objetivos de desenvolvimento do milênio - relatório nacional de acompanhamento 2014

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1 Objetivos de Desenvolvimento do Milênio Relatório Nacional de Acompanhamento Ipea Santa Catarina, 11 de dezembro de 2014

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Objetivos de Desenvolvimento

do Milênio

Relatório Nacional de Acompanhamento

Ipea

Santa Catarina, 11 de dezembro de 2014

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ODMs

Compromisso global com 8 objetivos e com seu monitoramento por meio de metas e indicadores concretos.

Os indicadores não resumem em si toda a complexidade do problema de que tratam, mas permitem monitorar de forma objetiva o desempenho.

Políticas sociais, ambientais e econômicas são fundamentais para se atingir os ODMs

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ODM 1 – Erradicar a extrema pobreza e

a fome

META 1: Até 2015, reduzir pela metade a proporção da

população com renda inferior a US$1,25ppc por dia

META 1A: Até 2015, reduzir a um quarto a proporção da

população com renda inferior a US$1,25ppc por dia

META 2: Reduzir pela metade, entre 1990 e 2015, a

proporção da população que sofre de fome

META 2A: Erradicar a fome entre 1990 e 2015

5

6

7

8

Brasil superou a meta 2 de reduzir a

metade a fome até 2015...

1996

4,2

2006

1,8

Fonte: Brasil. Ministério da Saúde. Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher – PNDS 2006: dimensões do processo reprodutivo e da

saúde da criança/ Ministério da Saúde, Centro Brasileiro de Análise e Planejamento. – Brasília: Ministério da Saúde, 2009. p.226

Porcentagem de crianças de zero a quatro anos com peso

abaixo do esperado para a idade

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ODM 2 – Atingir o Ensino Básico

Universal

META 3: Garantir que, até 2015, todas as crianças, de ambos os sexos, terminem um ciclo completo de ensino.

META 3A: Garantir que, até 2015, todas as crianças, de todas as regiões do país, independentemente da cor, raça e sexo, concluam o ensino fundamental.

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11

12

13

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ODM 3 – Promover a igualdade de

gênero e a autonomia das mulheres

META 3A: Até 2015, eliminar as

disparidades entre os sexos em todos

os níveis de ensino.

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Embora existam barreiras à autonomia e as desigualdades de

gênero normalmente sejam adversas às mulheres, na educação a

desvantagem é dos homens

No ensino fundamental não existem diferenças significativas no acesso,

mas a trajetória dos homens é mais acidentada;

No ensino médio, a escolarização dos homens aumentou mais do que a

das mulheres diminuindo as disparidades (1990: 136/100; 2012: 125/100);

No ensino superior aumentou a desvantagem masculina (1990: 126/100;

2012: 136/100) e aumentou a taxa de escolarização líquida de 18 a 24 anos.

Mulheres tem níveis educacionais superiores aos homens, mas a

segmentação do conhecimento, associada a fatores como a

distribuição desigual das tarefas domésticas, levam a persistentes

distâncias entre os dois sexos no acesso a postos de trabalho, na

renda e na qualidade dos vínculos de emprego.

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Situação das mulheres no mercado de trabalho melhorou

Percentagem de mulheres em emprego assalariado não agrícola

Brasileiras - 1992: 42,7%; 2012: 47,3% (mundo – 2012: 40%);

Com curso superior – 1992: 55,1%; 2012: 59,5%.

Taxa de formalização

Mulheres – 1992: 40,7%; 2012: 57%;

Homens – 1992: 49,5%; 2012: 58%.

Mas, taxa de ocupação das mulheres em idade ativa (15 ou mais

anos de idade) permanece mais baixa que a dos homens

Mulheres – 1992: 48,4%; 2012: 50,3%;

Homens – 1992: 80,8%; 2012: 74%.

Dada a maior escolaridade média das mulheres, o que pode

explicar as disparidades: hipótese mais plausível é a

responsabilidade pelo trabalho doméstico.

A taxa de ocupação entre mulheres com crianças de 0 a 6 anos

reforça essa hipótese.

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Apesar da eleição da primeira mulher para o cargo de presidente

em 2010, o acesso feminino a cargos eletivos permanece baixo.

