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Francisco Gomes da Silva Observação Dinamarca

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Page 1: Observação Dinamarca

Francisco Gomes da Silva

Observação Dinamarca

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Francisco Gomes da Silva

Dinamarca - Arménia

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Francisco Gomes da Silva

Dinamarca

• Schmeichel – guarda-redes seguro, experiente e com bom jogo de pés, procura jogar longo para Bendtner;• Ankersen – lateral-direito regular e que oferece garantias ofensivas à equipa;• Kjaer – central experiente e líder da defesa, procura sair a jogar curto mas quando é pressionado joga longo;• Bjelland – central canhoto, forte no jogo aéreo e que sente-se confortável a iniciar a manobra ofensiva;• Boilesen – lateral-esquerdo competente defensivamente e ofensivamente consegue oferecer profundidade;• Kvist – pivot-defensivo com grande capacidade de iniciativa, é a 1ª referência ofensiva;• Krohn-Dehli – experiente e dotado tecnicamente, pode actuar como médio-centro ou extremo;• Hojbjerg – médio-centro que imprime mais dinâmica e intensidade no jogo, agressivo e evoluído tecnicamente;• Schone – extremo que joga nas duas faixas, rápido, ágil, móvel e com grande capacidade técnica;• Eriksen – jogador com maior liberdade ofensiva da equipa, pode actuar como extremo e pisar terrenos

interiores ou jogar como médio-ofensivo e organizar as acções ofensivas;• Bendtner – avançado que funciona como a referência da equipa, forte no jogo aéreo e consegue abrir espaços

para os outros jogadores aparecerem em zonas de finalização;• Vibe – entrou aos 56’ minutos para jogar como segundo-avançado e dar velocidade ao ataque;• Okore – entrou aos 57’ minutos para substituir o lesionado Kjaer;• Kahlenberg – entrou aos 74’ minutos para o lugar de Kvist, jogou como médio-esquerdo e deu liberdade a

Boilesen;

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Organização ofensiva

• Equipa organizada em 4x3x3 e 4x2x3x1 (1);• Em 4x2x3x1, Eriksen flecte para o meio e Krohn-Dehli ocupa o seu lugar como extremo-esquerdo, uma

movimentação frequente;• Esquema eficaz e organizado;• Equipa equilibrada ofensivamente e com ritmo médio-alto;• Construção de jogo segura e privilegiando o ataque posicional;• Alternância entre futebol de posse e futebol directo para Bendtner;• 1ª fase de jogo visa o jogo curto com o 1º passe a ter como destino os centrais;• Centrais quando são pressionados procuram jogar longo para os extremos ou Bendtner;• Bjelland gosta de sair a jogar, ficando Kvist a fazer o seu lugar;• Quando não se verifica uma 1ª fase apoiada em passes curtos, os centrais ou até mesmo Schmeichel optam

por um futebol mais directo para Bendtner segurar e servir os extremos;• Hojbjerg e Krohn-Dehli são os jogadores que aparecem nas segundas bolas e reagem de forma rápida e

agressiva para recuperarem a posse logo no meio-campo contrário;• Extremos pressionam alto, formando um bloco compacto no corredor central juntamente com os dois

médios;• 2ª fase padronizada entre posse de bola e futebol directo em momentos de pressão;

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Organização ofensiva

• Na 2ª fase os centrais procuram Kvist como 1ª referência de construção de jogo ou os laterais para progredirem no terreno, devemos aproveitar o espaço entre os sectores para fazer pressão (2);

• Se os laterais forem pressionados nesta fase optam por jogar mais longo nos extremos e Bendtner que foge da marcação e procura terrenos mais recuados ou nas costas dos extremos;

• A transição da 2ª para a 3ª fase acontece quando os médios (Hojbjerg e Krohn-Dehli) descem no terreno para receberem a bola, normalmente é Hojbjerg que tem essa função;

• Nesta situação os dois laterais já estão no meio-campo adversário e a equipa procura circular a bola para promover a desorganização defensiva da equipa adversária (2);

• Os extremos procuram jogo interior para criarem espaço para os laterais aparecerem com maior liberdade (3);• Hojbjerg e Krohn-Dehli trocam de forma regular de posições e funções, ambos aparecem com frequência em

zonas de finalização mas é Hojbjerg que assume mais o papel de organizador;• Hojbjerg tem maior capacidade para funcionar como médio de transição e de contenção no processo defensivo;• É frequente os médios aparecerem no espaço entre o lateral e o central ou até nas costas dos laterais (4.1 e 4.2);• Krohn-Dehli, Hojbjerg, Eriksen e Schone procuram receber a bola entre-linhas (5);• Hojbjerg e Krohn-Dehli têm boa visão de jogo e são inteligentes tacticamente;• Temporizam pelo melhor momento para colocarem a bola nos extremos que aproveitam a sua velocidade e

técnica para partirem no 1x1;

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Organização ofensiva

• Noutras situações acontece mesmo 2x1 devido ao envolvimento ofensivo dos laterais que apoiam com regularidade os extremos na manobra ofensiva;

