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Edição 647 - 04.11.2016 Informativo eletrônico semanal do mandato deputado estadual do PT do Rio Grande do Sul, Adão Villaverde, lan- ça no próximo dia 9, às 19, na 62ª edição da Feira do Livro de Porto Alegre, o livro “É Golpe, sim! Ter- ceiro turno sem urnas, o ataque aos direitos sociais e o entreguismo”. A obra da Editora Sulina promo- ve uma espécie de autópsia do gol- pe de 2016 imposto à presidenta Dilma Rousseff, dissecando a ana- tomia do processo gestado por uma maioria parlamentar, parte do Judi- ciário e setores do empresariado e da mídia, sob inspiração estrangei- ra. Reunindo artigos, crônicas e en- saios do deputado – que é professor universitário e engenheiro – o livro está organizado em três eixos que se entrelaçam. Obra sobre a autópsia do golpe será lançado na Feira do Livro no dia 9/11 O Leia mais em https://goo.gl/kYlLAs “Remando contra a maré” também será lançado no dia 9 m dos temas mais instigantes em economia na atual quadra da história é a do desenvolvi- mento e declínio de regiões em um mundo exposto a intenso processo de globalização. Capi- tais, produção e emprego movimentam-se em grandes ondas no espaço, trazendo prosperida- de ou restringindo as alternativas que os países dispõem para promover o crescimento e o bem-estar. Sob tais condições, cabe perguntar se unidades subnacionais (como os estados brasileiros) são capazes de executar políticas efetivas de incentivo à indústria e, logo, ao desenvolvimento de sua economia, ou se estão aprisionadas aos humores de uma globalização que as incapacita para a ação. Os autores deste livro respondem a essa pergunta a partir de uma perspectiva ativista em defesa de um projeto nacional soberano. Texto da quarta capa do livro Remando contra a maré: política industrial e desenvolvimento econômico no Rio Grande do Sul (2011-2014), organizado por Junico Antunes, Carlos Henrique Horn, Ivan de Pellegrin e Ibes Eron Vaz. O lançamento da obra na Feira do Livro de Porto Alegre e com sessão de autógrafos ocorrem na quarta-feira (09), às 19h. U

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Edição 647 - 04.11.2016Informativo eletrônico semanal do mandato

deputado estadual do PT do RioGrande do Sul, Adão Villaverde, lan-ça no próximo dia 9, às 19, na 62ªedição da Feira do Livro de PortoAlegre, o livro “É Golpe, sim! Ter-ceiro turno sem urnas, o ataque aosdireitos sociais e o entreguismo”.

A obra da Editora Sulina promo-ve uma espécie de autópsia do gol-pe de 2016 imposto à presidentaDilma Rousseff, dissecando a ana-tomia do processo gestado por umamaioria parlamentar, parte do Judi-ciário e setores do empresariado eda mídia, sob inspiração estrangei-ra.

Reunindo artigos, crônicas e en-saios do deputado – que é professoruniversitário e engenheiro – o livroestá organizado em três eixos quese entrelaçam.

Obra sobre a autópsia do golpe serálançado na Feira do Livro no dia 9/11

O

Leia mais em https://goo.gl/kYlLAs

“Remando contra a maré” também será lançado no dia 9

m dos temas mais instigantes em economia na atual quadra da história é a do desenvolvi-mento e declínio de regiões em um mundo exposto a intenso processo de globalização. Capi-tais, produção e emprego movimentam-se em grandes ondas no espaço, trazendo prosperida-de ou restringindo as alternativas que os países dispõem para promover o crescimento e obem-estar. Sob tais condições, cabe perguntar se unidades subnacionais (como os estadosbrasileiros) são capazes de executar políticas efetivas de incentivo à indústria e, logo, aodesenvolvimento de sua economia, ou se estão aprisionadas aos humores de uma globalizaçãoque as incapacita para a ação. Os autores deste livro respondem a essa pergunta a partir deuma perspectiva ativista em defesa de um projeto nacional soberano. Texto da quarta capa dolivro Remando contra a maré: política industrial e desenvolvimento econômico no Rio Grande doSul (2011-2014), organizado por Junico Antunes, Carlos Henrique Horn, Ivan de Pellegrin e IbesEron Vaz. O lançamento da obra na Feira do Livro de Porto Alegre e com sessão de autógrafos ocorremna quarta-feira (09), às 19h.

