odonto magazine #13

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www.odontomagazine.com.br Educação e saúde bucal Relacionamento Ano 2 - N° 13 - Fevereiro de 2012 772179 879602 9 13 ISSN 2179-8796

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Apresenta ao profissional de saúde bucal, informações atualizadas, casos clínicos de qualidade, novas tecnologias em produtos e serviços, reportagens sobre os temas em destaque na classe odontológica, coberturas jornalísticas das mais importantes feiras e eventos do setor, além de orientações para gestores de clínicas.

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www.odontomagazine.com.br

Educação e saúde bucalRelacionamento

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4 fevereiro de 2012

Hora de botar a mão na massa

Presidência & CEOVictor Hugo Piiroja

e. [email protected]. + 55 (11) 4197.7501

Gerência GeralMarcela Petty

e. [email protected]. + 55 (11) 4197.7502

MarketingIronete Soares

e. [email protected]. + 55 (11) 4197.7500

FinanceiroRodrigo Oliveira

e. [email protected]. + 55 (11) 4197.7761

Bruna Oliveirae. [email protected]

t. + 55 (11) 4197.7765

Designer GráficaDébora Becker

e. [email protected]. + 55 (11) 4197.7509

Web DesignerRobson Moulin

e. [email protected]. + 55 (11) 4197.7509

SistemasWander Martins

e. [email protected]. +55 (11) 4197.7762

Editora e Jornalista ResponsávelVanessa Navarro (MTb: 53385)

e. [email protected]. + 55 (11) 4197.7506

Publicidade - Gerente de ContasVivian Ceribelli Pacca

e. [email protected]. + 55 (11) 4197.7507

Conselho CientíficoAugusto Roque Neto, Danielle Costa Palacio, Débora Ferrarini, Diego Michelini, Éber Feltrim, Fernanda Nahás Pires Corrêa, Francisco Simões, Henrique da Cruz Pereira, Helenice Biancalana, Jayro Guimarães Junior, José Reynaldo Figueiredo, José Luiz Lage Marques, Júlio Cesar Bassi, Lu-siane Borges, Maria Salete Nahás Pires Corrêa, Marina Montenegro Ro-jas, Pablo Ozorio Garcia Batista, Regina Brizolara, Reginaldo Migliorança, Rodolfo Candia Alba Jr., Sandra Duarte, Sandra Kallil Bussadori, Shirlei Devesa, Tatiana Pegoretti Pintarelli, Vanessa Camilo e William Torre.

A RevistaA Odonto Magazine apresenta ao profissional de saúde bucal infor-mações atualizadas, casos clínicos de qualidade, novas tecnologias em produtos e serviços, reportagens sobre os temas em destaque na classe odontológica, coberturas jornalísticas das mais importan-tes feiras comerciais e eventos do setor, além de orientações para gestores de clínicas.É uma publicação da VP Group voltada para profissionais de odontologia das mais diversificadas especialidades. Conta com a distribuição gratuita e dirigida em todo território nacional, em clínicas, consultórios, universidades, associações e demais insti-tuições do setor.

Odonto Magazine Onlines. www.odontomagazine.com.br

Tiragem: 37.000 exemplaresImpressão: HR Gráfica

Alameda Amazonas, 686, G1 - Alphaville Industrial06454-070 - Barueri – SP • + 55 (11) 4197 - 7500

www.vpgroup.com.br

Edição: Ano 2 • N° 13• Fevereiro de 2012

Editorial

O ano finalmente começou. Sabemos que ele já vem transcorrendo desde 1º de janeiro, mas agora é pra valer. É hora de botar a mão na massa e nas “massinhas”, nas resinas, nas cirurgias, nos instrumentais, nos novos equipamentos. Enfim, hora de começar a produzir

para o ano que se apresenta.Passado janeiro de chuvas mil pelo Brasil, depois das merecidas férias de fim de ano e do grandio-so evento que é o “Congressão”, chegou a hora de colocar as mãos na massa, mas com luvas, evi-dentemente. Mas parece-me não tão evidente assim, pois estamos em 2012 e ainda tem dentista nesse Brasil que reluta ou digamos “economiza” luvas. Ops! Será que esse Brasil de crescimento exponencial, de reconhecimento internacional ou como dizem os especialistas econômicos “a bola da vez”, está preparado para esses novos tempos de bonança, ou ainda é tudo um sonho que vai acabar logo ali quando o cheque especial ou o cartão de crédito estourar?Em janeiro passado, a região da Flórida, nos Estados Unidos, recebeu um número recorde de turistas brasileiros em seus parques, restaurantes e lojas. Todos gastando desbragadamente seus tão valorizados reais. Até o presidente americano, Barack Obama, discursou em frente ao castelo da Cinderela, anunciando novas medidas para abrir as portas, ainda mais, para os emergentes da hora: China e Brasil. Mas por que os americanos agora estão tão bonzinhos? Simples, eles querem nosso rico e suado dinheirinho. Mas o que a Odontologia brasileira tem a ver com isso?Depois de um Congresso Internacional, que bateu recordes de arrecadação e de público (quase 88 mil visitantes, 68% deles dentistas), está claro que a situação por aqui está mais auspiciosa do que alguns anos atrás. E a Odontologia, de maneira geral, tem muito a lucrar com isso. Todos os recentes dados, micro e macroeconômicos, têm demonstrado que uma nova classe média vem aí, ascendendo a novas posições na escala social e ávida para consumir bens e serviços. O Brasil cresce e começa a importar novos profissionais de várias partes do mundo, engenheiros, médicos, mão de obra especializada em geral, mas nada indica que importará dentistas (segundo a FDI – Federação Dentária Internacional – somos o país com mais dentistas no mundo, 19%). Está mais do que na hora do cirurgião-dentista investir em sua estrutura profissional: novos equipa-mentos (e eles estavam exuberantes no “Congressão”); marketing junto aos antigos pacientes e na captação de novos clientes; mas, principalmente, na formação técnica. Há uma profusão de cursos de excelência em Centros de Ensino espalhados por nosso imenso país. De norte a sul, de leste a oeste é possível encontrar profissionais dedicados à nobre arte de ensinar. Dizem que os grandes investidores se deram bem ao enxergar oportunidades nas épocas das “vacas magras”. Não percamos, pois, as oportunidades, escancaradas nessa época de “vacas gordas”. Nossos pacientes têm a ganhar. Você tem a ganhar. A Odontologia tem a ganhar. Aproveite a sua Odonto Magazine.

Abraços,

José Reynaldo FigueiredoMembro do Conselho Científico

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Reportagem 30ª edição do CIOSP movimenta 88 mil pessoas

EntrevistaA toxina botulínica na práticaodontológica

Espaço equipeA importância de olhar para o todoDra. Danielle Palacio

RelacionamentoEducação e saúde bucal

Ponto de vistaA saúde bucal dos indígenasSandra Vieira Zeferino

ColunistasLiderançaWanderley de Almeida Cesar Jr.

OdontopediatriaCarolina Carvalho Bortoletto e Sandra Kalil Bussadori

FinançasLuis Carlos Grossi

Casos ClínicosAbordagem simplificada no manejo de união para solda em próteses parciais fixas metalocerâmicasPaulo Linares Calefi, Fabrícia Souza dos Anjos, Murillo Sucena Pita, Danilo Balero Sorgini, Cássio do Nascimento e Vinícius Pedrazzi

Reconstrução estética em dente anterior – da alternativa menos invasiva a mais invasivaSérgio Vieira, Marcelo Taborda e Evelize Machado de Souza

Normas para publicação

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Editorial

Programe-se

Notícias

Odontologia Segura

Produtos e Serviços

SumárioFevereiro de 2012 • Edição: 13

6 fevereiro de 2012

Os artigos e as entrevistas são de inteira responsabilidade do autor e/ou entrevistado, e não refletem, obrigatoriamente, a opinião do periódico.

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7julho de 2011

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8 fevereiro de 2012

Programe-se

Março14º Congresso Internacional de Odon-tologia do Distrito Federal

21 a 24 de março de 2012 O evento científico e comercial objetiva atender a grande demanda de profis-sionais do ramo odontológico, e prin-cipalmente dar atenção especial para o público de especialistas, mestres, dou-tores e profissionais que estão a busca de novos materiais, novas tecnologias e pesquisas.

Brasília – DFwww.ciodf.com.br

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Abril21º COPEO – Congresso Pernambuca-no de Odontologia

12 a 15 de abril de 2012O tema principal do evento nos convida para a reflexão sobre as vidas profissio-nais, pessoais, interpessoais, enfim, na-quilo o que possível fazer para alcançar mais qualidade de vida pessoal como também dos pacientes assistidos nos consultórios e serviços assistenciais.

Recife – PEwww.copeo.com.br

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13° Congresso de Odontologia do Es-pírito Santo

28 a 30 de abril de 2012O evento reunirá renomados profissio-nais das Odontologia que apresentarão as técnicas mais recentes.

Vitória – ESwww.aboes.org.br

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MaioXIX Reunião de Pesquisa e XVI Seminário de Iniciação Científica da FOUSP de 2012

22 a 24 de maio de 2012Os eventos enfocarão na Inovação Tecnoló-gica, sendo que a temática vai girar em tor-no do tema “Inovação: Da ideia ao mercado?”

São Paulo - SPwww.fo.usp.br

Programe-se

IV Congresso Internacional de Odon-tologia de Fortaleza - Ceará

23 a 26 de maio de 2012 A comissão científica está se esmerando na montagem da grade com temas inova-dores e palestrantes de renome. Serão cur-sos nacionais e internacionais das diversas especialidades focados no tema central. Os eventos contarão também com fóruns, módulos, workshops, conferências, temas livres e a novidade dos e posters, todos abertos aos congressistas.

Fortaleza – CEwww.abo-ce.org.br

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8º Simpósio Internacional de Ortopedia Funcional dos Maxilares e Ortodontia

23 a 26 de maio de 2012A oitava edição apresentará a oportunida-de de agrupar, mais uma vez, a Ortopedia Funcional dos Maxilares e a Ortodontia, evidenciando que novas capacidades es-tão surgindo. Os organizadores esperam por cada um dos colegas que igualmente se propõem em atualizar e aprimorar seus conhecimentos, além de compartilhar mo-mentos de confraternização.

Gramado – RSwww.simposiosobracom.com.br

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JunhoX Encontro Internacional da Academia Brasileira de Ossiointegração ABROSS

14 a 16 de junho de 2012Em junho de 2012, os especialistas em rea-bilitação oral com implantes terão acesso a um evento Premium, um encontro para implantodontistas que fazem questão de estar um passo a frente nesse campo. A décima edição do encontro oferecerá seis módulos temáticos, apresentados por sete pesquisadores internacionais especialmen-te convidados, além de 30 especialistas bra-sileiros de reconhecida competência.

São Paulo - SPwww.encontrosabross.com.br

***

Sessão Geral e Exposição da Asso-ciação Internacional sobre Pesquisa Dentária - IADR 2012

20 a 23 de junho de 2012A IADR faz sua exposição em 2012 com as mais recentes pesquisas dentárias. Debaten-

do sua história, mercado do setor, problemas do cotidiano do profissional, entre outros assuntos, que serão reunidos para debater com o público nacional e internacional.

Rio de Janeiro - RJ www.dentalresearch.org

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Julho19° Congresso Odontológico Riogran-dense

11 a 14 de julhoO evento é um dos maiores encontros científicos e educacionais da Odontolo-gia na América Latina. Seu público tem uma média de 7.000 profissionais do segmento odontológico, especialistas ou não, com interesse em trocar experiências, discutir o mercado de trabalho, tendências e se atualizar com as novas técnicas e produtos odontológicos.

Porto Alegre - RSwww.abors.org.br

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Agosto12º Congresso de Odontologia do Rio Grande do Norte

23 a 26 de agosto de 2012Com o tema “Impacto da Tecnologia na Prá-tica Odontológica” rompem-se as fronteiras entre campos científicos, buscando neces-sidades de reorientação da atenção à saúde através da ampliação da promoção e pre-venção, articulando-as com as ações cura-tivas e reabilitadoras.

Natal – RNwww.aborn.org.br

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Setembro Congresso Internacional de Implantologia

13 a 15 de setembro de 2012O terceiro evento, organizado pela Fa-culdade de Odontologia, Faculdade de Odontologia de Bauru e Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto, todas da USP, aceita trabalhos até o dia 1º de ju-nho de 2012.

Bauru – SPwww.fob.usp.br

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9fevereiro de 2012

Notícias

O Ministério da Saúde liberou mais R$ 2,2 milhões para construção de 43 novos Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs), que vão reforçar a assistência odon-tológica em 14 estados. Os centros fazem parte do Programa Brasil Sorridente, do Ministério da Saúde, e é uma iniciativa do governo federal para oferecer saúde bucal de qualidade à população.Os estados contemplados com a ação, são: Acre, Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e São Paulo.Os recursos permitirão aos municípios a construção de CEOs de diferentes portes. O incentivo para implantação varia de acordo com o tamanho de cada unidade, sendo R$ 40 mil para CEO com até três cadeiras odontológicas (Tipo I), R$ 50 mil para aquelas entre quatro e seis cadeiras (Tipo II) e R$80 mil reais para CEO com mais de sete cadeiras (Tipo III).Para o coordenador do Departamento de Saúde Bucal, Gilberto Pucca, as novas unidades de-monstram o esforço do Ministério da Saúde em parceira com os gestores locais do SUS para ampliar a oferta de serviços de saúde bucal no país. “A oferta de serviços de especialidades odon-tológicas é um grande avanço do SUS. É reconhecer que saúde bucal é um direito de cidadania”, destacou Pucca.Fonte: Agência Saúde

Mais R$ 2,2 milhões para saúde bucal em 14 estados

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Oral-B inaugura Clínica Móvel

A marca apresentou a Clínica Móvel Oral-B durante o Congresso Internacional de Odontolo-gia de São Paulo. A iniciativa, em parceria com o Inpes e o Ministério dos Esportes, atenderá esportistas pelo Brasil.Trata-se de uma Clínica Móvel montada na estrutura de um caminhão que conta com dois consultó-rios odontológicos de infraestrutura completa, e atenderá aproximadamente 1.300 atletas brasileiros por ano. A unidade circulará pelo País, oferecendo tratamento odontológico gratuito para atletas olímpicos, paraolímpicos, militares participantes do Programa Bolsa Atleta do Ministério do Esporte.O projeto contará com atendimentos liderados pela equipe do Inpes, que será responsável pela execução e coordenação do projeto, que tem como objetivo dar as condições necessárias para que esses profissionais possam se dedicar ao treinamento esportivo que permitam o desenvolvimento de suas carreiras. O projeto contará ainda com um segundo caminhão do Ministério do Esporte, que terá foco no diagnóstico dos atletas enquanto a Clínica Móvel Oral-B terá foco no tratamento dos mesmos. A Clínica Móvel Oral-B começará a circular neste mês.www.oralb.com.br

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10 fevereiro de 2012

Notícias

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo irá implantar ser-viços de acompanhamento odontológico em toda a sua rede de hospitais estaduais. O programa “Sorria Mais São Paulo”, pio-neiro no país, visa integrar o trabalho realizado por dentistas ao das equipes multidisciplinares dos hospitais, formadas por médicos, profissionais de enfermagem, nutrição e assistência social, entre outros.Projeto-piloto foi implantado em agosto de 2011 no Hospital Es-tadual Mario Covas, em Santo André, o maior público do ABC paulista. O objetivo é garantir a manutenção da saúde bucal tanto dos pacientes internados como também os portadores de doenças crônicas atendidos regularmente nas unidades.Hoje o acompanhamento odontológico acontece em hospitais especializados, como o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, Instituto de Infectologia Emílio Ribas, Centro de Referên-cia e Treinamento em DST/AIDS e Cratod (Centro de Referência em Álcool, Tabaco e Outras Drogas). A proposta é ampliar este tipo de atendimento aos hospitais gerais da Secretaria, que nor-malmente possuem apenas serviço de atendimento bucomaxilo.A partir da experiência implantada no Hospital Estadual Mario Covas, a Secretaria irá expandir o programa a outros hospitais da rede pública estadual, em parceria com as faculdades públicas de odontologia, o Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (Crosp) e Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas (APCD).No Hospital Estadual Mário Covas foram atendidos 615 pacientes da Unidade de Terapia Intensiva, com visitas diárias de um cirurgião- dentista para realização de exames clínicos para identificar possí-veis focos de infecção, além de orientá-los sobre a higiene bucal.Neste período foram realizados 774 procedimentos entre obtu-rações, extrações e tratamento de focos de infecção em muco-sas orais. Foi possível dimensionar a necessidade de recursos humanos para o hospital, levando em consideração, também, sua demanda médica, bem como determinar os reais custos para a implantação do programa de odontologia hospitalar e o custeio da manutenção do projeto.Além do Mário Covas, outros sete hospitais da rede estadual de-verão receber o programa neste ano: Hospital Geral do Grajaú,

na capital, Hospital Geral de Carapicuíba, na Grande São Paulo e, no interior, os hospitais estaduais do Vale do Paraíba (Tauba-té), Bauru, Américo Brasiliense e Sumaré, além do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto.A expectativa é de que até 2014 toda a rede hospitalar estadual ofereça acompanhamento odontológico a pacientes internados. O investimento projetado, quando o projeto estiver em todos os hospitais, é de R$ 35 milhões por ano.“A inserção do cirurgião-dentista na equipe multiprofissional de atendimento de pacientes em hospitais contribui para minimizar o risco de infecção, melhorar a qualidade de vida e reduzir o tempo de internação além de promover um atendimento com-pleto ao paciente”, afirma Giovanni Guido Cerri, secretário de Estado da Saúde de São Paulo.

Benefícios da Odontologia HospitalarNos três meses de Projeto Piloto no Hospital Mário Covas foi possível verificar os seguintes benefícios aos pacientes:

» Crianças portadoras de determinados tipo de câncer, que receberam metotrexato (droga que tem como efeito colateral ulcerações em boca) no atendimento odontológico, tiveram os focos de infecção removidos, além de dicas de como hi-gienizar a boca durante quimioterapia. Nesta fase foi possí-vel zerar a reinternação dessas crianças, que começaram a se alimentar normalmente pela boca (não precisaram de sonda). Não tiveram dificuldades pra falar e passaram a receber me-nos medicação para dor e menos antibióticos.» Pacientes psiquiátricos graves, que estavam completamen-te abalados por dor de dente, ficaram menos agitados com o atendimento odontológico.» Foi possível, ao cirurgião dentista presente no Mário Covas, identificar o que posteriormente foi confirmado como diag-nóstico de um sarcoma de Kaposi (tumor maligno) em um paciente portador de HIV.» Aos pacientes da UTI, o dentista pôde avaliar se algum foco de infecção estava comprometendo seu estado de saúde.

Fonte: Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo

São Paulo: assistência odontológica às UTIs públicas

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11fevereiro de 2011

Odontologia Segura

O atendimento aos pacientes com AIDS na Odontologia

O cirurgião-dentista tem papel importante no diagnóstico das manifestações oportunistas, na descrição clínica do paciente e no diagnóstico da infecção pelo HIV.

