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TM Rio 2016 Perfis de países Argentina Austrália Brasil Canadá China França Alemanha Índia Indonésia Itália Japão México Rússia Arábia Saudita África do Sul Coreia do Sul Turquia Reino Unido Estados Unidos União Europeia O triplo poder Juntos, governos, empreendedores e empresas podem estimular o crescimento em todo o G20 EY G20 Entrepreneurship Barometer 2013

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TMRio2016

Perfis de paísesArgentinaAustrália• Brasil

CanadáChinaFrançaAlemanhaÍndiaIndonésiaItália Japão México Rússia Arábia SauditaÁfrica do SulCoreia do SulTurquiaReino Unido Estados UnidosUnião Europeia

O triplo poderJuntos, governos, empreendedores e empresas podem estimular o crescimento em todo o G20

EY G20 Entrepreneurship Barometer 2013

Brasil principais fatos

O Brasil é um país de alta visibilidade dentro dos BRICS. Por isso, o desempenho econômico mais fraco que o país experimentou recentemente reflete a necessidade de reagir num ambiente global adverso para recuperar o tempo perdido. Isso é especialmente verdadeiro para os empreendedores brasileiros, considerando a relação positiva entre uma cultura empreendedora ativa e o crescimento econômico mais amplo. Novos empreendedores geram maiores oportunidades, e o crescimento, por sua vez, tende a impulsionar o empreendedorismo. É dessa forma que a história do sucesso econômico do Brasil nas últimas duas décadas, que inclui o resgate de dezenas de milhões de brasileiros da pobreza, também pode ser encarada como uma história de sucesso empresarial.

Além disso, a lei dos grandes números está trabalhando a favor do Brasil. Mesmo pequenas mudanças socioculturais podem se traduzir em números absolutos significativos, criando um terreno fértil para a experimentação e a tomada de risco. Existem cerca de 27 milhões de pessoas envolvidas em atividades de empreendedorismo no país. Desse universo, uma proporção cada vez maior é constituída por mulheres, com 10,4 milhões de empreendedoras à frente de seus próprios negócios.1 De fato, comparado a outros países do G20, o Brasil apresenta o melhor desempenho geral em termos da proporção de mulheres que dão início a novos empreendimentos, o que deveria ser motivo de orgulho para os brasileiros.

A provável diferença em relação ao Brasil é que o movimento de privatização e abertura da década de 1990 foi imediatamente acompanhado por um poderoso ideal empreendedor, o qual ajudou a impulsionar as mudanças que então ocorriam na economia e na legislação. Esse ideal foi totalmente incorporado tanto pelas elites locais quanto pela cultura popular. Por isso, não parece mais ser algo importado. E esse dado é importante, pois 4% das start-ups no Brasil são responsáveis por 40% de todos os postos de trabalho criados anualmente no país, segundo a Endeavor.2 Em alguns aspectos, o Brasil não é o único país do G20 no qual o espírito empreendedor foi capaz de resistir à crise financeira global. Mas, de qualquer modo, ainda há muito a ser feito para melhorar outros aspectos do ambiente empreendedor.

Liliana Junqueira Sócia-líder de Governo e Setor Público, Brasil, EY

André Viola FerreiraSócio-líder de Mercados Estratégicos, Brasil e América do Sul, EY

Há um ambiente cada vez melhor para o empreendedorismo no BrasilPrincipais fatos

Classificação geral 3º quartil

População 196,7 milhões

Renda Nacional Bruta per capita US$ 11.720

Crescimento do PIB 0,9%

Participação das exportações no PIB 12% Fonte: Banco Mundial, 2012

1 D. J. Kelley et al., Global Entrepreneurship Monitor: 2010 Women’s Report (Babson College e Global Entrepreneurship Research Association, 2010).

2 Endeavor, Impact Report 2011–2012 (Endeavor Global, 2012).

2 | O triplo poder

Fraquezas• Os longos procedimentos exigidos na abertura

de uma empresa trazem um ônus enorme para o empreendedorismo.

• O nível geral de educação ainda é baixo, com um número reduzido de pesquisadores e um volume de artigos em publicações técnicas abaixo da média.

• A disputa por mão de obra qualificada está cada vez mais acirrada.

Oportunidades• Alguns aspectos tributários e regulatórios são

excepcionalmente ruins. Ou seja: o potencial para reformas estruturais significativas permanece amplamente inexplorado.

• O Brasil, em grande medida, continuou imune às pressões da crise de crédito. Por isso, pode se recuperar mais rapidamente da desaceleração global.

• A expansão econômica tem sido sólida, aumentando as conquistas e reduzindo os riscos para os empreendedores. A Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos do Rio 2016 impulsionarão o crescimento nos próximos anos. Além disso, o Brasil é candidato à Expo 2020.