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AGENDE-SE

Na próxima semana duas importantes audiências públicas irão promovero debate sobre temas relevantes nos âmbitos nacional e estadual. Participe!

Na próxima terça-feira (8), às 18h, será realizadauma audiência pública para debater a atual situaçãoda Casa de Cultura Mario Quintana.

O evento, que foi requerido pelo deputado estadu-al Adão Villaverde (PT), reunirá representantes doSated (Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetácu-los de Diversão do RS) e do Sindicato dos Músicos. Napauta, as denúncias levantadas pelo Sated, que ques-tionam “a substituição de servidores de carreira lotadosna CCMQ por prestadores de serviços terceirizados,denunciam o ‘esvaziamento’ das funções culturais e a‘privatização’ da Casa com a realização de eventos efestas de cunho comercial, cobrança por sessões defotografias e filmagens promocionais particulares, re-tirada de móveis e equipamentos e centralização dedecisões pela atual diretoria, entre outras alegações”.

No próximo dia 11, sexta-feira, no Teatro DanteBarone, os mandatos dos deputados do PT AdãoVillaverde, Nelsinho Metalúrgico e Stela Faias e ManuelaD’Ávila, do PCdoB, realizarão audiência pública paradiscutir os efeitos danosos da MP 746, de reforma doensino médio, e da PEC 241, que congela os investi-mentos federais, nos Institutos Federais de Educaçãodo RS. A iniciativa conjunta dos parlamentares revela aextrema preocupação com os retrocessos e prejuízosque as medidas do governo ilegítimo quer impor à po-pulação em geral e aos estudantes em particular.

Também estará presente no evento em Porto Alegrea deputada federal Maria do Rosário (PT), que integra aComissão Especial da MP 746 na Câmara.

Confirme sua presença no evento no Facebookhttps://www.facebook.com/events/1426710270675891/

Audiência pública debateráa situação da Casa de

Cultura Mario Quintana

Discussão sobre aMP 746, a reforma do

ensino médio e a PEC 241

DENÚNCIAS DE IRREGULARIDADESATAQUES DO GOLPISTA TEMER

Encontros que estimulamdebates e buscam soluções

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AUDIÊNCIA PÚBLICA

governo Sartori está empenhado em privatizar e extinguir fundações do RS. Em contrapartida, o Movimento dos Servi-dores da Fundação Piratini, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS e o Sindicato dos Radialistas do RS lutam parasalvar a TVE e a FM Cultura. Nesse sentido, as entidades promovem, com apoio da CUT-RS, no próximo sábado, dia 5, das15h às 20h, o Salve, Salve TVE e FM Cultura. O evento gratuito, que será realizado na Redenção, já tem como atraçõesconfirmadas Hique Gomez; Nelson Coelho de Castro; Richard Serraria; Gelson Oliveira; Antonio Villeroy; Frank Jorge; MonicaTomasi; Thiago Ramil; Vera Lopes, Pamela Amaro e Glau Barros Rita Rosa; Tribo Brasil; Replicantes; e La Digna Rábia.

A atividade é mais uma etapa da mobilização em defesa da Fundação Piratini, que novamente está ameaçada poraqueles que não veem a comunicação pública como um direito, que não têm compromisso com a democracia, ou simples-mente querem ganhar dinheiro explorando as estruturas públicas.

Uma TV e uma rádio com programações premiadíssimas e consagradas pelo seu conteúdo de interesse público não podemser colocadas a serviço de um grupo ligado a um partido político. A Fundação Piratini é patrimônio de gaúchos e gaúchas.

