odivelas life 06

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Suplemento mensal do jornal Nova Odivelas Nº6 10/02/12 Um homem de Deus que não esquece os homens Arsénio Isidoro

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Suplemento mensal do Nova odivelas

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Suplemento mensal do jornal Nova Odivelas Nº6 10/02/12

Umhomem de Deus que não esquece os homens

AArrsséénniioo IIssiiddoorroo

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Estamos de novo consigo, no mês mais curto do ano, mas onde aprimavera se antecipou e os dias têm estado radiosos, sem chuva,embora com algum frio. Já temos seis meses de vida e já conquistá-mos o nosso espacinho no coração e da vontade de nos ler por partede muitas pessoas que através de correio electrónico nos vãoincentivando, dando sugestões ou apenas dizendo que gostam denos ler. Embora de caracter mais abrangente em termos de conteú-dos noticiosos não nos esquecemos que somos um suplementode um jornal regional e por isso Odivelas terá sempre destaqueem todas as nossas edições, trazendo à capa e em reportagemdesenvolvida uma personagem da história diária deste concelhoonde existem muitas pessoas com actividade relevante e quenem sempre são lembrados no turbilhão diário de notícias eacontecimentos que ocupam os nossos meios de comunicaçãosocial local mais generalistas.Nesta edição a pessoa de quem se fala é um Padre, de seu nomeArsénio Isidoro. Um homem que estica o seu tempo para dirigir parainstituições sociais e ainda consegue tempo para ser feliz e trazerfelicidade aos outros. Por isso, ao inclui-lo na lista das personalidadesa publicar na Odivelas Life pretendemos dizer apenas. ObrigadoPadre Arsénio.

Beijinhos da vossa

Pipinha de Barbedo e [email protected]

OláUm homem de Deusque não esquece oshomens

Rapidamente ArsénioIsidoro em 20 respostas

Teatro: Heróis naLuz e Lampedusaem Sintra

Concurso de fotografiaem Sintra

Saúde: Tratamentoinovador em radioterapia ena hipertensão

A corrosiva Tia Dédécontinua a combatero tédio

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QQuueemm éé oo PPaaddrree AArrsséénniioo??

Um homem que aos 17 anos, com a morte do padreda sua paróquia sentiu o chamamento para a vidareligiosa brotar do seu coração e que ao longo dosanos abraça todas as causas que lhe surgem e quesejam para a melhoria do bem comum.

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CCoomm qquuee iiddaaddee ee ccoommoo sseennttiiuuaa vvooccaaççããoo ppaarraa oo ssaacceerrddóócciioo?? Na altura tinha chegado há um ano atrás à minha paróquiaum jovem Padre. Tinha 32 anos e dava um testemunho deimensa alegria no serviço aos outros. Deixei-me interrogarpela sua forma de vida. Tinha 17 anos quando ele morreu.Senti-me interpelado: e agora quem é que vai dar Jesusàs pessoas? Atrás dessa pergunta surgiu outra: Que queresde mim Senhor? Que queres da minha vida? A resposta foiimediatamente escutada no meu coração: «O que estásdisposto a dar?» Eu não estava disposto a muito, mas a minhacuriosidade levou-me a participar num retiro no Seminário.Acabei por entrar no seminário em 1991 e depois de noveanos de caminhada, decidi dar tudo.

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Escola primária do Carvalhal 1979 a 1983Telescola do Salgueiro 1983 a 1985Escola Secundária do Bombarral de 1985 a 1991Liceu de S. João do Estoril de 1991 a 1993Universidade Católica de Lisboa , Licenciatura de 1993 a 1999 e Mestrado de 1999 a 2001

OOnnddee ssee ffoorrmmoouu ee eemm qquuee aannooss??

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OOnnddee ddeeuu aa ssuuaa pprriimmeeiirraaMMiissssaa?? A primeira Missa é a da nossa Ordenação. Aí concelebramospela primeira vez com o Bispo que nos ordenou sacerdote, aminha foi no dia 2 de Julho de 2000. Mas a primeira vez quePresidi à Missa foi no seminário dos Olivais, durante a primeirasemana de Ordenação. No dia 8 de Julho celebrei a chamadaMissa Nova, ou primeira Missa, na minha Paróquia de origem,que é o Santuário do Senhor Jesus do Carvalhal.

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CCoommoo ssuurrggiiuu aa ssuuaa lliiggaaççããoo ááss ddiivveerrssaass iinnssttiittuuiiççõõeess aa qquuee eessttáá lliiggaaddoo??

