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ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA ANTONIETA BORGES ALVES TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO ACIDENTE NUCLEAR EM CHERNOBYL

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ESCOLA ESTADUALPROFESSORA ANTONIETA BORGES ALVES

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ACIDENTE NUCLEAR EM CHERNOBYL

DIADEMA2015

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JENNIFER RUFINO DE SOUSA LOPESMARCO AURÉLIO DE SOUZA

MIRELLE DE LIRA ALVESTHAIS DA SILVA RAMOS

ENERGIA NUCLEAR E SUAS CONSEQUÊNCIASFOCANDO NO ACIDENTE EM CHERNOBYL

Trabalho de Conclusão de Curso do 3° ano do ensino médio da E.E. Professora Antonieta Borges Alves, realizado sob orientação do professor Altair Eugênio Honorato.

DIADEMA2015

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ÍNDICE

1 Introdução.....................................................................................................4

2 Energia Nuclear............................................................................................5

3 Usinas Nucleares..........................................................................................6

3.1 Como Funciona Uma Usina......................................................................6

4 Pripyat e Chernobyl......................................................................................7

5 A Explosão....................................................................................................9

6 Consequências...........................................................................................11

7 Atualmente: Local e Sobreviventes.............................................................16

8 Métodos de Segurança em Usinas Nucleares............................................19

9 Meios de Substituição da Energia Nuclear.................................................21

10 Considerações Finais.................................................................................23

Bibliografia.........................................................................................................24

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1 IntroduçãoNo dia 26 de abril de 1986, ocorreu o pior acidente nuclear registrado na

história da humanidade. O reator 4 da usina de Chernobyl explodiu espalhando

um alto nível de radiação para muitos países da Europa, o que provocou uma

situação caótica entre as autoridades, o mundo pode conhecer o poder da

radioatividade, um inimigo invisível e fatal.

Muitas pessoas foram afetadas e foram obrigadas a abandonar seus

pertences, fugiram apenas com a roupa do corpo, tudo o que conheciam estava

acabado, um trauma que levarão para toda a vida.

Atualmente as cidades mais atingidas, como Pripyat, estão isoladas, é um

cenário aterrorizante, mas que retrata o tamanho da tragédia e o perigo que a

radioatividade pode oferecer algo que o mundo jamais esquecera.

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2 Energia NuclearAlguns elementos químicos possuem átomos que podem transformar

massa em energia através de reações nucleares. A energia nuclear pode ser

obtida de dois modos, através da fissão nuclear, onde o núcleo do átomo se

divide em várias partículas, e a fusão nuclear, onde os núcleos se unem para

produzir um novo elemento. O método mais utilizado pelas usinas ao redor do

mundo é a fissão do átomo de urânio.

Atualmente os Estados Unidos é o maior produtor de energia nuclear, e o

país mais dependente dela é a França, onde cerca de 80% de sua eletricidade é

gerada por usinas nucleares.

Discussões sobre a utilização da energia nuclear sempre são muito

polemicas, pela falta de segurança, o destino do lixo nuclear, além da

possibilidade de acidentes nas usinas, todos esses fatos geram a reprovação da

utilização da energia nuclear por grande parte da população. Os custos de

construção e operação das usinas são muito altos e poderiam ser incluídos em

meios de energia que fossem menos perigosos como a energia solar. Além do

alto custo, os elementos químicos levam anos para ter sua radioatividade

reduzida como o plutônio 239 que leva 24.000 anos. O maior risco que a energia

nuclear nos traz é a falta de conscientização humana na utilização, pois algo que

poderia proporcionar muitos benefícios acaba se tornando uma ameaça para

todos nós, como no acidente de Chernobyl que, por falha humana, acabou

gerando a maior catástrofe nuclear já registrada na história.

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3 Usinas NuclearesAtualmente no mundo existem 440 usinas nucleares. No continente

Europeu estão instaladas 207 usinas e mais sete estão sendo construídas. O

Japão, a Coréia e a China juntos possuem 82 usinas e a América do Norte tem

atualmente 123 usinas em funcionamento. A América do Sul possuí apenas 4

usinas em funcionamento.

Normalmente, as usinas são construídas por um envoltório de contenção

feito de ferro armado, concreto e aço, com a finalidade de proteger o reator

nuclear e evitar a emissão de radiação para o meio ambiente.