Marque presença no evento: https://www.facebook.com/events/179508469172576/

Comunidade cultural se mobilizacontra ameaças à Fundação Piratini e TVE

EM DEFESA DO PATRIMÔNIO PÚBLICO

O

Comissão Emergencial vai tratardas escolas de campo com governo

om lotações completas doPlenarinho, do Espaço ConvergênciaAdão Pretto e de mais duas salas decomissões permanentes da AssembleiaLegislativa, a audiência pública “EmDefesa das Escolas de Campo” deixouclaro que há uma forte resistência dacomunidade escolar à ameaça de fecha-mento de estabelecimentos de educa-ção no campo no RS.

Para o deputado Adão Villaverde(PT), que conduziu o encontro noPlenarinho, na tarde de segunda-feira(31), juntamente com o deputado ZéNunes (PT), também proponente doevento, “só uma forte mobilização dacomunidade escolar do meio rural po-derá evitar a extinção de escolas docampo” e o próprio sucateamento doensino público estadual promovido pelogoverno Sartori, em sua lógica perver-

sa de diminuir as funçõespúblicas de Estado.

– Comissão especialNos encaminhamentos

finais, Villaverde sugeriu aparticipação de professo-res, diretores, alunos, paise representantes do Cperse Famurs, em uma comis-são emergencial para tratardireto com a Secretaria deEducação do tema urgentedas escolas de campo.

A pauta deverá incluir aquestão do transporte escolar, aborda-da pelo vereador Dagberto Reis, deSantana do Livramento, agregando ocritério das distâncias para estabeleceros valores repassados aos municípios.E, também, a possível criação de umDepartamento de Escolas do Campo, noâmbito da Secretária Estadual da Edu-cação.

– Presente ao servidorAntes, a presidenta da Cpers,

Helenir Schurer – que ironizou o nonoparcelamento salarial definindo-o como‘presente’ do governo Sartori no Dia doFuncionário Público – destacou a impor-tância da manutenção das escolas decampo para conter o êxodo rural e evi-tar o consequente aumento da popula-ção das periferias das cidades maiores.

Para ela, o fechamento de estabele-cimentos de ensino no meio ruralaprofunda o desmonte da educação pú-blica do estado que já padece de enor-me precarização. “Ao não considerarcomo investimentos os recursos aplica-dos em educação, mas conceituandocomo ‘gastos’, o governo estadual mos-tra uma visão equivocada da importân-cia do processo educacional”, resumiuela.

– Fora, Sartori!Em vários momentos foi entoado o

refrão “Fora, Sartori”, mas o secretá-rio estadual de Educação Luiz Alcobagarantiu que o governo “não tem es-tratégia de extinção das escolas do cam-po”. Afirmou, ainda, que o Executivonão fechará escolas sem ouvir os ato-res do universo de 657 escolas localiza-das no campo, com 57.544 alunos - semcontar colégios na zona urbana que aten-dem estudantes do meio rural. Aprovei-tando o ambiente favorável à contes-tação de iniciativas de retrocesso dogoverno interino de Temer, Alcoba tam-bém assegurou que Sartori não concor-da com a proposta chamada de “Escolasem Partido” porque o cerceamento àliberdade do professor ensinar éinconstitucional e contraria a LDB.Alcoba também se disse crítico à Medi-da Provisória 746, que propõe reduçõesno ensino médio, retirando disciplinasimportantes do currículo obrigatório.

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CHEQUE EM BRANCO

Bancada do PT vota contra projeto que tira poder daAssembleia sobre alienação de patrimônio público

o encaminhar o voto contrário dabancada petista ao PL 181, de autoriado governador José Ivo Sartori, o de-putado Luiz Fernando Mainardi, líder dabancada do PT, afirmou que a propostasinaliza para a implantação de um Es-tado absolutista, contrariando a Cons-tituição e atentando contra prerrogati-

A vas inerentes à sociedade gaúcha. Nasessão des terça-feira (1º), em sessãoplenária da Assembleia Legislativa, oprojeto foi aprovado por 30 votos a 18.