A epidemia de AIDS completou três décadas, e junto com ela, ocorreram muitas conquistas e muitas perdas, e ainda respostas à epidemia que mexeram com aspectos sociais, culturais, cren-ças religiosas e verdades científicas.A luta contra a AIDS está longe do fim. As Nações Unidas di-vulgaram recentemente que cerca de 35 milhões de pessoas no mundo convivem com o vírus HIV, que pode causar a AIDS. O novo balanço de soropositivos foi divulgado pela UNAIDS, bra-ço da organização que mantém estatísticas e iniciativas sobre a doença. O número recorde, segundo a agência, se deve ao pro-longamento cada vez maior da vida de pessoas contaminadas, graças aos avanços nas terapias contra doença. Desde o início da epidemia, a AIDS vem sofrendo mudanças im-portantes. O primeiro ciclo foi caracterizado pela infecção majo-ritária de homossexuais ou bissexuais masculinos. O segundo, marcado pelo incremento significativo da categoria usuário de droga injetável, e da heterossexualização da epidemia. No tercei-ro, observamos um avanço acentua do de transmissão heteros-sexual, e o crescimento nos casos de mulheres soropositivas e, em consequência, a ocorrência da transmissão vertical. No atual momento da epidemia, assiste-se um avanço da AIDS nos adoles-centes iniciados sexualmente e, principalmente, na terceira idade.No começo da epidemia, os pacientes muitas vezes não viviam mais do que dois anos após desenvolver a doença. Atualmente os cientistas desenvolveram categorias de drogas que evitam a multiplicação do vírus HIV que, usadas em combinações conhe-cidas como “coquetel”, ajudam os pacientes a viverem por um período maior de tempo e com melhor qualidade de vida.

Manifestações bucaisAs manifestações bucais da infecção pelo HIV são frequentes e podem representar os primeiros sinais clínicos da doença. Po-dem ser indicadoras de comprometimento imunológico, mini-mizando o tempo de evolução da doença até a fase de AIDS. Desde o início da epidemia, muitas manifestações bucais foram relacionadas à infecção pelo HIV. Diversos autores relatam que o estudo dessas manifestações bucais é fundamental para auxiliar o entendimento da epidemiologia da AIDS.Com o início da terapia antirretroviral altamente potente (HA-

Lusiane BorgesCirurgiã-Dentista pela UMESP, São Bernardo (SP). Formada em Biomedicina pela UNISA/ UNIFESP. Especialização em Microbiologia pela Faculdade Oswaldo Cruz, São Paulo. Especialista Doutoranda em Controle de Infecção em Saúde pela UNIFESP, São Paulo. Coordenadora de Cursos para ASB/TSB na APCD, na ABO e na ALAPOS. Autora-Coordenadora do livro “AST e TSB – Formação e Prática da Equipe Auxiliar”, Editora Santos, 2012. Diretora-Presidente da Biológica Consultoria em Saúde, em São Paulo. Coordenadora e Diretora Científica da ALAPOS, São Paulo. Consultora Científica da Oral-B e da Fórmula e Ação.

ART), pesquisadores verifi-caram a redução acentuada na ocorrência de infecções oportunistas, mas outras mani-festações e complicações, relacio-nadas aos efeitos adversos causa-dos pela HAART, tornaram-se muito frequentes, sendo as sialolitíases, as xerostomias, aumento volumétrico da parótida, os líquen planos, as pigmenta-ções mucosas medicamentosas, as muco-celes, as rânulas e os hemangiomas.Mesmo assim, as manifestações bucais podem representar os primeiros sinais clínicos da doença, sendo indicadoras de com-prometimento imunológico, do tempo de evolução da doença, como marcadores de infecção, como avaliadores da adesão dos pacientes aos esquemas terapêuticos, do diagnóstico precoce das infecções e indicadores da falência terapêutica.As DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis) de notificação compulsória são AIDS, HIV na gestante/criança exposta, sífilis na gestação e sífilis congênita. Para as outras DSTs, não há um siste-ma de notificação, dificultando a sua visibilidade. As DSTs funcio-nam como cofator para transmissão do HIV, sendo que as úlceras orais e genitais facilitam e aumentam em 4,7 vezes a infecção; a gonorreia em 4,7 vezes; o herpes em 3,3 vezes; e a sífilis em 3 vezes. Importante ressaltar que o HPV é um importante facilitador em 3,7 vezes, e comprovadamente, é um dos grandes responsá-veis pelo câncer em cavidade bucal.O cirurgião-dentista tem um papel importante no diagnóstico das manifestações oportunistas, na descrição clínica do paciente e no diagnóstico da infecção pelo HIV. Para tanto, deve o cirurgião den-tista estar treinado e capacitado sobre as intercorrências dessas patologias, sabendo diagnosticá-las e tratá-las a contento.Devemos ressaltar a importância vital que o Programa Municipal em DST/AIDS tem junto aos Serviços de Saúde, pois com os seus 15 Centros de Atendimentos Especializados, compõem também no seu quadro de recursos humanos, cirurgiões-dentistas.A atuação direta junto a estes grupos de trabalho surtiu im-portantes frutos na área do conhecimento, sendo esses co-nhecimentos aplicados com a finalidade da promoção da saú-de, bem-estar e melhorias na qualidade de vida, frente aos sofrimentos humanos.

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12 fevereiro de 2012

Produtos e Serviços

A Conexão Sistemas de Prótese apresenta o Stop Drill, conjunto instrumental que garante 100% de precisão na profundidade da colocação do implante, ou seja, não há risco algum da fresa ultrapassar o limite aspirado e necessário. “Quando o profissional avança o limite, ele pode atingir nervos e outras regiões nas quais podem gerar outras complicações, o que atrasa o procedimento e gera outros custos ao paciente. Portanto, a segurança e precisão na perfuração são imprescindíveis para o sucesso do implante”, garante Dr. Rodolfo Candia Alba Junior, cirurgião-dentista e diretor da empresa. O especialista ainda recorda que a colocação do implante dentário é um procedimento bastante complexo e desgastante, tanto para o paciente quanto para o profissional. Este, por sua vez, deve ficar atento a alguns detalhes muito específicos e técnicos. Além da profundidade, que dever ser atingida e respeitada de acordo com os exames de imagem, o profissional precisa respeitar o alinhamento natural dos outros dentes e fazer com que o implante fique em harmonia com os demais. O Stop Drill, portanto, chega como um importante upgrade para os profissionais que buscam mais segurança e precisão na perfuração. São vários anéis de plástico esterilizável divididos em diversas cores de forma bem didática, onde cada uma corresponde a uma altura diferente, quer dizer, se o profissional precisa perfurar 10mm, ele coloca o anel da cor vermelha na fresa. Quando a altura for atingida, a fresa não continuará a perfurar, pois o anel irá interromper sua continuidade. “Com o conjunto de fresas coloridas, o dentista não tem que se preocupar mais com a profundidade determinada. Portanto, ele poderá dar mais atenção ao posicionamento e alinhamento ideal do implante”, lembra Dr. Candia.www.conexao.com.br

Profundidade precisa na colocação do implante

A Gnatus lança um consultório que revolucionará o relacionamento entre o profissional e o paciente. O Syncrus G8 trás para o mercado novos conceitos que atendem a demanda do cirurgião-dentista.O consultório inovou ao empregar conceitos de cromoterapia para a unidade de

água junto a um exclusivo sistema de massagem, proporcionando ao paciente sensações de conforto, tranquilidade e bem-estar durante o atendimento odontológico, minimizando o estresse e a fadiga. Além disso, a seringa tríplice

possui um sistema de água aquecida, que pode ser acionado na unidade alcance, diminuindo a sensibilidade do paciente durante o procedimento.

O Syncrus G8 ainda possui uma escala cromática indicando as áreas de risco de contaminação cruzada. Os locais onde o profissional e os pacientes colocam os pés possuem um risco menor de contaminação cruzada, porém, demandam maior facilidade para

higienização, por isso a área é mais escura. O apoio dos pés e da base da cadeira são removíveis. Por outro lado, os locais onde encostam

as mãos requer maior cuidado com esterilização e assepsia. Para estas áreas foi determinada a cor cinza claro. E, por último, as áreas brancas, onde não há contato nenhum com profissional ou paciente, por isso, com menor

risco de contaminação cruzada.A empresa inovou com uma cadeira com um braço de apoio automatizado que desce para que o paciente tenha melhor acesso. Além disso, o Syncrus G8 possui uma unidade de água com cuba rebatível em 180º, o que facilita o acesso do paciente e do auxiliar a cadeira.

www.gnatus.com.br

Gnatus lança consultório de classe mundial

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Produtos e Serviços

Obter a colaboração da criança nos atendimentos odontológicos é um desafio que a maioria dos dentistas inevitavelmente enfrenta no dia-a-dia de um consultório. Apenas a menção da palavra “agulha” pode deixar esses pacientes ansiosos ou em pânico. Por este motivo, a Angelus, em parceria com pesquisadores da UNIUBE – Curso de Odontologia Campus de Uberaba, desenvolveu um produto para solucionar este desafio da Odontologia. A Luva para Carpule facilita o trabalho do dentista e tranquiliza pais, mães e filhos.Com este produto a criança verá antes de receber anestesia local apenas um simpático jacarezinho (rosa ou verde) produzido em um material flexível que se encaixa sobre a agulha e a seringa, evitando a visão dos instrumentos.www.angelus.ind.br

O produto é o primeiro antisséptico de Oral-B a combinar os dois componentes ativos (Cloruru de Cetilpiridinio 0,07% e o Fluoruro de Sódio 0,02%), que antes eram encontrados apenas individualmente nos antissépticos Complete e Pro-Saúde.O novo antisséptico bucal faz parte da linha Pro-Saúde Clinical Protection e combate, ao mesmo tempo, a placa bacteriana e a cárie, ajudando a prevenir a gengivite e a erosão do esmalte. O produto elimina até 99% das bactérias e ainda protege contra a erosão do esmalte.O antisséptico Pro-Saúde Clinical Protection chegará às gôndolas no final do mês de março.www.oralb.com.br

Diversão na cadeira do dentista

Novos equipamentos para laser e ledterapia chegam ao mercadoA MM Optics acaba de lançar duas novidades que prometem facilitar o trabalho dos profissionais da Odontologia. Compactos e de fácil manuseio, o Evince e o Laser Duo chegam ao mercado com a proposta de aliar alta tecnologia e portabilidade à eficiência na detecção e cicatrização de lesões bucais.O evidenciador Evince é capaz de detectar, através da fluorescência óptica, lesões, como cáries, placa bacteriana, herpes, além da presença de bactérias e existência de microfissuras nos dentes.Já o Laser Duo, específico para a prática da laserterapia, acelera processos de cicatrização e funciona com dois comprimentos de onda (660nm e 808nm). O equipamento ainda permite a acoplagem de fibras usadas no processo da terapia fotodinâmica (PDT). www.mmo.com.br

Oral B lança antisséptico Pro-Saúde Clinical Protection

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Reportagem

30ª edição do CIOSP movimenta 88 mil pessoasCom o tema “Odontologia – Evolução e Conquistas” o 30º CIOSP – Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo teve recorde de público e negócios.

Por: Célia GennariColaboração: Vanessa Navarro

Foram quatro dias, entre 28 e 31 de janeiro, de muita movimentação no 30º CIOSP – Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo, realizado no Expo Center

Norte, em São Paulo/SP. Aproximadamente 88 mil pessoas, entre visitantes, congressistas e expositores, estiveram no local, sendo que 68,5% de cirurgiões-dentistas. A expectativa também de grandes negócios atraiu 220 expositores nacio-nais e 77 estrangeiros, provenientes de 19 países. A Associa-ção Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médi-cos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios – ABIMO estima que nos próximos 12 meses sejam negociados quase US$ 9 milhões, como resultado da 15ª Feira Internacional de Odontologia de São Paulo – FIOSP, feira de negócios realiza-da paralelamente ao Congresso.Adriano Forghieri, presidente da Associação Paulista dos Ci-

Estiveram presentes na solenidade de abertura do evento o primeiro secretário da FNO (Federação Nacional dos Odontologistas), Ernani Bezerra da Silva, que na ocasião representou o presidente da FNO, Fernando Gueiros; o presidente da ABCD, Silvio Cecchetto; o presidente da FDI (Federação Dentária Internacional), Orlando Monteiro da Silva; o presidente de honra do 30º CIOSP e secretário de estado da Saúde de São Paulo, Giovanni Guido Cerri; o presidente do 30º CIOSP, Carlos Alberto Oliveira Battaglini; o governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin; o presidente da APCD, Adriano Albano Forghieri; o coordenador nacional de saúde bucal, Gilberto Alfredo Pucca Junior, que na ocasião também representou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha; o patrono do 30º CIOSP, o cirurgião-dentista Francisco Eugênio Loducca; o presidente do CFO (Conselho Federal de Odontologia), Ailton Diogo Morilhas Rodrigues;  o presidente da ABO Nacional (Associação Brasileira de Odontologia), Newton Miranda de Carvalho; e o presidente do Crosp (Conselho Regional de Odontologia de São Paulo), Emil Adib Razuk.

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Reportagem

rurgiões-Dentistas – APCD, destacou a importância de, num evento como esse, conseguir reunir todas as principais lide-ranças e entidades de classe da Odontologia. Participaram do evento o Conselho Regional de Odontologia de São Paulo – CROSP, Conselho Federal de Odontologia – CFO, Associação Brasileira de Cirurgiões-Dentistas – ABCD Brasil, Associação Brasileira de Odontologia – ABO e até a Federação Dentária Internacional – FDI [World Dental Federation]. “Essas presen-ças contribuem para fortalecer a Odontologia e aumentar a representatividade junto aos governos municipal, estadual e federal, podendo ampliar nossa atuação e, principalmente, melhorar as condições da saúde bucal do brasileiro”, afirmou. De acordo com o FDI, o Brasil é o país com o maior núme-ro de dentistas do mundo (19%). Possui 101 empresas fabri-cando artigos e equipamentos odontológicos, sendo mais de 70% dessas unidades sediadas na região do Estado de São Paulo e é o único segmento (setor odontológico) que apresenta superávit na balança comercial há mais de 10 anos (fonte: ABIMO). Sendo que atualmente, a indústria brasileira de saúde exporta para 180 países nos cinco continentes.Na opinião de Carlos Battaglini, presidente do 30º CIOSP, tanto o sucesso da feira quanto das atividades científicas comprova a força da Odontologia nacional. “Hoje, o cirur-gião-dentista está plenamente integrado com as novas tec-nologias e faz uso de todos os recursos possíveis para se aproximar dos pacientes, reforçando inclusive a importância da prevenção nas redes sociais”.Com tantos dados positivos mostrando que a Odontologia está em alta, o 30º CIOSP, promovido pela APCD, e considera-do o maior evento da área da América Latina, trouxe novida-des para os congressistas. A grade científica foi de alto nível de excelência, com palestrantes nacionais e internacionais renomados que mostraram as principais novidades em pes-quisa, tecnologia e ciência em Odontologia. Battaglini afirma que “o CIOSP representa uma grande opor-tunidade de encontro entre profissionais de Odontologia, bem como de troca de experiência e atualização em relação ao que há de mais novo em termos de técnicas, equipamen-tos e produtos para a rotina do consultório. Trata-se de um congresso contemporâneo que tem a missão de atender às expectativas de um profissional que faz uso de diversas tec-nologias, está totalmente sintonizado com as questões glo-bais e integrado nas mídias sociais”. Com o mercado cada vez mais competitivo e exigente, é uma excelente oportunidade de reciclagem profissional.Com a colaboração de uma comissão organizadora compos-ta por 200 cirurgiões-dentistas voluntários, associados da APCD, a 30ª edição do CIOSP teve como novidades o Fórum Latino-americano – em que profissionais da América Latina expuseram as práticas odontológicas adotadas em seus res-pectivos países, proporcionando valiosa troca de experiência –, o Fórum de Gestão e Empreendedorismo – com foco em noções de marketing, relacionamento com clientes e admi-nistração de consultório –, o Fórum sobre Células-Tronco e o Simpósio sobre Halitose – dois assuntos atuais, com relevan-tes pesquisas e aplicabilidade na Odontologia, que eviden-ciam a importância da atuação multiprofissional na saúde.

Solenidade de abertura do 30° CIOSP A solenidade de abertura do 30º CIOSP aconteceu na noite do dia 27 de janeiro, no Teatro da APCD, em Santana/SP.

O governador Geraldo Alckmin ressaltou que até 2014 100% dos municípios terão fluoretação adequada das águas. Tam-bém comentou que está lançando o programa Sorria São Paulo e que também vão reforçar a Odontologia Hospitalar no Estado – 87 hospitais estaduais terão a Odonto Hospitalar. Hoje o projeto começou por Santo André. O maestro João Carlos Martins concluiu a abertura oficial do evento com uma apresentação da Filarmônica Bachiana.

Congresso CientíficoCom uma grade científica que privilegia temas de aplicação clínica e de integração multidisciplinar para o atendimento aos pacientes, o congressista teve a oportunidade de realizar sua atualização e levar este conhecimento em benefício de seus pacientes em seus consultórios, postos de atendimento e hospitais nas diversas regiões do país.Na grade do Congresso Científico, como novidade, o 30º CIOSP contou com o 1° Congresso Brasileiro de TSB e ASB, com atividades exclusivas para técnicos e auxiliares de saú-de bucal. Os conteúdos dos simpósios e fóruns foram diver-sificados e multidisciplinares, abrangendo temas como tra-tamento de pacientes com necessidades especiais, banco de tecidos, boca seca, implantes de carga imediata, tratamento de distúrbio temporomandibular (DTM), Odontologia Hospi-talar e muitos outros. Já a grade internacional levou 12 expo-entes de diversos países, como Itália, Suíça, Estados Unidos, Portugal, Equador, Argentina e Colômbia. Cada professor foi responsável por um curso com duração de três horas.Segundo Waldyr Romão Júnior, coordenador científico do 30° CIOSP, o principal critério adotado na escolha dos minis-tradores foi o reconhecido domínio sobre os mais diversos temas e especialidades da Odontologia. “Do Brasil, tivemos ministradores provenientes de importantes universidades e centros de pesquisa”, afirmou. “Queremos que esse Congres-so marque a história da APCD”. No dia 30 de janeiro, o Congresso Científico começou, entre outros, com o Simpósio EAP [EAP-003], numa ampla discus-são sobre os caminhos para o sucesso em implantodontia, evolução do sistema de conexão na última década, mediada por Maurício Teixeira Duarte. O mestre em implantodontia, Hid Miguel Junior, buscou orientar como planejar e execu-tar os implantes nas reabilitações otimizando seus resulta-dos e foi acompanhado no tema pelos profissionais, Eduar-do Mukai, especialista da área, que falou sobre a evolução

» 88 mil visitantes.» 220 expositores nacionais e 77 internacionais (19 países).» 174 atividades científicas.» 260 palestrantes brasileiros e 22 estrangeiros.» 13 atividades paralelas.» 29 empresas brasileiras participaram da Rodada de Ne-gócios com 20 compradores estrangeiros, com expecta-tiva de geração de US$ 11 milhões em negócios no setor odontológico nos próximos 12 meses.

