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1 O VERDADEIRO PROPÓSITO DA IGREJA (2) Mark Dever Adoração Congregacional: Circunstâncias O tempo e o lugar de os cristãos se reunirem para adoração não são prescritos com clareza no Novo Testamento. Tanto lugares públicos (como o templo ou a beira de um rio) quanto lugares privados (como casas) são usados. O Novo Testamento também não tem qualquer coisa a dizer sobre várias outras questões de circunstâncias, como, por exemplo, se microfones podem ser usados para amplificar as vozes ou qual a ordem em que esses elementos devem acontecer quando a igreja se reúne. Responder a questões de circunstâncias como essas deve depender inevitavelmente da prudência de uma igreja. No decorrer da história, a igreja julgou apropriado se reunir aos domingos por três razões. Primeira, Cristo ressuscitou num domingo. Segunda, o Cristo ressuscitado se reuniu pela primeira vez com seus discípulos num domingo. E terceira, o padrão dos primeiros cristãos, no Novo Testamento, aponta para o domingo como o tempo da semana para a adoração coletiva, embora o domingo não fosse um dia de descanso para eles. Esse padrão foi logo incorporado à linguagem referente ao domingo como “o dia do Senhor”. De acordo com fontes primitivas da igreja cristã, esse era o costume universal para os cristãos. Por fim, no decorrer da história, os cristãos têm julgado apropriado dar as primícias da semana a Deus em reconhecimento de seu senhorio do todo, assim como o fazem com a sua renda. Adoração Individual Além de promover e regular a adoração coletiva de Deus pela congregação, o propósito de missão da igreja inclui fomentar a adoração a Deus por parte dos indivíduos. A adoração não acontece somente nos cultos e reuniões públicos. Deve acontecer no viver diário do cristão. Por isso, Paulo exortou aos cristãos de Roma: “Apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional”. Teologia vivenciada em ação e obediência responsáveis é adoração a Deus. Quando realizados com fé, todos os deveres da vida cristã, ordenados na Escritura, são meios de adorar a Deus. “E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai”. Adorar a Deus é o objetivo supremo da igreja cristã, quer seja considerada universal ou localmente, ou na vida individual dos seus membros. A Igreja Como um Meio de Graça Além de olhar para o alto, a igreja existe a fim de olhar para o lado. Em outras palavras, o propósito vertical da igreja - adorar a Deus - exige seu propósito horizontal: trabalhar para evangelizar o perdido e edificar a igreja. A própria igreja é um meio de graça, não porque dá salvação à parte da fé, mas porque é o meio designado por Deus que o Espírito Santo usa para proclamar, ilustrar e confirmar o evangelho de salvação. A igreja é o canal pelo qual fluem normalmente os benefícios da morte de Cristo. De 09 a 15 de Outubro de 2016 - Ano 45 - Número 209

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OO VVEERRDDAADDEEIIRROO PPRROOPPÓÓSSIITTOO DDAA IIGGRREEJJAA ((22)) Mark Dever

Adoração Congregacional: Circunstâncias

O tempo e o lugar de os cristãos se reunirem para adoração não são prescritos com clareza no Novo Testamento. Tanto lugares públicos (como o templo ou a beira de um rio) quanto lugares privados (como casas) são usados. O Novo Testamento também não tem qualquer coisa a dizer sobre várias outras questões de circunstâncias, como, por exemplo, se microfones podem ser usados para amplificar as vozes ou qual a ordem em que esses elementos devem acontecer quando a igreja se reúne. Responder a questões de circunstâncias como essas deve depender inevitavelmente da prudência de uma igreja.

No decorrer da história, a igreja julgou apropriado se reunir aos domingos por três razões. Primeira, Cristo ressuscitou num domingo. Segunda, o Cristo ressuscitado se reuniu pela primeira vez com seus discípulos num domingo. E terceira, o padrão dos primeiros cristãos, no Novo Testamento, aponta para o domingo como o tempo da semana para a adoração coletiva, embora o domingo não fosse um dia de descanso para eles. Esse padrão foi logo incorporado à linguagem referente ao domingo como “o dia do Senhor”. De acordo com fontes primitivas da igreja cristã, esse era o costume universal para os cristãos. Por fim, no decorrer da história, os cristãos têm julgado apropriado dar as primícias da semana a Deus em reconhecimento de seu senhorio do todo, assim como o fazem com a sua renda.

