oab unifeb roteiro peÇas trabalhistas 2011

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  • 1

    UNIFEB

    CURSO DE DIREITO

    ROTEIRO DAS PEAS PROCESSUAIS TRABALHISTAS

    PROF. MS. FERNANDO GALVO MOURA

    BEBEDOURO 2.011

  • 2

    ORNOGRAMA DO PODER JUDICIRIO

    ESTADUAL FEDERAL TRABALHO ELEITORAL MILITAR

    JUSTIA COMUM JUSTIA ESPECIAL

    STF SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

    STJ SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIA

    TST TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

    TSE TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL

    STM SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR

    TJ TRIBUNAL DE JUSTIA

    TRF TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

    TRT TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO

    TRE TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL

    JD JUIZ DE DIREITO

    JF JUIZ ELEITORAL

    VT VARA DO TRABALHO

    JE JUIZ ELEITORAL

    AE AUDITORIA MILITAR

    Anotaes:

    ______________________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________________

    STF

    CORTE COM FUNO

    CONSTITUCIONAL

    STJ TST TSE

    TJ TRF

    JD JF

    TRT

    VT

    TRE

    JE

    STM

    AE

    3 GRAU

    2 GRAU

    1 GRAU

    ORDINRIAS

  • 3

    SNTESE DO TRMITE PROCESSUAL TRABALHISTA

    Petio Inicial ou

    Reclamao Verbal

    Distribuio

    Citao do Ru (via

    postal)

    Audincia No comparecimento

    Do autor

    Do ru

    Arquivamento

    Revelia

    Primeira tentativa de conciliao

    Contestao Reconveno

    Defesa do

    mrito Excees

    Instruo de provas

    Depoimentos

    pessoais

    Testemunhas

    Documentos

    Percias

    Inspeo Judicial

    Alegaes Finais

    Renovao da conciliao

    Julgamento

    SENTENA

  • 4

    COMPETNCIA CONSTITUCIONAL DA JUSTIA DO TRABALHO

    Art. 114. Compete Justia do Trabalho processar e julgar: (Redao dada pela Emenda

    Constitucional n 45, de 2004)

    I as aes oriundas da relao de trabalho, abrangidos os entes de direito pblico externo e

    da administrao pblica direta e indireta da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos

    Municpios; (Includo pela Emenda Constitucional n 45, de 2004)

    II as aes que envolvam exerccio do direito de greve; (Includo pela Emenda

    Constitucional n 45, de 2004)

    III as aes sobre representao sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e

    entre sindicatos e empregadores; (Includo pela Emenda Constitucional n 45, de 2004)

    IV os mandados de segurana, habeas corpus e habeas data , quando o ato questionado

    envolver matria sujeita sua jurisdio; (Includo pela Emenda Constitucional n 45, de 2004)

    V os conflitos de competncia entre rgos com jurisdio trabalhista, ressalvado o disposto

    no art. 102, I, o; (Includo pela Emenda Constitucional n 45, de 2004)

    VI as aes de indenizao por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relao de

    trabalho; (Includo pela Emenda Constitucional n 45, de 2004)

    VII as aes relativas s penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos

    rgos de fiscalizao das relaes de trabalho; (Includo pela Emenda Constitucional n 45, de

    2004)

    VIII a execuo, de ofcio, das contribuies sociais previstas no art. 195, I, a , e II, e seus

    acrscimos legais, decorrentes das sentenas que proferir; (Includo pela Emenda Constitucional

    n 45, de 2004)

    IX outras controvrsias decorrentes da relao de trabalho, na forma da lei. (Includo pela

    Emenda Constitucional n 45, de 2004)

    1 - Frustrada a negociao coletiva, as partes podero eleger rbitros.

    2 Recusando-se qualquer das partes negociao coletiva ou arbitragem, facultado s

    mesmas, de comum acordo, ajuizar dissdio coletivo de natureza econmica, podendo a Justia

    do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposies mnimas legais de proteo ao

    trabalho, bem como as convencionadas anteriormente. (Redao dada pela Emenda

    Constitucional n 45, de 2004)

    3 Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de leso do interesse

    pblico, o Ministrio Pblico do Trabalho poder ajuizar dissdio coletivo, competindo Justia

    do Trabalho decidir o conflito. (Redao dada pela Emenda Constitucional n 45, de 2004)

  • 5

    PROCEDIMENTO SUMARSSIMO - LEI 9.957/2.000

    1 DO CABIMENTO: - dissdios individuais cujo valor no ultrapasse 40 salrios mnimos; - excludas as aes onde a Administrao Pblica seja parte.

    2 DOS PRESSUPOSTOS ESSENCIAIS PROPOSITURA - pedido certo e determinado (liquidado); - correta indicao do nome e endereo do reclamado (impossibilidade de citao

    por edital);

    - 15 dias para efetiva apreciao a contar do ajuizamento.

    3 DA AUDINCIA NICA - instruo e julgamento em audincia nica; - princpio da liberdade para determinar as provas a serem produzidas; - proposta conciliatria em qualquer fase da audincia; - registros resumidos na ata de audincia (atos essenciais); - excees (em razo da matria, lugar ou pessoa) e outros incidentes processuais

    (preliminares) sero resolvidos de imediato;

    - todas as provas sero produzidas em audincia ; - possibilidade de juntada de documentos cuja manifestao deve ser imediata; - mximo de 02 testemunhas; - percias e provas tcnicas em 15 dias (entendimento majoritrio nas Varas) e

    manifestao em prazo comum de 5 dias;

    - interrompida a audincia, seu prosseguimento se dar no prazo mximo de 30 dias, salvo motivo relevante, o que dever justificado nos autos.

    4 SENTENA - resumo dos fatos relevantes e dispensa do relatrio; - deciso justa e equnime atendendo aos fins sociais da lei e as exigncias do

    bem comum;

    - intimao das partes na prpria audincia;

    5 RECURSO ORDINRIO - 10 dias para colocar em pauta de julgamento sem necessidade de revisor; - acrdo resumido; - sentena poder ser mantida pelos seus prprios fundamentos.

  • 6

    PRTICA DA PETICO INICIAL TRABALHISTA

    ENTREVISTA PESSOAL/ATENDIMENTO DO RECLAMANTE:

    ADMISSO: / / DISPENSA: / /

    MOTIVO DA DISPENSA: REGISTRO: ( ) sim ( ) no

    FUNO: CATEGORIA:

    SALRIO / COMISSES:

    JORNADA: HORAS EXTRAS / in itinere / intervalos: ADICIONAIS:

    OCORRNCIA DE DANO MORAL:

    HONORRIOS:

    PROCURAO COM FINS ESPECFICOS

    SOLICITAO DE DOCUMENTOS

    TESTEMUNHAS

    Requisitos previstos no artigo 282 do CPC:

    1) "o juiz ou tribunal a quem dirigida" 2) "os nomes, prenomes, estado civil, profisso, domiclio e residncia do

    autor e do ru"

    3) "o fato e os fundamentos jurdicos do pedido 4) "o pedido, com as suas especificaes 5) "o valor da causa"; 6) "as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos

    alegados 7) "o requerimento para a citao do ru"

    Requisitos previstos no artigo 840 da CLT:

    "Sendo escrita, a reclamao dever conter a designao do presidente da

    junta, ou do juiz de Direito a quem for dirigida, a qualificao do reclamante e

    do reclamado, uma breve exposio dos fatos de que resulte o dissdio, o

    pedido, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante."

    Partes:

    Ordem correta para o Reclamante: nome, nacionalidade, estado civil, profisso, no. CTPS, RG, CPF, endereo completo com CEP

    Ordem correta para o Reclamado: nome, CNPJ, endereo completo e CEP

    Esplio (qualifica o inventariante) Massa Falida (qualifica o sndico) Pessoa fsica (evite apelidos)

  • 7

    DOS FATOS

    a narrativa dos fatos dados do contrato de trabalho data da admisso / dispensa funo remunerao jornada adicionais legais resciso contratual / dano moral

    DO DIREITO

    So os fundamentos jurdicos do pedido. Prefira elencar em tpicos. Por

    exemplo.

    DAS HORAS EXTRAS DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE DA EQUIPARAO SALARIAL DA ESTABILIDADE DA DEMISSO SEM JUSTA CAUSA DO DANO MORAL

    DO PEDIDO

    Depois de expor a causa de pedir (fundamentao jurdica), vem a concluso

    lgica do pedido. Prefira elencar tambm em tpicos. Por exemplo.

    RECONHECIMENTO DO VNCULO EMPREGATCIO HORAS EXTRAS REFLEXOS NAS DEMAIS VERBAS, INCLUSIVE RESCISRIAS DANO MORAL A SER FIXADO POR SENTENA.

    DICAS PRTICAS:

    1 - Instrua sua inicial com o endereo e CEP corretos.

    2 - Sempre informe o nmero do CPF ou CNPJ das partes.

    3 Pense na ordem lgica dos assuntos: primeiro discuta verbas de natureza salarial, depois e natureza rescisria e, por fim, de natureza indenizatria.

