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O último que chegar é... O último que chegar é... N O V O S I D E A I S V A L O R E S M E S M O S Patrícia Engel Secco Ilustrações Fábio Sgroi

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O último que chegar é...

O último que chegar é...

N

OVOS

IDEAIS

VALORESMESMOS

Patrícia Engel Secco

Ilustrações

Fábio Sgroi

O último que chegar é...

O último que chegar é... Patrícia Engel Secco

Ilustrações

Fábio Sgroi

UM COMPROMISSO COM O FUTURO

Prezados leitores,

A Umicore é uma empresa que traz em sua história 200 anos de evolução.

Saímos do centro da Terra tratando minérios, e hoje nossos produtos podem ser encontrados em celulares, baterias, catali-sadores e até satélites espaciais, assim como em várias outras aplicações que demandam materiais com alta tecnologia.

Para que mais 200 anos sejam possíveis, o compromisso da Umicore com o desenvolvimento sustentável é prioritário.

Hoje, 40% da matéria-prima utilizada em nossas produções vem da reciclagem responsável dos produtos em final de vida útil. Nossa meta é aumentar esse percentual, tirando da nature-za o mínimo necessário, para que as futuras gerações encontrem um mundo mais limpo e equilibrado.

E por falar em futuras gerações, está mais do que na hora de ensinarmos aos nossos filhos a importância da reciclagem em todas as áreas e da economia dos recursos naturais, que a cada dia se esgotam mais.

A iniciativa da Umicore de elaborar este livro é apenas um pequeno passo rumo a um crescimento sustentável com respon-sabilidade.

Façamos com que os filhos de nossos filhos e os filhos destes encontrem um mundo melhor, mais limpo e mais equilibrado, sem precisar abrir mão dos recursos tecnológicos que tanto nos auxiliam no dia-a-dia.

Reciclagem: vamos plantar essa idéia para que as futuras ge-rações a colham!

Stephan CsomaPresidente da Umicore Brasil Ltda.

Julho 2007

A paisagem era simplesmente incrível: dunas de areia branca construídas cuidadosamente pelos ventos ao longo de muitos anos encontrando-se com o mar, verde-esmeralda, senhor de si e de toda sua imensidão.

O dia estava ensolarado e perfeito, pois a deliciosa brisa que soprava evitava que ficasse quente demais. O momento era simples-mente mágico e, a não ser pelo grupo de adolescentes que de cima das dunas apreciava a beleza natural da região, não havia por ali sinal de outras pessoas.

– Galera, este lugar é chocante! – exclamou Ricardo, pronto para pular nas dunas e escorregar até o mar. – Mal posso esperar para me refrescar nesse marzão! Vamos lá? O último que chegar é... – come-çou o menino, quando foi interrompido por um som bastante fami-liar, seguido de vibrações contínuas e insistentes.

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– Mas o que é isso? – perguntou Clara. – Tele-fone celular no paraíso? Nunca imaginei que até aqui estaríamos conectados com a civilização...

– Pois é... É exatamente isto o que a tecno-logia moderna faz: nos deixa o tempo todo li-gados com o mundo moderno, e também com a mãe do Ricardo, mesmo que a vilazinha de pescador mais próxima esteja a quilômetros e quilômetros de distância! – disse Fábio.

– Ah! Sem essa! E quem é que disse que é a minha mãe aqui no meu celu? – perguntou Ricardo.

– Ninguém! – respondeu Fábio. – Mas acho melhor você atender logo esse telefone, pois já não agüento mais ouvir essa musiquinha... Hellooo!

– Xi! É mesmo! Deixe eu atender logo, quem sabe é uma fã! Alô, hum... Oi, mãe, tudo bem? Ah, por aqui está tudo ótimo, sim... Hum, claro que estou me alimentando bem e que escovei os dentes! Tá bom, mãe, tá bom! Mande beijos para a vovó e para o papai! Amo você também, tchau! – disse Ricardo. E, virando para os ami-gos, concluiu: – Viram só? Era uma fã!

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– Mas funciona, e é justamente aí que está o melhor e mais inte-ressante de tudo! – disse Fábio. – Fazemos explorações inusitadas, conhecemos o que há de mais lindo na natureza, concluímos nossa pesquisa de campo e, ao mesmo tempo, podemos contar o tempo todo com um aparelhinho que nos liga à segurança da civilização.

– Uau! Falou bonito, Fábio! Mas eu preciso dizer que ainda tem mais – disse uma voz, vinda lá de trás do utilitário com tração nas quatro rodas que estava estacionado bem ao lado do grupo.

