observação observaçãobase empírica sujeito cognoscente realidade histórica socialmente vivida...

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METODOLOGIAMETODOLOGIA CIENTÍFICACIENTÍFICA

Quinta AulaQuinta Aula

Page 2: Observação ObservaçãoBase Empírica Sujeito cognoscente Realidade histórica socialmente vivida ação sensorial & reflexiva raramente há caráter natural

ObservaçãoObservação

Observação Base Empírica

Sujeitocognoscente

Realidade históricasocialmente vivida

ação sensorial& reflexiva

raramente há caráter“natural” nos fenômenoscorrentes no planeta terra

Page 3: Observação ObservaçãoBase Empírica Sujeito cognoscente Realidade histórica socialmente vivida ação sensorial & reflexiva raramente há caráter natural

ObservaçãoObservação

1) Na fase exploratória1) Na fase exploratóriaA observação é aplicada para colher A observação é aplicada para colher

informações iniciais sobre alguns aspectos da informações iniciais sobre alguns aspectos da realidade e sobre o conhecimento científico realidade e sobre o conhecimento científico acumuladoacumulado

Tem por finalidade criar condições para a Tem por finalidade criar condições para a elaboração do projetoelaboração do projeto

1 - Observa-se meticulosamente a literatura.1 - Observa-se meticulosamente a literatura.

2 - Observa-se preliminarmente o campo.2 - Observa-se preliminarmente o campo.

Page 4: Observação ObservaçãoBase Empírica Sujeito cognoscente Realidade histórica socialmente vivida ação sensorial & reflexiva raramente há caráter natural

ObservaçãoObservação

2) Na fase de campo2) Na fase de campo A observação é aplicada sistematicamente para A observação é aplicada sistematicamente para

colher todas as informações necessárias para o colher todas as informações necessárias para o exercício de refutação/afirmação das conjecturas exercício de refutação/afirmação das conjecturas apresentadas pela hipóteseapresentadas pela hipótese

Tem por finalidade criar condições para a Tem por finalidade criar condições para a validação empírica da hipótesevalidação empírica da hipótese

Page 5: Observação ObservaçãoBase Empírica Sujeito cognoscente Realidade histórica socialmente vivida ação sensorial & reflexiva raramente há caráter natural

ObservaçãoObservação

• Num sentido restritoNum sentido restritoObservação é aplicar os sentidos a fim de obter Observação é aplicar os sentidos a fim de obter

uma determinada informação sobre algum aspecto da uma determinada informação sobre algum aspecto da realidaderealidade

• Num sentido amploNum sentido amploObservação não se trata apenas de ver, mas de Observação não se trata apenas de ver, mas de

examinar. Não se trata somente de entender, mas de examinar. Não se trata somente de entender, mas de auscultar. auscultar.

Page 6: Observação ObservaçãoBase Empírica Sujeito cognoscente Realidade histórica socialmente vivida ação sensorial & reflexiva raramente há caráter natural

Trata-se também de ler documentos (livros, Trata-se também de ler documentos (livros,

jornais, impressos diversos) na medida em que esses não jornais, impressos diversos) na medida em que esses não somente nos informam dos resultados das observações e somente nos informam dos resultados das observações e pesquisas feitas por outros, mas traduzem a reação dos pesquisas feitas por outros, mas traduzem a reação dos seus autores.seus autores.

• Kaplan (1975)Kaplan (1975)““O observador padrão não é o homem que vê e O observador padrão não é o homem que vê e

relata o que todos observadores normais vêem e relatam, relata o que todos observadores normais vêem e relatam, mas o homem que vê em objetos familiares o que mas o homem que vê em objetos familiares o que ninguém viu antes”.ninguém viu antes”.