3.1 Como Funciona Uma UsinaAs Usinas Nucleares têm como objetivo a produção de energia elétrica a

partir das reações nucleares. As reações de elementos radioativos produzem uma

grande quantidade de energia. O elemento mais utilizado para a produção da

energia nuclear é o urânio e funciona da seguinte forma, conforme a empresa

Eletrobrás Eletronuclear em seu site oficial:

“A fissão dos átomos de urânio dentro das varetas do elemento

combustível aquece a água que passa pelo reator a uma temperatura de 320

graus Celsius. Para que não entre em ebulição – o que ocorreria normalmente

aos 100 graus Celsius - esta água é mantida sob uma pressão 157 vezes maior

que a pressão atmosférica. O gerador de vapor realiza uma troca de calor entre

as águas deste primeiro circuito e a do circuito secundário, que são

independentes entre si. Com essa troca de calor, a água do circuito secundário se

transforma em vapor e movimenta a turbina - a uma velocidade de 1.800 rpm -

que, por sua vez, aciona o gerador elétrico. Esse vapor, depois de mover a

turbina, passa por um condensador, onde é refrigerado pela água do mar, trazida

por um terceiro circuito independente. A existência desses três circuitos impede o

contato da água que passa pelo reator com as demais. Uma usina nuclear

oferece elevado grau de proteção, quando funciona com sistemas de segurança

redundantes e independentes (quando somente um é necessário)”.

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4 Pripyat e ChernobylLocalizada na província de Kiev, na Ucrânia, Pripyat foi construída em

1970, mas só foi definida como cidade a partir de 1979, tinha como objetivo servir

de moradia para todos os familiares e trabalhadores da Central Energética

Nuclear de Chernobyl.

Na época do acidente Pripyat tinha uma população de cerca de 50 mil

habitantes, sua maioria era de jovens na faixa dos 25 anos, e a tendência era

aumentar o número de moradores rapidamente, pois a cidade também possuía

um alto índice de natalidade, tendo registrado uma média de 800 nascimentos por

ano. Se não fosse pelo acidente ocorrido na usina, a projeção de crescimento

para os próximos anos ultrapassaria 78.000 habitantes, pois além dos

nascimentos, havia também diversas pessoas que vinham de todos os lugares da

União Soviética para estabelecer moradia por lá. Prypiat possuía todas as

atrações possíveis que um cidadão comum soviético poderia sonhar nos anos 70:

15 escolas primárias, 5 escolas secundárias e 1 escola profissional;

10 armazéns capazes de estocar 4.430 toneladas de mercadorias;

1 estação ferroviária (Estação Yanov) e 167 ônibus;

2.926 linhas de telefones locais;

1.950 telefones de propriedade da administração central de Chernobyl;

10 academias de ginástica, três piscinas cobertas, 10 stands de tiro e 2

estádios;

1 hospital para mais de 400 pacientes e 3 Clínicas;

25 lojas e shoppings, 27 cafés, lanchonetes e restaurantes;

Palácio de cultura, um cinema e uma escola de artes;

1 parque, 35 playgrounds com mais de 18.000 árvores;

Fábricas com faturamento anual de 477 milhões de rublos e a usina

nuclear.

O parque seria inaugurado oficialmente no feriado de 1º de maio, Dia do

Trabalhador. Cinco dias antes da explosão do reator 4 de Chernobyl. A usina foi

construída na cidade de Chernobyl que fica ao norte da Ucrânia, na divisa com a

Bielorrússia, sobre o rio Pripyat, que deu origem ao nome da cidade onde

moravam os trabalhadores da usina. Na época da construção, toda a região era

integrada à União Soviética.

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A usina começou a ser construída em 1970, e em 1983 o quarto reator foi

inaugurado. Na época do acidente estavam sendo construídos mais dois reatores

que tiveram suas obras paralisadas após a explosão, e em 12 de dezembro de

2000 o complexo foi fechado definitivamente.

As quatro unidades de Chernobyl eram do tipo RBMK (Reator nuclear

arrefecido por água moderado a grafite) e a planta da usina era considerada um

modelo dentro da União soviética, que tinha planos de expandir o complexo. Esse

tipo de reator utiliza urânio - 235 como combustível. A reação nuclear de um

grama desse elemento produz aproximadamente 82000000 kJ de energia, valor

mais de um milhão de vezes maior que o produzido pela queima de um grama de

metano – gás usado em algumas termelétricas. Para produzir essa energia os

átomos são bombardeados por nêutrons e quebram-se como esferas de vidro,

formando núcleos menores que geram novos elementos como o bário e o

criptônio.