    4 - Evite copiar pea de processo j em curso. Busque elaborar e aprimorar

    sua prpria redao.

    5 - Evite o abuso de expresses em latim, especialmente se no conhecer seu

    real significado.

    6 - Evite rodeios e citaes desnecessrias ou desconexas com o texto.

    7 - Evite abreviaes, exceto quando de legislao.

    8 No repita jurisprudncia e doutrina do mesmo assunto. 9 - Enumere todos os documentos juntados, indicando o nmero quando este

    for citado na petio.

  • 8

    10 - Faa uma leitura atenta do texto final de sua petio, corrigindo eventuais

    erros de datilografia e ortografia.

    11 Se desconfiar, pea para o reclamante assinar a pea

    ROTEIRO PRTICO

    EXCELENTSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA_____VARA DO TRABALHO

    DE___________.

    A) Do prembulo e qualificao das partes - RECLAMANTE (qualificao completa) com base no art. 840, pargrafo 1

    da CLT, por seu advogado que esta subscreve, vem,

    respeitosamente, presena de Vossa Excelncia, a fim de propor a presente

    RECLAMAO TRABALHISTA contra RECLAMADA, (qualificao completa), o

    que faz pela razes a seguir articuladas:

    B) Da narrativa dos fatos / dados essenciais do contrato de trabalho O Reclamante foi contratado para trabalhar junto a empresa Reclamada, no dia XXX, para exercer a funo de

    XXX, percebendo como ltima remunerao a importncia de XXX por ms. Aos XXX foi

    demitido sem justa causa sem receber suas verbas rescisrias. O Reclamante sequer teve seu

    contrato de trabalho devidamente anotado em sua CTPS. A jornada de trabalho do obreiro era

    compreendida entre XXXX e, mesmo assim, no recebia pelas horas extras habituais.

    Esclarece ainda que a Reclamada nunca recolheu o FGTS de direito do Autor.

    C) Do direito referncias a dispositivos legais SEM TRANSCREVER!!!!! D) Dos pedidos Assim sendo, o Reclamante entende que faz jus aos seguintes ttulos:

    relacionam-se todos os pedidos, inclusive quando ao reconhecimento do vnculo empregatcio e anotao na CTPS, caso no tenha ocorrido.

    E) Dos requerimentos e protestos de estilo Isto posto, requer: - conciliao, instruo e julgamento; - a notificao da Reclamada para que, querendo, apresente sua defesa sob pena de revelia e

    confisso assim como, o depoimento pessoal do seu representante legal;

    - a produo de todas as provas em direito admitidas; - sejam oficiados os rgo competentes diante das irregularidades acima denunciadas; F) Da finalizao Aguarda-se, finalmente, seja a Reclamada condenada ao pagamento das

    verbas lquidas e as ilquidas a serem apuradas, acrescidas de juros e correo, alm da

    satisfao das obrigaes de fazer integrantes do pedido, custas processuais e demais

    cominaes de estilo, inclusive honorrios advocatcios, dando TOTAL PROCEDNCIA

    ao presente pedido, cujo valor , inicialmente, de R$.....

    Termos em que, Pede deferimento Data e assinatura do advogado

    Exerccio 1: Joo da Silva trabalhou para a empresa Alpha Ltda., sem registro em carteira, por 2

    anos. Sua jornada era das 19 h s 5 h do dia seguinte sem intervalo, de segunda a sbado, ficando

    em contato direto com barulho excessivo. Recebia o salrio mnimo, mesmo possuindo piso

    salarial previsto em acordo coletivo. Foi demitido e no recebeu seus haveres trabalhistas.

    Defenda seus interesses.

    Exerccio 2: A trabalhou para B pelo prazo de 6 meses, quando pediu demisso. Sua ltima

    remunerao foi de R$ 600,0. Teve sua CTPS registrada. At hoje no recebeu seus haveres

    rescisrios. Como advogado (a) de A, atue na defesa de seus interesses.

  • 9

    PRTICA DA CONTESTAO

    1 DO ENDERAAMENTO EXCELENTSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA VARA DO TRABALHO DE ............

    5 LINHAS

    PROC. N..............

    5 LINHAS

    2 DA QUALIFICAO: Reclamado (a)........, por seu advogado infra-assinado (procurao em anexo), com base no artigo 847 da CLT, vem, respeitosamente, presena de Vossa.

    Excelncia, a fim de apresentar sua CONTESTAO Reclamao Trabalhista promovida por

    - Reclamante..............., pelos motivos de fato e de direito a seguir articulados:

    3 DOS FATOS ALEGADOS: confeccionar um resumo dos fatos e dos pedidos. Exemplo: Pretende o Reclamante, atravs da presente ao, compelir a Reclamada a pagar-lhe, verbas

    rescisrias, adicional de insalubridade e horas extras e reflexos, alegando existncia de vinculo

    empregatcios entre...... Todavia, sua pretenso no procede, conforme passa a demonstrar:

    4 - DAS PRELIMINARES: INPCIA DA INICIAL / COISA JULGADA /

    LITISPENDNCIA / CARNCIA DAS CONDIES DA AO / ILEGITIMIDADE

    PASSIVA E ATIVA / PRESCRIO.

    5 - DO MRITO: contestar toda a matria de mrito utilizando-se de legislao, doutrina e

    jurisprudncia (conteste novamente o vnculo, conteste a jornada de trabalho, prove a

    inexistncia de diferenas salariais, prove a no exposio a agentes insalubres e perigosos,

    comprove o pagamento correto das verbas rescisrias e dentro do prazo legal, prove a efetiva

    justa causa, junte todos os documentos pertinentes...).

    Exemplo: Desta forma, passa a contestar as pretensas verbas trabalhistas. Na verdade no

    existiu o vnculo empregatcio alegado na inicial... Na realidade, a jornada de trabalho do

    Reclamante no era a descrita na exordial. Os cartes de ponto anexos comprovam o o

    Reclamante no laborava em horas extras... O Reclamante no tem direto s verbas rescisrias,

    pois foi demitido por justa causa....

    6 - DOS PEDIDOS: Diante do exposto, requer e espera pelo acolhimento das preliminares

    argidas, extinguindo-se o processo sem resoluo de mrito, assim como, no mrito, a

    IMPROCEDNCIA TOTAL da presente reclamatria, condenando o Reclamante nas custas e

    demais cominaes de estilo.

    Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, especialmente, o

    depoimento pessoal do Reclamante sob pena de confisso, prova testemunhal, pericial, juntada

    de documentos e demais que o caso exigir.

    Termos em que, Pede deferimento. Local / data. Assinatura

    EXERCCIO PRTICO: Levando-se em conta a reclamao trabalhista: A foi admitido na

    funo de gerente. Sua jornada era de 10 horas dirias. Foi demitido por justa causa por ter se

    apropriado de bens da empresa. Na ao trabalhista, O Reclamante pediu 2 horas extras dirias e

    seus reflexos, alm de todas as verbas rescisrias alegando dispensa sem justa causa. Questo:

    Como advogado da empresa B, sabendo que existe um Inqurito Policial que comprova o furto e

    a autoria, elabore a pea processual em favor da Reclamada.

  • 10

    PRTICA DOS EMBARGOS DECLARATRIOS

    PRAZO : 5 DIAS 1 DO ENDERAAMENTO EXECELENTSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA VARA DO TRABALHO DE .............

    PROC. N..............

    2 DA QUALIFICAO / PREMBULO - A...................., j devidamente qualificada nos autos da Ao Trabalhista que lhe move B....................., vem,

    respeitosamente, presena de Vossa.Excelncia, atravs de seu advogado abaixo

    assinado, a fim de interpor os presentes EMBARGOS DECLARATRIOS, com

    base no art. 897 A da CLT e 535 e seguintes do CPC, pelos motivos a seguir

    articulados:

    3 DA SINTESE DA SENTENA / IDENTIFICAO DO ERRO, OBSCUTIDADE, CONTRADIO OU OMISSO: confeccionar um resumo

    da sentena identificando o motivo dos embargos.

    Exemplo: A Embargante, vem, respeitosamente, presena deste Digno Juzo do

    Trabalho, opor os presentes Embargos Declaratrios, pelo fato da respeitvel

    Sentena ora embargada apresentar sria contradio.

    Nota-se que a sentena, no tpico DA COISA JULGADA, extinguiu sem julgamento de mrito, todos os pedidos relativos ao perodo de 01.05.94 a

    31.05.99, inclusive quanto s frias e 13 salrios. No prprio dispositivo, o juzo

    tambm se reporta a referida extino considerando j quitados os ttulos

    conforme comprova termo de fls. 67/70. Ocorre que, no mesmo decreto, mesmo

    reconhecendo a coisa julgada e a quitao de todos os ttulos referentes ao perodo

    01.05.94 a 31.05.99, o juzo condenou a Reclamada Embargante ao pagamento das frias dos perodos 95/96 e 96/97 assim como os 13

    salrios do mesmo

    perodo. Nota-se que, apesar de EXTINGUIR OS PEDIDOS RELATIVOS AO

    PERODO, o dispositivo e a fundamentao trazem a respectiva condenao.