O projeto permite ao Executivo, semautorização do Legislativo, alienar bensimóveis de sua propriedade, dasautarquias e das fundações por meio de

leilão, permuta por outros imóveis pú-blicos ou particulares, bem como porpermuta por área construída.

A bancada do PT ressaltou que não écontra alienação ou permuta de imó-veis, mas não pode abrir mão de suacompetência de analisar, uma a uma,cada proposta.

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Reforma do ensino médio é grave retrocessopara a educação, afirma deputado

MP 746

o representar a AssembleiaLegislativa no Colóquio Regional Sul "EN-SINO MÉDIO: reflexões e propostas", namanhã desta sexta-feira (4), no Salãode Atos da Ufrgs, o deputado estadualAdão Villaverde (PT) reforçou que a Me-dida Provisória 746 é um grave retro-cesso para a educação.

O parlamentar destacou que "nãodevemos tratar um tema desta relevân-

cia de uma forma autoritária, fechada,anti-democrática, sem consultar quemtem capacidade e formação sobre o as-sunto. A Medida Provisória rompe comdiretrizes e orientações construídas emconjunto para a formação do ensinobrasileiro".

O evento, organizado pelas 11 univer-sidades federais da Região Sul, fortale-ceu o debate sobre a MP, que impõe uma

reforma nociva na po-lítica nacional de Ensi-no Médio, com incidên-cia no futuro da Edu-cação Básica e da Edu-cação Superior, inclusi-ve na formação de pro-fessores do Brasil.

Com o apoio daAssociação Nacionaldos Dirigentes das Ins-tituições Federais eEnsino Superior

(ANDIFES), o colóquio visa, ainda, am-pliar as discussões sobre a política na-cional de educação, considerando queas universidades dispõem de acervo deconhecimentos advindos da pesquisa,do ensino e da extensão na EducaçãoBásica e, especificamente, no EnsinoMédio, focalizando a juventude, os pro-fessores e o currículo escolar, no con-texto de escolarização, cidadania e tra-balho no Brasil.

A

Villaverde também conversou com estudantes que estão se mani-festando em defesa das cotas na Universidade Federal do Rio Grandedo Sul e de uma educação de qualidade, ameaçada pela PEC 241, queagora tramita no Senado como PEC 55, e pela MP 746.

O parlamentar destacou que a implementação das políticas decotas foi um enorme avanço que incluiu e contribuiu para a demo-cratização do acesso ao ensino superior. “Numa sociedade injusta eexcludente, a implantação de raciais e sociais é necessária para,ao menos, compensar uma dívida histórica”, afirmou.

Em defesa das cotas na Ufrgs

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PRÊMIO PIONEIRASDA ECOLOGIA

Deputado indica Zoravia e a memória das precursoras

deputado Adão Villaverde (PT) in-dicou, como candidata ao Prêmio Pio-neiras da Ecologia, da AssembleiaLegislativa, a coordenadora da Comis-são Pró-Museu das Águas de Porto Ale-gre, Zoravia Bettiol e homenagem àmemória das três precursoras ecologis-tas que inspiram a distinção do Parla-mento, Giselda Castro, HildaZimmermann e Magda Renner. A ceri-mônia de premiação dos vencedoresacontece no dia 7 de dezembro, às 13h,no Salão Júlio de Castilhos do Parlamen-to gaúcho.

Como Zoravia está completando 80anos de idade e 60 anos de trajetóriade ativismo visual, a indicação do de-putado também se reveste de um cará-ter de homenagem à jornada militanteda artista plástica que lidera o proces-

so de criação do Museudas Águas.

A ideia foi lançado nodia 22 de março de 2012,com a assinatura de umprotocolo de intenções.Desde, então Zoravia de-dica-se quase integral-mente à cruzada daviabilização do Museu.Persistente, tem enfren-tado a indecisão do poderpúblico da capital que,agora, com a mudança dagestão poderá considerara iniciativa secundária.