30° CIOSP em números

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Eduardo Tinoco alertou que no caso de perda óssea, o maior pro-blema é o que fazer com o paciente, pois para colocar implante é preciso ter o osso. Para ele, a utilização do biovidro preenche o defeito e melhora a papila. Tinoco apresentou vários estudos aos congressistas sobre o tema. Leonard, pela segunda vez no Brasil, lembrou que se o paciente apresenta hipersensibilidade dentinária (HD) é preciso revisar algumas opções de tratamento. Explicou que uma em cada três pessoas vão ter o problema, en-tre 20 e 30 anos. Entre 50 e 60 anos é quando os pacientes têm mais exposição da raiz, mas sofrem em silêncio. 7% relacionam a HD à temperatura e sentem gosto amargo, porque fica muito ácido dentro da boca. “Mas o paciente precisa ser educado para mudar os hábitos e conseguir evitar a recidiva da HD, após o tratamento”, alertou. “Novamin reduz e protege o HD, que com o tempo começa a cristalizar”, orientou.Ainda no Simpósio Glaxo: Equilíbrio da Saúde Bucal na Terceira Ida-de, Karen Ramalho, da USP, falou sobre causas e efeitos bucais da hiposalivação salivar; Eduardo Rodrigues Fregnani, da Medi-cina Bucal do Hospital Sírio Libanês, falou sobre manejo clínico da hiposalivação no paciente hospitalizado e Eduardo Hebling, da FOP Unicamp, sobre prevenção no manejo da saúde bucal e hiposalivação no paciente idoso.

Reportagem

tecnológica das novas linhas de implantes; e Wilson Yasuo Inada, mestrando em Laser pela Unicsul, explicou o que o paciente precisa saber sobre implante. Os destaques do evento ficaram para os temas: Odontolo-gia Hospitalar com Paulo Affonso Pimentel Júnior; Uso de células-tronco na Odontologia sob coordenação do Prof. Dr. Silvio Duailibi; Pacientes com Necessidades Especiais, que teve o simpósio coordenado por Marcello Boccia, cirurgião-dentista e ex-presidente da ABOPE (Associação Brasileira de Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais); Blogs e Mídias Sociais na Odontologia coordenado por Luiz Rodolfo May dos Santos (DicasOdonto), Fabrício Figueiredo Mendes (Vida de Dentista), Marjorie Lanzarin e Juliana Le-mes (OdontoDivas); Novas Técnicas de Clareamento Dental coordenado por Rafael Mondelli, cirurgião-dentista e profes-sor da Faculdade de Odontologia de Bauru (USP); Boca seca na clínica odontológica apresentado por Rodrigo Bueno de Moraes, cirurgião-dentista, membro da American Academy of Periodontology; Odontologia Minimamente Invasiva sob a coordenação da cirurgiã-dentista Luciane Cople Maia Faria; Doação de ossos para Odontologia sob a responsabilidade de Wilson e Claudio Sendyk; e Fatos e Mitos sobre Halitose e Tratamento da Dor Facial coordenado por Rosane Lizarelli, diretora-fundadora do Departamento de Laser da APCD / Re-gional Ribeirão Preto.Entre 260 palestrantes brasileiros e 22 estrangeiros, a repor-tagem da Revista Odonto Magazine esteve presente nos au-ditórios para acompanhar alguns dos conteúdos.

Simpósio Glaxo“Os avanços no gerenciamento da hipersensibilidade: uma nova tecnologia” foi um dos temas do Simpósio Glaxo, desenvol-vido pelos palestrantes Ana Cecília Aranha, da USP, Eduardo Muniz Barretto Tinoco, da UERJ e Unigranrio e Leonard Li-tkowsky, da Universidade de Maryland. Ana Cecília destacou a importância do cirurgião-dentista no tratamento do refluxo gastroesofágico, onde a queixa principal é a hipersensibili-dade dentária. Para ela, deve ser feita uma abordagem mul-tidisciplinar nesses casos. “Se o cirurgião-dentista descobre o problema, deve encaminhar o caso para o tratamento com o gastroenterologista”, orientou. Os casos de anorexia e bu-limia também podem ser detectados primeiro pelo dentista. Para ela, tudo inclui mudanças comportamentais do pacien-te, mas podem ser detectadas na anamnese e devidamente encaminhadas e tratadas.

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Eduardo Muniz Barretto Tinoco, Ana Cecília Aranha e Leonard Litkowsky

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Karen Ramalho, Eduardo Rodrigues Fregnani e Eduardo Hebling

Eduardo Rodrigues Fregnani enfatizou que o fenômeno do enve-lhecimento populacional traz desafios atuais para o dentista, já que ele deve e deverá cada vez mais estar preparado para avaliar e gerir paciente com condições médicas complexas, pacientes que utilizam rotineiramente inúmeros medicamentos. Segundo ele, existem alguns estudos mostrando que 25-30% dos pacien-tes que procuram o tratamento odontológico mostram pelo me-nos um fator sistêmico/médico potencialmente relevante e que a falha em reconhecer um fator de risco ao tratamento dental e modificá-lo de acordo com as necessidades é um importante indicador da perda da confiança do paciente ou de um possível insucesso no tratamento.Especificamente em relação à xerostomia no paciente hospitaliza-do ele citou que os tratamentos são primariamente sintomatológi-cos e os protocolos de cuidados estabelecidos com uso de reposi-tores de saliva, hidratantes para as mucosas e bochechos e creme dentais específicos são para limitar o dano e paliativos. “O uso de estimuladores da secreção residual com ação no sistema nervoso autônomo, caso da Pilocarpina, ainda possui restrições por muitos efeitos colaterais e contraindicações”, concluiu.Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população de idosos é a faixa etária que mais cresce no Brasil. Esse fato faz com que os profissionais da saúde e, em

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especial, o cirurgião-dentista, fique preparado para uma nova realidade de atendimento, destacou o Prof. Dr. Eduardo Hebling, coordenador do Curso de Especialização em Odontogeriatria da Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP) da UNICAMP. Nos próximos 20 anos, a cada cinco pessoas uma será idosa. Essa é a faixa etária que mais vai crescer no Brasil e no mudo. A população idosa na cidade de Piracicaba acompanha a média do país. O envelhecimento da população é reflexo, principalmente, dos avanços da medicina e da vida moderna, que permitiram melhores condições de saúde para a população e o aumento da expectativa de vida das pessoas, fato que se repete em vários países. Além de viver mais, os idosos brasileiros também ob-tiveram melhoria da renda nos últimos 10 anos. Mais de 80% das pessoas acima de 60 anos ganham ao menos um salário mínimo e a grande maioria recebe aposentadoria e pensões. “Em Piracicaba, os idosos ainda contam com uma rede social de proteção ampla, com grupos de terceira idade e instituições de cuidados, como o Lar dos Velhinhos de Piracicaba e o Lar Betel, que aumentam a socialização e a inclusão destes na sociedade”, comentou o professor. A substituição dos dentes perdidos por elementos protéticos, atual-mente, são os cuidados mais requisitados pelos idosos, permitindo o resgate de sua cidadania e uma melhor interação social, com melhora na qualidade de vida. A diferença no atendimento para esse público em relação às outras faixas etárias da população está, basicamente, no manejo e na forma de tratamento. “Por apresentarem muitas alte-rações e doenças crônico-degenerativas, como diabetes, hipertensão, artroses e perda cognitiva, os idosos requerem cuidados especiais no atendimento pelo cirurgião-dentista”, alertou Hebling. O acesso às informações, por meio de jornais, revistas e da internet, fez com que o grau de conhecimento das pessoas idosas em rela-ção ao que a Odontologia pode oferecer de tratamento aumentasse com o passar do tempo. “Além disso, essas pessoas que ficavam restritas ao lar, segregadas aos cantos das casas, atualmente, estão mais participativas na sociedade, interagindo em grupos de tercei-ra idade, em cursos de faculdade, em bailes, em eventos esportivos e sociais”, lembrou. Essa realidade exige que essas pessoas tenham uma boa dentição para poder interagir com outras pessoas, além de falar, comer e sorrir. Dessa maneira, ter dentes não é somente uma questão de estética. É também uma questão funcional e, so-bretudo, social. “Esse é um diferencial que temos percebido ao lon-go do tempo nos pacientes que procuram os serviços oferecidos pela FOP”, relatou Hebling.

Soluções Clínicas

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Para Roberta Vieira Farac a prevenção odontológica ao idoso deve ser vista como um todo.

Roberta Vieira Farac, mestre em Odontologia – Endodontia pela Unesp FOAr, vice-diretora do Departamento de Odontogeriatria da APCD Central, falou sobre “Estratégias clínicas e preventivas em Odontogeriatria”. Os principais pontos abordados foram tra-tamento clínico e preventivo para idosos e também para aque-les com comprometimento cognitivo (mal de Alzheimer, Parkin-son) e físico (osteoartrite). Para ela, a prevenção odontológica ao idoso deve ser vista como um todo, onde o profissional deve estar atento às particularidades de cada um, por exemplo, grau de autonomia e independência, doenças crônico-degenerati-vas, direcionando assim, meios específicos de rotinas/consul-tas preventivas para cada idoso. Na abordagem “o profissional, antes de tudo, necessita conhecer o envelhecimento fisiológi-co, estudar as doenças crônico-degenerativas, a farmacologia, porque a abordagem de atenção ao idoso durante o tratamento odontológico de rotina sofrerá interferências, adaptações e de-penderá destes conhecimentos”, orientou. A Odontogeriatria ainda é uma área nova na Odontologia, em-bora algumas faculdades já tenham como disciplina e muitas pesquisas na área estão se consolidando. Na opinião de Ro-berta Farac, é a especialidade do futuro, uma vez que nosso país será o sexto do mundo em número de idosos daqui a al-gumas décadas. “Sendo assim, o que se espera é que a odon-togeriatria cresça muito mais e com mais pesquisas, mais cur-sos de especialização e inserção de odontogeriatras na saúde pública”, concluiu.

Fórum Gestão e Empreendedorismo O Fórum Gestão e empreendedorismo contou com Antônio Iná-cio Ribeiro, professor de Marketing da São Leopoldo Mandic, que falou sobre “Empreendedorismo ao sucesso em Odontolo-gia”. Antônio apresentou elementos que concorrem para sua conquista e fatores que colaboram na sua manutenção. Mos-trou a todos um levantamento da situação da Odontologia no Brasil e do mercado de trabalho.

“Empreender não é montar uma clínica, é preciso estar bem informado sobre a situação do mercado e saber onde está aplivando o seu dinheiro”, Antônio Ribeiro

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Reportagem

Prótese Dentária do Centro Técnico da APCD Central, falou sobre “A importância das ações coletivas do ASB e TSB nas equipes de saúde”. Para ela, não dá para trabalhar sem eles. Com seu conteú-do, ela quis despertar o aluno para o exercício da profissão de TSB e ASB, desenvolvendo as ações de prevenção e controle das doenças bucais voltadas para indivíduos, famílias e coletividade, de acordo com as competências e habilidade estabelecidas pela lei. Ela contou o seu case de sucesso na UBS Nossa Senhora do Carmo e empolgou todos os presentes com suas experiências, ideias e soluções de problemas até mesmo sociais.

Tratamento odontológico para pacientes especiaisO simpósio intitulado “Técnicas alternativas para o tratamento de paciente com necessidades especiais” contou com a participação de renomados especialistas na área.

José Reynaldo Figueiredo, doutor em Odontologia Social, Mestre em Deontologia e Odontologia Legal e especialista em Odontologia para pacientes especiais da Associação de Assis-

Márcia Monteiro Rita falou sobre a importância das ações coletivas do ASB e TSB nas equipes de saúde

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“Trabalham no projeto Brasil Sorridente, 21 mil cirurgiões-den-tistas, são 21 equipes de CD, ASB e TPD. Quatro mil municípios hoje têm o Brasil Sorridente, ou seja, de cada 10 cirurgiões-den-tistas um está ligado ao projeto”, comentou. Falou de planos con-vênios, da Odontoprev, das franquias, que crescem 12% ao ano, quatro vezes mais do que o Pib Brasileiro. Comentou sobre as cooperativas, lembrando que a Uniodonto tem 2.300.000 usu-ários. Mostrou que existem 200 faculdades de Odontologia no Brasil e 400 escolas e institutos que oferecem pós-graduação. E, ainda, entre tantas informações interessantes, que mais de mil empresas no Brasil se dedicam a Odontologia, sendo que me-tade delas precisam de cirurgião-dentista, responsável técnico e a outra parte o dono é um cirurgião-dentista. Entre as expli-cações sobre marketing e gestão, ele advertiu que empreender não é montar uma clínica, é preciso estar bem informado sobre a situação do mercado e saber onde está, de fato, aplicando seu dinheiro, sua energia e seus sonhos.Roberto Caproni, graduado em Odontologia e em Administração de Empresas, palestrante internacional e um dos professores do MBA Compacto de gestão e mercado, falou sobre “Gestão e mer-cado para profissionais da saúde”. Quem ouviu sua apresentação aprendeu algumas estratégias, táticas e ações para melhorar o seu posicionamento no mercado. Entre os passos a serem obser-vados, destacou: o custo para o cirurgião-dentista, o preço para o cliente, a condição de pagamento, o negócio com o cliente, e o aspecto psicológico dos preços. “Preço é uma variável relativa ao local e ambiente no qual seu produto está”, explicou. Para ele, não adianta somente ser bom, tem que parecer ser bom. “Con-siderar o Mix de Marketing do consultório [produto, pessoas, ponto, preço e promoção] aos clientes do seu público-alvo é o que fará o profissional otimizar seu sucesso profissional, aumen-tando de forma expressiva o seu lucro, a sua qualidade de vida e o seu prestígio social. E lembrou que o Brasil hoje é o melhor país para fazer negócios.

Márcia Monteiro Rita, cirurgiã-dentista do PSF Santa Marcelina e coordenadora dos cursos de formação de ASB – Auxiliar de Saúde Bucal, TSB – Técnico em Saúde Bucal e TPD – Técnico em

“Preço é uma variável relativa ao local e ambiente no qual seu produto está”, Roberto Caproni

Dr. José Reynaldo dissertou sobre o uso da contenção física, assunto polêmico no âmbito da saúde

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“Terapia Floral: tratamento complementar ao atendimento odonto-lógico” foi um dos temas apresentados nas Conferências CE-APS. As cirurgiãs-dentistas Maria Clarice Tiba Murata e Mirta Fernandes Ribeiro, ambas terapeutas florais habilitadas pelo CFO, foram as responsáveis pela apresentação. A Terapia Floral é a utilização de essências de flores como método de tratamen-to não invasivo que ajuda a estabilizar as tensões emocionais e psicológicas do paciente, como: medos, stress e estados de an-siedade, ampliando o universo de ação terapêutica dos profis-sionais de saúde. Segundo Clarice, as essências florais podem ser usadas em qualquer pessoa, de todas as idades sem con-traindicação, pois não interagem com nenhum medicamento. “Atuam minimizando os efeitos negativos de dor e tensão, faci-litando o tratamento odontológico, sejam na aceitação de uma prótese, de um aparelho ortodôntico, antes, durante e após os procedimentos cirúrgicos e na manipulação de pacientes odon-topediátricos”, explicou Mirta.“Levamos ao 30º Congresso de Odontologia, um artigo cientí-fico que relata os benefícios da Terapia Floral em crianças com medo de dentista que resultou em melhora de 82% dos casos em 30 dias de tratamento. Levamos também casos clínicos dos nossos consultórios”, disse Clarice. Ambas atuam na área tera-

tência a Criança Deficiente (AACD), dissertou sobre um tema delicado: a contenção física. A palestra foi norteada pelo ques-tionamento da prática como necessidade ou atrocidade. Foram apresentadas as indicações e contraindicações do método, res-peitando o aspecto ético e legal do procedimento.Figueiredo esclareceu que a contenção deve ser praticada apenas quando necessário, sempre visando a segurança do paciente e que o vínculo pode se tornar, em alguns casos, a melhor forma de contenção.

Simpósio sobre Odontologia HospitalarO cirurgião-dentista Paulo Affonso Pimentel Júnior, do Ministé-rio da Saúde, lotado no HFSE-RJ, falou sobre a “Situação atual da Odontologia hospitalar no Brasil”. “A colaboração do profissio-nal de Odontologia na recuperação do paciente internado em uma unidade hospitalar abrange desde a motivação para uma adequada higiene bucal e procedimentos de descontaminação oral no leito, até o atendimento de eventuais urgências odon-tológicas”, afirmou. O preocupante é que quadros como san-gramento e inflamação gengival, halitose e outros problemas comuns nos consultórios podem ser amplificados quando o paciente está internado em uma UTI.Mas, segundo Paulo Affonso, apesar de desempenhar papel fundamental na recuperação do paciente internado e na pre-venção do agravamento de inúmeros quadros, o número de cirurgiões-dentistas habilitados em Odontologia Hospitalar ain-da é reduzido. O cirurgião-dentista habilitado em Odontologia Hospitalar deve possuir profundo conhecimento médico para atuar bem no ambiente, como: farmacologia clínica, clínica mé-dica e semiologia. “Outro ponto importante é o conhecimento integrado dos fundamentos de diversas especialidades e ha-bilitações odontológicas já reconhecidas, como estomatologia, atendimento a pacientes com necessidades especiais, dor oro-facial, periodontia, endodontia, odontopediatria, cirurgia buco-maxilofacial, odontogeriatria, laserterapia e analgesia inalató-ria, entre outras”, diz o especialista.

Conferências CEAPS

Maria Clarice Tiba Murata e Mirta Fernandes Ribeiro abordaram a terapia floral

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O governador Geraldo Alckmin lançou, no dia 1º de fe-vereiro, o programa Sorria Mais São Paulo. Pioneiro no País, o projeto visa integrar o trabalho realizado por dentistas ao das equipes multidisciplinares, formadas por médicos, profissionais de enfermagem, nutrição e assistência social, entre outros e será implantado em toda a rede de hospitais estaduais. O objetivo é garan-tir a manutenção da saúde bucal tanto dos pacientes internados como também os portadores de doenças crônicas atendidos regularmente nas unidades. Três programas importantes para a saúde bucal estão em andamento: Primeiro: o programa de atendimento à saúde bucal, que passou de 199 para 350 cidades; Segundo: de 645 municípios, faltam apenas 40 terem água fluoretada; Terceiro: a presença do cirurgião-den-tista nas UTIs, nos tratamentos oncológicos, cuidando da população mais debilitada.Para Giovanni Guido Cerri, secretário da Saúde, a in-serção do cirurgião-dentista na equipe multiprofissio-nal de atendimento de pacientes em hospitais contribui para minimizar o risco de infecção, melhorar a qualida-de de vida e reduzir o tempo de internação além de promover um atendimento completo ao paciente.A expectativa é de que até 2014 toda a rede hospitalar estadual ofereça acompanhamento odontológico a pa-cientes internados. O investimento projetado, quando o projeto estiver em todos os hospitais, é de R$ 35 mi-lhões por ano.Neste ano, além do Mário Covas, outros sete hospitais da rede estadual deverão receber o programa: Hospital Geral do Grajaú, na capital; Hospital Geral de Carapi-cuíba, na Grande São Paulo; e, no interior, os hospitais estaduais do Vale do Paraíba (Taubaté), Bauru, Américo Brasiliense e Sumaré, além do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto.