    Assim, restou caracterizada a contradio da Sentena, na medida em que se

    reconheceu o pagamento de todos ttulos no perodo acima declinado, inclusive

    das frias e 13s, porm, condenou nas mesmas verbas.

    4 - DOS PEDIDOS: Sendo assim, espera a embargante que os presentes

    Embargos sejam recebidos e julgados totalmente procedentes, para desfazer a

    contradio, excluindo-se da condenao a indenizao das frias relativas ao

    perodo 95/96 e 96/97 assim como dos 13s do mesmo perodo.

    Termos em que, Pede deferimento.

    Local / data Assinatura / OAB

    EXERCCIO PRTICO: R. Sentena de fls. 234/249, apesar de reconhecer a

    existncia de jornada extraordinria, no fixou, no dispositivo, quantas horas extras

    seriam devidas ao Reclamante, incluindo as horas de percurso. Alm disso, a R.

    Sentena deixou de apreciar o pedido de cestas bsicas concedidas por acordo

    coletivo.

  • 11

    PRTICA DO RECURSO ORDINRIO

    1 BASE LEGAL: artigo 895 da CLT. 2 PRAZO: 8 dias a contar da publicao da sentena. No se esquea que os embargos declaratrios interrompem o prazo para interposio do recurso.

    3 PREPARO: o pagamento das custas (2% sobre o valor arbitrado condenao) e do depsito recursal, recolhidos em guias prprias e apresentadas juntamente com o Recurso. So 02

    cpias autenticadas da guia DARF e 01 cpia da Guia FGTS.

    4 COMPETNCIA: dos Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs). No interior de So Paulo temos o TRT da 15

    Regio, sediado em Campinas.

    ROTEIRO PRTICO

    -ENDEREAMENTO: EXCELENTSSMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA VARA DO

    TRABALHO DE ...

    PROC. N..............

    Empresa......., j devidamente qualificada nos autos da Ao Trabalhista que lhe move.., no se

    conformando, com a R. Sentena de fls..., vem, respeitosamente, presena de Vossa

    Excelncia, atravs de seu advogado abaixo assinado, com base no artigo 895 da CLT, a fim de

    interpor o presente RECURSO ORDINRIO, cujas razes seguem anexas, esperando pelo

    recebimento e encaminhamento ao Egrgio TRT da ___ Regio, comprovando, desde j, o

    recolhimento das custas e do depsito recursal.

    Termos em que, Pede deferimento. Local... Data... Assinatura...

    - RAZES DO RECURSO ORDINRIO: identificar o Recorrente e o Recorrido, processo e

    Vara; confeccionar uma sntese da Sentena; determinar os motivos do inconformismo; se referir

    sempre aos ilustres ou nobres julgadores; no atacar de forma grosseira o juizo a quo; sempre que possvel incluir jurisprudncia (do prprio TRT e TST) e entendimentos doutrinrios (no

    vale para a OAB); se houver, iniciar pelo cerceamento de defesa; pedir a nulidade da instruo

    processual, reiterar questes preliminares que no foram acatadas. No se esquea que o agravo

    de instrumento no tem a mesma finalidade na Justia do Trabalho e que o Recurso Ordinrio

    serve tambm para este fim.

    Exemplo: No deve prevalecer a R. Sentena de fls... proferida pela Vara do Trabalho de .....,

    devendo ser totalmente reformada por este Egrgio Tribunal. O juizo a quo entendeu por bem condenar a Recorrida no pagamento das verbas rescisrias descaracterizando a ocorrncia da

    justa causa ...... (efetuar um resumo da Sentena). Na verdade, o pedido inicial continha vcios

    insanveis e nunca poderia ter dado suporte ao decreto condenatrio que ora se questiona. As

    testemunhas.... Os documentos... O conjunto probatrio.... O decorrer da instruo

    processual...O entendimento doutrinrio e jurisprudencial majoritrio diverge da R. Sentena....

    - FINALIZAO: nesta fase no h requerimentos ou provas a produzir.

    Exemplo: Em face de todo o exposto, espera pela REFORMA TOTAL DA SENTENA de fls...,

    decretando-se a improcedncia do pedido inicial por ser medida da mais digna JUSTIA!

    Local... Data.... Assinatura..

    EXERCCIO PRTICO: A promoveu ao trabalhista contra B, alegando ter sido despedido

    sem justa causa e pleiteando a condenao da Reclamada nas verbas rescisrias mais 2 horas

    extras dirias e integraes que no foram pagas. A Reclamada ofereceu defesa, alegando a

    ocorrncia de justa causa, uma vez que o Reclamante operava de forma negligente uma mquina

    de propriedade da empresa que acabou por danific-la, alm de negar a existncia das horas

    extras habituais. Na audincia de instruo, o juiz ouviu apenas o depoimento de 1 testemunha do

    Autor e indeferiu a prova testemunhal da empresa alegando j haver firmado seu entendimento. A

    Sentena julgou a inicial totalmente procedente. Como advogado de B, elabore a pea pertinente.

  • 12

    PRTICA DAS CONTRARRAZES AO RECURSO ORDINRIO 1 BASE LEGAL: artigo 900 da CLT. 2 PRAZO: 8 dias a contar da notificao 3 PREPARO: inexiste. 4 COMPETNCIA: a mesma do RO, sendo dos Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs). No interior de So Paulo temos o TRT da 15

    Regio.

    ROTEIRO PRTICO

    -ENDEREAMENTO EXCELENTSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA VARA DO

    TRABALHO...

    PROC. N..............

    Reclamante....................., j devidamente qualificado nos autos da Ao Trabalhista que move

    contra Reclamada....................., com base no artigo 900 da CLT, vem, respeitosamente,

    presena de Vossa Excelncia, atravs de seu advogado abaixo assinado, a fim de apresentar

    suas CONTRA RAZES DE RECURSO ORDINRIO, nas laudas em anexo, esperando pelo recebimento e encaminhamento ao Egrgio TRT da ___ Regio..

    Termos em que, Pede deferimento. Local... Data... Assinatura...

    - CONTRA - RAZES DE RECURSO ORDINRIO: identificar novamente o Recorrente e o

    Recorrido, processo e Vara; confeccionar uma sntese do Recurso; determinar os motivos pelos

    quais deve ser mantida a R. Sentena; se referir sempre aos ilustres ou nobres julgadores; no

    atacar de forma grosseira a parte contrria (aqui o Recorrente); reiterar os prprios fundamentos

    da R. Sentena; incluir jurisprudncia (do prprio TRT e TST) e entendimentos doutrinrios (no

    vale para a OAB); refutar a tentativa do Recorrente de voltar a discutir questes de prova e de

    mrito que j foram ultrapassadas. Como Recorrido, no h possibilidade de pedir a reforma

    parcial dos pedidos, j que para isso existe Recurso especfico. No se esquea de pedir a

    manuteno da Sentena.

    Exemplo: Insurge-se a Recorrente contra a R. deciso de fls..., alegando, em sntese, que .... .

    Data maxima venia, a R. Sentena merece ser mantida pelos seus prprios fundamentos. Nota-se

    que o juizo a quo agiu acertadamente na medida em que avaliou corretamente as provas produzidas durante a instruo processual. Assim se manifestou: ....... Na verdade, a deciso

    encontra total amparo nas mais recentes jurisprudncias dos nossos tribunais, assim como na

    doutrina. As testemunhas.... Os documentos... O conjunto probatrio.... O decorrer da instruo

    processual...

    - FINALIZAO: nesta fase no h requerimentos, no h provas a produzir, no h pedidos ou

    deferimentos.

    Exemplo: Em face de todo o exposto, espera o Recorrido que, se conhecido o recurso, negar-lhe

    provimento, MANTENDO NA NTEGRA a R. deciso, por ser medida da mais digna JUSTIA!

    Local...Data.... Assinatura..

    EXERCCIO PRTICO: Juvenal de Oliveira promoveu ao trabalhista contra Cia de Hotis e

    Turismo, alegando ter sido despedido sem justa causa e pleiteando a condenao da Reclamada

    nas verbas rescisrias mais 2 horas extras dirias e integraes que no foram pagas. A

    Reclamada ofereceu defesa, alegando a ocorrncia de justa causa, uma vez que o Reclamante

    operava de forma negligente uma mquina de propriedade da empresa que acabou por danific-

    la, alm de negar a existncia das horas extras habituais. Na audincia de instruo, o juiz ouviu

    apenas o depoimento de 1 testemunha do Autor e indeferiu a prova testemunhal da empresa

    alegando j haver firmado seu entendimento. A Sentena julgou a inicial totalmente procedente.

    A empresa interps RO afirmando que houve cerceamento de defesa, que no restaram provadas

    as horas extras, mas sim a justa causa. Como advogado do Recorrido, apresentar a pea

    adequada.