Quando esse núcleo é quebrado ele libera elétrons que passam a atingir

novos núcleos, gerando uma reação em cadeia. Nos reatores usados em

Chernobyl essa reação em cadeia era moderada pela utilização de grafite,

reduzindo a velocidade dos nêutrons e permitindo o controle da reação. Essa

reação é altamente exotérmica, produzindo uma temperatura extremamente

elevada, podendo fundir as paredes do reator, que são produzidas com tijolos

especiais e espessas paredes de cimento e chumbo, com mais de um metro de

espessura.

O urânio-235 representa apenas 0,7 % das reservas, para se obter energia

o urânio deve ser enriquecido. Esse processo eleva a quantidade de urânio - 235

para 3% – nível usado nos reatores nucleares – e é realizado pela centrifugação

de compostos de urânio, mas esse processo também pode ser usado para gerar

material para a produção de bombas atômicas. Por isso o Irã vem sofrendo

retaliações constantes a cada vez que anuncia o desenvolvimento dessa

tecnologia ou a criação de novas usinas de enriquecimento.

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5 A ExplosãoEm 26 de abril de 1986 aconteceu o pior acidente nuclear da história, na

noite do dia 25 os cientistas que trabalhavam na usina decidiram realizar alguns

testes para verificar se as turbinas da usina seriam capazes de produzir energia

suficiente para manter as bombas de refrigeração em funcionamento mesmo em

casos de queda de energia, até que os geradores a diesel pudessem operar.

Esse procedimento manteria o reator resfriado, evitando uma explosão pelo

aumento da temperatura. Durante a execução dos testes ocorreram diversas

falhas que proporcionaram a explosão do reator 4.

Para não ocorrer o cancelamento dos testes, os cientistas ignoraram uma

série de medidas essenciais para evitar um acidente. O sistema de segurança foi

desligado e a capacidade do reator foi reduzida para apenas 25%, um

procedimento que não é permitido pelas medidas de segurança. Por razões

desconhecidas houve uma queda inesperada de potência para menos de 1%.

Então a potência teve de ser aumentada lentamente. Mas trinta segundo após o

início do aumento a potência cresceu repentinamente e de forma inesperada. O

desligamento de emergência do reator que cessaria a reação em cadeia falhou, e

o controle dos testes foi totalmente perdido.

Em segundos o nível da potência e da temperatura subiu de forma

descontrolada e o reator explodiu. A tampa de vedação, que pesava mil toneladas

foi arrancada e a temperatura de mais de 2000°C derreteu as hastes de controle,

onde estava armazenado o grafite para controle da reação, que acabou entrando

em combustão, e em seguida, começaram a serem liberados para a atmosfera os

materiais radioativos provenientes da fissão realizada pelo reator. A força da

explosão foi quatrocentas vezes maior do que a das bombas lançadas sobre

Hiroshima e Nagasaki.

Existem duas teorias que explicam o que realmente ocorreu em Chernobyl

à primeira, publicada em agosto de 1986, culpa os operadores da usina,

afirmando que a falha humana foi o principal motivo da explosão. A segunda

teoria, publicada em 1991, atribuiu o acidente a defeitos no projeto das hastes de

controle do reator Mas a realidade é que aconteceu a conjunção das duas. O

teste aconteceu sob pressão, pois havia sido interrompido por nove horas e

precisava voltar a fornecer energia para a capital, Kiev. Falhas técnicas na

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produção do reator também são apontadas como causa do acidente. As hastes

de controle para reduzir a fissão podem provocar efeito contrário quando inseridas

muito rapidamente, o que pode ter ocorrido em Chernobyl.

Para conter o incêndio os bombeiros jogaram água de resfriamento no

núcleo do reator por dez horas, mas não conseguiram obter um resultado

satisfatório. Então durante o período de 27 de abril até 5 de maio, trinta

helicópteros sobrevoaram a área despejando um total de duas mil e quatrocentas

toneladas de chumbo e mil e oitocentas toneladas de areia para tentar abafar o

fogo e absorver a radiação. Com essa medida eles acabaram provocando efeito

contrário, pois mantiveram material acumulado sob a camada de areia e chumbo

e o calor aumentou novamente. Somente após 6 de maio o fogo foi controlado

com nitrogênio.