Page 7: Observação ObservaçãoBase Empírica Sujeito cognoscente Realidade histórica socialmente vivida ação sensorial & reflexiva raramente há caráter natural

• Obs.: Obs.: é preciso limitar e definir com precisão o é preciso limitar e definir com precisão o que deseja observar; pois, não é possível observar que deseja observar; pois, não é possível observar tudo, ou muitas coisas ao mesmo tempo com o rigor tudo, ou muitas coisas ao mesmo tempo com o rigor científico necessário.científico necessário.

• ““Observação científica”Observação científica”A observação científica pode ser: A observação científica pode ser:

- - assistemática assistemática

-- sistemáticasistemática

Page 8: Observação ObservaçãoBase Empírica Sujeito cognoscente Realidade histórica socialmente vivida ação sensorial & reflexiva raramente há caráter natural

• ““Observação assistemática”Observação assistemática”

Page 9: Observação ObservaçãoBase Empírica Sujeito cognoscente Realidade histórica socialmente vivida ação sensorial & reflexiva raramente há caráter natural

• ““Observação assistemática” Observação assistemática” (= (= ocasional; simples; não estruturada)ocasional; simples; não estruturada)

Page 10: Observação ObservaçãoBase Empírica Sujeito cognoscente Realidade histórica socialmente vivida ação sensorial & reflexiva raramente há caráter natural

• ““Observação assistemática” Observação assistemática” (= (= ocasional; simples; não estruturada)ocasional; simples; não estruturada)

• Quando por razões éticas, morais, legais ou qualquer Quando por razões éticas, morais, legais ou qualquer outras não se pode reproduzir o fenômeno observado. outras não se pode reproduzir o fenômeno observado.

Page 11: Observação ObservaçãoBase Empírica Sujeito cognoscente Realidade histórica socialmente vivida ação sensorial & reflexiva raramente há caráter natural

• ““Observação assistemática” Observação assistemática” (= (=

ocasional; simples; não estruturada)ocasional; simples; não estruturada)

• Quando por razões éticas, morais, legais ou quaisquer Quando por razões éticas, morais, legais ou quaisquer outras não se pode reproduzir o fenômeno observado. outras não se pode reproduzir o fenômeno observado. Daí aproveita-se fortuitamente o fenômeno que se Daí aproveita-se fortuitamente o fenômeno que se apresenta; pois o fenômeno se dá de forma apresenta; pois o fenômeno se dá de forma imprevisível, ou quando previsível não se sabe imprevisível, ou quando previsível não se sabe exatamente em que momento. exatamente em que momento.

Page 12: Observação ObservaçãoBase Empírica Sujeito cognoscente Realidade histórica socialmente vivida ação sensorial & reflexiva raramente há caráter natural

• ““Observação assistemática” Observação assistemática” (= (= ocasional; simples; não estruturada)ocasional; simples; não estruturada)

• Quando por razões éticas, morais, legais ou qualquer Quando por razões éticas, morais, legais ou qualquer outras não se pode reproduzir o fenômeno observado. outras não se pode reproduzir o fenômeno observado. Daí aproveita-se fortuitamente o fenômeno que se Daí aproveita-se fortuitamente o fenômeno que se apresenta; pois o fenômeno se dá de forma apresenta; pois o fenômeno se dá de forma imprevisível, ou quando previsível não se sabe imprevisível, ou quando previsível não se sabe exatamente em que momento. Ex.: estudos de exatamente em que momento. Ex.: estudos de comportamento em situações críticas; estudos comportamento em situações críticas; estudos sísmicos.sísmicos.

Page 13: Observação ObservaçãoBase Empírica Sujeito cognoscente Realidade histórica socialmente vivida ação sensorial & reflexiva raramente há caráter natural

• ““Observação assistemática” Observação assistemática” (= (= ocasional; simples; não estruturada)ocasional; simples; não estruturada)

• Quando por razões éticas, morais, legais ou qualquer Quando por razões éticas, morais, legais ou qualquer outras não se pode reproduzir o fenômeno observado. outras não se pode reproduzir o fenômeno observado. Daí aproveita-se fortuitamente o fenômeno que se Daí aproveita-se fortuitamente o fenômeno que se apresenta; pois o fenômeno se dá de forma apresenta; pois o fenômeno se dá de forma imprevisível, ou quando previsível não se sabe imprevisível, ou quando previsível não se sabe exatamente em que momento. Ex.: estudos de exatamente em que momento. Ex.: estudos de comportamento em situações críticas; estudos sísmicos.comportamento em situações críticas; estudos sísmicos.