Adoração Individual Além de promover e regular a adoração coletiva de Deus pela congregação, o propósito de missão da igreja inclui fomentar a adoração a Deus por parte dos indivíduos. A adoração não acontece somente nos cultos e reuniões públicos. Deve acontecer no viver diário do cristão. Por isso, Paulo exortou aos cristãos de Roma: “Apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional”. Teologia vivenciada em ação e obediência responsáveis é adoração a Deus. Quando realizados com fé, todos os deveres da vida cristã, ordenados na Escritura, são meios de adorar a Deus. “E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai”. Adorar a Deus é o objetivo supremo da igreja cristã, quer seja considerada universal ou localmente, ou na vida individual dos seus membros. A Igreja Como um Meio de Graça Além de olhar para o alto, a igreja existe a fim de olhar para o lado. Em outras palavras, o propósito vertical da igreja - adorar a Deus - exige seu propósito horizontal: trabalhar para evangelizar o perdido e edificar a igreja. A própria igreja é um meio de graça, não porque dá salvação à parte da fé, mas porque é o meio designado por Deus que o Espírito Santo usa para proclamar, ilustrar e confirmar o evangelho de salvação. A igreja é o canal pelo qual fluem normalmente os benefícios da morte de Cristo.

De 09 a 15 de Outubro de 2016 - Ano 45 - Número 209

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Edificação: Discipulado Individual e Crescimento O propósito da igreja é, em parte, encorajar os cristãos individuais na fé e no relacionamento com Cristo. Com esse alvo em mente, Paulo rogou que a igreja em Éfeso crescesse “em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor”. Quando o autor de Hebreus exortou seus leitores a se congregarem regularmente, indicou o propósito de se encorajarem mutuamente: “Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras. Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima”. Edificação: Comunidade Edificadora

A vida de toda a congregação junta deve ter como alvo a edificação coletiva, uma idéia que tem suas raízes no povo de Deus do Antigo Testamento. Deus criou um povo, no Antigo Testamento, para ser especialmente abençoado por sua presença, promessas e poder. O alvo de Deus para eles era que manifestassem a sua fidelidade e o seu senhorio, por olharem com expectativa para o dia prometido de sua vinda. A nação deveria ser um povo marcado por santidade.

No Novo Testamento, o povo de Deus é a igreja. Numa congregação local, a comunhão como um todo deve manifestar a santidade de Deus por meio de sua santidade. O amor de Deus deve ser refletido no amor que eles demonstram uns para os outros. A unidade de Deus deve ser refletida na unidade deles. A comunhão de crentes em uma congregação deve ser um companheirismo no labutar por edificação mútua e por fidelidade na evangelização.

Evangelização Outro propósito da igreja local é levar a Palavra de Deus aos de fora da igreja. Jesus

ordenou aos discípulos: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado”. Ele também lhes disse que o perdão dos pecados seria pregado em seu nome, “começando de Jerusalém”. “Sereis minhas testemunhas”, disse-lhes Jesus, “tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra” (Atos 1.8). Oportunidades para ministrarmos aos outros surgem naturalmente na vizinhança e na cidade onde vive uma congregação. As boas novas se propagam mais naturalmente não só onde a congregação realiza suas reuniões, mas também onde seus membros espalhados vivem seus dias de semana. A vida deles deve ser conhecida pelos amigos, vizinhos e colegas não cristãos. O testemunho deles deve ser melhorado enquanto todos os de fora observam constantemente a conduta deles. Missões O propósito exterior da igreja não está limitado a evangelizar a própria cidade onde a congregação vive. As orações e os planos de uma congregação devem se estender para além de restritos horizontes de familiaridade. O mandamento de Jesus para irmos até “aos confins da terra” nos lembra que Cristo é Senhor sobre tudo, que ele ama todos e nos chamará à prestação de contas no grande dia. Portanto, os cristãos de hoje têm a responsabilidade de levar o evangelho a todo o mundo. Essa responsabilidade não é apenas do cristão individual, mas também das congregações. Os cristãos juntos podem compartilhar sabedoria, experiência, sustento financeiro, orações e vocações, e direcionar tudo isso para o propósito comum de tornar o nome de Deus conhecido entre as nações. Em muitas igrejas hoje, esse propósito exterior pode exigir reestruturar a vida de modo que os membros da congregação interajam naturalmente com populações de