  • 13

    PRTICA DO RECURSO DE REVISTA 1 BASE LEGAL: artigo 896 da CLT; 2 PRAZO: 8 dias a contar da publicao do acrdo do TRT; 3 DEPSITO RECURSAL: a ser recolhido na mesma guia do RO (FGTS do empregado) 4 COMPETNCIA: cabe a uma das Turmas do TST; 5 HIPTESES DE CABIMENTO: no se destina reapreciar a prova, mas basicamente, uniformizar a jurisprudncia e restabelecer a norma nacional violada. Assim caber RR quando:

    a) a interpretao de lei federal na deciso recorrida for divergente de outro julgado; b) divergncia ocorrer na interpretao de lei estadual ou de norma de acordo ou conveno

    coletiva;

    c) violar literalmente lei federal ou afronta CF. No procedimento sumarssimo, somente ser admitido se contrariar Smula do TST ou violao

    direta da CF.

    6 LEMBRE-SE: pressuposto de cabimento que a parte Recorrente indique expressamente qual a lei violada e demonstre a divergncia jurisprudencial.

    ROTEIRO PRTICO

    -ENDEREAMENTO EXCELENTSSMO SENHOR DOUTOR JUIZ PRESIDENTE DO

    TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA ...... REGIO.

    PROC. N..............

    Empresa....................., j devidamente qualificada nos autos da Ao Trabalhista que lhe move

    ....................., no se conformando, data venia, com V. Acrdo no....., prolatado pela ...Turma e

    publicado aos ..........., com fundamento no artigo 896 da CLT, vem, respeitosamente, presena

    de V.Exa , atravs de seu advogado abaixo assinado, a fim de interpor o presente RECURSO

    DE REVISTA, cujas razes seguem anexas, esperando pelo recebimento e encaminhamento ao

    Egrgio TST, comprovando, desde j, os recolhimento legais.

    Termos em que, Pede deferimento. Local... Data... Assinatura...

    - RAZES DO RECURSO DE REVISTA: identificar o Recorrente e o Recorrido, TRT e o

    nmero do acrdo; confeccionar uma sntese do acrdo do TRT; indicar expressamente o artigo

    da lei federal, estadual ou norma coletiva violada, indicar a afronta a CF, delimitar os motivos do

    inconformismo com base nas divergncias; se referir sempre aos ilustres ou nobres MINISTROS;

    no atacar de forma grosseira o relator da deciso guerreada; incluir jurisprudncia conflitante

    (do prprio TRT, Turma e do TST) alm de entendimentos doutrinrios; fundamentar a violao

    a dispositivo constitucional.

    Exemplo: Egrgio Tribunal Superior do Trabalho. Excelentssimos Ministros. Colenda Turma.

    O V. Acrdo recorrido merecer ser reformado, uma vez que conflitou com a lei a jurisprudncia

    majoritria, o que autoriza expressamente o conhecimento e provimento da presente revista. O

    Acrdo assim entendeu.....mantendo a Sentena de 1 instancia, condenando a Recorrente ao

    pagamento das verbas rescisrias descaracterizando a ocorrncia da justa causa.. Na verdade,

    o artigo 482, alnea..., da CLT define claramente a ocorrncia de falta grave e autoriza a justa

    demisso. Se no bastasse violao expressa ao artigo supra citado, a majoritria

    jurisprudncia dos nossos tribunais pacfica ao entender que o excessivo nmero de faltas

    enseja a demisso por juta causa. Neste sentido: .....(ementas dos acrdo divergentes)

    Assim, poder este Egrgio Tribunal constatar que a R. deciso violou no s dispositivo legal

    atinente espcie, como tambm ensejou divergncia jurisprudencial entre o prprio TRT

    prolator e de outros TRTs..

    - FINALIZAO: nesta fase no h requerimentos, no h provas a produzir, no h pedidos ou

    deferimentos.

  • 14

    Exemplo: Em face de todo o exposto, espera a Recorrente se dignem a conhecer e dar

    provimento ao presente RECURSO DE REVISTA, para fim de REFORMAR a deciso regional e

    julgar improcedente a reclamao trabalhista, por ser da mais ldima JUSTIA!

    Local...Data.... Assinatura..

    EXERCCIO PRTICO

    A moveu reclamatria contra B, pleiteando o reconhecimento da relao de emprego. Afirmou que era motorista de txi, trabalhando com veculo de propriedade de B, obrigandose a pagar ao ltimo 30% da renda diria do txi. B , em defesa, negou a relao de emprego, afirmando que A era autnomo e que no preenchia qualquer dos requisitos contidos na lei para configurao de sua condio de empregado. A Vara do Trabalho declarou A carecedor da ao. Interposto recurso ordinrio, a 3 Turma do TRT da 1 Regio deu provimento ao recurso,

    para reconhecer configurada a relao empregatcia. Redigir a petio do recurso e respectivas

    razes.

    SUBSDIOS LEGAIS E JURISPRUDENCIAL:

    Artigo 2o. da CLT Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econmica, admite, assalaria e dirige a prestao pessoal dos servios.

    Artigo 3o. da CLT Considera-se empregado toda pessoa fsica que presta servios de natureza no eventual a empregar dor, sob a dependncia deste e mediante salrio

    O motorista de txi que aluga veculo de terceiro, pagandolhe diria fixa e exercendo sua atividade com ampla autonomia no empregado na conceituao do art. 3 da CLT (TRT 3 Regio, 1 Turma , RO 5.405/90, in DJMG 19.7.91, pg. 40).

    No se traduz em vnculo, nem se vislumbra fraude na contrao autnoma de elemento que explora o ramo de taxista, mediante aluguel de veculo, mediante paga diria. Corre o risco de seu

    prprio empreendimento, posto que trabalha quando bem entender, permanecendo com o veculo

    de Segunda a Domingo, sem qualquer fiscalizao sobre o trabalho produzido (TRT da 1 Regio, 4 Turma, RO 02890194439, in Julgados Trabalhistas Selecionados, Irany Ferrai e Melchades Rodrigues Martins, LTr Edit., pg.372)

    Evidenciando no bojo processual que o liame havido entre as partes amolda-se relao jurdica de natureza civil, julga-se o obreiro carecedor do direito da ao nesta Justia Especializada (TRT da 14 Regio, RO 132/92, in LTr 57-05/597).

    Vnculo de Emprego. Inexistncia. Sem a ocorrncia de subordinao, dependncia e no eventualidade, inexiste a relao de emprego (Rec. Provido - AC TRT 10a. Regio, Rel. Juiz Herclito Pena Junior, DJU 28/10/92, p. 34772).

    Necessrio o atendimento de todos os requisitos do artigo 3o. da CLT para a configurao do vnculo empregatcio (TRT/SP 649/91.7, Gualdo Amaury Formica, Ac. 7a. T. 138/93).

  • 15

    PRTICA DO AGRAVO DE INSTRUMENTO TRABALHISTA

    BASE LEGAL: artigo 897, alnea b da CLT

    PRAZO: 8 dias

    HIPTESE DE CABIMENTO: contra despachos que denegarem o seguimento de recursos

    (ordinrio e revista)

    PEAS OBRIGATRIAS: cpia da deciso agravada, certido da respectiva intimao,

    procuraes outorgadas s partes, petio inicial, contestao, deciso (sentena ou acrdo),

    comprovao do recolhimento do depsito recursal e custas.

    OBSERVAES IMPORTANTES: a parte deve comprovar o recolhimento de 50% do valor

    do depsito recursal que pretende destrancar. Caso Tribunal der provimento ao agravo, deliberar

    Stambm sobre o recurso principal (juzo prevento).

    ROTEIRO PRTICO EXCELENTSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA VARA DO TRABALHO DE....

    Processo no.

    ....por seu advogado que esta subscreve, nos autos da Reclamao

    Trabalhista promovida por ...., inconformada com a R. deciso que negou seguimento ao Recurso

    Ordinrio interposto, com base no artigo 897, alnea b da CLT, vem, respeitosamente, presena

    de V. Exa, a fim de interpor o presente AGRAVO DE INSTRUMENTO, pelos motivos

    declinados na inclusas razes, acompanhada da guia de recolhimento de custas e peas

    obrigatrias (elencar as peas transladadas), requerendo o encaminhamento ao E. T... (TRT ou

    TST).

    Termos em que,

    Pede deferimento.

    Local, dada, assinatura

    RAZES DO AGRAVO DE INSTRUMENTO

    DADOS DO PROCESSO

    AGRAVANTE / AGRAVADO

    1. Estendeu por bem o MM. Juiz da Vara do Trabalho de ... negar seguimento ao RO interposto no prazo legal, sob o fundamento de que

    o depsito recursal fora recolhido a menor.

    2. No entanto, a deciso ora agravada merece ser reformada. Vejamos: 3. (trazer todos os elementos de prova que contestem a desero do

    recurso).

    4. Ante o acima fundamentado, aguarda a Agravante seja dado provimento ao presente recurso, determinando-se o processamento

    regular do RECURSO ORDINRIO, tudo por ser medida de Direito e

    Justia

    Local, data, assinatura.