• -- Observação assistemática “não-participante”Observação assistemática “não-participante”

Page 14: Observação ObservaçãoBase Empírica Sujeito cognoscente Realidade histórica socialmente vivida ação sensorial & reflexiva raramente há caráter natural

• ““Observação sistemáticaObservação sistemática””

Page 15: Observação ObservaçãoBase Empírica Sujeito cognoscente Realidade histórica socialmente vivida ação sensorial & reflexiva raramente há caráter natural

• ““Observação sistemáticaObservação sistemática”” (= planejada, (= planejada, estruturada, controlada) estruturada, controlada)

Page 16: Observação ObservaçãoBase Empírica Sujeito cognoscente Realidade histórica socialmente vivida ação sensorial & reflexiva raramente há caráter natural

• ““Observação sistemáticaObservação sistemática”” (= planejada, (= planejada, estruturada, controlada)estruturada, controlada)

• considera-se:considera-se:

Page 17: Observação ObservaçãoBase Empírica Sujeito cognoscente Realidade histórica socialmente vivida ação sensorial & reflexiva raramente há caráter natural

• ““Observação sistemáticaObservação sistemática”” (= planejada, (= planejada, estruturada, controlada)estruturada, controlada)

• considera-se: por que observar? considera-se: por que observar?

Page 18: Observação ObservaçãoBase Empírica Sujeito cognoscente Realidade histórica socialmente vivida ação sensorial & reflexiva raramente há caráter natural

• ““Observação sistemáticaObservação sistemática”” (= planejada, (= planejada, estruturada, controlada)estruturada, controlada)

• considera-se: por que observar? para que observar considera-se: por que observar? para que observar (objetivos)?(objetivos)?

Page 19: Observação ObservaçãoBase Empírica Sujeito cognoscente Realidade histórica socialmente vivida ação sensorial & reflexiva raramente há caráter natural

• ““Observação sistemáticaObservação sistemática”” (= planejada, (= planejada, estruturada, controlada)estruturada, controlada)

• considera-se: por que observar? para que observar considera-se: por que observar? para que observar (objetivos)? como observar (metodologia)? (objetivos)? como observar (metodologia)?

Page 20: Observação ObservaçãoBase Empírica Sujeito cognoscente Realidade histórica socialmente vivida ação sensorial & reflexiva raramente há caráter natural

• ““Observação sistemáticaObservação sistemática”” (= planejada, (= planejada, estruturada, controlada)estruturada, controlada)

• considera-se: por que observar? para que observar considera-se: por que observar? para que observar (objetivos)? como observar (metodologia)? o que (objetivos)? como observar (metodologia)? o que observar? observar?

Page 21: Observação ObservaçãoBase Empírica Sujeito cognoscente Realidade histórica socialmente vivida ação sensorial & reflexiva raramente há caráter natural

• ““Observação sistemáticaObservação sistemática”” (= planejada, (= planejada, estruturada, controlada)estruturada, controlada)

• considera-se: por que observar? para que observar considera-se: por que observar? para que observar (objetivos)? como observar (metodologia)? o que (objetivos)? como observar (metodologia)? o que observar? quem observa?observar? quem observa?

Page 22: Observação ObservaçãoBase Empírica Sujeito cognoscente Realidade histórica socialmente vivida ação sensorial & reflexiva raramente há caráter natural

• ““Observação sistemáticaObservação sistemática”” (= planejada, (= planejada, estruturada, controlada)estruturada, controlada)

• considera-se: por que observar? para que observar considera-se: por que observar? para que observar (objetivos)? como observar (metodologia)? o que observar? (objetivos)? como observar (metodologia)? o que observar? quem observa?quem observa?