A minha ligação a qualquer uma das instituições nascede uma obediência. Primeiro o Centro Comuni-

tário Paroquial da Ramada, por inerência danomeação como Pároco em 2005. Depoisveio a Casa do Gaiato de Lisboa. Em 2006a Casa do Gaiato passou da Obra da Ruapara o Patriarcado de Lisboa e como es-

tava aqui perto e conhecia a pedagogiado Padre Américo, o Senhor Patriarca no-

meou-me presidente da direção. Nesse mesmoano fui também nomeado Presidente do Conselho de

Administração do Instituto da Sãozinha, em Abrigada, Alenquer.Que entre várias valências tem também a de Lar de Jovens e crianças em risco.Em 2007, e porque já era Presidente da Assembleia-geral da AssociaçãoProtectora das Florinhas da Rua, em Lisboa, aceitei ser Presidente da di-reção. Neste mesmo ano criei a ONGD Ligar à Vida, que desenvolve pro-jetos de intervenção social na Ramada, no Príncipe e no Bombarral e daqual sou também presidente da direção. Em 2009 criámos a AssociaçãoMover Mundos, que promove actividades de voluntariado em Portugale nos PALOP e da qual sou Presidente da Direção. Em 2011 e por tersido nomeado Pároco in solidum, de Famões, sou também Presidente doCentro Comunitário Paroquial de Famões.

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QQuuaaiiss ssããoo eessssaass iinnssttiittuuiiççõõeess??

Pároco da Ramada, desde2005 Pároco in solidum deFamões, desde 2011 Presidente da Direcção doCentro Comunitário Paro-quial da Ramada, desde2005 Presidente da Direcção do Cen-tro Comunitário Paroquial deFamões, desde 2011Presidente da Casa do Gaiato de Lisboa, desde 2006 Presidente da Direcção da Associação Protectora dasFlorinhas da Rua, desde 2007 Presidente do Conselho de administração do Instituto daSãozinha, desde 2006 Presidente da Direcção da ONGD Ligar á Vida, desde 2007 Presidente da Direcção da Associação Mover Mundos,desde 2009

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QQuuee tteemm ssiiddoo ffeeiittoo nnaa iillhhaa ddoo PPrríínncciippee??

sioterapia e Reabilitação.Quando entrei na paró-quia abracei tambémesta presença na Ilhado Príncipe. Aminha primeiraintuição foi o depromover o futuro

da Ilha. A apostana educação

foi a primeirainiciativa. Criámosuma rede de pré-escolar que respondeneste momento a 410 crianças da ilha. 200crianças no colé-gio de Santa

Te r e s i n h a ,120 crianças

no colégioJoão Paulo, mais

90 crianças emSanta Ana. Inaugu-rámos ainda um Larde Crianças órfãs, quese chama Lar de S. Josée tem capacidade para 18crianças.

O Príncipe é um dessesprojetos que se

transformou numapresença perma-nente. Em 2001nasceu uma ge-minação Paro-quial entre a

Ramada e oPríncipe.

D i a n t edas necessi-

dades da co-munidade da Ilha do Príncipe foram

nascendo asc o z i n h a s

nas roças,para res-posta a si-tuações decarência alimentar.Em 2004 foi inau-

gurada a Casa deBetânia, uma res-

posta de Lar de Ido-sos. Em 2005 foi

inaugurado um centro de Fi-

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Está em andamento. Já começaram as movimentações de terras e iniciamos esta semana com osalicerces. Ainda este ano vamos inaugurar uma casa nova para as Florinhas que são 25 crianças.

CCoommoo eessttáá oo pprroojjeettoo FFlloorriinnhhaass ddee RRuuaa nnaa AArrrroojjaa??

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Mas as motivações mais consistentes são as quebrotam do meu próprio coração: acredito que juntosvalemos mais; acredito que o serviço desinteressadoé um tesouro; acredito que somos instrumentos aoserviço do Bem Comum. Gosto de pensar que omundo avança, quando o deixamos um pouco melhordo que o encontrámos, e que esta é a via da humani-zação que me completa e realiza. Uma inquietaçãoconstante que a compaixão desperta num olhar quevê. E eu quero trazer esse olhar que vê, mais dentro,mais longe, mais humano.

