odonto magazine #12

68
www.odontomagazine.com.br Mudança comportamental das crianças e adolescentes e o risco para a erosão dentária Coluna Prevenção Ano 2 - N° 12 - Janeiro de 2012 772179 879602 9 12 ISSN 2179-8796

Upload: vp-group

Post on 18-Mar-2016

272 views

Category:

Documents


11 download

DESCRIPTION

Apresenta ao profissional de saúde bucal, informações atualizadas, casos clínicos de qualidade, novas tecnologias em produtos e serviços, reportagens sobre os temas em destaque na classe odontológica, coberturas jornalísticas das mais importantes feiras e eventos do setor, além de orientações para gestores de clínicas.

TRANSCRIPT

Page 1: Odonto Magazine #12

www.odontomagazine.com.br

Mudança comportamental das crianças e adolescentes e

o risco para a erosão dentária

Coluna Prevenção

An

o 2

- N

° 12

- J

anei

ro d

e 20

12

c o m u n i c a ç ã o i n t e g r a d a

7721

7987

9602

9

12IS

SN 2

179-

8796

capa12.indd 1 19/01/12 17:06

Page 2: Odonto Magazine #12

2_capa_e pag3.indd 2 19/01/12 16:58

Page 3: Odonto Magazine #12

2_capa_e pag3.indd 3 19/01/12 16:58

Page 4: Odonto Magazine #12

4 janeiro de 2012

2012: o ano que promete Presidência & CEOVictor Hugo Piiroja

e. [email protected]. + 55 (11) 4197.7501

Gerência GeralMarcela Petty

e. [email protected]. + 55 (11) 4197.7502

MarketingIronete Soares

e. [email protected]. + 55 (11) 4197.7500

FinanceiroRodrigo Oliveira

e. [email protected]. + 55 (11) 4197.7761

Bruna Oliveirae. [email protected]

t. + 55 (11) 4197.7765

Designer GráficaDébora Becker

e. [email protected]. + 55 (11) 4197.7509

Web DesignerRobson Moulin

e. [email protected]. + 55 (11) 4197.7509

SistemasWander Martins

e. [email protected]. +55 (11) 4197.7762

Editora e Jornalista ResponsávelVanessa Navarro (MTb: 53385)

e. [email protected]. + 55 (11) 4197.7506

Publicidade - Gerente de ContasVivian Ceribelli Pacca

e. [email protected]. + 55 (11) 4197.7507

Conselho CientíficoAugusto Roque Neto, Danielle Costa Palacio, Débora Ferrarini, Diego Michelini, Éber Feltrim, Fernanda Nahás Pires Corrêa, Francisco Simões, Henrique da Cruz Pereira, Helenice Biancalana, Jayro Guimarães Junior, José Reynaldo Figueiredo, José Luiz Lage Marques, Júlio Cesar Bassi, Lusiane Borges, Maria Salete Nahás Pires Corrêa, Marina Montenegro Rojas, Regina Brizolara, Reginaldo Migliorança, Rodolfo Candia Alba Jr., Sandra Duarte, Sandra Kallil Bussadori, Shirlei Devesa, Tatiana Pegoretti Pintarelli, Vanessa Camilo e William Torre.

A RevistaA Odonto Magazine apresenta ao profissional de saúde bucal infor-mações atualizadas, casos clínicos de qualidade, novas tecnologias em produtos e serviços, reportagens sobre os temas em destaque na classe odontológica, coberturas jornalísticas das mais importan-tes feiras comerciais e eventos do setor, além de orientações para gestores de clínicas.É uma publicação da VP Group voltada para profissionais de odontologia das mais diversificadas especialidades. Conta com a distribuição gratuita e dirigida em todo território nacional, em clínicas, consultórios, universidades, associações e demais insti-tuições do setor.

Odonto Magazine Onlines. www.odontomagazine.com.br

Tiragem: 37.000 exemplaresImpressão: HR Gráfica

Alameda Amazonas, 686, G1 - Alphaville Industrial06454-070 - Barueri – SP • + 55 (11) 4197 - 7500

www.vpgroup.com.br

Edição: Ano 2 • N° 12• Janeiro de 2012

Editorial

Começo o ano com uma supertarefa, prefaciar o número 12 da Odonto Magazine, com a res-ponsabilidade em não deixar cair o nível dos colegas que me antecederam. Mais responsa-bilidade, pois este é o número que será distribuído no “Congressão”, além dos profissionais

que normalmente a recebem em seus consultórios. E mais ainda: é o primeiro número deste ano.Ano Novo, temos, como que por passe de mágica, uma nova folha, todinha em branco para colo-carmos todos os nossos sonhos, perspectivas de realizações, anseios pessoais e profissionais, e por que não colocarmos os projetos que deram certo, os que não deram e os que deram mais ou menos? É uma grande oportunidade para avaliarmos as nossas falhas e corrigi-las.Um ano importante na política, elegeremos os prefeitos e vereadores de nossas cidades. Pensem e avaliem bem, para não reclamarem depois. Ano de Olimpíadas e das Paraolimpíadas, onde o ser humano ultrapassa todos os seus limites.Começamos o ano com o 30º Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo, conhecido carinhosamente como “Congressão”, o maior congresso odontológico do hemisfério sul. Uma grande chance de conhecer novos materiais, novas técnicas, rever conceitos, adquirir outros, ava-liar a nossa técnica, melhorá-la; e, com certeza, rever velhos amigos e fazer novos. O evento serve para tirar os “dentistas” de seus consultórios ou de seus castelos.Com certeza conhecemos algum recém-formado. Que tal estimulá-lo a conhecer e frequentar o congresso? Talvez até servir de guia de orientação não só na questão de materiais e equipamen-tos, como também em cursos. Estimular a participação em fóruns, apresentação de trabalhos e painéis. Assim, nossa profissão passa a ser mais valorizada, os recém-egressos da escola passam a ter mais confiança em seus primeiros passos, começam a produzir melhor e principalmente começa a existir uma maior cooperação e camaradagem entre os cirurgiões-dentistas mais expe-rientes e os iniciantes.Quanto aos materiais a serem apresentados no congresso, verifiquem a procedência, a quali-dade, a opinião dos profissionais que já utilizaram aquele produto, não adquiram na emoção da novidade, afinal, o maior depósito de novidades em nosso consultório é o fundo de nossas ge-ladeiras, e parafraseando um grande amigo, professor também: Nunca seja o primeiro a utilizar um material ou técnica. Nem o último! (Sábias palavras do professor Kleber Kildare de Carva-lho). Traduzindo, cheque informações, quantidade de instrumentos e equipamentos envolvidos nesta operação, será que compensa no seu atual momento? Será que aquela famosa resina é só chegar, abrir a caixa e por encanto suas restaurações começarão a ser melhores do que aquelas que você faz tão bem? Você tem conhecimento técnico e teórico para utilizar naquela técnica? Será que seu conhecimento de matérias básicas não deve ser repassado? Como exemplo, em uma resina composta X, como estão seus conhecimentos de materiais dentários? Condicio-namento ácido: seus conhecimentos de histologia e de patologia, como andam? Acabamento de uma restauração, uso brocas, pontas montadas diamantadas, qual granulação a ser usada? Pós-abrasivos e sua sequência, pontas montadas contendo pós-abrasivos? E a quantas anda o seu fotopolimerizador? Está com sua potência aferida ou está “quase novo”, pois ganhou de um profissional amigo quando se formou?Caros colegas, aproveitem os congressos como meio de orientação e informação não só sobre materiais, mas também de novos cursos, os novos conhecimentos, mas, principalmente, das no-vas fronteiras da Odontologia. Até onde nós podemos caminhar? Lembrem-se: o importante não é você fazer de tudo em seu consultório só porque alguém diz que “dá dinheiro”, mas sim saber identificar e orientar o paciente ao tipo de tratamento correto, mais indicado e principalmente não se desmerecer ao não realizar determinada ação clínica, mas ter certeza de indicar o tratamento correto ao paciente e talvez até o profissional mais credenciado para aquele ato clínico. É o meio mais simples de valorizarmos a profissão que abraçamos.Um grande abraço, um bom Congresso e, apesar dos Maias, um ano de 2012 cheio de realizações pessoais e profissionais.

Sejam felizes!

Prof. Augusto Roque NetoMembro do Conselho Científico

editorial_sumario_revisado.indd 4 19/01/12 17:01

Page 5: Odonto Magazine #12

5janeiro de 2012

editorial_sumario_revisado.indd 5 19/01/12 17:01

Page 6: Odonto Magazine #12

6 janeiro de 2012

4

8

9

12

14

pág. 2420

24

26

28

32

36

38

40

48

54

60

66

Reportagem Odontologia e Medicina unidas pelo bem-estar do paciente

Entrevista30º CIOSP: atualidade, tecnologia e aprimoramento científico

Espaço equipeQue profissional quer ser? O diferen-cial só está em você!Marina Montenegro

RelacionamentoSaúde bucal para crianças e adoles-centes do Brasil e do mundo

Ponto de vistaA importância das luvas no cotidiano do consultórioFábio Silva Rebola

ColunistasSaúde Pública Regina Vianna Brizolara

PrevençãoHelenice Biancalana

Casos ClínicosRestaurações de cerâmicas anterio-res: do preparo à cimentaçãoWanderley de Almeida Cesar Jr.

Implante imediato com Carga Imediata em dente anterior: uma solução clínica, estética e funcionalDanilo Maeda Reino, Pérola Belasques Costa Pupim, Lívia Alvez Corrêa Moretti e Francisco Carlos Rehder Neto

A importância da macrogeometria dos implantes para estética peri-implantarFábio Bezerra, Roberto Sales e Pessoa, Leandro Leão e Fernando Pastor

Cosmética para harmonização de hipoplasia em esmalte dentárioGustavo Diniz Greco e Emilly Carolinni Sampaio Galiassi

Normas para publicação

pág. 20

pág. 28

Editorial

Programe-se

Notícias

Odontologia Segura

Produtos e Serviços

SumárioJaneiro de 2012 • Edição: 12

6 janeiro de 2012

a

editorial_sumario_revisado.indd 6 23/01/12 11:58

Page 7: Odonto Magazine #12

7julho de 2011

editorial_sumario_revisado.indd 7 20/01/12 10:59

Page 8: Odonto Magazine #12

8 janiero de 2012

Programe-se

Janeiro30º Congresso de Odontologia de São Paulo – CIOSP

28 a 31 de janeiro de 2012O CIOSP representa uma grande oportunida­de de encontro entre profissionais de Odon­tologia, bem como a troca de experiência e atualização em relação ao que há de mais novo em termos de técnicas, equipamentos e produtos para a rotina do consultório.

São Paulo - SPwww.ciosp.com.br

***

Março14º Congresso Internacional de Odon-tologia do Distrito Federal

21 a 24 de março de 2012 O evento científico e comercial objetiva atender a grande demanda de profissio­nais do ramo odontológico, e principal­mente dar atenção especial para o públi­co de especialistas, mestres, doutores e profissionais que estão a busca de novos materiais, novas tecnologias e pesquisas.

Brasília – DFwww.ciodf.com.br

***

Abril21º COPEO – Congresso Pernambuca-no de Odontologia

12 a 15 de abril de 2012O tema principal do evento nos convida para a reflexão sobre as vidas profissio­nais, pessoais, interpessoais, enfim, na­quilo o que possível fazer para alcançar mais qualidade de vida pessoal como também dos pacientes assistidos nos consultórios e serviços assistenciais.

Recife – PEwww.copeo.com.br

***

13° Congresso de Odontologia do Es-pírito Santo

28 a 30 de abril de 2012O evento reunirá renomados profissio­nais das Odontologia que apresentarão as técnicas mais recentes.

Vitória – ESwww.aboes.org.br

Programe-se

MaioXIX Reunião de Pesquisa e XVI Se-minário de Iniciação Científica da FOUSP de 2012

22 a 24 de maio de 2012Os eventos enfocarão na Inovação Tecnoló­gica, sendo que a temática vai girar em tor­no do tema “Inovação: Da ideia ao mercado?”

São Paulo - SPwww.fo.usp.br

***

IV Congresso Internacional de Odon-tologia de Fortaleza - Ceará

23 a 26 de maio de 2012 A comissão científica está se esmerando na montagem da grade com temas ino­vadores e palestrantes de renome. Serão cursos nacionais e internacionais das di­versas especialidades focados no tema central. Os eventos contarão também com fóruns, módulos, workshops, confe­rências, temas livres e a novidade dos e ­posters, todos abertos aos congressistas.

Fortaleza – CEwww.abo­ce.org.br

***

8º Simpósio Internacional de Ortope-dia Funcional dos Maxilares e Orto-dontia

23 a 26 de maio de 2012A oitava edição apresentará a oportunida­de de agrupar, mais uma vez, a Ortopedia Funcional dos Maxilares e a Ortodontia, evidenciando que novas capacidades es­tão surgindo. Os organizadores esperam por cada um dos colegas que igualmen­te se propõem em atualizar e aprimorar seus conhecimentos, além de comparti­lhar momentos de confraternização.

Gramado – RSwww.simposiosobracom.com.br

***

JunhoX Encontro Internacional da Acade-mia Brasileira de Ossiointegração ABROSS

14 a 16 de junho de 2012Em junho de 2012, os especialistas em rea­bilitação oral com implantes terão acesso a um evento Premium, um encontro para implantodontistas que fazem questão de estar um passo a frente nesse campo.

A décima edição do encontro oferecerá seis módulos temáticos, apresentados por sete pesquisadores internacionais especialmen­te convidados, além de 30 especialistas bra­sileiros de reconhecida competência.

São Paulo - SPwww.encontrosabross.com.br

***

Sessão Geral e Exposição da Asso-ciação Internacional sobre Pesquisa Dentária - IADR 2012

20 a 23 de junho de 2012A IADR faz sua exposição em 2012 com as mais recentes pesquisas dentárias. Debaten­do sua história, mercado do setor, problemas do cotidiano do profissional, entre outros assuntos, que serão reunidos para debater com o público nacional e internacional.

Rio de Janeiro - RJ www.dentalresearch.org

***

Julho19° Congresso Odontológico Riogran-dense

11 a 14 de julhoO evento é um dos maiores encontros científicos e educacionais da Odontolo­gia na América Latina. Seu público tem uma média de 7.000 profissionais do segmento odontológico, especialistas ou não, com interesse em trocar experiências, discutir o mercado de trabalho, tendências e se atualizar com as novas técnicas e produtos odontológicos.

Porto Alegre (RS)www.abors.org.br

***

Agosto12º Congresso de Odontologia do Rio Grande do Norte

23 a 26 de agosto de 2012Com o tema “Impacto da Tecnologia na Prá-tica Odontológica” rompem­se as fronteiras entre campos científicos, buscando neces­sidades de reorientação da atenção à saúde através da ampliação da promoção e pre­venção, articulando­as com as ações cura­tivas e reabilitadoras.

Natal – RNwww.aborn.org.br

programe-se.indd 8 19/01/12 17:03

Page 9: Odonto Magazine #12

9janeiro de 2012

Notícias

Foi inaugurado em 07 de dezembro de 2011, na zona sul de São Paulo, o Espaço Oral-B, uma iniciativa da Biológica, representada pela Dra. Lusiane Borges em parceria com a Oral-B, representada pelo Sr. Carlos Kemel, gerente de relações profissionais e a Sra. San-dra Ghercov, divulgadora responsável pela parceria.O Espaço Oral-B é composto por um auditório com 40 lugares e recepção com infraestrutura especial-mente planejada para cursos de especialização e aperfeiçoamento profissional do cirurgião-dentista e equipe auxiliar.Localizado no bairro de Santo Amaro, em frente à futura estação Adolfo Pinheiro do metrô, o Espaço Oral-B está integrado a uma ampla clínica odonto-lógica de última geração e a um segundo auditório, que darão total apoio às atividades práticas e labora-toriais ali desenvolvidas. Toda a estrutura está sob a coordenação geral da Dra. Lusiane Borges, diretora da Biológica.Na programação de 2012, além dos cursos de ASB e TSB previstos, já estão confirmados renomados pro-fissionais que ministrarão cursos de Especialização e Aperfeiçoamento para CDs, como Dr. Plínio Thomaz e Augusto Roque Neto, entre outros. Essa iniciativa reforça o trabalho pioneiro da Oral-B, nos últimos anos, em investir no desenvolvimento científico da Odontologia Brasileira e na educação continuada de seus integrantes, sempre apostando no conceito de Equipe de Saúde Bucal. Como exem-plo, podemos citar o contínuo apoio aos cursos de Capacitação e Formação de ASB e TSB em todo ter-ritório nacional; o Projeto Currículo Saudável, direcio-nado aos acadêmicos de Odontologia; bem como o apoio e patrocínio aos formadores de opinião e enti-dades que trabalham diretamente com ciência e pes-quisa em Odontologia.

Oral-B investe no desenvolvimento científico e na educação continuada

Implantes PecLab

Valor iza seu ta lento

Conheça também as linhas de componentes e instrumentos, e compre com a agilidade, o conforto e a segurança da internet.

A escolha certa para atender a todas as suas necessidades.Há mais de 12 anos a PecLab desenvolve tecnologia e produtos para facilitar o seu trabalho.

peclab.com.br

(31) 3481 3749 [email protected]

Recepção do Auditório Oral-B, espaço destinado a Cursos de Especialização e Aperfeiçoamento da Equipe de Saúde Bucal

Clínica Biológica

Central de Esterilização e Vitrine Oral-B na Clínica Biológica

Implantes PecLab

Valor iza seu ta lento

Conheça também as linhas de componentes e instrumentos, e compre com a agilidade, o conforto e a segurança da internet.

A escolha certa para atender a todas as suas necessidades.Há mais de 12 anos a PecLab desenvolve tecnologia e produtos para facilitar o seu trabalho.

peclab.com.br

(31) 3481 3749 [email protected]

Implantes PecLab

Valor iza seu ta lento

Conheça também as linhas de componentes e instrumentos, e compre com a agilidade, o conforto e a segurança da internet.

A escolha certa para atender a todas as suas necessidades.Há mais de 12 anos a PecLab desenvolve tecnologia e produtos para facilitar o seu trabalho.

peclab.com.br

(31) 3481 3749 [email protected]

noticias.indd 9 20/01/12 10:37

Page 10: Odonto Magazine #12

10 janeiro de 2012

Notícias

A alegria, o bom humor e a satisfação com a vida são ingredientes que qualquer ser humano necessita para se sentir feliz. Ter sucesso profissional não está relacionado apenas com retorno financeiro, entretanto, este é outro e importante fator a ser con-siderado. Quando nos sentimos felizes, tudo a nossa volta parece que fica mais fácil, além de bonito e atraente.Foi pensando desta maneira, que um grupo de dentistas, felizes com a profissão, re-solveram compartilhar com seus colegas alguns momentos mágicos que encontra-ram na Odontologia.Este grupo resolveu criar um “movimento” com o propósito principal de estimular a profissão cirurgião-dentista, de maneira politicamente correta, de forma bem humo-rada e emotiva.Será lançado no 30º CIOSP, com apoio institucional de algumas entidades de clas-se, como Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas- APCD, Sociedade Paulista de Ortodontia- SPO e Conselho Regional de )dontologia de São Paulo- CRO-SP, o Movimento “Ser Dentista é…”.As “charges” divertidas feitas pelas mãos de um dentista e chargista de Bragança Paulista, interior de São Paulo, que se diz um apaixonado pelas duas profissões, Dr. Fábio Gonçalves da Silva, retratarão o cotidiano desta maravilhosa profissão. O profissional transformará em de-senho as frases enviadas pelos colegas cirurgiões-dentistas.Além desta forma de expressar com emoção o que é Ser Dentista, diversas histórias verídicas deverão ser publicadas no site, onde os profis-sionais poderão compartilhar entre si, identificando-se com os momentos vivenciados nas suas clínicas e consultórios. Tudo de maneira bem humorada e descontraída, porém, séria e ética.O site do movimento, que terá acesso limitado apenas para dentistas, promete ser sucesso, pois pretende ser uma concentração de informações interessantes aos membros, como eventos e dicas culturais, entre outras particularidades que serão divulgadas no lançamento e posteriormente no próprio site: www.serdentistae.com.br.Se estiver presente neste CIOSP de 2012, aproveite para conhecer o movimento de perto, visitando o estande que estará localizado na Rua 14000, ou então acesse o site do movimento. Em ambos os lugares você poderá se cadastrar como membro e participar desta grande ideia em favor de uma Odontologia melhor.

Movimento Pró-Odontologia com humor e descontração

Ministro anuncia 100 Unidades Odontológicas Móveistro da Saúde, Alexandre Padilha.O Ministério da Saúde investiu R$ 15,4 milhões na compra dos veículos e equipamentos. Além disso, o custeio anual desses serviços é de R$ 5,6 milhões. Os municípios também receberão um incentivo financeiro de R$ 3,5 mil para aquisição de instru-mentais odontológicos, como pinças, espelhos, curetas.Os 100 municípios, para onde as Unidades Móveis Odontológi-cas serão doadas, pertencem ao Mapa da Pobreza, ou seja, são prioritários do Plano Brasil Sem Miséria, lançado pelo governo federal. As unidades atenderão às populações com dificuldade de acesso aos serviços, como populações rurais, quilombolas e vivendo em assentamentos, por morarem e trabalharem muito longe das unidades de saúde.

FuncionamentoCada veículo tem capacidade de realizar até 350 atendimentos por mês. As equipes de saúde bucal, compostas por cirurgião-dentista, auxiliar de saúde bucal e técnico de saúde bucal, aten-derão nas unidades móveis. Elas farão, além do tratamento clíni-co, ações de promoção e prevenção à saúde junto à comunidade.As Unidades Odontológicas Móveis farão o encaminhamento dos casos que necessitarem de tratamento odontológico mais complexo para os Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs), além do seu acompanhamento. No caso das próteses, a parte clínica poderá será feita no próprio veículo. Apenas a parte laboratorial será encaminhada aos Laboratórios Regionais de Prótese Dentária.Fonte: Portal da Saúde

Os municípios do Plano Brasil Sem Miséria serão beneficiados com a doação de 100 Unidades Odontológicas Móveis (UOMs). Ao todo, 16 estados foram contemplados com as vans que ofer-tarão gratuitamente serviços de saúde bucal. “Selecionamos 100 consultórios odontológicos móveis do pro-grama Brasil Sorridente, que tem como objeto principal a área rural. Esses municípios que receberão as unidades foram sele-cionados pelos critérios de percentual de população de extrema pobreza e de população rural, menor densidade demográfica – são grandes e com a população rural distante – e que aderiram ao Programa de Qualidade da Atenção Básica”, destaca o minis-

noticias.indd 10 20/01/12 10:37

Page 11: Odonto Magazine #12

Notícias

A participação do CFOO CFO participa da Câmara Técnica de Informática em Saúde do Conselho Federal de Medicina. Dessa parceria, a instituição foi au-torizada a utilizar parte desse manual – Manual de Certificação para Sistemas de Registro Eletrônico em Saúde (S-RES) SBIS-CFM – para a Odontologia, de forma a nortear o uso e o armazenamento de do-cumentos digitais na Odontologia.Dessa forma, o CFO editou a Resolução CFO 91/2009 que “Aprova as normas técnicas concernentes à digitalização, uso dos sistemas informatizados para a guarda e manuseio dos documentos dos prontuários dos pacientes, quanto aos Requisitos de Segurança em Documentos Eletrônicos em Saúde”.Fonte: CFO

Já está disponível para consulta pública a nova versão do Manual de Certificação para Sistemas de Registro Eletrônico em Saúde (S-RES) SBIS-CFM. Para visualizá-la, acesse: www.sbis.org.br.Esta nova versão do documento traz algumas alterações significati-vas em relação à edição 2009, atualmente em vigor, tais como:

» Transformação da categoria “Assistencial Ambulatorial” em “Assistencial”, à qual pode ser agregado, opcionalmente, o bloco de especialização “Ambulatorial” (outros blocos de especialização como “Hospitalar”, “Pronto-Atendimento”, “Saúde Ocupacional”, entre outras, serão disponibilizados nas próximas versões).» O Nível de Garantia de Segurança 2 (NGS2) passa a ser ainda mais dirigido à possibilidade de eliminação dos registros em pa-pel (sistemas paperless).» Pequenos ajustes nos processos para a certificação e extensão dos certificados.» Nova redação, mais clara e objetiva, para grande parte dos re-quisitos de NGS1, NGS2, Estrutura, Conteúdo e Funcionalidades.» Inclusão de novos requisitos, em diversos grupos, incluindo a criação de novos grupos;» Alteração na obrigatoriedade de diversos requisitos.

Os interessados em colaborar com comentários e sugestões devem enviar e-mail para o endereço [email protected] até o dia 31 de janeiro de 2012. Ao encaminhar a sua sugestão, é importante que seja citado o número do capítulo, da página ou ID do requisito ao qual se refere o comentário.

Manual de Certificação para Sistemas de Registro Eletrônico em Saúde

noticias.indd 11 20/01/12 10:37

Page 12: Odonto Magazine #12

12 janeiro de 2012

Odontologia Segura

A Dra. Lusiane Borges*, cirurgiã-dentista especialista em biossegurança, esclarece as principais dúvidas sobre a segurança na Odontologia.

