanek, V. (1985). Design for the Real World. s.l.:Ed. Thames and Hudson. [Contedos: Manual que aborda, em 1971, as questes sociais, morais, educacionais, tecnolgicas e

    ecolgicas, entre outras, do Design]

    Sparke, P. (1993). The Plastics Age. New York: Ed. The Overlook Press. [Contedos: Levantamento histrico dos plsticos, desde o incio at aos nossos dias, acompanhado de

    ensaios crticos]

  • Oficina de Design Cermico 25 de 25

    Design em Portugal Catlogo Design Lisboa 94, Ed. Electa, Lisboa, 1994. Catlogo Tendncias, CPAI, Lisboa, 1991. Catlogo Manufacturas, Cration Portugaise Contemporaine, SEC, Brussels, 1991. Catlogo 1 Frum Design Qualidade, CPD, Lisboa, 1992. Catlogo 2 Frum Design Qualidade, CPD, Lisboa, 1993. Catlogo Design como Desgnio, Casa da CERCA, Almada, 1995. Catlogo Objectos Convenientes Diseo Portugus Actual, ICEP, Barcelona, 1997. Catlogo Design aus Portugal, Eine Anthologie, ICEP, Frankfurt, 1997. Catlogo Low Budget, CCB, Lisboa ,1997. Catlogo ? Experimentables o Experimentales, ICEP, Barcelona, 1999. Catlogos Concurso Jovem Designer, ICEP, Lisboa, 1987 a 1998. Catlogo Meeting Point O Trabalho, Objectos e Atitudes, CPD- Experimentadesign99, Lisboa, 1999. Catlogo cones do Design. Coleco Paulo Parra, Casa da Cerca, Almada, 2003. Catlogo [SM] Design. Significados da Matria no Design, SUSDESIGN, Lisboa, 2005.

    Revistas Cadernos de Design do CPD, Ottagono, Modo, ID, Interni, Domus.