Integrante da direto-ria da Associação Gaú-cha de Proteção ao Am-biente Natural (Agapan),Zoravia explica que aproposta do Museu é di-nâmica e tem três eixosestruturantes: didático,histórico e artístico. “Amissão do Museu é serum espaço de interaçãoe informação sobre aágua e o ambiente na-tural, através da histó-ria, educação e arte, in-centivando a sociedadea refletir e debater so-luções para a gestão daságuas” diz ela.

Porto alegrense, ar-tista plástica, designer earte-educadora; traba-lha com artes gráficas,

arte têxtil, pintura, murais, instalaçõese performances, ela participou de 135exposições individuais entre 1959 e2014 na América do Sul, Europa, EUA eJapão. Sua principal exposição intitula-se Zoravia Bettiol – A Mais Simples Com-plexidade, MARGS, 2007. Suas obras es-tão em acervos dos principais museusdo mundo como o Metropolitan Museume o Brooklyn Museum, ambos de NovaIorque; o Kunstindustriemuseet, de Osloe o Museum of Modern Art, de Kyoto.

- Parceiras da Assembleia

Já o tributo às três pioneiras, queatuaram por mais de 40 anos em defe-sa da ecologia tornando o RS uma refe-rência mundial, está amparada na cro-nologia do encerramento de um ciclo,

com o recente falecimento da últimadelas, Magda Renner, no dia 11 de ou-tubro. Giselda Castrou morreu em 4 demarço de 2012 e Hilda Zimmermannfaleceu em 3 de maio do mesmo ano.

“Nada mais adequado do que recor-dar o legado delas, mais uma vez, rea-firmando a importância do trabalho in-cansável, responsável por tantas con-quistas ambientais que tivemos”, dizVillaverde, lembrando a parceria com aprópria Assembleia, que resultou, porexemplo, na construção da Lei de Con-trole dos Agrotóxicos do RS (Lei nº7747/1982), que serviu de modelo paraoutros estados e países.

De acordo com o parlamentar, a ho-menagem se justifica plenamente por-que a sociedade gaúcha deve muito àjornada consistente de mais de quatrodécadas dedicada à luta pela melhor qua-lidade de vida de todos, por parte deGiselda, Hilda e Magda que preferiamsempre ser chamadas de ecologistas,ao invés de ambientalistas, porque nãodefendiam apenas o meio ambiente.“Elas diziam que a ecologia é muitomais do que preservar riquezas natu-rais, respeitar a flora e enaltecer afauna. É uma opção de existência quenão admite a exclusão social e requerum cidadão ativo e protagonista. Paraa ecologia, a pobreza é gerada pelo nos-so modelo desigual de progresso”.

Os próprios jornalistas admitem quetêm uma dívida impagável com Giselda,Hilda e Magda que, nos anos 1970 e1980, permitiram que a imprensa rom-pesse as grilhões da censura e usasse acoragem delas para enfrentar a ditadu-ra e criticar os governantes da época,através da divulgação de suas ações fir-mes e determinadas. Estas senhoras demeia idade, da sociedade portoalegrense, que saiam às ruas, commegafones e cartazes, liderando pas-seatas que terminavam no Praça daMatriz, diante do Palácio Piratini. Eramelas que iam a Brasília argumentar con-tra a política econômica que penaliza-va os mais pobres. Corriam o mundo,viajavam por todos os continentes, en-frentavam multinacionais, como a no-rueguesa Borregaard, órgãos como oFMI e megaempresas como aVolkswagen, que se apropriava da Ama-zônia. “Não podem ser esquecidas ja-mais pela história e por todos nós”,acentua Villaverde.

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O FUTURO DO BRASILE A PEC 24

Lógica caótica do ilegítimo e golpista governoTemer privilegia o sistema financeiro

o se manifestar em aparte durante o Grande Expediente do deputado JulianoRoso (PCdoB), sobre o “O futuro do Brasil e a PEC 241”, Adão Villaverde (PT)destacou o enorme retrocesso que esta Proposta de Emenda à Constituição doilegítimo e golpista governo Temer pode trazer para o país.

