o vÍdeo didÁtico no ensino bÁsico de fÍsica: …

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1 Semin Seminário da rio da Pos Pos- Gradua Graduação ão em Ensino de em Ensino de sica sica Instituto de F Instituto de Fí sica, UFRJ sica, UFRJ O V O VÍ DEO DID DEO DIDÁ TICO NO TICO NO ENSINO B ENSINO BÁ SICO DE F SICO DE FÍ SICA: SICA: PRODU PRODUÇ ÃO E APLICA ÃO E APLICAÇ ÃO ÃO Susana de Souza Barros Susana de Souza Barros 19 de maio, 2008 19 de maio, 2008 Porque o vídeo didático como laboratório? Uma boa tecnologia deve deixar Uma boa tecnologia deve deixar espa espaço para a interpreta o para a interpretação ão daquilo que objetiva mostrar e daquilo que objetiva mostrar e contribuir para a gera contribuir para a geração de ão de atividade mental criativa atividade mental criativa (aprendizagem). (aprendizagem). Seu uso em sala de aula, Seu uso em sala de aula, como recurso que substitui como recurso que substitui atividades pr atividades práticas, levanta ticas, levanta polêmica entre os educadores polêmica entre os educadores de ciência em fun de ciência em função das ão das possibilidades que abre como possibilidades que abre como estrat estratégia de trabalho na gia de trabalho na escola presencial e escola presencial e à distância distância.

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Page 1: O VÍDEO DIDÁTICO NO ENSINO BÁSICO DE FÍSICA: …

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SeminSemináário da rio da PosPos--GraduaGraduaççãoão em Ensino de em Ensino de FFíísicasica

Instituto de FInstituto de Fíísica, UFRJsica, UFRJ

O VO VÍÍDEO DIDDEO DIDÁÁTICO NO TICO NO ENSINO BENSINO BÁÁSICO DE FSICO DE FÍÍSICA: SICA:

PRODUPRODUÇÇÃO E APLICAÃO E APLICAÇÇÃOÃOSusana de Souza BarrosSusana de Souza Barros

19 de maio, 200819 de maio, 2008

Porque o vídeo didático como laboratório?

Uma boa tecnologia deve deixar Uma boa tecnologia deve deixar espaespaçço para a interpretao para a interpretaçção ão daquilo que objetiva mostrar e daquilo que objetiva mostrar e contribuir para a geracontribuir para a geraçção de ão de atividade mental criativa atividade mental criativa (aprendizagem).(aprendizagem).

Seu uso em sala de aula, Seu uso em sala de aula, como recurso que substitui como recurso que substitui atividades pratividades prááticas, levanta ticas, levanta polêmica entre os educadores polêmica entre os educadores de ciência em funde ciência em funçção das ão das possibilidades que abre como possibilidades que abre como estratestratéégia de trabalho na gia de trabalho na escola presencial e escola presencial e àà distânciadistância..

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Leo Nedelski, Science teaching and testing, Harcourt, Brace & World, 1965.

Objetivos possObjetivos possííveis do Laboratveis do Laboratóório para o ensino brio para o ensino báásico sico da Fda Fíísicasica

ØØ conhecimento/compreensão verbal e matemconhecimento/compreensão verbal e matemáático (informatico (informaçção sobre leis ão sobre leis e prince princíípios, teorias, fatos, definipios, teorias, fatos, definiçções de grandezas fões de grandezas fíísicas),sicas),

ØØ generalizageneralizaçção empão empíírica,rica,

ØØ conhecimento e compreensão do laboratconhecimento e compreensão do laboratóório, (aparelhos e materiais; rio, (aparelhos e materiais; relarelaçções teoria e fenômenos ões teoria e fenômenos –– modelos; procedimentos laboratoriais/ modelos; procedimentos laboratoriais/ processo experimental processo experimental -- desenho experimental; coleta e interpretadesenho experimental; coleta e interpretaçção de ão de dados; generalizadados; generalizaçção a partir dos dados coletados),ão a partir dos dados coletados),

ØØ habilidade de aprender a partir da observahabilidade de aprender a partir da observaçção ão e da experimentae da experimentaçção.ão.

Novas tecnologias para o ensino de ciênciasNovas tecnologias para o ensino de ciênciasCAPES/MEC

MEC, Brasil, Secretaria de ensino de 1o e 2o graus, 1979.

Porque não Porque não éé experimental o ensino das ciências experimental o ensino das ciências experimentais?experimentais?