    EXERCCIO PRTICO: A moveu reclamatria contra B, pleiteando o reconhecimento da relao de emprego. Afirmou que era motorista de txi, trabalhando com veculo de propriedade

    de B, obrigandose a pagar ao ltimo 30% da renda diria do txi. B, em defesa, negou a relao de emprego, afirmando que A era autnomo e no preenchia qualquer dos requisitos contidos na lei para configurao de sua condio de empregado. A Vara do Trabalho declarou

    A carecedor da ao. Interposto RO, a 3 Turma do TRT da 1 Regio deu provimento ao recurso, para reconhecer configurada a relao empregatcia. B interps Recurso de Revista que

    no foi recebido por entender inexistente a divergncia jurisprudencial. Advogue no caso.

  • 16

    DANO MORAL NO DIREITO E PROCESSO DO TRABALHO

    Dano moral: aquele que lesiona a esfera personalssima da vtima (sua intimidade, vida privada,

    honra e imagem).

    Dano patrimonial: leses ocorridas no patrimnio material de algum (bens e direitos

    valorveis).

    FASES DE OCORRNCIA:

    1) PR CONTRATUAL: - Atos discriminatrios (sexo, cor, raa, exames)

    - Argio sobre opinies pessoais

    2) FASE CONTRATUAL

    - Rebaixamento funcional

    - Assdio moral / sexual

    - Revista Intima

    - Acidente de Trabalho e Doena Ocupacional

    3) FIM DO CONTRATO DE TRABALHO

    - Desligamento com carter discriminatrio

    - AIDS

    - Anotao do motivo da despedida na CTPS

    - Comunicao falsa de abandono de emprego em rgo de imprensa.

    - Despedida injuriosa, caluniosa ou difamatria.

    4) FASE PS-CONTRATUAL - Informaes desabonadoras ou inverdicas

    - Difuso de listas negras

    DECISES RECENTES DO TST SOBRE O TEMA:

    I) A Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho manteve deciso da Justia do Trabalho

    do Maranho que reduziu de R$ 1 milho para 260 salrios mnimos o valor da indenizao por

    dano moral a ser paga pelo Bradesco S/A (na qualidade de sucessor do BEM Banco do Estado do Maranho) a uma empregada lotada na agncia de Imperatriz (MA) que sofreu quatro

    assaltos, o que totaliza R$ 67.600,00, que segundo o advogado no suficiente para reparar os

    danos morais sofridos, que lhe causaram srios transtornos de sade , como depresso, insnia,

    sndrome do pnico, taquicardia, e dependncia qumica (alcoolismo).

    II) A anotao de demisso por justa causa, na Carteira de Trabalho (CTPS) estigamatiza o

    demitido e representa motivo suficiente para o pagamento de indenizao por danos morais ao

    trabalhador prejudicado. Sob esse entendimento, manifestado pelo ministro Llio Bentes Corra

    (relator), a Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho condenou a Petrobrs S/A a pagar

    indenizao no valor de R$ 15 mil a um ex-empregado, demitido por justa causa.

    III) Stima Turma do Tribunal Superior do Trabalho reformou sentena em que uma empresa do

    Paran havia sido condenada ao pagamento de indenizao por dano moral, em funo de

    atrasos habituais no pagamento de salrio. A condenao foi reconhecida em ao movida por

    um ex-empregado contra a Usina Central do Paran S/A. Inconformada, a empresa apelou ao

    TST, mediante recurso de revista, questionando esse e outros direitos, como horas extras e no-

    extino do contrato de trabalho em funo da aposentadoria espontnea.

  • 17

    IV) A Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho, por unanimidade, confirmou a validade

    de duas indenizaes por dano moral impostas filial mineira da Companhia Brasileira de

    Bebidas que, em Belo Horizonte, aplicava castigos vexatrios aos empregados que no

    alcanavam as metas de vendas exigidas. Depoimentos e cpias fotogrficas comprovaram que os

    castigados eram inicialmente submetidos - em frente a colegas, supervisores e gerentes de vendas

    - a uma "grande quantidade de cansativas flexes". Uma vez concludas, eram obrigados a vestir

    "uma saia rodada, roupa de prisioneiro, passar batom, usar capacete com grandes chifres de boi,

    perucas coloridas, etc.", conforme os autos. Assim trajados, desfilavam pelas dependncias das

    empresas diante de at visitantes e sofriam insultos e xingamentos.

    V) TST nega dano moral por briga entre irmos em empresa: Justia do Trabalho no

    competente para julgar Ao de Indenizao que no teve origem na relao de trabalho. Com

    esse entendimento, a 6 Turma do Tribunal do Trabalho declarou indevido o pedido de

    indenizao por dano moral a um ex-empregado que apanhou do scio da empresa, seu irmo, no

    ato da resciso contratual. O conflito entre as partes resultou em Ao Penal contra o scio da

    empresa, que deve cumprir pena de prestao de servios comunidade. O empregado alegou

    que foi recebido com uma surra homrica ao solicitar a assinatura do irmo na resciso contratual. Testemunhas confirmaram que os irmos j haviam brigado anteriormente por causa

    de um cachorro.

    VI) A Quarta Turma do Tribunal Superior do Trabalho confirmou, em deciso unnime, a

    prerrogativa da Justia do Trabalho para o julgamento de ao por danos morais em mais um

    caso de revista ofensiva dignidade do trabalhador. Dessa vez, o TST negou recurso de revista

    empresa paranaense Sonae Distribuio Brasil S/A, condenada a indenizar um ex-empregado que

    durante os trs do contrato de trabalho foi submetido, aleatoriamente, a revistas frente a pessoas

    estranhas

    VII) Deciso do Tribunal Superior do Trabalho (TST) marca uma derrota nas questes

    trabalhistas relacionadas a funcionrios de call centers. De acordo com o TST, o controle de uso

    do toalete nessas empresas no configura dano moral contra a imagem ou intimidade do

    trabalhador. A tese foi firmada ao julgar recurso de revista de um operador contra a empresa Vivo

    em Gois. A stima turma do TST, por unanimidade, seguiu o voto do relator, ministro Ives

    Gandra Martins Filho.

    VIII) A Companhia Comercial de Mquinas CCM Ltda. no conseguiu reverter deciso que a

    condenou a pagar 150 salrios mnimos de indenizao por danos morais a uma ex-empregada. A

    8 Turma do Tribunal Superior do Trabalho manteve deciso do Tribunal Regional do Trabalho

    da 9 Regio (PR) que condenou a empresa por demitir uma funcionria durante a gravidez e

    ainda acus-la de improbidade.

  • 18

    Simulado de Direito do Trabalho e Processo Rumo a OAB

    1. A resciso indireta do contrato de trabalho ocorre quando:

    a) o empregado comete uma das faltas capituladas nas alneas do art. 482 da Consolidao das Leis do Trabalho

    (CLT).

    b) a empresa encerra suas atividades por motivo de fora maior.

    c) o empregado pede demisso.

    d) o empregado considera o contrato rescindido por culpa do empregador, em alguma das hipteses previstas no art.

    483 da CLT.

    2. Assinale a opo correta com relao responsabilidade civil do empregador decorrente de acidente de trabalho.

    a) A competncia para processar e julgar o litgio da justia estadual, tendo em vista a natureza civil dos direitos

    envolvidos.

    b) No h hiptese de o empregador ser responsabilizado se houver culpa concorrente do empregado.

    c) O empregado no ter direito a receber qualquer indenizao do empregador, j que esta responsabilidade cabe

    previdncia social.

    d) Parte da doutrina trabalhista vem acolhendo a tese da responsabilidade objetiva diante do risco assumido pelo

    empregador.

    3. Sobre o Fundo de Garantia do Tempo de Servio (FGTS), assinale a opo correta.

    a) O empregado poder fazer jus ao saque das quantias depositadas se for acometido de neoplasia maligna.

    b) Ao trabalhador optante pelo FGTS, aps a promulgao da Constituio Federal da Repblica de 1988, ficou

    garantida a estabilidade decenal.

    c) A titularidade da conta vinculada do empregado, todavia, este poder moviment-la apenas com a anuncia do

    empregador e nas hipteses previstas em lei.

    d) O empregador no tem a obrigao de proceder aos depsitos no FGTS dos empregados nas hipteses de

    interrupo do contrato de trabalho.

    4. Assinale a opo incorreta.

    a) O empregado poder deixar de comparecer ao servio, sem prejuzo do salrio, nos dias em que estiver

    comprovadamente realizando provas de exame vestibular para ingresso em estabelecimento de ensino superior.

    b) Os titulares da comisso interna de preveno de acidentes de trabalho, bem como todos e quaisquer suplentes que

    a integrem, no podero sofrer despedida arbitrria.

    c) O empregado poder considerar rescindido o contrato e pleitear a devida indenizao quando correr perigo

    manifesto de mal considervel.

    d) No que tange estabilidade prevista na CLT, o empregado acusado de falta grave poder ser suspenso de suas

    funes para a apurao do fato, sendo certo que a despedida s se tornar efetiva aps inqurito em que se verifique

    a procedncia da acusao.