Uma das motivações nasceu do envolvimento nodinamismo de um grupo que se tem reunido, naprocura de soluções, diante da imensidão de dificul-dades que têm chegado às nossas Instituições.Esta etapa surgiu na minha vida como resposta àinsistência de alguns companheiros empenhados navalorização da solidariedade. Os seus anseios e preo-cupações diante do momento presente, ressoaram detal forma no meu íntimo, que os juntei aos meus.Criámos um movimento que se chama “juntos pelasolidariedade solidária”.

PPoorrqquuêê aa CCaannddiiddaattuurraa àà CCoonnffeeddeerraaççããoo NNaacciioonnaall ddaassIInnsstt ii ttuuiiççõõeess ddee SSooll iiddaarriieeddaaddee??

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CCoommoo ccoommeennttaa oo rreessuullttaaddooddaass eelleeiiççõõeess??Pessoalmente foi uma experiênciamuito enriquecedora. O cruzarmo-nos com gente boa, que pratica obem, e tanta gente pelo nosso Paísque faz o bem e que o quer fazerbem feito.Como vitória, o entusiasmo numMovimento que criámos. Um espírito quehá-de promover uma verdadeira cultura solidária e quenão se esgota nas eleições.A derrota, uma satisfação pessoal e um alívio porque, nestemomento da minha vida, não saberia como conseguir umaagenda que me permitisse um bom desempenho. Também asatisfação de alcançar 350 votos, que é um número superior aqualquer um dos resultados em vitórias anteriores. O terpromovido a maior participação de sempre da história daCNIS, também foi bom. A derrota no ato eleitoral, assumo-a agora como uma respon-sabilidade de denunciar sempre que a direção não promovero bem feito, e anunciar caminhos de solidariedade e de futuro.

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Assistente Espiritual do Movimento ao Serviço da Vida, 2000 a 2003

Assistente da equipa d’África, 2003 a 2004 Membro do Departamento da Juventude

do Patriarcado de Lisboa, 2000 a 2003Equipa Formadora do Pré-Seminário de Lisboa,

1999 a 2005Professor de Ed. Moral e Religiosa Católica

no Externato de Penafirme, 2001 a 2005 Pároco de Famões, 2005 a 2006 Pároco da Ramada, desde 2005

Pároco in solidum de Famões, desde 2011 Presidente da Direcção do Centro Comunitário

Paroquial da Ramada, desde 2005 Presidente da Direcção do Centro Comunitário

Paroquial de Famões, desde 2011Presidente da Casa do Gaiato de Lisboa, desde 2006

Presidente da Direcção da Associação Protectora das Florinhas da Rua, desde 2007

Presidente do Conselho de administração do Instituto da Sãozinha, desde 2006

Presidente da Direcção da ONGD Ligar á Vida,desde 2007

Presidente da Direcção da Associação MoverMundos, desde 2009

Membro do Conselho Geral da Escola Secundáriade Odivelas, desde 2009

Nascido a 01 Maio 1973Naturalidade: Bombarral

Seminário de S. José de Caparide: 1991 a 1993Seminário de S. Paulo em Almada: 1993 a 1996Seminário de Cristo Rei dos Olivais: 1996 a 2000

Licenciatura em Teologia pela UCP de Lisboa em 1999

Ordenado Diácono a 05.12.1999Ordenado Sacerdote a 02.07.2000

Assistente da Região de Lisboa das Equipas de Jovens de Nossa Senhora, 1999 a 2005

Assistente Nacional das Equipas deNossa Senhora, 2001 a 2005

Conselheiro Espiritual da Região de Lisboa das Equipas de Nossa Senhora, 2002 a 2005

Conselheiro Espiritual de quatro equipas de casais, desde 2000

BBiiooggrrááffiiaa ddoo PPaaddrree AArrsséénniioo IIssiiddoorroo

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12. Orgulha-se de…Ser Padre.

13. Qual é a sua maior ambição?A exclusão da pobreza e da solidão.

14. E o maior sonho? Acolher todos os que sofrem de solidão.

15. Um lugar para descansar…Ilha do Príncipe ou Peniche.

16. Onde se sente melhor? Na paróquia da Ramada.

17. Se não fosse Padre o que é o que seria?Pai...

18. Não vive sem…A Missa e a comunidade da Ramada.

Sem AMOR.19. Quem gostaria de conhecer?Todos os meus paroquianos.

20. Por último, um desejo… Que não nos deixemos desumanizar pelacrise. Que brilhem os valores da partilha,

da compaixão e da fraternidade.Que se valorizem as pessoas

e não as coisas.

Rapidamente...1. Qual foi o último livro que leu?Pai-nosso que estais na terra, de José Tolentino Mendonça.