ØØ Boas IntenBoas Intençções.ões.

ØØ A ficA ficçção do ensino das ciências experimentais.ão do ensino das ciências experimentais.

ØØ Inexistem tecnologias?Inexistem tecnologias?

ØØ São caras demais e portanto distantes da sala de aula?São caras demais e portanto distantes da sala de aula?

ØØ Faltam condiFaltam condiçções de operaões de operaçção?ão?

ØØ São deficientes a formaSão deficientes a formaçção e o treinamento dos professores?ão e o treinamento dos professores?

ØØ HHáá bloqueios na difusão das tecnologias?bloqueios na difusão das tecnologias?

ØØ Quem decide sobre o uso das tecnologias?Quem decide sobre o uso das tecnologias?

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O problema e seus antecedentes

ÉÉ consensual que as atividades de laboratconsensual que as atividades de laboratóório ocupam um papel rio ocupam um papel

essencial na formaessencial na formaçção dos estudantes de fão dos estudantes de fíísica. Alsica. Aléém disso, m disso, éé comum comum

argumentarargumentar--se que o laboratse que o laboratóório didrio didáático constitui tico constitui solusoluçção potencial ão potencial

para resolver vpara resolver váários dos problemas de ensinorios dos problemas de ensino--aprendizagem da faprendizagem da fíísica.sica.

Existe discrepância entre os dois nExiste discrepância entre os dois nííveis de ensino: as veis de ensino: as

disciplinas experimentais são de fato parte integrante dos progrdisciplinas experimentais são de fato parte integrante dos programas amas

universituniversitáários de frios de fíísica mas raramente são desenvolvidos no ensinosica mas raramente são desenvolvidos no ensino

mméédio, onde seriam obrigatdio, onde seriam obrigatóórios.rios.

As atividades laboratoriais são consideradas com justa As atividades laboratoriais são consideradas com justa causa pela maioria dos educadores e pesquisadores como causa pela maioria dos educadores e pesquisadores como

essenciais essenciais áá construconstruçção conceitual da fão conceitual da fíísicasica.... constitui solu... constitui soluçção potencial ão potencial

para resolver vpara resolver váários dos problemas de ensinorios dos problemas de ensino--aprendizagem do aprendizagem do ensino/aprendizagem da fensino/aprendizagem da fíísica.sica.

Críticas O grande número de trabalhos dedicados ao

laboratório ao longo dos últimos 50 anos , suas metodologias, formas de apresentação, etc. são um forte indicador do descontentamento que existe em relação aos resultados do processo de ensino –aprendizagem de física. O TEMA TEM O MAIOR NÚMERO DE PUBLICAÇÕES NO ENSINO DE FÍSICA.

Baixa contribuição para a aprendizagem.

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MazurMazur etet alal. .

Eric Eric MazurMazurDemonstraDemonstraçções na sala de aula para que?ões na sala de aula para que?

Entretenimento ou educaEntretenimento ou educaçção?ão?

DemonstraDemonstraçções são universalmente consideradas como a ões são universalmente consideradas como a ´́parte parte divertidadivertida´́dasdas aulas de faulas de fíísica. sica.

Mas, quanto aprendem os alunos com elas? Mas, quanto aprendem os alunos com elas?

A resposta que temos a partir da pesquisa educacional A resposta que temos a partir da pesquisa educacional éé NÂO ! NÂO !

Modelos de aulaModelos de aula

ØØ Sem Sem demostrademostraççãoão..

ØØ Enfoque tradicional.Enfoque tradicional.

ØØ Previsão individual antes de ver a demonstraPrevisão individual antes de ver a demonstraçção.ão.

ØØ Previsão individual e discussão em grupo antes de ver a demonstrPrevisão individual e discussão em grupo antes de ver a demonstraaçção.ão.

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UsoUso de de audiovisuaisaudiovisuais nana salasala de aulade aula

Durante as Durante as úúltimas dltimas déécadas ocorreu o que podemos cadas ocorreu o que podemos chamar de ''democratizachamar de ''democratizaçção'ão'‘‘/ ''populariza/ ''popularizaçção'' dos ão'' dos recursos eletrônicos e de informrecursos eletrônicos e de informáática. tica.