Dúvidas frequentes sobre Biossegurança Odontológica

Como proceder na falta da caixa de papelão para descar-te de perfurocortantes?Lusiane Borges - A Resolução Anvisa 306 prevê que os mate-riais perfurocortantes, quando descartados, devem ser acondicio-nados em recipientes de tampa e parede rígidas, à prova de vaza-mentos e devidamente identificado com o símbolo de substância infectante e a frase de risco. Assim sendo, o profissional respon-sável pelo descarte desses resíduos pode utilizar qualquer emba-lagem plástica ou mesmo de metal, desde que tome os seguintes cuidados: certificar-se de que a estrutura da embalagem tenha as características exigidas pela legislação e que a tampa proporcione perfeita vedação; retirar os rótulos do produto original ou, se não for possível, descaracterizá-los; e aplicar etiquetas com o símbolo de substância infectante, informando que o conteúdo do recipien-te apresenta risco biológico. Etiquetas adesivas podem ser facil-mente encontradas em lojas de sinalização ou dentais.Tomados esses cuidados, embalagens de água destilada, gar-rafas PET ou mesmo latas metálicas, similares às de leite em pó, podem ser perfeitamente utilizadas como recipientes para descarte de perfurocortantes. Mas, lembre-se: a identificação é fundamental!

Existe algum teste que pode ser realizado para testar a eficiência da minha autoclave?Lusiane Borges – Sim. Existe no mercado o Teste Biológico, en-contrado em forma de ampolas com os esporos de “Bacillus Ste-arothermophillus”. Este teste tem como característica principal o controle sobre a morte ou crescimento bacteriano, pois revela, por meio da mudança de cor no seu interior, o resultado positivo ou negativo da esterilização. Para que o Teste Biológico seja realizado com sucesso, é necessária a utilização de uma incubadora capaz de incubar esta ampola e ao final mostrar o resultado do teste.É necessário utilizar sempre dois testes biológicos a cada vez que testamos a autoclave, pois um sempre será inserido na autocla-ve e o outro ficará fora da mesma, como controle. Desta forma, teremos sempre a certeza que, ao final da incubação, o teste que

mudou de cor realmente demonstra que houve crescimento mi-crobiano e, portanto, podemos conferir a eficácia do processo de esterilização. A orientação da Vigilância Sanitária é que profissionais que traba-lham com clínica geral façam um teste biológico por semana, no mínimo. Já os implantodontistas devem realizar um teste bioló-gico diário. Lembrando que sempre devemos fazer um teste por autoclave, caso sua clínica trabalhe com mais de uma.

Como elaborar o Manual de Rotinas e Procedimentos da Clínica/Consultório Odontológico?Lusiane Borges - O Manual de Rotinas e Procedimentos deve ser um documento real e que traduza exatamente os procedimen-tos do estabelecimento. Procure utilizar uma pasta com plásticos e com as folhas dentro, assim fica mais fácil substituir cada etapa.Não existem regras rígidas para o seu conteúdo. O importante é refletir o trabalho realizado e que seja de fácil leitura e acesso para os integrantes da clínica.Comece pelos itens mais importantes e depois vá completando. É importante iniciar pelas rotinas mais simples e que já estão mais estabelecidas, por exemplo:

» Processamento de instrumentais - divida em partes: limpeza / inspeção visual / lubrificação / montagem de kits / embalagem/ esterilização/ monitorização da esterilização.

A seguir os tópicos sugeridos pela da Dra. Denise Barbosa da Vi-gilância Sanitária de Jundiaí.

» Identificação do estabelecimento: histórico / estrutura física / equipe - (organograma).» Objetivo do manual (padronização de procedimentos).» Definições adotadas para efeito deste manual (nomenclatu-ra e histórico).» Objetivos do estabelecimento.» Abrangência (consultório ou clínica e tipo).» Contato com o paciente: prontuário (anamnese, exames com-plementares, plano, evolução e orçamento do tratamento).» Tipos de procedimentos realizados no estabelecimento.» Esterilização (descrição do processo e monitoramento).» Condições e quantidades de instrumentais (atrelados ao atendimento diário).» Equipamentos de proteção individual.» Processos de apoio (compras, manutenção, limpeza).» Biossegurança (descrição dos procedimentos).» Riscos ocupacionais (vacinação, EPI, ergonomia).» Destino dos resíduos (PGRSS - lixo contaminado, perfuro-cortante, comum e reciclável).» Documentos de referência (regulamentações).» Licença ou alvará de funcionamento / identificação do esta-belecimento.

Envie suas dúvidas relacionadas à Biossegurança Odontológica para o e-mail: [email protected].

*Cirurgiã-dentista pela UMESP, São Bernardo (SP). Formada em Biomedicina pela UNISA/ UNIFESP. Especialização em Microbiologia pela Faculdade Oswaldo Cruz, São Paulo. Especialista Doutoranda em Controle de Infecção em Saúde pela UNIFESP, São Paulo. Coordenadora de Cursos para ASB/TSB na APCD, na ABO e na ALAPOS. Autora-Coordenadora do livro “AST e TSB – Formação e Prática da Equipe Auxiliar”, Editora Santos, 2012. Diretora-Presidente da Biológica Consultoria em Saúde, em São Paulo. Coordenadora e Diretora Científica da ALAPOS, São Paulo. Consultora Científica da Oral-B e da Fórmula e Ação.

Dra. Lusiane BorgesCirurgiã-Dentista. Biomédica. Especialista e Consultora em Controle de Infecção e Biossegurança Odontológica.

Dennis Tarnow no Brasil!Atualmente é Professor Clínico de Periodontia e Diretor de Implantes na Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Columbia, certifi cado em Periodontia e Prótese e membro do Conselho Americano de Periodontia, recebeu prêmio de Mestre Clínico da Academia Americana de Periodontia e prêmio Professor do Ano da Universidade de Nova York, tem uma clínica particular na cidade de Nova York e foi homenageado com uma ala com seu nome na Faculdade de Odontologia da Universidade de Nova York, publicou mais de cem artigos sobre perio-prótese e implantes dentais e co-autoria de três livros, incluindo um em 2008, intitulado Odontologia Estética Restauradora. Dr. Tarnow tem palestrado extensivamente nos Estados Unidos e internacionalmente em mais de trinta países.

6, 7 e 8 Setembro 20126, 7 e 8 Setembro 2012Grand Hyatt Hotel São Paulo - BrasilGrand Hyatt Hotel São Paulo - Brasil

II Olimpíadas Científi cas daProdução Clínica e Científi ca Brasileira

O sucesso vai continuar!

Informações e Inscrições:www.encontromestres.com.br

odontologia_segura_revisado_final.indd 12 20/01/12 11:00

Page 13: Odonto Magazine #12

Dennis Tarnow no Brasil!Atualmente é Professor Clínico de Periodontia e Diretor de Implantes na Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Columbia, certifi cado em Periodontia e Prótese e membro do Conselho Americano de Periodontia, recebeu prêmio de Mestre Clínico da Academia Americana de Periodontia e prêmio Professor do Ano da Universidade de Nova York, tem uma clínica particular na cidade de Nova York e foi homenageado com uma ala com seu nome na Faculdade de Odontologia da Universidade de Nova York, publicou mais de cem artigos sobre perio-prótese e implantes dentais e co-autoria de três livros, incluindo um em 2008, intitulado Odontologia Estética Restauradora. Dr. Tarnow tem palestrado extensivamente nos Estados Unidos e internacionalmente em mais de trinta países.

6, 7 e 8 Setembro 20126, 7 e 8 Setembro 2012Grand Hyatt Hotel São Paulo - BrasilGrand Hyatt Hotel São Paulo - Brasil

II Olimpíadas Científi cas daProdução Clínica e Científi ca Brasileira

O sucesso vai continuar!

Informações e Inscrições:www.encontromestres.com.br

odontologia_segura_revisado_final.indd 13 20/01/12 11:00

Page 14: Odonto Magazine #12

14 janeiro de 2012

Produtos e Serviços

A Colgate acaba de lançar o creme dental Luminous White. Com embalagem metalizada e super inovadora, a nova fórmula do creme dental é composta por microcristais branqueadores, semelhante à composição usada por dentistas, e que garante aos consumidores dentes com um tom mais brancos em uma semana. A fórmula do creme dental Luminous White remove com segurança as manchas e previne o aparecimento e a formação de tártaro. O uso continuado ajuda a manter os dentes mais brancos durante mais tempo. Além do creme dental, a linha também conta com um enxaguante, que ajuda a manter os dentes naturalmente brancos. www.colgate.com.br

Colgate lança creme dental branqueador

FGM lança produto inovador para proteção de bráquetes ortodônticos

A FGM Produtos Odontológicos desenvolveu o Top Comfort, lançamento que oferece solução eficaz e exclusiva para prevenção de lesões em tecidos moles bucais provocadas por dispositivos ortodônticos. Top Comfort é uma resina fotopolimerizável indicada para revestir e arredondar partes agudas de bráquetes, tubos e outros dispositivos fixos que estejam em contato com a bochecha ou língua. Desta forma, evita e alivia lesões, proporcionando conforto para o paciente durante a mastigação e a fonação.Top Comfort vem pronto para o uso a partir da seringa e sua viscosidade torna fácil a aplicação, sem risco de escoamento excessivo. O material é fixo aos dispositivos por embricamento mecânico e torna-se rígido após

fotoativação.Por ficar retido ao braquete por mais tempo (em média 40 dias), permite a recuperação de uma eventual lesão e evita necessidade de reaplicações constantes.  Outra vantagem é a estética, pois tem alta translucidez, não interferindo negativamente no sorriso.O produto proporciona alto rendimento – cerca de 125 aplicações por seringa – e, após aplicado ao dispositivo fixo, apresenta dosada resistência para não ceder durante os trabalhos das reconsultas mensais. Além disso, pode ser removido sem dificuldades com um pequeno alicate quando necessário.www.fgm.ind.br

A atividade do cirurgião-dentista expõe seus pacientes, equipe, familiares e o próprio profissional a um ambiente microbiano altamente agressivo. Uma das grandes preocupações dos dentistas é garantir que seu consultório esteja protegido contra causadores de doenças infecciosas, proporcionando segurança a todos os envolvidos no tratamento odontológico.A Angelus desenvolveu uma linha de suctores produzida em polímero que permite esterilização em autoclave, garantindo que todos os suctores, inclusive o de saliva, mantenham a cadeia de biossegurança.A Linha Flex apresenta uma série de vantagens para o dentista, como: não oxida com o uso; design que facilita o manuseio; pré-angulação que permite melhor posicionamento na cavidade oral; garantia de biossegurança pela esterilização; e formato e rigidez, que permitem o afastamento da bochecha e língua.

» Suctor Cirúrgico: é estéril e proporciona mais conforto durante a manipulação. Ideal para sucção em procedimentos cirúrgicos. A embalagem conta com 20 suctores esterilizados.» Suctor Endodôntico: um conjunto suctor e pontas cambiáveis estéreis. Indicado para sucção de líquidos irrigadores na Endodontia. A embalagem é apresentada com 10 cabos de suctores, com 10 pontas de aspiração inicial ( Endo Tips 0.6) e 10 pontas de aspiração final (Endo Tips 0,14) esterilizados.» Suctor de Saliva: é o único suctor de saliva em polímero autoclavável do mercado. Desenvolvido para sucção de saliva. A embalagem vem com 30 unidades autoclaváveis de uso único.

www.angelus.ind.br

Segurança durante o tratamento odontológico

Produtos_servicos.indd 14 20/01/12 17:47

Page 15: Odonto Magazine #12

anuncio.indd 1 23/01/12 19:55

Page 16: Odonto Magazine #12

16 janeiro de 2012

Produtos e Serviços

A empresa lança o ProBase®, uma resina para base de prótese total e protocolo ideal para acrilização dos dentes Ivoclar Vivadent.O produto pode ser encontrado em duas versões: o ProBase® Hot, indicado para termo polimerização convencional; e o ProBase®Cold, que consiste em uma resina autopolimerizável indicada para reparos e

embasamentos, acrilização de próteses totais e protocolos de cargas imediatas.

Apresentado nas cores rosa e transparente, os principais benefícios apresentados pelo ProBase®, são: consistência de

fácil manipulação, variados métodos de polimerização e estabilidade d e forma e cor.O produto ProBase® é vinculado ao sistema BPS de montagem de

prótese total da Ivoclar Vivadent, cujo objetivo é facilitar a estabilidade da articulação de próteses totais no meio intraoral.

O ProBase® chega ao mercado nacional para melhorar ainda mais a utilização dos dentes de estoque da IV e possibilitar ao paciente

uma melhor qualidade de vida e durabilidade das próteses.www.ivoclarvivadent.com.br

A marca LISTERINE® da Johnson & Johnson apresentará no 30º Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo (CIOSP), de 28 a 31 de janeiro, seu grande lançamento do ano: o LISTERINE® ZERO™. O novo enxaguatório é uma opção sem álcool da linha que conta com uma fórmula única e apresenta a mesma combinação dos quatro óleos essenciais efetivos em matar os germes que causam a placa, a gengivite e o mau hálito.  “LISTERINE® ZERO™ é mais uma opção para aqueles que buscam as propriedades antissépticas de LISTERINE®, mas preferem um enxaguatório bucal com sabor mais suave ou sem álcool. O produto pode ser usado por crianças a partir de seis anos de idade, sendo uma opção para toda a família” explica o dentista José Eduardo Pelino, gerente de assuntos profissionais e científicos da Johnson & Johnson no Brasil.No estande da empresa, os dentistas e visitantes poderão experimentar as diferentes versões de LISTERINE®, e assim escolher o que mais atende às suas necessidades. Profissionais da Johnson & Johnson também estarão disponíveis para tirar eventuais dúvidas e apresentar conteúdos científicos exclusivos. Além da linha LISTERINE® também estarão em destaque produtos da linha REACH®, de escovas e fio dental.“Nosso grande objetivo é levar informação aos profissionais que visitam o CIOSP, um dos maiores eventos da América Latina, e para tal também vamos promover palestras em nosso estande com professores da Universidade de São Paulo (FUNDECTO), que vão falar sobre diversos assuntos de interesse à classe odontológica”, ressalta José Eduardo Pelino. www.jnjbrasil.com.br

Johnson & Johnson apresenta LISTERINE® ZERO

Ivoclar Vivadent: resina acrílica ideal para base de prótese total

Produtos_servicos.indd 16 20/01/12 17:47

Page 17: Odonto Magazine #12

Produtos_servicos.indd 17 20/01/12 17:48

Page 18: Odonto Magazine #12

18 janeiro de 2012

Produtos e Serviços

Vigodent apresenta novo alginatoIndicado para moldagens totais e parciais, o Hydro Print Premium é um produto de alta precisão e estabilidade, de excelente elasticidade e resistência ao rasgamento.Possui textura extrasuave, dando um aspecto siliconado e presa rápida. Além disso, o Hydro Print Pemium é dust-free – não gera poeira durante sua manipulação.Especificações técnicas

» Presa rápida (Tipo I).» Recuperação elástica (ISO 1563): 98%.» Tempo de mistura: 30 segundos.» Tempo total de trabalho (23°C): 1 minuto e 10 segundos.» Tempo de moldagem (na boca): 1 minuto.» Tempo total da mistura até a presa : 2min 10s .́» Período máximo recomendado para vazamento do gesso: 48 horas, quando mantida em saco de fechamento hermético (tipo Zip-Lock) com gotículas de água.» Apresentação: bolsas de 454g.

www.vigodent.com.br

A odontohebiatria, cuja atuação do cirurgião-dentista está voltada para o atendimento do adolescente, tem despertado o interesse dos profissionais e a procura por literatura de referência no assunto. A obra Manual de Odontohebiatria chega ao mercado para preencher essa lacuna.Recém-lançado pela editora Santos, integrante do GEN | Grupo Editorial Nacional, o livro leva em consideração os aspectos emocionais, a expectativa de saúde, a visão estética e a proposta do tratamento individualizado, considerando a notável diferença entre o jovem recém-saído da infância com o adulto.Os autores Sandra Bussadori e Milton Masuda, especialistas no assunto, ressaltam especialmente a conduta do profissional frente aos distúrbios ou transtornos da alimentação, comportamento, alcoolismo, drogas e as manifestações e reconhecimentos por parte dos profissionais. São apresentados também tratamentos recomendados para diferentes tipos de manchas.Bussadori destaca a importância do profissional conhecer a adolescência e suas características, tanto biológicas como psicossociais. “O adolescente passa por transformações metabólicas, hormonais e estresses emocionais advindos de cobranças externas. É preciso levar esses fatores em consideração para direcionar o melhor tratamento”, comenta a especialista.www.grupogen.com.br

Manual de Odontohebiatria

Com características inovadoras e design projetado para aumentar a performance das aplicações, o LEC surge como um equipamento indispensável para qualquer consultório odontológico.Os Fotopolimerizadores LEC são práticos e muito eficientes. Fabricados com componentes certificados,

são muito resistentes e duráveis. Possuem LED’s azuis de altaqualidade que proporcionam vantagens únicas em todo o processo de aplicação.

Características» Luz fria, não aquece a resina.» Luz mais seletiva se comparada com as lâmpadas convencionais.» Equipamento portátil, leve e compacto.» Ponteira de alta eficiência e resistente a impactos.» Ergonomia que facilita a aplicação.» Baixo consumo de energia.» Não utiliza lâmpada ou qualquer tipo de filtro.» Utilização simples.» Mais tempo de vida útil do equipamento.» Programação de tempo na aplicação.» Modelo sem fio. Utiliza bateria Li-Ion recarregável, dois modos de operação: ajuste de tempo por ciclo ou modo de 20 segundos com uma potência óptica adicional (+30%) do led, visualização de tempo através do display, rampa de 5 segundos, sinal sonoro emitido a cada 10 segundos.

www.mmo.com.br

MMO apresenta o novo LEC Fotopolimerizador

De 28 a 31/01, no Expo Center Norte.

Confi ra as condições imperdíveis.

*Stand n° 7161, entre as avenidas J e K.

(16) 3512.3700 – www.d700.com.br

Visite o stand D700*

CIOSP 2012

RODM

IDIA

Mais completa. Mais inteligente.Novos recursos e itens de segurança.Os consultórios D700 estão mais modernos. Agora com braço pneumático, que proporciona melhor

desempenho, maior ergonomia, mais praticidade e menor esforço do profi ssional no dia a dia.

anuncio_OdontoMagazine_23x31cm.indd 1 19/01/2012 20:08:33

De 28 a 31/01, no Expo Center Norte.

Confi ra as condições imperdíveis.

*Stand n° 7161, entre as avenidas J e K.

(16) 3512.3700 – www.d700.com.br

Visite o stand D700*

CIOSP 2012

RODM

IDIA

Mais completa. Mais inteligente.Novos recursos e itens de segurança.Os consultórios D700 estão mais modernos. Agora com braço pneumático, que proporciona melhor

desempenho, maior ergonomia, mais praticidade e menor esforço do profi ssional no dia a dia.

anuncio_OdontoMagazine_23x31cm.indd 1 19/01/2012 20:08:33

De 28 a 31/01, no Expo Center Norte.

Confi ra as condições imperdíveis.

*Stand n° 7161, entre as avenidas J e K.

(16) 3512.3700 – www.d700.com.br

Visite o stand D700*

CIOSP 2012

RODM

IDIA

Mais completa. Mais inteligente.Novos recursos e itens de segurança.Os consultórios D700 estão mais modernos. Agora com braço pneumático, que proporciona melhor

desempenho, maior ergonomia, mais praticidade e menor esforço do profi ssional no dia a dia.

anuncio_OdontoMagazine_23x31cm.indd 1 19/01/2012 20:08:33

Produtos_servicos.indd 18 20/01/12 17:48

Page 19: Odonto Magazine #12

De 28 a 31/01, no Expo Center Norte.

Confi ra as condições imperdíveis.

*Stand n° 7161, entre as avenidas J e K.

(16) 3512.3700 – www.d700.com.br

Visite o stand D700*

CIOSP 2012

RODM

IDIA

Mais completa. Mais inteligente.Novos recursos e itens de segurança.Os consultórios D700 estão mais modernos. Agora com braço pneumático, que proporciona melhor

desempenho, maior ergonomia, mais praticidade e menor esforço do profi ssional no dia a dia.

anuncio_OdontoMagazine_23x31cm.indd 1 19/01/2012 20:08:33

De 28 a 31/01, no Expo Center Norte.

Confi ra as condições imperdíveis.

*Stand n° 7161, entre as avenidas J e K.

(16) 3512.3700 – www.d700.com.br

Visite o stand D700*

CIOSP 2012

RODM

IDIA

Mais completa. Mais inteligente.Novos recursos e itens de segurança.Os consultórios D700 estão mais modernos. Agora com braço pneumático, que proporciona melhor

desempenho, maior ergonomia, mais praticidade e menor esforço do profi ssional no dia a dia.

anuncio_OdontoMagazine_23x31cm.indd 1 19/01/2012 20:08:33

De 28 a 31/01, no Expo Center Norte.

Confi ra as condições imperdíveis.

*Stand n° 7161, entre as avenidas J e K.

(16) 3512.3700 – www.d700.com.br

Visite o stand D700*

CIOSP 2012

RODM

IDIA

Mais completa. Mais inteligente.Novos recursos e itens de segurança.Os consultórios D700 estão mais modernos. Agora com braço pneumático, que proporciona melhor

desempenho, maior ergonomia, mais praticidade e menor esforço do profi ssional no dia a dia.

anuncio_OdontoMagazine_23x31cm.indd 1 19/01/2012 20:08:33

De 28 a 31/01, no Expo Center Norte.

Confi ra as condições imperdíveis.

*Stand n° 7161, entre as avenidas J e K.

(16) 3512.3700 – www.d700.com.br

Visite o stand D700*

CIOSP 2012RO

DMID

IA

Mais completa. Mais inteligente.Novos recursos e itens de segurança.Os consultórios D700 estão mais modernos. Agora com braço pneumático, que proporciona melhor

desempenho, maior ergonomia, mais praticidade e menor esforço do profi ssional no dia a dia.

anuncio_OdontoMagazine_23x31cm.indd 1 19/01/2012 20:08:33

De 28 a 31/01, no Expo Center Norte.

Confi ra as condições imperdíveis.

*Stand n° 7161, entre as avenidas J e K.

(16) 3512.3700 – www.d700.com.br

Visite o stand D700*

CIOSP 2012

RODM

IDIA

Mais completa. Mais inteligente.Novos recursos e itens de segurança.Os consultórios D700 estão mais modernos. Agora com braço pneumático, que proporciona melhor

desempenho, maior ergonomia, mais praticidade e menor esforço do profi ssional no dia a dia.

anuncio_OdontoMagazine_23x31cm.indd 1 19/01/2012 20:08:33

De 28 a 31/01, no Expo Center Norte.

Confi ra as condições imperdíveis.

*Stand n° 7161, entre as avenidas J e K.

(16) 3512.3700 – www.d700.com.br

Visite o stand D700*

CIOSP 2012

RODM

IDIA

Mais completa. Mais inteligente.Novos recursos e itens de segurança.Os consultórios D700 estão mais modernos. Agora com braço pneumático, que proporciona melhor

desempenho, maior ergonomia, mais praticidade e menor esforço do profi ssional no dia a dia.

anuncio_OdontoMagazine_23x31cm.indd 1 19/01/2012 20:08:33

De 28 a 31/01, no Expo Center Norte.

Confi ra as condições imperdíveis.

*Stand n° 7161, entre as avenidas J e K.

(16) 3512.3700 – www.d700.com.br

Visite o stand D700*

CIOSP 2012

RODM

IDIA

Mais completa. Mais inteligente.Novos recursos e itens de segurança.Os consultórios D700 estão mais modernos. Agora com braço pneumático, que proporciona melhor

desempenho, maior ergonomia, mais praticidade e menor esforço do profi ssional no dia a dia.

anuncio_OdontoMagazine_23x31cm.indd 1 19/01/2012 20:08:33

De 28 a 31/01, no Expo Center Norte.

Confi ra as condições imperdíveis.

*Stand n° 7161, entre as avenidas J e K.

(16) 3512.3700 – www.d700.com.br

Visite o stand D700*

CIOSP 2012

RODM

IDIA

Mais completa. Mais inteligente.Novos recursos e itens de segurança.Os consultórios D700 estão mais modernos. Agora com braço pneumático, que proporciona melhor

desempenho, maior ergonomia, mais praticidade e menor esforço do profi ssional no dia a dia.

anuncio_OdontoMagazine_23x31cm.indd 1 19/01/2012 20:08:33

De 28 a 31/01, no Expo Center Norte.

Confi ra as condições imperdíveis.

*Stand n° 7161, entre as avenidas J e K.

(16) 3512.3700 – www.d700.com.br

Visite o stand D700*

CIOSP 2012

RODM

IDIA

Mais completa. Mais inteligente.Novos recursos e itens de segurança.Os consultórios D700 estão mais modernos. Agora com braço pneumático, que proporciona melhor

desempenho, maior ergonomia, mais praticidade e menor esforço do profi ssional no dia a dia.

anuncio_OdontoMagazine_23x31cm.indd 1 19/01/2012 20:08:33

De 28 a 31/01, no Expo Center Norte.

