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OBTENÇÃO DE PLANTAS DE CANA-DE- AÇÚCAR POR MEIO DE EMBRIOGÊNESE SOMÁTICA DIRETA Luciana Herculano 1 , Marina Medeiros de Araújo Silva 2 , Francisco Wellington de Oliveira Carneiro 3 e Terezinha Camara 4 ________________ 1. Aluna do curso de Agronomia, bolsista de Iniciação Científica PIBIC/CNPQ, Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Rua Dom Manoel de Medeiros S/N, Dois Irmãos, Recife, PE, CEP: 52171-900. E-mail:[email protected] 2. Aluna do Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Melhoramento Genético de Plantas, UFRPE. 3. Laboratorista, Laboratório de Cultura de Tecidos Vegetais, UFRPE. 4. Orientadora, Professora do Departamento de Química - Área de Química Agrícola da UFRPE. Apoio financeiro: UFRPE e FACEPE. Introdução A cana-de-açúcar (Saccharum spp.) é uma planta de ciclo semi-perene, pertence à divisão Magnoliophyta, classe Liliopsida, subclasse Commilinidae, ordem Cyperales e família Poaceae [1]. Sua cultura é de grande importância para o agronegócio brasileiro, servindo como matéria prima de grande flexibilidade, em especial para produção de açúcar e álcool biocombustível, caracterizando-a como fonte de energia renovável, aspecto relevante quanto à questão de sustentabilidade ambiental [2]. A técnica de micropropagação que se realiza mediante a formação de embriões originários de células não zigóticas é conhecida como embriogênese somática (ES) [3]. A indução de ES tem uma forte dependência genética e em muitas espécies é bastante difícil, exigindo adequação de meios, sistemas de cultivo, tipo de explantes, entre outros fatores [4]. Quando viabilizada, a ES apresenta diversas vantagens sobre as técnicas de micropropagação, dentre as quais se destacam a capacidade de produzir grande número de embriões num espaço limitado in vitro e a possibilidade de utilização nos programas de transformação genética de plantas. A embriogênese somática direta (ESD) em cana-de- açúcar reúne as vantagens supracitadas e representa um avanço importante para a micropropagação e disponibilização, aos agricultores, de variedades recomendadas para regiões específicas. A indução dessa via morfogênica em cana-de-açúcar vem sendo estudada recentemente e necessita de ajustes genótipo- dependentes [5; 6; 7; 8]. A variedade RB 872552, desenvolvida pela RIDESA (Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroalcooleiro) apresenta alta produtividade agrícola e industrial, sendo pouco exigente em fertilidade do solo e com resistência intermediária à escaldadura das folhas e moderada à ferrugem [9]. Este trabalho testou distintas metodologias de indução de ESD visando o ajuste de protocolo de reprodutibilidade da regeneração de cana-de-açúcar na variedade RB 872552. Material e métodos O trabalho foi conduzido no Laboratório de Cultura de Tecidos Vegetais, Departamento de Química da UFRPE. As plantas de cana-de-açúcar provenientes do sistema de imersão temporária (SIT) foram transferidas para frascos contendo 20 mL de meio MS líquido, sem acréscimo de reguladores de crescimento, antes da indução a ESD. Foram utilizados como explante segmentos basais de folhas jovens não expandidas, sendo retiradas as folhas expandidas uma a uma até ficar um cilindro central com aproximadamente 2 mm de diâmetro e 1 cm de comprimento. Os explantes foram mergulhados em solução de ácido ascórbico a 0,5 g.L -1 para evitar o ressecamento e prevenir a oxidação e, em seguida, foram inoculados nos meios de indução de embriogênese somática direta. Os meios de cultura foram autoclavados a 121°C e a 1 atm, por 20 minutos com o pH previamente ajustado para 5,8. Foram estabelecidos quatro tratamentos de indução de ESD, definidos em função da composição dos meios de cultura, de acordo com literatura especializada [5; 6; 7; 8]. Os meios de indução consistiram de adições de reguladores de crescimento e alterações no teor de sacarose no meio básico MS [10]: T1- 0,6 mg.L -1 de ácido 2,4- diclorofenoxiacético (2,4-D) + 3,0% de sacarose [5]; T2- 0,5 mg.L -1 de ácido naftalenoacético (ANA) + 2,5 mg.L -1 de cinetina (Kin) + 4,0% de sacarose [6]; T3- 3,0 mg.L -1 de 2,4-D + 0,5 mg.L -1 de 6-benzilaminopurina (BAP) + 2,0% de sacarose [7]; T4- 3,0 mg.L -1 de 2,4-D + 0,25 mg.L -1 de BAP + 3,0% de sacarose [8]. De acordo com as referências metodológicas utilizadas, os tratamentos T1 e T2 foram mantidos no escuro por todo período de indução de ESD [5; 6], enquanto os tratamentos T3 e T4 foram mantidos no claro [7; 8], sob fotoperíodo de 16 horas e intensidade luminosa de 50 mol.m -2 .s -1 . Todos os tratamentos foram submetidos à temperatura de 25 ± 2°C. Os explantes permaneceram em meio de indução de ESD por 40 dias. Ao término deste período os embriões somáticos formados foram separados e inoculados em meio MS sem adição de regulares de crescimento para favorecer a conversão em plantas. A partir desse subcultivo todos os tratamentos foram mantidos nas condições de luminosidade e temperatura já descritas.