Ameaças• Um sistema tributário complexo e um mercado de

trabalho rígido desencorajam o empreendedorismo e a inovação.

• Como a presença de capital de risco e de private equity ainda é limitada, as empresas permanecem dependentes dos bancos, os quais nem sempre apoiam a inovação ou novos empreendimentos.

• A volatilidade cambial ameaça o crescimento das exportações. Além disso, as taxas de juros para financiamento são altas.

• Elevada taxa de mortalidade de micro e pequenas empresas: 49% no primeiro ano.3

Forças• Níveis elevados de trabalhadores autônomos.

• De modo geral, a percepção popular sobre o empreendedorismo é muito favorável, como deixam claro as sondagens feitas sobre o empreendedorismo como uma opção de carreira.

• O Brasil também está acima da média geral dos países do G20 quanto ao acesso a recursos financeiros, embora isso não signifique que o crédito seja facilmente acessível ou barato.

Análise SWOT*

Um país de contradiçõesO Brasil continua a ser um país de contradições − e isso também vale para o empreendedorismo brasileiro. Nos últimos anos, o forte crescimento econômico e a elevada demanda de investimentos em infraestrutura geraram novas oportunidades de negócios. Houve um rápido aumento no número de novos negócios criados na última década, e pesquisas recentes confirmam que as atitudes em relação ao empreendedorismo e aos empreendedores tornaram-se mais favoráveis. Ao mesmo tempo, um sistema tributário complexo e um ambiente regulatório oneroso continuam a criar obstáculos e seguem como uma ameaça significativa ao crescimento contínuo.

Seja ouvido!Participe do debate Use a hashtag #G20eyey.com/G20ey

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Survey results on high impact factors supporting entrepreneurship culture

Promover as oportunidades profissionaisoferecidas pelo empreendedorismo

Programas governamentais de educação,financiamento e aumento da visibilidade

Promover o papel de empreendedoresna criação de novas vagas de trabalho

Melhorar a comunicação referente a históriasde sucesso de empreendedores

O foco no empreendedorismo e oapoio dado a ele pelo G20

Promover a dinâmica de alto risco/altoretorno do empreendedorismo

Melhorar a tolerância como fracasso empresarial

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Which forms of government tailored support would be most effective?

Educadores

Programas governamentais de start-ups/outrosprogramas governamentais, inclusive subvenções

Iniciativas de empréstimo a micro e pequenas empresas

Incubadoras universitárias patrocinadas pelo governo

Programas de treinamento específicos para o setor

Apoio administrativo a micro e pequenas empresas

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BrazilBRICS (Emerging economies: Brazil, Russia, India, China and South Africa)

Top five areas where govt can accelerate access to funding

Incentivos fiscais para investimentoem empresas de pequeno porte

Promoção de legislação trabalhista justa e eficiente

Menor tributação sobre ganhos de capitalSistemas regulatórios empresariais

mais eficientes e simplificadosInvestimento em infraestrutura

46%

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26%

Programas de coaching para empreendedores, 24%

Promoção de histórias de sucesso

para estudantes,15%

Programas de governo que apoiem o

empreendedorismo, 7%

Outros, 6%

Programas específicos nas universidades/escolas de negócios, 49%

Simplificação das regras e regulamentos tributários relativos ao cálculo das obrigações tributárias, 43%

Redução da carga tributária para pessoas jurídicas, 37%

Redução das alíquotas de impostos

indiretos, 16%

Criação de uma agência governamental para auxiliar novas empresas no cumprimento das exigências de

declaração de imposto de renda, 3%

Redução da carga tributária para pessoas físicas, 1%

Pontuação do Brasil nos cinco pilares do estudo comparada à média das economias emergentes do G20

Fonte: EY G20 Entrepreneurship Barometer

3 C. S. F. Cardoso, “The contribution of ‘Empreender Project’ to the development of micro and small enterprises’ networks at Santa Catarina State (Brazil)”, Spatial and Organizational Dynamics Discussion Paper, nº 6 (Universidade do Algarve, 2011).

* Sigla em inglês para strengths, weaknesses, opportunities and threats: forças, fraquezas, oportunidades e ameaças.

O triplo poder | 3

Para ficar de olho

A complexidade para abrir uma empresa não está diminuindoAo que parece, o empreendedorismo no Brasil funciona muito melhor no campo das percepções e da psicologia popular do que na esfera das condições formais e institucionais. O tempo que se leva para abrir uma empresa permanece excepcionalmente longo – 199 dias –, cerca de seis vezes mais do que a média do G20. O custo de abrir um negócio no país tem declinado constantemente ao longo dos últimos dez anos e, agora, encontra-se abaixo da média do G20, estando com quase um terço do custo da vizinha Argentina. Contudo, o número de procedimentos necessários para a abertura de um novo negócio ainda é muito elevado. Apenas China, Índia e Argentina permanecem em nível comparável.