2. Qual é a sua viagem de sonho?Ao Deserto.

3. Que personalidade mais admira?Jesus Cristo.

4. Qual foi o filme que mais o marcou?A vida é bela, de Roberto Benigni.

5. A que prato de comida não resiste?Coelhinho da minha mãe.6. Prefere praia ou campo?Praia... Muito mais mar.

7. Bebida?Um bom vinho.

8. Qual é o seu clube desportivo?Glorioso... SLB.

9. Não dispensa a companhia de…Amigos.

10. O que o faz feliz?Servir os outros e anunciar Jesus Cristo.

11. De que tem medo?Ser Padre.

TeatroEncenada por Phillipe Leroux e produzida pela FormaçãoTeatral, “Heróis” está em cena no Teatro da Luz onde pode servista até 25 de fevereiro.Os super-heróis poderão estar em perigo caso se cumpra o planoda escriba para os destruir, tornando-se na mais poderosa doMundo. Mas se os heróis morrerem, que esperanças restarão aosHomens? Trata-se da trama na base da peça “Heróis”. A peça, que conta com um elenco de 14 atores, tem encena-ção de Phillipe Leroux e pode ser vista de quarta a sábadoàs 21h30.

SINOPSEMorgana, a escriba, convocou todos os heróis, para seconfrontarem, num mundo que só ela conhece… com odesejo de provar a kaira, sua irmã, que é a mais poderosa doMundo. Para isso será necessário levar à morte e destruição deseres com forças sobrenaturais. Conseguirá alcançar o seuobjectivo ou um poder maior avassalará o seu plano? Duasquestões se levantam como poeira num deserto: Como ficaráo mundo depois destas batalhas, se os heróis forem morrendo,e que esperanças restam para os homens?Produzido por: Formação TeatralTexto: Criação colectivaEncenação: Phillipe Leroux Com: Alexandra Pereira,Ana Catarina Santos, Ana de Jesus,André Delgado, Carina Paquete, Catarina Santana, Erika Saet,Mafalda Saraiva, Marta Correia, Mónica Martins, Rafaela Santos,Rita Viegas, Rute Franco e Telma BichoPreço do Bilhete: 7,5€

Heróis no Teatro da Luz

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LAMPEDUSA

crítica de cidadãos de uma Europa que brilha aos olhos dequem parte de África. Cruzando diferentes narrativas sobrea ilha (nomeadamente um nosso, in loco, Diário de Viagema Lampedusa), propomos uma reflexão performativa sobrealguns conceitos tangenciais a este tema: identidade, terri-tório e fronteiras.

Quando17 a 26 de FevereiroSextas, sábados e domingos às 21h30OndeCasa de Teatro de Sintra

De 17 a 26 de fevereiro a Casa de Teatro de Sintra apresentaLampedusa, às sexta, sábados e domingos às 21h30.«Não sei quantos éramos, talvez 280, 300. Havia 40 mulheres, oitodelas somalis, como eu». Disse Asha Omer, grávida, de 21 anos,que se salvou porque o marido a agarrou pelo cabelo.Desde Janeiro de 2011, mais de 40 mil imigrantes clandestinosvenceram as costas de Lampedusa fugindo da guerra e da po-breza. Chegam em pequenas embarcações amontoadas degente, sem água, sem comida, a esta ilha do sul de Itália comapenas 6 mil habitantes autóctones.As reacções desencadeadas perante as crescentes notíciassobre naufrágios, o consequente número de mortos, repatria-ções, histórias incríveis de sobrevivência, constituem o nossomaterial de trabalho, necessariamente enformado pela visão

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(Rua Veiga da Cunha, 20,Sintra)BilheteiraBilhete: 7,5€Desconto de 2,5€ para meno-res de 25 anos, maiores de 65anos, estudantes, profissionaisdo espectáculo, Cartão AmigoChão de Oliva, Cartão CulturaSábado.Bilhetes à venda no local, uma hora antes do início decada sessão.Informações e reservas pelo 96 624 79 34 ou pelo [email protected]ção: aproximadamente 50 minutosClassificação etária: maiores de 16 anos

Ficha Técnica e ArtísticaDirecção e Dramaturgia: Susana C. Gaspar

Assistente de Encenação: Nuno Vicente

Música Original e Sonoplastia:Bruno BéuDesenho de Luz: Paulo Campos dos ReisInterpretação:

Filipe Araújo, Paulo Campos dosReis, Susana C. Gaspar

Produção Executiva:Nuno Teixeira

Direcção de Produção: Rui BrazApoio: Câmara Municipal de Sintra, Éter - Produção Cultural