Sorria Mais São Paulo

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Reportagem

lavar as mãos e recreação para as crianças em um espaço exclu-sivo dedicado para o projeto. Os “Doutores Mirins” transmitem seus conhecimentos a outras crianças dentro de uma área espe-cial, com escovódromo e local para higienização e controle de placa bacteriana, além de palco e palestras.O projeto de 2012 conta com a Unidade Móvel APCD-Colgate que visitará cidades de todo o Estado de São Paulo disseminando a importância da prevenção e educação em saúde bucal e da lava-gem de mãos. De acordo com a Dra. Helenice Biancalana, diretora do depar-tamento de prevenção da APCD, “o objetivo da Unidade Móvel APCD-Colgate é alcançar a população com ações e campanhas de orientação e prevenção voltadas à saúde bucal para que te-nham saúde e qualidade de vida”.

Encontro de Coordenadores de Saúde Bucal

O Encontro de Coordenadores de Saúde Bucal dos Municípios do Estado de São Paulo, que aconteceu no dia 30, teve a coordena-ção de Helenice Biancalana, Marco Antônio Manfredini, Maria da Candelária Soares e Luis Carlos Casarin. O tema geral foi “O papel das três esferas de governo nas redes de atenção à saúde bucal”. A primeira mesa, sob a coordenação de Marco Antônio Manfredini foi sobre “Saúde bucal nas redes regionais de atenção à saúde – nós críticos” e contou com debatedores de peso, Maria da Candelá-ria Soares, coordenadora da Área Técnica de Saúde Bucal – SMS SP Coordenação de Atenção Básica; Vander Lúcio Peixoto e Dora Alice Naldoni Mascarin, da Secretaria Municipal de Saúde de São Sebastião da Grama e Francisco Angelo Biagioni, coordena-dor de Saúde Bucal da SMS de São Bernardo do Campo.A segunda mesa do encontro sob a coordenação de José Miguel Tomazevic foi sobre “O papel das três esferas de governo nas redes de atenção à saúde bucal”. Os debatedores foram Gilberto Alfredo Pucca Júnior, coordenador de Saúde Bucal do Ministério da Saú-de; Carlos de Paula Eduardo, da coordenação de Saúde Bucal da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo; Célia Cristina Pereira Bortoletto, da Secretária Municipal de Saúde de Suzano e 1ª Tesoureira do COSEMS/SP e, ainda contou com os relatores, Regina Auxiliadora de Amorim Marques, assessora da ATSB - SMS SP; Doralice Severo da Cruz Teixeira, presidente da ABRAS-BUCO e Maristela Vilas Boas Fratucci, professora da Faculdade de Odontologia de Mogi das Cruzes - CD da SMS SP.Segundo Gilberto Alfredo Pucca Júnior, coordenador de Saúde Bucal do Ministério da Saúde, o objetivo principal do encontro é fazer um balanço das ações de saúde pública (SUS) em relação à Saúde Bucal e traçar novas metas e diretrizes para 2012.

pêutica desde a década de 1990 e estão realizadas em consta-tar o crescente interesse na área no Congresso. “Ministramos palestras nas Associações de Dentistas desde 2009, quando o Conselho Federal de Odontologia reconheceu o exercício pelo cirurgião-dentista das práticas Integrativas e Complementares à saúde bucal”, informaram as terapeutas.

OdontoComunidade 2012: parceria entre APCD e Colgate

O OdontoComunidade é um projeto desenvolvido pela APCD para instruir crianças e idosos sobre a importância da preven-ção e educação em saúde bucal. O projeto transforma crianças de comunidades carentes em Doutores Mirins de Saúde Bucal. Além de aprender, o público infantil repassa os conhecimentos sobre prevenção de doenças bucais para a família e amigos. No congresso, desde 2001, já foram formados cerca de 800 “Doutores Mirins” que disseminaram informações para 16 mil crianças durante as edições do congresso. Desde 2007 o Odonto Comunidade também atende a idosos. São desenvolvidas ações de educação e palestras ilustrativas, orientando o público da Ter-ceira Idade sobre câncer bucal, higienização de prótese, alimen-tação, glicemia, entre outros assuntos. No 30º CIOSP, profissionais e estudantes de odontologia voluntá-rios levaram educação em higiene bucal, orientação sobre como

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A Odonto Magazine e a Dentscler se uniram nesta trigési-ma edição do evento para presentear um dos congressis-tas com a cadeira Dentscler Primax FLX. Inúmeras pessoas passaram pelo estande da empresa e preencheram o cupom respondendo a seguinte pergunta: Qual é a revista e a empresa que modernizam o seu con-sultório?A sortuda foi a ortodontista Maria Lourdes Delmanto Bar-ros Zarate. Parabéns!

Concurso Cultural: Odonto Magazine no 30º CIOSP

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Reportagem

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Melhore sua performance e conquiste mais tempo.

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Aceleração da cicatrização pós cirúrgica

Diminuição do edema, hematoma e escaras

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LASER DUO otimiza procedimentos de forma não invasiva, ágil e com eficiência garantida. Compacto, leve e portátil, o equipamento oferece todos os benefícios que as aplicações LASER proporcionam às mais diversas especialidades odontológicas. Melhores resultados em menos tempo, com muito mais conforto.

Novidades no mercado odontológicoAproximadamente 88 mil pessoas, entre congressistas e visitantes, tiveram a oportunidade de acompanhar de perto as novidades das quase 300 empresas organizadas na área comercial do 30º Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo.

Com um incremento de 30% na feira comercial, a quantidade de expositores foi maior, o que permitiu

ao congressista encontrar grandes promoções e preços bem vantajosos”, enfatizou o presidente do evento, Prof. Dr. Carlos Alberto Oliveira Battaglini.Durante os quatro dias de evento, os cirurgiões-dentistas do Bra-sil e do mundo tiveram acesso ao que há de mais moderno e avançado no mercado odontológico mundial.Dedicada ao aperfeiçoamento de seu portfólio e atenta às neces-sidades da população, a 3M ESPE, divisão de produtos odonto-lógicos da 3M do Brasil, desenvolveu o Clinpro XT Varnish Se-lante Ionomérico. O produto oferece uma camada protetora para os túbulos dentinários e alivia a hipersensibilidade dos dentes, além de apresentar longa duração, garantindo seis meses de alí-vio em apenas uma aplicação.A ALT Equipamentos compareceu ao espaço comercial para apresentar toda a linha destinada aos profissionais da Odontolo-gia, como autoclaves, ultrassons e jatos de bicarbonato, lavado-ras ultrassônicas, fotopolimerizadores e seladoras. A Angelus em parceria com pesquisadores da UNIUBE – Curso de Odontologia Campus de Uberaba desenvolveu a Luva para

Carpule. A intenção é facilitar o trabalho do dentista e tranquili-zar pais, mães e filhos durante o atendimento odontopediátrico.A Bio-Art apresentou seu novo Arco Facial Profissional. O equi-pamento foi desenvolvido para satisfazer as exigências do mer-cado mundial. As principais características desse modelo são o desenho do arco e o conjunto de transferência para a monta-gem dos modelos no articulador, proporcionando estabilidade, precisão, segurança e facilidade de manuseio, garantindo exce-lente praticidade.A Bioex exibiu durante o evento algumas soluções que faci-litam a vida dos profissionais da Odontologia. Os destaques ficam por conta das autoclaves e dos ultrassons para remoção de tártaro.A personagem Penélope Charmosa ganha espaço na higiene bucal infantil. Desenvolvida exclusivamente para meninas na faixa etária de até 10 anos, a linha da Bitufo apresenta uma ex-tensa linha de produtos, entre cremes e géis dentais, escovas, antissépticos, fios dentais e kits ortodônticos que prometem fa-zer a alegria da criançada.Durante o evento, os visitantes puderam conhecer de perto dois lançamentos da Carestream Dental: o CS 9300, um tomó-

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Reportagem

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grafo cone beam de alta qualidade e um verdadeiro sistema de imagem panorâmica para ENT e indicações odontológicas; e o sensor intraoral Kodak RVG 6500, que fornece imagens de alta qualidade, possui design confortável e a durabilidade que os profissionais de odontologia necessitam.A Colgate apresentou o Colgate Total 12 Professional Gengiva saudável. Com a combinação da tecnologia Triclosan e Copolí-mero, o creme dental age na causa e também nos sintomas da gengivite, formando uma barreira que garante 12 horas de pro-teção contra o biofilme dental e reduz sinais da inflamação. A Condor exibiu em seu estande grandes lançamentos. Com destaque para linha Bambinos, composta por produtos licencia-dos pelas marcas Hot Wheels, Lilica Ripilica e Tigor T. Tigre.A profundidade precisa na colocação do implante foi garantida pela Conexão Sistemas de Prótese. A empresa lançou os anéis coloridos que evitam que as fresas perfurem a gengiva mais do que o necessário, o que garante a integridade dos nervos e a segurança do procedimento, otimização do tempo de cirurgia e da recuperação do paciente.A câmera com monitor intra e extraoral apresentada pela Cristó-foli Equipamentos de Biossegurança é sem fio e possui excelente definição de imagem, auxilia a aprovação de orçamentos, aper-feiçoa o atendimento e não necessita da instalação de software. As imagens capturadas podem ser salvas em computador.A Odontologia minimamente invasiva, com tratamento sem dor é defendida pela CVDentus. Destaque para o kit de brocas de diamante que tem durabilidade superior a 100 procedimentos.

Os instrumentais de diamante proporcionam conforto e segu-rança durante os procedimentos odontológicos.A D 700, que comemora cinco anos da marca no mercado, apre-sentou o Consultório 4T Flex Pneumático. A intenção é facilitar o trabalho do profissional, gerando menos esforço e maior segu-rança durante a utilização. A empresa ainda apresentou ao mer-cado odontológico mais dois produtos: a bomba a vácuo para dois e quatro consultórios e a nova linha de peças de mão em alumínio anodizado.A Dabi Atlante trouxe diversos lançamentos voltados para a necessidade do profissional. Destaque para o estofamento em viscoelástico, que proporciona mais conforto ao paciente e ao profissional durante os procedimentos odontológicos. A em-presa ainda apresentou a tecnologia B-Safe, um antibacterici-da que está envolvido em todas as partes dos equipamentos.A administração da sua clínica já pode ser realizada de manei-ra prática e funcional. A Dentalis criou uma versão totalmente online para o gerenciamento completo da sua clínica ou rede de clínicas. O Dentalis Net permite que você visualize os dados consolidados de todas elas a partir de um único computador.A Dentflex apresentou o motor de Prótese DF 300 High Torque. O equipamento foi desenvolvido para as funções de corte, desgas-te, lapidação e polimento de próteses dentais. O motor auxilia o protético na fabricação e/ou alteração de próteses dentais.A Dental Cremer marcou presença no evento para apresentar e comercializar o que há de mais moderno e eficaz no mercado odontológico.

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A Dentoflex divulgou todas as linhas direcionadas ao profissio-nal de saúde bucal. Destaque para a linha de implantes, como o sistema Cone Morse, que proporciona uma moldagem mais rápida, reduzindo a necessidade da presença do paciente no consultório em diversas etapas e ainda facilita a confecção e a execução da prótese, especialmente por permitir a remoção do componente.A Dentscler apresentou durante a trigésima edição do evento a li-nha completa de soluções para cirurgias, implantes e endodontia.A Dentsply teve presença marcante no evento com o lança-mento de três materiais inovadores de alta tecnologia e per-formance clínica. No segmento de compósitos por meio do SDR - Substituto Dentinário Inteligente – indicado como base para preenchimento de dentes posteriores  Classes I e II. O pro-duto, que já é sucesso de vendas nos Estados Unidos e Europa, finalmente chegará ao Brasil no mês de março. O SmartCem2 é o cimento resinoso autoadesivo dual. Com ele, não é neces-sário fazer tratamento prévio da estrutura dental, dispensan-do condicionamento ácido e aplicação de adesivo para fazer cimentações, reduzindo o tempo de tratamento. Já o Wave One é a nova solução para tratamento de canais radiculares com a utilização de apenas uma lima (na maioria dos casos) e de uso único, garantindo maior biosegurança para seu paciente. Além de várias novidades na linha de clareamento, a DMC Equi-pamentos destacou o Implantek Lase. O motor cirúrgico é in-dicado para cortes ósseos, perfurações, inserções, desgastes ósseos em geral, procedimentos de cirurgia e traumatologia bucomaxilofaciais. A Driller compareceu ao evento e expôs o Piezosonic. O ultras-sônico foi desenvolvido principalmente para procedimentos ci-rúrgicos de corte, perfuração, desgaste ósseo e implantodontia. Possui também programas para endodontia, periodontia e den-tística. Realiza o corte de estruturas duras mediante a vibração ultrassônica de um transdutor piezoelétrico.O Container System foi divulgado pela Fami. O sistema reúne barreira estéril e embalagem protetora em um único produto, o que proporciona organização e esterilização. A FGM Produtos Odontológicos desenvolveu o Top Comfort, lançamento que oferece solução eficaz e exclusiva para pre-venção de lesões em tecidos moles bucais provocadas por dis-positivos ortodônticos. A GlaxoSmithKline anunciou mais um avanço na área de cuida-dos bucais com o lançamento de Sensodyne Repair & Protect. O novo creme dental ajuda a reparar, fortalecer e proteger os

dentes contra a hipersensibilidade agindo como um reservató-rio para a construção de uma nova camada reparadora sobre a dentina exposta e no interior dos túbulos dentinários. A Gnatus lançou o Syncrus G8, o consultório que trás para o mercado os conceitos de biossegurança, conforto, ergonomia e tecnologia.A linha de móveis odontológicos foi apresentada pela Haydée. Os modelos que compõem a linha apresentam exce-lência em qualidade, proporcionando um ambiente bonito e aconchegante.A Heraeus destacou a Charisma Opal, resina composta foto-polimerizável submicro-híbrida indicada para restaurações em dentes anteriores e posteriores. Desenvolvida com a carga pa-tenteada Microglass® (partículas de vidro de bário) e dióxido de silício altamente disperso, Charisma Opal é capaz de conce-ber restaurações belas e imperceptíveis de forma simples. A Ivoclar Vivadent lançou o ProBase®. O produto consiste em uma resina para base de prótese total e protocolo ideal para acrilização dos dentes Ivoclar Vivadent.O laboratório químico JHS contou com dois destaques. O HAP – 91®, um compósito de hidroxiapatita porosa, cristalina, biocompatível, de pureza comprovada, amplamente testado como material de enxerto ósseo. Já o COL.HAP – 91® é um biomaterial composto de 25% de colágeno e 75% de HAP – 91®, de pureza comprovada, que associa as propriedades os-teocondutoras da HAP – 91® às propriedades hemostáticas da malha de fibras de colágeno natural purificado, utilizado na sua elaboração.A marca LISTERINE® da Johnson & Johnson apresentou no 30º CIOSP o LISTERINE® ZERO™. O novo enxaguatório é uma op-ção sem álcool da linha que conta com uma fórmula única e apresenta a mesma combinação dos quatro óleos essenciais efetivos em matar os germes que causam a placa, a gengivite e o mau hálito.  A mais nova solução em imagem foi exibida pela KaVo. Entre as características do OP300, destacam-se o posicionamento es-tável e aberto e sensor de última tecnologia. O OP300 é o mais completo da categoria, além de ser confiável e fácil de usar.A Microdont expôs seu extenso portfolio de produtos direcio-nados aos cirurgiões-dentistas, entre eles a tradicional linha de pontas diamantadas, fotopolimerizadores, produtos inovado-res, como os polidores de silicone com diamante e instrumen-tos de alta precisão.Com mais de duas décadas no mercado odontológico, a Microi-magem compareceu ao evento para apresentar aos congressis-tas e visitantes o sensor digital de raio-x.A MM Optics lançou duas novidades que prometem facilitar o trabalho dos profissionais da Odontologia. Compactos e de fá-cil manuseio, o Evince e o Laser Duo chegam ao mercado com a proposta de aliar alta tecnologia e portabilidade à eficiência na detecção e cicatrização de lesões bucais.A Neodent trouxe para o evento vários lançamentos, principal-mente no sistema cad-cam, que possibilita a utilização da tec-nologia da computação em cirurgias minimamente invasivas, sem retalhos. Destaque para o pré-lançamento do Implante Fa-cility, um implante de menor diâmetro e utilizado em espaços protéticos menores. A empresa ainda apresentou o conceito de qualidade total, a filosofia da Neodent que busca a perfeição, o aprimoramento, sempre com investimento em tecnologia para tornar a implantodontia brasileira mais acessível e mais segura.A Nobel Biocare destacou o NobelReplace, sistema de implan-

Os cirurgiões-dentistas do Brasil e do mundo tiveram acesso ao que há de mais moderno e avançado no mercado odontológico