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não cristãos em áreas metropolitanas. Em todas as igrejas, esse propósito exterior significa orar e planejar para enviar recursos e pessoas àqueles grupos de indivíduos que ainda não ouviram o evangelho de Jesus Cristo. Testemunhar a glória de Deus sendo proclamada ao redor do globo no coração de todo o seu povo deve ser o alvo e propósito de toda igreja local. Sempre a Glória de Deus O aspecto final e mais importante do propósito da igreja é a glória de Deus. No Antigo Testamento, Deus criou um povo para a glória do seu nome. Mesmo quando os salvou dos resultados de seus próprios pecados, Deus o fez para a glória do seu nome. Por meio de Ezequiel, Deus falou: “Não é por amor de vós que eu faço isto, ó casa de Israel, mas pelo meu santo nome, que profanastes entre as nações para onde fostes. Vindicarei a santidade do meu grande nome”, que foi profanado entre as nações, o qual profanastes no meio delas; as nações saberão que eu sou o Senhor, diz

o Senhor Deus, quando eu vindicar a minha santidade perante elas. Isso também é verdadeiro no Novo Testamento. A igreja existe para a glória de Deus. Quer realizando missões ou evangelização, quer edificando uns aos outros por meio de oração e estudo bíblico, bem como encorajando o crescimento em santidade ou se reunindo para louvor, instrução e oração pública, esse propósito singular prevalece. A igreja é o único instrumento que produz essa glória para Deus. De acordo com a Bíblia, a intenção de Deus é “que, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus se torne conhecida, agora, dos principados e potestades nos lugares celestiais, segundo o eterno propósito que estabeleceu em Cristo Jesus, nosso Senhor”. O que está em jogo na igreja é nada menos do que a proclamação da glória de Deus em toda a sua criação. Como disse Charles Bridges: “A igreja é o espelho que reflete todo o esplendor do caráter divino. É o grande cenário em que as perfeições de Jeová são mostradas ao universo”.

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OO CCOOMMPPAASSSSOO,, 33//1100 -- AA VVIIRRTTUUDDEE DDAA PPAAZZ

Paz é serenidade, como um rio calmo dentro de nós. Paz é harmonia, que permite que convivamos bem uns com os outros, apesar das nossas diferenças. Paz é justiça, possível quando nos envolvemos para que em nossa comunidade haja igualdade para todos e a prática da misericórdia. A paz não se diverte com o destempero do outro. A paz não revida o palavrão ou o empurrão. A paz tem um preço mas vale a pena. Podemos ser homens e mulheres de paz. Paz não pode ser um tempo de trégua que nos prepare para a próxima guerra. Paz tem que ser um tempo que se deseja Paz não é um favor que se faz ao outro, mas uma disposição interior que brota como algo natural, por ser um fruto do Espírito Santo gerado em nós. Paz é para quem cede, mesmo que ceder seja perder. Paz é para quem insiste, não para quem desiste. Paz é para quem agradece, não para quem reclama. Paz é para quem olha para o futuro, não para o passado. Apesar do nosso temperamento, podemos ser de paz. Sere-mos de paz, se pedirmos ao Espírito Santo que nos controle.

Podemos ser ventos violentos ou animais indomáveis, mas o Espírito Santo pode nos acalmar e domar. É o que nós queremos? A paz vem quando calamos. O Espírito Santo nos ensina a calar, quando falar pode mostrar que temos razão, cheia de palavras e gritos, mas não trará a paz. Se vencermos hoje, precisamos saber que o outro voltará para nos vencer amanhã. E quando isto acabará? Quantas inimizades custarão? Uma amizade vale muito mais.