• por ser sistemática deve: ser planejada; indicar quais por ser sistemática deve: ser planejada; indicar quais informações que realmente interessam ao estudo; utilizar informações que realmente interessam ao estudo; utilizar um instrumento de observação; indicar e limitar a área de um instrumento de observação; indicar e limitar a área de observação; evitar ao máximo a apreensão subjetiva dos observação; evitar ao máximo a apreensão subjetiva dos fato observados; indicar o campo, o tempo e a duração da fato observados; indicar o campo, o tempo e a duração da observaçãoobservação

Page 23: Observação ObservaçãoBase Empírica Sujeito cognoscente Realidade histórica socialmente vivida ação sensorial & reflexiva raramente há caráter natural

• ““Observação sistemáticaObservação sistemática”” (= planejada, estruturada, (= planejada, estruturada, controlada)controlada)

• considera-se: por que observar? para que observar (objetivos)? considera-se: por que observar? para que observar (objetivos)? como observar (metodologia)? o que observar? quem observa?como observar (metodologia)? o que observar? quem observa?

• por ser sistemática deve: ser planejada; indicar quais por ser sistemática deve: ser planejada; indicar quais informações que realmente interessam ao estudo; utilizar um informações que realmente interessam ao estudo; utilizar um instrumento de observação; indicar e limitar a área de instrumento de observação; indicar e limitar a área de observação; evitar ao máximo a apreensão subjetiva dos fato observação; evitar ao máximo a apreensão subjetiva dos fato observados; indicar o campo, o tempo e a duração da observaçãoobservados; indicar o campo, o tempo e a duração da observação

• - - Observação sistemática “participante”Observação sistemática “participante”

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Campo de ObservaçãoCampo de Observação• serve para selecionar, limitar e identificar o que vai serve para selecionar, limitar e identificar o que vai

ser observado;ser observado;

• só se define o campo com a definição de um problema só se define o campo com a definição de um problema que se pretende responder;que se pretende responder;

• deve abranger: a população, as circunstâncias, o local;deve abranger: a população, as circunstâncias, o local;

• deve ainda ser dividido em partes: unidades de deve ainda ser dividido em partes: unidades de observação.observação.

Page 25: Observação ObservaçãoBase Empírica Sujeito cognoscente Realidade histórica socialmente vivida ação sensorial & reflexiva raramente há caráter natural

• Unidades de ObservaçãoUnidades de Observação• unidade de observação é um modo de classificar conceitos, unidade de observação é um modo de classificar conceitos,

distinguindo e agrupando mentalmente as variáveis que existem distinguindo e agrupando mentalmente as variáveis que existem na realidade.na realidade.

• são pessoas, grupos, objetos, atividades, instituições e são pessoas, grupos, objetos, atividades, instituições e acontecimentos dos quais a pesquisa versa , agrupadas por acontecimentos dos quais a pesquisa versa , agrupadas por possuírem características em comum, sendo selecionados de possuírem características em comum, sendo selecionados de acordo com o planejamento da observação.acordo com o planejamento da observação.

Obs.:Obs.: nos estudos epidemiológicos estas unidades podem ser nos estudos epidemiológicos estas unidades podem ser denominadas de variáveis em estudos (dependentes e denominadas de variáveis em estudos (dependentes e independentes).independentes).

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• Observação Sistemática pode ser Observação Sistemática pode ser

feita de:feita de:-- “modo direto”“modo direto”

-- “modo indireto” “modo indireto”

• ““Modo Direto”Modo Direto”

Aplicando-se diretamente os sentidos. Ex.: observar Aplicando-se diretamente os sentidos. Ex.: observar uma patologia em exame clínico com ou sem instrumentos uma patologia em exame clínico com ou sem instrumentos de observação direta; observar o céu com ou sem de observação direta; observar o céu com ou sem

telescópiotelescópio..