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tes de duas peças concebido para assegurar os níveis mais elevados de versatilidade, simplicidade e flexibilidade. A versa-tilidade protética e a conexão “tri-channel” tornam o NobelRe-place bem adequado a todas as indicações.A Nova DFL realizou promoções imperdíveis durante os quatro dias de evento. Destaque para a linha Total Blanc de clareado-res dental e para a resina restauradora microhíbrida fotoativa-da, Natural Look.A Olsen marcou presença para exibir os consultórios odon-tológicos que contam com desde a versão mais básica até a configuração mais completa de alta performance. A empresa, representante oficial da marca NSK, ainda destacou o Surgic XT Plus, sistema de micromotor cirúrgico sem escovas, de alto rendimento com controle de torque.A Oral B compareceu ao evento para mostrar grandes novida-des. Criado para pessoas com hipersensibilidade dentária, o novo creme dental Oral-B Pro-Saúde Clinical Protection Sen-sitive oferece alívio imediato e combate de maneira eficaz a sensibilidade em longo prazo. Para a prevenção da gengivite, apostou no lançamento do Oral-B Pro-Saúde Clinical Protection Cuidado da Gengiva. A empresa também apresentou o antis-séptico Pro-Saúde Clinical Protection, que combate, ao mesmo tempo, a placa bacteriana e a cárie, ajudando a prevenir a gen-givite e a erosão do esmalte. O produto chegará às gôndolas no final de março. Ainda durante a trigésima edição do CIOSP, a Oral-B inaugurou a Clínica Móvel. A iniciativa, em parceria com o Inpes e o Minis-tério dos Esportes, atenderá esportistas pelo Brasil.Com 18 anos de mercado, a Procion aproveitou o evento para divulgar a inclusão do raio-x pantográfico ainda em fase de re-gistro na Anvisa. Os equipamentos da empresa são dotados de alta qualidade, excelente nitidez radiográfica, menor tempo de exposição, maior segurança e maior precisão.A Prograd expôs para os profissionais de Odontologia espe-cialistas em radiologia a opção de usar menos radiação e pro-porcionar segurança para o profissional e para o paciente. O Dentix-E é um filme para raios-x periapical com alta qualidade de imagem e definição, dupla emulsão, sem intensificadores, com alto contraste e fino grão.O Pross, marca da Dabi Atlante no segmento de implante den-tário já comemora dois anos. A novidade exposta na trigésima edição do evento foi o Ello, um sistema logístico revolucionário que proporciona gestão inteligente de estoque. Com Ello, a alta performance dos profissionais de implantodontia é garantida.O Quick Smile, um gel clareador à base de Peróxido de Hidrogê-nio a 35% foi apresentado durante a trigésima edição do even-to. O produto é indicado para clareamento de dentes vitais e não vitais. O uso é exclusivo em consultório.A Ravagnani Dental Brasil compareceu ao evento para demons-trar a funcionalidade e a ideal ergonomia dos consultórios odontológicos. A instituição ainda apresentou todos os compo-nentes do catálogo de bomba a vácuo.A Raskalo marcou presença para expor durante o evento o Pro-pé Mágico, um aplicador de sapatilha descartável automático, higiênico, prático e que dispensa o uso das mãos.O mocho que dá sustentação ao dentista por meio do esqueleto ósseo foi apresentado pela Salli. O formato de sela de cavalo foi desenvolvido com o objetivo de melhorar a postura, fornecendo conforto e aumentando a produtividade do cirurgião-dentista.A Sanders do Brasil apresentou a autoclave para esterilização a vapor e secagem de materiais, com design moderno, adequada

para consultórios odontológicos; e os compressores odontoló-gicos 100% isento de óleo, que proporcionam total qualidade do ar, sem impurezas, com nível de ruído de 69 dB(A)/1m.A SDI destacou alguns dos produtos pertencentes à linha de clareadores, entre eles o Pola Office+, que pode ser utilizado com ou sem luz de clareamento, já que não requer ativação; e o Pola Day e Pola Night, que com a alta viscosidade do gel ga-rante um fácil manuseio, o gel se mantém na moldeira durante todo o procedimento.A SIN – Sistema de Implantes esteve presente no evento para apresentar a linha Strong SW, que pode reduzir o tempo de tratamento, eliminar a necessidade de enxerto ósseo (mesmo em pacientes com perda óssea acentuada), com resultado fi-nal mais harmonioso. Destaque também para o Cerasorb M, que conta com a distribuição nacional exclusiva pela SIN. O produto reflete as últimas descobertas científicas no campo da regeneração óssea.Com a linha de produtos disponível em mais de 70 países, a Straumann compareceu ao espaço comercial do evento para apresentar as características e os benefícios de seus implantes. Entre os destaques, a linha SLActive, desenvolvida para obter osseointegração rapidamente e mantê-la por um longo prazo. A Odontologia com humor e descontração é defendida pelo movimento “Ser Dentista é...”. O projeto tem como propósito principal estimular a profissão cirurgião-dentista, de maneira politicamente correta, de forma bem humorada e emotiva.O Novox, que consiste em uma resina que substitui o gesso na confecção de modelos odontológicos foi apresentado pela Talladium International Implantology. O produto vem para revo-lucionar o dia a dia dos laboratórios e consultórios.A Talmax expôs a Ceramax, cerâmica dentária indicada para es-tratificação em metalocerâmica e técnica de refratário cerâmico. A Top Estéril apresentou para profissionais de saúde bucal toda a linha de produtos para biossegurança; autoclave, seladora, teste biológico, lavadora ultrassônica, embalagens e muito mais. Destaque para as autoclaves digital e analógica.A Trident compareceu ao evento para apresentar a linha de chi-cletes isentos de açúcar. A empresa ainda foi responsável pelo ciclo de palestras sobre as funcionalidades da goma de mascar sem açúcar. Um dos temas abordados foi a “A influência da goma de mascar na disfunção temporomandibular e gastrite”.A revolução no clareamento dentário, o Opalescence Trèswhi-te Supreme, foi apresentada pela Ultradent. Com uma única aplicação ao dia proporciona resultados visíveis de 10 a 15 dias. A aplicação dura apenas de 30 a 60 minutos e clareia todo o sorriso. A Vigodent compareceu ao evento com inúmeras novidades. En-tre elas o Hydro Print Premium, indicado para moldagens totais e parciais é um produto de alta precisão e estabilidade, de exce-lente elasticidade e resistência ao rasgamento. A empresa ainda realizou o pré-lançamento da lima Hyflex, um rotatório novo.A VIPI, empresa com 35 anos de mercado, teve como um dos destaques o Vip´Rint Plus, um alginato com fixação rápida, aro-ma hortelã e livre de poeira para impressões da cavidade oral. A Voco destacou o Structur, material de uso universal para a confecção de próteses temporárias, que satisfaz os mais varia-dos requisitos.A Wilcos do Brasil apresentou aos profissionais de saúde bucal as novas tecnologias para manutenção de peças odontológi-cas, além dos novos blocos VITA para CAD CAM e as novas pontas diamantadas MANI.

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Imagens: Christian Visval

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Entrevista

Odonto Magazine - A toxina botulínica já é bastante empre-gada em tratamentos cosméticos e neurológicos no Brasil e no mundo. Como se chegou à conclusão de que a substância tam-bém pode ser eficaz em tratamentos odontológicos? Antonio Celória - A toxina botulínica tipo A é um complexo protéico purificado, de origem biológica, obtido a partir da bac-téria Clostridium botulinum. O Clostridium botulinum é uma bacté-ria anaeróbia, que em condições apropriadas à sua reprodução (10°C, sem oxigênio e certo nível de acidez), cresce e produz sete sorotipos diferentes de toxina – conhecidos como A, B, C1, D, E, F e G. Dentre esses, o soro tipo A é o reconhecido cien-tificamente como o mais potente e o que proporciona maior duração de efeito terapêutico.Em 1978, Allan B. Scott conduziu os primeiros estudos clíni-cos pilotos nos Estados Unidos com a aprovação do “Food and Drug Administration” (FDA), publicando resultados prelimi-nares no tratamento de estrabismo com toxina botulínica em 1985. Em seguida, investigou os efeitos da toxina botulínica em casos de espasmos hemifaciais, torcicolo espasmódico e espasticidades de membros inferiores. Desde então, a toxina botulínica tipo A passou a ser opção de tratamento para blefa-roespasmo e várias patologias neuromusculares.Apesar de a toxina botulínica ser amplamente conhecida por sua utilização cosmética em injeções intramusculares para a redução de rugas faciais, a sua principal aplicação é voltada ao uso terapêutico. A utilização dessa toxina purificada em proce-dimentos cosméticos só foi aprovada pela ANVISA no Brasil

Por: Vanessa Navarro

Antonio CelóriaGraduado em Odontologia. Especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial. Mestrado em Ortodontia. Coordenador do Curso de Especialização em Ortodontia no Centro de Estudos Odontológicos Dr. Antonio Celória (CEODAC), filial da FUNORTE - Maringá – PR. www.ceodac.com.br

em 2000 e nos EUA, pela FDA, em 2002.Na Odontologia é usada há pelo menos 20 anos e tem apresen-tado um potencial de emprego como em casos de bruxismo, hipertrofia do masseter, disfunções temporomandibulares, sia-lorreia, assimetria de sorriso, exposição gengival acentuada e, mais recentemente tem sido descrita a utilização profilática para a redução da força muscular dos músculos masseter e temporal em alguns casos de implantodontia de carga imediata.

Odonto Magazine - Existem estudos científicos sendo realiza-dos sobre o uso do conhecido ‘botox’ na prática odontológica? Antonio Celória - Sim, depois das clínicas de dermatologia e de estética, os pacientes agora também podem recorrer aos consultórios odontológicos para a aplicação do Botox, que vem se revelando uma alternativa muito eficaz de tratamento esté-tico para a beleza do sorriso. Como foi a primeira a ser libera-da para uso estético, em rugas de expressão, o termo Botox acabou sendo utilizado para todos os medicamentos, a partir dessa toxina.O uso dessa toxina na Odontologia vai desde exterminar por uns

A toxina botulínica na prática odontológicaHá algum tempo a toxina botulínica deixou de ser apenas um artifício para amenizar rugas e marcas de expressão. Hoje, o complexo protéico purificado ganha espaço nos consultórios e clínicas odontológicas. A entrevista com o Dr. Antonio Celória apresenta o uso do “botox” na prática odontológica.

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Entrevista

tempos as rugas de expressão do sorriso até o tratamento de do-res de ATM (articulação temporomandibular) e ranger de dentes. Quando a toxina é aplicada em pequenas doses, ela bloqueia a liberação de acetilcolina (neurotransmissor responsável por le-var as mensagens elétricas do cérebro aos músculos) e, como resultado, o músculo não recebe a mensagem para contrair.

Odonto Magazine - Quais tratamentos odontológicos podem ser realizados com o auxílio da toxina botulínica? Antonio Celória – Listo abaixo os tratamentos.

» Bruxismo: o músculo mastigatório trabalha além da conta à noite, o que desencadeia o atrito entre os dentes e, como consequência, seu desgaste. Tratamento convencional: com placas noturnas, para impedir o contato entre os dentes. Vantagens da toxina botulínica: o método tradicional atrapa-lha o descanso. Com a toxina, isso não ocorre.» Dor facial: trata-se de uma sensação dolorosa provocada por alterações nas articulações que ligam o maxilar à man-díbula — ali está localizado um complexo sistema de mús-culos, ligamentos e ossos. Tratamento convencional: com

medicamentos, que podem provocar efeitos colaterais. Van-tagens da toxina botulínica: é aplicada diretamente no mús-culo, sem reações desagradáveis. » Sorriso gengival: disfunção em que a gengiva é exposta excessivamente quando o indivíduo sorri. Tratamento con-vencional: por meio de cirurgia. Vantagens da toxina botulí-nica: não é invasiva, sendo aplicada nos músculos responsá-veis pelo sorriso, relaxando essa musculatura.

Odonto Magazine - Existe algum tipo de contraindicação no uso da substância na Odontologia? Antonio Celória - A toxina botulínica é muito segura, princi-palmente quando aplicada em locais e doses recomendadas. Ela não é tóxica ao ser humano uma vez que as doses utilizadas terapeuticamente estão distantes da dose letal humana. Além disso, já é utilizada em medicina há décadas. As contraindica-ções mais comuns são:

» Doenças imunológicas e oftalmológicas com comprometi-mento muscular.» Pacientes em uso de antibióticos do grupo amino-glicosí-

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Entrevista

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deos por potencializarem as ações da toxina.» Pacientes com processos infecciosos e inflamatórios no local. » Gravidez e amamentação.

Os intolerantes à lactose precisam evitá-la, pois o açúcar do leite serve como uma espécie de veículo para a droga. Para quem tem esse tipo de reação, existem outras formulações, ge-ralmente mais caras. Também não se recomenda a toxina para indivíduos com atividade muscular comprometida, já que ela relaxará ainda mais o tecido.

Odonto Magazine - Como a toxina botulínica pode beneficiar o exercício do cirurgião-dentista e também o paciente? Antonio Celória - A aplicação da toxina botulínica trouxe para os cirurgiões-dentistas mais uma ferramenta em alguns dos pro-cedimentos terapêuticos realizados no consultório, e, para os pacientes uma significativa melhora em dores e desconfortos. A aplicação é rápida e simples e os resultados são imediatos.Na Odontologia estética é possível entrar no consultório e em alguns minutos sair de lá com um sorriso novo. Com relação às patologias clínicas, a toxina revela resultados significativos na diminuição principalmente da dor.A toxina botulínica começa a agir a partir de 24 a 48 horas após sua aplicação no músculo e seu pico máximo é no 15º dia.A durabilidade do efeito depende de vários fatores individuais, mas geralmente gira em torno de cinco e seis meses.Depois desse período os músculos readquirem a capacidade normal de contração e a pele volta a enrugar. É importante es-clarecer que não ocorre piora das rugas em relação ao período anterior à aplicação e também que há casos de pessoas resis-tentes à toxina e com durabilidade menor do que o normal da população.

Odonto Magazine - Como o cirurgião-dentista deve agir para se atualizar sobre a nova técnica na prática odontológica? Antonio Celória - Existem cursos de atualização profissio-nal em toxina botulínica aplicada à terapêutica odontológi-ca, e para o cirurgião-dentista que pretende trabalhar com esta técnica, é de fundamental importância o conhecimento profissional não apenas da anatomia da face, como também das características farmacológicas da toxina, como dosagem, mecanismos de ação, contraindicações e efeitos colaterais, antes de se optar pelo seu uso no tratamento das hipertrofias musculares. Como foi visto, o tratamento da hipertrofia mus-cular mastigatória com Toxina Botulínica Tipo A, surge como uma alternativa não invasiva para correção dessa patologia, devendo, no entanto, a dose e a frequência das injeções se-rem respeitadas.

Odonto Magazine - Já existem dados que apontam o número de pacientes que optaram por tratamentos odontológicos com a toxina botulínica?Antonio Celória - Tanto homens como mulheres querem e se beneficiam com a técnica, mas, disparadamente, encontra-mos as mulheres que querem melhorar o sorriso gengival. A procura ocorre entre as mulheres com 28 e 40 anos de idade, independente da classe social.

Odonto Magazine - Como o profissional de saúde bucal deve agir para medir a relação custo x benefício da prática odontoló-gica com toxina botulínica? Antonio Celória - Atualmente todos os benefícios do uso da

toxina botulínica com fins terapêuticos tornou-se uma realida-de no arsenal clínico do cirurgião-dentista.O uso terapêutico da toxina botulínica vem sendo amplamente estudado na Odontologia nos últimos anos e hoje incorpora uma grande quantidade de possibilidades de uso, desde cor-reções de sorrisos gengivais, minimização de dores de cabeça tensionais, auxílio no tratamento de disfunções de ATM, as-simetrias de sorriso, sialorreia (excesso de produção salivar), bruxismo, etc.Alguns fatores que precisam ser enfatizados:

» A toxina botulínica não causa vício e não é um procedi-mento irreversível, sendo extremamente segura quando aplicada dentro das normas técnicas.» Seu uso em seres humanos é realizado exclusivamente por profissionais médicos e dentistas.» A frequência no uso da toxina botulínica deve ser rigoro-samente controlada por um profissional devidamente capa-citado e regulamentado para seu uso, sempre.» Não é aconselhável o seu uso em gestantes ou em fase de lactação.» A toxina botulínica tem elevada toxicidade em grandes dosagens devendo ser sempre manipulada e aplicada por profissional capacitado e regulamentado.» Os benefícios aparecem alguns dias após a aplicação e du-ram em média entre quatro e seis meses.

Odonto Magazine - O Conselho Federal de Odontologia apre-sentou nota favorável ao uso da toxina botulínica para alguns casos exclusivamente dentro do âmbito legal do exercício da competência do cirurgião-dentista. Como essa aprovação pode alterar a rotina do profissional de saúde bucal?Antonio Celória - Diante da grande polêmica em torno da utilização desses procedimentos pelos dentistas, o código que rege o exercício da Odontologia, o cirurgião-dentista está “ha-bilitado a prescrever e administrar toda e qualquer substância farmacológica oral ou injetável que não extrapole os limites da Odontologia”. Neste contexto, o cirurgião-dentista que está devidamente treinado para terapêutica da toxina botulínica, ao fazer o uso do produto para o tratamento de afecções da boca e da face que se enquadre na clínica odontológica, está agindo dentro de suas atribuições.A aplicação do botox é um procedimento muito rápido e o paciente não precisa de internação e nem anestesia, apenas repouso de algumas horas. Contudo, a recomendação do ci-rurgião-dentista nas quatro primeiras horas após a aplicação do produto é a de que os pacientes devem evitar utilizar muito os músculos da face (não sorrir ou falar muito, não massagear o local, não passar cremes e evitar atividade física no dia da aplicação).A duração do efeito do tratamento pode variar conforme a res-posta orgânica de cada paciente, mas geralmente os efeitos da aplicação duram uma média de seis meses e a aplicação é indolor, devido à anestesia “O tratamento pode ser repetido dentro de uma indicação correta, com toda segurança”.Se realizado com profissionais competentes, o tratamento com Botox não apresenta maiores complicações (como cicatrizes, mudança na expressão facial). Somente profissionais habilita-dos e bem treinados podem realizar tais procedimentos. Ainda são poucos os dentistas que atuam nessa área, mas os pro-fissionais acreditam que seja um novo e fértil campo para a Odontologia.

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Caros colegas, mais um ano se inicia e com ele a oportuni-dade de fazer melhor que o ano anterior. Venho aqui pro-por fazer durante todo o ano de 2012 o exercício do “olhar”.

Vou explicar o que quero dizer:Quando estamos no exercício de nossas funções, muitas vezes nos concentramos no problema odontológico do nosso paciente e não o enxergamos como um todo, não fazemos o exercício do “olhar”. Esquecemos que atrás do conjunto língua, dentes, bo-checha, existe um ser humano, que tem uma família, uma his-tória de vida e todo um contexto social. Esquecemos que nós, CDs, TSBs e ASBs podemos ampliar o nosso “olhar” e ajudar esse paciente em outras questões, podemos ser promotores de saúde e ajudar essa pessoa a buscar um caminho onde muito mais que a dor de dente será resolvida...Para ilustrar melhor o que supracito, divido com vocês um caso que aconteceu com um colega e que, felizmente, graças ao seu “olhar” ampliado, teve um final ainda mais feliz. Uso aqui no-mes fictícios para preservar todos envolvidos:Em um dia de atendimento na UBS Estrela Guia, Dra. Carolina vai fazer a primeira consulta odontológica do paciente Sr. Nel-son, que tem 68 anos, um olhar triste e bastante tímido. Sr. Nel-son possui 18 elementos dentários na boca, algumas lesões de cárie, bastante tártaro e não usa PPR´s. Sr. Nelson conseguiu sua vaga através da triagem de risco de sua Unidade de Saúde. Ele nem iria nesse dia da convocação, mas como sua Agente Comu-nitária insistiu muito, ele foi. No dia da triagem achou interes-sante o que a Técnica de Saúde Bucal explicou e também ficou surpreso em saber que tinha ainda dentes cariados e o pretinho que ele via era uma coisa chamada tártaro. Resolveu ir até a con-sulta do dentista, pois iria pedir mesmo que ela tirasse todos os seus dentes, afinal de contas, já estava velho e velho tem mes-mo é que usar dentadura. A consulta se inicia bem, tudo dentro do esperado, mas Dra. Carolina nota que o paciente é bastante retraído, monossilábico. Sr. Nelson quase não fala com ela, fica bastante acanhado. A consulta vai até o fim e ele não consegue expor a sua vontade de tirar todos os seus dentes. Sr. Nelson vai embora, e no caminho de casa passa a língua nos seus dentes, percebe que estão lisinhos. Assim que entra em casa, corre para

A importância de olhar para o todo

Danielle PalacioCirurgiã-Dentista. Interlocutora de Saúde Bucal do Instituto Israelita de Responsabilidade Social da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein. Especialista em Saúde Coletiva. Mestranda em Saúde Coletiva. Coordenadora do módulo de Saúde Bucal da Especialização em Saúde da Família e Comunidade do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein. Docente da Equipe Biológica.