A linguagem diferenciadaA linguagem diferenciadaØØ cinematogrcinematográáficafica: arte, cultura,sociedade,vida no : arte, cultura,sociedade,vida no

´́senso comumsenso comum´́..ØØ documentdocumentááriorio:: interpretainterpretaçção do mundo mediada ão do mundo mediada

pela ciência formalizada.pela ciência formalizada.ØØ material didmaterial didáático:tico: estratestratéégia ensino/gia ensino/apendizagemapendizagem..

HistHistóórico filmes e vrico filmes e víídeosdeos

1988 1988 -- documentdocumentáário cientrio cientíífico para Ensino da Ciência (didfico para Ensino da Ciência (didáático): NATIONAL tico): NATIONAL GEOGRAPHIC SOCIETY + extensão para todas as esferas do conhecimeGEOGRAPHIC SOCIETY + extensão para todas as esferas do conhecimento.nto.

1961 -- O PSSC (Physical Sciences Study Committee) programa de ENSINO DE FÍSICA através da experimentação.

Objetivo do material audiovisual: Objetivo do material audiovisual: possibilidade concreta de tomada de medidas nos experimentos filmados..

Características ØØ filmes e Superfilmes e Super--8 (loops) did8 (loops) didááticosticosØØ tecnologia audiovisual, tecnologia audiovisual, ØØ ttéécnicas cnicas cinematograficascinematograficas, , ØØ professores de excelente formaprofessores de excelente formaçção, ão, ØØ fotografias fotografias estroboscestroboscóópicaspicas,,ØØ ttéécnicas ''slowcnicas ''slow--motion'motion'‘‘

1950 1950 -- Jerome Jerome BrunerBruner fala dos materiais inovadores do PSSC no Ensino de ffala dos materiais inovadores do PSSC no Ensino de fíísica: sica:

O uso inteligente de recursos audiovisuais dependerO uso inteligente de recursos audiovisuais dependeráá de como de como podemos integrar a tpodemos integrar a téécnica do cnica do filmmakerfilmmaker ou do produtor de ou do produtor de programas com a tprogramas com a téécnica e o conhecimento de um hcnica e o conhecimento de um háábil bil professor.professor.

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CaracterCaracteríísticas utilizadas para que sticas utilizadas para que o vo víídeo seja um deo seja um laboratlaboratóório na rio na

telatelaFilmar a demonstraFilmar a demonstraçção focando:ão focando:

ØØ Mostrar as condiMostrar as condiçções iniciais, instrumentos de medida e ões iniciais, instrumentos de medida e equipamento.equipamento.

ØØ Usar recursos de computaUsar recursos de computaçção grão grááfica para dar instrufica para dar instruçções ões bbáásicas.sicas.

ØØ Preparar material de apoio para o professor e o aluno.Preparar material de apoio para o professor e o aluno.ØØ Possibilitar leitura de dados experimentais.Possibilitar leitura de dados experimentais.ØØ Roteiro de observaRoteiro de observaçção e anão e anáálise do vlise do víídeo para o aluno, deo para o aluno,

solicitando tomada de dados, obtensolicitando tomada de dados, obtençção de resultados e ão de resultados e registro de conclusões, com questões de compreensão registro de conclusões, com questões de compreensão para verificar para verificar ´́aprendizagemaprendizagem´́..

Como utilizar em sala de aula?Como utilizar em sala de aula?ØØ Organizador prOrganizador préévio.vio.ØØ Dever de casa.Dever de casa.ØØ Para ilustraPara ilustraçção de conceitos durante aula ão de conceitos durante aula

discursiva.discursiva.ØØ LaboratLaboratóório demonstrativo.rio demonstrativo.ØØ Outras, a escolha do professor. Outras, a escolha do professor. Vantagens: tempo, tamanho, economia, Vantagens: tempo, tamanho, economia,

sempre disponsempre disponíível...vel...

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EPEF, 2002EPEF, 2002EstratEstratéégia para a Construgia para a Construçção de Conceitos em fão de Conceitos em fíísica Tsica Téérmica Utilizando Demonstrarmica Utilizando Demonstraçções em Vões em Víídeo deo

Organizador PrOrganizador Préévio Experimentalvio ExperimentalMarcus Vinicius Pereira a [[email protected]]E Susana de Souza Barros b [[email protected]]

a Colégio Estadual Olinto da Gama Botelho, Pilares, RJ, b Instituto de Física – UFRJ, Ilha do Fundão, RJ

O VIDEO COMO ORGANIZADOR PREVIO (O VIDEO COMO ORGANIZADOR PREVIO (AusubelAusubel,1968),1968)

ØØ Na concepNa concepçção ão ausubelianaausubeliana, organizadores pr, organizadores préévios não são necessariamente textos, vios não são necessariamente textos, podendo ser, como no caso deste trabalho, um conjunto de demonstpodendo ser, como no caso deste trabalho, um conjunto de demonstraraçções ões experimentais.experimentais.