• Habitual surgimento de triangulações com o médio-centro, extremo e lateral ou médio-centro, extremo e avançado;

• As trocas posicionais no sector intermédio e ofensivo são uma constante, com excepção de Bendtner;• Eriksen procura diagonais e movimentos interiores, arrastando consigo a marcação do seu adversário o que abre

espaços para a entrada de Boilesen, e dos médios-centro;• Schone é mais jogador de linha quando joga na direita, consegue dar largura ao seu corredor, evoluído

tecnicamente e sem medo de arriscar situações 1x1;• Bendtner apesar da sua estatura é um avançado versátil, móvel, segura bem o jogo, deambula na posição,

descaindo para as laterais e tem um comportamento muito interessante, consegue fixar os centrais na marcação ou descer no terreno para receber a bola entre-linhas, arrastando consigo a marcação e abrindo espaço para os seus colegas o que resultou no 2º golo frente à Arménia (6);

• É preciso cobrir bem os espaços entre-linhas e as zonas laterais devido à qualidade técnica dos extremos e às subidas dos laterais;

• Na 4ª fase, os laterais e extremos procuram o jogo aéreo de Bendtner ou remate de meia-distância por parte dos médios e extremos, atenção ao jogo aéreo nas bolas paradas;

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Transição ofensiva

• Mudança de comportamento é feita de forma segura e privilegiando a posse e circulação de bola;• Quando a equipa contrária concede espaços entre-linhas ou nas costas da defesa a equipa procura jogar de

forma mais directa;• Hojbjerg e Eriksen são as principais referências de organização da equipa, possuem uma grande capacidade

de passe e visão de jogo;• Bendtner recua muitas vezes no terreno para ir buscar jogo e ter mais espaço (6);• Schone aparece nas costas do lateral quando Kjaer ou Bjelland optam por um jogo mais directo;• Bendtner através da sua mobilidade torna as suas movimentações imprevisíveis mas é importante tentar

antecipar para evitar perigo para a nossa baliza, principalmente no jogo aéreo;• Schmeichel e os centrais promovem o contra-ataque pelos corredores laterais com a bola a ser colocada

longa e nas costas dos defesas;• Quando há espaço também colocam em nos médios-centro e em Eriksen que com espaço e tempo imprimem

outra velocidade ao jogo e lateralizam o jogo mais à frente;• Equipa apresenta uma boa dinâmica ofensiva, conseguem envolver-se rapidamente no momento ofensivo;• Importante pressionar e bloquear estas saídas rápidas, explorando o facto da equipa envolver-se muito no

momento ofensivo e ficar exposta defensivamente;

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Organização defensiva

• Equipa defende em bloco médio-alto e organiza-se em 4x3x3 (7.1 e 7.2);• Propensão ofensiva da equipa deixa-a exposta a contra-golpes;• Equipa muito emotiva quando encontra espaços e decidi explorá-los, acabando por promover

descompensações e desequilíbrios defensivos (8);• Devemos explorar estes desequilíbrios e o espaço deixado nas costas dos laterais, preferencialmente de

Boilesen (9);• Centrais têm uma abordagem competente, não costumam seguir a marcação e abrir espaços nas suas costas

mas muitas vezes procuram compensar as subidas dos laterais e acabam por descompensar no corredor central (10);

• Podemos adoptar um futebol mais apoiado e lateralizado para procurar situações de 2x1 nos corredores ou se optarmos por um futebol mais directo, a melhor solução será procurar os corredores laterais (11);

• Ankersen e Boilesen não são fortes no jogo aéreo, comparativamente com o resto da equipa;• A pressão pode ser dividida em dois momentos distintos;• Quando a equipa adversária tem a bola no seu meio-campo defensivo e inicia a sua 1ª fase de construção é

Bendtner o jogador que mais pressiona;• Eriksen e Schone flectem para o meio e formam com Bendtner um bloco compacto e de pressão alta,

juntando-se ainda um dos médios-centro (12.1 e 12.2);

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Organização defensiva

• Quando o adversário já está no seu meio-campo ofensivo a equipa baixa a sua linha e cabe ao trio do meio-campo exercer uma maior pressão (11);

• Prefere baixar as suas linhas e montar um bloco compacto e coeso, ocupando preferencialmente o corredor central na expectativa do erro adversário, para depois sair rápido (11);

• No primeiro momento podemos explorar os espaços que os extremos concedem face aos seus posicionamentos mais interiores (12.2);

• Se conseguirmos quebrar a primeira linha de pressão devemos ser objectivos porque se a equipa recuperar teremos mais dificuldades para circular a bola e criar espaços para desequilibrar;

• Bjelland joga na marcação e Kjaer sobra, os dois centrais apresentam uma boa coordenação;• Ankersen, Boilesen e Kvist procuram referências individuais para marcarem, não dando muito espaço os seus

adversários;• Importante explorar as situações de 1x1 e 2x1 contra os defesas-laterais que são vulneráveis contra

adversários mais rápidos e evoluídos tecnicamente (11);• Este comportamento deve ser tomado antes que Schone e Eriksen recuperem no terreno, sendo que Eriksen

demora mais tempo a recuar e não apresenta grande solidariedade defensiva;