– E que fã! – disse Alessandra. – A maior e mais apaixonada de todas!

– Pois é, até de longe eu causo, e muito! – falou Ricardo, sem perder o bom humor.

– Inacreditável! – exclamou Clara.– Inacreditável o quê? Meu sucesso? – perguntou Ricardo, rindo

muito da situação.– Não, bobinho! Inacreditável a sua mãe conseguir falar com

você aqui no meio do nada! – respondeu Alê. – Eu até deixei meu celular na pousada porque nunca imaginei que ele pudesse funcio-nar aqui, tão longe de tudo e de todos!

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– Mais o quê, professor? – perguntou Alessandra.– Mais tecnologias nos ligando à civilização. Nós também

podemos contar com o meu computador portátil, ligado à in-ternet via satélite, com o meu computador de bordo, que nos trouxe até aqui com segurança e que vai nos levar de volta exatamente pelo mesmo caminho, e, finalmente, com o meu relógio-helicóptero, que, em caso de perigo, nos teletranspor-tará para a base estelar mais próxima.

– Hum? Teletrans o quê? O senhor está falando sério? – per-guntou Alê.

– Quanto ao relógio-helicóptero e à base estelar, bem... Não, não estou falando sério – respondeu o professor Celso, agora já em meio aos jovens. – Mas quanto aos outros equipa-mentos, claro que estou falando sério. Ou vocês acham que eu me sentiria seguro o suficiente para trazer este grupo aqui caso não contasse com todo esse apoio tecnológico?

– Professor, eu não entendi! Quer dizer que o senhor ficou com medo de nos trazer até este paraíso na Terra? – perguntou Clara.

– Não, Clara, não é uma questão de medo! – respondeu o professor Celso. – É só que com segurança tudo fica mais tranqüilo... Pensem bem: e se o nosso superveículo atolasse na areia... Como é que nós faríamos para chegar até a vila?

– Nossa, é mesmo! Eu não tinha pensado nisso quando trou-xe o meu telefone celular até aqui! – disse Ricardo. – Só pensei que poderia, quem sabe, receber uma ligação da Catarina e...

– Acabou recebendo uma ligação da mamãe! – debochou Fábio. – Mas tudo bem, como você mesmo disse, ela é sua maior fã!

– Pois é, Fábio. A Dona Dirce, mãe do Ricardo, é sim a maior fã dele e, como todas as mães, uma pessoa bastante preocupada com o bem-estar do filho. Assim como ela, inú-meras outras mães telefonam diariamente para seus filhos para saber se está tudo bem com eles... – disse o professor Celso.

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– É, a minha mãe telefona – disse Clara.– A minha também – repetiu Alessandra.

– E a minha, vocês nem imaginam, liga mais de três vezes por dia! – replicou Fábio.

– Bem, devo confessar que até a minha mãe já telefonou hoje, enquanto tomávamos

café da manhã na pousada... – disse o pro-fessor. – O mais interessante é que ela, mesmo

sendo uma senhora de idade, sabe usar o celular muito melhor que eu. Adora tirar fotos com ele e até baixa músicas clássicas pela internet para ser-vir como toque personalizado. Se o celular dela não for do último modelo... ai, ai ai!

– Espere aí, professor! – disse Alessandra. – O senhor está querendo dizer que a sua mãe é ligadona em celulares modernos?

– Isso mesmo, Alê! – respondeu ele. – E o pior é que, justamente eu, um professor de ciên-

cias superpreocupado com ecologia, acabo geran-do um problema na minha própria casa!

– Como assim, professor? – perguntou Fábio. – O senhor está querendo dizer que a sua mãe fica controlando seus passos o tempo todo, até aqui na praia?

– Não, Fábio, não! – respondeu o professor. – Eu quis dizer que é normal as mães quererem saber

dos filhos... E, olhe, eu adoro quando a minha telefona!

– Então, qual é o tal problema? – per-guntou Alessandra.

– Bem, com essa história de ficar trocando de celular, acabam sobran-

do, lá em casa, muitos aparelhos sem uso e sem destino! – ele explicou.

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– Que coisa! – disse Ricardo. – O senhor sabe que lá em casa está acontecendo a mesma coisa? Pois é, os celulares sem uso vão todos parar em uma gaveta, lá na mesa da televisão.

– E se fosse só o celular que ficasse sem uso... Mas também as baterias acabam sendo aposentadas e, algumas vezes, até os carre-gadores ficam jogados! – disse Alê. – Eu mesma já troquei de celular umas duas vezes... Sabe, professor, sou igual a sua mãe, adoro uma novidade!