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Parques de Sintra promove edição de Inverno do concurso de fotografia ‘Captar

Ambiente

O conjunto dos melhores trabalhos apresentados aconcurso será exposto em local e data a indicar, bem comono website do projecto Bio + Sintra, no final de cada estaçãodo ano.Informações, regulamento completo e inscrições na secção“Concursos de fotografia” em:http://www.parquesdesintra.pt/bio+sintra

Conhecidos vencedores do 1º concursoA primeira edição dos concursos fotográficos decorreuentre 19 de Novembro e 21 de Dezembro e teve comovencedores: Cristina Menezes, com a fotografia “Cascata deBeckford; João Vasco Santos, com a fotografia “Cores deOutono”; e Francisco Lourenço, com a fotografia “Espelhode vida”.Das 55 fotografias apresentadas a concurso e que procura-ram captar a biodiversidade de Sintra, os trabalhos dos trêscandidatos destacaram-se pela sua criatividade e por con-tribuírem para a adopção de comportamentos maissustentáveis. Os trabalhos foram avaliados por um júri cons-tituído por Nanã Sousa Dias, fotógrafo profissional, CarlosAlbuquerque, representante da Câmara Municipal deSintra, João Vieira, representante da associação cultural3Pontos, e Maria Inês Moreira, coordenadora do projectoBIO+Sintra.As melhores fotografias e mais representativas da biodiver-sidade na Serra de Sintra estarão expostas no Palácio deMonserrate, entre os meses de Fevereiro e Março de 2012.

O Inverno traz novas cores aos Parques de Sintra.Inspirados pelas novas tonalidades da serra,fotógrafos amadores e profissionais poderãovoltar a fotografar momentos únicos e candidataros seus trabalhos ao concurso de fotografia“Captar Sintra – A biodiversidade das estações”.

Este é o segundo de oito concursos fotográficos, a lançar pelaParques de Sintra até 2013, em cada estação do ano, no âmbitodo projeto Bio+Sintra, que promove os principais valoresnaturais da Serra e procura dar a conhecer as relações causaisdiretas entre as atividades diárias e as emissões de carbono. O concurso está aberto à participação de todos os visitantesdos parques geridos pela Parques de Sintra, quer sejamfotógrafos profissionais ou amadores, com fotografias capta-das nos Parques da Pena, Monserrate, Convento dos Capuchos,Castelo dos Mouros, Jardim da Condessa D’Edla ou emqualquer das Tapadas anexas. As candidaturas deverão serentregues até dia 2 de Março de 2012. Cada participante poderá candidatar até três fotografias origi-nais da sua autoria, que serão avaliadas de acordo com a origi-nalidade, impacto da imagem e qualidade fotográfica. Os três melhores trabalhos serão premiados com a estadia deuma noite, para duas pessoas, com pequeno-almoço, num doshotéis mais emblemáticos e românticos de Sintra (1º Prémio),cheques oferta FNAC e cartões anuais de visitante da Parquesde Sintra.

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Radioterapia que elimina tumor numa só sessão chegou a Portugal Saúde

se faz uma TAC e otratamento emsimultâneo,que exigeumelevadonível deprecisãopara quea doseúnica sejaaplicada nolocal ade-quado e setorne suficiente.«Já testámos este equipa-mento e esta técnica na Universidade de Pisa, em Itália, e osresultados foram surpreendentes. Tem é de ser administradauma dose suficientemente forte para erradicar o tumor. E jáprovámos que funciona em qualquer tipo de cancro, mesmonum dos mais resistentes à quimio ou radioterapia, como odo rim», explicou Carlo Greco.O responsável da Fundação Champalimaud vinca mesmoque um estudo demonstrou uma taxa de sucesso de 80%deste tipo de tratamento nos casos de cancro dos rins.«É uma revolução”, resume, assegurando que é indolor, se

Uma radioterapia que pode eliminar o cancronuma única sessão, mesmo com o tumor já espa-lhado, estará em breve disponível em Portugal,através de uma máquina quase única no mundoque ficará instalada na Fundação Champali-maud.

O equipamento, permitirá fazer radioterapia de dose única,tratamento que requer um elevado nível de precisão e quepoderá ser feito em poucos minutos e sem qualquer toxici-dade para o doente, segundo explicou em entrevista agênciaLusa o oncologista Carlo Greco.«É o mais avançado equipamento no mundo. Será absoluta-mente único em Portugal e, na Europa, há muito poucos. Mas amáquina vai ser equipada com ferramentas especiais que a tor-nam única no mundo», afirma o diretor da área do cancro daFundação Champalimaud.