    5. O mercado de trabalho privilegia a mo-de-obra qualificada. Atenta a essa realidade, a legislao trabalhista faz

    incidir sobre o contrato de estgio e sobre o contrato de aprendizagem regras especficas. A respeito dessas regras,

    assinale a opo incorreta.

  • 19

    a) Tanto o contrato de estgio quanto o contrato de aprendizagem podem atrair a legislao-padro celetista aplicvel

    ao contrato individual de trabalho (art. 442, CLT), se no satisfeitos os requisitos formais e materiais previstos em

    lei.

    b) O contrato de aprendizagem gera vnculo de emprego, enquanto o contrato de estgio no gera vnculo de

    emprego.

    c) O carter hbrido do contrato de aprendizagem, ao mesmo tempo prestao de servio e aprendizado metdico de

    ofcio, exige o recolhimento de FGTS, em iguais condies com o empregado tpico.

    d) Ajudas de custo ou outras espcies de retribuio proporcionadas ao estagirio pela empresa tomadora no

    possuem natureza salarial.

    6. A Consolidao tem uma disciplina muito tpica da prova testemunhal, que amplia suas potencialidades de

    utilizao, em correspondncia com a maior necessidade de contar com ela nos dissdios do trabalho. Jos Augusto

    Rodrigues Pinto. Processo trabalhista de conhecimento, 5. ed. So Paulo: LTr, 2000, p. 397. Em rito ordinrio de

    dissdio individual trabalhista, no que tange prova testemunhal, assinale a opo correta.

    a) O juiz pode ouvir em audincia apenas trs testemunhas por parte, salvo na hiptese de litisconsrcio, em que cada

    litisconsorte poder indicar trs testemunhas.

    b) As testemunhas devem comparecer audincia independentemente de notificao ou intimao, mas s sero

    ouvidas se comprovado o convite pela parte que requerem seu depoimento.

    c) As testemunhas que, convidadas pela parte, no comparecerem, ficam sujeitas imediata conduo coercitiva,

    alm das penalidades do art. 730 da CLT, caso, sem motivo justificado, no atendam ao convite.

    d) nus da parte conduzir a testemunha que pretende ouvir audincia trabalhista, sem prejuzo de poder requerer

    sua intimao judicial, caso no comparea. Exclui-se dessa regra a testemunha que seja servidor pblico ou militar,

    quando tiver que depor em hora de servio, pois, nesse caso, o juiz requisitar sua presena ao chefe de sua

    repartio ou ao comando do corpo em que servir.

    7. Segundo a CLT, no que se refere ao rito processual sumarssimo trabalhista;

    a) a produo de provas realizada em audincia, ainda que no haja requerimento prvio.

    b) no h possibilidade de produo de prova pericial.

    c) no h intimao de testemunhas, que devem ser comprovadamente convidadas pelas partes.

    d) a citao por edital fica limitada hiptese de insucesso de tentativa de citao por meio de oficial de justia por

    duas vezes no espao temporal de 48 horas.

    8. Assinale a opo que apresenta o recurso cabvel da deciso proferida pelo juiz de primeira instncia que denega

    seguimento ao recurso ordinrio e o prazo de interposio desse recurso.

    a) agravo de petio 8 dias

    b) recurso de revista 8 dias

    c) agravo de petio 5 dias

    d) agravo de instrumento 8 dias

    9. Em relao ao nus da prova da jornada extraordinria, no caso de empregador com mais de 10 empregados, o

    entendimento jurisprudencial predominante, inclusive sumulado pelo TST (Smula 338), no sentido de que o nus

    da prova ser:

  • 20

    a) sempre do empregado, se negado o fato pelo empregador, j que se trata de fato constitutivo do seu direito, a teor

    dos arts. 818 da CLT e 333, I, do CPC.

    b) do empregador, se negar o fato, j que possui o nus de juntar aos autos os controles de freqncia do empregado,

    sob pena de presuno relativa de veracidade da jornada alegada na inicial.

    c) do empregador, se negar o fato, j que possui o nus de juntar aos autos os controles de freqncia do empregado,

    sob pena de presuno absoluta de veracidade da jornada alegada na inicial.

    d) sempre do empregado, ainda que o empregador no junte aos autos os controles de freqncia, j que possui

    melhores condies de demonstrar a veracidade da jornada por ele praticada, a qual poder ser dar inclusive por

    prova testemunhal.

    10. Caso um juiz do trabalho julgue improcedentes os embargos execuo da empresa em um processo trabalhista;

    a) ser cabvel recurso ordinrio, interposto no prazo de oito dias.

    b) ser cabvel agravo de petio, interposto no prazo de oito dias.

    c) ser cabvel mandado de segurana, pois se aplica analogicamente o procedimento dos juizados especiais cveis.

    d) no h recurso cabvel de imediato, pois as decises interlocutrias so irrecorrveis no processo do trabalho.

    11. Em relao aos delegados sindicais eleitos pelos empregados, assinale a opo correta.

    a) Usufruem de garantia no emprego que tenha sido instituda em norma coletiva.

    b) Representam os empregados nas empresas conforme art. 11 da Constituio Federal, podendo firmar acordos

    coletivos de trabalho.

    c) Integram as comisses de conciliao prvia, embora no possuam estabilidade.

    d) Sua eleio proibida, porque no h norma jurdica vigente prevendo sua instituio.

    12. Acerca do instituto da negociao coletiva de trabalho, assinale a opo incorreta.

    a) O acordo ou a conveno coletiva de trabalho firmados com o sindicato representativo da categoria profissional

    podem estabelecer banco de horas.

    b) obrigatria a participao dos sindicatos nas negociaes coletivas de trabalho.

    c) assegurada a irredutibilidade de salrios, salvo negociao coletiva.

    d) Mediante a negociao coletiva, possvel a flexibilizao das regras legais aplicveis medicina do trabalho.

    13. Com referncia ao conflito entre normas de acordo coletivo de trabalho e conveno coletiva de trabalho, no

    direito brasileiro, assinale a opo correta.

    a) As condies estabelecidas em conveno, quando mais favorveis, prevalecero sobre as estipuladas em acordo.

    b) Aplicar-se- apenas um instrumento normativo, tendo em vista o princpio do conglobamento amplo.

    c) Prevalecero as normas do acordo coletivo, em decorrncia da aplicao do princpio segundo o qual a norma

    especial revoga a geral.

    d) Prevalecero aquelas que a assemblia geral determinar, nos termos da CLT.

    14. Assinale a opo correta.

    a) O pedido de demisso ou recibo de quitao de resciso do contrato de trabalho, firmado por empregado com mais

    de um ano de servio, s ser vlido quando feito com a assistncia do respectivo sindicato ou perante a autoridade

    do Ministrio do Trabalho e Emprego.

  • 21

    b) Para fazer jus ao adicional de transferncia, basta que o empregado seja removido de setor no trabalho.

    c) O adicional de periculosidade calculado sobre o salrio-base do empregado, na base de 10%, 20% ou 40%, e de

    acordo com grau de risco da atividade.

    d) As verbas rescisrias incontroversas somente podem ser quitadas na primeira audincia se forem acrescidas da

    multa de 50%.

    15. Assinale a opo incorreta.

    d) As dirias para viagens e as ajudas de custo so verbas contratuais, sendo que a primeira integra o salrio, em

    princpio, para todos os efeitos, se exceder 50% do salrio-base dirio do empregado, o que no acontece com as

    ajudas de custo, que, em princpio, no integram o salrio do trabalhador.

    b) Alm do pagamento em dinheiro, compreendem-se no salrio, para todos os efeitos legais, a alimentao, a

    habitao e o vesturio concedidos in natura que a empresa, por fora do contrato ou do costume, fornecer

    habitualmente ao empregado.

    c) O adicional de insalubridade fixado pela legislao trabalhista corresponde sempre a 30% do salrio mnimo,

    independentemente de previso contratual.

    d) Integram o salrio no s a importncia fixa estipulada, como tambm as comisses, percentagens, gratificaes

    ajustadas, dirias para viagens e abonos pagos pelo empregador.

    16. Sobre a durao do contrato de trabalho, luz da dogmtica trabalhista, assinale a opo incorreta.

    a) O contrato de trabalho temporrio envolve uma relao trilateral, que abrange a empresa de trabalho temporrio, a

    empresa tomadora de servios e o empregado.

    b) A durao do contrato de trabalho se presume indeterminada.

    c) As hipteses de contrato com durao determinada esto previstas na CLT e na legislao extravagante e

    apresentam requisitos de validade.

    d) Quando no satisfeitos os requisitos de validade de contratos a termo, o contrato nulo de pleno direito.