ØØ Trabalho estTrabalho estáá relacionado com a teoria da aprendizagem significativa (relacionado com a teoria da aprendizagem significativa (AusubelAusubel 1968; 1968; Moreira, 1999), pois o vMoreira, 1999), pois o víídeo utilizado como organizador prdeo utilizado como organizador préévio reativa o que o aluno jvio reativa o que o aluno jáásabe. sabe.

ØØ Organizadores prOrganizadores préévios são material introdutvios são material introdutóório apresentados antes do rio apresentados antes do material de aprendizagem, em nmaterial de aprendizagem, em nííveis mais altos de abstraveis mais altos de abstraçção, generalidade ão, generalidade e e inclusividadeinclusividade. . Sua funSua funçção principal ão principal éé servir de servir de ponte ponte entre o que o aluno jentre o que o aluno jáá sabe e sabe e o que o que ele deve saber,ele deve saber, facilitado a aprendizagem (facilitado a aprendizagem (““pontes cognitivaspontes cognitivas””).).

ØØ Na utilizaNa utilizaçção do vão do víídeo e durante a instrudeo e durante a instruçção, o trabalho ão, o trabalho éé desenvolvido de forma a desenvolvido de forma a utilizar inicialmente os conceitos existentes no aluno, com a liutilizar inicialmente os conceitos existentes no aluno, com a linguagem que eles se nguagem que eles se expressam, para, apexpressam, para, apóós eles assistirem ao vs eles assistirem ao víídeo, utilizaram dessa ponte fenomenoldeo, utilizaram dessa ponte fenomenolóógica gica ao longo da instruao longo da instruçção propriamente dita para a apreensão dos novos conceitos.ão propriamente dita para a apreensão dos novos conceitos.

FFÍÍSICA TSICA TÉÉRMICARMICA

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DEMOS: Física Térmica

VÍDEO DEMONSTRAÇÕES SOBRECONCEITOS DE FÍSICA TÉRMICA

ProduçãoCEDERJ / UFRJ

Roteiro, Direção, Produção e Concepção Científico−Pedagógica

Marcus Vinicius PereiraSusana de Souza Barros

Edição Não-LinearAgostinho Mendes da Cunha

Marcus Vinicius PereiraCâmera/Iluminação

Agostinho Mendes da CunhaInstituição de Apoio

Instituto de Física - UFRJRealização

Fundação CECIERJConsórcio CEDERJ

Coordenação Geral de Produção de Vídeos:Maria Antonieta Teixeira de Almeida

2005

Física Térmica

ÍÍndice das demonstrandice das demonstraççõesões

n A) NATUREZA DO CALORn A.1) Calor como matéria. (1min 30s)n A.2) Calor como forma de energia. (2min)n B) GRANDEZAS INTENSIVAS E EXTENSIVASn B.1) Temperatura: grandeza intensiva. (45s)n B.2) Calor: grandeza extensiva. (2min)n C) CONDUTORES E ISOLANTES TÉRMICOS. n Paredes condutoras. (1min)n Paredes isolantes. (1min)n D) MISTURAS (EQUILÍBRIO TÉRMICO). (2min 20s)n

n E) CURVA DE AQUECIMENTO. (1min)n F) DILATAÇÃO TÉRMICAn Dilatação i (volumétrica). (1min 30s)n Dilatação ii (superficial). (45s)n G) PROPAGAÇÃO DO CALORn G.1) Condução. (3min)n G.2) Convecção. (2min 20s)n G.3) Radiação. (45s)

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APRESENTAAPRESENTAÇÇÃOÃO

ØØ Você estVocê estáá recebendo um CD com demonstrarecebendo um CD com demonstraçções ões relacionadas relacionadas àà FFíísica Tsica Téérmica organizadas em conjuntos rmica organizadas em conjuntos de acordo com o assunto (A, B, C, D, E, F e G), como de acordo com o assunto (A, B, C, D, E, F e G), como mostrado no mostrado no ííndice.ndice.