Espaço Equipe

Muitas vezes nos concentramos no problema odontológico do nosso paciente e não o enxergamos como um todo

o banheiro e olha no espelho: puxa vida! Que legal! Estão tão clarinhos, os pretinhos não existem mais, seu sorriso melhorou muito, já quase dá para sorrir... Sr. Nelson aguarda ansiosamen-te a próxima consulta, agora não quer mais saber de tirar os den-tes, quer saber da doutora se consegue fazer alguma coisa para tampar os “buracos” que ele tem pelos dentes que perdeu. O dia chega e Dra. Carolina o recebe, ela percebe que ele está mais feliz e parece mais acessível a conversar. A consulta transcorre de forma agradável e ele confessa a Dra. Carolina que veio do Nordeste há bastante tempo, procurando trabalho e condições para dar uma vida melhor para sua família que ficou por lá. Fala pelo telefone, às vezes, com a esposa e com a filha que sempre cobra do pai que ele volte para rever a família que deixou para trás. Dentro de seis meses ele conseguirá se aposentar, então planeja voltar para sua casa distante, fazendo uma surpresa aos

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seus entes queridos. São tantos anos que agora ele quer voltar mais bonito e feliz! Pede a Dra. Carolina que o ajude a melhorar o seu sorriso, só sente por não ter conseguido cumprir uma pro-messa que fez para si mesmo quando veio a São Paulo: de que iria aprender a ler e escrever. Dra. Carolina percebe aí que pode ajudar Sr. Nelson a realizar essa sua vontade. Na reunião com a Equipe de Saúde da Família divide o caso com seus colegas e, com a ajuda do NASF consegue uma vaga para que Sr. Nelson frequente a turma noturna de alfabetização de adultos que acon-tece na associação de moradores daquela comunidade. Sr. Nel-son fica feliz em saber que irá aprender a ler e escrever, além de continuar o seu tratamento com a Dra. Carolina. Com o passar do tempo, seu tratamento odontológico se finaliza, ele consegue inclusive fazer uma PPR, agora seu sorriso está perfeito, ficou muito bom. Para ele, a Dra. Carolina foi muito mais que uma

dentista, foi a pessoa que o ajudou a realizar um sonho, o de sa-ber ler e escrever o seu nome, sua autoestima está nas nuvens. Como agradecimento, no dia de sua volta para o Nordeste, Sr. Nelson vai a Unidade de Saúde bem arrumado, com seu melhor perfume, um lindo sorriso no rosto, uma rosa e um cartão para Dra. Carol, no qual ele se esforçou muito e escreveu: “Dra. Carol, Muito obrigado. Do seu amigo Nelson”.Nesse caso, a dentista envolvida foi muito além do problema odontológico desse paciente, mudando, para muito melhor a vida dele. O “olhar” ampliado permitiu que a atuação fosse de profissional de saúde que pode e deve ajudar seus pacientes a terem mais qualidade de vida e mais saúde.E esse é o meu desejo, que em 2012, sejamos todos profissio-nais que vão muito além da atuação odontológica. Desejo que sejamos profissionais de saúde!

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Relacionamento

José Barbosa PortoCirurgião-Dentista. Especialista em Endodontia. Atua em consultório particular há 27 anos. Atuou como Cirurgião-Dentista no Hospital da Aeronáutica no Ceará, onde exerceu as especialidades de Endodontia e Cirurgia. Ingressou na Associação Brasileira de Odontologia no ano de 1996, onde foi Secretário, Tesoureiro, Vice-Presidente e Presidente 2007/2009, reeleito Presidente 2009/2012. Presidiu o II Congresso Internacional de Odontologia com o tema “O Brasil Sorridente e a Inclusão Social”, em maio de 2006, quando criou e implementou o projeto da primeira Mostra Brasileira de Artes com Motivos Odontológicos, primeiro evento da área médica com cunho cultural. Foi Presidente do Rotary Clube Fortaleza Alagadiço - Gestão 2008/ 2009, onde implantou ações como a criação do teatro para a prevenção de doenças infantis e lançou a cartilha de prevenção ao trauma.

Odonto Magazine - Quem idealizou e como surgiu o projeto “Geração Cárie Zero – Aluno Nota Dez”? José Barbosa Porto - Aliar a boa saúde bucal com o bom ren-dimento escolar. Esse é, em linhas gerais, o fundamento do projeto Cárie Zero, idealizado pelo dentista Paulo Monteiro – membro da ABO – CE – e implantado em fase piloto na escola municipal Jornalista Blanchard Girão, que fica no Parque San-ta Filomena, bairro periférico de Fortaleza. A parceria com a empresa Colgate foi fundamental para viabilizar o projeto, pois recebemos o escovódromo e a doação de kits de saúde bucal.O projeto atende crianças de seis a 12 anos e surgiu justamen-te com o propósito de diminuir, e até quem sabe, erradicar a cárie de crianças em idade escolar, porque elas estão inseridas nesse processo de formação educacional. Os bons hábitos e as práticas de prevenção podem ser incorporados com maior faci-lidade. As crianças se tornam agentes multiplicadores, levando o conhecimento que adquiriram para os coleguinhas de sala, os amiguinhos da rua e os familiares em casa.Atualmente, temos cerca de 180 crianças cárie zero. Esse núme-ro veio da primeira avaliação trimestral, realizada em novem-bro deste ano. O valor corresponde a aproximadamente 37% da quantidade de alunos da escola. A nossa meta é concluir o projeto, dentro de um ano, com pelo menos 60% de alunos sem nenhuma cárie e com boas notas. É quando os prêmios e brin-des serão distribuídos como forma de incentivo e recompensa pela mudança de comportamento e postura com a saúde bucal.

Odonto Magazine - Como são realizados a avaliação e o trata-mento das crianças diagnosticadas com cárie? José Barbosa Porto - As avaliações são trimestrais, realizadas na própria escola pelos dentistas, acadêmicos e ASBs. Os alu-nos que necessitam de tratamento são encaminhados para o posto de saúde, onde recebem o devido atendimento clínico. Além disso, o projeto prevê atividades a serem realizadas no ambiente escolar, com orientações de higiene bucal e escova-ção supervisionada, utilizando o escovódromo.

Iniciado por meio de uma parceria entre a Associação Brasileira de Odontologia (ABO) e a Prefeitura de For-taleza (CE), o projeto “Geração Cárie Zero – Aluno Nota Dez” tem como meta garantir que 60% dos alunos não apresentem mais cáries até agosto deste ano.

Por: Vanessa Navarro

Odonto Magazine - Pesquisas apontam que o índice de cárie diminui constantemente entre as crianças. Como o projeto con-tribui para essa estatística positiva? José Barbosa Porto - A queda do índice pode ser acelerada com a presença de um dentista na fase escolar, período em que as crianças de seis a 12 anos rompem a barreira da fobia ao dentista. Isso está sendo verificado com a implantação do projeto. Avaliações constantes, orientações mais claras e espe-cíficas, convivência com um profissional que pode prestar au-xílio e ensinar de forma mais específica e direta. O profissional tem como avaliar as dificuldades específicas e gerais e, desta forma, elaborar um planejamento mais eficiente para o grupo. Há, portanto, uma diminuição do índice de cáries e uma con-sequente redução do número de atendimentos clínicos, propi-ciando economia de recursos para o poder público municipal.

Odonto Magazine - Quais são as ações educativas e preventi-vas realizadas pelo projeto social? José Barbosa Porto - Realizamos escovações supervisionadas, aplicações tópicas de flúor, oficinas de utilização de fio dental, pa-lestras motivacionais sobre a importância do sorriso e da saúde bucal e sessões de filmes educativos pelas acadêmicas do proje-to. É possível perceber o interesse dos professores e familiares, que nos dão dicas, questionam, procuram participar. Percebemos o surgimento de um processo de mudança da postura perante a população, tentando tornar o serviço público mais eficiente, formando uma grande parceria com a comuni-dade, com os pais dos alunos.

Odonto Magazine - Quais são os resultados positivos em rela-ção à prevenção da cárie apresentados até o momento? José Barbosa Porto - Muitas mães nos contam que seus filhos diminuíram os bombons, escovam os dentes de forma mais atenciosa. O medo do consultório odontológico também está diminuindo. Os pais, ao verificarem que o trabalho é sério, pas-sam a participar, encorajando os filhos.

Educação e saúde bucal

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Odonto Magazine - O projeto conta com parcerias do governo e empresas privadas? José Barbosa Porto - O Cárie Zero funciona a partir da articula-ção entre a Associação Brasileira de Odontologia – Seção Cea-rá (ABO-CE), a Colgate, a Prefeitura Municipal de Fortaleza e o Rotary Club, através do cirurgiões-dentistas, acadêmicas, ASBs e do consultório odontológico onde as crianças são atendidas.Essa grande parceria potencializou as ações que já eram desen-volvidas em Fortaleza, ampliando o alcance e a eficiência dos trabalhos preventivos em saúde bucal.

Odonto Magazine - Como os profissionais atuantes no projeto incentivam as crianças para manter uma boa saúde bucal? José Barbosa Porto - Buscando atividades educativas, promoven-do atendimentos personalizados e em grupo e realizando conver-sas informais. Foi uma forma que encontramos para “quebrar o

gelo” do profissional de branco e conseguirmos nos aproximar de forma mais segura e informal das crianças.

Odonto Magazine - Como a relação da saúde bucal x qualidade de vida é abordada pelos profissionais de saúde bucal que tra-balham com as crianças? José Barbosa Porto - A boa saúde bucal tem relação direta com a nos-sa qualidade de vida, nos mais diversos aspectos, alguns que nem dizem respeito ao correto funcionamento do corpo. Nos momentos alegres, acompanhados por nosso sorriso aberto e franco, ou durante uma procura de emprego, a boa saúde bucal é importante.Em termos odontológicos, a perda de dentes provoca irregulari-dades na mastigação, sobrecarrega o sistema digestivo e afeta a Articulação Temporomandibular (ATM). Tudo isso é abordado de forma simples e didática com as crianças, para que elas perce-bam a importância de manter dentes saudáveis na boca.

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Ponto de Vista

A saúde bucal dos indígenas

Uma minoria étnica, sim, correspondendo a 0,42% da po-pulação total do Brasil, segundo o censo IBGE 2010, mas representando nossas raízes; somam 817.893 pessoas,

sendo 315.180 vivendo em cidades e 502.783 em áreas rurais. De acordo com o Departamento de Assuntos Indígenas da As-sociação de Missões Transculturais Brasileiras são 228 etnias reconhecidas oficialmente, 27 isoladas, 10 parcialmente isola-das, nove possivelmente extintas, 41 ressurgidas e 25 ainda a pesquisar, formando um quadro de 340 grupos.Com tristeza observamos que a informação nutricional e sobre hábitos de higiene não atinge as etnias indígenas com a mesma facilidade que os alimentos industrializados o fazem, trazendo assim, altos índices de cárie e de perda de dentes. Este quadro é resultado, dentre vários fatores, da dificuldade de adaptação dos indígenas às interferências culturais não indígenas, de um preocupante quadro de educação em saúde, e da real insufici-ência dos serviços de saúde bucal oferecidos às etnias. De acordo com os dados preliminares do SB Brasil 2010, a po-pulação brasileira até 12 anos de idade apresentou um índice de CPOD de 2.1, passando a fazer parte do grupo de países com baixa prevalência da cárie, apresentando resultados que trazem esperança para a saúde bucal no Brasil. Mas, avaliando dados específicos para as populações indíge-nas, o levantamento de dados realizado pelo SB Brasil 2003 nos mostra uma lacuna nas diferenças de saúde bucal entre as populações indígenas e as não indígenas. Indígenas tive-ram 1.24 mais chances de apresentarem cárie do que um não indígena, e 1.55 mais chances de apresentarem problemas pe-riodontais comparados com os não indígenas. E, ainda, 3.17 mais chances de nunca terem visitado um consultório odon-tológico do que os não indígenas. Crianças indígenas de cin-co anos apresentaram um índice de ceod (dentes cariados, perdidos e obturados) de 3.82; não indígenas da mesma idade apresentaram ceod de 2.78. Aos 12 anos, o grupo indígena apresentou um índice de 2.75; a média geral de CPOD nas et-nias foi alta (8.39), sendo os maiores índices de cárie e doença periodontal, tanto em adultos como em crianças, encontrados na região norte do Brasil. Quando me aventurei a inserir a Aldeia Pataxó Mata Medonha,

Sandra Vieira ZeferinoCirurgiã-Dentista. Especialização em Endodontia e Odontologia em Saúde Coletiva. Cocriadora do Projeto VOE – Voluntariado [email protected]

Bahia, como sujeito de uma monografia para o Curso de Saúde Coletiva (ABO-MG-2010) eu não imaginava o tamanho do uni-verso que ali se encontrava. A pesquisa encontra-se em fase final de conclusão, mas os dados iniciais encontrados já foram repassados para o Coordenador de Saúde Bucal de Santa Cruz de Cabrália, e de alguma forma já estão sendo úteis para o cui-dado com a população indígena local. Faz-se necessário um questionamento incômodo: como o Bra-sil tem cuidado da saúde bucal desta população?Desde 1999 a atenção à Saúde dos povos indígenas está inte-grada ao SUS- Sistema Único de Saúde, sendo o objetivo da Política de Saúde Indígena, dentre outros, o de garantir a estes povos o acesso integral à saúde. Até 2010 o controle das ações de saúde era feito pela FUNASA. Em Outubro de 2010 esta função passou a ser exercida pela SESAI - Secretaria Especial de Saúde Indígena, ligada ao Ministério da Saúde, e assim, os 34 DSEIs – Distritos Sanitários Especiais Indígenas passa-ram a ter autonomia, funcionando como unidades gestoras descentralizadas, articulando com todo o SUS. Nas aldeias, a atenção básica é realizada pelos AISs – Agentes Indígenas de Saúde. Estudos apontam para uma grande deficiência na existência dos serviços odontológicos e de programas de pro-moção de saúde e preventivos. Em poucos relatos, como o da tribo Guarani do estado do Rio de Janeiro, percebemos um quadro onde a assistência à saúde bucal é oferecida de forma continuada, sendo encontrados níveis de cárie dentária inferiores à média nacional. Outro exemplo positivo foi a im-plantação no Parque Indígena do Xingu, de um Programa de Saúde Bucal alicerçado na Educação e Prevenção, com ações básicas de saúde bucal e destaque para os agentes indígenas de saúde, com supervisão e treinamento constantes. As di-ferenças encontradas são reflexo de um desigual acesso aos serviços de cuidado e prevenção e, desta forma, verifica-se uma grande necessidade de implementação de Programas de Promoção de Saúde Bucal junto às etnias.Estudos relacionam o alto índice de cárie dessas populações às transformações na maneira de subsistência, inserção de dieta cariogênica com a assimilação de hábitos nocivos como a gran-de ingestão de açúcares, com o abandono de sua alimentação

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Ponto de Vista

cia de culturas, possuem menores índices de cárie. Re-lação importante também é dada aos baixos níveis de conhecimento sobre hábitos de higiene bucal.Também nas populações indígenas, infelizmente, a dor ainda se constitui como um forte indicador na busca do cuidado, como comprovado em um estudo no alto Xingu, no qual a maioria das mães de crianças indíge-nas com menos de cinco anos não permitiu o exame de seus filhos, justificando a não permissão através do argumento de que as crianças nunca haviam apresen-tado dor de dente.É interessante observar que o índice de edentulismo nos indígenas é de quase 50% quando esses apresen-tam de 0 a três anos de estudo, caindo para 17% quan-do apresentam de oito a 12 anos de estudo. Enfocando o importante papel da educação, o estudo de Iglesias-Padron et al., (2008) mostra que intervenções educati-vas trazem melhoria em relação às técnicas de higiene bucal e ao consumo de alimentos cariogênicos, com desenvolvimento de bons hábitos em saúde bucal, e consumo racional de carboidratos. Krieger (2001) mos-tra que ações baseadas em informação podem revo-lucionar comportamentos e alterar os determinantes sociais da saúde, como fatores sociais, econômicos, culturais, e psicológicos, trazendo mais qualidade de vida e saúde a uma população.