Pr Israel Belo de Azevedo

AA aannssiieeddaaddee éé oo rreessuullttaaddoo nnaattuurraall ddee cceennttrraalliizzaarrmmooss nnoossssaass eessppeerraannççaass eemm qquuaallqquueerr ccooiissaa mmeennoorr ddoo qquuee

DDeeuuss ee SSuuaa vvoonnttaaddee ppaarraa nnóóss.. Billy Graham

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SSAALLMMOO 9911 Richard José Vasques

"Porque você me conhece e me ama, eu o resgatarei e o protegerei. Você clamará a mim e eu lhe darei resposta. Na adversidade (dificuldades) estarei contigo. Vou livrá-lo e farei com que seja respeitado. Como recompensa eu lhe darei vida longa e lhe mostrarei que sou o seu Salvador. Eu também o livrarei dos perigos escondidos e das doenças mortais. Eu o cobrirei com as minhas penas e sob as minhas asas você encontrará refúgio. A minha fidelidade será o seu escudo protetor. Você não temerá os perigos da

noite, nem assaltos durante o dia, nem a peste que se espalha na escuridão, nem a praga que devasta ao meio-dia. Você esmagará leões ferozes e serpentes venenosas. Mil poderão cair mortos ao seu lado, dez mil à sua direita, mas nada o atingirá. Você simplesmente olhará e verá o castigo dos maus (cair por terra aquilo que te aflige).” Se você fizer do Altíssimo o seu refúgio (defensor e protetor) nenhum mal o atingirá, desgraça alguma chegará à sua casa. Porque aos seus anjos Ele dará ordens a seu respeito, para que o protejam em todos os seus caminhos. Com as mãos eles o segurarão, para que você não tropece em pedra alguma. Aquele que habita no abrigo do Altíssimo e descansa à sombra do Todo-poderoso pode dizer ao Senhor: Tu és o meu refúgio e a minha fortaleza (o meu defensor e o meu protetor), o meu Deus, em quem confio. Esse é o exercício: Descansar à sombra de Deus, sabendo que só Ele é o nosso refúgio e fortaleza, em quem podemos confiar e esperar. Exercitando. Deus te abençoe.

OO rreellaacciioonnaammeennttoo ccoomm DDeeuuss nnããoo pprroommeettee oo lliivvrraammeennttoo ssoobbrreennaattuurraall ddaass ddiiffiiccuullddaaddeess,, mmaass oo uussoo ssoobbrreennaattuurraall ddeellaass..

Philip Yancey

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VVOOCCÊÊ CCOONNHHEECCEE DDEEUUSS?? Roberto Louzada

A maioria dos historiadores bíblicos concorda que o rei Davi também escreveu Salmos 9.10, quando afirma, em relação a Deus: “os que conhecem o teu nome confiam em ti [...]. Como você chama Deus? A maneira de você dirigir-se ou referir-se a Ele pode revelar o quanto é profunda a sua comunhão; ou a falta dela. Deixe-me ilustrar. Como você me chama revela claramente o quanto me conhece bem — até se de fato me conhece. Por exemplo, meu telefone toca. Atendo. Do outro lado da linha, você diz: — Boa tarde, senhor Alberto. Gostaria de conversar um pouco sobre o serviço telefônico que o senhor recebe. Uma coisa posso dizer de imediato: você não me conhece. Não sabe nem o

meu nome corretamente! ... Ou minha esposa e eu vamos a uma churrascaria com nossos filhos, digo meu nome ao recepcionista enquanto aguardamos uma mesa. Depois de alguns minutos, ele chama:

— Sr. Alberto Gonzaga, mesa para cinco!

O recepcionista não prestou muita atenção ao ouvir meu nome. Nunca nos víramos, a não ser por alguns instantes. Não nos conhecíamos de verdade.

Se você me chama de irmão Roberto, ou de amigo, as chances de que saiba alguma coisa a meu respeito são bem maiores. Sabe o que faço, talvez me tenha ouvido falar e esteja familiarizado com alguns dos textos que escrevo e com minha franqueza. Mas o uso que você faz do meu nome não quer dizer que me conheça pessoalmente.