– Pois é... E quando se fala de tecnologia, quem não adora? – per-guntou Fábio. – Olhe só: telefones com câmeras fotográficas pode-rosas, com filmadoras, com acesso à internet, com música... Quem é que vai querer ficar usando aqueles tijolões que meu pai usava quando eu era pequeno? Fala sério, todo mundo sabe que nessa área os lançamentos acontecem a toda hora e que, assim que você compra o telefone ou mesmo o computador, outro melhor e mais barato já está sendo lançado.

– O que faz com que esses aparelhos virem sucata muito rápido, justamente o que eu mencionei há pouco – disse o professor Celso. – E pensando nessa história de celulares de tamanho cada vez mais reduzido, será que algum de vocês já parou para refletir sobre o fato

de que um celular menor precisa de uma bateria menor, e, de prefe-rência, mais potente? Pois as novas tecnologias de baterias também se desenvolvem numa velocidade incrível!

– Nossa, eu nunca tinha pensado nisso – disse Fábio.– Nem eu – falou Alessandra. – Eu fico até com peninha do meu

Pitchuruco... antigo, velhusco e desajeitado...– Pitchuruco? – zoaram os meninos. – Quem é o

coitadinho que tem um apelido desse?– Quem é, não! O que é! – disse ris-

pidamente Alê. – É o meu celular antigo! Pobrezinho, tão companheiro e tão ul-trapassado...

– E, aproveitando o comentário da Alê, chego a um grande problema... Como ela, a maioria das pessoas se apega aos aparelhos antigos e não tem coragem de

se desfazer deles... Ficam, então, celulares e baterias ocupando espaço nas gavetas, sem

utilidade! – disse o professor.– Sem utilidade? – perguntou Alessandra. – Eu

adoro o Pitchuruco e também meus outros celu-lares antigos, e não jogo fora porque acho que, quem sabe, um dia, vou acabar encontrando utilidade para eles. Ou talvez eu vá encontrar alguém que possa usá-los!

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– E, no final, o que acontece é que os aparelhos ficam tanto tem-po esquecidos que, quando a gente vai ver, leva até um susto! – dis-se Ricardo. – Alê, caia na real! Ninguém vai usar esses aparelhos... É, acho que assim que chegar em casa vou convencer a minha mãe a esvaziar aquela gaveta, jogar tudo fora!

– Mas a gente pode jogar celular fora, quer dizer, no lixo? – per-guntou Clara. – Eu nunca ouvi falar nada sobre isso! No máximo, no máximo, já ouvi alguma coisa sobre as baterias!

– Pois é, ninguém fala muito a esse respeito mes-mo! – disse o professor Celso. – Mas os celulares,

assim como as baterias, não só podem como devem ser descartados de forma racional, ou

seja, enviados para reciclagem! Os celula-res, assim como as baterias, não devem ser jogados no lixo comum!

– O senhor está dizendo que o celular velho, com bateria e tudo, pode ser reci-clado? – perguntou Alê.

– Isso mesmo! Os telefones celula-res, assim como os computadores e mui-tos aparelhos eletrônicos, não só podem como devem ser reciclados – explicou o professor. – A sucata eletrônica, como é chamada, contém tanto metais preciosos, que não devem ser jogados fora, quanto elementos tóxicos e perigosos, que podem representar uma considerável ameaça ao meio ambiente!

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– Metais preciosos? – perguntou Clara. – Adoro esse assunto!– Mas vá com calma, Clara – disse Ricardo. – O professor Celso

com certeza não está falando de ouro, prata ou paládio, desse tipo usado para fazer anéis, relógios e coroas. Ele deve estar falando de outros metais tecnológicos, sei lá!

– Ricardo, desde quando existem metais tecnológicos? – pergun-tou Alessandra. – Não sei, não, mas acho que o professor está falan-do de metais preciosos mesmo. Eu sempre soube que o ouro, por ser um excelente condutor de eletricidade, era muito usado para fazer circuitos eletrônicos, mas nunca lembro que esses circuitos fazem parte do celular, do computador, da máquina de fotografia digital...

– E é exatamente desses metais que eu estou falando, sim, Alê – disse o professor. – Os metais preciosos, os mesmos usados para a fabricação de jóias, são utilizados nos aparelhos eletrônicos. E vocês sabem, não é? Eles são preciosos justamente porque são escassos na natureza...