Confi ra as condições imperdíveis.

*Stand n° 7161, entre as avenidas J e K.

(16) 3512.3700 – www.d700.com.br

Visite o stand D700*

CIOSP 2012

RODM

IDIA

Mais completa. Mais inteligente.Novos recursos e itens de segurança.Os consultórios D700 estão mais modernos. Agora com braço pneumático, que proporciona melhor

desempenho, maior ergonomia, mais praticidade e menor esforço do profi ssional no dia a dia.

anuncio_OdontoMagazine_23x31cm.indd 1 19/01/2012 20:08:33

De 28 a 31/01, no Expo Center Norte.

Confi ra as condições imperdíveis.

*Stand n° 7161, entre as avenidas J e K.

(16) 3512.3700 – www.d700.com.br

Visite o stand D700*

CIOSP 2012

RODM

IDIA

Mais completa. Mais inteligente.Novos recursos e itens de segurança.Os consultórios D700 estão mais modernos. Agora com braço pneumático, que proporciona melhor

desempenho, maior ergonomia, mais praticidade e menor esforço do profi ssional no dia a dia.

anuncio_OdontoMagazine_23x31cm.indd 1 19/01/2012 20:08:33

De 28 a 31/01, no Expo Center Norte.

Confi ra as condições imperdíveis.

*Stand n° 7161, entre as avenidas J e K.

(16) 3512.3700 – www.d700.com.br

Visite o stand D700*

CIOSP 2012

RODM

IDIA

Mais completa. Mais inteligente.Novos recursos e itens de segurança.Os consultórios D700 estão mais modernos. Agora com braço pneumático, que proporciona melhor

desempenho, maior ergonomia, mais praticidade e menor esforço do profi ssional no dia a dia.

anuncio_OdontoMagazine_23x31cm.indd 1 19/01/2012 20:08:33

Produtos_servicos.indd 19 20/01/12 17:48

Page 20: Odonto Magazine #12

Reportagem

20 janeiro de 2012

reportagem.indd 20 20/01/12 15:02

Page 21: Odonto Magazine #12

21janeiro de 2012

Reportagem

Odontologia e Medicina unidas pelobem-estar do pacienteA união das diversas áreas da saúde no atendimento clínico e hospitalar favorece a redução de custos em saúde pública, mas não existe dúvida que a grande beneficiada é a sociedade. Pacientes e famílias aderem ao tratamento mais rapidamente quando tratados por uma equipe multiprofissional voltada ao cuidado e atenção com a saúde integral do indivíduo. Ações desta natureza, com resultados positivos, despertam o interesse dos políticos.

Por: Célia Gennari

A relação entre Medicina e Odontologia deveria ser na-tural já que a história da Odontologia nasceu da pró-pria Medicina. O advogado Francisco Carlos Távora de

Albuquerque Caixeta, de Belém/PA, em seu artigo sobre res-ponsabilidade civil do cirurgião-dentista, descreveu o início e a evolução histórica da Odontologia no Brasil (In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, 57, 30/09/2008 [Internet]). O autor sa-lienta que “...na Roma antiga, a Odontologia era tida como um ramo da Medicina e não se fazia distinção alguma en-tre doenças da boca e dos dentes e doenças que afetavam outras partes do corpo. Não obstante, os romanos tinham habilidades para o tratamento de cáries com restaurações, extração de dentes e, nomeadamente, a higiene bucal”. Sua pesquisa também teve como base o texto intitulado “A His-tória da Odontologia no Brasil”, publicado originalmente no Jornal APCD em outubro de 1995, no qual o cirurgião-dentis-ta, Dr. Elias Rosenthal (1932-2001), entre outras informações, explicou o conceito do verbete “barbeiro” esculpido em um antigo dicionário de Português. Dr. Rosenthal escreveu tam-bém o livro “A Odontologia no Brasil do Século XX” (2001) onde abordou, com a colaboração de colegas, as várias fases da Odontologia no país. Segundo pesquisa do Dr. Francisco Carlos Caixeta, foi no fi-nal da década de 1870 que o ensino da Odontologia no Brasil ganhou impulso. O Decreto nº. 7.247, Artigo 24, de 19 de abril de 1879, determinava que Faculdades de Medicina ficassem anexas a uma escola de Farmácia, a um curso de Obstetrícia e Ginecologia e a um curso de Cirurgia Dentária. Assim, os avanços na Odontologia Brasileira foram acontecendo até os dias atuais.Hoje, restabelecer a saúde física e mental do indivíduo é ob-jetivo comum a várias profissões, o que exige conhecimento multidisciplinar. Quais caminhos trilhar para chegar a esse ponto é o diálogo que a Revista Odonto Magazine inicia nesta edição com a cirurgiã-dentista Itamara Lucia Itagiba Neves*. “A formação multidisciplinar para profissionais na área da saúde deveria ter início na graduação, incluindo estágio curricular em Unidades Básicas de Saúde (UBSs), unidades especializadas e hospitais. A vivência entre profissionais e as reais necessidades da população traria benefícios incal-culáveis, maturidade aos profissionais e trilharia decisões na

área de ensino, levando em conta a realidade local”, é o que pensa a Dra. Itamara Lucia Itagiba Neves, cirurgiã-dentista assistente da Unidade de Odontologia do Instituto do Cora-ção (InCor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medici-na da Universidade de São Paulo (HCFMUSP).O InCor desenvolve vários programas multiprofissionais vol-tados principalmente à melhora de qualidade de vida dos pacientes. “Temos grupos multiprofissionais que desenvol-vem trabalhos com pacientes transplantados cardíacos, com mães de crianças portadoras de cardiopatias congênitas, pa-cientes diabéticos, tabagistas etc.”, explicou. E, como resulta-do, segundo Dra. Itamara, constatou-se melhor aderência ao tratamento e controle das doenças.A integração de conceitos que permitem tratar o indivíduo como um todo tem como importância o atendimento ao con-ceito fundamental do Serviço Único de Saúde (SUS), que prega o atendimento global ao indivíduo e ao conceito de saúde da Organização Mundial de Saúde (OMS).Inúmeras doenças, como AIDS, leucemias, endocardite in-fecciosa e diabetes mellitus, têm manifestações bucais que devem ser alvo de atenção do cirurgião-dentista. Inclusive algumas medicações que trazem repercussões à cavidade bucal, como a relação entre anti-hipertensivos e xerostomia, anticoagulação exacerbada e sangramento gengival espon-tânea. Não é raro o paciente que procura o cirurgião-dentista com queixa de dor dental em mandíbula, e na verdade o pro-fissional pode estar diante dos primeiros sintomas de um infarto agudo do miocárdio (IAM). A dor em região de mento pode fazer parte da dor irradiada causada pelo IAM.A troca de informações entre dentista e médico depende da postura do cirurgião-dentista frente ao atendimento de seu paciente. Ter conhecimentos da fisiologia das doenças, das consequências relacionadas à doença e ao tratamento ins-tituído, entre outras coisas, é fundamental para que juntos possam traçar condutas individuais para cada caso. No InCor este é um conceito aplicado no dia-a-dia. “Além de desenvol-vermos projetos de pesquisa em conjunto, convidarmos e sermos convidados para participação em capítulos de livros, cursos e palestras, contamos com a criação de departamen-tos de Odontologia em associações médicas”, comentou Dra. Itamara Neves.

* Itamara Lucia Itagiba Neves é doutora em Ciências da Saúde pelo Departamento de Cardiopneumologia da FMUSP. Especialista em Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais. Especialista em Administração Hospitalar e Sistemas de Saúde pela Fundação Getúlio Vargas. Cirurgiã-Dentista Assistente da Unidade de Odontologia do Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP). Vice-coordenadora do Programa de Residência em Odontologia Hospitalar do HCFMUSP.

reportagem.indd 21 20/01/12 15:02

Page 22: Odonto Magazine #12

22 janeiro de 2012

Reportagem

Hoje, a participação da equipe de Odontologia em um hospi-tal inclui também a atuação em Unidades de Terapia Intensi-va (UTIs), onde o papel do cirurgião-dentista é treinar a equi-pe de enfermagem quanto à higienização bucal, reconhecer doenças bucais, discutir casos com a equipe médica e inter-vir quando indicado. Cientes disso, deputados já discutem a obrigatoriedade de cirurgiões-dentistas nas UTIs.Para Dra. Itamara Neves, a atuação do cirurgião-dentista em hospital deve ser entendida como obrigatória. Se o paciente busca o hospital para tratamento de uma doença, certamente esse tratamento envolve a avaliação, diagnóstico e tratamen-to das doenças bucais, assim como a participação das de-mais áreas, como nutrição, psicologia, fisioterapia, etc. “No InCor o fluxo dos pacientes em fase pré-cirurgia cardíaca, principalmente os de risco para endocardite e pré-transplan-te cardíaco, inclui a Odontologia para que o paciente chegue à cirurgia livre de focos bucais”, explicou, “um exemplo da relação multiprofissional e multidisciplinar dentro dos hos-pitais”.

Projeto de Lei fala sobre obrigatoriedade de CDs nas UTIsO Projeto de Lei nº 2.776, de 2008, de autoria do deputado Neilton Mulim (PR-RJ), que atualmente tramita em caráter conclusivo, tem o objetivo de tornar obrigatória a presença de cirurgiões-dentistas em todas as Unidades de Terapia In-tensiva de clínicas e hospitais públicos e privados que man-tenham pacientes sob regime de internação. Em novembro de 2011 a relatora do projeto, a deputada Erika Kokay (PT--DF), membro da Comissão de Seguridade Social e Famí-lia  (CSSF), optou pela aprovação deste, e do PL nº 363, de 2011, apensado, com substitutivo, de autoria do deputado William Dib. Em dezembro foi encerrado o prazo e não foram apresentadas emendas. Além desta Comissão de Seguridade Social e Família a matéria será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para o autor do projeto, o paciente internado em UTI deve re-ceber cuidados especiais e constantes que enfoquem todos os órgãos e sistemas, inclusive a cavidade oral. Ressaltando a inter relação entre doenças bucais e sistêmicas, inclusive infecções hospitalares, afirma que a medida proposta apri-morará o cuidado prestado aos pacientes internados. Na opinião da relatora, os projetos abordam tema de rele-vância. Defender e apoiar a prestação de assistência integral de saúde a todos os pacientes consiste em um dos princípios basilares do Sistema Único de Saúde (SUS), expresso tanto na Constituição Federal quanto na Lei nº 8.080, de 1990 – Lei Orgânica da Saúde.Em seu relatório, a deputada lembrou que “é sabido que a cavidade oral pode abrigar patógenos os mais variados, que colocam em risco a saúde dos pacientes. Faz-se necessário assegurar, portanto, diagnóstico precoce de possíveis pato-logias bucais, bem como prestação de tratamento adequado. Mas é importante ressaltar que o PL não tem por objetivo apenas garantir aos pacientes internados a correta higieniza-ção bucal, mas sim prestar-lhes o devido atendimento odon-tológico com vistas a diagnosticar e tratar toda e qualquer patologia bucal que possa contribuir para o desenvolvimento de possíveis infecções. Tal cuidado mostra-se especialmente indicado para o paciente internado, cujo comprometimento clínico pode aumentar sua vulnerabilidade a infecções ou

outras doenças, prolongando, assim, o tempo de internação além daquele previamente definido”.Citou alguns hospitais que já fazem esse tipo de atendimento multidisciplinar, como Sírio-Libanês, Hospital Israelita Albert Einstein, etc.Posicionou-se favoravelmente à aprovação dos projetos de lei em debate e sugeriu estender a assistência odontológica também aos pacientes submetidos a regime de internação nos Centros de Tratamento Intensivo – CTIs; aqueles com doenças crônicas acompanhados em regime ambulatorial e, ainda, aos que recebem acompanhamento médico domiciliar na modalidade “Home Care”. Para ela, essa medida poderá inclusive prevenir internações hospitalares. Se o projeto for aprovado e publicado, as instituições de saú-de terão o prazo de 180 dias após a publicação para que a Lei passe a vigorar e para contratar os profissionais para prestar os cuidados odontológicos de que trata esta Lei. Aos interessados nesse nicho de mercado é preciso especiali-zar-se cada dia mais. O trabalho multidisciplinar envolve conhe-cimento específico e também conhecimento multiprofissional, que também pode ser adquirido com a experiência profissional e o bom relacionamento com a equipe de trabalho.

O paciente, embora curado, após a alta hospitalar retor-nará para a sua rotina de vida, podendo ser portador de uma prótese ortopédica ou cardíaca, stents em artérias coronárias ou cerebrais, ou fazendo uso de medicação anticoagulante, antiagregante plaquetário, antidepressi-vo, imunossupressor, etc. Portanto, o cirurgião-dentista, que atua dentro ou fora da rede hospitalar, tem que bus-car conhecimento e atualização constante das diversas patologias e estar sempre preparado. Para Dra. Itamara Neves, do InCor, a realidade do paciente que busca o atendimento odontológico em nossos consultórios está bem distante da realidade para qual estudantes eram preparados durante a graduação. “Graduandos e pro-fissionais devem buscar espontânea e continuadamente todo o tipo de conhecimento que puderem adquirir, pois, infelizmente, a Odontologia perdeu muito ao ter sido se-parada do curso da Medicina. Enfatizamos a técnica em detrimento ao conteúdo científico e clínico”, alerta.

Dentro ou fora dos hospitais

“A formação multidisciplinar para profissionais na área da saúde deveria

ter início na graduação, incluindo estágio curricular em Unidades

Básicas de Saúde (UBSs), unidades especializadas e hospitais”

Dra. Itamara Lucia Itagiba Neves

reportagem.indd 22 20/01/12 15:02

Page 23: Odonto Magazine #12

reportagem.indd 23 20/01/12 15:02

Page 24: Odonto Magazine #12

24 janeiro de 2012

Entrevista

Odonto Magazine - O Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo está em sua 30º edição. Como pode ser definida a trajetória de sucesso do evento? Prof. Dr. Carlos Alberto Oliveira Battaglini - Tudo começou como um desejo de um grupo de amigos dentistas que queriam atualizar os colegas sobre as “novidades” da Odontologia. Com a capacidade organizacional da APCD, o CIOSP foi se sedimentando como um dos maiores eventos do mundo neste segmento.

Odonto Magazine - O evento será prestigiado por mais de 80 mil participantes, entre congressistas, visitantes e expositores. Como foi elaborada a programação para atender as necessidades de to-dos os públicos?Prof. Dr. Carlos Alberto Oliveira Battaglini - A base do con-gresso é uma tríade : as atividades científicas, a exposição comer-cial e as atividades sociais. As conferências abordarão as principais especialidades odontológicas, a feira comercial trará as mais novas tecnologias e será um momento único para o dentista reencontrar seus amigos e colegas nos shows da praça de alimentação. O CIOSP é um congresso feito por cirurgiões-dentistas para cirur-giões-dentistas. Queremos que seja um momento único, de troca de experiências, que o cirurgião-dentista saia de sua rotina diária e tenha contato com as últimas novidades do mercado, e que se atualize cientificamente e encontre seus amigos.

Odonto Magazine – O evento contará com a exposição de traba-lhos científicos relacionados a todas as especialidades da Odon-tologia. Como o profissional e/ou estudante de Odontologia deve proceder para participar? Prof. Dr. Carlos Alberto Oliveira Battaglini - Os interessados de-vem acessar o portal do evento, onde encontrarão todas as informa-ções necessárias para a inscrição em todas as atividades científicas. Os aprovados passarão por uma avaliação (durante o evento) com uma bancada formada pelos mais renomados profissionais da Odontologia. Os melhores classificados concorrerão a prêmios.

Odonto Magazine - Renomados profissionais de saúde bucal ministrarão palestras durante o 30º CIOSP. O que esta edição traz de diferente das outras edições em relação ao conteúdo científico? Prof. Dr. Carlos Alberto Oliveira Battaglini - A comissão científica buscou jovens talentos, que hoje representam o que

há de melhor e mais qualificado na Odontologia. O Congresso se preocupou em definir como investimento valores acessíveis a todos, concedendo um desconto de 50% aos associados da APCD, de 75% aos maiores de 60 anos e gratuitos aos com idade superior aos 80 anos.

Odonto Magazine – A área comercial foi ampliada em 30% em relação ao último evento. O que os expositores e os congressistas podem esperar em relação aos negócios? Prof. Dr. Carlos Alberto Oliveira Battaglini - Com um incre-mento de 30% na feira comercial, a quantidade de expositores será maior, o que permitirá ao congressista encontrar grandes promo-ções e preços bem vantajosos.

Odonto Magazine - A grade internacional trará 12 expoentes de diversos países. Quais serão os temas destaques abordados pelos renomados especialistas estrangeiros? Prof. Dr. Carlos Alberto Oliveira Battaglini - Foram escolhidos os profissionais que mais se destacam dentro de suas áreas, e prin-cipalmente no cenário internacional. São professores que viajam o mundo todo, podendo desta forma contextualizar uma Odontolo-gia globalizada e social.

Odonto Magazine - O CIOSP é visitado por profissionais de odontologia de todas as partes do mundo. O senhor acredita que a odontologia brasileira é um exemplo para os dentistas que atuam em outras pátrias? Prof. Dr. Carlos Alberto Oliveira Battaglini - Com certeza. Hoje a Odontologia brasileira se destaca pela qualidade técnica de seus profissionais e devido aos pesquisadores científicos. O dentista brasileiro é respeitado em todo o mundo.

Odonto Magazine - A questão do atendimento odontológico efi-ciente e eficaz aos pacientes com necessidades especiais também será abordada durante os quatro dias de evento. Como o senhor avalia a qualificação dos CDs brasileiros nesta área da Odontologia? Prof. Dr. Carlos Alberto Oliveira Battaglini - O atendimento aos pacientes com necessidades especiais é realizado por profis-sionais altamente preparados e qualificados, que fizeram uma es-pecialização neste assunto, estando aptos para se dedicar a essas pessoas que merecem tanto nossa dedicação e carinho.

Por: Vanessa Navarro

Atualidade, tecnologia e aprimoramento científicoO Expo Center Norte será mais uma vez o palco do Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo - CIOSP. A trigésima edição acontecerá entre os dias 28 e 31 deste mês.

Prof. Dr. Carlos Alberto Oliveira BattagliniEspecialista em Endodontia. Diretor da APCD. Presidente do 30° CIOSP.

entrevista.indd 24 20/01/12 15:03

Page 25: Odonto Magazine #12

25janeiro de 2012

Em 1957, nasceu o 1º Congresso Odontológico Paulista, na tradicional Galeria Prestes Maia, no centro da cidade de São Paulo. O evento foi idealizado pela APCD para reunir profis-sionais e instituições da área, e passou a ser chamado de Congresso Paulista de Odontologia. A partir de 1970, passou a ser realizado bienalmente, sem interrupção. Cada vez mais, com maior adesão da classe odontológica. Em 2001, com tamanho sucesso, tradição e repercussão em níveis nacional e mundial, a entidade tor-nou o Congresso Internacional de Odontologia de São Pau-lo (CIOSP) anual. Hoje, é um dos eventos mais respeitados da Odontologia mundial, que se supera a cada ano em qua-lidade e recorde de público.O Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo é um marco na história da Odontologia brasileira e na atuação da APCD. O evento que nasceu modesto, mas já ambicioso, desde o início tem proporcionado um encontro profissional e científico da mais alta qualidade.Em 2007, o Congressão teve muito que celebrar. Em sua 25ª edição, o CIOSP comemorou o Jubileu de Ouro, com 50 anos de história e sucesso.

CentenárioO ano de 2011 foi muito especial e marcante para a história da APCD. A entidade comemorou 100 anos de trajetória e luta pelos direitos da classe odontológica, oferta de servi-ços com mais qualidade para a promoção da saúde oral da população e maior investimento na capacidade do profis-sional. A APCD adquiriu credibilidade com as empresas, a confiança dos associados e o resultado de uma administra-ção séria e responsável permitiram novas ambições.É uma entidade que tem a história da Odontologia atrela-da à sua própria história e que tem buscado sempre o me-

Congresso da APCD já é tradição na Odontologia mundialEntidade proporciona um dos maiores e melhores eventos da área odontológica há mais de 50 anos.

lhor para seus associados e para que a prática odontológica seja cada vez mais valorizada. É por isso que para comemo-rar 100 anos de existência, a APCD trouxe para 2011 uma proposta inovadora: o grande Congresso Internacional de Odontologia do Centenário, com o temário “Agregar para Crescer”. A modernidade e a história se uniram para trazer a força da Odontologia brasileira em um congresso feito pelos principais profissionais da área e com a presença das maio-res empresas do setor.

30º CIOSPEm 55 anos de existência, o 30º CIOSP marcará não só a con-sagração de um evento de repercussão e importância mun-dial, mas também representará, na prática, a força de uma entidade sólida e comprometida com a classe odontológica, como é a APCD. Isso porque é notadamente vista e sabida a efetiva atuação da associação, também por meio do CIOSP, na formação e no crescimento profissional e científico dos Cirurgiões-Dentistas de São Paulo e de todo o Brasil.A cada ano, o CIOSP se reafirma como um dos maiores e melhores eventos da Odontologia não só do Brasil, como do mundo. Tamanha tradição e qualidade são frutos de muito trabalho e dedicação de profissionais e cirurgiões-dentistas voluntários que fazem o evento. A APCD participou efeti-vamente da evolução da Odontologia brasileira, já que um dos seus objetivos é a atualização do profissional. O CIOSP, como o maior congresso de Odontologia do mundo, põe em prática este objetivo, pois atualiza seus participantes, pro-move um congraçamento único, a troca de experiências, desenvolve o senso crítico dos especialistas e ainda oferece uma feira comercial que se posiciona entre as quatro que geram o maior volume de negócios em nível internacional.

Fonte: Assessoria de imprensa do evento

Entrevista

entrevista.indd 25 20/01/12 15:03

Page 26: Odonto Magazine #12

26 janeiro 2012

Pois bem, terminamos mais um ano. Que 2012 seja cheio de saúde, paz, novidades, oportu-nidades, conquistas e... sucesso! De fato es-

ses e tantos outros são os nossos anseios para a prosperidade pessoal e profissional, mas nos es-quecemos de que realmente “colhemos o que se-meamos”, assim não adianta realizar promessas e pedidos mil se não fizermos a nossa parte.Vamos refletir sobre alguns itens simples, corri-queiros e muitas vezes esquecidos, mas que fa-zem toda a diferença. Muitos deles, inclusive, já foram abordados nas edições passadas, servindo agora como revisão apenas.» Atualize-se, estude sempre: agenda lotada com lista de espera por uma vaga? Infelizmente não é a nossa realidade. A Odontologia tem muitos al-tos e baixos e ultimamente, mais baixos; portanto, devemos sempre estar um passo adiante: educa-ção continuada, ampliar conhecimentos e trocar experiências, principalmente na área da saúde, são fundamentais. Não fique parado, nunca! » Seja profissional e ético em tudo: muitas vezes nos deparamos com tratamentos realizados de “forma indevida” ou condições ruins, porém, antes de criti-car seu colega para tentar ganhar o paciente, analise com cuidado os fatos e as fotos, radiografias, mode-los, afinal nem sempre o que o paciente fala é 100% verdadeiro. Não julgue o outro sem antes saber real-mente o que houve. Além disso, saiba separar ques-tões pessoais das profissionais, tanto no atendimento aos pacientes quanto no relacionamento com o res-tante de sua equipe de trabalho. » Não seja omisso, assuma suas ações e responsabi-lidades: independentemente se fez ou falou algo certo ou errado ou mesmo não cumpriu o que lhe foi pedido,

assuma sempre. Tenha caráter. Reconhecer o próprio erro ou seus pontos de fraqueza é uma virtude. Não tente

conquistar méritos ou espaço prejudicando seus colegas: “não foi eu”,

Que profissional quer ser? O diferencial só está em você!