    17. Havendo recurso no processo de conhecimento trabalhista, no que se refere ao pagamento e comprovao do

    recolhimento de custas, correto afirmar que as custas devem ser:

    a) obrigatoriamente pagas e comprovadas no momento da interposio do recurso.

    b) pagas dentro de cinco dias da interposio do recurso, comprovando-se o recolhimento nos cinco dias seguintes.

    c) pagas dentro do prazo recursal e comprovadas nos cinco dias seguintes.

    d) obrigatoriamente pagas e comprovadas dentro do prazo recursal.

    18. A respeito do fenmeno da litispendncia, correto afirmar que, entre uma ao coletiva (ao civil pblica ou

    ao civil coletiva) ajuizada para a defesa de direitos coletivos em sentido estrito e uma ao individual,

    a) ocorre litispendncia, mesmo que no haja conexo entre as aes.

    b) no ocorre litispendncia.

    c) ocorre litispendncia quando houver identidade de partes, de pedido e de causa de pedir.

    d) ocorre litispendncia quando houver conexo entre as aes e identidade de partes.

    19. Entregue a contestao e juntados documentos pelas partes, o juiz indeferiu a prova testemunhal requerida por

    um dos litigantes, por consider-la desnecessria. Em face dessa deciso, assinale a opo correta.

  • 22

    a) A parte que se sentiu lesada poder obter a anulao da sentena proferida, alegando injustia na deciso, desde

    que faa o requerimento em preliminar de recurso.

    b) O tribunal, quando do exerccio do duplo grau de jurisdio, verificando tal fato, decretar a nulidade do julgado

    independentemente do requerimento na pea recursal, porquanto o reexame pela instncia superior devolve a

    apreciao de todas as questes processuais afetas deciso do juzo inferior.

    c) A parte que se sentiu lesada poder obter a anulao da sentena, alegando erro de procedimento, desde que tenha

    manifestado sua contrariedade nulidade resultante do ato judicial, na primeira oportunidade em que pde falar em

    audincia, ou nos autos.

    d) No poder o tribunal, em nenhuma hiptese, acolher a nulidade do julgado, em observncia aos princpios do

    livre convencimento do juiz e da imediatidade.

    20. O prazo para que o reclamante se manifeste sobre exceo de incompetncia em razo do lugar quando argida,

    no processo do trabalho, de:

    a) 24 horas.

    b) 48 horas.

    c) 5 dias.

    d) 8 dias.

    21. Constitui justa causa para resciso do contrato de trabalho do empregado:

    a) Ausncia em face de doena por trs dias;

    b) Ato de improbidade;

    c) Ausncia em virtude de nascimento do filho;

    d) Aposentadoria por invalidez temporria.

    22. Contra os menores de 18 anos:

    a) A prescrio de dois anos;

    b) Inexiste prescrio;

    c) A prescrio qinqenal;

    d) A prescrio vintenria.

    23. O empregado que exerce sua atividade profissional em condies ou atividades que implicam em contato ______

    com inflamveis, explosivos e em casos especiais com elevada carga eltrica em condies de risco acentuado

    conforme definio na legislao vigente, tem assegurado o pagamento de um adicional de periculosidade de ______

    do seu salrio. Esse adicional pela interpretao predominante da Justia do Trabalho _____ o clculo de indenizao

    e de horas extraordinrias quando o adicional de periculosidade pago com habitualidade, em carter permanente.

    Complete as lacunas com a resposta que deixe a afirmao integralmente correta, observando as alternativas abaixo.

    a) Eventual, 30% e no integra;

    b) Permanente, 30% e integra;

    c) Permanente, 20% e integra;

    d) Permanente, 30% e no integra.

    24. A deflagrao da greve nas atividades definidas legalmente como essenciais:

  • 23

    a) Depende de autorizao prvia da autoridade competente e de acordo coletivo de trabalho para permitir a

    paralisao coletiva;

    b) sempre abusiva;

    c) Constitui um ato criminoso pela excessiva limitao legal que, alis, no garante a greve nessas atividades;

    d) Depende da manuteno dos servios indispensveis;

    25. No processo do trabalho, correto afirmar:

    a) Das decises definitivas proferidas pelas Varas do Trabalho cabvel a interposio de recurso de revista;

    b) Todos os recursos tm efeito suspensivo;

    c) O recurso de revista, o agravo de petio e o agravo de instrumento devem ser interpostos no prazo de oito dias;

    d) No permitida em nenhuma hiptese a reunio de vrios processos trabalhistas, ainda que haja entre eles

    identidade de matrias e o empregador e/ou o estabelecimento sejam os mesmos.

    26. Dispe o art. 444 da CLT: As relaes contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulao das partes

    interessadas em tudo quanto no contravenha s disposies de proteo ao trabalho, aos contratos coletivos que lhes

    sejam aplicveis e as decises das autoridades competentes. Tal preceito encerra um principio do direito civil

    aplicvel no mbito trabalhista, no caso:

    a) O princpio do pacta sunt servanda;

    b) O princpio da autonomia da vontade;

    c) O princpio do rebus sic standibus;

    d) O princpio do contraditrio.

    27. Marque a opo correta relativa s caractersticas do contrato de trabalho:

    a) Bilateral, consensual, oneroso, da classe dos comutativos e de trato sucessivo;

    b) Bilateral, gratuito, sinalagmtico, real e de trato sucessivo;

    c) Unilateral, oneroso, comutativos e de trato sucessivo;

    d) Bilateral, consensual, oneroso, sinalagmtico e de trato sucessivo.

    28. O trabalho em condies de periculosidade assegura o empregado um adicional de:

    a) 30% sobre o salrio sem os acrscimos resultantes de gratificaes, prmios, ou participaes nos lucros da

    empresa;

    b) 20% sobre o salrio;

    c) 10% sobre a remunerao;

    d) 15% sobre os prmios, e gratificaes.

    29. No procedimento sumarssimo, as partes podero indicar no mximo:

    a) 5 testemunhas;

    b) 2 testemunhas;

    c) 4 testemunhas;

    d) 3 testemunhas.

    30. correto afirmar que dos despachos que denegam a interposio de recursos, cabe:

  • 24

    a) Agravo de Petio;

    b) Recurso Extraordinrio;

    c) Recurso de Revista;

    d) Agravo de Instrumento

    31. correto afirmar que o contrato de experincia no poder exceder de:

    a) 3 (trs) meses;

    b) 90 dias;

    c) 60 dias;

    d) 2 (dois) meses.

    32. O empregado que furta aparelhos da Empresa, pode ser dispensado com justa causa, sob a alegao:

    a) Ato de improbidade;

    b) Desdia no desempenho das respectivas funes;

    c) Ato de indisciplina ou de insubordinao;

    d) Abandono de emprego.

    33. correto afirmar, que a cada perodo de 12 (doze) meses de vigncia do contrato de trabalho, o empregado ter

    direito a frias, na seguinte proporo:

    a) 40 (quarenta) dias corridos, quando no houver faltado ao servio mais de 5 (cinco) vezes;

    b) 30 (trinta) dias corridos, quando houver tido de 6 (seis) a 14 (quatorze) faltas;

    c) 20 (vinte) dias corridos, quando houver tido de 15 (quinze) a 23 (vinte e trs) faltas;

    d) 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e quatro) a 32 (trinta e duas) faltas.

    34. O trabalho noturno ter remunerao superior do diurno e, para esse efeito, sua remunerao ter um acrscimo

    de:

    a) 10 % (dez por cento), pelo menos, sobre a hora diurna;

    b) 20% (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna;

    c) 30% (trinta por cento), pelo menos, sobre a hora diurna;

    d) 40% (quarenta por cento), pelo menos, sobre a hora diurna.

    35. Nos contratos individuais de trabalho a alterao das respectivas condies:

    a) S pode ocorrer por mtuo consentimento, e ainda assim desde que no resultem, direta ou indiretamente,

    prejuzos ao empregado, sob pena de nulidade da clusula infringente desta garantia, exceto se o empregado reverta

    ao cargo efetivo, anteriormente ocupado, deixando o exerccio de funo de confiana;

    b) S pode acontecer mediante clusula de conveno coletiva de trabalho;

    c) Pode ocorrer por determinao do empregador como resultado do princpio do jus variandi protegido pela norma

    trabalhista, independente de qualquer conseqncia que esta traga ao contrato;

    d) S pode ocorrer por mtuo consentimento, e ainda assim desde que no resultem, diretamente prejuzos ao

    empregado, sob pena de nulidade da clusula infringente desta garantia, sem qualquer exceo.

    36. O Recurso de Revista:

  • 25

    a) dotado de efeito apenas suspensivo, ser apresentado ao Presidente do Tribunal Superior do Trabalho, que

    poder receb-lo ou deneg-lo, fundamentando, em qualquer caso, a deciso;

    b) dotado de duplo efeito, ser apresentado ao Presidente do Tribunal Superior do Trabalho, que poder receb-lo

    ou deneg-lo, quando o recurso no fundamenta violao constitucional da deciso recorrida;

    c) Em qualquer rito processual somente ser admitido por contrariedade a smula de jurisprudncia uniforme do

    Tribunal Superior do Trabalho e violao direta da Constituio da Repblica;

    d) dotado de efeito apenas devolutivo, ser apresentado ao Presidente do Tribunal recorrido, que poder receb-lo

    ou deneg-lo, fundamentando, em qualquer caso, a deciso.