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• ““Modo Indireto”Modo Indireto”

Utilizando-se de instrumentos em que, após Utilizando-se de instrumentos em que, após apontar resultados, há a necessidade de inferências apontar resultados, há a necessidade de inferências para se concluir o observado. para se concluir o observado.

Page 28: Observação ObservaçãoBase Empírica Sujeito cognoscente Realidade histórica socialmente vivida ação sensorial & reflexiva raramente há caráter natural

• ““Modo Indireto”Modo Indireto”

Utilizando-se de instrumentos em que, após Utilizando-se de instrumentos em que, após apontar resultados, há a necessidade de inferências apontar resultados, há a necessidade de inferências para se concluir o observado. Ex.: observar uma para se concluir o observado. Ex.: observar uma patologia recorrendo-se aos resultados de exames patologia recorrendo-se aos resultados de exames laboratoriais; usar um rádio-telescópio ou um laboratoriais; usar um rádio-telescópio ou um espectrofotômetro de massa e analisar suas leituras; espectrofotômetro de massa e analisar suas leituras; observar indiretamente o céu a partir de imagens observar indiretamente o céu a partir de imagens registradas em fotos de longa exposição feitas em registradas em fotos de longa exposição feitas em telescópio.telescópio.

Page 29: Observação ObservaçãoBase Empírica Sujeito cognoscente Realidade histórica socialmente vivida ação sensorial & reflexiva raramente há caráter natural

• Obs.: Obs.: a quantificação desenvolve os instrumentos de a quantificação desenvolve os instrumentos de observação ao permitir a matematização dos fatos. Assim, a observação ao permitir a matematização dos fatos. Assim, a linguagem numérica é mais indicada do que a linguagem verbal em linguagem numérica é mais indicada do que a linguagem verbal em grande parte dos estudos científicos.grande parte dos estudos científicos.

• Observação documentalObservação documental (pesquisa bibliográfica) (pesquisa bibliográfica)

• 1- 1- É a observação dos registros de observação e das experiências É a observação dos registros de observação e das experiências que outros já fizeram.que outros já fizeram.

• 2- 2- A observação documental, enquanto revisão bibliográfica, A observação documental, enquanto revisão bibliográfica, oferece subsídios e evita redundâncias de estudos, garantindo a oferece subsídios e evita redundâncias de estudos, garantindo a originalidade dos estudos (ou da abordagem dos estudos propostos originalidade dos estudos (ou da abordagem dos estudos propostos ou em andamentoou em andamento

Page 30: Observação ObservaçãoBase Empírica Sujeito cognoscente Realidade histórica socialmente vivida ação sensorial & reflexiva raramente há caráter natural

• 3- 3- A observação documental, enquanto revisão A observação documental, enquanto revisão bibliográfica, oferece subsídios: à escolha da bibliográfica, oferece subsídios: à escolha da metodologia da pesquisa do estudo que se pretende metodologia da pesquisa do estudo que se pretende iniciar; à definição e precisão dos instrumentos; à iniciar; à definição e precisão dos instrumentos; à vinculação e desenvolvimento da teoria implicada vinculação e desenvolvimento da teoria implicada com o estudo.com o estudo.

Page 31: Observação ObservaçãoBase Empírica Sujeito cognoscente Realidade histórica socialmente vivida ação sensorial & reflexiva raramente há caráter natural

• Fichas BibliográficasFichas BibliográficasSão utilizadas na pesquisas. Podem ser de dois tipos:São utilizadas na pesquisas. Podem ser de dois tipos:

1- 1- Ficha bibliográfica: faz toda referência da obra. No Ficha bibliográfica: faz toda referência da obra. No verso se faz um breve comentário do material, verso se faz um breve comentário do material, anotando o que interessa nesta obra e/ou explicando anotando o que interessa nesta obra e/ou explicando por que ela interessa.por que ela interessa.