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6 ConseqüênciasA explosão de Chernobyl foi o pior acidente nuclear do mundo, houve

muitas conseqüências, plantações, animais e seres humanos foram prejudicados

por esta catástrofe e sofrem até os dias de hoje. Em 1986 quase 400 milhões de

pessoas viviam próximas as áreas contaminadas pela radiação, e cerca 5 milhões

ainda estão sendo expostas a níveis perigosos de contaminação. A nuvem

radioativa que surgiu após a explosão, contaminou os solos e águas de

aproximadamente 137 mil km² de territórios na Ucrânia, Bielorrússia e Rússia, o

estrago foi tanto inutilizou ainda 114 mil hectares de terra e 492 mil hectares de

floresta, forçando mais de 400 mil pessoas abandonarem suas casas rapidamente

para não serem contaminadas. Muitos morreram e morrem por conseqüência da

radiação liberada pela explosão, e há casos em que pessoas ainda estão

desenvolvendo doenças. Em 1986 quase 400 milhões de pessoas viviam

próximas as áreas contaminadas pela radiação, e cerca de 5 milhões de pessoas

ainda estão sendo expostas a níveis perigosos de contaminação.

O maior legado pelo vazamento da radiação em Chernobyl foi a morte de

aproximadamente 4 mil pessoas, segundo os dados da ONU. Atualmente, a

radioatividade liberada é ligada a casos de câncer na tiróide. Cientistas israelitas

e ucranianos também descobriram evidências de que pequenas doses de

radiação podem provocar mudanças no DNA humano e que estas passam para

futuras gerações. Análises feitas com crianças, que nasceram depois da explosão

registraram um grande aumento de mutações, que poderão ser de longa duração,

revelou o estudo, essas crianças eram descendentes de pais que limparam o

reator da central nuclear. O mesmo estudo também aponta que mais de 500 mil

pessoas nas próximas gerações podem continuar a ser afetadas pelo maior

acidente do gênero da história da humanidade.

Animais sofreram mutações genéticas, que antes do acidente eram

consideradas raras, a quantidade de radiação nas plantas, fungos e animais pode

aumentar 1.000 vezes em comparação com concentrações no solo e na água. Os

fatores de acumulação e de transição variam consideravelmente em cada

estação, mesmo para a mesma espécie, tornando difícil diferenciar níveis

perigosos de radiação em plantas e animais que parecem ser seguros para

comer. Apenas um monitoramento direto pode determinar os níveis reais. A vida

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selvagem na zona altamente contaminada de Chernobyl, parece florescer, mas a

aparência é enganadora. De acordo com testes morfogênicos, cito genéticos e

imunológicos, todas as espécies que foram estudadas estão em condições

precárias, algumas destas só perseveram ali através de migração de áreas não

contaminadas.

A nuvem carregada de substâncias radioativas, espalhou-se pelo ar e

penetrou o solo. O contato com estas substâncias teve consequências sérias para

a saúde das pessoas muitas delas desenvolveram câncer, problemas circulatórios

e catarata. Nos casos mais graves, a radiação alterou o DNA das células, fazendo

com que elas percam seu ritmo normal de divisão e se comportem como células

cancerosas. Isso tudo identificado em longo prazo a leucemia, que se manifesta

mais rápido que outros tipos de câncer, só aparece nas pessoas irradiadas depois

de pelo menos seis anos. "Quanto maior a exposição à radiação, maior a

probabilidade de as vítimas desenvolverem câncer, Além disso, existe a

possibilidade de os danos serem transmitidos entre gerações", diz Sandra

Bellintani, pesquisadora da área de radioproteção do IPEN (Instituto de Pesquisas

Energéticas e Nucleares).

Entre 1992 e 2002, foram registrados 4.000 casos de câncer de tireoide em

pessoas que, na época do acidente, tinham até 18 anos e moravam em Belarus,

Rússia ou Ucrânia. Como esse tipo de doença é raro entre jovens, estima-se que

ele tenha sido causado pela grande incidência de iodo-131, liberado com o

vazamento de Chernobyl. No caso específico das vítimas de Chernobyl, a

tireoide, que tradicionalmente retém iodo da corrente sanguínea, passou a

acumular uma quantidade maior deste elemento do que deveria. Daí o surgimento

do câncer nas pessoas que moravam nas regiões afetadas.

Além da contaminação pelo ar, os elementos radioativos podem entrar no

corpo levados por água, leite e alimentos. O consumo de verduras plantadas em

solo contaminado apresenta riscos, assim como carne e leite produzidos por

animais que se alimentam de vegetação com radioatividade. Quando indivíduos

não são afetados por altas doses de radiação, as consequências para sua saúde

são chamadas de "efeitos probabilísticos", uma espécie de estado de atenção.