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Transição defensiva

• Equipa tem dificuldades em responder à mudança de comportamento;• Kvist compensa as subidas dos laterais mas Hojbjerg e Krohn-Dehli demoram mais a recuperar porque pisam

terrenos mais adiantados;• Lado direito recupera de forma mais rápida do que o esquerdo, quando Schone actua neste corredor;• Hojbjerg e Krohn-Dehli demoram a recuperar posição e por isso optam por tentar roubar logo a bola no seu

meio-campo ofensivo;• Bjelland tenta cobrir o espaço deixado pela subida de Boilesen o que deixa a defesa muito vulnerável às

transições ofensivas das equipas contrárias, situação que deu origem ao golo da Arménia (9);• Importante aproveitar a pressão do médio-centro que actua mais pelo corredor esquerdo, os movimentos

interiores de Eriksen e as subidas mais à linha de Boilesen para explorar o nosso corredor direito (11);• Envolvimento ofensivo da equipa faz com que a defesa suba no terreno e adopte um bloco médio-alto;• Devemos aproveitar os espaços nas costas e as subidas dos laterais (10);• Defesa procura jogar em linha mas tem dificuldade em travar lances de maior profundidade devido ao facto

de subirem muito para tentarem ganhar logo a bola no meio-campo ofensivo (10);

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Bolas Paradas – A Favor

• Equipa adopta um estilo misto;• Nos cantos o padrão é semelhante em ambos os lados;• Eriksen ou Schone são os marcadores de serviço;• Kvist aparece no 1º poste a finalizar ou a tocar para o 2º poste (13.1 e 13.2);• Bendtner, Kjaer e Bjelland também são referências nos lances de bola parada (13.1 e 13.2);• Krohn-Dehli fixa-se junto do guarda-redes para atrapalhar a sua visão e acção, Bendtner também costuma

aparecer nesta zona (13);• Hojbjerg e Eriksen/Schone ficam à entrada da grande área para as segundas bolas (13.1);• Nos livres laterais a equipa procura um desvio no 1º poste ou uma bola mais longa para a entrada dos centrais e

Bendtner no 2º poste, Krohn-Dehli coloca-se em posição de fora-de-jogo para depois recuar e desequilibrar (14);• Nos livres frontais Eriksen remata directo e é uma grande ameaça;• Atenção às entradas de Kjaer, Bjelland e Bendtner, marcação à zona pode ser a melhor forma de antecipar a

movimentação contrária;• Kvist deve ser marcado de perto e importunado para não conseguir desviar ao 1º poste;• Lançamentos laterais constituem uma ameaça, Kvist coloca longo na área com a equipa a adoptar um

posicionamento idêntico aos dos cantos, situação do 1º golo frente à Arménia (15);

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Bolas Paradas - Contra

• Equipa adopta uma marcação mista;• Nos cantos Hojbjerg cobre o 1º poste, Ankersen adopta uma marcação à zona entre o 1º e o 2º poste, Kvist

aparece entre o canto e o 1º poste e Krohn-Dehli fica à entrada da área (16.1);• Boilesen, Bjelland, Bendtner e Kjaer/Okore, se aparecerem adversários suficientes, marcam individualmente

(16.2);• Equipa procura sair rápido em transições nesta fase do jogo com Eriksen e Schone como as grandes

referências;• Nos cantos e livres devemos aproveitar o espaço deixado no 2º poste para finalizar ou sair curto para

desorganizar a defesa e procurar a zona do 2º poste;• Nos livres laterais procuram jogar em linha e adoptar uma marcação à zona (17);

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16.1

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16.2

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Outras observações

• Equipa com elevado espírito de sacrífico e que mesmo em situação de inferioridade não desiste de procurar o golo;

• Quando está a perder aumenta o seu poder ofensivo, colocando Vibe que dá mais mobilidade, velocidade e profundidade ao ataque, jogando como apoio a Bendtner;

• Krohn-Dehli passou a jogar como extremo-direito mas continuou a pisar terrenos interiores, tal como Eriksen;

• Laterais passaram a dar mais verticalidade ao ataque e a cruzar mais para Bendtner;• Importante manter a concentração e não conceder espaços no nosso meio-campo defensivo;• Preencher bem os espaços entre sectores e não dar liberdade a Eriksen e Hojbjerg;• Cobrir o corredor central para não permitir os remates de longa distância de Eriksen, Hojbjerg, Krohn-

Dehli e Bendtner quando recua no terreno;• Acompanhar as subidas dos laterais contrários;• Devemos explorar a forma como a equipa se desdobra no ataque, deixando a sua defesa vulnerável;• Meio-campo dinâmico mas permite jogar depois de passarmos a 1ª linha de pressão;• Se não conseguirmos explorar os espaços concedidos e a equipa recuperar para montar um bloco médio-

baixo, compacto e coeso devemos ter paciência, circular a bola e procurar a superioridade numérica nos corredores, os espaços entre os centrais e laterais ou promover a saída dos centrais da posição;