2- 2- Ficha de conteúdo (=documental): apresenta citação; Ficha de conteúdo (=documental): apresenta citação; resumos; síntese; e/ou breves referências.resumos; síntese; e/ou breves referências.

Page 32: Observação ObservaçãoBase Empírica Sujeito cognoscente Realidade histórica socialmente vivida ação sensorial & reflexiva raramente há caráter natural

• Fichas BibliográficasFichas BibliográficasSão utilizadas na pesquisas. Podem ser de dois tipos:São utilizadas na pesquisas. Podem ser de dois tipos:

1- 1- Ficha bibliográfica: faz toda referência da obra. No Ficha bibliográfica: faz toda referência da obra. No verso se faz um breve comentário do material, verso se faz um breve comentário do material, anotando o que interessa nesta obra e/ou explicando anotando o que interessa nesta obra e/ou explicando por que ela interessa.por que ela interessa.

2- 2- FichaFichass de conteúdo (=documentais): apresenta de conteúdo (=documentais): apresenta citação; resumos; síntese; e/ou breves referências citação; resumos; síntese; e/ou breves referências organizadas e classificadas por grupos de assunto.organizadas e classificadas por grupos de assunto.

VER: RUDIO (1985, 41-2)VER: RUDIO (1985, 41-2)

Page 33: Observação ObservaçãoBase Empírica Sujeito cognoscente Realidade histórica socialmente vivida ação sensorial & reflexiva raramente há caráter natural

• AmostrasAmostrasAs amostras são instrumentos para se observar As amostras são instrumentos para se observar

fenômenos muito abrangentes.fenômenos muito abrangentes.

Page 34: Observação ObservaçãoBase Empírica Sujeito cognoscente Realidade histórica socialmente vivida ação sensorial & reflexiva raramente há caráter natural

• AmostrasAmostrasAs amostras são instrumentos para se observar As amostras são instrumentos para se observar

fenômenos muito abrangentes. Em vez de se trabalhar fenômenos muito abrangentes. Em vez de se trabalhar com o universo de todos os eventos (ou indivíduos) com o universo de todos os eventos (ou indivíduos) de um fenômeno, trabalha-se com parte destes de um fenômeno, trabalha-se com parte destes (criando um universo amostral).(criando um universo amostral).

Page 35: Observação ObservaçãoBase Empírica Sujeito cognoscente Realidade histórica socialmente vivida ação sensorial & reflexiva raramente há caráter natural

• AmostrasAmostrasAs amostras são instrumentos para se observar As amostras são instrumentos para se observar

fenômenos muito abrangentes. Em vez de se trabalhar fenômenos muito abrangentes. Em vez de se trabalhar com o universo de todos os eventos (ou indivíduos) com o universo de todos os eventos (ou indivíduos) de um fenômeno, trabalha-se com parte destes de um fenômeno, trabalha-se com parte destes (criando um universo amostral). A sua seleção deve (criando um universo amostral). A sua seleção deve responder às seguintes indagações:responder às seguintes indagações:

Page 36: Observação ObservaçãoBase Empírica Sujeito cognoscente Realidade histórica socialmente vivida ação sensorial & reflexiva raramente há caráter natural

1 quantos indivíduos devem estar na amostra para que quantos indivíduos devem estar na amostra para que ela represente de fato a totalidade de elementos da ela represente de fato a totalidade de elementos da populaçãopopulação

2 como selecionar os indivíduos de maneira que todos como selecionar os indivíduos de maneira que todos os casos da população tenham (preferencialmente) os casos da população tenham (preferencialmente) possibilidades iguais de serem representados na possibilidades iguais de serem representados na amostra.amostra.