Por enquanto, continua difícil ver alguma melhora importante na redução do ônus regulatório enfrentado na hora de fundar uma empresa. Não surpreende, portanto, que 49% dos empreendedores no Brasil sintam que não houve nem melhora nem piora no processo de abertura de um negócio ao longo dos últimos três anos e que substanciais 74% defendam que a simplificação dos procedimentos teria um grande impacto nas perspectivas de crescimento de longo prazo para o empreendedorismo no país.

O acesso a recursos financeiros continua difícil, e os problemas de infraestrutura e de capital humano permanecem constantes, mesmo que haja indícios apontando para uma crescente capacidade de atrair profissionais qualificados da Europa e dos Estados Unidos. Nesse sentido, o Brasil pode ter-se beneficiado da crise global, ao colher seu devido quinhão de “capitalistas aventureiros” estrangeiros em busca de salários elevados, oportunidades de negócios e capital disponível. Outra tendência importante é o crescimento do empreendedorismo feminino. As mulheres representam cerca de metade de todos os empreendedores brasileiros, uma das melhores proporções em todo o G20, o que significa que 10,4 milhões de mulheres são donas de seus próprios negócios.4

10,4 milhões de mulheres são donas de seus próprios negócios no Brasil. Isso significa que cerca de metade dos empreendedores brasileiros são mulheres

No Brasil, abrir uma empresa leva 119 dias – seis vezes a média do G20 (média 2010–12)

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Survey results on high impact factors supporting entrepreneurship culture

Promover as oportunidades profissionaisoferecidas pelo empreendedorismo

Programas governamentais de educação,financiamento e aumento da visibilidade

Promover o papel de empreendedoresna criação de novas vagas de trabalho

Melhorar a comunicação referente a históriasde sucesso de empreendedores

O foco no empreendedorismo e oapoio dado a ele pelo G20

Promover a dinâmica de alto risco/altoretorno do empreendedorismo

Melhorar a tolerância como fracasso empresarial

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Which forms of government tailored support would be most effective?

Educadores

Programas governamentais de start-ups/outrosprogramas governamentais, inclusive subvenções

Iniciativas de empréstimo a micro e pequenas empresas

Incubadoras universitárias patrocinadas pelo governo

Programas de treinamento específicos para o setor

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BrazilBRICS (Emerging economies: Brazil, Russia, India, China and South Africa)

Top five areas where govt can accelerate access to funding

Incentivos fiscais para investimentoem empresas de pequeno porte

Promoção de legislação trabalhista justa e eficiente

Menor tributação sobre ganhos de capitalSistemas regulatórios empresariais

mais eficientes e simplificadosInvestimento em infraestrutura

46%

44%

38%

37%

26%

Programas de coaching para empreendedores, 24%

Promoção de histórias de sucesso

para estudantes,15%

Programas de governo que apoiem o

empreendedorismo, 7%

Outros, 6%

Programas específicos nas universidades/escolas de negócios, 49%

Simplificação das regras e regulamentos tributários relativos ao cálculo das obrigações tributárias, 43%

Redução da carga tributária para pessoas jurídicas, 37%

Redução das alíquotas de impostos

indiretos, 16%

Criação de uma agência governamental para auxiliar novas empresas no cumprimento das exigências de

declaração de imposto de renda, 3%

Redução da carga tributária para pessoas físicas, 1%

Custo de abertura de empresa (% da renda nacional bruta per capita)

Fonte: Banco Mundial

4 D. J. Kelley et al., Global Entrepreneurship Monitor: 2010 Women’s Report (Babson College e Global Entrepreneurship Research Association, 2010).

4 | O triplo poder

Como o governo está ajudando

Prime - Primeira empresa inovadora

Um dos principais pilares do empreendedorismo inovador no Brasil, o programa busca auxiliar empresas de rápido crescimento a superar obstáculos em seus estágios iniciais de desenvolvimento. Uma agência pública, a FINEP, distribui aproximadamente US$ 65.000 para start-ups focadas em inovação.

Lançamento: 2009Pilar mais relevante: acesso a recursos financeiros

Um programa para a inovação: Start-Up Brasil

Trata-se de um programa lançado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) para oferecer assistência financeira para 150 start-ups na área de TI até 2015. O programa também proporcionará auxílio em áreas como marketing, vendas e apoio jurídico.

Lançamento: 2012Pilar mais relevante: acesso a recursos financeiros

Uma nova Secretaria para Micro e Pequenas Empresas

Vinculada à Presidência da República, a Secretaria desfruta de status ministerial e está incumbida de “formular, coordenar e articular” políticas para micro e pequenas empresas. Guilherme Afif Domingos, um empresário bem-sucedido e vice-governador do Estado de São Paulo, foi recentemente nomeado como o primeiro ministro-chefe da pasta.