Marina Montenegro RojasCirurgiã-Dentista. Membro da Diretoria da Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas (APCD Pinheiros) e da Coordenação do Projeto Odontocomunidade – CIOSP. Cirurgiã- Dentista do Programa Saúde da Família da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein. Docente da Equipe  Biológica nos Cursos para Auxiliares - APCD e ABO. Consultora em Odontopediatria do site “multiplos.com.br”. [email protected]

Espaço Equipe

26 janeiro 2012

espaço_equipe.indd 26 19/01/12 17:09

Page 27: Odonto Magazine #12

27janeiro 2012

Espaço Equipe

“eu não sabia”, “foi o Fulano, eu nem vi”. A verdade sempre aparece!» Tenha calma, paciência e persistência: aproveite as oportunidades de crescimento, desen-volvimento pessoal e profissional, mas não se precipite. Tudo ocorre no momento certo. Não pule etapas e realize cada uma até o final. É muito comum desistirmos no meio do caminho, frente a alguma dificuldade. Use esses obstáculos como desafios a serem en-frentados.» Compartilhe conhecimentos, mostre suas ideias: mostre sua importância dentro da equi-pe, sua capacidade, vontade de aprender e compartilhar. Participe ativamente do seu pro-cesso de trabalho: ideias e críticas são sempre bem-vindas. Mas não se esqueça de que nem sempre tem razão, saiba também ouvir e receber críticas.» Plante boas sementes para colher bons frutos: não comece sua carreira profissional em um lugar ruim só pra “pegar mão”. Às vezes você pode ter um salário até menor, mas em um lugar onde realmente possa aprender e mostrar suas habilidades. Cultive boas amiza-des, tenha empatia, seja honesto, sincero, atencioso, gentil. Dependemos disto pessoal-mente e profissionalmente. » Respeite o próximo e suas diferenças: seja seu colega de trabalho, seu paciente, familia-res, saiba ouvir seus anseios, dificuldades, compreenda seus defeitos, crenças, hábitos, respeite as diferenças. Ninguém é melhor que ninguém, e todos nós nos complementa-mos, cada um com suas determinadas características individuais.» Ajude sempre: Não adianta ajudar o próximo apenas nas doações de final de ano, campa-nhas do agasalho ou quando se quer algum favor em troca, para receber alguma gratifica-ção, promoção no trabalho. Isso vale não só para bens materiais, mas também para ouvir alguém com dificuldades, aconselhar algum amigo ou familiar, ajudar o outro a estudar ou realizar uma atividade que não tenha tanta habilidade faz bem para quem dá e para quem recebe.» Seja ousado, criativo: Seja único para seu público. Ofereça o que pode de melhor, não necessariamente em tecnologias e grandes investimentos, mas na atenção, no cuidado, na forma individualizada e humana de atender seu paciente e no bom relacionamento em seu ambiente de trabalho. Uma decoração diferente, um jeito inovador de receber o paciente ou realizar o tratamento odontológico... Qualquer detalhe pode fazer a diferença!» Seja ambicioso: queira sempre mais, sonhe alto, não se conforme com pouco. Tenha sempre um foco, objetivos na vida e constantemente renove essas metas conforme forem sendo cumpridas. Mas não confunda com falta de humildade, com arrogância. » Realize! Mostre-se capaz: só depois peça ou reclame de algo. Muitas vezes lembramos apenas de pedir (favores, férias, aumento salarial, folgas) ou reclamamos de coisas que sequer tentamos resolver ou melhorar. É mais cômodo, não é? Faça a sua parte primeiro, mostre o quanto você pode realizar e da melhor maneira possível.» Tenha responsabilidade, comprometimento: faça tudo com vontade e com amor. Envolva--se realmente em suas atividades. Não adianta assumir algo que não pode ou não quer cumprir, fazer o que não gosta só por conta de uma remuneração, pois estará sempre infeliz, insatisfeito além de atrapalhar seu relacionamento e desenvolvimento na equipe de trabalho, muitas vezes sobrecarregando seus colegas.Ufa! Pareceu difícil? Se pensarmos a fundo, não é. Basta termos consciência de que faze-mos parte de uma equipe, de uma grande família e que nosso trabalho é tão importante quanto o do outro e que nossas atitudes podem melhorar ou prejudicar uma equipe toda ou mesmo nossos pacientes, amigos, familiares. Cada um no seu espaço, da sua maneira, trabalhando em harmonia, em constante aprendizado e desenvolvimento para um bem comum: o cuidado e atenção aos nossos pacientes! Um ano cheio de realizações para todos nós!

espaço_equipe.indd 27 19/01/12 17:09

Page 28: Odonto Magazine #12

RelacionamentoRelacionamento

28 janeiro de 2012

Relacionamento.indd 28 20/01/12 12:45

Page 29: Odonto Magazine #12

29janeiro de 2012

Relacionamento

Dr. Fábio BibancosFormado pela Faculdade de Odontologia UNESP-Araçatuba. Especialista em Odontopediatria e em Ortodontia. Mestre e Doutorando em Saúde Coletiva. Presidente do Instituto Bibancos de Odontologia Ltda. Fundador Presidente da OSCIP Turma do Bem. Eleito Empreendedor Social 2006 pela Fundação Schwab. Eleito Empreendedor Social 2007 pela ASHOKA. Primeiro dentista no mundo a participar do Fórum Mundial de Davos. Autor de quatro livros: “Um Sorriso Feliz para Seu Filho”, editora CLA (1995); “A Guerra dos Mutans”, editora CLA (2000); “Boca”, editora Abril (2005); e “Sorrisos do Brasil”, editora Editora Van Moorsel Andrade & Cia Ltda (2007).www.turmadobem.org.br

Odonto Magazine - Como e com qual finalidade surgiu o proje-to social Dentista do Bem?Dr. Fábio Bibancos - Tudo começou em 1995, quando escrevi o meu primeiro livro: “Um sorriso feliz para seu filho” (CLA Edi-tora). A obra apresenta dicas sobre prevenção e higiene bucal. Fui convidado para dar palestras em escolas particulares e públicas. Nas particulares esse assunto era algo fácil de ser tratado, afinal todos tinham acesso a pasta, escova e dentis-ta. Quando fui às escolas públicas fiquei impressionado com a saúde bucal dos jovens, que estava bastante comprometida. Não fazia o menor sentido falar sobre prevenção a quem não

Com voluntários espalhados por todo território nacional e em 10 países da América Latina e Portugal, o Dentista do Bem é o principal projeto da Turma do Bem.

Por: Vanessa Navarro

tem acesso aos únicos remédios do dentista – a pasta e a es-cova de dentes.Vendo essa realidade, chamei um grupo de amigos dentistas e começamos a atender em nossos próprios consultórios esses jovens. Essa rede começou a crescer e, em 2002, nasceu a OS-CIP Turma do Bem.

Odonto Magazine – Como foi a trajetória de adaptação do pro-jeto em todo território nacional e em mais nove países? Dr. Fábio Bibancos - O projeto Dentista do Bem é fácil de ser replicado. Se há dentistas nas cidades e crianças carentes com graves problemas bucais, o projeto tem possibilidade de existir.Iniciamos pequenos, mas esse número de dentistas começou a aumentar e surgiu a necessidade de termos “coordenadores regionais”. Estes, além de atender em seus consultórios, fazem as triagens nas escolas públicas e organizações sociais, trazen-do novos dentistas voluntários para a rede.Fomos convidados para iniciar o projeto na América Latina e Portugal por um pedido de nossos mantenedores. Hoje esta-mos em 10 países da America Latina e Portugal.Todo o gerenciamento do projeto é feito na sede da TdB, em São Paulo. Não há diferença nesse processo para cidades bra-sileiras ou latino-americanas.

Odonto Magazine - Quais são os profissionais de saúde bucal que compõem o quadro de atendimento do projeto?Dr. Fábio Bibancos - Toda nossa rede é formada por cirurgiões-dentistas. Isso nos faz ser a maior rede de voluntariado espe-cializado do mundo.

Odonto Magazine - Qual a população atendida pelos Dentistas do Bem no Brasil? Quais são os principais cuidados odontoló-gicos realizados? Dr. Fábio Bibancos - Já atendemos mais de 22 mil jovens e es-tamos presentes em mais de 700 cidades no Brasil. Atualmente nossa rede conta com mais de 10 mil dentistas cadastrados.

Saúde bucal para crianças e adolescentes do Brasil e do mundo

Relacionamento.indd 29 20/01/12 12:45

Page 30: Odonto Magazine #12

30 janeiro de 2012

Relacionamento

Atendemos jovens carentes de 11 a 17 anos que são seleciona-dos em escolas públicas e instituições sociais. Nossos coorde-nadores aplicam um índice que mede a condição bucal e social destas crianças, chamado IHC. Os mais pobres, os com piores condições bucais e os mais velhos (próximos do primeiro em-prego), têm prioridade na nossa lista de selecionados. Escolhemos esta faixa etária porque estes jovens com graves problemas bucais têm a autoestima bastante comprometida, dificuldades em se sociabilizar, evasão escolar devido à dor de dentes e problemas sistêmicos. Além disso, o mais importante: com essas condições bucais eles jamais vão conseguir ingres-sar no mercado de trabalho. Isso sem contar que todo jovem quer namorar e dar beijo na boca!Depois de selecionados, encaminhamos esses jovens a um de nossos Dentistas do Bem, que prestará atendimento em todas as especialidades necessárias, até que complete 18 anos. O atendimento é de caráter curativo, preventivo e educativo.

Odonto Magazine - Os voluntários que atuam no projeto con-tam com programas de capacitação e/ou treinamento? Existe algum apoio de desenvolvimento científico? Dr. Fábio Bibancos - Realizamos anualmente um grande even-to de capacitação chamado Sorriso do Bem. Nele nossos me-lhores coordenadores chegam em São Paulo e, durante quatro dias são capacitados, mobilizados e incentivados a cumprir as nossas metas para o próximo ano. A principal meta para a TdB é mais jovens atendidos pelo Projeto Dentista do Bem.Em 2011, participaram da capacitação 400 coordenadores de todo o Brasil, da América Latina e Portugal.Além do Sorriso do Bem, realizamos um Curso de Gestão para nossos voluntários, em parceria com a Escola do Pensamento em Saúde, onde eles aprendem como gerir de forma eficaz seu próprio consultório.Também temos projetos de treinamento e capacitação da nossa rede, como o Dentista Verde, que ensina práticas ambientalmen-te sustentáveis; a Liga do Dentista Limpo, um manual que mos-tra técnicas de biossegurança; e o Vez do Bem, que apresenta dicas de como atender pacientes com necessidades especiais.

Odonto Magazine - Quais são as expectativas de realização de atendimentos para os próximos anos? Dr. Fábio Bibancos - Queremos chegar aos 25 mil atendimen-tos ainda em 2012. Não é uma meta muito alta, se pensarmos no crescimento dos últimos anos. Mas neste ano vamos focar no acompanhamento de nossa rede, dentistas e beneficiados, visando melhorar ainda mais a qualidade do nosso trabalho.

Odonto Magazine - Quais são as principais metas a serem al-cançadas por meio de palestras educativas? Dr. Fábio Bibancos - Nosso projeto é de caráter curativo e pre-ventivo, por isso não damos palestras educativas. No geral, o grande problema do Brasil na área não é educação e preven-ção, e sim acesso ao kit dental: escova, pasta e fio.Nossos dentistas voluntários ensinam aos beneficiários do projeto, em seu próprio consultório, as práticas de higiene bucal, para que quando o tratamento for concluído, eles estejam familiarizados com todas as práticas necessárias para a manutenção de seus dentes.

Odonto Magazine - Qual é a importância para os participantes do projeto em relação à certificação do Ministério da Justiça como OSCIP?

Dr. Fábio Bibancos - O fato de sermos uma OSCIP nos dá maior credibilidade, pois anualmente somos auditados pelo Ministé-rio da Justiça para ter a certificação renovada, o que confirma que nossas contas estão corretas.Somos muito criteriosos com esta questão. Por isso, somos auditados também por uma empresa contratada pela TdB, a Ernest & Young, que audita nossas finanças; e pela Solidaritas, que mede nossos resultados.É importante dizer que, apesar de sermos uma OSCIP, não acei-tamos verba governamental.

Odonto Magazine - O projeto realiza o prêmio Melhor Dentista do Mundo. Como é feita a avaliação na busca de um vencedor?Dr. Fábio Bibancos - É um processo bastante difícil, princi-palmente em função do tamanho de nossa rede e dos bons resultados. Nossos voluntários nos enviam um relatório com todas as ati-vidades desenvolvidas no ano. A partir daí, avaliamos os dados objetivos e subjetivos. Os dados objetivos dizem respeito as questões numéricas, como quantidade de crianças atendidas, dentistas cadastrados, índice socioeconômico da cidade, quantidade de dentistas na cidade, atingimento das metas, etc. O mais complicado, no entanto, é a analise dos dados sub-jetivos, que dizem respeito às demais ações realizadas pelos voluntários, como mudanças nas políticas públicas, ações de divulgação da organização, captação de recursos e iniciativas para maximizar a realização do projeto.A equipe da TdB era quem chegava ao Melhor Dentista do mundo. Atualmente, devido ao excelente trabalho de nossos voluntários, resolvemos chamar uma equipe de jurados exter-nos, formado por pessoas de vários setores da sociedade civil. Apresentamo-lhes os 10 melhores cases, e eles elegeram a Me-lhor Dentista do Mundo de 2011, que é a Dra. Luciana Bason, de Pindamonhangaba/SP.

Odonto Magazine - O projeto conta com auxílios financeiros de organizações privadas ou governamentais? Dr. Fábio Bibancos - Mesmo sendo uma OSCIP, não aceitamos verbas públicas. Todo o recurso da organização é proveniente de empresas privadas e pessoas físicas.Gostaria de aproveitar para fazer um agradecimento especial aos nossos mantenedores, a Trident, a EDP (Energia de Portu-gal) e a Vale, que nos possibilitam atender a tantos jovens ca-rentes que precisam de tratamento odontológico.Caso alguma empresa ou pessoa física queira ser nosso par-ceiro, basta entrar em contato com Ricardo Correa pelo e-mail [email protected], ou então, por meio de nosso site: www.turmadobem.org.br, que tem uma área especial com in-formações para doadores.

Odonto Magazine - Como deve agir o profissional de saúde bucal interessado em fazer parte do quadro de voluntários do Dentista do Bem? Dr. Fábio Bibancos - É muito fácil. Basta entrar em nosso site, acessar  o projeto Dentista do Bem. Lá estão todas as informa-ções e a ficha de cadastro. Basta preenchê-la, assinar e enviar para a TdB. Se preferir, entre em contato com a TdB por meio do telefone (11) 5084-7276 e fale com o pessoal que gerencia o Projeto Den-tista do Bem.

Relacionamento.indd 30 20/01/12 12:45

Page 31: Odonto Magazine #12

Relacionamento.indd 31 20/01/12 12:45

Page 32: Odonto Magazine #12

32

Ponto de Vista

A importância das luvas no cotidiano do consultório

Item de proteção importante, mas que pode ser uma dor de cabeça. Pouca gente sabe, mas as luvas podem trazer sérios problemas, tanto para o paciente quanto para quem utiliza o produto no dia a dia. Principalmente se na composição houver

látex.Com a evolução de materiais sintéticos, produtos com látex estão cada vez mais per-dendo mercado. Hoje, o látex sofre um processo semelhante ao que ocorreu com o

amianto no mercado de construção, anos atrás, quando passou a ser clafissicado como potencialmente perigoso para a saúde.

Há pouca informação disponível sobre o assunto, principalmente porque o Brasil não tem uma legislação específica para tratar do tema. Mas segun-

do dados da SOBECC, Sociedade Brasileira de Enfermagem de Centro Cirúrgico, há um potencial de desenvolvimento a alergia ao látex no

mercado brasileiro, entre 8 e 12%. Pela amostragem, um volume bastante significativo.

Imagino que o mesmo cenário apontado nos hospitais, se re-pete com frequência nos consultórios de todo país. Mas por

falta de orientação e de informação sobre o assunto, cor-remos o risco de nos tornarmos doentes ocupacionais.

Os usuários e pacientes podem apresentar basicamen-te os mesmos sintomas, mas os primeiros estão sob

maior risco de desenvolver a alergia e/ou sensibi-lização, devido à constante exposição, podendo

ocasionar desde uma dermatite até uma doença ocupacional - impossibilitando-o de trabalhar –

e, em casos extremos, até ocorrer óbito.A alergia se deve basicamente ao resultado da exposição constante do produto de lá-

tex com alto teor de proteína, muito co-mum no Brasil. Isso ocorre devido à falta de uma legislação adequada para o as-sunto, considerado atrasada há mais de uma década. Por aqui, até fábricas que produzem balões de festa infan-tis podem fabricar luvas.Esse tratamento inadequado, des-

de a industrialização até a con-fecção final, contribuiu para o

Fábio Silva RebolaFormado em Odontologia pela Unisanta (Santos). Pós-graduação em Implantodontia pelo Centro de Implantodologia de Alfenas (CIALF-MG). Com 10 anos de experiência, é especialista em Periodontia pela Universidade Federal de Alfenas (Unifal-MG).

Ponto de Vista

32 janeiro de 2012

ponto_de_vista.indd 32 19/01/12 17:13

Page 33: Odonto Magazine #12

Ponto de Vista

aumento dos níveis de proteínas encontrados geralmente nos produtos brasileiros e de países especializados em vender a qualquer custo. E como o látex já tem proteínas naturais, essa elevação no teor de proteí nas residuais nas luvas pode causar a sensibilização.O processo de contaminação é relativamente simples. Quan-do os antígenos - ou alérgenos - penetram pela pele e esti-mulam as células (entre elas os linfócitos T e B) a produzirem anticorpos, esses geralmente se fixam aos mastócitos e ba-sófilos. Ao reagir com o antígeno, a IgE fixada nessas células provoca a liberação de histaminas e outros mediadores nela contidos. De acordo com o Dr. Roberto Antônio Portugal, as reações podem ser dos tipos anafilático (anafilaxia sistêmica, asma, febre do feno, urticária); citotóxico (hipertireoidismo); com-plexo-imunológico (hepatite, malária, lepra) e intermediário de células (eczema/dermatite).O tempo de reação varia entre os indivíduos e também entre as várias raças, porém, a frequên cia ou ciclo de uso das luvas é o fator determinante. A exposição pode causar asma, urti-cária, hipertireoidismo, hepatite, lepra e dermatite, por exem-plo. Além disso, as reações não são necessariamente gradati-vas, podendo começar logo pela mais grave.Outro problema é o pó existente para facilitar o calçamen-to das luvas em alguns modelos. Em centros cirúrgicos, esse material fica em suspensão, e pode contaminar pacientes e profissionais por via respiratória. No Brasil, como ainda não

há legislação especifica, produtos com altos teores de pó e proteína circulam livremente. Mas a tendência é a evolução para outros produtos, como já acontece hoje nos EUA, onde luvas com pó são proibidas em muitos estados.Problemas de saúde a parte, de maneira geral, a opção por luvas com látex se deve principalmente ao baixo preço do produto e a sensibilidade que ela oferece. As luvas de vinil tendem a ser muito frágeis, rasgando com facilidade de acor-do com o procedimento executado. Solução em outras áreas da medicina, calçar duas luvas atrapalharia a sensibilidade durante o tratamento odontológico.Alguns estudos do Dr. Yunginger, um dos cientistas mais re-nomados nesse campo, indicam que as luvas de vinil podem apresentar altos índices de vazamentos se comparados com as de látex (entre 43 e 85%, contra 9 a 31%). Em paralelo, a penetração de vírus se mostrou muito mais elevada (de 22 a 40%) nas luvas de polietileno e polivinil, contra apenas 1% de falha nas luvas de látex.Com base em todas essas informações, pode até ser possível afirmar que o látex de baixa proteína e baixo pó, em última instância, seja menos perigoso ao usuário final do que a ex-posição ao alto risco de contaminação por falha nas luvas. Porém, é necessário que cada profissional verifique as opções que existem no mercado e escolha aquela mais adequada ao seu dia a dia.Com a globalização e o desenvolvimento da internet, não é mais possível se limitar ao que existe no mercado nacional.

ponto_de_vista.indd 33 19/01/12 17:13

Page 34: Odonto Magazine #12

Estamos em Festa...aniversário1

A VP Group brinda com seus clientes, colaboradores e parceiros por um ano de desafios, conquistas e muito sucesso. Queremos agradecer a todos pelo reconhecimento e apoio neste primeiro ano como grupo.

Juntos queremos desenvolver e contribuir cada vez mais no negócio de comunicação estratégica empresarial.

Tel.: 11 4197-7500

e-mail: [email protected] c o m u n i c a ç ã o i n t e g r a d a

ABEKASAD DIGITALAD LEADAESAJAALPHA-DIGIALPHAVILLE URBANISMOANIXTERANRITSUANTON BAUERAP ENPSAPOIO TÉCNICOARRIASTROAUTOSCRIPTAVIDAVPAXISAXONAXYONBARCOBCTVBIONNOVATIONBLACKMAGIC DESIGNBOSCHBRAINSTORMBRASVIDEOBROADCAST PIXBROADCASTINGBUILDING 4 MEDIABYCONCAD TECHNOLOGYCALDIGITCAMERA 2CAPITAL INFORMAÇÃOCASABLANCACERTAMECHYRON

CIA DO GEL - QUICKSMILECISCISCOCLEAR COMCLOROVALE - CVDENTUSCOLGATECOMERCIALLCOMMLOGIKCONDORCONEXÃOCONEXÃO SISTEMA DE PRÓTESECPLCROSSHOSTCV AUDIOD-LINKD2D700DATAVIDEODEDOLIGHTDENTAL ALTA MOGIANA - D700DENTOFLEXDENTSCARE - FGMDENTSCLERDEXELDFL INDÚSTRIADIGIFORTDMSDV PRODVTELE-IMAGEE-LEDEDIT SHAREEIDENEITVENERGIAERIESTÚDIOS QUANTAETEREEUROBRASEVERTZEVSFGM

FLIRFLORIPAFOCCUSFOR-AFRONT PORCH DIGITALFUJINONFUNORPGAFISAGLOOKASTGNATUSGO PROGRASS VALLEYGRUPO GPGSOFTGWA MONITORAMENTOHAMLETHARDATAHARMONICHARRISHIDHITACHI LINEAR KOKUSAIHORIZONI-MOVIXIBCINVISOJAMPROJVCKATAKAVOKENKO TOKINAKONDORTECHKROMA TELECOMLABCOM - DABI ATLANTELAWOLEADERLIBECLIBORLINE UPLITEPANELSLUMATEKLUMIPROMAGICS VIDEOMAGNETIC CONTROLMANFROTTOMARSHALLMATROX

MATTEDIMAXICOMMAXVIDEOMECTRONICAMERIDIANMERLINMILLESTONEMIRANDAMÓDULOSMOGMULT SYSTEMMULTISALEMULTIVIDEONABNEMALNEODENTNETDENTENEURO TVNEVIONNEWTEKNEXSANNOBEL BIOCARENUCOMMOCONNORODONTOMEDIOLSENOMNEONOMNITEKOPEN CUBEOPICORADORAL-BOREONPANASONICPEC LABPETROL BAGSPHANTOMPHASEPINNACLEPLURAPOLICOMPRIMOTECH 21PRIVILEGIUMPROATECPROMAXPROMPTVRDCRF CENTRALRFSRIEDEL

RODEROHDE & SCHWARZROLANDROSS VIDEOSACHTLERSALLISAMSUNGSAÚDE SERVICESAVANASCHNEIDER ELECTRICSCREEN SERVICESEAL TELECOMSEEGMASENACSENNHEISERSETSETINSHOWCASE PROSIN IMPLANTESSMART UPSSNELLSONYSTRAUMANNTALMAXTECHEXTECNOVIDEOTECSYSTEKTRONIXTELEMTORRE DO PAÇOTRAFFIC SIMTRANS LUZTRANS TELTRANSYSTEMTSLTUBARÃO 2000TV LOGICTVUUTAH SCIENTIFICVECTOR BOXVIDEO COMPANYVIDEO SHACKVIDEO SYSTEMSVIDEOMARTVINTENVISLINKVITECVIZRTVM BROADCASTVOLICONVSNWASP 3DWDCWOHLERWTVISION

ponto_de_vista.indd 34 19/01/12 17:13

Page 35: Odonto Magazine #12

Estamos em Festa...aniversário1

A VP Group brinda com seus clientes, colaboradores e parceiros por um ano de desafios, conquistas e muito sucesso. Queremos agradecer a todos pelo reconhecimento e apoio neste primeiro ano como grupo.

Juntos queremos desenvolver e contribuir cada vez mais no negócio de comunicação estratégica empresarial.