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OBTENÇÃO DE PLANTAS DE CANA-DE-AÇÚCAR POR MEIO DE EMBRIOGÊNESE

SOMÁTICA DIRETALuciana Herculano1, Marina Medeiros de Araújo Silva2, Francisco Wellington de Oliveira Carneiro3 e

Terezinha Camara4

________________1. Aluna do curso de Agronomia, bolsista de Iniciação Científica PIBIC/CNPQ, Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Rua Dom Manoel de Medeiros S/N, Dois Irmãos, Recife, PE, CEP: 52171-900. E-mail:[email protected]. Aluna do Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Melhoramento Genético de Plantas, UFRPE.3. Laboratorista, Laboratório de Cultura de Tecidos Vegetais, UFRPE.4. Orientadora, Professora do Departamento de Química - Área de Química Agrícola da UFRPE.Apoio financeiro: UFRPE e FACEPE.

Introdução

A cana-de-açúcar (Saccharum spp.) é uma planta de ciclo semi-perene, pertence à divisão Magnoliophyta, classe Liliopsida, subclasse Commilinidae, ordem Cyperales e família Poaceae [1]. Sua cultura é de grande importância para o agronegócio brasileiro,servindo como matéria prima de grande flexibilidade, em especial para produção de açúcar e álcool biocombustível, caracterizando-a como fonte de energia renovável, aspecto relevante quanto à questão de sustentabilidade ambiental [2].

A técnica de micropropagação que se realiza mediante a formação de embriões originários de células não zigóticas é conhecida como embriogênese somática (ES) [3]. A indução de ES tem uma forte dependência genética e em muitas espécies é bastante difícil, exigindo adequação de meios, sistemas de cultivo, tipo de explantes, entre outros fatores [4].

Quando viabilizada, a ES apresenta diversasvantagens sobre as técnicas de micropropagação, dentre as quais se destacam a capacidade de produzir grande número de embriões num espaço limitado in vitro e a possibilidade de utilização nos programas de transformação genética de plantas.

A embriogênese somática direta (ESD) em cana-de-açúcar reúne as vantagens supracitadas e representa um avanço importante para a micropropagação e disponibilização, aos agricultores, de variedades recomendadas para regiões específicas. A indução dessa via morfogênica em cana-de-açúcar vem sendo estudada recentemente e necessita de ajustes genótipo-dependentes [5; 6; 7; 8].

A variedade RB 872552, desenvolvida pela RIDESA (Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroalcooleiro) apresenta alta produtividade agrícola e industrial, sendo pouco exigente em fertilidade do solo e com resistência intermediária à escaldadura das folhas e moderada à ferrugem [9].