"As pessoas que se encaixam neste grupo não sofrem os danos mais graves. No

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entanto, este quadro pode sofrer mudanças, caso elas continuem se expondo à

radiação", afirma a pesquisadora do IPEN.

Existem alguns estudos que buscam comprovar a transmissão dos danos

da radioatividade pelos genes, incluindo daqueles que se encaixam no "efeito

probabilístico". Da mesma forma, serão necessárias centenas de anos para que

elementos da antiga usina deixem de contaminar aquela região. O césio 137, por

exemplo, leva cerca de 300 anos para perder sua radioatividade.

Algumas alternativas aceleram o processo de descontaminação (para cada

substância radioativa, há um tipo de medicamento que acelera sua excreção via

suor, urina e fezes), mas aparentemente elas não são utilizadas nas áreas

afetadas pela usina de Chernobyl. Os cientistas defendem que se torna difícil

reunir dados devido ao caos nos serviços administrativos, provocado pela

explosão. Muitos doentes foram deslocados e documentos perdidos.

Maior incidência de problemas de saúde em crianças nascidas de país

irradiados, tanto de liquidadores quanto indivíduos que deixaram os territórios

contaminados, especialmente aqueles irradiados no útero. Estes distúrbios

envolvem praticamente todos os órgãos e sistemas do corpo, também incluem

mudanças genéticas e envelhecimento prematuro tanto de adultos quanto

crianças.

Doenças crônicas associadas à contaminação radioativa estão disseminadas em

liquidadores e na população vivendo em territórios contaminados. Entre esses

indivíduos probabilidade é comum, ou seja, as pessoas são muitas vezes

afetadas por múltiplas doenças ao mesmo tempo. Síndrome da fadiga crônica que

é fadiga excessiva e sem alívio, fadiga sem causa aparente, depressão periódica,

perda de memória, dores articulares e musculares difusas, calafrios e febre,

alterações freqüentes de humor, sensibilidade linfo nodal cervical, perda de peso

e também é freqüentemente associada com disfunção do sistema imunológico e

doenças do sistema nervoso central. As primeiras estimativas oficiais da AIEA e

OMS previram poucos casos adicionais de câncer. Em 2005, o Chernobyl Fórum

declarou que o número total de mortos por causa da catástrofe seria de cerca de

9.000 e o número de doentes cerca de 200.000. Estes números não conseguem

distinguir doenças e mortes relacionadas à radiação de mortalidade e morbidade

natural de uma grande base populacional.

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Ainda não se tem o quadro completo de deterioração da saúde nos

territórios contaminados e ainda está longe de completa, apesar de uma grande

quantidade de dados, temos as doenças comprovadas causadas pelo acidente:

Sistema circulatório: Devido principalmente à destruição radioativa do

endotélio, o revestimento interno dos vasos sanguíneos.

Sistema Endócrino: Especialmente patologias de tireóide não-maligna.

Sistema Imunológico: AIDS aumento da incidência e da gravidade de todas

as doenças.

Sistema respiratório: Lesões agudas de inalação no sistema respiratório

superior, uma combinação de rinite, irritação na garganta, tosse seca,

dificuldade para respirar e falta de ar devido ao efeito da inalação de

radioatividade.

Sistema digestório.

Sistema esquelético-muscular: Incluindo alterações patológicas na

estrutura e composição dos ossos: osteogenia e osteoporose.

Sistema nervoso central: Alterações nos lobos frontal, temporal do cérebro,

acarretando inteligência diminuída e distúrbios mentais e comportamentais.

Olhos: Catarata, destruição vítrea, anomalias de refração e desordens

conjuntivas.

Malformações congênitas e anomalias, incluindo, anteriormente, raros

defeitos múltiplos dos membros e cabeça.

Câncer de tireóide, todas as previsões relativas a este câncer foram

errôneas; cânceres de tireóide relacionados com Chernobyl se instalam

rapidamente e tem desenvolvimento agressivo, atingindo tanto crianças

como adultos. Após a cirurgia, as pessoas se tornam dependentes de

medicamentos para reposição hormonal por toda a vida.

Leucemia, o câncer no sangue, não apenas em crianças, mas também na

população adulta em geral dos territórios contaminados.