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– Que interessante! – exclamou Clara. – Acho que eu mesma vou reciclar os celulares velhos lá de casa! Quem sabe não consigo ouro suficiente para fazer um brinquinho da hora?

– Clara, nem pense nisso! – exclamou o professor Celso. – A re-ciclagem desse material é muito complexa, e a quantidade de metal contida em cada aparelho é muito, mas muito pequena. Além de ser impossível você fazer esse trabalho em casa, a tentativa pode ser perigosa!

– Então, o que devemos fazer? – perguntou Fábio. – Até há pouco tudo o que eu queria era mergulhar nesse mar lindo e maravilhoso que está aqui bem na nossa frente, e, agora, estou superpreocupado com uma gaveta cheia de celulares velhos que o Ricardo tem na casa dele! Para completar, a Clara quer, ela mesma, reciclar celula-res e fazer brincos!

– Nem vem com essa, Fábio! O professor Celso já disse que essa é uma idéia de jerico, perigosa e sem sentido. Fica sussa que eu já tirei isso da cabeça! Agora, o que eu quero mesmo é saber o que a gente precisa fazer com os celulares antigos e suas baterias – disse Clara. E continuou: – Só de pensar que eles possuem elementos tóxi-cos que podem prejudicar o meio ambiente, fico angustiada!

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– Sabe, Clara, eu também me sinto assim... Ainda mais quan-do estamos em um lugar quase intocado pelo homem! – disse Ales-sandra, olhando fixamente para o horizonte. – É muito bom saber que temos alta tecnologia para nos dar segurança em um passeio como este, mas só de pensar que essa mesma tecnologia que nos protege pode poluir a natureza... Ai, ai, ai, acho que não quero mais saber do meu celular!

– Calma, moçada! – pediu o professor Celso. – Eu aproveitei o te-lefonema da mãe do Ricardo e, na mesma hora, lembrei das manias tecnológicas da minha própria mãe para, de uma maneira inusitada, discutir esse tema. Alê e Clara, eu sei que, com tudo o que se tem falado na mídia sobre meio ambiente e mudanças climáticas, sobre a qualidade da água e sobre o futuro do planeta, a gente se sente pequeno, sem saber o que fazer para ajudar. Mas tentar agir de ma-neira coerente e correta com o meio ambiente não significa parar de utilizar a tecnologia... Eu mesmo não me imagino mais vivendo sem celular, sem computador etc. Precisamos, sim, ter um compor-tamento responsável e consciente!

– E qual é esse comportamento, professor? – perguntou Ricardo. – Eu devo ou não dar um sumiço naquela tal gaveta? Fiquei meio confuso...

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– Bem, o que devemos fazer é tentar, sempre que possível, enviar a sucata eletrônica para reciclagem. E eu bem sei que a gente não encontra coletores de celular e de baterias com a mesma facilidade que acha coletores de lata ou de papel, mas precisamos ter sempre isso em mente – disse o professor Celso. – Atualmente alguns fabri-cantes recebem esse material e dão a ele o destino permitido pela lei. Mas é bom lembrar que este assunto ainda está sendo ampla-mente discutido e que o importante é saber para onde esse lixo é enviado e tudo o que é feito com ele!

– Se é só isso, por que o senhor não entrega os celulares da sua mãe? – perguntou Fábio.

– Boa pergunta! É que o caso da minha mãe, assim como o da Alê, é um caso de amor... – disse o professor Celso.

– Um caso de amor? Você está apaixonada, Alê? E a mãe do se-nhor também? – perguntou Ricardo, caindo na gargalhada.

– Sai pra lá, Ricardo! – exclamou Alê. E continuando: – Mas que idéia, professor, de onde o senhor tirou que eu tenho um caso de amor? Tá certo que se o Giba me convidar para sair eu até que vou gostar, mas isso não quer dizer que esteja apaixonada!

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– E eu não quis dizer isso, não mesmo! Só estava tentando mos-trar que você, assim como a minha mãe, adora seus celulares anti-gos. A minha mãe chega até a colocar chaveirinhos na antena, eles têm capinha e tudo o mais. Só que, quando surge um novo, ela aca-ba esquecendo o velho. Esse hábito não é nada bom, mas o meu maior medo é que, de uma hora para outra, ela se canse de guardá-los e, como o Ricardo queria fazer, jogue tudo no lixo.

– Mas o senhor não explicou para ela que o celular pode ser reciclado? – perguntou Clara. – Já que ela é tão moderna, tenho cer-teza de que vai compreender!