Sabemos que estes problemas não se relacionam apenas aos grupos indígenas, mas fazem parte de uma problemática glo-bal. Somos autoridades em Saúde. O movimento é necessário. Qual é a nossa responsabilidade como profissionais da Saúde? Como temos influenciado o mundo à nossa volta com relação à prevenção e promoção de saúde bucal? Temos - de alguma forma - sido parceiros ao questionar com o governo mais efe-tividade nas ações?Como profissionais da Saúde, somos veículo de amor de Deus. Capazes de trazer mudança e esperança para a vida dos que nos buscam. Esperança que em nós deve se anelar à indigna-ção, para não aceitarmos as situações como estão, mas, tam-bém, à sabedoria e à coragem, para podermos transformar o mundo através do nosso posicionamento e ações.

tradicional, mudanças na dieta, forma de preparo e cozimento, consumo em formas moles e adesivas que favorecem ao au-mento dos índices de cárie, aumento no consumo de alimentos industrializados associado ao contato interétnico, presença de novas fontes de renda e maior facilidade de acesso aos centros urbanos. Em uma aldeia Xerente (Tocantins) próxima ao cen-tro urbano foi relatado que a proximidade das cidades exerce grande influência na frequência de ingestão diária de alimentos industrializados (refrigerantes, balas, biscoitos, pães, arroz in-dustrializado), sendo fator relevante para o aumento do índice de cáries. Os grupos indígenas que mantêm sua alimentação com características mais próximas à original (grupos caçador--coletores), como proteínas em geral, gorduras, vegetais crus, frutas e alimentações indígenas utilizadas antes da interferên-

Indígenas tiveram 1.24 mais chances de apresentarem cárie do que um não indígena, e 1.55 mais chances de apresentarem problemas periodontais

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Coluna - Liderança

Coaching focado em Odontologia: rentabilidade para a clínica e equilíbrio para o profissional

Wanderley de Almeida Cesar Jr.Clínico de consultório privado em tempo integral. Especialista em Dentística Restauradora FOB – USP. Especialista com MBA em Marketing CESUMARPR. Trainer em PNL - Programação Neurolinguística, INAP - RJ. Mestre em Odontologia Restauradora FORP – USP. Coordenador dos cursos de Odontologia Estética do INSBES – Instituto Sul Brasileiro de Ensino Superior. Professor assistente do curso de especialização em Oclusão e DTM do Instituto Ravel de Ensino Superior. Membro credenciado da SBOE-Sociedade Brasileira de Odontologia Estética. Criador do DLA – Dentistry Leadership Academy, primeiro e único treinamento de liderança e coaching do mundo para dentistas. Professional e Self Coach formado pelo IBC com certificação pela European Coaching Association e Global Coaching Community. Analista comportamental Assesment (FINEP e UFMG). Especialista em Psicologia Evolucionista das Necessidades Humanas pela Matrix University. [email protected]

Vejo uma necessidade urgente e premente. O profissional de hoje precisa desenvolver capacidades e comportamen-tos diferenciados para vencer no ambiente de trabalho. O

que pouca gente sabe é que é simplesmente impossível desen-volver estes comportamentos e capacidades sem ser atraído por uma hierarquia de valores. Vou explicar melhor. Ontem mesmo, um amigo que representa uma empresa fabricante de produ-tos odontológicos, esteve em minha clínica. Conversamos vá-rios assuntos, entre eles, falamos sobre tecnologia, diferenciais e valor agregado indispensável atualmente em um consultório odontológico. No final da conversa ele me contou que tinha ido

recentemente a um dentista e que o mesmo parecia que esta-va querendo que ele fosse embora, tamanha era a displicência e a falta de vontade no atendimento. Tomando este caso como exemplo, porém, sem generalizações, pois não sabemos em de-talhes as circunstâncias, mas tudo indica que o que falta nesta situação é a crença necessária no motivo real e emocional que faz com que aquele profissional esteja ali atendendo pessoas. Muitas vezes um profissional sem uma razão ou um “por que”, pode ser um péssimo profissional, mesmo que tenha no currícu-lo uma infinidade de cursos. Um dentista que não possui metas e objetivos que estejam apoiados em crenças e valores positivos

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50 fevereiro de 2012

Coluna - Liderança

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a respeito de sua profissão desenvolve mais lentamente sua ca­pacidade de se relacionar e se comunicar com seus pacientes e, mesmo possuidor de um bom currículo, a capacidade de apren­dizado e de aplicabilidade cai, pois tudo que não é acrescido de foco tende a perder energia. Um fator extremamente importante é definir muito bem o que você quer. Isso mesmo! Simples assim! Ou não tão simples! Va­mos supor que o que você quer é dinheiro, mas você não acredita 100% no trabalho que você faz, então a sua tendência é sem dúvi­da nenhuma provocar uma espécie de autossabotagem, pois você ficará receoso em cobrar o valor justo pelo seu trabalho. Situação semelhante acontece quando você não cobra a primeira consulta. Inconscientemente ou talvez conscientemente você tenha medo de cobrar. A palavra é essa mesmo: medo! Receio de perder o cliente ou porque ninguém cobra. A pergunta que eu faço é: Por acaso você é “todo mundo”? Você sabe o que quer e confia no seu traba­lho? Tem um motivo real e emocional ou uma crença forte o sufi­ciente para te fazer trabalhar da forma que você trabalha? Meu querido colega, se você ainda não parou para pensar nessas questões eu te convido hoje a parar o piloto automático e fazer outra pergunta. O que te impede de ser grande na sua profissão? A resposta sincera pode começar a ser o caminho de descobertas de crenças limitantes. Crenças limitantes são respostas do tipo: Eu não levo jeito, só sou esforçado. Eu não consigo, tenho minhas limitações. Não gosto muito da Odontologia. Atualmente está difí­cil trabalhar. Vale lembrar aqui que quando se tem algumas cren­ças limitantes, principalmente dentro da sua própria profissão, atrapalhando o caminho, não adianta fazer um “zilhão” de cursos ou ser expert em marketing ou qualquer coisa que o valha. É ne­cessário se alinhar como ser humano aos valores da sua empresa ou profissão. A boa notícia é que isso é perfeitamente possível por meio de uma ciência comportamental chamada coaching. O coaching será seu consultor e do seu negócio (consultório), pro­movendo um realinhamento dos dois. Atualmente o dentista quer ser um “mago” no trabalho, e tem ca­minhado contra o que diz a administração contemporânea e ten­de a centralizar poder. Em muitas ocasiões faz sozinho seu mar­keting pessoal, é seu próprio departamento financeiro, torna­se um office boy nas horas de descanso e ainda por cima ­ como está na moda ­ resolve também ser professor! Ah, já vi uns que ainda são seus próprios contadores! Acredito ser necessária uma reen­genharia profissional e uma revolução na delegação de funções. Tenho a convicção que o dentista ao invés de perder seu tempo lavando instrumental ou fazendo sua declaração de imposto de renda, poderia tranquilamente delegar essas funções a outra pes­soa qualificada para tal e desenvolver habilidades pessoais para lidar com pacientes difíceis, desenvolver um plano de crescimen­to pessoal e profissional, bem como criar estratégias e procedi­

mentos operacionais para fechar negócios (orçamentos) de uma maneira mais eficaz. Vejo a necessidade de mudanças rápidas, pois tenho percebido uma variação no perfil comportamental dos pacientes ao longo destes 15 anos de profissão, somado aos quarenta e cinco do meu pai, também dentista, com o qual tenho tido longas conver­sas, partilhas e troca de experiências. Com a era da informação os pacientes ficaram mais instruídos, sabem o que querem e são muito mais exigentes. Outro fenômeno que tenho observado é o aumento do número de pacientes com personalidade difícil, an­siosos, apressados e prontos para tirar a concentração e a calma do dentista, atributos que são simplesmente e absolutamente ne­cessários para a entrega de um trabalho com excelência. Acredito ser necessária a presença de outro nível de profissional frente à Odontologia de hoje e do futuro. Um dentista que seja capaz de descobrir sua missão e visões pessoais e construir um planeja­mento estratégico da sua clínica e integra­los. Isso pouquíssimas empresas fizeram, e as que fizeram simplesmente são as melho­res. Um exemplo clássico entre as que fizeram: Google! Outro fator muito importante e prático que classifico no rol das técnicas de fidelização e conquista dos clientes, principalmente em Odontologia estética, está na possibilidade atual de pre­visibilidade dos resultados dos tratamentos, permitindo um planejamento estético e funcional adequado. Acredito que a importância principal deste processo está no planejamento, pois ele servirá como um guia para a reabilitação final. Hoje em dia, o paciente não aceita mais argumentos sem imagens, a nova sociedade da informação quer entender, compreender e, se possível, testar. Desta forma, é impossível trabalhar com Odontologia estética sem a tecnologia das câmeras digitais e o seu uso diário e habitual. Um estudo de pesquisa conduzido por Anthony Rucci publicado na Harvard Business rewiew em 1988 que podemos tomar como exemplo para a Odontologia:As atitudes do profissional em relação a sua carga de trabalho e o tratamento pelos seus superiores tem um efeito mensurável sobre a satisfação do cliente e as receitas. Se as atitudes dos profissionais me-lhorarem em 5% a pesquisa constatou que a satisfação dos clientes aumentará em 1,3%, provocando um aumento de 0,5% nas receitas.Vejo uma urgente necessidade do profissional de Odontologia treinar seu lado pessoal e comportamental, pois será isso que di­ferenciará o dentista a partir de agora.Em muitos anos o cirurgião­dentista foi um executor, um artesão, logicamente, por se tratar de um curso superior, estava baseado na técnica e na ciência. Neste novo tempo isso já não basta. Um novo profissional deve ser construído. Agora o profissional que se desta­cará na nova ordem de mercado é o profissional capaz de se comu­nicar com eficácia, de aglutinar pessoas e de ser um líder servidor.O diálogo agora passa a ser muito mais importante do que a técnica. Saber regular a expectativa dos pacientes com o que a Odontologia pode oferecer agora se torna a arte das artes. Como fazer com que pacientes desconfiados cofiem? Como ex­plicar as limitações dos procedimentos sem comprometer a ven­da do tratamento? Como desafiar a opinião de pacientes difíceis com perguntas poderosas? Como conduzir e liderar o tratamen­to de forma eficaz, a fim de conseguir orientar e conquistar para o comprometimento? Colega, convido­o para iniciar um grande processo de mudança, que pode ser iniciado com calma e segurança, refletindo sobre as questões acima.Um abraço fraterno e até a próxima!

Vejo uma urgente necessidade do profissional de Odontologia treinar seu lado pessoal e comportamental

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52 fevereiro de 2012

Coluna - Odontopediatria

Bruxismo na Odontopediatria

Carolina Carvalho BortolettoGraduada em Odontologia. Especialista em Odontopediatria. Atualmente aluna do Programa de Mestrado em Ciências da Reabilitação da UNINOVE - Universidade Nove de Julho. Colaboradora nos Cursos de especialização em Odontopediatria da Associação Paulista dos Cirurgiões Dentistas (APCD) e da Associação Brasileira dos Cirurgiões Dentistas, EAP Humaitá (ABCD).

Sandra Kalil BussadoriEspecialista em Odontopediatria. Mestre em Materiais Dentários pela FOUSP. Doutora em Odontopediatria pela FOUSP. Pós-Doutora em Ciências, pelo Departamento de Pediatria da UNIFESP/EPM. Professora do Curso de Mestrado em Ciências da Reabilitação da UNINOVE. Professora da UNIMES. Professora Coordenadora dos cursos de especialização em Odontopediatria da APCD Central e ABCD em São Paulo.

O bruxismo pode ser definido como hábito parafuncional que consiste no ato de ranger ou apertar os dentes, po-dendo ocorrer durante o sono ou em vigília. O bruxis-

mo diurno é caracterizado por uma atividade semivoluntária da mandíbula, de apertar os dentes enquanto o indivíduo se encontra acordado, já o bruxismo do sono é uma atividade in-consciente de ranger ou apertar os dentes, com produção de sons, enquanto o indivíduo encontra-se dormindo.Apresenta etiologia multifatorial, podendo ser de origem local, sistêmica, psicológica, ocupacional, hereditária ou ainda estar relacionada a distúrbios do sono. O fator psicoemocional é apon-tado como um dos mais importantes no desenvolvimento do bru-xismo. Existem os chamados fatores de risco para o bruxismo, entre eles podemos citar a predisposição genética, o fator hormo-nal, os hábitos comportamentais e a utilização de estimulantes do Sistema Nervoso Central. Como fatores contribuintes, temos a oclusão dentária, as alterações posturais e a respiração.O bruxismo do sono é mais comum na infância e apresenta ten-dência para persistir na idade adulta, reduzindo na terceira idade. Estudos longitudinais revelam que 35% a 90% das crianças com bruxismo do sono evoluem com sintomas na idade adulta. A pre-valência de bruxismo em crianças varia na literatura de 7% a 88%.As crianças podem desenvolver hábitos bucais precocemente, prejudicando o equilíbrio entre função e crescimento. Entre to-dos os hábitos que podem alterar o crescimento do comple-xo craniofacial, o bruxismo, em especial, pode causar danos à ATM (Articulação Temporomandibular), aos músculos, aos dentes, ao periodonto e a oclusão.

O bruxismo pode apresentar diversas consequências, como fratu-ra, desgaste e sensibilidade dental, perda de restaurações, lesões na língua e bochechas, alterações na dimensão vertical, hipertro-fia muscular, sensibilidade ou fadiga dos músculos mastigatórios, dores faciais, dor de cabeça, transtornos otológicos, como zumbi-dos e vertigens, e também alterações na musculatura do pescoço, podendo causar alterações na postura do corpo todo.Por ser de etiologia complexa e apresentar consequências em diversas estruturas, o bruxismo deve ser tratado de maneira multidisciplinar, envolvendo tratamento em parceria de dentis-tas, fisioterapeutas, médicos, psicólogos e fonoaudiólogos. No caso de pacientes com bruxismo, o plano de tratamento deve buscar a redução da tensão física, muscular e psicológi-ca, tratamento dos sinais e sintomas, minimização de inter-ferências oclusais e o rompimento do padrão neuromuscular habitual. Mas, antes de iniciar o tratamento, é necessário re-alizar um diagnóstico completo do paciente, para que se con-siga buscar o tratamento da causa do hábito, não somente de suas consequências.Dentre as diversas opções de tratamento, temos o tratamen-to comportamental por meio de técnicas de higiene do sono, biofeedback, técnicas de relaxamento, redução da ansiedade, e até mesmo a hipnoterapia, o tratamento farmacológico com a utilização de medicamentos antidepressivos, anticonvulsivan-tes, relaxantes musculares, e também a aplicação de toxina bo-tulínica, o tratamento odontológico, que consiste basicamente na utilização de placas intraorais ou ajustes oclusais e o trata-mento fisioterápico, envolvendo a massoterapia, aplicação de

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Coluna - Odontopediatria

Tens, ultrassom e laser. Além disso, existem as terapias alter-nativas, como acupuntura, homeopatia e fitoterapia. Sendo os tratamentos não invasivos os mais indicados.A fisiopatologia do bruxismo do sono ainda não foi completa-mente elucidada e não existe um tratamento definitivo para esse hábito. Em revisão sistemática realizada por Lobbezoo et al., 2008 verificou-se que foram publicados 177 artigos relacionados com o controle do bruxismo do sono nos últimos 40 anos, e a grande maioria deles apresentava baixo nível de evidências quanto aos diferentes tipos de tratamento, principalmente por placas intrao-rais. Apenas 13% foram estudos clínicos randomizados e mesmo estes estudos não apresentaram recomendações para o trata-mento do bruxismo baseados em evidências clínicas, o que foi semelhante ao relatado por Restrepo et al em 2009.Crianças com pouca idade podem apresentar o hábito parafun-cional, e a maturidade desta criança deve ser levada em conta no momento de traçar um plano de controle e tratamento. Pela pouca idade, o uso de dispositivos intraorais pode trazer insu-cesso devido à falta de colaboração. Medicamentos que tendem diminuir a atividade muscular devem ser prescritos com muito critério, devido aos possíveis efeitos colaterais em crianças. Orientar os pais e responsáveis consiste em uma etapa muito importante para o tratamento desse hábito, devendo ser reali-zadas orientações com relação aos hábitos diários da criança, incentivo à prática esportiva, redução no consumo de alimen-tos estimulantes, como café, chocolate, refrigerantes, entre outros e redução dos fatores que possam causar ansiedade na criança, lembrando que cada indivíduo reage de maneira

distinta para uma mesma situação, o que é fator de ansiedade para uma criança não necessariamente é para outra.Por ser um hábito que apresenta diversas consequências, o trata-mento precoce é de fundamental importância para evitar o apa-recimento das mesmas, e também para evitar qualquer alteração no crescimento e desenvolvimento da criança bruxista.

Referências 1. Macedo CR. Bruxismo do sono. R Dental Press Ortodon Or-top Facial. mar/abr 2008;13(2):18-22.

2. Bader G, Lavigne G. Sleep bruxism: an overview of an oro-mandibular sleep moviment disorder. Sleep Med Reviews. 2000;4:27-43.

3. Aloé F, Gonçalves LR, Azevedo A, Barbosa RC. Bruxismo du-rante o sono. Rev Neurociências. 2003;11(1):4-17.

4. Pizzol KEDC, Carvalho JCQ, Konishi F, Marcomini SEM, Giusti JSM. Bruxismo na infância: fatores etiológicos e possíveis tra-tamentos. Rev Odontol UNESP. 2006;35(2):157-63.

5. Diniz MB, Silva RC, Zuanon ACC. Bruxismo na infância: um sinal de alerta para odontopediatras e pediatras. Rev Paul Pe-diatr. 2009;27(3):329-34.

6. Rugh JD, Harlan J. Nocturnal bruxism and temporomandibu-lar disorders. Adv Neural. 1988;49:329-41.

7. Glaros AG, Forbes M, Shanker J, Glass EG. Effect of para-functional clenching on temporomandibular disorder pain and proprioceptive awareness. Cranio. 2000 Jul;18(3):198-204.

8. Simoes-Zenari M, Bitar ML. Fatores associados ao bruxismo em crianças de 4 a 6 anos. Pró Fono. 2010;22(4):465-72.

9. Barbosa TS, Miyakoda LS, Pocztaruk RL, Rocha CP. Temporoman-dibular disorders and bruxism in children and adolescence. review of the literature. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2008;72:290-314.

10. Cortese SG, Biondi AM. Relationship between dysfunc-tions and parafunctional oral habits, and temporomandibu-lar disorders in children and teenagers. Arch Argent Pediatr. 2009;107:34-8.

11. Quintero Y, Restrepo CC, Tamayo V, al e. Effect of awareness through movement onthe head posture of bruxist children. J Oral Rehab. 2009;36:18-25.

12. Lobbezoo F, van der Zaag J, van Selms MK, Hamburger HL, Naeije M. Principles for the management of bruxism. J Oral Rehabil. 2008 Jul;35(7):509-23.

13. Restrepo C, Gomez S, Manrique R. Treatment of bruxism in children: a systematic review. Quintessence Int. 2009 Nov--Dec;40(10):849-55.

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54 fevereiro de 2012

Coluna - Finanças

Imposto de Renda 2012: vamos sossegar o leão

Luis Carlos GrossiCirurgião-dentista. Presidente da AGL Contabilidade. Administrador de Empresas. [email protected]

Neste período do ano aumentam as dúvidas a respeito da Declaração do Imposto de Renda. Por esse motivo, listei algumas orientações e dicas que poderão contri-

buir para elucidar dúvidas e familiarizar um número maior de pessoas a cada ano, minimizando os possíveis transtornos na hora de declarar seu IRPF 2012. A Declaração de Imposto de Renda nada mais é do que um resumo das movimentações financeiras e patrimoniais de uma pessoa física no período de 01 de Janeiro a 31 de Dezembro de cada ano.Costumamos estruturar a Declaração através da efetiva movi-mentação de entradas e saídas financeiras e patrimoniais. Por-tanto, utilizamos as operações matemáticas básicas (adição e subtração), levando sempre em consideração as situações indi-viduais e especiais de cada um. A esta análise, damos o nome de “Análise do Caixa”.O contribuinte pode e deve utilizar um bom planejamento tributário para elaboração da declaração, e com isso não deixar de lado alguns benefícios fiscais que aumentariam as chances de restituir o imposto de renda recolhido ou retido antecipadamente. Um exemplo disso é a permissão do con-tribuinte em poder optar pela entrega da declaração de im-posto de renda no modelo completo ou simplificado (o que for mais vantajoso).

Quais os cuidados no momento de declarar? » Identificar aumentos expressivos de renda. » Discrepâncias em relação à declaração do ano anterior.» Não deixe de relacionar todos os rendimentos tributáveis ou fontes pagadoras, principalmente rendimentos de alu-guéis recebidos.

» Declarar proventos de aposentadoria. » Recebimentos de ações trabalhistas.» Cuidado ao registrar compra ou venda de imóvel com va-lor inferior ao real.» Verificar se os recibos e despesas médicas são do ano da declaração.» Não declarar as despesas de planos de saúde de toda a família e sim apenas dos que constam na declaração.» Atenção ao declarar pensão alimentícia paga ou recebida.» Declarar todos os rendimentos, ainda que não tenham so-frido retenção pela fonte pagadora, evita problemas e tam-bém evita o risco de cair na malha fina.» Não declarar gastos com medicamentos.» Declarar despesas com aparelho ortodôntico, apenas se estiver incluso nos honorários do profissional.» Verificar rendimentos de aluguéis de imóveis pertencentes a mais de uma pessoa.» Declarar os bens recebidos por herança.» Se a movimentação financeira exceder cinco vezes os ren-dimentos declarados, o contribuinte pode ser chamado a ex-plicar as distorções.» Lembrem-se: quase 100% das informações são cruzadas. Se diferentes entre elas, o destino certo é a malha fina.