Percentagem de mulheres no parlamento

Global: superior a 20%

Brasil, mesmo após a minirreforma eleitoral de 2009: 8,8% na Câmara dos Deputados e

14,8% no Senado

Enfrentamento da violência contra as mulheres

Lei Maria da Penha de 2006

Aumento dos serviços especializados de atendimento às mulheres em

situação de violência

Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher criada em 2006

Ligações válidas em 2006: 46 mil

Ligações válidas em 2012: 732 mil

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20

ODM 4 – Reduzir a mortalidade na

infância

Meta 4A: Até 2015, reduzir a mortalidade na infância (crianças de 0 a 5 anos de idade) em dois terços do nível de 1990

O Brasil já alcançou a meta de redução da mortalidade na

infância: a taxa de mortalidade passou de 53,7/mil nascidos

vivos (NVs) em 1990 para 17,7/mil NVs em 2011. Contudo, o

nível da mortalidade ainda é elevado.

A taxa diminuiu em todas as regiões do País, mas persistem

desigualdades regionais

A taxa diminuiu de modo mais acelerado no Nordeste

(20,7/mil NVs), mas ainda assim é 1,6 vezes maior do que a

taxa do Sul (13/mil NVs).

A mortalidade está concentrada no primeiro ano de vida (mais de

85% dos óbitos), colocando em destaque a mortalidade infantil

21

22 deste

A mortalidade infantil pode ser analisada por seus componentes

Neonatal precoce: 0 a 6 dias de vida

Neonatal tardia: 7 a 27 dias de vida

Pós-neonatal: 28 a 364 dias de vida

A mortalidade infantil está se concentrando no período neonatal

precoce e tornando mais importantes as ações e serviços de

saúde relacionados ao pré-natal, ao parto e ao puerpério

Porém, como a mortalidade no período pós-neonatal ainda

responde por cerca de 30% dos óbitos infantis, ainda é essencial

intervir nas condições sociais e em outros determinantes da

saúde

Por exemplo, os altos índices de desnutrição contribuem para a

elevada mortalidade infantil entre as crianças indígenas

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ODM 5 – Melhorar a saúde materna

META 5A: Até 2015, reduzir a mortalidade

materna em três quartos do nível observado em 1990

META 5B (Brasileira): Até 2015, universalizar o acesso à saúde sexual e reprodutiva

META 5C (Brasileira): Até 2015, deter e inverter a tendência de crescimento da mortalidade por câncer de mama e de colo de útero

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Mortalidade materna Apesar de ter desempenho melhor que as nações em

desenvolvimento e da América Latina, o Brasil não alcançará a

meta relativa à mortalidade materna (MM): reduzir a RMM (no.

de óbitos de mulheres durante a gravidez, o parto ou o puerpério

(42 dias após o parto) para 35 óbitos/100 mil NVs.

Os partos realizados em estabelecimentos de saúde já atingem

99% desde meados da década de 90.

No Brasil, um fator que dificulta a redução da RMM é o elevado

número de cesarianas (54% em 2011; a OMS recomenda de 5 a

15%), pois envolve riscos desnecessários para a mãe e criança

A redução da MM está associada à atenção qualificada ao parto e

à atenção obstétrica de emergência e também ao acesso à atenção

pré-natal e a serviços de planejamento familiar

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Saúde sexual e reprodutiva Conhecimento de métodos anticoncepcionais praticamente

universal e aumento do uso desses métodos (disponibilização

gratuita de contraceptivos pelo SUS)