Este trabalho testou distintas metodologias de indução de ESD visando o ajuste de protocolo de reprodutibilidade da regeneração de cana-de-açúcar na variedade RB 872552.

Material e métodos

O trabalho foi conduzido no Laboratório de Cultura de Tecidos Vegetais, Departamento de Química da UFRPE.

As plantas de cana-de-açúcar provenientes do sistema de imersão temporária (SIT) foram transferidas para frascos contendo 20 mL de meio MS líquido, sem acréscimo de reguladores de crescimento, antes da indução a ESD.

Foram utilizados como explante segmentos basais de folhas jovens não expandidas, sendo retiradas as folhasexpandidas uma a uma até ficar um cilindro central com aproximadamente 2 mm de diâmetro e 1 cm de comprimento. Os explantes foram mergulhados em solução de ácido ascórbico a 0,5 g.L-1 para evitar o ressecamento e prevenir a oxidação e, em seguida, foram inoculados nos meios de indução de embriogênese somática direta.

Os meios de cultura foram autoclavados a 121°C e a 1 atm, por 20 minutos com o pH previamente ajustado para 5,8. Foram estabelecidos quatro tratamentos de indução de ESD, definidos em função da composição dos meios de cultura, de acordo com literatura especializada [5; 6; 7; 8]. Os meios de indução consistiram de adições de reguladores de crescimento e alterações no teor de sacarose no meio básico MS [10]: T1- 0,6 mg.L-1 de ácido 2,4-diclorofenoxiacético (2,4-D) + 3,0% de sacarose [5]; T2-0,5 mg.L-1 de ácido naftalenoacético (ANA) + 2,5 mg.L-1

de cinetina (Kin) + 4,0% de sacarose [6]; T3- 3,0 mg.L-1 de2,4-D + 0,5 mg.L-1 de 6-benzilaminopurina (BAP) + 2,0% de sacarose [7]; T4- 3,0 mg.L-1 de 2,4-D + 0,25 mg.L-1 de BAP + 3,0% de sacarose [8]. De acordo com as referências metodológicas utilizadas, os tratamentos T1 e T2 foram mantidos no escuro por todo período de indução de ESD[5; 6], enquanto os tratamentos T3 e T4 foram mantidos no claro [7; 8], sob fotoperíodo de 16 horas e intensidade luminosa de 50 mol.m-2.s-1. Todos os tratamentos foram submetidos à temperatura de 25 ± 2°C.

Os explantes permaneceram em meio de indução de ESDpor 40 dias. Ao término deste período os embriões somáticos formados foram separados e inoculados em meio MS sem adição de regulares de crescimento para favorecer a conversão em plantas. A partir desse subcultivo todos os tratamentos foram mantidos nas condições de luminosidade e temperatura já descritas.

O experimento foi inteiramente casualizado com 30 repetições por tratamento. Foram avaliadas as seguintes variáveis: oxidação, contaminação e índice de formação de embriões (IFE). O IFE foi calculado como a razão entre o número de explantes que formaram embriões somáticos e o número de explantes inoculados. As demais variáveis foram avaliadas como presença ou ausência de oxidação e contaminação, estabelecendo o valor 2 para presença e 1 para ausência. Para essas variáveis foi realizada a análise da variância (ANOVA) e a comparação das médias entre tratamentos pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

Resultados e Discussão

Aproximadamente um quinto dos explantes inoculados apresentou oxidação, a qual se verifica a partir da liberação de compostos fenólicos por células danificadas com corte. Este processo leva à formação de quinonas que são e tóxicas, se difundem no meio de cultura escurecendo-o e podendo afetar o desenvolvimento dos tecidos em cultivo [11]. Apesar disso, a ocorrência de oxidação nos explantes não se apresentou como fator limitante para a formação e o desenvolvimento de embriões de somáticos, nos tratamentos T3 e T4 (Tabela 1).