Tel.: 11 4197-7500

e-mail: [email protected] c o m u n i c a ç ã o i n t e g r a d a

ABEKASAD DIGITALAD LEADAESAJAALPHA-DIGIALPHAVILLE URBANISMOANIXTERANRITSUANTON BAUERAP ENPSAPOIO TÉCNICOARRIASTROAUTOSCRIPTAVIDAVPAXISAXONAXYONBARCOBCTVBIONNOVATIONBLACKMAGIC DESIGNBOSCHBRAINSTORMBRASVIDEOBROADCAST PIXBROADCASTINGBUILDING 4 MEDIABYCONCAD TECHNOLOGYCALDIGITCAMERA 2CAPITAL INFORMAÇÃOCASABLANCACERTAMECHYRON

CIA DO GEL - QUICKSMILECISCISCOCLEAR COMCLOROVALE - CVDENTUSCOLGATECOMERCIALLCOMMLOGIKCONDORCONEXÃOCONEXÃO SISTEMA DE PRÓTESECPLCROSSHOSTCV AUDIOD-LINKD2D700DATAVIDEODEDOLIGHTDENTAL ALTA MOGIANA - D700DENTOFLEXDENTSCARE - FGMDENTSCLERDEXELDFL INDÚSTRIADIGIFORTDMSDV PRODVTELE-IMAGEE-LEDEDIT SHAREEIDENEITVENERGIAERIESTÚDIOS QUANTAETEREEUROBRASEVERTZEVSFGM

FLIRFLORIPAFOCCUSFOR-AFRONT PORCH DIGITALFUJINONFUNORPGAFISAGLOOKASTGNATUSGO PROGRASS VALLEYGRUPO GPGSOFTGWA MONITORAMENTOHAMLETHARDATAHARMONICHARRISHIDHITACHI LINEAR KOKUSAIHORIZONI-MOVIXIBCINVISOJAMPROJVCKATAKAVOKENKO TOKINAKONDORTECHKROMA TELECOMLABCOM - DABI ATLANTELAWOLEADERLIBECLIBORLINE UPLITEPANELSLUMATEKLUMIPROMAGICS VIDEOMAGNETIC CONTROLMANFROTTOMARSHALLMATROX

MATTEDIMAXICOMMAXVIDEOMECTRONICAMERIDIANMERLINMILLESTONEMIRANDAMÓDULOSMOGMULT SYSTEMMULTISALEMULTIVIDEONABNEMALNEODENTNETDENTENEURO TVNEVIONNEWTEKNEXSANNOBEL BIOCARENUCOMMOCONNORODONTOMEDIOLSENOMNEONOMNITEKOPEN CUBEOPICORADORAL-BOREONPANASONICPEC LABPETROL BAGSPHANTOMPHASEPINNACLEPLURAPOLICOMPRIMOTECH 21PRIVILEGIUMPROATECPROMAXPROMPTVRDCRF CENTRALRFSRIEDEL

RODEROHDE & SCHWARZROLANDROSS VIDEOSACHTLERSALLISAMSUNGSAÚDE SERVICESAVANASCHNEIDER ELECTRICSCREEN SERVICESEAL TELECOMSEEGMASENACSENNHEISERSETSETINSHOWCASE PROSIN IMPLANTESSMART UPSSNELLSONYSTRAUMANNTALMAXTECHEXTECNOVIDEOTECSYSTEKTRONIXTELEMTORRE DO PAÇOTRAFFIC SIMTRANS LUZTRANS TELTRANSYSTEMTSLTUBARÃO 2000TV LOGICTVUUTAH SCIENTIFICVECTOR BOXVIDEO COMPANYVIDEO SHACKVIDEO SYSTEMSVIDEOMARTVINTENVISLINKVITECVIZRTVM BROADCASTVOLICONVSNWASP 3DWDCWOHLERWTVISION

ponto_de_vista.indd 35 19/01/12 17:13

Page 36: Odonto Magazine #12

36 janeiro de 2012

Coluna - Saúde Pública

Leitores da Odonto Magazine, estive ausente da revista por alguns meses. Sugeri na matéria anterior dar continuidade ao debate sobre a Política Nacional de Saúde Bucal e apro-

fundar os resultados da Pesquisa Nacional de Saúde Bucal. Os comentários sobre o documento “Projeto SBBrasil 2010: Pesquisa Nacional de Saúde Bucal – Resultados Principais” ficará para a próxima edição. Regresso para conversarmos um pouco sobre as novidades propostas para o Sistema Único de Saúde - SUS, a partir do Decreto 7.508, de 28 de junho de 2011. Após 22 anos da criação do SUS, o Decreto Presidencial regula-menta aspectos importantes da Lei nº 8.080/1990, como os relati-vos à organização do SUS, ao planejamento da saúde, à assistên-cia à saúde e à articulação interfederativa. Alguns desses aspectos foram debatidos ao longo da reforma sanitária, outros se revelam como novos elementos para os atores do SUS, todos eles estão em franco debate entre os gestores, trabalhadores e usuários.Iniciaremos a conversa sobre o novo regulamento do SUS, tra-tando de uma das suas importantes definições, a Região de Saú-de. No decreto ela é entendida como: “espaço geográfico contínuo constituído por agrupamentos de municípios limítrofes, delimitado a partir de identidades culturais, econômicas e sociais e de redes de comunicação e infraestrutura de transportes compartilhados, com a finalidade de integrar a organização, o planejamento e a execução de ações e serviços de saúde.” O Decreto 7.508/2011 determina que as Regiões de Saúde serão instituídas pelo Estado, em articulação com os municípios, res-peitadas as diretrizes gerais pactuadas na Comissão Intergestores Tripartite - CIT. A CIT, Comissão Tripartite Paritária, formada por 21 membros - sete do Ministério da Saúde (MS), sete do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e sete do Conselho Nacional de

Regina Vianna BrizolaraCirurgiã-dentista. Técnica especializada do Ministério da Saúde / Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde / Departamento de Gestão e da Regulação do Trabalho em Saúde. Aprimoramento em Odontologia Hospitalar. Especialista e Mestre em Saúde Coletiva.

Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), recentemente apro-vou a Resolução N° 1/2011 que estabelece diretrizes gerais para a instituição das Regiões de Saúde no âmbito do SUS. Para os que querem fazer a leitura da resolução na íntegra, basta acessar o link: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/resol1_cit.pdf.A Região de Saúde pode apresentar diversas configurações, ser intraestadual – composta por municípios de um mesmo estado; ou interestadual – composta por municípios de diferentes esta-dos. Quando estiver situada em área de fronteira com outros paí-ses, respeitará normas que regem as relações internacionais.Para ser instituída, a Região de Saúde deverá conter, no mínimo, ações e serviços de atenção primária; urgência e emergência; atenção psicossocial; atenção ambulatorial especializada e hospi-talar; e vigilância em saúde. As diretrizes aprovadas na CIT tratam da observância das políticas de saúde para a organização dessas ações e serviços na Região de Saúde. Dentre as Políticas e Progra-mas Nacionais de Saúde que destacamos para serem observa-dos: a Política Nacional de Atenção Básica; o Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade Infantil e Materna; a Política Nacional de Redução do Câncer do Colo do Útero e da Mama; a Política Nacio-nal de Saúde Mental; a Política Nacional de Promoção da Saúde; a Política Nacional de Urgências e Emergências; a Política Nacional de Assistência Farmacêutica; o Programa Nacional de Imuniza-ção, e é claro a Política Nacional de Saúde Bucal!Um grande desafio colocado pelo decreto trata do financiamen-to do SUS! A Região de Saúde passaria a ser referência para as transferências de recursos entre os entes federativos. Outro ponto importante que merece reflexão refere-se à constituição das Re-des de Atenção à Saúde. Elas poderão estar compreendidas no âmbito de uma Região de Saúde, ou de várias delas, pois nem sempre uma região é autossuficiente para garantir a integralidade

O Decreto 7508/2011, as Regiões de Saúde e as necessidades de Saúde Bucal dos Brasileiros

coluna_saude_publica.indd 36 20/01/12 14:56

Page 37: Odonto Magazine #12

Coluna - Saúde Pública

da atenção à saúde ao cidadão, e ainda há serviço que só al-cançará uma relação custo-efetividade para sua sustentação financeira se atender a mais de uma Região de Saúde.O decreto determina ainda que os entes federativos definam na Região de Saúde: o limite geográfico; a população usuá-ria das ações e serviços; o rol de ações e serviços que serão ofertados; e as responsabilidades, os critérios de acessibili-dade e a escala para conformação dos serviços. Podemos apostar que a organização das Regiões de Saúde ajudará no planejamento da oferta das ações e serviços de promoção, prevenção e recuperação da saúde, e no atendimento, em tempo oportuno, das necessidades de saúde do cidadão.Enfim, as Regiões de Saúde, conformadas em todos os esta-dos brasileiros, precisarão se reavaliar e se reorganizar a luz do Decreto 7508/2011 e das diretrizes aprovadas na CIT. Os desafios estão lançados. Recomendo a todos acompanhar a conformação das Regiões de Saúde no Brasil, atentar para a organização dos serviços nesses territórios, com atenção especial aos serviços que se referem à saúde bucal. Tenho certeza de que os trabalhadores das equipes de saúde bucal querem Regiões de Saúde e Redes de Atenção à Saú-de que respondam também às necessidades de saúde bucal dos cidadãos brasileiros.

coluna_saude_publica.indd 37 20/01/12 14:56

Page 38: Odonto Magazine #12

38 janeiro de 2012

Coluna - Prevenção

Mudanças comportamentais e nutricionais refletem na qualidade da Saúde Bucal da Criança e do Adolescen-te. De acordo com os resultados da PeNSE – Pesquisa

Nacional da Saúde Escolar – 2009, divulgada em 2010, que identificou a frequência semanal de consumo de alimentos considerados como marcadores de alimentação saudável (feijão, legumes e verduras, frutas e leite) e de alimentação não saudável (frituras, embutidos, biscoitos e bolachas, gu-loseimas (balas, bombons, chicletes, doces, chocolates ou pirulitos e refrigerantes), os estudos mostraram o aumento do consumo de alimentos não saudáveis, ricos em açúcares e gorduras, na dieta dos adolescentes brasileiros (www.ibge.gov.br/..pense.pdf).A criança e o jovem têm a agenda diária bastante comprome-tida, muitos não se sentam à mesa para se quer tomar um lan-che, muito menos para uma refeição, como almoço ou jantar e, ainda mais difícil é ter a família participando deste momen-to tão especial e sagrado do seu dia a dia. Às vezes nesta in-crível maratona diária familiar, deixa-se de observar detalhes importantes no comportamento do adolescente e da criança, como orientar a sua alimentação, educar na postura ao sentar à mesa, comer de “boca fechada”, não beber mais do que comer, ter uma refeição equilibrada, com proteínas, fibras, legumes, verduras e frutas, entre outras orientações que somente os pais são capazes de transmitir. E, para alguns sentar à frente da televisão ou à frente do computador é um aperitivo estimulan-te para a ingesta de alimentos que fundamentalmente perdem o seu valor nutritivo qualitativo e quantitativo.Sem culpar ou criticar condutas, mesmo porque, os pais que precisam trabalhar o dia inteiro para dar uma condição so-cioeconômica melhor para os seus filhos já se culpam muito, mas é necessário um olhar mais atencioso e criterioso para

as mudanças que ocorrem na infância e adolescência, e são muitas.Diante do novo comportamento familiar, alguns sinais apare-cem na cavidade bucal, e acometem as estruturas dentárias, desequilibrando a qualidade de vida, já que a sensibilidade dentária é extremamente dolorosa, afetando a mastigação e a ingestão de líquidos. A alteração mais evidente é a erosão dental definida como per-da progressiva e irreversível de tecido dental duro por proces-so químico que não envolve ação bacteriana. Diversos fatores contribuem no processo da erosão do esmalte, sejam esses oriundos de fontes extrínsecas ou intrínsecas. Enquanto as fontes extrínsecas estão relacionadas aos hábitos alimentares e estilo de vida, as causas intrínsecas podem ser provocadas por doenças sistêmicas, o que faz do cirurgião-dentista profis-sional decisivo no diagnóstico dessas alterações. Para que esse diagnóstico seja feito de forma segura, possibilitando a indica-ção de tratamento eficaz, o conhecimento de sinais, sintomas e forma de evolução é imprescindível, e acaba por diferenciar a atuação profissional. A abordagem deve ser multiprofissional e integral, já que “refluxo esofágico” de origem sistêmica, altera-ções nutricionais e comportamentais requerem tratamentos e reorientações educacionais competentes. O excesso de alimentos industrializados, a substituição da água por refrigerantes, isotônicos e o uso indiscriminado de energé-ticos, colaboram para o aumento da incidência da descalcifi-cação das superfícies dentais. As substâncias ácidas ficam por maior tempo na superfície dental. Isso causa a dissolução do esmalte, que pode ser agravada pela ineficiência ou falta da neutralização pela saliva. Até o momento não existe um pro-tocolo padrão que poderia ser recomendado para a prevenção do desgaste erosivo.

Mudança comportamental das crianças e adolescentes e o risco para a erosão dentária

Helenice BiancalanaEspecialista em Odontopediatria. Especialista em Ortopedia Funcional dos Maxilares. Mestre em Saúde da Criança e do Adolescente pela FCM – UNICAMP. Diretora do Departamento de Prevenção e Promoção de Saúde da Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas – Central. Diretora da Associação Paulista de Odontopediatria – APO. Coordenadora dos Projetos de Educação e Prevenção desenvolvidos pela APCD em parceria com a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social - SMADs e com as Faculdades de Odontologia - Ação SOS Sorriso Saudável.

coluna_prevencao.indd 38 20/01/12 11:11

Page 39: Odonto Magazine #12

Coluna - Prevenção

A partir de um estudo piloto realizado com bochecho de chá verde comercial na prevenção contra a erosão de dentina, foi desenvolvido um gel de aplicação tópica, contendo o princí-pio ativo do chá verde (EGCG), considerado um inibidor natu-ral de metaloproteinase de matriz (MMP). Foram testados mais dois inibidores de MMP,  a clorexidina e o sulfato ferroso, na prevenção contra a erosão associada ou não à abrasão por escovação. É o primeiro trabalho a descrever uma metodologia capaz de prevenir a erosão de dentina (tese de doutorado – autora Melissa Thiemi Kato, pesquisa financia-da pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Pau-lo, reconhecimento internacional com prêmio concedido pela Colgate Palmolive Company – IADR-2010). A inovação é basea-da no fato de utilizar inibidores de MMP. As MMPs são enzimas capazes de degradar a maioria dos componentes orgânicos, sendo que na dentina estão envolvidas as MMPs -2 e -9 res-ponsáveis pela degradação de colágeno presente nos dentes.Após um desafio erosivo provocado por um ácido de origem não bacteriana (por exemplo, o refrigerante), a dentina sofre desmineralização deixando exposta uma camada rica em colá-geno e altamente susceptível à degradação pelas MMPs.A prevenção é baseada em evidências científicas, as quais são fundamentais para a credibilidade dos trabalhos de pesquisa, o que promove o profissional de ponta que atende o paciente, proporcionando-lhe conhecimento e capacidade para diagnos-ticar, diferenciar e individualizar o tratamento com muita per-sistência e, sobretudo, educação.

coluna_prevencao.indd 39 20/01/12 11:11

Page 40: Odonto Magazine #12

40 janeiro de 2012

Caso Clínico

Wanderley de Almeida Cesar Jr.Clínico de consultório privado em tempo integral. Especialista em Dentística Restauradora FOB – USP. Especialista com MBA em Marketing CESUMARPR. Trainer em PNL - Programação Neurolinguistica, INAP - RJ. Mestre em Odontologia Restauradora FORP – USP. Coordenador dos cursos de Odontologia Estética do INSBES - Instituto Sul Brasileiro de Ensino Superior. Professor assistente do curso de especialização em Oclusão e DTM do Instituto Ravel de Ensino Superior. Membro CREDENCIADO da SBOE -Sociedade Brasileira de Odontologia Estética. Consultor científico da Revista Dental Press Estética, publicação oficial da SBOE - Sociedade Brasileira devOdontologia Estética. Editor da Revista de Materiais Dentários Surya News. Editor do Site Odontocases. Colunista do Portal Open de [email protected]

Restaurações de cerâmicas anteriores: do preparo à cimentação

O desenvolvimento dos materiais restauradores estéticos, especificamente as cerâmicas dentais, tem tornado a Odontologia restauradora muito atrativa para o pacien-

te e também para o profissional. O paciente tem à sua disposi-ção sistemas que podem dar resultados belos e previsíveis. O cirurgião-dentista é desafiado a adquirir novos conceitos, novas ideias e entender que o fator estético tem participação funda-mental na autoestima do seu paciente. Neste sentido, quando o profissional entende que seus resultados dependem principal-mente de conhecimento, dedicação e determinação1 a Odonto-logia restauradora e o ato de reabilitar sorrisos se tornam pura arte e sensibilidade.As cerâmicas dentais apresentam um bom índice de sucesso, em longo prazo, e chegaram a alcançar 98,9% de sucesso em 11 anos2. O sucesso clínico das restaurações cerâmicas depende principalmente da qualidade do preparo com reduções e dimen-sões corretas. O espaço suficiente para a confecção da cerâmica deve ser planejado, a fim de proporcionar espessura suficiente para a obtenção de resistência e forma adequadas. Por outro lado, uma abordagem conservadora no preparo sempre deve ser con-siderada; porém, muitas vezes, não há como manter o preparo restrito ao esmalte, em dimensões que variam de 0,5 a 0,7mm3. Desse modo, preparos com extensão dentinária, dependendo da necessidade clínica, podem ser confeccionados4. Um cuidado especial deve ser considerado ao se observar o dente de perfil; um preparo nas regiões proximais, no sentido palatal, evita que pequenas faixas de dentes apareçam quando o preparo é feito só na vestibular. Quando o preparo é realizado com invasão do ponto de contato, as regiões mesiais e distais não são visíveis. Isso é uma condição indispensável para se ob-ter estética5. Em alguns casos, é interessante romper os pontos de contato para evitar sobrecontorno na execução laboratorial, ou, ainda, o acúmulo de alimento nos pontos de contato onde se encontra a união esmalte-cerâmica. O rompimento dos pon-tos de contato confere um desenho mésio/distal reto, de acordo com o eixo de inserção pretendido e facilita a visualização espa-cial do preparo durante a sua execução6. Para obter um equilíbrio adequado entre o mínimo de redução dentária, bem como um espaço no preparo para a execução labo-ratorial, pode-se utilizar uma guia de silicone7. A verificação prévia e contínua durante o preparo do contato cêntrico e em máxima intercuspidação habitual é importante para planejar a localização do limite do preparo na região palatina dos dentes superiores e

evitar que ocorram contatos exatamente na linha de transição dente/laminado3. O preparo lingual deve estar localizado prefe-rencialmente fora da concavidade palatina, para evitar as áreas de alta concentração de estresse, considerando o efeito biomimético aplicado às restaurações cerâmicas8.A comunicação com o laboratório deve ser intensa, para a obtenção de bons resultados. Além da cor e do mapeamento, uma fotografia com a escala em posição deve ser considerada. A escala na foto-grafia ajuda a minimizar variação de tonalidades da foto, depen-dendo da regulagem de intensidade de luz da máquina e do flash. É interessante também uma foto dos preparos com escalas de cores apropriadas, para o técnico visualizar os preparos em boca9.Para a obtenção de uma moldagem de qualidade, além de uma resposta periodontal adequada às futuras restaurações, a adap-tação e o polimento dos provisórios são primordiais. A estética dos provisórios, atualmente, não deve ser colocada mais em segundo plano; a resina composta sozinha ou aliada a técnicas clássicas de confecção de provisórios é uma boa alternativa para restaurações temporárias.A cimentação das peças cerâmicas é o procedimento fundamen-tal para o sucesso clínico das restaurações. É nesse ponto que o conhecimento do profissional pode ser decisivo para a durabilida-de e a funcionalidade do procedimento restaurador com facetas estéticas. Algumas mudanças no protocolo clínico das cimenta-ções adesivas foram aplicadas no caso clínico apresentado. Um adesivo de três passos foi utilizado, pois tem apresentado melhor desempenho que os adesivos simplificados ou de passo único10. Com esses adesivos, é possível evitar a incompatibilidade11 nos procedimentos de cimentação, bem como obter uma camada mais hidrófoba na região da cimentação, proporcionando melhor qualidade adesiva. A incompatibilidade ocorre ao se aplicar o adesivo simplificado so-bre a dentina para realizar a fotopolimerização. A camada superfi-cial do adesivo não se polimeriza, pois está em contato com o oxi-gênio. Sabe-se que os adesivos simplificados ou de frasco único, sejam eles convencionais ou autocondicionantes, têm ácidos em sua composição. Dessa maneira, a camada que não se polimeriza e que entrará em contato com o cimento resinoso (químico ou dual), no momento da cimentação terá características ácidas.“No outro elo da corrente”, ou seja, o cimento resinoso químico ou dual, em sua composição, contém aminas terciárias básicas que têm atração molecular por elementos ácidos e que, em ge-ral, reagem internamente com o próprio peróxido, deflagrando a

restauracoes_de_ceramicas_anteriores.indd 40 19/01/12 17:14

Page 41: Odonto Magazine #12

41janeiro de 2012

Caso Clínico

polimerização (sistema peróxido-amina). Quando o cimento que foi aplicado na peça se encontra com o adesivo que foi aplica-do na dentina, as aminas terciárias contidas no cimento reagem com os ácidos contidos na superfície do adesivo simplificado e, desse modo, o cimento não polimeriza naquela interface. A acidez do adesivo consome as aminas terciárias do cimento, as quais são as responsáveis pela efetiva polimerização do cimen-to resinoso. Levando essa importante informação para a clínica, entendemos que os adesivos simplificados não são indicados para a cimentação de peças indiretas, pois têm incompatibilida-de com os cimentos resinosos11-13.Em facetas cerâmicas é mais fácil minimizar a situação de in-compatibilidade, pois, geralmente, as peças são translúcidas o suficiente para a utilização de cimentos unicamente fotopolimeri-záveis, que não contêm o sistema peróxido-amina. Visando mini-mizar a sensibilidade pós-cimentação, a aplicação de um sistema à base de ácido oxálico (pH = 1,7, ajustado com hidróxido de po-tássio) foi aplicado. O objetivo foi induzir a reação desse agente com os íons de cálcio dos túbulos, formando cristais de oxalato de cálcio insolúveis14.

Figura 1Incisivos centrais e laterais com facetas diretas descoloradas, apresentando fraturas e defeitos marginais.

Figura 2Visão lateral.

Figura 3Marcação dos sulcos de orientação com grafite, sobre o qual será realizado o preparo.

Caso ClínicoA sequência das imagens descreve a utilização clínica de restau-rações cerâmicas reforçadas por leucita, o (IPS Empress Esthetic, Ivoclair Vivadent, Licheinstein), cimentadas com um protocolo para minimizar a sensibilidade pós-cimentação: (Bis-Block e All Bond 3, Bisco, USA) e o cimento resinoso (Choice 2, Bisco, USA).

Figura 4Sulcos de orientação executados e preparo da borda incisal, desgaste médio de 1,5 mm. Notar as três curvatures vestibulares reproduzidas no preparo: cervical, média e incisal.

Figura 5Contados oclusais evidenciados com carbono em MIH (máxima intercuspidação habitual) e em contato cêntrico para a orientação da localização do término do preparo palatino. Atentar para as facetas de desgaste na lingual dos dois incisivos. Neste sentido, o término palatino do preparo foi posicionado abaixo das facetas de desgaste.

Figura 6Preparo sendo finalizado. Observar o término lingual mais invasivo, proporcionando guia protrusiva em cerâmica e fugindo da concavidade palatina, local de maior incidência de estresse oclusal.

restauracoes_de_ceramicas_anteriores.indd 41 19/01/12 17:14

Page 42: Odonto Magazine #12

42 janeiro de 2012

Caso Clínico

Figura 7Guia de silicone tipo “caderno de matérias” utilizado como guia nas reduções dentárias.

Figura 11Acabamento dos preparos executados com discos de lixa (Superfix, TDV, Brasil).

Figura 8O refinamento do preparo foi executado com uma ponta diamantada de granulação delgada.

Figura 12O molde foi obtido com uma silicona de adição. Detalhes da moldagem obtida (Elite HD +, Zhermack).

Figura 9Preparos da vista vestibular.

Figura 13Registro oclusal obtido com uma silicona de condensação.

Figura 10Vista lingual. Observe o término lingual com espessura suficiente para proporcionar resistência à cerâmica. Fio retrator em posição durante o preparo.

restauracoes_de_ceramicas_anteriores.indd 42 19/01/12 17:15

Page 43: Odonto Magazine #12

43janeiro de 2012

Caso Clínico

Figura 14Confecção dos provisórios. Sobre o preparo isolado, uma camada de resina acrílica cor 66 (Duralay, Reliance, USA) foi aplicada, formando um pequeno coping e sobre ele aplicado resina composta microparticulada (Durafil VS, Kulzer, Alemanha). As cores utilizadas foram OA3 e A2 como última camada. Esse coping de resina acrílica facilita a remoção do provisório após a aplicação da resina composta polimerizada e proporciona um acabamento cervical adequado após o polimento.

Figura 18Prova e adaptação dos provisórios.

Figura 19Modelo de trabalho.

Figura 20Peças em cera antes de serem injetadas.

Figura 21Pastilhas Empress Esthetic injetadas e adaptadas ao modelo.

Figura 15Acabamento e polimento dos provisórios com borrachas abrasivas (Optimize, TDV, Brasil).

Figura 16Brilho e textura sendo obtidos com escovas de carbeto de silício.

Figura 17Polimento final com discos de feltro e pasta de diamantada (Poligloss, TDV, Brasil).

restauracoes_de_ceramicas_anteriores.indd 43 19/01/12 17:15

Page 44: Odonto Magazine #12

44 janeiro de 2012

Caso Clínico

Figura 22Redução incisal estratégica delimitando os lóbulos dentinários e a guia de silicone em posição.

Figura 26Facetas Cerâmicas (IPS Empress Esthetic, Ivoclair Vivadent, Licheinstein).

Figura 27Condicionamento com um semigel de ácido fosfórico a 32%, contendo um bactericida, BAC – Cloreto de Benzalcônio (Uni – Etch, Bisco, USA).

Figura 28Após condicionamento ácido, um sistema à base de oxalato foi aplicado com o objetivo de diminuir a sensibilidade pós-operatória (Bis Block, Bisco, USA).

Figura 29Aplicação do gel de oxalato dessensibilizante nas regiões de exposição de dentina. (Bis Block, Bisco, USA)

Figura 23Estratificação das massas cerâmicas.

Figura 24Facetas após estratificação.