Carlo Greco, que considera o cancro como um dos pioresproblemas sociais da atualidade. Mas frisa que a taxa desucesso nos tratamentos tem melhorado de ano para ano.Esta técnica de radioterapia de dose única, disponível paratratamento no final do primeiro trimestre de 2012, vem per-mitir tratar muitos dos casos de cancro com metástases,sobretudo os menos disseminados.Trata-se de uma radioterapia por imagem guiada, em que

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Tratamento mais barato do que a radioterapiaconvencionalContudo, a radioterapia de dose simples requer umaequipa estruturada e investigação em patologia mole-cular, para que se estude cada caso e a dose certa a darem cada tipo de cancro.«Isto significa uma medicina personalizada. Selecionamosa dose conforme a histologia e a genética de cada pessoa.Só pode ser executado por uma equipa multidisciplinar»,comenta.Carlo Greco espera vir a receber doentes de hospitaisportugueses e também de qualquer país da Europaou do mundo: «Queremos abrir as portas a todos».O diretor da Fundação lembra que a administração temestado a trabalhar com o Governo português e que asnegociações futuras serão feitas com cada um dos hos-pitais que manifestem interesse.Por agora, a Fundação só recebe doentes particulares,tendo já acordos com oito instituições com seguros desaúde. Apesar de nunca revelar o custo do equipamentopara a radioterapia de dose única, Greco garante que otratamento sai menos caro do que a radioterapia conven-cional. «O custo para o sistema de saúde é muito mais baixo.A máquina vive por 10 anos e trata quatro vezes maisdoentes», sublinha.

elimina a toxicidade e se consegue fazer o tratamento“de olhos fechados» demorando menos de um quarto dotempo do que as sessões convencionais de radioterapia. Ou seja, em 10 minutos consegue-se o mesmo do quecom a cirurgia, mas permitindo ao doente ir paracasa de seguida e sem risco de morte.A vantagem, segundo o especialista, é que este métodopermite tratar várias lesões numa mesma e única sessão:«Podemos finalmente oferecer aos doentes metastáticos,mais do que uma esperança, uma realidade - sem dor e seminvasão».

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Especialistas debatem tratamento inovador para hipertensão arterial resistente

A mesa redonda vai contar com a intervenção de MichelAzizi, especialista francês, que vai apresentar as novas abor-dagens terapêuticas para a hipertensão resistente, nomea-damente a técnica de desnervação da artéria renal lançadahá menos de um ano em Portugal; e com José Alberto Silva,especialista português, que explicará como se faz odiagnóstico e seguimento das pessoas com esta doença.

Em Portugal, quase metade da população temhipertensão, sendo que em apenas 11 por centodestes a doença está controlada. O 6º Congressode Hipertensão dá destaque a este problema desaúde pública.

No âmbito do 6º Congresso da Sociedade Portuguesa deHipertensão, especialistas nacionais e internacionais debatemos avanços no diagnóstico e tratamento da hipertensão arterial(HTA) resistente, isto é, pacientes que apesar do tratamentocom três ou mais medicamentos anti-hipertensivos continuamcom níveis elevados de pressão arterial.Este tema terá especial destaque no dia 11 de Fevereiro,pelas 11 horas, no Tivoli Marina, em Vilamoura, com a realizaçãode uma mesa redonda sobre os últimos avanços nesta área. De acordo com Fernando Pinto, Presidente-Eleito da SociedadePortuguesa de Hipertensão e Presidente da Comissão Organi-zadora do Congresso, «A hipertensão resistente ao tratamentoé uma doença crónica especialmente perigosa devido à sua asso-ciação com um aumento do risco cardiovascular, incluindo AVC eenfarte, assim como insuficiência cardíaca e doenças renais». Ainda de acordo com o especialista, «As investigações sugeremque cerca de 28 por cento dos indivíduos hipertensos tratados sãoconsiderados resistentes ao tratamento. É também de salientarque estes pacientes têm o triplo de probabilidade de sofrer dedoenças cardiovasculares, quando comparados com indivíduoscom pressão arterial controlada, daí o destaque que quisemos dara este tema na reunião anual da sociedade».