Atenção! No que se refere ao débito automático das quotas vincendas, a opção pode ser boa, uma vez que para a segunda quota o valor do imposto a recolher deve ser atualizado em 1%; e para as demais, a atualização deve ser de 1% mais a taxa da Selic. Ocorre que muitos contribuintes não fazem as devidas atualizações nas quotas pagas e geram pendências junto a Re-ceita Federal, que podem causar transtornos. Já com o débito

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55fevereiro de 2012

Coluna - Finanças

Quem está obrigado a declarar

Renda

Giro de capital e operação

em Bolsa

Atividade rural

Bens e direitos

Condição de residente

no Brasil

» Recebeu rendimentos tributáveis superiores a R$ 22.487,25.

» Recebeu rendimentos isentos e não-tributáveis ou tributáveis exclusivamente na fonte supe-

rior a R$ 40.000,00.

» Obteve ganho de capital em bens ou direitos ou realizou operações em bolsas de valores, de

mercadorias, de futuros e assemelhadas.

» Optou pela isenção do imposto sobre a renda incidente sobre o ganho de capital auferido na

venda de imóveis residenciais.

» Obteve receita bruta em valor superior a R$ 86.075,40.

» Pretende compensar prejuízos de anos anteriores.

» Teve a posse ou a propriedade, de bens ou direitos, de valor total superior a R$ 300.000,00.

» Passou à condição de residente no Brasil em qualquer mês e nessa condição se encontrava

em 31 de dezembro de 2011.

Critérios Condições

automático, a falta de atualização não ocorrerá. Por outro lado, uma vez que não exista saldo em conta corrente para ocorrer o débito, o imposto passa a ser devido com multa.Referente aos lucros e dividendos distribuídos, colocando-se o nome e o CNPJ da fonte pagadora a Receita também fará a análise do comportamento tributário desta Pessoa Jurídica, bem como se a empresa tem ou não dívidas com a Receita ou Procuradoria, podendo assim, não aceitar a distribuição de

lucros, uma vez que a empresa encontra-se inadimplente junto ao governo.Além das informações citadas, muitos outros detalhes devem ser bem analisados antes do envio da Declaração à Receita Fe-deral. Portanto, embora seja possível o próprio contribuinte fa-zer sua declaração, não descarte a ajuda ou orientação de um profissional, mesmo que seja somente uma consulta, mas é preciso cuidado na escolha.

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56 fevereiro de 2012

Caso Clínico

Paulo Linares CalefiEspecialista em Prótese Dentária pela Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas (APCD) – Regional de Araraquara. Mestrando em Reabilitação Oral pela Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto – [email protected]

Fabrícia Souza dos AnjosEspecializanda em Endodontia pela Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas (APCD) – Regional de Araraquara.

Murillo Sucena PitaEspecialista em Prótese Dentária pelo Conselho Federal de Odontologia – CFO. Mestre em Prótese Dentária pela Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP. Doutorando em Reabilitação Oral pela Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto – USP.

Danilo Balero SorginiMestre e Doutorando em Reabilitação Oral pela Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto – USP.

Cássio do NascimentoMestre, Doutor e Pós-Doutorando em Reabilitação Oral pela Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto – USP.

Vinícius PedrazziProfessor Associado do Departamento de Materiais Dentários e Prótese da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto – USP.

Abordagem simplificada no manejo de união para solda em próteses parciais fixas metalocerâmicas

O atendimento de pacientes que anseiam reabilitações estéticas é uma realidade cada vez mais presente nos consultórios odontológicos. Porém, a indicação das já

consagradas próteses parciais fixas metalocerâmicas tornou-se mais facilitada pelos métodos mais precisos de fundição e pela melhora significativa dos sistemas cerâmicos1.Outro fator considerável refere-se ao aumento do número de pacientes geriátricos, e com dentição cada vez mais presente, devido a fatores como o aumento da expectativa e melhorias na qualidade de vida2, melhor acesso à saúde bucal e aumen-to pela procura de tratamentos reabilitadores por essa faixa de pacientes que cresce a cada ano3.

Caso clínicoPaciente J.J.A., 72 anos, apresentava coroas provisórias de resina acrílica esplintadas nos elementos 11, 12, 21 (pôntico) e 22, queixando-se de odor desagradável e sangramento gengi-val espontâneo (figura 1). Realizados a anamnese e o exame clínico, procedeu-se com terapia periodontal de raspagem a alisamento radicular para remoção de cálculos dentários e de placas bacterianas, além da remoção dos provisórios e limpeza dos preparos dentais com escova de Robinson e pedra pomes. Após a limpeza dos remanescentes foram realizados novos preparos dos elementos dentais, promovendo melhor defini-

ção cervical e angulações mais bem delineadas para que as paredes axiais se tornassem mais paralelas, facilitando o eixo de inserção da futura prótese parcial fixa. Observa-se neste momento uma intensa inflamação gengival decorrente da fal-ta de adaptação dos provisórios (figura 2). Nesta primeira fase do tratamento, foi confeccionada uma nova prótese provisória com facetas de dentes de estoque reembasadas com resina acrílica autopolimerizável, promo-vendo uma adequação da linha do sorriso e melhor adaptação gengivocervical (figura 3).Decorrida uma semana, já foi possível observar uma melhora da saúde periodontal com formação de tecido de granulação, indicando recuperação e maturação do tecido gengival (figura 4). Neste momento já foi possível realizar o procedimento de moldagem com introdução de duplo fio afastador #000 e #0 (Ultrapak® - Ultradent) nos sulcos gengivais (figura 5) e mol-dagem com uma silicona de condensação nas consistências pesada/leve (Zetaplus/Oranwash - Zhermak), pela técnica da moldagem em duas fases (figura 6).Os moldes foram enviados ao laboratório de prótese para o vazamento dos modelos de trabalho e confecção da estrutu-ra metálica em monobloco com liga de níquel-cromo (Ni-Cr) (figura 7) que, durante a etapa de prova clínica, apresentou desadaptação. A alternativa utilizada para correção da adaptação da infraes-

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Caso Clínico

Figura 1Condição inicial do caso.

Figura 2Remoção da prótese provisória, evidenciando inflamação gengival.

Figura 4Novos preparos após uma semana. Nota-se a recuperação parcial do tecido gengival e melhoras na saúde periodontal.

Figura 3Instalação de nova prótese provisória confeccionada com facetas de dentes de estoque reembasadas com resina acrílica autopolimerizável.

Figura 5Posicionamento dos fios afastadores nos sulcos gengivais previamente à moldagem.

Figura 6Molde pela técnica dupla com silicone de condensação.

Figura 7Infraestrutura metálica de Ni-Cr sobre o modelo de trabalho.

trutura, visando a otimização do tempo clínico, foi a separa-ção da mesma (figura 8) e união para solda com resina acrílica autopolimerizável (Duralay® - Polidental) acrescida da cópia da sela do pôntico com pasta zincoenólica (Lysanda), promo-vendo maior resistência e estabilidade à união (figura 9). A moldagem de transferência foi realizada com alginato (Hydrogum® - Zhermak) (figura 10). Nesta modificação da téc-nica há um ganho significativo no tempo clínico, pois é possí-vel realizar a moldagem de transferência na mesma sessão do procedimento de união para solda.Promove-se, então, a seleção de cor e elaboração da comu-nicação entre clínico/laboratório, para que haja um resultado estético previsível. Através dessa modificação de técnica, o ceramista tem condições de aplicar o sistema cerâmico com segurança, pois o molde rígido propicia a cópia fiel do rebor-do em contato com o pôntico e promove precisão à infraes-trutura metálica que sofreu sobrefundição durante o procedi-mento de solda.Finalizada a etapa laboratorial, observa-se a caracterização da prótese parcial fixa metalocerâmica, com propriedades ópti-cas conferindo naturalidade a mesma (figura 11). A sela do pôntico apresenta formato anatômico para acessibilidade à higienização (figura 12). Para a cimentação, utilizou-se o cimento de fosfato de zinco com amarrias de fio dental posicionadas para facilitar a remo-ção dos excessos do cimento (figura 13). Dentro das limita-ções do caso, a reabilitação concluída apresentou um resulta-do estético imediato satisfatório (figura 14).

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Caso Clínico

Figura 8Infraestrutura metálica. Vista vestibular.

Figura 9Infraestrutura seccionada com disco de carburundum e reposicionada para união, visando melhor adaptação cervical.

Figura 10União para solda com resina acrílica e cópia da superfície de contato entre o pôntico e o rebordo residual da região do elemento 21 com pasta zincoenólica.

Figura 12Prótese parcial fixa finalizada. Vista vestibular evidenciando a caracterização da cerâmica.

Figura 14Prótese parcial fixa evidenciando a incidência de luz na porção incisal translucida.

Figura 15Prova da prótese parcial fixa anteriormente a cimentação.

Figura 13Prótese parcial fixa finalizada. Vista cervical evidenciando a anatomização na região da sela do pôntico.

Figura 11Molde de transferência em alginato com a infraestrutura posicionada. Nota-se a linha de continuidade entre o alginato e a pasta zincoenólica, promovendo resistência e estabilidade à união.

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Caso Clínico

Figura 16Amarrias de fio dental para auxiliar na remoção dos excessos de cimento.

Figura 17 Aspecto final da reabilitação - imediatamente após a cimentação.

o tempo clínico/laboratorial com uma operacionalidade sim-ples e com um resultado estético satisfatório.

Referências 1. Rollo JMDA, Rossitti SM. Restauração metalocerâmica: um estudo comparativo da compatibilidade térmica de ligas Ni--Cr e porcelanas odontológicas. Rev Odontol Univ São Paulo. 1999;13(1):61-66.

2. Anchieta RB, Pita MS, Rocha EP, Martin Júnior M, Archange-lo CM, Barbosa DB, Silva EMM. Qualidade de vida na terceira idade: como o cirurgião-dentista pode atuar nesta área. Revis-ta Uningá. 2009;21:177-89.

3. Pita MS, Anchieta RB, Martin Júnior M, Archangelo CM, Sil-va EEM, Barbosa DB, Zuim PRJ. Cuidados com a higiene bucal do idoso: orientações, materiais e métodos utilizados. Revista Uningá. 2009;22:167-183.

Relevância clínicaO presente relato de caso clínico utilizou-se de uma técnica de união para solda de infraestruturas metálicas frente às possíveis intercorrências que os profissionais que militam na área da reabilitação oral enfrentam, eliminando consultas adi-cionais que foram suprimidas pela adoção de modificações simples e acessíveis. Este manejo utilizado propõe economia e otimização do tempo clínico dispensado.Com esta modificação proposta, observou-se que não houve perda na qualidade da adaptação marginal das próteses parciais fixas metalocerâmicas, enfocando ainda a necessidade de orien-tações frequentes quanto à escovação e métodos de higiene para a promoção da saúde bucal de pacientes geriátricos.

Conclusão A abordagem terapêutica e o protocolo técnico adotados de-monstram uma alternativa no processo de união para solda de infraestruturas de próteses metalocerâmicas, diminuindo

O atendimento de pacientes que anseiam reabilitações estéticas é uma realidade cada vez mais presente nos consultórios odontológicos

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60 fevereiro de 2012

Caso Clínico

Sérgio VieiraProfessor Titular da Disciplina de Dentística da PUCPR. Especialista em Dentística, Radiologia e Periodontia. Mestre e Doutor em Dentística. Diretor do Programa de Pós-Graduação em Odontologia da [email protected]

Marcelo TabordaEspecialista em Dentística pela UFSC. Mestrando em Dentística pela PUCPR.

Evelize Machado de SouzaProfessora da Disciplina de Dentística da PUCPR. Especialista em Dentística. Mestre e Doutora em Dentística. Responsável pela Área de Concentração em Dentística do Programa de Pós-Graduação em Odontologia da PUCPR.

Reconstrução estética em dente anterior – da alternativa menos invasiva a mais invasiva

Os procedimentos estéticos revolucionaram a prática da Odontologia, e o uso deste arsenal de maneira isolada ou integrada tem contribuído para resultados muito simila-

res ao sorriso natural. Este caso objetiva mostrar uma opção de resolução estética para dente anterior que sofreu fratura, endo-dontia e escurecimento. Nesta situação, sugere-se começar pelo tratamento mais conservador, clareamento dental. A técnica uti-lizada foi a associação do clareamento imediato e mediato. Ape-sar do sucesso, após três sessões houve recidiva no espaço de três semanas e uma faceta direta, com a Resina Opallis (FGM), foi realizada para mascarar o escurecimento dental. Apesar das técnicas menos invasivas, como o clareamento dental, neste caso, não surtirem o efeito desejado, elas devem ser tentadas inicialmente, pois funcionam na maioria dos casos e na pior das hipóteses possibilitam ao paciente um planejamento econômico para uma posterior solução estética.

Caso clínicoPaciente com 23 anos apresentando escurecimento do ele-mento 11, devido ao trauma seguido do tratamento endodôn-tico. O material obturador foi removido da câmara pulpar 2 mm em direção ao conduto. A técnica de clareamento utili-zada foi a associação do clareamento em consultório (White-ness HP Maxx), mais a técnica do clareamento interno (White-ness Super Endo) – duas sessões, durante três dias.

Figura 1Whiteness HP Maxx.

Figura 2Whiteness Super – Endo.

Figuras 3 e 4Aspecto do sorriso previamente ao clareamento.

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Caso Clínico

Figuras de 5 a 8Aspecto inicial do paciente com incisivo central escurecido devido ao tratamento endodôntico.

Figura 9Vista palatina do incisivo central escurecido com restauração em resina composta.

Figura 12Remoção da restauração com ponta diamantada.

Figura 13Aspecto da obturação endodôntica após a remoção de material da câmara pulpar.

Figura 14Aspecto da obturação endodôntica remanescente após a remoção de 2mm para dentro do canal radicular.

Figura 11Incisivo central com isolamento absoluto.

Figura 10Radiografia periapical do incisivo central demonstrando excesso de material obturador na câmara pulpar.

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Caso Clínico

Figura 15Vedamento da entrada do canal radicular com cimento de ionômero de vidro.

Figuras 16 e 17Condicionamento ácido na região da junção cemento esmalte.

Figura 18Aplicação do sistema adesivo.

Figura 19Aplicação da resina composta Opallis cor OW.

Figura 20Polimerização da resina composta.

Figura 21Barreira cervical em resina composta finalizada.

Figura 22Condicionamento ácido para limpeza da câmara pulpar.

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63fevereiro de 2012

Caso Clínico

Figura 24Vista vestibular do gel clareador aplicado no incisivo central (cor púrpura).

Figura 25Vista palatina do gel clareado aplicado no incisivo central (cor púrpura).

Figura 23Lavagem para remoção do ácido.

Figura 26Vista vestibular do gel clareador após 10 a 15 minutos (cor verde).

Figura 27Vista palatina do gel clareador após 10 a 15 minutos (cor verde).

Figura 28Remoção do gel com spray de água/ar.

Figura 29Aplicação do gel Super Endo na câmara pulpar.

Figura 30Aspecto do gel no interior da câmara pulpar.

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64 fevereiro de 2012

Caso Clínico

Figura 33Restauração com resina Opallis na cor EB1.

Figura 34Vista palatina da restauração.

Figura 35Vista vestibular do incisivo central imediato.

Figura 36Vista vestibular do incisivo central após sete dias de clareamento.

Figura 31Aplicação de bolinha de algodão embebido em adesivo.

Figura 32Bolinha de algodão posicionada no interior da câmara pulpar.

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65fevereiro de 2012

Caso Clínico

Figuras de 37 a 39Aspecto final do caso após o clareamento.

Figuras de 40 a 42Aspecto final do caso concluído após clareamento interno e externo e substituição da restauração com resina composta Opallis.

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66 fevereiro de 2012

Caso Clínico

A seção CASO CLÍNICO da ODONTO MAGAZINE tem como objetivo a divulgação de trabalhos técnico-científicos produzidos por clínico-gerais e/ou especialistas de diferentes áreas odontológicas.Gostaríamos de poder contar com trabalhos originais brasileiros, produzidos por cirurgiões-dentistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e médicos, para divulgar esse material em nível nacional por meio da revista impressa e pelo site: www.odontomagazine.com.br

Os trabalhos devem atender as seguintes normas:

1) Ser enviados acompanhados obrigatoriamente de uma autorização para publicação na ODONTO MAGAZINE, assinada por todos os autores do artigo. No caso de trabalho em grupo, pelo menos um dos autores deverá ser cirurgião-dentista.Essa autorização deve também dar permissão ao editor da ODONTO MAGAZINE para adaptar o artigo às exigências gráficas da revista ou às normas jornalísticas em vigor.

2) O texto e a devida autorização devem ser enviados para o e-mail: [email protected]. As imagens precisam ser encaminhadas separadas do texto, em formato jpg e em alta-resolução. Solicitamos, se possível, que o artigo comporte no mínimo três imagens e no máximo 30. As legendas das imagens devem estar indicadas no final do texto em word. É necessário o envio da foto do autor principal do trabalho.

3) O texto deve seguir a seguinte formatação: espaço entre linhas simples; fonte arial ou times news roman, tamanho 12. As possíveis tabelas e/ou gráficos devem apresentar título e citação no texto. As referências bibliográficas, quando existente, devem estar no estilo Vancouver.

4) Se for necessário o uso de siglas e abreviaturas, as mesmas devem estar precedidas, na primeira vez, do nome próprio.

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7) Os trabalhos enviados e não publicados serão devolvidos aos autores, com justificativa do Conselho Científico.

8) O conteúdo dos artigos é de exclusiva responsabilidade do(s) autor (res). Os trabalhos publicados terão os seus direitos autorais guardados e só poderão ser reproduzidos com autorização da VP GROUP/Odonto Magazine.

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10) Os trabalhos, bem como qualquer correspondência devem ser enviados para:Vanessa Navarro ou Vivian Pacca – ODONTO MAGAZINEAlameda Amazonas, 686 – sala G1Alphaville Industrial – Barueri-SPCEP 06454-070

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Publicidade - Gerente de ContasVivian Ceribelli Paccae. [email protected]. + 55 (11) 4197.7507

NORMAS PARA PUBLICAÇÂO

Referências1. Aydin C, Yilmaz H, Ata SO.Single-tooth zirconia implant located in anterior ma-xilla. A clinical report.N Y State Dent J. 2010 Jan;76(1).30-3.

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Central de atendimento – 0800 707 2526Ouvidoria – 0800 725 6363

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O resultado final de seu trabalho está diretamente ligado ao desenvolvimento da

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contar com qualidade e a melhor resolução estética. Na hora de escolher seu parceiro

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