Figura 25Restaurações cerâmicas prontas sobre o modelo. TPD - José Carlos Romanini, Londrina - PR.

restauracoes_de_ceramicas_anteriores.indd 44 19/01/12 17:15

Page 45: Odonto Magazine #12

45janeiro de 2012

Caso Clínico

Figura 30Após aplicação do gel dessensibilizante e lavagem com água, um recondicionamento nas regiões de possível presença de esmalte remanescente é recomendado pelo fabricante.

Figura 33Silanização da cerâmica. Condicionamento com ácido flúorídrico a 10% (Cond. AC Porcelana, FGM, Brasil).

Figura 34Aspecto interno da cerâmica após o condicionamento.

Figura 35Silano, Bis- Silane, Bisco. Deve ser misturado e aplicado em uma única camada sobre a peça.

Figura 36Início da silanização. Notar a diferença da região silanizada das áreas ainda não tocadas pelo silano.

Figura 32Sistema adesivo sendo aplicado (All Bond 3, Bisco, USA).

Figura 31Adesivo All Bond 3 utilizado no preparo.

restauracoes_de_ceramicas_anteriores.indd 45 19/01/12 17:15

Page 46: Odonto Magazine #12

46 janeiro de 2012

Caso Clínico

Figura 37Silanização completa (Silane Porcelain Primer, Bisco, USA).

Figura 41Cimento resinoso utilizado (Choice 2, Bisco, USA).

Figura 38Adesivo hidrofóbico isento de HEMA, indicado especificamente para a aplicação na peça após silanização.

Figura 42Cimentação.

Figura 43Cimentação do adjacente. Notar a proteção do dente homólogo com uma fita tipo “durex” para evitar o contato do cimento resinoso com a região proximal.

Figura 44Remoção dos excessos de cimento com fio dental.

Figura 39Aplicação do adesivo hidrofóbico no interior da peça.

Figura 40Fotopolimerização.

restauracoes_de_ceramicas_anteriores.indd 46 19/01/12 17:15

Page 47: Odonto Magazine #12

47janeiro de 2012

Caso Clínico

Figura 45Logo após a cimentação.

Figura 47Observar a excelente integração entre as cerâmicas e o tecido periodontal circundante após uma semana.

Figura 49Antes.

Figura 46Remoção do fio retrator. Estrategicamente, o fio é removido somente no final dos procedimentos, a fim de que os excessos de cimento sejam removidos.

Figura 48Sorriso com os lábios em posição.

Figura 50Depois.

Referências1. César Jr. WA. Integrando ciência e arte com resinas com-postas: reabilitação estética anterior, aspectos químicos e análise em MEV – Microscopia Eletrônica de Varredura. Rev Dent Press Estet. 2006 abril-maio-junho; 3(2): 70-87.

2. Fradeani M, Redemagni F. An 11-Year clinical evaluation of leucite reinforced glass – ceramic crowns: a retrospective stu-dy: Quint. Int 2002, 33(7): 503-10.

3. Conceição, EN. Et al. Restaurações estéticas: compósitos, cerâmicas e implantes. Porto Alegre: Artmed, 2005.

4. Buso L, Ferreira JV. Facetas laminadas sistema Empress Es-thetic. Clínica: Int. J. Bra. Dent 2006 Julho – Setembro; 2(3): 306-14.

5. Baratieri, LN. Odontologia Restauradora: fundamentos e possibilidades. 1º ed. São Paulo: Ed Santos; 2001.

6. Kina S. Protocolo clínico para utilização de uma nova cerâ-mica vítrea reforçada por leucita. Rev Dent Press Estet. 2005 outubro-novenbro-dezembro; 2(4): 23 – 67.

7. Magne P. Belser. Restaurações adesivas de porcelana na dentição anterior: Uma abordagem biomimética. São Paulo: Quintessence; 2003.

8. Magne P, Douglass WH, Cumulative Effect of sucessive res-

torative procedure on anterior crown flexure: intact versus ve-neered incisors. Quintessence Int. 2000; 31: 5-18).

9. Araújo E. Coroas cerâmicas em dentes anteriores/sistema IPS e-max: uma nova alternativa para dentes com alteração de cor. Clínica: Int. J Bra. Dent 2006 Outubro/dezembro; 2(4): 332 – 67.

10. Peumans,M, KanumilliP, De Munck J, Van Landuyt K, Lam-brechtsP, Van Meerbeek B, Clinical Effectiveness of Contem-porary adhesives: A systematic review of a current clinical trials. Dent. Materials. 2005 Sep.; 21(9): 864-81.

11. Carvalho R.M. Et.al. Adhesive permeability affects cou-pling of resin cements that utilize self-etching primers to den-tine. Journal of Dentistry (2004) 32, 55-65.

12. Mak Y.F. Et al. Micro-tensile bond testing of resin cements to dentin and an indirect resin composite. Dent. Matrials 18(2002) 609-621.

13. Foxton R.M. Et. al. Adhesion to root canal dentine using one and two-step adhesives whith dual-cure composite core material. Journal of Oral Rehabilitation (2005) 32, 97-104.

14. Tay FR, Pashley DH, Mak YR, Carvalho RM, Lai SCN, Suh BI. Integrating oxalate desensitizer total – etch two steps adhesi-ve. J Dent Res. 82(9) 703-707, 2003.

restauracoes_de_ceramicas_anteriores.indd 47 19/01/12 17:15

Page 48: Odonto Magazine #12

48 janeiro de 2012

Caso Clínico

Danilo Maeda ReinoCirurgião-Dentista. Especialista em Periodontia. Mestre e Doutorando em Periodontia pela Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto – FORP - [email protected]

Pérola Belasques Costa PupimCirurgiã-Dentista. Especialista em Prótese, pela Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto – FORP - USP.

Lívia Alvez Corrêa MorettiCirurgiã-Dentista. Especialista em Periodontia e Mestranda em Periodontia pela Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto – FORP - USP.

Francisco Carlos Rehder NetoCirurgião-Dentista. Especialista e Mestre em Dentística Restauradora. Doutorando em Odontopediatria pela Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto – FORP - USP.

Implante imediato com Carga Imediata em dente anterior: uma solução clínica, estética e funcional

Muitas condições podem levar a perda de elementos dentários, tais como cáries, fraturas coronorradicu-lares, doença periodontal ou até mesmo iatrogenias.

Atualmente o uso de implantes osseointegráveis tornou pos-sível a reabilitação desses casos, sem a necessidade de próte-ses removíveis ou pontes fixas. No entanto, frequentemente, era necessária a instalação do implante e espera por até seis meses para que ocorresse a osseointegração do implante. Esta espera gerava insatisfação de dentistas e pacientes, mui-tas vezes diminuindo o interesse pelo tratamento.Durante o período de osseointegração, os pacientes preci-savam utilizar próteses provisórias removíveis, que geram desconforto pela falta de hábito, ou próteses fixas unidas aos dentes adjacentes, que dificultam a higienização bucal. A busca por tratamentos mais rápidos na implantodontia le-vou à evolução de biomateriais e implantes, permitindo que carga imediata fosse realizada com segurança1. Atualmente o uso de implantes imediatos com carga imediata após exo-dontia tornou-se uma prática comum na rotina clínica1. Desta maneira o elemento dentário condenado é cuidadosamente removido, em seguida é instalado o implante e prótese fixa provisória. A instalação imediata do implante dentário apresenta várias vantagens, como: redução do número de sessões clínicas, possível redução do custo e tempo de tratamento, elimina-ção do uso de prótese removível, estética e conforto ime-diato2,3. Muitas pesquisas provaram que esta modalidade de tratamento é segura quando indicada corretamente. Muitos estudos clínicos foram realizados em humanos, demonstran-do taxas de sucesso para implantes instalados em alvéolos frescos entre 93% e 100%2,4-6. O uso de implantes imediatos

com carga imediata também é capaz de favorecer a preser-vação da morfologia gengival7, otimizando a estética imedia-ta e tardia8.Desta forma, o objetivo deste relato de caso é demonstrar o tratamento realizado em dente fraturado, por meio de implan-te imediato, seguido de carga imediata.

Caso clínicoPaciente do gênero feminino, 40 anos de idade apresentava fratura do elemento 11. Embora a imagem radiográfica (figura 1) não permita a detecção da fratura, o exame clínico cons-tatou que o elemento estava unido através de resina fotopo-limerizável aos dentes adjacentes, provavelmente devido à mobilidade dentária (figura 2), além disso, verificou-se que uma fratura ampla e subgengival estavam presentes na face vestibular, após remover o fragmento (figura 3). Devido ao elemento apresentar raiz dentária curta, foi contraindicado tracionamento ortodôntico. Por ser um dente anterior foi con-traindicado o uso de aumento de coroa clínica para resolução do comprometimento da distância biológica.Em seguida foi realizada a exodontia atraumática com o uso de periótomos (figura 4). Posteriormente foi elevado um re-talho tipo envelope para facilitar a remoção do tecido granu-lomatoso oriundo da evolução da fratura. Depois de limpo o alvéolo, foi possível verificar a perda de praticamente metade da tábua óssea vestibular, causado pela fratura radicular (figu-ra 5). A sequência de brocas indicada pelo fabricante foi uti-lizada com o objetivo de ancorar o implante no osso palatino (figura 6). Após a última broca, pode-se verificar o correto po-sicionamento do implante entre a incisal e região de cíngulo do incisivo adjacente (elemento 21) (figura 7).

caso_gnatus.indd 48 20/01/12 17:39

Page 49: Odonto Magazine #12

49janeiro de 2012

Caso Clínico

Em seguida, um implante cônico cone morse de 3,5mm de diâ metro e 13mm de comprimento (Neodent - Curitiba PR) (fi-gura 8) foi instalado com uso de contra-ângulo redutor 20:1 com iluminação (Gnatus- Bien Air – Ribeirão Preto SP)(figu-ra 9). A iluminação com LED duplo oriunda do contra ângulo evita a formação de sombras, permitindo precisão e controle durante da inserção do implante ancorado na tábua óssea pa-latina. O implante foi instalado com torque de 47,8 Ncm com uso do motor Chiropro (Gnatus-Bien Air – Ribeirão Preto SP) (figura 10). O implante ficou posicionado 3mm abaixo da cris-ta óssea palatina (figura 11). Um espaço entre o implante e a face vestibular (“gap”) foi criado (figura 12). Em seguida o pila protético foi instalado (figura 13).Enxerto de tecido conjuntivo foi removido do palato duro (fi-gura 14) e suturado no retalho vestibular do alvéolo (figura 15). O “gap” foi preenchido com hidroxiapatita de origem bovina (Bioss Gestlich– São Paulo SP) (figura 16), em segui-da membrana de colágeno não reticulado (Biogide Gestlich– São Paulo SP) foi inserida em camada dupla, cobrindo todo o substituto ósseo (figura 17). Suturas foram realizadas com fio de nylon 5.0; e um cilindro provisório foi inserido sobre o pilar para captura do dente provisório (figura 19). Após ajuste oclusal e das guias, a prótese provisória foi cimentada.A paciente foi orientada a evitar a limpeza mecânica da área operada por 14 dias e foi prescrito o uso de analgésico por três dias e bochecho com clorexidina 0,12% por duas sema-nas. Foram dadas orientações sobre a manutenção da higie-ne, cuidados pós-operatórios e alimentação.

Figura 2Imagem clínica da situação clínica inicial.

Figura 3Após a remoção da coroa fragmentada. Fratura subgengival.

Figura 4Fragmentos removidos.

Figura 1Imagem radiográfica da situação clínica inicial.

Figura 5Alvéolo após remoção da raiz dentária.

caso_gnatus.indd 49 20/01/12 17:39

Page 50: Odonto Magazine #12

50 janeiro de 2012

Caso Clínico

Figura 8Implante cônico com conexão cone morse.

Figura 11Implante instalado a 3mm abaixo da crista óssea palatina.

Figura 9Contra-ângulo utilizado durante a cirurgia. Apresenta iluminação com duplo LED, evitando sombras e garantindo boa iluminação do álveolo.

Figura 12Veja o “gap” entre o implante e a tábua óssea vestibular.

Figura 10A) Imagem do motor Gnatus Bien-air Chiropro, que possibilita controle preciso de torque. B) Torque de 47.8 Ncm obtido durante a instalação do implante.

Figura 6Perfuração apoiando na tábua óssea palatina.

Figura 7Paralelômetro demonstrando o correto posicionamento do implante.

caso_gnatus.indd 50 20/01/12 17:39

Page 51: Odonto Magazine #12

51janeiro de 2012

Caso Clínico

Figura 13Pilar protético instalado.

Figura 14Enxerto de tecido conjuntivo obtido do palato duro.

Figura 15Enxerto de tecido conjuntivo suturado no retalho vestibular.

Figura 16Substituto ósseo em partículas inserido no “gap” e sobre o implante exposto.

Figura 17Membrana absorvível não reticulada aplicada em camada dupla sobre o substituto ósseo.

Figura 18Suturas realizadas.

Figura 19Teste do cilindro provisório.

Figura 20Pós-operatório imediato.

caso_gnatus.indd 51 20/01/12 17:40

Page 52: Odonto Magazine #12

52 janeiro de 2012

Caso Clínico

DiscussãoImplantes dentários têm sido utilizados como opção para a subs-tituição de elementos dentários perdidos. No entanto, este trata-mento podia levar até seis meses para que uma prótese pudesse ser instalada. Com a evolução de técnicas cirúrgicas, biomateriais, implantes e aumento do conhecimento científico na implantodon-tia, o tempo de tratamento pode ser reduzido. Assim, as próteses podem ser instaladas no mesmo momento cirúrgico, quando o elemento dentário comprometido é removido. A perda unitária de um dente provavelmente é a maior indicação para a instalação de implante imediato com carga imediata. Isto torna o tratamento atrativo aos pacientes, no entanto, ainda é uma opção de tratamento desafiadora para os dentistas9. Para aumen-tar a taxa de sucesso dessa forma de tratamento, é importante um bom planejamento, onde devem ser levadas em consideração a qualidade e quantidade de tecido gengival e tecido ósseo9. Quando reabsorção óssea severa está presente, pode não ser indicada a instalação imediata do implante, sendo necessária a reconstrução do segmento ósseo para posterior implantação. Isto permite que o futuro implante seja inserido na posição correta, possibilitando a realização de uma prótese estética e funcional, diminuindo ris-cos de acúmulo de biofilme microbiano e ocorrência de mucosite e peri-implantite.Quando a reabsorção óssea não é severa a ponto de comprome-ter a estabilidade primária do implante, é possível prosseguir com carga imediata e tratar a exposição do implante com substituto ósseo particulado e membranas10. Os resultados podem chegar a 100% de sucesso quando esta forma de tratamento é aplicada10. É importante avaliar a espessura do tecido gengival. quando ela é fina, é indicado o enxerto simultâneo de tecido conjuntivo11,12. Tecido gengival fino, assim como gengiva não queratinizada ao redor de implantes aumentam a incidência de retrações gengivais devido aos desafios microbianos e mecânicos7,13.Tão importante quanto um bom planejamento do caso é a exe-cução dos procedimentos planejados. O uso de brocas novas, instrumentais delicados, exodontia cuidadosa e um bom controle de torque e precisão no posicionamento do implante são funda-mentais para garantir sucesso do tratamento planejado. A esco-lha de bons biomateriais irá permitir a formação de tecido ósseo e gengival com qualidade, sem riscos de processos inflamatórios exacerbados ou comprometimento funcional ou estético. O uso de contra-ângulo com iluminação pode auxiliar aperfeiçoar a ins-talação de implantes imediatos, pois permite uma boa iluminação do interior do alvéolo, algo que não é obtido com contra-ângulos comuns. O uso de um motor que permita um controle preciso do torque garante confiança ao indicar carga imediata ao implante instalado, condição imprescindível para o sucesso do tratamento. O resultado de implantes imediatos unitários que recebem car-ga imediata frequentemente agrada os pacientes, pela à estética imediata similar a condição anterior ou até melhor que a mesma, devido à manutenção da fonética, conforto mastigatório e satisfa-ção ao evitar o uso de próteses removíveis14.

ConclusãoO plano de tratamento proposto permitiu a remoção do dente fra-turado, inserção segura do implante, com torque suficiente para instalar a prótese provisória com segurança, agradando a pacien-te funcionalmente e esteticamente.

Referências1. Sanctis M, Vignoletti F, Discepoli N, Munoz F, Sanz M. Imme-

diate implants at fresh extraction sockets: an experimental study in the beagle dog comparing four different implant systems. Soft tissue findings. J Clin Periodontol. 2010 Aug 1;37(8):769-76.

2. Barone A, Rispoli L, Vozza I, Quaranta A, Covani U. Immediate restoration of single implants placed immediately after tooth ex-traction. J Periodontol. 2006 Nov;77(11):1914-20.

3. Paolantonio M, Dolci M, Scarano A, d’Archivio D, di Placido G, Tumini V, et al. Immediate implantation in fresh extraction sockets. A controlled clinical and histological study in man. J Periodontol. 2001 Nov;72(11):1560-71.

4. Covani U, Crespi R, Cornelini R, Barone A. Immediate implants supporting single crown restoration: a 4-year prospective study. J Periodontol. 2004 Jul;75(7):982-8.

5. Evian CI, Emling R, Rosenberg ES, Waasdorp JA, Halpern W, Shah S, et al. Retrospective analysis of implant survival and the influence of periodontal disease and immediate placement on long-term results. Int J Oral Maxillofac Implants. 2004 May--Jun;19(3):393-8.

6. Botticelli D, Renzi A, Lindhe J, Berglundh T. Implants in fresh extraction sockets: a prospective 5-year follow-up clinical study. Clin Oral Implants Res. 2008 Dec;19(12):1226-32.

7. Kan JY, Rungcharassaeng K, Lozada J. Immediate placement and provisionalization of maxillary anterior single implants: 1-year pros-pective study. Int J Oral Maxillofac Implants. 2003 Jan-Feb;18(1):31-9.

8. Chen ST, Darby IB, Reynolds EC, Clement JG. Immediate im-plant placement postextraction without flap elevation. J Perio-dontol. 2009 Jan;80(1):163-72.

9. Ostman PO. Immediate/early loading of dental implants. Clini-cal documentation and presentation of a treatment concept. Pe-riodontol 2000. 2008;47:90-112.

10. Kan JY, Rungcharassaeng K, Sclar A, Lozada JL. Effects of the facial osseous defect morphology on gingival dynamics after im-mediate tooth replacement and guided bone regeneration: 1-year results. J Oral Maxillofac Surg. 2007 Jul;65(7 Suppl 1):13-9.

11. Kan JY, Rungcharassaeng K, Lozada JL. Bilaminar subepithe-lial connective tissue grafts for immediate implant placement and provisionalization in the esthetic zone. J Calif Dent Assoc. 2005 Nov;33(11):865-71.

12. Kan JY, Rungcharassaeng K, Morimoto T, Lozada J. Facial gin-gival tissue stability after connective tissue graft with single im-mediate tooth replacement in the esthetic zone: consecutive case report. J Oral Maxillofac Surg. 2009 Nov;67(11 Suppl):40-8.

13. Bengazi F, Wennstrom JL, Lekholm U. Recession of the soft tissue margin at oral implants. A 2-year longitudinal prospective study. Clin Oral Implants Res. 1996 Dec;7(4):303-10.

14. Vermylen K, Collaert B, Linden U, Bjorn AL, De Bruyn H. Patient satisfaction and quality of single-tooth restorations. Clin Oral Im-plants Res. 2003 Feb;14(1):119-24.

Atendimento(12) 3944-1126(12) 3944-4556

[email protected]

Expo Center NorteAvenida H c/ Rua 6000

Diversos Cursos e Hands onEPMO no Stand CVDentusTema: Odontologia minimamente invasiva Coordenação Prof ª Dr ª Isabel Tumenas

Instrumentais de Diamante Bactericida

Revestido com Diamante Bactericida DLC

Não Adere em Materiais Restauradores

Fácil Limpeza

Super Leve

Mínimo Coeficiente de Atrito

Excelente Custo Benefício

Instrumentais Black Diamond Pontas de Alta Rotação Infinity

Alta Durabilidade

Excelente Poder de Corte

Diversos Modelos

Dimensão Constante

Excelente Custo Benefício

Pontas de Alta Rotação

LANÇAMENTOS

CONVITEReconhecida por desenvolver produtos de Alta Performance, a CVDentus amplia sua linha de Diamantes aplicados à Odontologia, e convida a todos para o lançamento no CIOSP 2012.

caso_gnatus.indd 52 20/01/12 17:40

Page 53: Odonto Magazine #12

Atendimento(12) 3944-1126(12) 3944-4556

[email protected]

Expo Center NorteAvenida H c/ Rua 6000

Diversos Cursos e Hands onEPMO no Stand CVDentusTema: Odontologia minimamente invasiva Coordenação Prof ª Dr ª Isabel Tumenas

Instrumentais de Diamante Bactericida

Revestido com Diamante Bactericida DLC

Não Adere em Materiais Restauradores

Fácil Limpeza

Super Leve

Mínimo Coeficiente de Atrito

Excelente Custo Benefício

Instrumentais Black Diamond Pontas de Alta Rotação Infinity

Alta Durabilidade

Excelente Poder de Corte

Diversos Modelos

Dimensão Constante

Excelente Custo Benefício

Pontas de Alta Rotação

LANÇAMENTOS

CONVITEReconhecida por desenvolver produtos de Alta Performance, a CVDentus amplia sua linha de Diamantes aplicados à Odontologia, e convida a todos para o lançamento no CIOSP 2012.

Atendimento(12) 3944-1126(12) 3944-4556

[email protected]

Expo Center NorteAvenida H c/ Rua 6000

Diversos Cursos e Hands onEPMO no Stand CVDentusTema: Odontologia minimamente invasiva Coordenação Prof ª Dr ª Isabel Tumenas

Instrumentais de Diamante Bactericida

Revestido com Diamante Bactericida DLC

Não Adere em Materiais Restauradores

Fácil Limpeza

Super Leve

Mínimo Coeficiente de Atrito

Excelente Custo Benefício

Instrumentais Black Diamond Pontas de Alta Rotação Infinity

Alta Durabilidade

Excelente Poder de Corte

Diversos Modelos

Dimensão Constante

Excelente Custo Benefício

Pontas de Alta Rotação

LANÇAMENTOS

CONVITEReconhecida por desenvolver produtos de Alta Performance, a CVDentus amplia sua linha de Diamantes aplicados à Odontologia, e convida a todos para o lançamento no CIOSP 2012.

Atendimento(12) 3944-1126(12) 3944-4556

[email protected]

Expo Center NorteAvenida H c/ Rua 6000

Diversos Cursos e Hands onEPMO no Stand CVDentusTema: Odontologia minimamente invasiva Coordenação Prof ª Dr ª Isabel Tumenas

Instrumentais de Diamante Bactericida

Revestido com Diamante Bactericida DLC

Não Adere em Materiais Restauradores

Fácil Limpeza

Super Leve

Mínimo Coeficiente de Atrito

Excelente Custo Benefício

Instrumentais Black Diamond Pontas de Alta Rotação Infinity

Alta Durabilidade

Excelente Poder de Corte

Diversos Modelos

Dimensão Constante

Excelente Custo Benefício

Pontas de Alta Rotação

LANÇAMENTOS

CONVITEReconhecida por desenvolver produtos de Alta Performance, a CVDentus amplia sua linha de Diamantes aplicados à Odontologia, e convida a todos para o lançamento no CIOSP 2012.

Atendimento(12) 3944-1126(12) 3944-4556

[email protected]

Expo Center NorteAvenida H c/ Rua 6000

Diversos Cursos e Hands onEPMO no Stand CVDentusTema: Odontologia minimamente invasiva Coordenação Prof ª Dr ª Isabel Tumenas

Instrumentais de Diamante Bactericida

Revestido com Diamante Bactericida DLC

Não Adere em Materiais Restauradores

Fácil Limpeza

Super Leve

Mínimo Coeficiente de Atrito

Excelente Custo Benefício

Instrumentais Black Diamond Pontas de Alta Rotação Infinity

Alta Durabilidade

Excelente Poder de Corte

Diversos Modelos

Dimensão Constante

Excelente Custo Benefício

Pontas de Alta Rotação

LANÇAMENTOS

CONVITEReconhecida por desenvolver produtos de Alta Performance, a CVDentus amplia sua linha de Diamantes aplicados à Odontologia, e convida a todos para o lançamento no CIOSP 2012.