Nos tratamentos T3 e T4 observaram-se os maiores índices de formação de embriões somáticos com a subsequente conversão em plantas. A percentagem de formação de embriões viáveis foi da ordem de 43% e de 27% nos tratamentos T3 e T4, respectivamente. Nesses tratamentos a combinação do 2,4-D com o BAP confirma a eficiência dessa auxina na indução de ES, mas destaca, em comparação com o T1, que sua atuação foi influenciada pela presença da citocinina.

Os explantes cultivados nos meios T1 e T2 não formaram embriões somáticos viáveis. Ao longo do período de indução as estruturas globulares formadas tiveram um discreto aumento de tamanho, mas posteriormente apresentaram oxidação seguida de morte dos embriões.

Durante a indução da embriogênese somática foram realizadas observações e registros fotográficos do desenvolvimento embriogênico a cada cinco dias. No quinto dia após a inoculação dos explantes em meio de indução foi verificado o crescimento do tecido mais interno, projetando para o exterior da extremidade basal do explante, que apresentava pontos oxidados (Figura 1). Na Figura 2 observam-se distintas fases de desenvolvimento da embriogênese somática a partir dos explantes submetidos aos meios de indução T3 e T4. Aos 10 dias observou-se o surgimento de uma massa de estruturas globulares similares a embriões somáticos em estádio globular. No 20º dia de cultivo distinguiam-se embriões somáticos em estádio globular bem definido e aos 30 dias de cultivo percebia-se a presença de embriões em estádio de desenvolvimento mais avançado (torpedo). Quando os embriões foram separados do explante e transferidos para tubos de ensaio contendo meio MS sem reguladores de crescimento, surgiram regiões clorofiladas após 15 dias

do subcultivo e a formação de primórdios foliares. Após 60em meio de diferenciação plantas completas foram regeneradas e formaram perfilhos. Não houve conversão de embriões em plantas a partir dos explantes submetidos aos tratamentos T1 e T2.

Diante dos resultados observa-se a viabilidade da técnica de micropropagação da variedade RB 872552 de cana-de-açúcar por meio da indução de embriogênese somática direta com a conversão em plantas no período de 90 a 100 dias após a inoculação dos explantes in vitro. Estudos suplementares estão sendo realizados com a finalidade de verificar o desenvolvimento ex vitro das plantas em casa de vegetação além da histologia dos embriões, para identificar os tipos de células envolvidas na formação e maximizar a produção dos mesmos.

Conclusões

A embriogênese somática direta em segmentos basais de folhas jovens não expandidas da variedade RB 872552 é induzida pela combinação de 2,4-D e BAP em meio MS; a conversão dos embriões em plantas ocorre mediante a supressão dos reguladores de crescimento do meio MS.

Agradecimentos

A FACEPE pela concessão das bolsas de iniciação científica e de mestrado da primeira e segunda autoras, respectivamente.

Referências[1] LUCCHESI, A.A. Cana-de-açúcar. In: CASTRO, P.R.C.; KLUGE,

R.A. (Eds.). Ecofisiologia de culturas extrativistas: cana-de-açúcar, seringueira, coqueiro, dendenzeiro e oliveira. Piracicaba: Cosmópolis Stoller do Brasil, v.1, p.13-45, 2001.

[2] MATSUOKA, S.; GARCIA, A.A.F.; ARIZONO, H. Melhoramento da cana-de-açúcar. In: BORÉM, A. (Eds.). Melhoramento de espécies cultivadas. Viçosa: Editora UFV, p. 205-251, 1999.

[3] WILLIAMS, E.S.; MAHESWARAN, B. Somatic embryogenesis:factors influencing coordinated behavior of cells as an embryogenic group. Ann. Bot., 57: 443-462, 1986.

[4] von ARNOLD, S.; SABALA I.; BOZHKOV P.; DYACHOK J. L.F. Developmental pathways of somatic embryogenesis. Plant Cell, Tissue and Organ Culture, 69: 233-249, 2002.

[5] SNYMAN, S.J.; WATT, M.P; HUCKETT, B.I; BOTHA, F.C.Direct somatic embryogenesis for rapid, cost effective production of transgenic sugarcane (Saccharum spp. hybrids). Proc S Afr Sugar Technol, 74: 186-187, 2000.