ØØ Este encarte contEste encarte contéém um guia para as demonstram um guia para as demonstraçções. ões. Cada conjunto apresenta: Cada conjunto apresenta: Conceitos, Objetivo, Conceitos, Objetivo, DescriDescriçção e Ficha do Alunoão e Ficha do Aluno..

ØØ Para cada demonstraPara cada demonstraçção que assistir, você deverão que assistir, você deveráácompletar a completar a Ficha do AlunoFicha do Aluno, que tem a seguinte , que tem a seguinte estrutura: estrutura: Registro da observaRegistro da observaçção ão ee PerguntasPerguntas..

ROTEIRO DEMO ROTEIRO DEMO -- A.2) CALOR COMO FORMA DE ENERGIAA.2) CALOR COMO FORMA DE ENERGIA

Objetivo:Objetivo: Reconhecer o calor como uma forma de energia.Reconhecer o calor como uma forma de energia.DescriDescriçção:ão: Queda de uma bola de borracha e uma de metal que colidem com o Queda de uma bola de borracha e uma de metal que colidem com o chão duro. Um chão duro. Um

recipiente fechado de isopor (tipo recipiente fechado de isopor (tipo ““porta garrafas de cervejaporta garrafas de cerveja””) contendo uma certa massa de ) contendo uma certa massa de chumbinho, inicialmente em equilchumbinho, inicialmente em equilííbrio tbrio téérmico com o ambiente, rmico com o ambiente, éé invertido vinvertido váárias vezes. rias vezes. MedemMedem--se as temperaturas inicial e final.se as temperaturas inicial e final.

Ficha do AlunoFicha do AlunoRegistro da observaRegistro da observaççãoãoQueda das esferas que colidem com o chãoQueda das esferas que colidem com o chãoBorracha Borracha �� reflete reflete èè colisão semicolisão semi--eleláásticastica

�� não reflete não reflete èè colisão inelcolisão ineláásticasticaMetal Metal �� reflete reflete èè colisão semicolisão semi--eleláásticastica

�� não reflete não reflete èè colisão inelcolisão ineláásticasticaQueda do chumbinho (N = 100 vezes) Queda do chumbinho (N = 100 vezes) àà Altura de queda _____ cmAltura de queda _____ cmTemperatura inicial do chumbinho _____ Temperatura inicial do chumbinho _____ ººCCTemperatura final do chumbinho _____ Temperatura final do chumbinho _____ ººCCPerguntasPerguntas1. Explique a diferen1. Explique a diferençça das colisões das esferas com o chão.a das colisões das esferas com o chão.2. O que acontece com o chumbinho ao inverter a garrafa.?2. O que acontece com o chumbinho ao inverter a garrafa.?3. A energia inicial 3. A energia inicial éé puramente potencial gravitacional. Em que forma de energia ela puramente potencial gravitacional. Em que forma de energia ela se transforma se transforma

durante a queda?durante a queda?4. Como são as colisões entre as bolinhas de chumbo?4. Como são as colisões entre as bolinhas de chumbo?

�� eleláástica (conserva a energia cinstica (conserva a energia cinéética)tica)�� inelineláástica (não conserva a energia cinstica (não conserva a energia cinéética tica àà transforma a energia cintransforma a energia cinéética em outras tica em outras formas de energia)formas de energia)

5. Qual a causa do aumento da temperatura final do chumbinho ap5. Qual a causa do aumento da temperatura final do chumbinho apóós virar a garrafa 100 vezes?s virar a garrafa 100 vezes?6. O que aconteceu com a energia cin6. O que aconteceu com a energia cinéética da queda das bolinhas de chumbo?tica da queda das bolinhas de chumbo?7. A partir das evidências, pode7. A partir das evidências, pode--se associar o calor a: se associar o calor a: �� substânciasubstância

�� energiaenergia

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DEMO. Calor como forma de DEMO. Calor como forma de energiaenergia

ver vídeo

DEMONSTRAÇÕES FORÇA E MOVIMENTOLaboratório Virtual

Ladif/UFRJInstituto de Física - UFRJ

Coordenação Geral de Produção de VídeosMaria Antonieta Teixeira de Almeida

Autores: Susana de Souza Barros, Valdeci Telmo e Douglas BaroneSuporte técnico: Agostinho Mendes e Francisco de Sousa

2007

SBF/FINEP - Ano Mundial da Física- 2005

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SUMÁRIO

DEMO 1. (1:26) DEMO 1. (1:26) IntroduIntroduçção ao movimento.ão ao movimento.

