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Ofício Sinjus nº 171/2019 Belo Horizonte, 22 de novembro de 2019. À Sua Excelência o Senhor Deputado Estadual AGOSTINHO PATRUS FILHO DD. PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MINAS GERAIS Assunto: REQUER SEJA ANEXADO AO PROJETO DE LEI Nº 1.022/2019 A MATÉRIA JORNALÍSTICA SOBRE RETIRADA DE LIMITE DE VAGAS NA CARREIRA DOS SERVIDORES DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RIO DE JANEIRO (TJRJ) - REITERA PEDIDO DE APOIO ÀS EMENDAS 1, 2 E 3 AO REFERIDO PROJETO DE LEI. Senhor Presidente, O Sindicato dos Servidores da Justiça de 2ª Instância do Estado de Minas Gerais (“SINJUS/MG”), inscrito no CNPJ sob o nº 17.336.116/0001-07, com sede na Avenida João Pinheiro, nº 39, Sobreloja - Centro, em Belo Horizonte/MG, representante dos servidores dos Tribunais de Justiça e Justiça Militar do Estado de Minas Gerais, nos termos do art. 8º, inc. III, da Constituição Federal, vem, por intermédio de seu representante legal infra- assinado, respeitosamente, perante V. Exa., expor e requerer o que segue. 1 – No dia 19/11/2019, após interlocução com V. Exa. e as lideranças dessa Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), o PL 1.022/19 não foi incluído na pauta da sessão do Plenário do dia 20/11/2019. Esse Projeto de Lei, que trata da carreira dos servidores do Poder Judiciário mineiro, contém dispositivos que resultarão no congelamento da carreira, como muito bem demonstrado em audiência pública realizada no dia 21/10/2019 e que resultou na apresentação de emendas pelas entidades sindicais (anexas às emendas 1, 2 e 3). 2 – Também na data de 19/11/2019, foi sancionado, no Rio de Janeiro, o Projeto de Lei nº 1.461/2019, de autoria do TJRJ, que permite a partir de agora o descongelamento da carreira dos servidores do judiciário daquele estado, que há anos vive sob forte impacto de ajustes em decorrência de adesão a Regime de Recuperação Fiscal, com programas de contenção de despesas, cujos maiores prejudicados têm sido os próprios servidores e a sociedade em razão dos prejuízos à prestação jurisdicional. 3 – A proposta desse projeto de lei foi aprovada por unanimidade pelo Órgão Especial do TJRJ, em sintonia com a preocupação do presidente daquele Tribunal de Justiça, desembargador Claudio de Mello Tavares, com a valorização dos servidores, cuja fala transcrevemos nesse ofício: “Precisamos fazer algo pelos servidores, que, há anos, esperavam pela aprovação de uma lei como essa. Perdemos muitos bons funcionários para outros órgãos porque eles, depois de capacitados, saíam em busca de melhores salários em

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Page 1: Ofício Sinjus nº 171/2019 Belo Horizonte, 22 de novembro ... · Belo Horizonte, 22 de novembro de 2019. À Sua Excelência o Senhor Deputado Estadual AGOSTINHO PATRUS FILHO DD

Ofício Sinjus nº 171/2019

Belo Horizonte, 22 de novembro de 2019. À Sua Excelência o Senhor Deputado Estadual AGOSTINHO PATRUS FILHO DD. PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MINAS GERAIS Assunto: REQUER SEJA ANEXADO AO PROJETO DE LEI Nº 1.022/2019 A MATÉRIA JORNALÍSTICA SOBRE RETIRADA DE LIMITE DE VAGAS NA CARREIRA DOS SERVIDORES DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RIO DE JANEIRO (TJRJ) - REITERA PEDIDO DE APOIO ÀS EMENDAS 1, 2 E 3 AO REFERIDO PROJETO DE LEI.

Senhor Presidente, O Sindicato dos Servidores da Justiça de 2ª Instância do Estado de Minas Gerais

(“SINJUS/MG”), inscrito no CNPJ sob o nº 17.336.116/0001-07, com sede na Avenida João Pinheiro, nº 39, Sobreloja - Centro, em Belo Horizonte/MG, representante dos servidores dos Tribunais de Justiça e Justiça Militar do Estado de Minas Gerais, nos termos do art. 8º, inc. III, da Constituição Federal, vem, por intermédio de seu representante legal infra-assinado, respeitosamente, perante V. Exa., expor e requerer o que segue.

1 – No dia 19/11/2019, após interlocução com V. Exa. e as lideranças dessa

Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), o PL 1.022/19 não foi incluído na pauta da sessão do Plenário do dia 20/11/2019. Esse Projeto de Lei, que trata da carreira dos servidores do Poder Judiciário mineiro, contém dispositivos que resultarão no congelamento da carreira, como muito bem demonstrado em audiência pública realizada no dia 21/10/2019 e que resultou na apresentação de emendas pelas entidades sindicais (anexas às emendas 1, 2 e 3).

2 – Também na data de 19/11/2019, foi sancionado, no Rio de Janeiro, o

Projeto de Lei nº 1.461/2019, de autoria do TJRJ, que permite a partir de agora o descongelamento da carreira dos servidores do judiciário daquele estado, que há anos vive sob forte impacto de ajustes em decorrência de adesão a Regime de Recuperação Fiscal, com programas de contenção de despesas, cujos maiores prejudicados têm sido os próprios servidores e a sociedade em razão dos prejuízos à prestação jurisdicional.