Há ainda aqueles que têm direitos exclusivos e formas de tratamento especiais, bem mais próximas. São três pessoinhas lindas, muito especiais para mim, às quais permito que subam no meu colo. A mais nova diz, acariciando meu rosto, coisas como “Você não tirou a sua barba hoje”, outra diz, mais carinhosamente: “Te amo pai, encostando seu peito no meu e me abraçando”. O mais velho, chegando bem perto de mim, diz: “Pai, vamos andar de bicicleta juntos na rua?”. Todos chamam-me de “pai”. Conhecem-me muito melhor do que quem me chama de Roberto Louzada. O nome revela a intensidade da comunhão. Se você conhece Deus, é provável que seja bem mais específico com Ele. As palavras que usa devem refletir com precisão seu

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status de conhecimento dEle. Talvez ele o(a) tenha perdoado graciosamente por duas décadas ou mais de pecados e você, agradecido, o chame de “Salvador”. Talvez ao orar você o chame de “Médico dos médicos” porque Ele curou seu coração partido ou uma grave doença. Ou de “Consolador” porque está do seu lado sempre e serve de companhia na

alegria ou em sua tristeza. Ou de minha “Fortaleza”, “Rocha” ou “Força”, ou ainda não o conheça por nenhum desses nomes. Talvez quando se viu acuado, sem ter para onde se voltar, com os credores telefonando sem parar, vizinhos que não respeitem o próximo nem a si mesmos, Ele tenha sido o seu “Provedor”. Quando se percebe

completamente só, pode ser que você O chame de “Amigo”. Talvez seu pai nunca tenha sido presente em sua vida e, para você, Deus é “Pai”. Como você chama Deus? Sua resposta pode ser o indício de como você o conhece bem... ou não. Que a graça e o amor de Cristo estejam contigo.

OO SSeennhhoorr eessttáá lloonnggee ddooss íímmppiiooss,, mmaass oouuvvee aa oorraaççããoo ddooss jjuussttooss.. Provérbios 15:29

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NNAASSCCIIMMEENNTTOO

02/10 Daniely Cristina Poleti José 09/10 Getulio Gonçalves Ferreira Júnior 15/10 Regiane Santos Batista 18/10 Maria de Lourdes de Oliveira 18/10 Dione Carnielli da Silva 19/10 Ellen Lopes Jacobina

28/10 Fabio Rogerio Pinto José

CCAASSAAMMEENNTTOO

11/10 Fernando José Maciel Cavalcante e Rozineide Maria da Silva Cavalcante 12/10 Darcio Jose de Paula e Marta Simone Oliveira de Paula

AALLEEGGRRIIAA DDOO PPAASSTTOORR Pr Julio Oliviera Sanches

Diz o vulgo, que a alegria do palhaço é ver o circo pegar fogo. Não sei se é verdade. Os poucos palhaços que conheço, discordam. Toda profissão oferece alegria aos que a executam com seriedade. Creio que a alegria do médico é ver o doente recuperado, voltando ao lar. A alegria do professor é ser convidado para a colação de grau do ex-aluno, que lhe causou preocupação no jardim de infância. Todo trabalho honesto, executado com responsabilidade, oferece alegria ao seu executor. Será que o pastor sente alegria no ministério cotidiano? Muitas ovelhas creem que não. Dizem: “O pastor tem muitos problemas, é melhor não levar mais esta dificuldade ao pastor”. Confundem problemas das pessoas que são atendidas como sendo problemas do pastor. Nada mais errado. Lidar com as dificuldades alheias não significa que vamos fazê-las nossas. O médico não absorve a doença do cliente. Ao contrário, ministra os medicamentos necessários para vê-lo curado. O ministério pastoral oferece alegrias incontidas. Paulo expressa em suas cartas a alegria que sentia pela vida de todas as ovelhas. “Faço com alegria orações por vós”, diz ele aos Filipenses. “Tive grande alegria e fui consolado por teu cuidado, ó irmão”, escreve a Filemom. Em todas as epístolas persiste o sentimento de alegria e gratidão. Ele sabia que nem todas as ovelhas lhe eram simpáticas e concordavam com seu ministério. Mas isso não diminuia a gratidão pelas vidas salvas por Cristo. O apóstolo João, na terceira epístola, exclama: “Não tenho maior alegria do que esta: a de ouvir que os meus filhos

andam na verdade” (III Jo 4). Havia entre as ovelhas, Diótrefes, que tentava denegrir o ministério do apóstolo. Não era suficiente para roubar-lhe a alegria de ser pastor. Em Éfeso, Paulo diz que a ovelha Alexandre, o latoeiro, lhe causara muitos males, como relata o texto de II Tm 4.14. Os Diótrefes e os Alexandres não conseguem com a difamação, o escárnio e ausência de amor roubar a alegria do coração do pastor. Servem como desafio ao pastor na difícil tarefa de compreender o complicado ser humano. A alegria do pastor se concretiza ao ver o progresso da ovelha, seu crescimento espiritual, sua fidelidade e dedicação a Cristo. Faz bem à alma do pastor saber que o testemunho de suas ovelhas gera novos frutos no Reino de Deus. Ovelha