Na atividade, na tarde de terça-feira (1º), Villaverde asseverou que “esta PECé um grave ataque aos direitos sociais e trabalhistas conquistados nos últimosanos. Ao propor o congelamento dos gastos do governo federal por 20 anos emárea essenciais como saúde, educação e programas sociais, este projeto penali-za, sobretudo, os mais pobres e todos que ascenderam social e economicamentenos governos Lula e Dilma”. Villaverde acentuou que a PEC evidencia uma visãocaótica da gestão interina sobre o papel das funções públicas e da responsabilida-de do Estado, que não deve privilegiar o salvamento do sistema financeiro.

Marcelo Bertani | Agência ALRS

RESISTÊNCIA

A

Estudantes pedem apoio de docentes e lançammanifesto contra criminalização das ocupações

studantes do curso de Letras daUniversidade Federal do Rio Grandedo Sul (UFRGS) divulgaram na noitede quarta-feira (2) um manifesto con-tra a criminalização das ocupaçõesestudantis que se espalharam pelopaís. Publicado na página do movi-mento no Facebook, o manifesto pedeo apoio do conjunto dos docentes doInstituto de Letras à mobilização dosestudantes contra a PEC 241 (agoraPEC 55, no Senado) e a proposta dereforma do ensino médio. “O Conse-lho da Unidade e a Reitoria da UFRGSnão lançaram uma nota sequer aogrande movimento que se iniciou essasemana. Diante disso, fazemos aquium apelo ao conjunto dos professo-res e ao Instituto de Letras para quese posicionem formalmente em rela-ção ao levante de ocupações e que seposicionem contra à criminalizaçãodos movimentos na Universidade”,afirma o documento.

Manifesto pela nãocriminalização daocupação da Letras

“Hoje completamos sete dias deocupação. Sete dias em que as e os es-tudantes da Letras estão fazendo arti-

culações com os outros cursos da Univer-sidade e debatendo exaustivamente a PEC55, a MP da Reforma do Ensino Médio e oprojeto de lei Escola Sem Partido, alémda realização de atividades que vão paraalém do currículo da graduação. Sete diasde exaustivos debates, sete dias de mui-ta organização interna.

Até o dia de hoje, recebemos o apoioinformal de alguns professores. Muitosdeles, generosamente, nos visitam di-ariamente para trazer alimentos e sa-ber como passamos a noite.

Sabemos que não estamos sozinhos:são mais de 1.300 unidades de ensinosuperior e básico ocupadas. É o maiormovimento estudantil brasileiro dos úl-

timos vinte anos, já superando a gran-de greve estudantil do Chile em 2011.Na UFRGS, são 20 cursos paralisados.

Entretanto, não recebemos nenhumdocumento formal que expresse o apoiodo conjunto dos docentes da Letras àocupação do Prédio de Aulas e que si-nalize a legitimidade do nosso movi-mento, bem como a formalização dasuspensão das atividades acadêmicas.

Muito nos preocupa o cerco que sefecha a nível nacional aos processosde ocupação: em Brasília, um juiz jádecretou a validade da tortura psico-lógica para desocupar escolas.

Leia mais em https://goo.gl/zWh9VN

E Ocupa Letras

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ARTIGO

07

s resultados das eleições do últimodomingo tiveram três efeitos drásticos:1. A derrota da esquerda em geral e oPT em particular; 2. A vitória de muitoscandidatos oriundos de partidosnanicos, sob a nova liderança da direi-ta brasileira: o PSDB; 3. A grande mas-sa dos eleitores que não votou em nin-guém para prefeito, tanto no primeirocomo no segundo turno.