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Síndrome do Olho Seco atinge 10 a 20 por cento da população

superfície do olho. As situações mais frequentes ocorremnas pálpebras – as blefarites, e na conjuntiva - as conjunti-vites - que podem ser de origem alérgica ou infeciosa. Nesteúltimo caso é essencial prevenir o contágio, utilizandomedidas de higiene, e tratar com antibióticos na forma decolírios ou pomadas.Ana Paula Sousa afirma ainda que as inflamações podemsurgir dentro do olho, estando associadas a doenças sisté-micas, podendo ser a sua primeira manifestação. As origenspossíveis são doenças infeciosas como a tuberculose, sífilis,toxoplasmose, a sida ou patologias auto-imunes como aespondilite anquilosante, a artrite reumatoide, o lúpuseritematoso disseminado, a esclerose múltipla.A oftalmologista explica que os «Processos inflamatóriosintra-oculares são geralmente designados por uveíte ou infla-mação da úvea. Os sintomas são geralmente baixa da visão,olho vermelho, dor ocular, fotofobia e “moscas volantes.A sintomatologia e a gravidade do quadro clínico variamconforme a estrutura anatómica atingida, mas se não foremdetetadas e tratadas precocemente, estas inflamaçõespodem conduzir à cegueira». Os métodos de tratamento ediagnóstico destas patologias sofreram uma «Verdadeirarevolução, o que tem contribuído para um melhorprognóstico das inflamações intra-oculares», concluiAna Paula Sousa.

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Desconforto, ardor e olho vermelho são sintomasde alerta

A síndrome vulgarmente chamada de “olho seco”, é umapatologia inflamatória que Atinge 10-20% da população adultae, segunda a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO),a sua incidência tem vindo a aumentar. Desconforto ocular,ardor, sensação de corpo estranho e olho vermelho são algunsdos sintomas de alerta para esta e outras formas de inflamaçãoocular.Segundo Ana Paula Sousa, coordenadora do Grupo de Infla-mação Ocular da SPO, «O olho seco pode ser consequência dadiminuição da produção de lágrima ou da deficiência de algunsdos seus componentes. Está relacionado com causas ambientais(poluição, ar condicionado), profissionais (uso excessivo decomputador insuficiente pestanejo), uso prolongado de lentes decontacto, com o processo natural de envelhecimento ou pode serum efeito secundário de alguns medicamentos».A especialista refere que «É importante lembrar que estasíndrome pode ser manifestação de doenças sistémicas, particu-larmente as do foro imunológico (artrite reumatoide; lúpus erite-matoso disseminado; Síndrome de Sjögren ou sarcoidose).” Já otratamento, “ é sintomático: devem ser utilizadas substânciaslubrificantes, denominadas lágrimas artificiais». O “olho seco” é apenas uma das manifestações das inflamaçõesque podem afetar as estruturas extraoculares, em particular a

Crónica da tia DédéOlá Ricas Tias de Odivelas

Cá estou de novo para mais uma crónica da fofoca. Manter asricas tias informadas e bem-humoradas faz-me bem… Não seia quê, mas faz.Cridas anda tudo muito indignado com as declarações do tioAníbal, tem sido um burburinho o tio está nas bocas do povo…sei lá. Ninguém gostou de o ouvir dizer que a reforma é curtanão chega o tio está pobre, oh cridas! O tio Aníbal tem razão areforma é pequena não dá, eu avisei-o e disse-lhe: «Tio Aníbalnão vá para Presidente da República que isso não dá nada, o tiotem Curriculum, vá para presidente duma REN, duma EDP ousei lá dum banco qualquer». Se o tivesse feito agora estava aganhar uns milhares de euros e ninguém tinha nada com isso,assim está com uma reforma de pobre… Mas, o tio é muitoteimoso queria ser Presidente não se calava, porque a ti Mariaqueria ir à Capadócia… sei lá… queria porque queria e agoraaguente-se.Bom, mas isto não é nada que as cridas tias de Odivelas nãoresolvam já estamos a fundar uma nova associação AAPRC –Associação Apoio a Presidentes da República Carenciados, jácomecei a fazer uns contatos para arranjar uma cesta básicapara o nosso tio Aníbal tem tudo até uns cubinhos da nossafamosa marmelada branca oferecida pelo crido do tio Herna-ninho que é confrade, para a ti Maria. Já temos uns modelitosdos chineses, muito lindos muito vistosos nós as tias giras deOdivelas não queremos a ti Maria mal pronta lá nos eventos da