– Pois é, já expliquei, sim, mas ela também acha que os celulares podem valer alguma coisa! – disse o professor. – Eu falei que, apesar de terem um pouquinho de ouro e tudo o mais, os celulares velhos só valem mesmo quando destruídos por processos limpos, sem ge-ração de resíduos ou gases que podem poluir o meio ambiente ou mesmo contaminar a água.

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– E como é esse processo? – perguntou Fábio. – Isso me parece muito complicado!

– E é mesmo, é um processo bastante complexo – respondeu o professor. – Tão complexo que o material precisa ser enviado para o exterior. Eu mesmo sei de uma usina de reciclagem e refino de metais preciosos, mas fica na Bélgica. Ah! E também conheço uma especializada em reciclagem de baterias, que fica na Suécia!

– Na Bélgica? Na Suécia? – perguntou Clara. – E toda essa sucata precisa ser enviada até lá?

– Pois é, precisa! – respondeu o professor. – Mas o resultado é excepcional: os metais são de fato reciclados, literalmente “econo-mizando” a natureza e servindo para a manufatura de produtos que fazem a nossa vida melhor! A reciclagem é uma maneira inteligente de evitar que esses metais acabem.

– Irado! – exclamou Ricardo. – Eu já estou totalmente conven-cido, e assim que voltar vou levar todos os celulares-dinossauros que estão esquecidos lá em casa para a reciclagem! Não quero nem pensar em alguém desavisado jogando aqueles trambolhos no lixo!

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– Eu também! – disse Fábio. – Vou fazer uma blitz na casa de todos os meus parentes, e garanto que ninguém vai ficar guardando aparelhos velhos sem necessidade! Ainda mais sabendo que, como o professor bem disse, o que nós precisamos fazer para preservar esse mundão maravilhoso em que vivemos é ter um comportamen-to consciente e responsável!

– Falou bonito! – disse Alê. – Eu também vou tentar fazer isso com os meus celulares e...

– Tentar? – perguntou Ricardo. – Só tentar, Alê? – É, eu acho que tenho mesmo um caso de amor com meus ce-

lulares velhos. Quem sabe eu não dou um para a minha avó...– Ah, não! Não mesmo! Venha, vamos escorregar nesta duna

agora mesmo e dar um mergulho nesse mar lindo! Tenho certeza de que a água geladinha vai refrescar suas idéias e... – disse Fábio, mas foi interrompido por um som bastante familiar e insistente.

– Não olhem para mim, que o celular que está tocando não é o meu! – disse Ricardo, tirando seu aparelho do bolso e mostrando aos amigos.

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– Fique tranqüilo, Ricardo, não é a sua mãe ligando novamente – dis-se o professor Celso. – É a minha! E é melhor que eu a atenda logo! – E então falou, ao telefone: – Oi, mãe, tudo bem? Aqui está tudo ótimo, o lugar é lindo! Ah! Pode deixar que eu tiro uma foto com o celular e envio para a senhora, agorinha mesmo! Hum, a senhora fez o quê? Que bom, mamãe, muito bom! Só quero que a senhora lembre, assim que olhar a foto, que a sua atitude está ajudando a preservar este lugar, e mais, o nos-so planeta também! Um beijo, tchau!

Os meninos se entreolharam e, depois, se voltaram para o professor, que não conseguiu conter o sorriso.

– Dá para acreditar? Parece até que ela estava ouvindo a nossa con-versa – disse ele. – A minha mãe acabou de ligar para me contar que...

– ...ela levou todos os celulares antigos para um posto de coleta – dis-seram todos juntos.

– Os celulares vão ser reciclados! – exclamou o professor Celso. – E, olhe, eu estou tão contente com a notícia que preciso dizer que, infeliz-mente, ninguém vai conseguir me alcançar! Eu vou ser o primeiro a pular no mar! Viva! O último que chegar é...

Projeto Gráfico & EditoraçãoLili Tedde

Revisão Trisco Comunicação

Coordenação Editorial e GráficaLer é Fundamental Produções e Projetos

RealizaçãoSecco Assessoria Empresarial

ConcepçãoPatrícia Engel Secco

Impresso em julho de 2007

Editora Boa Companhia www.projetofeliz.com.br

Fale [email protected]

Umicore Brasil Ltda.

IniciativaRicardo Rodrigues

Sarah Dutra

ColaboraçãoAlfredo Neves

Celso Mantovani Clara Nunes Fabio Oliveira

Gonçalo Fonseca Milton Albuquerque

Valeria Quaglio

ApoioStephan Csoma

Carsten Gerleman Antonio Carlos Aidar