Cobertura da atenção pré-natal

Praticamente todas as gestantes conseguem fazer ao menos uma consulta:

mais de 97% de cobertura desde 2004

O percentual das gestantes que comparecem a pelo menos quatro

consultas de pré-natal subiu de 83% em 2000 para 90% em 2011

27

Câncer de mama e de colo de útero Entre as principais causas de óbitos por neoplasias de mulheres

de 30 a 69 anos

A taxa de mortalidade por câncer de colo de útero tem se

mantido praticamente estável, mas oscilações no período

sugerem que possa estar havendo inversão na tendência

1990: 8,7 óbitos por 100 mil mulheres de 30 a 69 anos; 2011: 8,5 óbitos

por 100 mil mulheres de 30 a 69 anos

2000: 9 óbitos por 100 mil mulheres de 30 a 69 anos; 2005: 8,9 óbitos

Vacinação contra HPV de meninas de 9 a 13 anos de idade

A taxa de mortalidade por câncer de mama tem crescido

1990: 17,4 óbitos por 100 mil mulheres de 30 a 69 anos; 2011: 20,7 óbitos

Melhoria na qualidade da informação

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ODM 6- Combater o HIV/Aids, a malária e outras doenças

META 6A: Até 2015, interromper a propagação e diminuir a incidência de HIV/Aids

META 6B: Até 2010, universalizar o acesso ao tratamento de HIV/Aids

META 6C: Até 2015, reduzir a incidência da malária e de outras doenças

META 8B (Substituição):

Reduzir em 10%, entre 2008 e 2011, o coeficiente de detecção de casos novos de hanseníase em menores de 15 anos

Reduzir em 7,8%, entre 2011 e 2015, o coeficiente de detecção de casos novos de hanseníase em menores de 15 anos

Reduzir em 13%, entre 2008 e 2015, o coeficiente de casos novos da doença com grau 2 de incapacidade física

Combate ao HIV/Aids A taxa nacional de detecção de novos casos se manteve estável,

mudanças nos níveis subnacionais e masculinização

Taxa nacional: 20 novos casos por 100 mil habitantes por ano

Tendência de redução no Sudeste, comportamento errático e mais elevado

no Sul e aumento na detecção de novos casos nas demais regiões

Aumento superior da detecção em homens ao das mulheres

Queda na taxa detecção de novos casos em menores de cinco

anos (transmissão vertical): 5/100 mil habs/ano em 2001 para

3,4/100 mil habs/ano em 2012.

Diferenças regionais

Pequena redução na mortalidade por Aids

Redução no SE, estabilidade no S e aumento nas demais regiões

Acesso universal ao tratamento pelo SUS

Novo protocolo incentiva o início imediato da TARV p/ todos HIV+

30

31

Combate à malária e outras doenças Malária: notificações de casos caiu de uma média anual de 458,9

mil para 242 mil em 2012

Incidência concentrada na região amazônica (99,9% dos casos)

Redução constante na incidência parasitária anual (IPA) desde 2005 (3,3

casos/mil habs) para 1,3 caso/mil habs em 2012;

Coeficiente de letalidade caiu de 0,17 óbitos/100 casos em 1990 para 0,02

óbitos/100 casos em 2012.

Tuberculose: queda na taxa de incidência (1990: 51,8 casos/100 mil habs;

2011: 37 casos/100 mil habs) e na mortalidade (3,6 para 2,4 óbitos/100 mil

habs)

Hanseníase: redução progressiva na prevalência com maior carga

da doença nas regiões CO, N e NE; queda na detecção de casos

novos (2003: 29,4 casos/100 mil habs; 2012: 17,2); desde 2004

(67,3%) tendência de aumento do % de cura (85,9% em 2012)

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ODM 7 – Garantir a sustentabilidade

ambiental

META 9: Integrar os princípios do desenvolvimento sustentável nas políticas e programas nacionais e reverter a perda de recursos ambientais

META 10: Reduzir pela metade, até 2015, a proporção da população sem acesso permanente e sustentável a água potável e esgotamento sanitário

META 11: Até 2020, ter alcançado uma melhora significativa na vida de pelo menos 100 milhões de habitantes de assentamentos precários

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ODM 8 – Estabelecer a parceria mundial para o desenvolvimento

Meta 12: Avançar no desenvolvimento de um sistema comercial e financeiro aberto, baseado em regras, previsível e não-discriminatório

Meta 13: Atender às necessidades dos países menos desenvolvidos, incluindo um regime isento de direitos e não sujeito a cotas para as exportações dos países menos desenvolvidos; um programa reforçado de redução da dívida dos países pobres muito endividados e anulação da dívida bilateral oficial; e uma ajuda pública para o desenvolvimento mais generosa aos países empenhados na luta contra a pobreza