Intensificação das doenças infecciosas e parasitárias: Hepatites virais e

viroses respiratórias.

Distúrbios funcionais e estruturais dos sistemas cardiovascular, nervoso,

endócrino, reprodutivo entre outros.

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Para evitar que a radiação se espalhasse, um sarcófago feito de chumbo

foi construído cobrindo os restos do reator da usina nuclear e vinte e oito anos

após o acidente ainda é a única proteção para que os 16 milhões de cureis de

radioatividade presente em seu interior não se espalhem. A instalação, construída

6 meses após o acidente, foi criada com muita dificuldade e o mais rápido

possível na tentativa de evitar que a radiação se espalhasse e agravasse a

situação num estado crítico maior ainda. Cerca de meio milhão de metros cúbicos

de concreto e mais de 17 mil toneladas de estruturas metálicas foram

empregadas nesta obra para conter a radiação.

Na época em que o sarcófago foi construído, seu projeto previa que a

estrutura durasse em média 30 anos, porém 28 anos após a sua construção, “O

Refúgio”, nome verdadeiro dado a instalação, tem alguma de suas estruturas com

risco de desmoronamento e segundo especialistas, se o acidente acontecer pode

ser considerado mais grave do que a explosão em 1986.

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7 Atualmente: Local e SobreviventesVinte e oito anos se passaram após o acidente nuclear que afetou Pripyat,

conhecida atualmente como cidade fantasma e com uma zona de exclusão de

trinta quilômetros de raio em torno de Chernobyl. Depois do acontecido, ninguém

mais usou as instalações, deixando tudo abandonado, muitos objetos continuam

do mesmo modo em que foram deixados, como brinquedos, máscaras de gás,

entre outros, ainda se encontram cobertos de poeira radioativa, por essa razão

Prypiat recebeu o nome de "cidade fantasma". De acordo com uma notícia da

Discovery, alguns pinheiros, depois de aproximadamente 14 anos, voltam a

crescer no local onde antes havia uma antiga floresta que foi destruída após a

explosão, essa floresta se localizava cerca de dois quilômetros da usina nuclear

de Chernobyl, centenas de milhares de metros quadrados voltaram a ser úteis

para a produção agrícola agora, mas os lugares bem próximos à usina, a

vegetação e a pecuária não desenvolveram mais.

Em 2012, Chernobyl começa a construir uma nova estrutura de proteção

projetada para reduzir a ameaça de radioatividade no local, que pesa 20.000

toneladas e chega a 108 metros de altura, pois a velha apresentava fissuras e

não era considerada segura. E ainda em 2012, trabalhadores na Ucrânia

construíam a primeira parte de um arco que deve cobrir o reator nuclear que

explodiu. De acordo com reportagens da época, depois de terminada, a estrutura

deveria ser movida até o local para permitir o início do desmonte do reator e a

limpeza do material radioativo.

Remover os materiais radioativos leva décadas e custam milhões de

dólares, sendo um custo enorme para a Ucrânia. Atualmente a área foi aberta

para visitação e recebe vários turistas de todas as partes do mundo, que buscam

compreender o desastre e conhecer a cidade fantasmagórica; após deixar o local,

os visitantes passam por um detector de radiação, se não apresentam sinais de

contaminação, podem seguir tranquilamente.

Em Kiev existe um museu impressionante sobre Chernobyl, lá tem fotos da

época, histórias, vídeos, documentos super secretos, muitas informações incríveis

e chocantes sobre a tragédia. Os sobreviventes de Chernobyl, vivem monitorados

e sofrem por não terem uma vida normal, crianças e adolescentes tiveram uma

infância cheia de dor, injeções de iodo, sessões de quimioterapia, e muitas delas

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esperando somente a chegada da morte, muitas continuam em terrível estado e

enfrentam graves doenças sendo que a mais comum entre os infectados é o

câncer de tireóide que apresentou mais de quatro mil casos. Os liquidadores que

sobreviveram, hoje são inválidos, recebem pensões do governo para arcar com

os tratamentos médicos de doenças. Heróis que não foram valorizados como

deveriam, e os que morreram são enterrados como cidadãos comuns, totalmente

esquecidos. A seguir, alguns depoimentos de sobreviventes da tragédia:

Budkovskiy, um dos homens que entregavam as correspondências quando

os liquidadores desembarcaram na região, disse: “em Chernobyl ninguém sabia o

quão sério tudo era. Nós nem usávamos roupas especiais…".