República, a pobrezita já anda sempre embrulhada numasmantinhas muito manhosas mas as tias de Odivelas nãoquerem isso, já arranjámos uns lenços de seda da china quesão uma maravilha, também providenciámos umas jóiasdos chineses muito boas, enfim tudo do melhor porque nãoqueremos que o tio Aníbal gaste as poupanças da vidinhatoda, que horror, nem pensar. Vamos para Belém com acesta básica, os modelitos as frutas e as hortaliças tudomuito fresquinho. Sim porque nós as tias giras de Odivelasnão temos problemas nenhuns com as poupanças, queninguém vai gastar o que não tem, tá a ver tio Aníbal eubem lhe disse que não fosse para PR.Bom, estou louca para vos contar… As más línguasespanholas não deixam a pobre da princesa Letizia em pazagora não se calam que a crida andava às compras emgrande intimidade com o guarda costas. Que feio que é tertão maus pensamentos não é nada disso, é tudo por causadesta vaga de frio que está a assolar a Europa a pobre daprincesa está muito magrita muito levezinha e o guardacostas tem que andar muito encostadinho a ela por causados ventos, senão a princesa voa e depois lá vai a casa realà vida. Francamente haja um pouco de compreensão, o queseria destas casas reais europeias se não fossem estesabnegados guarda costas, motoristas jardineiros? Sei lá, secalhar já tinham acabado.Já a do Mónaco também tem cinco anos para dar umherdeiro, depois admiram-se de a verem aos beijos ao

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motorista como é que querem que ela façao herdeiro? Será que ainda julgam que osprincipezinhos vêm de Paris no bico da ce-gonha? Francamente haja composturanão se pode dizer mal das princesas atorto e a direito.Mas por princesas, cridas ontem fui ver oBenfica com a minha colega tia CinhaJardim, estávamos lindas maravilhosasfomos de propósito para aplaudir aquelecaturra do Djaló, mas qual não foi o nossoespanto quando o caturra julgou queestava a ser aplaudido por estar a jogar no

Benfica não é que os holofotes se viraram todos para aquelalindinha da Luciana Abreu, que muito ingenuamente estava depé a mostrar à filhinha ao papá? Olhem ricas o pobre foi logoofuscado, mas também vos digo com esta mulher e estas filhasbem se pode matar que nunca vai ser o centro das atenções,como diz o meu amigo Hernaninho… «Temos pena».Ai cridas vai aí um diz que disse porque o Pedrocas acaboucom o Carnaval. Não sei qual é o problema até acho muito bem.Olhem chamei logo a minha secretária para os serviçosdomésticos e disse-lhe: oh crida! traga lá as suas malas doschineses para trocar com as minhas louis vuitton, para eu irpassar o Carnaval ao Rio de Janeiro, porque isto em Portugaljá deu o que tinha a dar, em matéria de feriados claro, e euquero é divertir-me, mas tenho que ir mascarada de pobreporque agora está na moda e quem cá ficar que trabalheporque o país não pode parar, além do mais isto são ordensmédicas, por isso tenho que cumprir, claro que a minhasecretária não percebeu nada, mas não faz mal a caturra é

muito pitoresca, enfim…Amigas estava aqui com um grande dilema: Não sabia bemcomo acabar esta crónica já estava a pensar ligar para as cartasda Maya para resolver este dilema mas qual é o meu espantoo Pedrocas antecipa-se e resolve o assunto da maneira maiscaturra, então não diz que somos todos uns piegas? Oh ricas,isto vai ser cá uma bomba está tudo chocadíssimo comesta saída do Pedrocas, mas eu acho que o traquina atétem razão, somos mesmo piegas então há pieguice maior doque o próprio Presidente da República vir para as televisõesqueixar-se da reforma, ou melhor enquanto a Tróica põe o paísa pão e laranjas, vai tudo a banhos para o Algarve e entreum mergulho e uma cervejola, lá nos vamos lamentandoque a crise está aí… Sei lá… Isto está mau… Bom mas porenquanto apanhamos sol, depois logo se vê.Este Pedrocas é mesmo crido, adorei a forma como ele noschamou piegas e nos disse: No Verão cantaram não foi? Entãono Carnaval dançam… Não é uma caturreira?Oh cridos deixem-se de pieguices e organizem umasmanifestações… Sei lá, umas caminhadas de protestovamos acampar à porta do Pedrocas escrevam uns cartazes,uns artigos de opinião enfim façam qualquer coisa senãoo Pedrocas ainda diz que anda tudo a dormir.Bom mas enquanto não acontece nada eu já estou sambandoa caminho do Rio de Janeiro que continua lindo… Vá lá nãosejam piegas!

Beijo

DDééddéé

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