Meta 14: Atender às necessidades especiais dos países sem acesso ao mar e dos pequenos Estados insulares em desenvolvimento

Meta 15: Tratar globalmente o problema da dívida dos países em desenvolvimento, mediante medidas nacionais e internacionais, de modo a tornar a sua dívida sustentável

Meta 16: Em cooperação com países em desenvolvimento, formular e executar estratégias que permitam que os jovens obtenham um trabalho digno e produtivo

Meta 17: Em cooperação com as empresas farmacêuticas, proporcionar o acesso a medicamentos essenciais a preços acessíveis nos países em desenvolvimento

Meta 18: Em cooperação com o setor privado, tornar acessíveis os benefícios das novas tecnologias, em especial das tecnologias de informação e comunicações

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Destaques

A cooperação brasileira para o desenvolvimento internacional é assumida como importante instrumento de política externa. O país conta com um número crescente de instituições com proficiência técnica em diferentes setores, quadro que possibilita ampliar o leque de ações de cooperação brasileira em todo o mundo.

Fontes de informação municipal Indicadores mostrados são “médias” nacionais, regionais ou

estaduais

Revelam diferenças nessas “médias”, mas escondem diferenças

intraestaduais ou entre grupos populacionais

Há várias fontes de informação municipal, algumas delas para

períodos decenais, outras anuais

Exemplos:

Portal ODM

Dados do INEP – taxa de distorção idade série; IDEB

Indicadores da Ripsa/SC

Dados do Ministério da Saúde

Dados o Ministério do Trabalho, do MDS,entre outros.

Importante ler sempre notas técnicas e fichas de qualificação do

indicador para entender como ele pode ser utilizado e as

limitações

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40

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Proporção população com renda abaixo de

¼ salário mínimo (de 2010)

%_população_com_renda_<_1/4_SM

até 1,50

1,50 --| 3,50

3,50 --| 5,00

5,00 --| 10,00

10,00 --| 20,00

20,00 --| 27,28

42

%_população_com_renda_<_1/4_SM

até 1,50

1,50 --| 3,50

3,50 --| 5,00

5,00 --| 10,00

10,00 --| 20,00

20,00 --| 58,09

2000

2010

Fonte: SES/RIPSA SC

Taxa de mortalidade infantil (TMI) – municípios

com TMI estimada (acima 80 mil hab.)

43

TMI municípios acima 80 mil habitantes

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Município 2000 2005 2012

420200 Balneário Camboriú - 10,29 8,85

420240 Blumenau 9,97 5,90 11,82

420290 Brusque - 9,17 10,51

420420 Chapecó 15,72 14,32 12,31

420460 Criciúma 13,94 14,76 17,56

420540 Florianópolis 9,68 8,87 9,15

420820 Itajaí 13,75 10,77 12,88

420890 Jaraguá do Sul 13,77 6,04 4,29

420910 Joinville 10,80 7,61 7,35

420930 Lages 22,91 15,93 14,8

421190 Palhoça 14,72 11,70 6,56

421660 São José 15,08 11,95 9,72

421870 Tubarão 17,90 12,99 10,33

Fonte: SES/RIPSA SC

Taxa de incidência de aids

45

Fonte: SES/RIPSA SC

46

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Proporção de partos normais

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Fonte: SVS/MS - Dados preliminares - Atualizado em: Maio de 2014

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Obrigada!

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O que é US$ PPC? Expressa quantas unidades

monetárias locais são necessárias para comprar em um

país o que seria comprado nos EUA por US$1. No Brasil,

seria R$1,57.

Por que agora é US$ PPC 1,25/dia por pessoa? Linha de

pobreza internacional. R$1,9625 por dia pessoa ou

R$58,88 por mês em 2005.

O que é o ciclo completo de ensino da Meta 3? No Brasil,

é o ensino fundamental.

O que é escolarização líquida? Percentual da população

em determinada faixa etária que se encontra matriculada

no nível de ensino recomendado a essa faixa etária

O que é índice de Adequação Idade-Anos de

escolaridade? (Aluno na série esperada para idade com

até 1 ano de atraso)