Victor Bisov, 15 anos, relata também "Ninguém nos avisou sobre o perigo

em colher os morangos e os cogumelos do bosque durante os 2 ou 3 anos. Nós

tomamos o suco das bétulas brancas de Chernobyl, comemos morangos e

cogumelos contendo césio, estrôncio e plutônio, tomamos banho de sol com o ar

poluído de radiação e nadamos nos rios e lagoas contaminados.”

Agora, o depoimento de um dos liquidadores:

"O meu serviço, bem como de meus companheiros, era o transporte de

gado para ser morto. Carregávamos vacas e porcos, e assim que os deixávamos

na beira do precipício, homens trajando uniforme do exército, que ali se

encontravam, os fuzilavam imediatamente. Na primeira noite, o grito triste dos

animais e o barulho dos tiros das pistolas automáticas não saiam de meus

ouvidos. Não conseguia pegar no sono. Nunca havia presenciado cena tão

horrível. Na manhã seguinte, recebi ordens para transportar cavalos. Creio que

jamais poderei esquecer o que ocorreu naquele dia. Já viram alguma vez cavalos

chorarem derramando lágrimas? É um acontecimento muito raro. Pois eles

choravam. Choravam alto. Como se fossem crianças pequenas. Ao serem

colocados na carroceria, eles deitavam suas cabeças sobre a cabine do

motorista. Era como se quisessem firmar seus corpos. O choro miserável dos

cavalos machucou meu coração. Eles seriam atirados no precipício ficando com

os ossos estraçalhados. Fiquei imóvel, cobri o rosto com as duas mãos, e chorei

em voz alta. Eu nunca havia chorado desta maneira. Os cavalos foram queimados

com lança-chamas usados na guerra. Talvez isso amenizasse a dor desses

animais, mas era um verdadeiro inferno.

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Passei a beber como se estivesse me banhando. Durante as duas semanas de

trabalho naquele lugar, os meus cabelos embranqueceram por completo, a ponto

de nem minha mulher me reconhecer. Creio que não poderei esquecer, até minha

morte, as cenas daquela grande matança. À noite, elas surgem em meus sonhos.

“O pesadelo continua”.

Um relato muito comovente é o de Nadzéika, que aos quinze anos passou

a sofrer de câncer e então escrevia em seu diário, o primo ÍgorMaroz, trouxe

trechos do diário de Nadzéika. Na página do dia nove de março, ela nos traz a

tristeza de saber que o final se aproxima:

“Acabou a fábula. Comecei a ficar ruim novamente. Nunca estive tão mal

quanto agora. Já estou sem vontade de lutar contra a doença. As convulsões não

param. O remédio não faz mais efeito. Tenho muito medo. Meus cabelos saem

aos chumaços da minha cabeça. Na consulta periódica, Dra Tatsiana me disse

que o tratamento terminou. De agora em diante, tenho que recuperar minha

saúde em casa. A médica olhou profundamente em meus olhos. Entendi e

compreendi tudo.”

A jovem morreu no final de março, e a última palavra escrita por ela em seu

diário foi a palavra VIXI, que significa, em português, VIVI.

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8 Métodos de Segurança em Usinas NuclearesAcidentes nucleares não são algo impossível de se evitar, existem algumas

medidas essenciais que devem ser tomadas para que não ocorram nada grave,

as usinas devem ser construídas em um local seguro, onde não tem perigo de

terremotos, e o principal seguir as regras de segurança. Os operários que

trabalham na usina devem ter um treinamento reforçado no reator, sabendo como

agir em caso de vazamentos, explosões e outros acidentes que podem acontecer.

A comunicação entre a equipe de segurança e os operários e algo indispensável

para um bom funcionamento geral da usina. O setor de gerenciamento deve ser

composto com pessoas que tem conhecimento no reator e nas normas de

segurança.

De acordo com o site Eletronuclear da Eletrobrás as defesas utilizadas nas

usinas podem ser:

De Projeto– Este conjunto de barreiras engloba os cuidados que são

tomados antes mesmo da escolha do local onde a usina será construída.

São analisados todos os possíveis riscos inerentes ao empreendimento,

até mesmo os mais improváveis, como terremotos ou a queda de um avião

sobre as instalações nucleares.

Físicas– Nesta categoria, estão incluídas todas as proteções utilizadas

para conter ou minimizar os níveis de radiação inerentes ao funcionamento

do reator nuclear. Essas barreiras vão desde a própria estrutura molecular

da pastilha de combustível até as grossas paredes de aço e concreto que

cercam todo o circuito primário da usina.