É hora depensar na

reconstrução…*

CÉLI PINTO**

Há um grande contingentede pessoas que não

encontrou respostas parasuas demandas, suas

expectativas nos candidatosa prefeitos. Há uma massa

de pessoas de norte a sul dopaís, principalmente nascamadas populares e de

setores da classe médias, queestão politicamente órfãos

O país chegou a este cenário pormúltiplas razões. Apesar de não ser oobjetivo deste artigo analisa-las, valeelenca-las rapidamente: o desgaste de4 mandatos presidenciais do PT; as po-líticas públicas de inclusão dos maispobres dos governos petistas; uma pe-quena, mas mesmo assim ameaçadorapara as elites, mudança nos índices dasdesigualdades sociais; escândalos decorrupção que demonizaram a política;o orquestrado golpe parlamentarmediático que resultou no impeachmentda Presidenta Dilma Rousseff; aespectacularização e ideologização daoperação lava-jato levada a efeito porjovens procuradores federais e um juizde primeira instância; a incapacidadedo campo político progressista de en-tender as manifestações de rua que seinauguraram em 2013 e se estenderamaté 2016; a guinada para uma direitapouco compromissada com princípiosdemocráticos do PSDB; a centralidadedo PMDB como testa de ferro de golpesde variadas matizes; um Supremo Tri-

bunal Federal com poucas luzes paradizer o mínimo. E por último, mas nãomenos importante, um contexto inter-nacional favorável.

O resultado deste quadro é uma di-reita organizada como nunca, desde ostempos do regime militar. Diria até quecomo direita civil , mesmo naquela épo-ca não esteve tão ativa. Mas com maio-rias muito ilusórias, há uma grande con-tingente de pessoas que não encontrourespostas para suas demandas, suasespectativas nos candidatos a prefeitos.Há uma massa de pessoas de norte a suldo país, principalmente nas camadaspopulares e de setores da classe médiasque estão politicamente órfãos.

Soma-se a isto a desagregação polí-tica das forças de esquerda e principal-mente do Partido dos Trabalhadores.Mas salvo um regime de formato dita-torial venha a se impor, haverá espaçopara rearticulação destas forças. E ésobre as possibilidades de rearticulaçãoda esquerda que gostaria de levantaralguns pontos.

Imagino que a reorganização da es-querda no Brasil tenha no mínimo trêscaminhos possíveis: a construção deuma frente ampla; a fundação de umnovo partido; a reestruturação do PT.Qualquer uma das alternativas depara-se com dificuldades e depende de mui-to trabalho e, principalmente, de von-tade política.

A primeira delas, a frente ampla,sempre parece ser a mais fácil, pois nãomexe drasticamente em nenhuma dasforças, apenas pactua um conjunto co-mum de princípios e questões a seremdefendidas. Mas a facilidade é frágil ,pelo menos por dois motivos, em pri-meiro pela linha de corte, quem ficadentro da frente ampla, quem fica fora.Uma frente que reposicione a esquerdanecessita ter defindo a favor de que estáe contra o que está. Por exemplo parti-dos que apoiaram a deposição de DilmaRousseff, poderiam fazer parte? Pararesponder esta questão teríamos deresponder uma anterior? Porquê parti-dos ou frações de partidos que apoia-ram o golpe estariam interessados aparticipar da frente? A resposta a estapergunta já resolveria parte dos pro-blemas.

A questão que a frente traz embuti-da é que exatamente por ser uma fren-te está sempre no limite de se tornarum centrão. Talvez as frentes sejamnecessárias quando realmente estejaassentada uma ditadura, quando, en-tão, todas as forças democráticas, por

mais diferentes que sejam, por maisideológica e programaticamente distin-tas que sejam, necessitam estar jun-tas contra um governo que acaba comtodas as garantias civis, política e so-ciais.