DEMO 2. (2:13)DEMO 2. (2:13) TrajetTrajetóória, deslocamento e velocidade mria, deslocamento e velocidade méédia escalar.dia escalar.

DEMO 3. (2:00) DEMO 3. (2:00) Trilho de ar.Trilho de ar.

DEMO 4 (4:49) DEMO 4 (4:49) Movimento do carro no trilho de ar horizontal: Movimento do carro no trilho de ar horizontal: movimento uniforme.movimento uniforme.

DEMO 5. (4:08) DEMO 5. (4:08) Movimento do carro no trilho de ar inclinado: Movimento do carro no trilho de ar inclinado: movimento uniformemente variado.movimento uniformemente variado.

DEMO 6. (2:23) DEMO 6. (2:23) A inA inéércia de Galileu: 1rcia de Galileu: 1ªª Lei de Newton.Lei de Newton.

DEMO 7. (6:36) DEMO 7. (6:36) 22ªª Lei de Newton: Lei de Newton: ΣΣ F = M a .F = M a .

DEMO 8. (2:11) DEMO 8. (2:11) 33ªª Lei de Newton: ALei de Newton: Açção e Reaão e Reaçção.ão.

EstratEstratéégia para o uso do vgia para o uso do víídeodeo

ØØ Ilustrar a teoriaIlustrar a teoria: as demonstra: as demonstraçções podem ser exibidas seletivamente. ões podem ser exibidas seletivamente. ØØ Estudo independenteEstudo independente: as demonstra: as demonstraçções selecionadas podem ser trabalhadas como dever de ões selecionadas podem ser trabalhadas como dever de

casa. casa. ØØ Como umComo um LaboratLaboratóório virtualrio virtual onde todas as etapas são solicitadas. onde todas as etapas são solicitadas. ØØ ComoComo Organizador PrOrganizador Préévio (vio (AusubelAusubel) ) antes de iniciar um novo assunto. antes de iniciar um novo assunto.

Proposta de utilizaProposta de utilizaççãoão

ØØ O DVD O DVD éé acompanhado de um exemplo de Roteiro a ser utilizado pelo profeacompanhado de um exemplo de Roteiro a ser utilizado pelo professor e ssor e os alunos quando assistem os alunos quando assistem ààs demonstras demonstraçções, como definido pelo professor. ões, como definido pelo professor.

ØØ RecomendaRecomenda--se que o vse que o víídeo seja utilizado em sala de aula atravdeo seja utilizado em sala de aula atravéés de uma s de uma estratestratéégia de gia de observaobservaççãoão--registroregistro--perguntapergunta--explicaexplicaççãoão,, éé trabalhado atravtrabalhado atravéés de s de fichas individuais. Mais especificamente, fichas individuais. Mais especificamente, éé necessnecessáário que os Demos 4, 5 e 7 rio que os Demos 4, 5 e 7 sejam sempre assistidos utilizandosejam sempre assistidos utilizando--se a ficha de registro. Os outros Demos podem se a ficha de registro. Os outros Demos podem ou não utilizar as fichas, de acordo com a escolha do professor.ou não utilizar as fichas, de acordo com a escolha do professor.

ØØ Uma forma bUma forma báásica de mostrar o vsica de mostrar o víídeo em sala de aula seria: deo em sala de aula seria: ØØ Apresentar o vApresentar o víídeo em sala de aula, para familiarizar os alunos com seu contedeo em sala de aula, para familiarizar os alunos com seu conteúúdo. do.

Como os demos são curtos essa repetiComo os demos são curtos essa repetiçção não serão não seráá custosa em tempo. A parte de custosa em tempo. A parte de leitura de dados dos Demos 4, 5 e 7 não precisa ser mostrada nesleitura de dados dos Demos 4, 5 e 7 não precisa ser mostrada nesta primeira ta primeira exibiexibiçção.ão.

ØØ Os alunos devem ser informados da forma de acompanhar a exibiOs alunos devem ser informados da forma de acompanhar a exibiçção do vão do víídeo.deo.ØØ InteraInteraçção dos alunos com o vão dos alunos com o víídeo:deo:ØØ i. Distribuir a Ficha correspondente do Demo escolhido aos alunoi. Distribuir a Ficha correspondente do Demo escolhido aos alunos e apresentar s e apresentar

novamente fazendo pausas quando solicitado. novamente fazendo pausas quando solicitado. ØØ ii. Os alunos devem sempre registrar de forma organizada suas obii. Os alunos devem sempre registrar de forma organizada suas observaservaçções e ões e

registrar os dados, quando pertinente.registrar os dados, quando pertinente.