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produtiva é fonte geradora de alegria. Há tristeza quando o pastor vai à busca da ovelha desgarrada, a ovelha pirracenta que abandona o rebanho porque não gostou da cor da gravata do pastor. A maioria dos pastores já não a usa, evitando as pirraças das ovelhas que não admitem crescer. A tristeza maior advém da ovelha que não admite ser pastoreada. Essa é uma arma antiga usada por Satanás para levar o povo a se rebelar contra Deus. É a ovelha sabe tudo. Neném chorão, que não admite ser contrariado. Ovelha rebelde sempre admite que a grama oferecida pelo vizinho é melhor do que o alimento sadio que o pastor responsável oferece ao rebanho. Tais ovelhas geram tristezas ao rebanho e ao pastor.

Todos os fatores negativos somados não conseguem eliminar a alegria de ter sido chamado por Deus para servir a Igreja de Cristo. Cada ovelha do rebanho é fonte permanente de alegria ao coração do pastor. Sou grato a Deus por esta alegria inesgotável, pelas ovelhas que o Senhor me confiou e por ser pastor.

EESSCCAALLAA DDOO DDEEPPAARRTTAAMMEENNTTOO IINNFFAANNTTIILL ((0033 AA 0077 AANNOOSS)) Data Horário Professor Tema

02/10/2016 Manhã Bete Filhos desobedientes 02/10/2016 Noite Val Ana pede um nenê 09/10/2016 Manhã O perfeito filho de Deus 09/10/2016 Noite Priscila Samuel, o último juiz 16/10/2016 Manhã Tâmara O Primo de Jesus 16/10/2016 Noite Tâmara A escolha certa 23/10/2016 Manhã Vanessa A família de Jesus 23/10/2016 Noite Vanessa Um começo difícil

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DDEECCLLAARRAAÇÇÃÃOO DDEE VVIISSÃÃOO,, MMIISSSSÃÃOO EE PPRROOPPÓÓSSIITTOOSS

NOSSA MISSÃO A Igreja Batista Betel é uma família que existe para glorificar a Deus e priorizar pessoas,

integrando, edificando e enviando para servirem a Deus e ao próximo.

NOSSA VISÃO A Igreja Batista Betel é uma família que existe para transformar pessoas sem Cristo em

verdadeiros discípulos e levar a maturidade os discípulos já alcançados.

NOSSA DECLARAÇÃO DE PROPÓSITOS Fundamentada nas Escrituras Sagradas, particularmente em o Novo Testamento, a IGREJA

BATISTA BETEL tem como base os cinco propósitos: Adoração, Serviço, Comunhão, Missões e Discipulado, visando cumprir sua Visão e Missão em Santo André, no Brasil e no mundo.

NNOOSSSSAA AAÇÇÃÃOO MMIISSSSIIOONNÁÁRRIIAA

** Ásia - Roberto, Marina e filhos * PIB Missionária no Jd. Nova Conquista - Pr Josué

Franco da Silva (Diadema) ** Nação Sateré Mawé - Pr John, Sônia Wilkinson e

filhos (Amazonas) * Cuba - Pr Pedro Luiz Valdez e Raida Padron

* Itália – Pr Fabiano Nicodemo e Família

* SUSTENTO EM ORAÇÃO ** SUSTENTO FINANCEIRO

MMIISSSÕÕEESS..... PPLLAANNOO DDEE DDEEUUSS,,

PPRROOPPÓÓSSIITTOO DDAA IIGGRREEJJAA!!

VVOOCCÊÊ PPOODDEE FFAAZZEERR AA DDIIFFEERREENNÇÇAA!! OOFFEERRTTAA MMIISSSSIIOONNÁÁRRIIAA DDEE FFÉÉ......

Lembre-se: Existem missionários e suas famílias no campo esperando por ela.