    37. A estabilidade sindical concedida ao empregado:

    a) Candidato a um cargo sindical, durante o processo eleitoral (desde a notificao ao empregador do registro da

    candidatura) e depois de eleito para o cargo de direo ou representao sindical, inclusive os suplentes, at um ano

    aps o trmino do mandato, sendo indispensvel a comunicao (pela entidade sindical) ao empregador;

    b) Candidato a um cargo sindical, durante o processo eleitoral (desde a notificao ao empregador do registro da

    candidatura) e depois de eleito para o cargo de direo ou representao sindical, inclusive os suplentes, at um ano

    aps o trmino do mandato, no sendo necessria a comunicao (pela entidade sindical) ao empregador;

    c) Candidato a um cargo sindical, durante o processo eleitoral sendo ele indicado a concorrer a um mandato no

    sindicato que representa a categoria econmica de seu empregador e depois de indicado para o cargo de direo ou

    representao sindical, inclusive os suplentes, at um ano aps o trmino do mandato, no sendo necessria a

    comunicao (pela entidade sindical) ao empregador;

    d) Candidato a um cargo sindical, durante o processo eleitoral (desde a notificao ao empregador do registro da

    candidatura) e depois de eleito para o cargo de direo ou representao na Central Sindical, inclusive os suplentes,

    at um ano aps o trmino do mandato, sendo indispensvel a comunicao (pela Central Sindical) ao empregador.

    38. Darlan Marques empregado no sindicalizado, recebe salrio fixo mensal de seu empregador. Nesse caso:

    a) Nada impede que o empregador efetue descontos nos salrios provenientes de ajuste normativo (conveno

    coletiva ou acordo coletivo de trabalho);

    b) possvel o desconto no salrio de dano causado pelo empregado e por sua exclusiva culpa, independente de

    ajuste contratual prvio;

    c) facultado o desconto dos salrios para cobrar dvidas civis e comerciais contradas pelo empregado,

    independentemente da sua autorizao;

    d) vedado o desconto da contribuio sindical anual no salrio do empregado no sindicalizado.

    39. Vanderlei Frana, empregado na loja de material esportivo Boa Forma Ltda surpreendido vasculhando uma

    caixa registradora da loja, em condies comprometedoras. Nada furtou, pois nada existia no interior da referida

    caixa. Foi demitido por justa causa ante a configurao do ato por vrias testemunhas (empregados e clientes) que

    constataram o fato. Foi absolvido do processo criminal pelo reconhecimento de crime impossvel (no havia o que

    ser furtado). Na reclamao trabalhista movida por Vanderlei Frana o ex-empregado pretende a transformao da

    demisso por justa causa para dispensa sem justa causa com o recebimento das verbas da decorrentes. Assinale,

    vista do que foi dito, a alternativa correta:

    a) A absolvio ter obrigatria e necessariamente influncia no julgamento da ao trabalhista, pois sem a

    condenao criminal no pode ocorrer a demisso por justa causa;

  • 26

    b) evidente a insubordinao do empregado capaz de justificar a extino contratual por justa causa por iniciativa

    do empregador;

    c) A improbidade para fins trabalhistas no depende de condenao penal desde que configurada a falta grave do

    empregado;

    d) S com a condenao criminal do empregado, passada em julgado, ainda que tenha havido suspenso da execuo

    da pena, que seria configurada a falta grave que justificaria a extino do contrato de trabalho por iniciativa do

    empregador por justa causa.

    40. O trabalhador domstico, que for inscrito no FGTS, sendo dispensado sem justa causa, far jus ao benefcio do

    seguro-desemprego, no valor do salrio mnimo, por um perodo mximo:

    a) 3 (trs) meses;

    b) 4 (quatro) meses;

    c) 5 (cinco) meses;

    d) 6 (seis) meses.

    41. O empregado que se nega a usar o uniforme da Empresa, pode ser dispensado com justa causa, sob a alegao:

    a) Ato de improbidade;

    b) Incontinncia de conduta;

    c) Ato de indisciplina;

    d) Abandono de emprego.

    42. Assinale a alternativa correta:

    a) Presentes o risco sade e integridade fsica do empregado so a ele devidos os adicionais de insalubridade e de

    periculosidade;

    b) O repouso semanal pode caracterizar interrupo ou suspenso contratuais;

    c) A clusula assecuratria do direito recproco de resilio inserta nos contratos individuais de emprego por tempo

    determinado, ao ser exercitada, haver de implicar em sua transformao em contratos sem prazo;

    d) Provada em inqurito judicial a inexistncia de falta de empregado estvel, previamente suspenso, ser ele

    readmitido no servio.

    43. O conflito de competncia entre um Juiz do Trabalho - RJ (10 VT/RJ) e um Juiz de Direito - RJ (1 Vara

    Cvel/RJ), ser apreciado e decidido pelo:

    a) TST;

    b) STF;

    c) STJ;

    d) TRT-RJ.

    44. A sentena que julga ultra petita, extra petita ou citra petita, aquela que julga:

    a) Fora do pedido (ultra), que no se manifesta sobre algum dos pedidos (extra) e alm do que fora do pedido (citra);

    b) Alm do pedido (citra), que no se manifesta sobre algum dos pedidos;

    c) Alm do pleiteado (ultra), que o faz fora do que pretendido (extra) e que no se manifesta sobre algum dos

    pedidos (citra);

  • 27

    d) Cujo julgamento deve ser declarado nulo em sua totalidade.

    45. A incompetncia territorial deve ser argida:

    a) Na prpria contestao, como preliminar;

    b) Atravs de exceo de incompetncia, na mesma ocasio em que for apresentada a contestao;

    c) A qualquer tempo;

    d) Antes da sentena, verbalmente, ou atravs de simples petio.

    46. O pagamento das parcelas constantes do instrumento de resciso ou recibo de quitao dever ser efetuado

    quando o reclamante for dispensado sem justa causa, com aviso prvio indenizado, no seguinte prazo:

    a) At o quinto dia, contado da data da notificao da demisso;

    b) At o stimo dia, contado da data da notificao da demisso;

    c) At o dcimo dia, contado da data da notificao da demisso;

    d) At o trigsimo dia, contado da data da notificao da demisso.

    47. Quantas testemunhas, no mximo, podem ser inquiridas no procedimento sumarssimo?

    a) Quatro;

    b) Seis;

    c) Dez;

    d) No h limitao.

    48. Joo Maria, que foi despedido sem justa causa, ajuizou reclamao trabalhista pleiteando somente o pagamento

    de frias, afirmando que, durante todo o pacto laboral, de 12/05/1997 at 15/11/2002, JAMAIS as gozou ou as

    recebeu do seu empregador. Ajuizou a reclamao trabalhista em 20/03/2004 e a empresa argiu a prescrio parcial

    da pretenso.

    a) No prescreveu qualquer pretenso, de nenhum perodo;

    b) Esto somente prescritas as do perodo 1997/1998;

    c) As do perodo 1998/1999 so devidas na forma simples e no prescreveu esta pretenso;

    d) As do perodo 2002/2003 so devidas na forma proporcional e no esto prescritas.

    49. Nas causas sujeitas ao procedimento sumarssimo ser admitido recurso de revista quando:

    a) Derem ao mesmo dispositivo de lei federal interpretao diversa da que lhe houver dado outro Tribunal Regional,

    no seu Pleno ou Turma;

    b) Proferidas com violao literal de disposio de lei federal;

    c) Derem ao mesmo dispositivo de lei estadual, conveno coletiva de trabalho, acordo coletivo, sentena normativa

    ou regulamento empresarial de observncia obrigatria em rea territorial que exceda a jurisdio do Tribunal

    Regional prolator da deciso recorrida interpretao diversa da que lhe houver dado outro Tribunal Regional, no seu

    Pleno ou Turma, ou a Seo de Dissdios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho;

    d) Forem contrrias Smula de jurisprudncia uniforme do Tribunal Superior do Trabalho e violarem diretamente a

    Constituio Federal.

    50. Com relao equiparao salarial correto afirmar que:

    a) irrelevante a circunstncia em que o desnvel salarial tenha origem em deciso judicial que beneficiou o

  • 28

    paradigma, se decorrente de vantagem pessoal ou de tese jurdica superada pela jurisprudncia de Corte superior;

    b) necessrio que, ao tempo da reclamao sobre equiparao salarial, reclamante e paradigma estejam a servio

    do estabelecimento;

    c) Considera-se trabalho de igual valor aquele que for feito com igual produtividade, cuja diferena de tempo de

    servio entre pessoas no for superior a cinco anos;

    d) O trabalhador readaptado a nova funo, por motivo de deficincia fsica ou mental atestada pelo rgo

    competente da Previdncia Social, no servir de paradigma para fins de equiparao salarial.