[6] DESAI, N.S; SUPRASANNA, P.; BAPAT, V.A. Simple and reproducible protocol for direct somatic embryogenesis from cultured immature inflorescence segments of sugarcane (Saccharum spp.). Curr. Sci., 87: 764-768, 2004.

[7] GEETHA, S.; PADMANABHAN, D. Effect of hormones on direct somatic embryogenesis in sugarcane. Sugar Tech, v.3, p.120-121, 2001.

[8] ALI, A.; NAZ, S.; IQBAL, J. Effect of different explants and media compositions for efficient somatic embryogenesis in sugarcane (Saccharum officinarum). Pak. J. Bot., 39(6): 1961-1977, 2007.

[9] RIDESA - Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroalcooleiro. Boletim Técnico de Lançamento de novas variedades RB de Cana-de-açúcar. (Eds: SIMÕES-NETO, D.E.; MELO, L.J.O.; CHAVES, A.; LIMA, R.O.R.). Recife: Imprensa Universitária da UFRPE, Recife, 2005. 28p. (Boletim Téc. Nº 1).

[10] MURASHIGE, T.; SKOOG, F. A revised medium for rapid growth and biossays with tobacco tissue culture. Physiologia Plantarum, v.15, p.473-497, 1962.

[11] GRATTAPAGLIA, D.; MACHADO, M.A. Micropropagação. In: TORRES, A.C.; Cultura de tecidos e Transformação de Plantas.Brasília: Embrapa-SP/CNPH, v.I, p.183-260, 1998.

Tabela 1. Médias de contaminação, oxidação e índice de formação de embriões somáticos (IFE) após 30 dias de incubação de segmentos de folhas jovens não expandidas em diferentes meios de indução de embriogênese somática direta e número médio de plantas de cana-de-açúcar da variedade RB 872552 formadas após 60 dias de inoculação in vitro.

* Médias seguidas da mesma letra nas linhas, para cada variável, não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

Figura 1. Etapas de indução da embriogênese somática direta em explantes de cana-de-açúcar. Da esquerda para direita: plantas de cana in vitro em meio MS líquido sem reguladores de crescimento; extração do explante a partir das plantas cultivadas em meiolíquido; explantes segmentos basais de folhas jovens não expandidas inoculados em meio de indução de embriogênese somática direta; explante após 5 dias de indução no tratamento T4 apresentando crescimento de tecido mais interno da folha não expandida.

Figura 2. Sequência do desenvolvimento dos embriões somáticos provenientes de segmentos basais de folhas jovens não expandidas(explantes). Da esquerda para a direita (de 1 a 5): (1) formação de massa de estruturas globulares na extremidade basal do explante sobre o tecido foliar mais interno aclorofilado, 10 dias após a inoculação no T3; (2) estruturas globulares mais bem definidas semelhantes a embriões somáticos em estádio globular aos 20 dias de incubação no T3; (3) massa de embriões em distintos estádios de desenvolvimento proveniente do cultivo por 30 dias em meio de indução T4; início de diferenciação de embriões formados em meioT4 de indução de ES, 15 dias após a transferência para meio MS de diferenciação - observam-se regiões clorofiladas e formação de primórdios foliares; plantas formadas 60 dias após o subcultivo dos explantes inoculados em meio T3 de indução de ES para meio de diferenciação.

Tratamentos de indução a EST1 T2 T3 T4

VARIÁVEIS AVALIADAS0,6 mg.L-1 2,4-D +

3% sac

5 mg.L-1 ANA +2,5 mg.L-1 Kin +

4% + sac

3,0 mg.L-1 2,4-D +0,5 mg.L-1BAP +

2% sac

3,0 mg.L-1 2,4-D + 0,25 mg.L-1

BAP + 3% sac

Contaminação 1,082 a 1,038 a 1,038 a 1,108 a

Oxidação 1,974 a 1,948 a 1,948 a 1,939 a

Índice de formação de embriões somáticos 0 0 0,43 0,27

Nº médio de plantas formadas a partir de 30 explantes inoculados

0 0 155 62