Page 37: Observação ObservaçãoBase Empírica Sujeito cognoscente Realidade histórica socialmente vivida ação sensorial & reflexiva raramente há caráter natural

• Métodos de amostragemMétodos de amostragem O método de amostragem baseia-se em saber se sua O método de amostragem baseia-se em saber se sua

amostra de sujeitos é bem representativa da população, amostra de sujeitos é bem representativa da população, a fim de lhe ser possível fazer generalizações.a fim de lhe ser possível fazer generalizações.

Para fazer tais inferências, o pesquisador seleciona um Para fazer tais inferências, o pesquisador seleciona um método apropriado de amostragem que leva em conta a método apropriado de amostragem que leva em conta a possibilidade de todos os membros da população possibilidade de todos os membros da população fazerem parte de amostra ou, então, apenas alguns fazerem parte de amostra ou, então, apenas alguns membros da populaçãomembros da população

Page 38: Observação ObservaçãoBase Empírica Sujeito cognoscente Realidade histórica socialmente vivida ação sensorial & reflexiva raramente há caráter natural

Se todos os componentes de tal população tiverem Se todos os componentes de tal população tiverem igual oportunidade (probabilidade) de participar da igual oportunidade (probabilidade) de participar da amostra, diz-se que o método usado é da amostragem amostra, diz-se que o método usado é da amostragem causal; se este não for o caso fala-se em amostragem causal; se este não for o caso fala-se em amostragem não-causal:não-causal:

- Amostras não-probabilísticas - Amostras não-probabilísticas (=não-causais)(=não-causais)

- Amostras probabilísticas - Amostras probabilísticas (=causais)(=causais)

Page 39: Observação ObservaçãoBase Empírica Sujeito cognoscente Realidade histórica socialmente vivida ação sensorial & reflexiva raramente há caráter natural

• Amostras não-probabilísticasAmostras não-probabilísticasbaseiam-se no que convém ao pesquisador:baseiam-se no que convém ao pesquisador:• acidentais: acidentais: os indivíduos aparecem até atingir determinado os indivíduos aparecem até atingir determinado

tamanho de amostra. Mesmo que ocorra uma orientação para tamanho de amostra. Mesmo que ocorra uma orientação para seleção de indivíduos, a escolha garante a “normalidade” dos seleção de indivíduos, a escolha garante a “normalidade” dos resultados e a possibilidade de generalização para toda a resultados e a possibilidade de generalização para toda a população.população.

Ex.: Ex.: opinião de taxistas, barbeiros, e de outras pessoas que opinião de taxistas, barbeiros, e de outras pessoas que supostamente refletem a opinião pública geral.supostamente refletem a opinião pública geral.

• por quotas: por quotas: reproduz a estrutura geral da população.reproduz a estrutura geral da população.

Ex.:Ex.: 50% homens e 50% mulheres. 50% homens e 50% mulheres.

Page 40: Observação ObservaçãoBase Empírica Sujeito cognoscente Realidade histórica socialmente vivida ação sensorial & reflexiva raramente há caráter natural

• intencionais: intencionais: seleciona-se estrategicamente os seleciona-se estrategicamente os

indivíduos mais qualificados e significativos para o indivíduos mais qualificados e significativos para o caso em questão; o que, consequentemente. faz com caso em questão; o que, consequentemente. faz com que o estudo não seja normal e passível de que o estudo não seja normal e passível de generalização para a toda a população.generalização para a toda a população.

Ex.: Ex.: opinião de lideranças comunitárias que opinião de lideranças comunitárias que supostamente refletem uma opinião mais elaborada e supostamente refletem uma opinião mais elaborada e qualificada que a opinião pública geral.qualificada que a opinião pública geral.

Page 41: Observação ObservaçãoBase Empírica Sujeito cognoscente Realidade histórica socialmente vivida ação sensorial & reflexiva raramente há caráter natural

• de julgamentode julgamento (=conveniência): a lógica, o senso (=conveniência): a lógica, o senso

comum ou um julgamento equilibrado podem ser comum ou um julgamento equilibrado podem ser usados na seleção de uma amostra que seja usados na seleção de uma amostra que seja representativa de um grupo maior.representativa de um grupo maior.