De Processo– Essas barreiras garantem a segurança do trabalho humano

e sua interação com a máquina, estabelecendo rotinas de trabalho e

procedimentos administrativos e operacionais. Nesta categoria, estão

incluídos itens como os programas de testes periódicos; os procedimentos

de trabalho (operação, manutenção, engenharia, treinamento, química,

proteção radiológica, gestão); e processos de avaliação interna e externa.

Organizacionais– Aqui estão os controles legais institucionais relativos à

segurança. Elas incluem leis específicas de âmbito nacional e

internacional, a existência de um órgão regulador – no caso brasileiro, a

Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) – e de acordos com

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organismos nacionais e internacionais. Além disso, a Política de Gestão

Integrada de Segurançada Eletrobras Eletronuclear preconiza que a

segurança nuclear é mais importante do que a produtividade ou a

economia da empresa. Esse é um compromisso que envolve todos os

trabalhadores da organização e se reflete numa forte cultura de segurança.

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9 Meios de Substituição da Energia NuclearOs riscos que o uso de usinas nucleares traz tanto ao ser humano quanto

ao meio ambiente são tantos que existem várias discussões sobre meios de

energias sustentáveis que podem substituir a utilização da energia nuclear, algo

que seja limpo e não traga danos. Após o acidente de Chernobyl o uso das usinas

nucleares perdeu muita credibilidade, e depois do acontecimento em Fukushima

provocado por um desastre natural, muitos países da Europa estão revendo os

programas de instalação de novas usinas nucleares, e muitos planejam desativar

as existentes, como a Alemanha que decidiu banir as usinas em seu território.

Um dos maiores problemas relacionados à utilização das usinas nucleares

é o lixo radioativo, e uma das energias limpas que não agridem a natureza é a

eólica que é produzida através do vento. A energia eólica abastece locais aonde a

rede elétrica comum não chega e é uma fonte inesgotável de energia. Em 2012, a

China foi o país líder na utilização da energia eólica, sendo responsável por 1/4

da capacidade eólica mundial, logo atrás dela vem os Estados Unidos com uma

capacidade eólica acumulada de 46,9 mil MW, o que corresponde a 19,7% do

total mundial, e em terceiro lugar a Alemanha que registra uma capacidade eólica

total de 29 mil MW, respondendo por 12,2% do acumulado mundial. Segundo um

relatório feito pelo Global Wind Energy Council, em 15 anos a capacidade eólica

mundial passou de 6,1 GW para 238,4 GW. Mesmo com a crise econômica o

setor cresceu 21% em 2011. O Greenpeace também mostrou um estudo

realizado em 2006 pela USP revelando que se o dinheiro necessário para a

finalização de Angra 3 fosse investido em um meio de energia limpa seria

possível construir um parque eólico com o dobro da capacidade de Angra 3, ou

seja, 2.700 MW, em dois anos – sem produzir lixo radioativo, sem o perigo de

contaminação e com as emissões de gases-estufa quase zeradas. 

O Brasil é um dos países mais privilegiados quando o assunto é energia

sustentável, pois possui recursos naturais abundantes como o sol, a água e o

vento. 85% da energia elétrica produzida aqui são através da hidroeletricidade,

que é a utilização da água dos rios. Uma energia limpa e renovável. Outro tipo de

energia limpa é a solar que representa 26% da energia renovável instalada no

planeta, e em 2012 foi à fonte que mais recebeu investimentos. O continente

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Europeu, asiático e a América do norte são os que mais investem neste tipo de

energia.

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10 Considerações FinaisO acidente nuclear em Chernobyl é a maior prova dos riscos que a

radioatividade pode trazer a vida humana e ao meio ambiente. As conseqüências do desastre são tantas que já conseguem deixar grande parte da população contra o uso da energia nuclear, muitas organizações de proteção ao meio ambiente também são contra o uso deste tipo de energia, como o Greenpeace que sempre organiza passeatas relembrando acidentes ocorridos por causa da radioatividade.Algo que poderia trazer tantos benefícios acaba se tornando uma ameaça pela falta de consciência humana que subestima o poder da energia nuclear, como vimos no acidente de Chernobyl, que por um teste indevido acabou se tornando a maior catástrofe nuclear da história. Até que o homem aprenda a usar a energia nuclear com consciência ela sempre será um inimigo para a humanidade.

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