Atendimento(12) 3944-1126(12) 3944-4556

[email protected]

Expo Center NorteAvenida H c/ Rua 6000

Diversos Cursos e Hands onEPMO no Stand CVDentusTema: Odontologia minimamente invasiva Coordenação Prof ª Dr ª Isabel Tumenas

Instrumentais de Diamante Bactericida

Revestido com Diamante Bactericida DLC

Não Adere em Materiais Restauradores

Fácil Limpeza

Super Leve

Mínimo Coeficiente de Atrito

Excelente Custo Benefício

Instrumentais Black Diamond Pontas de Alta Rotação Infinity

Alta Durabilidade

Excelente Poder de Corte

Diversos Modelos

Dimensão Constante

Excelente Custo Benefício

Pontas de Alta Rotação

LANÇAMENTOS

CONVITEReconhecida por desenvolver produtos de Alta Performance, a CVDentus amplia sua linha de Diamantes aplicados à Odontologia, e convida a todos para o lançamento no CIOSP 2012.

caso_gnatus.indd 53 20/01/12 17:40

Page 54: Odonto Magazine #12

54 janeiro de 2012

Caso Clínico

Fábio BezerraDiretor Clínico e Científico do Instituto Nacional de Experimentos e Pesquisas Odontológicas, São Paulo, [email protected]

Roberto Sales e PessoaEspecialista em Periodontia pela ABO/EAP – UD. Mestre em Reabilitação Oral pela FOUFU. Doutor em Periodontia/Implantodontia pela FOAr/UNESP. Research Fellow – BMGO – Division of Biomechanics and Engeneering Design – KULeuven – Bélgica.

Leandro LeãoEspecialista em Implantodontia pelo Instituto Nacional de Experimentos e Pesquisas Odontológicas, São Paulo, Brasil.

Fernando PastorMestre em Implantodontia - Unesp, Araçatuba, São Paulo, Brasil.

A importância da macrogeometria dos implantes para estética peri-implantar

Nos últimos anos, as evoluções clínicas e tecnológicas experimentadas pelas ciências médicas encontram-se sem precedentes. O grande número de pesquisas rea-

lizadas e a globalização das informações em tempo real cul-minaram no desenvolvimento de recursos que acresceram as possibilidades de solução a questões até então irresolúveis. A Odontologia, não obstante, há muito vêm incrementando seu conhecimento, melhorando técnicas e desenvolvendo mate-riais com o objetivo de reconstruir estruturas bucais perdidas. A demonstração da osseointegrabilidade do titânio por Schro-eder, na década de 1970, e o sucesso de sua utilização clínica reportado por Branemark, revolucionou o tratamento de áre-as edêntulas por implantes1,2. Desde então, a previsibilidade do método tem encorajado os cirurgiões a ultrapassarem os limites do protocolo inicialmente preconizado, no qual apenas edentados totais eram reabilitados. Implantes dentais são co-mumente usados para reter e/ou suportar próteses em varia-dos cenários de perdas. O protocolo convencional de instalação de implantes osseoin-tegráveis tem três fases. Na primeira, o elemento dental con-denado é extraído e a área de alvéolo passa por um período de reparação que varia de três a seis meses3. Depois, o implan-te é instalado no sítio edentado e permanece submergido na mucosa hermeticamente suturada por três a seis meses, sem qualquer solicitação funcional. Finalmente, o implante é expos-to cirurgicamente, um componente intermediário é colocado e uma restauração é confeccionada sobre o intermediário. Muitos fatores estão envolvidos no alcance da osseointegra-ção. Estes incluem a composição do metal, geometria ade-quada do implante, ausência de superaquecimento durante o preparo do sítio ósseo, qualidade óssea adequada e ausência de carga durante o período de reparação4. O conceito tradicio-nal de reparação sem distúrbios tem provado ser longitudinal-mente bem sucedido5-7.

Nas últimas décadas, resultados promissores têm sido tam-bém observados quando implantes não submergidos são submetidos a cargas imediatas funcionais9-10. Implantes com carga imediata e precoce têm sido amplamente utilizados na tentativa de minimizar o tempo de espera pela reabilitação de elementos dentais perdidos11. Do ponto de vista clínico, o car-regamento imediato de implantes oferece muitos benefícios, pois a estética e a função são imediatamente restauradas. Em algumas situações, este protocolo é associado à instalação imediata de implantes em alvéolos de extração, reduzindo o número de procedimentos cirúrgicos e otimizando os resulta-dos estéticos12. Neste sentido, o protocolo de implante ime-diato com carga imediata tem sido apresentado como uma alternativa mais alinhada às expectativas dos pacientes.Entretanto, independe se o implante é colocado em função posteriormente a um período de reparação sem cargas, ou imediatamente após a instalação, a previsibilidade e o suces-so ao longo prazo do tratamento é altamente influenciado pelo ambiente biomecânico ao qual o implante está exposto. Em implantes em fase de reparação, relacionados aos protocolos com carga imediata, o requerimento principal é controlar a movimentação relativa na interface entre o implante e o osso. Micromovimentos que excedam 150 µm podem induzir a for-mação de tecido conjuntivo fibroso em detrimento à desejável reparação óssea13-15. Uma dificuldade adicional, considerando implantes instalados em alvéolos de extração, é o inevitável defeito ósseo na região marginal16. Este defeito aumenta con-sideravelmente a proporção coroa/implante e, teoricamente, leva a maiores tendências ao deslocamento do implante17. No caso de implantes com a osseointegração estabelecida, o ín-timo contato na interface permite que cargas aplicadas sobre as próteses implantossuportadas sejam transmitidas diretamente ao osso adjacente. A concentração de microdeformações pode exceder os limites de tolerância do osso, causar o acúmulo de

caso_peri.indd 54 20/01/12 17:44

Page 55: Odonto Magazine #12

55janeiro de 2012

Caso Clínico

de microdanos e induzir perda óssea marginal, mesmo sem a presença de biofilme bucal35. As características do módulo da crista e conexão protética dos implantes são reconheci-das por influenciar este processo37,38.

Platform SwitchingConsiderando a importância da preservação da altura da crista óssea para os resultados estéticos finais do tratamento, a uti-lização de componentes protéticos de menor diâmetro que a plataforma do implante foi introduzida na prática clínica como tentativa de redução ou eliminação da perda óssea peri-im-plantar marginal39,40. Como sustentação biológica para a cha-mada “platform-switching”, Lazzara e Porter40 sugeriram que o posicionamento horizontal da interface implante-abutment mais distante do osso exporia maior área da superfície do im-plante, no qual o tecido conjuntivo poderia aderir, e afastaria da crista óssea a contaminação bacteriana do gap, reduzindo a tendência à reabsorção óssea peri-implantar marginal. Os au-tores observaram, radiograficamente, que muitos implantes restaurados com abutments em platform-switching exibiram uma perda óssea na crista marginal reduzida ou ausente40. Da mesma forma, Guirado et al41. reportaram uma perda óssea marginal média de 0,7 mm para um novo design de implante que incorporava o conceito de platform switching. Também Capiello et al.42, em um estudo prospectivo, mostraram uma perda óssea significantemente menor para implantes com patform-switching (média, 0.95 ± 0.32 mm), comparados com implantes restaurados com abutments do mesmo diâmetro da plataforma do implante (média, 1.67 ± 0.37 mm), após 12 meses de carga. Como consequência, a platform-switching tem sido indicada como uma modalidade de tratamento válida na manutenção dos tecidos peri-implantares moles e duros, não apenas para implantes de dois estágios, como também nos protocolos de implantes imediatos com carga imediata41-43. Além disso, uma motivação biomecânica para o uso de abutments mais estrei-tos pode ser observada em diferentes estudos44, 45. O designer em platform-switching afasta a concentração de tensões da margem óssea peri-implantar, reduzindo seu efeito na reab-sorção óssea marginal.

microdanos e induzir a reabsorção óssea18-20. Sob certas circuns-tâncias, este carregamento oclusal excessivo pode causar a fa-lência da ossoeintegração e a perda do implante21,22. Mesmo que não progressivas, pequenas reabsorções ósseas nas faces vestibular e proximais dos implantes podem levar a recessões e ausência de papila, criando uma situação estética desfavorável23,24. Neste sentido, o nível do osso de suporte é um dos fatores mais importantes na determinação da posição dos tecidos moles peri-implantares e, consequentemente, na manutenção da harmonia estética peri-implantar, devendo assim ser preservado. Considerando os altos índices de sucesso dos diferentes pro-tocolos de uso dos implantes dentais, um aumento significa-tivo da demanda estética, por parte dos pacientes, tem sido observado. Desta forma, os designes de implantes devem não apenas ser bem integrados com o osso para permitir função, mas também proporcionar estética longitudinal.Muitos fatores são reconhecidos por influenciar o ambiente biomecânico ao qual os implantes estão expostos, como a qualidade óssea na área de implantação, a natureza da inter-face osso-implante, as propriedades dos materiais de implan-tes e próteses, o tipo de rugosidade superficial dos implantes, condições oclusais (i.e., magnitude, direção e frequência das cargas) e, principalmente, o macrodesigner do implante. As forças mastigatórias agindo nos implantes podem resultar em tensões indesejáveis que causam defeitos ósseos, desar-monia estética, falhas mecânicas e, eventualmente, falência da osseointegração. O tempo de espera para a uma nova ten-tativa de reabilitação pode ir de meses a anos, os custos do tratamento aumentam de forma significativa e, principalmen-te, a melhoria na qualidade de vida do paciente com a restau-ração da estética bucal e da função mastigatória fica adiada, dificultada ou mesmo inviabilizada. As falhas de um tratamen-to por implantes, quaisquer que sejam o estágio ou motivo, implicam em um conjunto de frustrações e desapontamentos para ambos, o paciente e o clínico, sendo essencial, portanto, a criação de estratégias para entendê-las e preveni-las.A evolução dos sistemas de implantes tem sido por meio de avanços incrementais nas dimensões, formas, materiais e su-perfície de novos designes. Parte dos esforços tem sido tam-bém direcionada para otimização da macrogeometria, de for-ma a manter os níveis benéficos de tensão em uma variedade de cenários de carregamento. Entretanto, estas mudanças, têm sido impelidas ao mercado de forma mais significativa pelas demandas de marketing que por pesquisas científicas básicas.Muitos estudos têm sido realizados para explicar as mu-danças na altura da crista óssea. Alguns autores atribuem a perda óssea à formação da distância biológica adjacente ao implante27. Ou seja, uma determinada espessura de muco-sa é necessária para a proteção da osseointegração. Desta forma, uma maior reabsorção óssea tende a ser encontra-da em sítios onde a espessura da mucosa não é suficien-te. Além disso, muitos autores têm demonstrado que o gap entre o implante e o componente protético está associado à contaminação bacteriana que determina a formação de um infiltrado inflamatório crônico peri-implantar, e, conse-quentemente, a reabsorção óssea na crista28-31. Além disso, aspectos biomecânicos da reabsorção óssea marginal têm sido investigados32-36. A concentração de tensões/deforma-ções devido aos carregamentos dinâmicos excessivos, pode exceder os limites de tolerância do osso, causar um acúmulo

Figura 1Caso clínico inicial demonstrando o desequilíbrio estético causado pela ausência do incisivo lateral esquerdo, restaurações insatisfatórias e contorno periodontal inadequado.

caso_peri.indd 55 20/01/12 17:44

Page 56: Odonto Magazine #12

56 janeiro de 2012

Caso Clínico

gração é multifatorial, sendo que alguns fatores relacionados aos implantes têm demonstrado serem importantes, como o tratamento de superfície, alterações macrogeométricas, tipo de conexão protética, platform switching, selamento marginal e a macrogeometria do implante. Clinicamente, o desafio se encontra na identificação dos fato-res de risco estéticos e funcionais de cada caso tratado, sendo que, quanto maior for a complexidade do caso, mais crítico será o conhecimento dos limites biológicos e biomecânicos a serem vencidos, sempre em busca da previsibilidade de resul-tados e manutenção da excelência alcançada por períodos lon-gos de tempo.

Referências1. Schroeder A, Pohler O, Sutter F. Tissue response to titanium plasma-sprayed hollow cylinder implants (German). Monthly Swiss Dental Journal (German) 1976;86:713-727.

Considerações finaisOs implantes osseointegráveis têm sido utilizados para rea-bilitação de pacientes nas últimas décadas com índices cres-centes de sucesso clínico e evidenciação científica, impactan-do positivamente na qualidade de vida de pacientes, do ponto de vista social, funcional e estético. Dentro desta realidade, o conhecimento aprofundado da biomecânica e biologia peri-implantar possibilitou a utilização de novos conceitos e tec-nologias para preservação do nível ósseo ao redor dos im-plantes, aumentando assim, o prognóstico de sucesso clínico, sobretudo, em casos de alta demanda estética ou funcional. Como em todos os procedimentos realizados em Implanto-dontia, a decisão clínica baseada em evidências científicas que demonstrem efetivamente o benefício para os pacientes deverá nortear a terapia utilizada no dia a dia da reabilitação oral com implantes. Com este intuito, existe uma convergên-cia de opiniões de que o sucesso clínico utilizando a osseointe-

Figura 2Remoção das próteses antigas, demonstrando a presença de núcleos metálicos fundidos nos incisivos centrais.

Figura 4Prova clínica do abutment de zircônia e adaptação dos copings de zircônia sobre os núcleos metálicos.

Figura 3Detalhe para o abutment e sobre-núcleos de zircônia.

caso_peri.indd 56 20/01/12 17:44

Page 57: Odonto Magazine #12

57janeiro de 2012

Caso Clínico

10. Esposito M, Grusovin MG, Willings M, Coulthard P, Worthing-ton HV. Interventions for replacing missing teeth: different times for loading dental implants. Cochrane Data- base Syst Rev 2007; 2:CD003878.

11. Gapski R, Wang HL, Mascarenhas P, Lang NP. Critical review of immediate implant loading. Clin Oral Implants Res 2003;14:515–527.

12. Esposito MA, Koukoulopoulou A, Coulthard P, Worthington HV. Interventions for replacing missing teeth: dental implants in fresh extraction sockets (immediate, immediate-delayed and de-layed implants). Cochrane Database Syst Rev 2006;4:CD005968.

13. Søballe K, Brockstedt-Rasmussen H, Hansen ES, Bünger C. Hydroxyapatite coating modifies implant membrane formation. Controlled micromotion studied in dogs. Acta Orthop Scand 1992;63:128–140.

14. Brunski JB. Biomechanical factors affecting the bone-dental implant interface. Clin Mater 1992;10:153–201.

15. Geris L, Andreykiv A, Van Oosterwyck H, Vander Sloten J, van Keulen F, Duyck J, Naert I. Numerical simulation of tissue diffe-rentiation around loaded titanium implants in a bone chamber. J Biomech 2004;37:763–769.

16. Nemcovsky CE, Artzi Z, Moses O, Gelernter I. Healing of margi-nal defects at implants placed in fresh extraction sockets or after 4–6 weeks of healing. A comparative study. Clin Oral Implants Res 2002;13:410–419.

17. Akkocaoglu M, Uysal S, Tekdemir I, Akca K, Cehreli MC. Implant design and intraosseous stability of immediately placed implants: a human cadaver study. Clin Oral Implants Res 2005;16:202-209.

2. Brånemark PI, Adell R, Breine U, Hansson BO, Lindstrom J, Ohlsson A. Intra-osseous anchorage of dental prostheses. I. Experimental studies. Scand J Plast Surg 1969;3:81-100.

3. Boyne PJ. Osseous repair of the postextraction alveolus in man. Oral Surg Oral Med Oral Pathol 1966;21:805–813.

4. Albrektsson T, Brånemark P-I, Hansson HA, Lindstrom J. Osseointegrated titanium implants: Requirements for ensu-ring a long-lasting direct bone-to-implant anchorage in man. Acta Orthop Scand 1981;52:155–170.

5. Adell R, Lekholm U, Rockler B, Branemark PI. A 15-year stu-dy of osseointegrated implants in the treatment of the edentu-lous jaw. Int J Oral Surg 1981;10:387-416.

6. Ferrigno N, Laureti M, Fanali S, Grippaudo G. A long-term follow-up study of non-submerged ITI implants in the tre-atment of totally edentulous jaws. Part I: ten-year life table analysis of a prospective multicenter study with 1286 im-plants. Clin Oral Implants Res 2002;13:260-73.

7. Romeo E, Chiapasco M, Ghisolfi M, Vogel G. Long-term clinical effectiveness of oral implants in the treatment of partial edentu-lism. Seven-year life table analysis of a prospective study with ITI dental implants system used for single-tooth restorations. Clin Oral Implants Res 2002;13:133-43.

8. Gapski R, Wang HL, Mascarenhas P, Lang NP. Critical review of immediate implant loading. Clin Oral Implants Res 2003; 14:515–527.

9. Ioannidou E, Doufexi A. Does loading time affect implant sur-vival? A meta-analysis of 1,266 implants. J Periodontol 2005; 8:1252–1258.

Figura 5Caso clínico finalizado.

caso_peri.indd 57 20/01/12 17:44

Page 58: Odonto Magazine #12

58 janeiro de 2012

Caso Clínico

18. Duyck J, Ronald HJ, Van Oosterwyck H, Naert I, Vander Sloten J, Ellingsen JE. The influence of static an dynamic loadinf on mar-ginal bone reactions around osseointegrated implants: an animal experimental study. Clin Oral Implants Res 2001;12:207-218.

19. Misch CE, Suzuki JB, Misch-Dietsh FM, Bidez MW. A positive correlation between occlusal trauma and peri-implant bone loss: literature support. Implant Dent 2005;14:108-16.

20. Frost HM. Perspectives: bone’s mechanical usage windows. Bone Miner 1992;19:257–271.

21. Isidor F. Loss of osseointegration caused by occlusal load of oral implants. A clinical and radiographic study in monkeys. Clin Oral Implants Res 1996;7:143–152.

22. Isidor F. Histological evaluation of periimplant bone at implants subjected to occlusal overload or plaque accumulation. Clin Oral Implants Res 1997;8:1–9.

23. Bengazi F, Wennstrom J, Lekholm U. Recession of the soft tissue margin at oral implants. A 2-year longitudinal prospective study. Clin Oral Implant Res 1996;7:303–310.

24. Tarnow DP, Magner AW, Fletcher P. The effect of the distance from the contact point to the crest of bone on the presence or ab-sence of the interproximal papilla. J Periodontol 1992;63:995-996.

25. Chang M, Wennström JL, Ödman P, Andersson B. Implant su-pported single-tooth replacements compared to contralateral na-tural teeth. Crown and soft tissue dimensions. Clin Oral Impl Res 1999;10:185-194.

26. El Askary AS. Multifaceted aspects of implant esthetics: The anterior maxilla. Implant Dent 2001;10:182-191.

27.Berglundh T, Lindhe J. Dimension of the periimplant mucosa: Biological width revised. J Clin Periodontol 1996;23:971-973.

28. Hermann JS, Buser D, Schenk RK, Cochran DL. Crestal bone changes around titanium implants. A histometric evaluation of unloaded nonsubmerged and submerged implants in the canine mandible. J Periodontol 2000;71:1412–1424.

29. Hermann JS, Cochran DS, Nummikoski PV, Buser D, Schenk RK, Cochran DL. Crestal bone changes around titanium implants: a radiographic evaluation unloaded submerged and nonsubmer-ged and submerged implants in the canine mandible. J Periodon-tol 1997;68:1117-1130.

30. Hermann JS, Schoolfield JD, Nummikoski PV, Buser D, Schenk RK; Cochran DL. Crestal bone changes around titanium implants. A methodological study comparing linear radiographic versus histometric measurements. Int J Oral Maxillofac Implants 2001;16:475-85.

31. King GN, Hermann JS, Schoolfield JD, Buser D; Cochran DL. Influence of the size of the microgap on crestal bone levels in non--submerged dental implants: a radiographic study in the canine mandible. J Periodontol 2002:73,1111–1117.

32. Oh TJ, Yoon JK, Mish CE, Wang HL. The causes of early im-plant bone loss: Myth or science? J Periodontol 2002;73:322-333.

33. Tawil G. Peri-implant bone loss caused by occlusal overlo-ad: repair of the peri-implant defect following correction of the traumatic occlusion. A case report. Int J Oral Maxillofac Implants 2008;23:153-7.

34. Duyck J, Ronald HJ, Van Oosterwyck H, Naert I, Vander Sloten J, Ellingsen JE. The influence of static an dynamic loa-ding on marginal bone reactions around osseointegrated im-plants: an animal experimental study. Clin Oral Implants Res 2001;12: 207-218.

35. Schwarz F, Herten M, Bieling K, Becker J. Crestal bone chan-ges at non-submerged implants (Camlog) with different machi-ned collar lengths. A histomorphometrical pilot study in dogs. Int J Oral and Maxillofac Implants 2007;(in press).

36. Zechner W, Trinkl N, Watzak G, Busenlechner D, Tepper G, Haas R, Watzek G. Radiologic follow-up of periimplant bone loss around machine-surfaced and rough-surfaced interforaminal im-plants in the mandible functionally loaded for 3 to 7 years. Int J Oral Maxillofac Implants 2004;19:216–221.

37. Shin YK, Han CH, Heo SJ, Kim S, Chun HJ. Radiographic eva-luation of marginal bone level around implants with different neck designs after 1 year. Int J Oral Maxillofac Implants 2006;20:789-794.

38. Palmer RM, Palmer PJ, Smith BJ. A 5-year prospective study of Astra single tooth implants. Clin Oral Implants Res 2000;11:179–182.

39. Gardner DM. Platform switching as a means to achieving im-plant esthetics. NY State Dent J 2005;71:34-37.

40. Lazzara RJ, Porter SS. Platform switching: A new concept in implant dentistry for controlling postrestorative crestal bone le-vels. Int J Periodontics Restorative Dent 2006;26:9–17.

41. Guirado JLC, Yuguero MRS, Zamora GP, Barrio EM. Immediate Provisionalization on a New Implant Design for Esthetic Restora-tion and Preserving Crestal Bone. Implant Dent 2007;16:155–164.

42. Cappiello M, Luongo R, Di Iorion D, Bugea C, Cochotto R, Celletti R. Evaluation of peri-implant bone loss around platform-switched implants. Int J Periodontics Restorative Dent 2008;28:347-355.

43. Canullo L, Rasperini G. Preservation of Peri-implant Soft and Hard Tissues Using Platform Switching of Implants Placed in Immediate Extraction Sockets: A Proof-of-concept Study with 12- to 36-month Follow-up. Int J Oral Maxillofac Implants 2007;22:995–1000.

44. Maeda Y, Miura J, Taki I, Sogo M. Biomechanical analysis on platform switching: is there any biomechanical rationale? Clin Oral Implants Res 2007;18:581-4.

45. Pessoa RS, Vaz LG, Marcantonio Jr E, Vander Sloten J, Duyck J, Jaecques SVN. Biomechanical evaluation of platform switching in different implant protocols – CT based 3D finite element analysis. Int J Oral Maxillofac 2010 Sep-Oct;25(5):911-9.

Categorias Empresa

Página Inicial

ProdutosAutoclave

www.brasodonto.com.br - [email protected] - (19) 3833-4413

www.brasodonto.com.br - [email protected] - (19) 3833-4413

FocoLavadorasMochosNegatoscopioSeladoraUltrassomUltrassom Com JatoDe Bicarbonato

E-mail:

Newsletter

Salvar

email: [email protected]

VISITE NOSSO SITE E TENHA A CERTEZA DE OBTER O MELHOR CUSTO X BENEFÍCIO PARA O SEU CONSULTÓRIO

Olá, VisitanteFaça seu login ou cadastre-se Televendas: (19) 3833-4413 Chat

Autoclave Bioex Digital 12L 220v

de: R$ 2.373,75

ou 10x de R$ 189,90 sem juros no cartão

por: R$ 1.899,00

Autoclave Bioex Analogica12 L 220v

de: R$ 2.250,00

ou 10x de R$ 180,90 sem juros no cartão

por: R$ 1.800,00

Foco Clinico GinecologicoBioex Bivolt

de: R$ 550,00

ou 10x de R$ 44,00sem juros no cartão

por: R$ 440,00

Negatoscopio Bioex Bivolt

de: R$ 248,75

ou 10x de R$ 19,90 sem juros no cartão

por: R$ 199,00de: R$ 1.187,50

ou 10x de R$ 95,00sem juros no cartão

por: R$ 950,00

Ultrassom Bioex Sonic Jet

de: R$ 1.687,50

ou 10x de R$ 135,00sem juros no cartão

por: R$ 1.350,00

Ultrassom Bioex Sonic

Lavadora - 1440 DSeladora Thermo Only

SealingMocho A Gas

Consultar Consultar Consultar

bioex.pdf 1 20/01/12 17:43

caso_peri.indd 58 20/01/12 17:44

Page 59: Odonto Magazine #12

Categorias Empresa

Página Inicial

ProdutosAutoclave

www.brasodonto.com.br - [email protected] - (19) 3833-4413

www.brasodonto.com.br - [email protected] - (19) 3833-4413

FocoLavadorasMochosNegatoscopioSeladoraUltrassomUltrassom Com JatoDe Bicarbonato

E-mail:

Newsletter

Salvar

email: [email protected]

VISITE NOSSO SITE E TENHA A CERTEZA DE OBTER O MELHOR CUSTO X BENEFÍCIO PARA O SEU CONSULTÓRIO

Olá, VisitanteFaça seu login ou cadastre-se Televendas: (19) 3833-4413 Chat

Autoclave Bioex Digital 12L 220v

de: R$ 2.373,75

ou 10x de R$ 189,90 sem juros no cartão

por: R$ 1.899,00

Autoclave Bioex Analogica12 L 220v

de: R$ 2.250,00

ou 10x de R$ 180,90 sem juros no cartão

por: R$ 1.800,00

Foco Clinico GinecologicoBioex Bivolt

de: R$ 550,00

ou 10x de R$ 44,00sem juros no cartão

por: R$ 440,00

Negatoscopio Bioex Bivolt

de: R$ 248,75

ou 10x de R$ 19,90 sem juros no cartão

por: R$ 199,00de: R$ 1.187,50

ou 10x de R$ 95,00sem juros no cartão

por: R$ 950,00

Ultrassom Bioex Sonic Jet

de: R$ 1.687,50

ou 10x de R$ 135,00sem juros no cartão

por: R$ 1.350,00

Ultrassom Bioex Sonic

Lavadora - 1440 DSeladora Thermo Only

SealingMocho A Gas

Consultar Consultar Consultar

bioex.pdf 1 20/01/12 17:43

caso_peri.indd 59 20/01/12 17:44

Page 60: Odonto Magazine #12

60 janeiro de 2012

Caso Clínico

Gustavo Diniz GrecoDoutor em Odontologia, Clínica Odontológica – UFMG. Mestre e Especialista em Prótese Dentária. Coordenador do Curso de Especialização em Prótese Dentária ABO - Sete Lagoas. Professor de Prótese Dentária e Dentística Restauradora da Faculdade de Odontologia FEAD - MG.