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ROTEIRO DO ALUNOROTEIRO DO ALUNODEMO III.(2:00) TRILHO DE ARDEMO III.(2:00) TRILHO DE AR

Tipo de vTipo de víídeo: informativo e qualitativodeo: informativo e qualitativo

DescriDescriççãoãoA comparação entre o movimento do carro sendo empurrado e o movimento do corpo sobre o trilho de

ar permite visualizar suas diferenças. Quando cessa o empurrão sobre os carros, um para e o outro se mantém em movimento com facilidade. O estado de movimento do carro no trilho de ar é uma situação idealizada e difícil de ser obtida no cotidiano. O conjunto dos equipamentos trilho, compressor de ar e impulsionador é apresentado. As características do trilho de ar (ar comprimido que sai pelos furinhos de suas superfícies laterais) possibilitam a observação de movimentos com atrito desprezível.

Objetivos da demonstraObjetivos da demonstraççãoãoApresentar o trilho de ar e a função do equipamento utilizado.Levar o aluno a:Reconhecer que, nas condições da experiência, um corpo se mantém em movimento.Compreender as funções dos instrumentos utilizados com o trilho de ar.Conceitos físicos relacionados com um impulso de uma força sobre um corpo em repouso Força de atritoMovimento uniforme

AtividadesAtividadesAssista ao vídeoFaça uma descrição sumária do DEMO

Perguntas (Perguntas (sempre que necesssempre que necessáário assista o vrio assista o víídeo novamente)deo novamente)1. Qual é a diferença entre os movimentos do carro sendo empurrado e do carrinho sobre o trilho?2. Explique a função do impulsionador na experiência.3. Qual é o papel do o compressor de ar na experiência?4. Qual a função dos furinhos igualmente espaçados sobre as laterais do trilho?5 Porque é necessário que o carrinho tenha a mesma seção (formato) que o trilho?6. Compare a cena que mostra dois carrinhos iguais, um sobre a mesa e o outro sobre o trilho, com as cenas iniciais (Pergunta 1).Explique como se forma o colchão de ar entre o trilho e o carrinho?

DEMO 4 . Movimento uniformeDEMO 4 . Movimento uniformever DVDver DVD

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DEMO. 1DEMO. 1ªª Lei de NewtonLei de Newtonver DVDver DVD

DEMO 3 DEMO 3 -- Trilho de arTrilho de arver DVDver DVD

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O VO VÍÍDEO COMO DEO COMO TRABALHO DE TRABALHO DE

LABORATLABORATÓÓRIO DOS RIO DOS ALUNOSALUNOS

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ELABORAELABORAÇÇÃO DO VÃO DO VÍÍDEODEO

VIDEO (VHS)

ESPECIFICAESPECIFICAÇÇÃO DOS ATRIBUTOS DO ÃO DOS ATRIBUTOS DO VVÍÍDEODEO

PREPARAÇÃO

PRODUÇÃO

PROCESSO DE ELABORAPROCESSO DE ELABORAÇÇÃO DO VÃO DO VÍÍDEODEO

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ConclusõesConclusõesØØ A produA produçção de vão de víídeos pelos estudantes pode ser considerada uma boa deos pelos estudantes pode ser considerada uma boa

aproximaaproximaçção a estratão a estratéégias investigativas.gias investigativas.ØØ O uso da demonstraO uso da demonstraçção monoão mono--conceitual pelo professor deve ser integrado conceitual pelo professor deve ser integrado

no seu plano de aula.no seu plano de aula.ØØ Economia do tempo e energia do professor.Economia do tempo e energia do professor.ØØ Possibilidades abertas com as câmaras digitais e os programas tiPossibilidades abertas com as câmaras digitais e os programas tipo po MovieMovie

MakerMaker estão ao alcance de estão ao alcance de ´́todostodos´́..ØØ ProduProduçção do vão do víídeo como contribuideo como contribuiçção para aprendizagem de fão para aprendizagem de fíísica, alunos.sica, alunos.ØØ Desenvolvimento de estratDesenvolvimento de estratéégias de ensino para gias de ensino para licenciandoslicenciandos e professores e professores

em serviem serviçço.o.ØØ UtilizaUtilizaçção do vão do víídeo como estratdeo como estratéégia vgia váálida para substituir o laboratlida para substituir o laboratóório com rio com

vantagens.vantagens.ØØ Possibilidades de montar um repositPossibilidades de montar um repositóório atravrio atravéés da Sociedade brasileira de s da Sociedade brasileira de

FFíísica.sica.ØØ ÉÉ uma arma poderosa quando nas mãos do professor (a) interessado,uma arma poderosa quando nas mãos do professor (a) interessado, que que

se apossa da tecnologia para atender seus objetivos de ensino e se apossa da tecnologia para atender seus objetivos de ensino e enriquecer enriquecer o leque de opo leque de opçções.ões.