Imagino que areorganização da esquerda

no Brasil tenha no mínimotrês caminhos possíveis: aconstrução de uma frente

ampla; a fundação de umnovo partido; a

reestruturação do PT.Qualquer uma das

alternativas depara-secom dificuldades edepende de muito

trabalho e, principalmente,de vontade política

O segundo caminho é a construçãode um novo partido de esquerda queincorpore forças renovadas, partidári-as ou não, com um programa claro dereconstrução nacional, ideologicamen-te marcado. No Brasil parece ser muitofácil criar partidos, e realmente é quan-do os motivos são pouco republicanoscomo ganhar fundos partidários, posi-ções de liderança na Câmara de Depu-tados ou ser testa de ferro para organi-zações não políticas, como igrejas. Masfundar um partido que objetiverearticular um campo da política é umatarefa bastante distinta e árdua. Umpartido deste porte necessita lideran-ças nacionais, mas não pode ser umpartido destas lideranças. Um partido,por exemplo ,que nasça com um candi-dato natural à presidência da repúblicaestá fadado ao fracasso desde a suaorigem. Um novo partido necessita denovas práticas, de recolhe-las dos mo-vimentos sociais e principalmente dosmovimentos jovens. Um novo partidorepresentaria uma espécie derefundação da esquerda, pós regimemilitar.

*Artigo publicado no jornal eletrônico Sul21

em 3 de novembro de 2016

**Céli Pinto é Professora Titular do Departa-

mento de História da UFRGS.

Leia mais em https://goo.gl/uDGrVX

O

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LITERATURA

utor do livro “É Golpe, sim! Ter-ceiro turno sem urnas, o ataque aosdireitos sociais e o entreguismo”,que será lançado dia 9, o deputadoAdão Villaverde (PT) representou aAssembleia Legislativa na cerimô-nia de abertura da Feira do Livro dePorto Alegre na sexta-feira(28).Para o parlamentar, já em 62ªedição, o evento simboliza a impor-tância da cultura para a capital gaú-cha. “Em sua proposta de privilegi-ar o conhecimento e o prazer quese obtém com a leitura, a feira ain-da movimenta a economia da cida-de, atrai turistas, escritores de forado Brasil e homenageia, sobretudo,os leitores”, disse ele, sentado aolado da patrona da Feira, CintiaMoscovicht, durante o ato inaugu-ral do evento.

Feira do Livro tem enormedimensão para a cultura

A

EM DEFESA DA INCLUSÃO

Já estão sendo encaminhados os últimos preparativos paraParada Gaúcha do Orgulho Louco. Em sua sexta edição, o even-to que é uma promoção da Prefeitura do Alegrete, através daSecretaria de Saúde, em parceria com a Câmara Municipal,Conselho Municipal de Saúde e Fórum Gaúcho de Saúde Mental– Núcleo Alegrete, será realizado no dia 18 de novembro. A ati-vidade, já tradicional no Alegrete, foi incluída no calendário deeventos oficiais do Estado através da lei 14783 proposta pelosdeputados estaduais petistas Adão Villaverde e Stela Farias.

Com o tema “Os dispostos se atraem e os opostos se distra-em”, o evento tem como objetivo principal dar visibilidade àluta antimanicomial. Na programação estão previstos momen-tos culturais, roda de conversa, oficinas, piquenique e a já tra-dicional caminhada com trajeto no centro da cidade.

A psicóloga e vereadora Judete Ferrari, coordenadora doevento, destaca as oficinas como uma das principais atraçõesda Parada. “Neste ano centramos boa parte da programaçãonas oficinas, porque queremos convidar os participantes a pen-sar sua história em relação à saúde mental. Nossa lutaantimanicomial não se refere só aos manicômios físicos, mastambém os da nossa mente”, explica.

6ª Parada Gaúcha doOrgulho Louco será dia

18 de novembro

De autoria do historiador Bolívar Gomes deAlmeida, o livro "Palavras, imagens, frases"será lançado no dia 7/11, segunda-feira,

às 16h, na Sala Barbosa, no Centro CulturalErico Verissimo. A sessão de autógrafos

ocorre na mesma data, às 17h, na Praçade Autógrafos da Feira do Livro.

Registro da capa dojornal Correio do Povo de 29/10