Emilly Carolinni Sampaio GaliassiGraduanda pela Faculdade de Odontologia FEAD - [email protected]

Cosmética para harmonização de hipoplasia em esmalte dentário

As lesões de esmalte dentário se dividem em hipoplasia, amelogênese imperfeita (hipoplásica, hipocalcificada e hipomaturada), fluorose (branda e grave), mancha

branca e mancha de tetraciclina. As hipoplasias se caracte-rizam por um ponto ou uma linha horizontal com superfície rugosa à sondagem1.A hipoplasia de esmalte é uma formação incompleta ou defi-ciente de matriz orgânica do esmalte. São lesões clinicamente caracterizadas por manchas esbranquiçadas, rugosas, sulcos e ranhuras dentre outras alterações estruturais. Podem ser lo-cais ou generalizadas, acometer um ou vários dentes e podem ser causadas por fatores hereditários ou ambientais. Estas le-sões comprometem a estética por apresentarem coloração diferente da do esmalte dentário2.Portanto, este trabalho apresenta um relato de caso clínico em que uma hipoplasia acometeu apenas um elemento dental, o incisivo central superior direito, apresentando características específicas de uma lesão hipoplásica de esmalte: lesão de limites bem definidos, localizado no terço incisal, opacidade branca com centro amarelado de aspecto rugoso. Para obter uma harmonia estética sem a necessidade de procedimentos invasivos, com o menor custo biológico possível, foi realizada uma adaptação na técnica de clareamento imediato, preser-vando a área da hipoplasia e uma restauração direta em resi-na composta.

Referencial teóricoA estrutura mais mineralizada do tecido dentário é o esmalte, composto por aproximadamente 96% de substâncias mine-rais e 4% de matéria orgânica e água. Cristais de carbonato de hidroxiapatita fazem parte desta estrutura. Com a dissolução desses cristais, ocorre uma desmineralização, desenvolvendo o processo de cárie. Os processos iniciais do desenvolvimen-to da cárie e das lesões de mancha branca são caracteriza-

dos por uma estrutura intacta da superfície do esmalte e uma desmineralização de camadas mais profundas. Isto pode ser visualizado clinicamente pela descoloração desta estrutura3.As lesões de mancha branca apresentam a ultraestrutura de esmalte afetada, devido à dissolução dos cristais de carbo-nato de hidroxiapatita, por consequência de uma redução do módulo de elasticidade, o que mantém a microestrutura do esmalte intacta4.As lesões de mancha branca têm aspectos característicos por apresentarem maior porosidade do esmalte, devido a perda de minerais, apesar de uma aparência intacta da superfície5.Os defeitos do esmalte, de acordo com as características clíni-cas, estão apresentados no quadro 1.A espessura vestíbulo lingual do dente é o que determina a translucidez do esmalte. A capacidade de transmissão de luz do esmalte é influenciada pelo efeito da desidratação da área de lesão de mancha branca. Por isso é observado o aspecto de rugosidade6.Após a remineralização ou restauração não invasiva, muitas lesões de mancha branca continuam visíveis clínica e radio-graficamente, isso por causa da mudança ocorrida no corpo da lesão que altera a transmissão de luz e de radiopacidade, mantendo o interior da lesão mais opaco7.Autores investigaram in vitro, in situ e in vivo a eficácia da restauração de resina composta para mascarar as lesões de mancha branca5,8,9. Notou-se um resultado satisfatório clini-camente, mas não foi possível torná-las invisíveis, devido ao processo de desmineralização e remineralização. Técnicas restauradoras diretas podem ser utilizadas em um dente comprometido por uma alteração de esmalte para pro-porcionar um tratamento conservador estético e funcional, em apenas uma única sessão10.Existem vários tipos de tratamento que podem ser utilizados, desde clareamento, microabrasão, restaurações estéticas

caso_estetica.indd 60 19/01/12 17:16

Page 61: Odonto Magazine #12

61janeiro de 2012

Caso Clínico

conservadoras, facetas e coroas estéticas11.Para harmonizar as lesões de mancha branca, as restaurações de resina composta apresentam-se efetivas, de modo que as resinas de baixa viscosidade mostram menores alterações de cor entre todas as disponíveis no mercado 12.Uma análise crítica e um melhor entendimento nos processos de evolução, quantificação e das propriedades envolvidas na formação das lesões de mancha branca podem proporcionar melhores condições de tratamento13.Segundo Souza e colaboradores2, a utilização de resinas com-postas para reabilitação estética de dentes anteriores hipoplá-sicos possibilitou a reprodução do policromatismo do dente natural, bem como suas características de “camadas extratifi-cadas”. Isto se deve ao fato da utilização de resina para denti-na com maior opacidade, que teve como objetivo mascarar as porções de estrutura dentinária esbranquiçadas remanescen-tes, associada com uma resina translúcida para a confecção do esmalte vestibular.

Caso clínicoPara atingir os objetivos propostos neste trabalho, foi realiza-do um caso clínico em que procurou-se mascarar uma hipo-plasia localizada na região incisal da face vestibular do incisi-vo central superior direito (figura 1).Dentre as queixas principais relatadas durante a anamnese, destacaram-se o comprometimento estético e a hipersensi-bilidade localizada na região da hipoplasia. Foi aplicada uma camada de dessensibilizante (dessensibilize-FGM) sobre a re-gião da hipoplasia por um período de 10 minutos (figura 2).Para a proteção gengival, foi utilizada uma barreira de prote-ção gengival (Gingidam, Villevie) fotopolimerizável e a mes-ma foi aplicada na região da lesão de hipoplasia, de modo a impedir o contato do agente clareador com a superfície da hipoplasia (figura 3).

Foi utilizada uma técnica de clareamento imediato ativado a laser (Clean Line). O agente de clareamento (peróxido de hi-drogênio 35%) foi aplicado nas arcadas superior e inferior da paciente, sendo ativado com a luz do laser em intevalos de um minuto, perfazendo um total de sete repetições (figura 4).Após estes procedimentos, passados 21 dias, foi confeccio-nada uma restauração direta em resina composta (Z100 3M ESPE) nas seguintes cores: A2 de dentina, A1 de esmalte e translúcida. Para este procedimento, foi utilizado ataque áci-do com ácido fosfórico a 37% (Etchant Gel S, Coltene Wha-ledent) e sistema adesivo (One Coat Bond SL, Coltene Wha-ledent) diretamente sobre a região da hipoplasia, evitando qualquer tipo de preparo cavitário ou desgaste de estrutura dentinária (figura 5).Para o acabamento foi utilizado tiras de lixa (KG Sorensen), nas duas granulações disponíveis (figuras 6 e 7).Passado um período de 15 dias, esta restauração recebeu aca-bamento e polimento com kit de polimento em silicone dia-mantado (8090DR, KG Sorensen) e pasta de polimento (Dia-mond gloss 1 e 2, KG Sorensen) - como forma de finalização dos procedimentos restauradores (figuras 8 e 9).Em todas as etapas do tratamento: início do caso, após o pro-cesso de clareamento dental e após a finalização da restau-ração direta em resina composta, foi utilizado o aparelho de seleção de cor Vita Easyshade® (Vita) para avaliação das alte-rações na coloração do dente e da região da hipoplasia. A paciente foi esclarecida quanto aos cuidados após cada etapa do tratamento, tais como evitar alimentação com com-ponentes que liberam corantes, fumo, bebidas, chocolates, recebeu ainda orientações sobre higiene bucal. Foi ainda in-formada sobre as possibilidades de sensibilidade dentinária pós-operatória, e para tal, foi entregue à paciente uma pasta de dente para sensibilidade dentinária para ser utilizada nos 21 dias após o procedimento de clareamento dentinário.

Quadro 1 - Defeitos do esmalte de acordo com as características clínicas

Alterações no esmalte

Opacidade

Hipoplasia

Amelogênese imperfeita

Fluorose

Mancha branca

Mancha de tetraciclina

Difusa

Demarcada

Hipoplásica

Hipocalcificada

Hipomaturada

Branda

Grave

Espessura normal, branca, sem nítidos limites.

Espessura normal, podendo ser branca, creme, amarelada ou

castanha, delimitação nítida.

Pouca espessura ou fossas e caneladas.

Espessura normal, esmalte macio, opaco e branco amarelado.

Mais mole do que o normal,

branco-marrom-amarelado.

Finas linhas brancas que acompanham a

formação dentária.

Perda de estrutura. O dente pode se tornar pigmentado de

amarelo a castanho-escuro, de acordo com a dieta.

Ponto ou linha horizontal com superfície rugosa a sondagem.

Área opaca que se estende na direção cervical associada à presença de

biofilme dental.

Manchas de coloração amarelo-claro, cinza-claro ou cinza escuro.

Características clínicas

Fonte: Passos et al., 2007.

caso_estetica.indd 61 19/01/12 17:16

Page 62: Odonto Magazine #12

62 janeiro de 2012

Caso Clínico

Figura 1Fotografia inicial.

Figura 2Aplicação do dessensibilizante na região da hipoplasia.

Figura 4Ativação do agente clareador.

Figura 5Materiais para ataque ácido e sistema adesivo.

Figura 3Barreira de proteção gengival e proteção da região da hipoplasia.

caso_estetica.indd 62 19/01/12 17:17

Page 63: Odonto Magazine #12

63janeiro de 2012

Caso Clínico

Figuras 6 e 7Acabamento com tiras de lixa.

Figuras 8 e 9 Polimento da restauração.

Figuras 10 a 12 Caso finalizado.

caso_estetica.indd 63 19/01/12 17:17

Page 64: Odonto Magazine #12

64 janeiro de 2012

Caso Clínico

Figuras 13 e 14 Caso clínico inicial e final.

ResultadosApós a aplicação do dessensibilizante no início do tratamento, a sensibilidade dentinária na região da hipoplasia foi controlada. Isto permitiu realizar os demais procedimentos com mais segu-

rança e conforto para a paciente. Após a realização do clarea-mento dental com a modificação na técnica e com a proteção da área da hipoplasia, foram aplicadas as camadas de dentina e esmalte em resina composta, procurando harmonizar o sorriso

caso_estetica.indd 64 19/01/12 17:17

Page 65: Odonto Magazine #12

65janeiro de 2012

Caso Clínico

da paciente, tornando a lesão de hipoplasia mais discreta ou até mesmo invisível clinicamente (figuras 10 a 12).Com o auxílio do aparelho de seleção de cor Vita EasyShade®, foram realizadas tomadas de cor em três diferentes tempos du-rante o tratamento, sendo uma avaliação inicial, uma segunda após o clareamento e uma avaliação final após a restauração finalizada. Estas tomadas de cores foram realizadas na região da hipoplasia e no dente envolvido Os dados destas aferições se encontram no quadro 2.

Foi possível observar que a avaliação de cor realizada após o cla-reamento dental, apresentou valores mais baixos do que na ava-liação inicial, o que mostra a efetividade do clareamento dental, isso mesmo na região da hipoplasia, que se tornou um pouco mais clara, ou menos amarelada (3,5M1 para 3M1), mostrando que o agente de clareamento conseguiu agir sobre a barreira de proteção. A quantidade de clareamento obtida nas superfícies sem a barreira de proteção foi maior do que a obtida na área pro-tegida. A análise final, após a restauração, mostrou que a cor da região da hipoplasia restaurada e da região do dente, adjacente à mancha obtiveram resultados bem próximos na escala de cor, o que confirma a harmonização da região da hipoplasia.A evidenciação do resultado final obtido pode ser visualizada de uma forma mais clara com as imagens do início e do final do tra-tamento apresentadas juntas, como mostram as figuras 13 e 14.

DiscussãoAs hipoplasias de esmalte são lesões clinicamente caracteri-zadas por manchas esbranquiçadas e rugosas, que compro-metem a estética por apresentarem coloração diferente da do esmalte dentário2.A lesão hipoplásica apresentada neste caso clínico, gerava um grande comprometimento estético à paciente, justamente de-vido à sua localização e aspecto rugoso. Por se tratar de uma paciente jovem, com 22 anos de idade, extremamente vaidosa e detalhista, esta lesão no seu incisivo central superior, segun-do relato em anamnese, “aparecia em todas as fotos e imagens refletidas em espelhos”. Esta queixa foi realmente muito im-portante para o fechamento do plano de tratamento, que em sua importância principal, deveria mascarar da melhor maneira possível o comprometimento estético da mancha branca e a opacidade da lesão, de forma a melhorar a transmissão de luz, devolvendo à região do dente envolvido um brilho semelhante aos demais dentes. Além disto, o plano de tratamento deveria contar com tratamento minimamente invasivo, sem desgaste de nenhuma estrutura dentinária.As lesões de mancha branca apresentam a ultraestrutura de es-malte afetada, devido à dissolução dos cristais de carbonato de hidroxiapatita, por consequência de uma redução do módulo de elasticidade, o que mantém a microestrutura do esmalte intacta 4.Sendo assim, com a microestrutura do esmalte intacta, foi pos-sível planejar uma restauração direta, sem preparo de cavida-de, sem que com isto houvesse algum comprometimento em

relação ao sistema adesivo utilizado.A espessura vestíbulo lingual do dente é que determina a translu-cidez do esmalte. A capacidade de transmissão de luz do esmal-te é influenciada pelo efeito da desidratação da área de lesão de mancha branca. Por isso é observado o aspecto de rugosidade6.Neste caso específico, a lesão formou uma depressão na superfície vestibular do incisivo central, o que comprometia ainda mais a ca-pacidade de transmissão de luz. Mas, felizmente, para o tratamen-to, este foi um diferencial fundamental, proporcionando a princípio uma área retentiva para adesão da barreira de proteção para a apli-cação do clareamento dental, minimizando a ação do gel de clare-amento na região afetada pela mancha branca e, posteriormente, possibilitando uma restauração direta em resina composta com três camadas de material, sendo uma camada de dentina, outra de esmalte e, finalmente, uma camada transparente. Após a remineralização ou restauração não invasiva, muitas leões de mancha branca continuam visíveis clínica e radiogra-ficamente, isso devido a mudança ocorrida no corpo da lesão, que altera a transmissão de luz e de radiopacidade, mantendo o interior da lesão mais opaco7.Por este motivo, foi utilizado o clareamento imediato nas ar-cadas superior e inferior da paciente, com o objetivo de apro-ximar a cor dos dentes à cor da margem da hipoplasia, o que pôde proporcionar uma restauração direta em resina compos-ta com uma camada de dentina, que procurou minimizar a opa-cidade do interior da hipoplasia e disfarçar o centro amarelado da lesão. Outra camada de esmalte foi utilizada com o objetivo de harmonizar as cores do dente envolvido com as margens da lesão e tornar o centro da hipoplasia mais reflectivo. Por fim, foi utilizada uma camada finíssima de resina composta na cor transparente para proporcionar um brilho e uma transmissão de luz mais semelhante possível aos dentes da paciente. Renomados autores relatam que para o tratamento de hipopla-sias técnicas mais conservadoras, como microabrasão, clarea-mento dental e restaurações diretas em resina composta geram resultados satisfatórios clinicamente, mas não é possível torná -las invisíveis. Para tal, deveriam ser utilizadas restaurações indire-tas do tipo facetas e coroas totais5,8-12.Com a evolução das técnicas adesivas, podem-se reabilitar casos de anomalias dentárias, como a hipoplasia do esmalte, com pro-cedimentos menos invasivos, permitindo previsibilidade e longe-vidade dos resultados obtidos2.Este estudo apresenta resultados satisfatórios clinicamente e, principalmente, uma grande satisfação pessoal da paciente, com relato de importante melhora no autoestima e envolvimento psi-cosocial. Mesmo utilizando técnicas completamente conservado-ras, sem perda ou comprometimento de nenhuma estrutura den-tinária, com o que podemos considerar custo biológico zero, foi possível restaurar a lesão de hipoplasia e satisfazer a vontade da paciente. Provavelmente, a restauração da área da lesão, quando analisada com um grande aumento, como é o caso destas ima-gens, não ficará invisível aos nossos olhos (profissionais da área), mas, no dia a dia da paciente, no seu ciclo de amizades e em sua vida pessoal, os autores arriscam a dizer que esta restauração encontra-se muito satisfatória clinicamente.Muitas são as pessoas que perdem a autoconfiança e a auto-estima devido a um sorriso comprometido, o que as leva ao comportamento tímido e retraído. Em pacientes jovens, as con-dições que afetam a estética influenciam no desenvolvimento da personalidade e podem contribuir para um comportamento antissocial14.

Quadro 2 - Avaliações da cores em diferentes tempos do tratamento

Dente 11

2M1

1M1,5

1M1,5

Vita EasyShade®

Avaliação inicial

Após clareamento

Após restauração

Hipoplasia

3,5M1

3M1

2M1

caso_estetica.indd 65 19/01/12 17:17

Page 66: Odonto Magazine #12

66 janeiro de 2012

Caso Clínico

A seção CASO CLÍNICO da ODONTO MAGAZINE tem como objetivo a divulgação de trabalhos técnico-científicos produzidos por clínico-gerais e/ou especialistas de diferentes áreas odontológicas.Gostaríamos de poder contar com trabalhos originais brasileiros, produzidos por cirurgiões-dentistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e médicos, para divulgar esse material em nível nacional por meio da revista impressa e pelo site: www.odontomagazine.com.br

Os trabalhos devem atender as seguintes normas:

1) Ser enviados acompanhados obrigatoriamente de uma autorização para publicação na ODONTO MAGAZINE, assinada por todos os autores do artigo. No caso de trabalho em grupo, pelo menos um dos autores deverá ser cirurgião-dentista.Essa autorização deve também dar permissão ao editor da ODONTO MAGAZINE para adaptar o artigo às exigências gráficas da revista ou às normas jornalísticas em vigor.

2) O texto e a devida autorização devem ser enviados para o e-mail: [email protected]. As imagens precisam ser encaminhadas separadas do texto, em formato jpg e em alta-resolução. Solicitamos, se possível, que o artigo comporte no mínimo três imagens e no máximo 30. As legendas das imagens devem estar indicadas no final do texto em word. É necessário o envio da foto do autor principal do trabalho.

3) O texto deve seguir a seguinte formatação: espaço entre linhas simples; fonte arial ou times news roman, tamanho 12. As possíveis tabelas e/ou gráficos devem apresentar título e citação no texto. As referências bibliográficas, quando existente, devem estar no estilo Vancouver.

4) Se for necessário o uso de siglas e abreviaturas, as mesmas devem estar precedidas, na primeira vez, do nome próprio.

5) No trabalho deve constar: o nome(s), endereço(s), telefone(s) e funções que exerce(m), instituição a que pertence(m), títulos e formação profissional do autor ou autores. Se o trabalho se refere a uma apresentação pública, deve ser mencionado o nome, data e local do evento.

6) É de exclusiva competência do Conselho Científico a aprovação para publicação ou edição do texto na revista ou no site.

7) Os trabalhos enviados e não publicados serão devolvidos aos autores, com justificativa do Conselho Científico.

8) O conteúdo dos artigos é de exclusiva responsabilidade do(s) autor (res). Os trabalhos publicados terão os seus direitos autorais guardados e só poderão ser reproduzidos com autorização da VP GROUP/Odonto Magazine.

9) Cada autor do artigo receberá exemplar da revista em que seu trabalho foi publicado.

10) Os trabalhos, bem como qualquer correspondência devem ser enviados para:Vanessa Navarro ou Vivian Pacca – ODONTO MAGAZINEAlameda Amazonas, 686 – sala G1Alphaville Industrial – Barueri-SPCEP 06454-070

11) Ao final do artigo, acrescentar os contatos de todos os autores: nome completo, endereço, bairro, cidade, estado, CEP, telefones e e-mail.

12) Informações:

Editora e Jornalista ResponsávelVanessa Navarro (MTb: 53385)e. [email protected]. + 55 (11) 4197.7506

Publicidade - Gerente de ContasVivian Ceribelli Paccae. [email protected]. + 55 (11) 4197.7507

NORMAS PARA PUBLICAÇÂOConclusõesDentro das limitações deste trabalho, foi possível concluir que:

» As técnicas de tratamento não invasivas para lesões de hipoplasias podem ser efetivas.» A associação de técnicas de clareamento dental com proteção da área da lesão e restauração direta ultraconservadora pode ser efetiva.» A autoestima da paciente melhorou muito com o resultado final obtido.

Referências1. Passos, Isabela Albuquerque; Costa, Jacqueline Danielly Moema Chaves; Melo, Jussara Marinho; Forte, Franklin Delano Soares; Sampaio, Fabio Correia. Defeitos do esmalte: Etiologia, características clínicas e diagnóstico diferencial. Rev. Inst. Ciênc. Saúde. v. 25, n. 2, p.187-192, 2007.

2. Souza, João Batista; Rodrigues, Paula Cicília Faquim; Lopes, Lawrence Gonzaga; Gui-lherme, Adérico Santana; Freitas, Gersini Carlos; Moreira, Francine Do Couto Lima. Hi-poplasia do esmalte: Tratamento restaurador estético. Robrac. v. 18, n. 47, p. 14-19, 2009.

3. Robinson, C.; Weatherell, J.A.; Hallsworth, A.S. Alterations in the composition of permanent human enamel during carious attack. Oxford. IRL Press, 1983.

4. Huang, T.T.Y; HE, L.H.; Darendeliler, M.A.; Swain, M.V. Correlation of mineral density and elastic modulus of natural enamel white spot lesions using X-ray microtomogra-phy and nanoindentation. Acta Biomaterialia, v.6, p.4553-4559, june 2010.

5. Paris, S; Meyer- Lueckel, H. Masking of labial enamel white spot lesions by resin infil-tration- a clinical report. Quintessence International, v.40, p.713-718, 2009.

6. Brodbelt, H.W.; O’brien, W.J.; Fan, P.L.; Frazer-Dib, J.G.; Yu, R.J. Translucency of hu-man dental enamel. Journal of Dental Research, v.60, p. 1749-1753, 1981.

7. González-Cabezas, C. The chemistry of caries: remineralization and demineralization events with direct clinical relevance. Dental Clinics of North America, v.54, p.469-478, 2010.

8. Paris, S, Meyer-Lueckel, H. Inhibition of caries progression by resin infiltration in situ. Caries Research, v.44, p.47-54, 2010.

9. Phark, J.H.; Duarte Jr, S.; Meyer-Lueckel, H; Paris, S. Caries infiltration with resins: a novel treatment option for interproximal caries. Compendium of Continuing Education in Dentistry, v.30, p.13-17, 2009.

10. Soares, C.J.; Fonseca, R.B.; Martins, R.L.; Giannini, M. Esthetic rehabilitation of an-terior teeth affected by enamel hypoplasia: a case report. J. Esthet. Restor. Dent, v.14, p.340-348, 2002.

11. Pinheiro, I.V.A.; Medeiros, M.C.; Andrade, A.K.M.; Ruiz, P.A. Lesões Brancas no esmalte dentário: como diferenciá-las e tratá-las. Rev. Bras. Patol. Oral, v.1, n.2, p. 11-18, 2003. 12. Torres, Carlos Rocha Gomes; Borges, Alessandra Buhler; Torres, Luciana Marcon-des Sarmento; Gomes, Isabela Silva; Oliveira, Rodrigo Simoes. Effects of caries infil-tration techinique and fluoride therapy on the colour masking of White spot lesions. Journal of Dentistry, v.39, p.202-207, 2011.

13. Featherstone, J.D.; Ten, J.M.C.; Shariati, N.; Arends, J. Comparison of artificial ca-ries-like lesions by quantitative microradiography and micohardness profiles. Caries Res, v.17, p.385-391,1983.

14. Bendo, C.B.; Sacarpelli, A. C.; Novaes Junior, J.B.; Vale, M.P.P.;Paiva, S. N.; Pordeus, I. A. Hipoplasia de esmalte em incisivos permanentes: um acompanhamento de seis meses. RGO, v. 55, n. 11, p. 107-112, 2007.

caso_estetica.indd 66 19/01/12 17:17

Page 67: Odonto Magazine #12

3_capa.indd 1 19/01/12 16:59

Page 68: Odonto Magazine #12

4_capa.indd 4 19/01/12 16:59