Vantagens da utilizaVantagens da utilizaçção do vão do víídeo em deo em relarelaçção ão àà demonstrademonstraçção ao vivoão ao vivo

ØØ DisponibidadeDisponibidade/facilidade de apresentar a demonstra/facilidade de apresentar a demonstraçção. (data ão. (data showshow, tela computador, digital, VHS. , tela computador, digital, VHS.

ØØ Apresenta o fenômeno como na realidade e permite medidas.Apresenta o fenômeno como na realidade e permite medidas.

ØØ PersonalizaPersonalizaçção, uso no ão, uso no ´́estiloestilo´́dodo professor que escolhe objetivos.professor que escolhe objetivos.

ØØ ApresentaApresentaçção da fenomenologia para construão da fenomenologia para construçção conceitual ão conceitual éésuperior ao desenho, descrisuperior ao desenho, descriçção verbal o figuras do livro. ão verbal o figuras do livro.

ØØ Tempo para observaTempo para observaçção e aquisião e aquisiçção de dados.ão de dados.

ØØ

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Desvantagens da utilizaDesvantagens da utilizaçção do vão do víídeo deo em relaem relaçção ão àà demonstrademonstraçção ao vivoão ao vivo

ØØ Ausência de manipulaAusência de manipulaçção direta e ão direta e feedfeed backback atravatravéés s da manipulada manipulaçção experimental. ão experimental.

ØØ Reflexão sobre o Reflexão sobre o mméétodotodo experimental.experimental.ØØ AnAnáálise dos erros experimentais/sistemlise dos erros experimentais/sistemááticos do ticos do

equipamento utilizado para uma explanaequipamento utilizado para uma explanaçção fão fíísica sica coerente.coerente.

O laboratO laboratóório como meio de rio como meio de experimentaexperimentaçção: manipulativo ão: manipulativo vsvs ´́virtualvirtual´́

((ZachariaZacharia andand ConstantinouConstantinou, AJP, 76, , AJP, 76, aprilapril//maymay 2008)2008)

Manipulativo

Obtenção de dados

Análise erros

Montagem instrumental

Virtual

Uso eficiente do tempo

Flexíveis

Facilmente manipuláveis

Oportunidade de manipular objetos conceituais

Pode mostrar fenômenos que solicita instrumentos caros/inacessíveis

Ganho conceitual equivalente Ganho conceitual equivalente

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MUITO OBRIGADO!

O PROFESSORO PROFESSOR

Uma lUma lóógica perversa transforma o professor de vgica perversa transforma o professor de víítimatima

em algoz da situaem algoz da situaçção, responsão, responsáável e vel e ‘‘culpadoculpado’’ do quedo que

não funciona no sistema escolar, sem se considerar quenão funciona no sistema escolar, sem se considerar que

a viabilidade de implementaa viabilidade de implementaçção das inovaão das inovaçções ões

educacionais depende de outras medidaseducacionais depende de outras medidas

concomitantes, de natureza profissional, estrutural e atconcomitantes, de natureza profissional, estrutural e atéé

econômica que fazem com que o professor atue como econômica que fazem com que o professor atue como

SUJEITO e não apenas como um objeto do processo de SUJEITO e não apenas como um objeto do processo de

transformatransformaçção almejado.ão almejado.

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Bibliografia Bibliografia

ØØ ZollmanZollman, D. A. , D. A. Teaching and Learning Physics Teaching and Learning Physics with Interactive Video.with Interactive Video. Website: Website: http://http://www.phys.ksu.edu/perg/dvi/pt/intvideo.htwww.phys.ksu.edu/perg/dvi/pt/intvideo.htmlml, 2002. , 2002. LinksLinks ]]

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ØØ NedelskiNedelski , L. Science teaching and science , L. Science teaching and science ……..n Labwork in Science Education.