Ex.:Ex.: amostra de opiniões veiculadas pelas revistas amostra de opiniões veiculadas pelas revistas “VEJA”, “ISTO É”, “MANCHETE” para se “VEJA”, “ISTO É”, “MANCHETE” para se pesquisar os valores da classe média alta brasileira, pesquisar os valores da classe média alta brasileira, uma vez que estas revistas “parecem” refletir aquilo uma vez que estas revistas “parecem” refletir aquilo que a maioria dos brasileiros deste estrato social que a maioria dos brasileiros deste estrato social desejadeseja

Page 42: Observação ObservaçãoBase Empírica Sujeito cognoscente Realidade histórica socialmente vivida ação sensorial & reflexiva raramente há caráter natural

• Amostras probalísticasAmostras probalísticas- - como todos os componentes da população tem igual como todos os componentes da população tem igual probabilidade de fazer parte da amostra, então todos os probabilidade de fazer parte da amostra, então todos os sujeitos devem ser identificados antes da extração da sujeitos devem ser identificados antes da extração da amostra.amostra.

• causal simples: causal simples: quando se toma como homogêneos os quando se toma como homogêneos os elementos do universo em que se definirá a amostra e elementos do universo em que se definirá a amostra e aleatoriamente se extrai os indivíduos (usando a aleatoriamente se extrai os indivíduos (usando a “Tábua de números aleatórios” ou uma regra que “Tábua de números aleatórios” ou uma regra que garanta a aleatoriedade sem criar viés).garanta a aleatoriedade sem criar viés).

Page 43: Observação ObservaçãoBase Empírica Sujeito cognoscente Realidade histórica socialmente vivida ação sensorial & reflexiva raramente há caráter natural

• causal estratificada: causal estratificada: tal como a amostra por quotas, a população tal como a amostra por quotas, a população

(=universo) é dividida por estratos; mas aqui se garante a igual (=universo) é dividida por estratos; mas aqui se garante a igual probabilidade. As sub-amostras reunidas formam a amostra probabilidade. As sub-amostras reunidas formam a amostra geral.geral.

Ex.: Ex.: sexo (homens/mulheres); idade(7,8,9,10,11,12 anos)sexo (homens/mulheres); idade(7,8,9,10,11,12 anos)• por agrupamento: por agrupamento: chega-se ao grupo final através de chega-se ao grupo final através de

amostragem inicial de feixes maiores.amostragem inicial de feixes maiores.

Ex.: Ex.: para pesquisar a opinião dos usuários dos serviços de para pesquisar a opinião dos usuários dos serviços de saúde, por amostragem simples ou estratificada se define-se saúde, por amostragem simples ou estratificada se define-se pela ordem: os distritos sanitários de um município; as unidades pela ordem: os distritos sanitários de um município; as unidades de saúde; as especialidades médicas; os médicos; os pacientes.de saúde; as especialidades médicas; os médicos; os pacientes.

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Bibliografia Bibliografia

LEVIN, Jack “Estatísticas aplicada a ciência LEVIN, Jack “Estatísticas aplicada a ciência

humanas” 2humanas” 200 ed., São Paulo, HARBRA, 1987.ed., São Paulo, HARBRA, 1987.

RUDIO, Franz Victor “Introdução ao projeto de RUDIO, Franz Victor “Introdução ao projeto de pesquisa científica” 10pesquisa científica” 100 0 ed, Petrópolis, 1985. ed, Petrópolis, 1985.

RUIZ, João Álvaro “Metodologia Científica: guia RUIZ, João Álvaro “Metodologia Científica: guia para eficiência nos estudos” São Paulo, Atlas, para eficiência nos estudos” São Paulo, Atlas, 1979.1979.