3 – A proposta desse projeto de lei foi aprovada por unanimidade pelo Órgão

Especial do TJRJ, em sintonia com a preocupação do presidente daquele Tribunal de Justiça, desembargador Claudio de Mello Tavares, com a valorização dos servidores, cuja fala transcrevemos nesse ofício: “Precisamos fazer algo pelos servidores, que, há anos, esperavam pela aprovação de uma lei como essa. Perdemos muitos bons funcionários para outros órgãos porque eles, depois de capacitados, saíam em busca de melhores salários em

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locais que poderiam progredir na carreira. Estou feliz por ter apresentado esse projeto de lei e por ele ter sido compreendido pelos deputados e pelo governador no sentido de que não representará mais gastos nem vai onerar a população.” (anexa a matéria na imprensa/conjur.com.br)

4 – Importante frisar que o Rio de Janeiro já adotou um regime de recuperação

fiscal. Como os resultados não foram bons, assim como Minas Gerais, estão às voltas novamente com debate sobre Regime de Recuperação Fiscal. Contudo, a situação de Minas Gerais é, de longe, muito mais favorável econômica e fiscalmente do que a do Rio. Basta ver a recuperação econômica do nosso estado e a Receita Corrente Líquida. No Caso do TJMG, a RCL do último quadrimestre ficou em 5,18%, ou seja, abaixo do limite de alerta e com boas às condições de gestão da sua despesa de pessoal.

5 – Salientamos que, em nenhum momento, a Alta Administração do TJMG

possibilitou processo de discussão acerca do referido Projeto de Lei 1.022/19, que altera radicalmente a carreira dos servidores. A retirada do limite de vagas não acarretará impacto orçamentário, uma vez que o ordenador de despesas do órgão continuará tendo o controle dos gastos com as promoções, que ficarão condicionadas à disponibilidade orçamentária e financeira, como já vem sendo praticado há anos.

6 - Esclarecemos ainda que não está em discussão a questão sobre a unificação

dos cargos em um Quadro Único, obedecendo ao escopo determinado pela Resolução do Conselho Nacional de Justiça nº 219/2016, que preceitua a não ocorrência de distinção de qualquer natureza entre servidores das 1ª e 2ª instâncias quanto aos cargos e funções. A unificação das duas instâncias já foi aprovada pelos deputados através do PLC 16/2019 convertido em na LC 149/2019.

7 – Diante do exposto, requeremos a V. Exa.:

a) Seja anexado ao Projeto de Lei 1.022/2019 a matéria jornalística anexa a

este ofício sobre a retirada de limite de vagas para promoção na carreira dos servidores do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ);

b) Apoio de Vossa Excelência às emendas 1, 2 e 3 apresentadas ao PL 1.022/2019.

Respeitosamente,

Wagner de Jesus Ferreira

Coordenador-Geral do SINJUS/MG

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DOIS ANOS

20 de novembro de 2019, 11h49

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, sancionou, nesta terça-feira (19/11),o Projeto de Lei 1.461/2019, que permite a progressão funcional dos servidores doJudiciário fluminense a cada dois anos, desde que obedecidas algumas regras, comoa de capacitação.

O texto, que altera a Lei 4.620/2005,modificando o critério de evolução funcionaldos servidores, foi aprovado na tarde destaterça na Assembleia Legislativa, com 46votos favoráveis e três contrários.

O projeto de lei foi elaborado pelo presidentedo Tribunal de Justiça do Rio,desembargador Claudio de Mello Tavares. Aproposta foi aprovada, por unanimidade,pelo Órgão Especial do TJ-RJ em 7 deoutubro.

Até então, a promoção dos servidores doJudiciário somente era possível na ocorrência de vacância por aposentadoria, morteou exoneração do servidor. Além do prazo de dois anos para alcançar a promoção, oservidor também precisa frequentar e ser bem avaliado em cursos de capacitação. Oservidor poderá alcançar o último grau de progressão após 22 anos de serviço.

“Precisávamos fazer algo pelos servidores, que, há anos, esperavam pela aprovaçãode uma lei como essa. Perdemos muitos bons funcionários para outros órgãos porque eles, depois de capacitados, saíam em busca de melhores salários em locaisonde podiam progredir na carreira. Estou feliz por ter apresentado esse projeto delei e por ele ter sido compreendido pelos deputados e pelo governador no sentido deque não representará mais gastos nem vai onerar a população. Extinguimos cargose vamos honrar a folha com o próprio duodécimo que recebemos”, disse Tavares.

Recuperação fiscalNa sessão do Órgão Especial que aprovou o projeto, Claudio de Mello Tavares

Sancionada lei que facilita progressão deservidores do Judiciário do RJ

Servidores do TJ-RJ poderão ser

promovidos a cada dois anos

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apontou que, para as promoções, não haverá aumento de despesas, pois será usadaa verba referente à extinção de 309 cargos. Questionado sobre essa medida, opresidente do TJ-RJ lembrou que a Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei 101/2000)estabelece que os estados não podem gastar mais de 6% de seus orçamentos com oJudiciário. E o limite jurisprudencial para isso é 5,7%. Ele lembrou que, a gestãoanterior, do desembargador Milton Fernandes de Souza, teve que fazer cortes econtingenciamento de cargos para não ultrapassar esse percentual.

Segundo o magistrado, há, hoje, 645 cargos de analista judiciário e 128 de técnico deatividade judiciária vagos. Essas duas carreiras são compostas por 12 padrõesremuneratórios. Com a reforma, o último padrão será alcançado pelo servidor após22 anos de carreira.

Um representante do Conselho de Supervisão, órgão do Ministério da Economia,disse que não há ilegalidade na medida, embora a considere inoportuna no atualmomento de crise, apontou o jornal O Globo. Com informações da Assessoria deImprensa do TJ-RJ.

Revista Consultor Jurídico, 20 de novembro de 2019, 11h49