Lançamento: 2013Pilares mais relevantes: regulação e tributos; acesso a recursos financeiros; ações coordenadas

Insight: o confuso ambiente tributário brasileiro Luiz Mattar, fundador, TIVIT, Brasil

A TIVIT é uma provedora de serviços integrados de gestão da tecnologia da informação e gestão de processos de negócios (nas siglas em inglês, respectivamente: ITM e BPM). Fundada por Luiz Mattar, a empresa é líder de mercado na América Latina, sendo reconhecida por seu profundo conhecimento de processos complexos e operações críticas.

“Quanto a recursos financeiros, acredito que o Brasil está em excelente forma, especialmente no que diz respeito aos fundos de private equity. A economia brasileira está crescendo, temos muitos jovens para sustentar esse crescimento e dispomos de gerência eficaz para desenvolver bons projetos.

Por outro lado, quando o assunto é apoio governamental ao empreendedorismo em relação a financiamento, o cenário

é outro. Ao longo dos últimos dez anos, os bancos federais investiram em setores específicos, concentrando-se naquilo que chamam de ‘campeões nacionais’. Eles vêm investindo amplas somas de dinheiro desenvolvendo um pequeno número de empresas muito grandes, em vez de distribuir esse capital entre centenas de milhares de empreendedores, a fim de formar empresas saudáveis e fortes.

Os impostos constituem um grande problema no Brasil. Os empreendedores brasileiros, ao mesmo tempo em que administram empresas de rápido crescimento, precisam lidar com inúmeros impostos e suas frequentes mudanças.”

O triplo poder | 5

Acesso a recursos financeirosClassificação no ranking: 9º

43%dos jovens empreendedores no Brasil acreditam que o acesso a recursos financeiros é “muito difícil”, em comparação com 15% dos empreendedores em geralO desafio de equalizar as condições

Aproximadamente 80% dos empreendedores entrevistados para este relatório acreditam que o acesso a recursos financeiros no Brasil é difícil – e 15% descrevem o acesso como “muito difícil”. Esse número, contudo, sobe para 43% entre os empreendedores com menos de 40 anos de idade, ressaltando o desafio encontrado localmente pelos empreendedores mais jovens. Ao serem questionados sobre como o governo poderia melhorar o acesso a recursos financeiros, a maioria dos entrevistados defende um aperfeiçoamento geral nas condições de negócios, especialmente nas áreas de política tributária e legislação trabalhista. Maiores incentivos fiscais para investimentos em empresas de pequeno porte aparecem com destaque como a área em que o apoio do governo teria mais impacto sobre o financiamento (de acordo com 22% dos entrevistados). Poucos parecem ser favoráveis a programas de financiamento por empréstimos, garantias de empréstimo ou outras formas de intervenção direta.

As condições de financiamento no Brasil parecem se comparar favoravelmente àquelas encontradas no G20. O país ficou em nono lugar em termos gerais no que diz respeito ao acesso a

financiamento. Na pesquisa junto a empreendedores locais, o Brasil aparece em segundo lugar. Apesar de os mercados de rápido crescimento estarem sentindo as pressões sobre o financiamento global em menor medida, surge a dúvida sobre até quando essa expansão poderá ser sustentada. Ao olharmos os dados concretos, o Brasil aparece numa posição melhor do que a da Indonésia ou a da maioria das outras economias de rápido crescimento, mas, em vários outros aspectos, o país ainda precisa se diferenciar dos mercados de rápida expansão. Por exemplo, as operações de abertura de capital (IPO) permanecem em nível muito baixo: apenas quatro foram registradas em 2012 contra uma média de 32 para o G20.

Relacionada a isso está a dificuldade enfrentada por empreendedores com projetos inovadores – porém arriscados – em obter capital de risco: numa escala de 1 (impossível) a 7 (muito fácil), o Brasil apresenta uma pontuação inferior à média do G20: 2,74. Ao aprofundar seu mercado de capitais, o Brasil enfrenta um desafio decisivo. Empréstimos bancários só conseguem chegar até determinado ponto no estímulo ao empreendedorismo, e tendem a discriminar em favor de empresas mais bem estabelecidas.

Acesso a financiamento Brasil Média do G20 Período

Ofertas iniciais de ações

Montante investido em operações de ofertas iniciais de ações (% do PIB)

0,28 0,22 Média 2009-11

Acesso a crédito

Crédito doméstico para o setor privado (% do PIB)

54,7 99,0 Média 2008-10

Disponibilidade de capital de risco (escala de 1=impossível a 7=muito fácil)

2,7 3,0 Média 2009-11

Valor das operações de fusões e aquisições (% do PIB)

4,5 3,4 Média 2010-12

Fontes: Banco Mundial, Dealogic, FMI, Fórum Econômico Mundial

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Survey results on high impact factors supporting entrepreneurship culture

Promover as oportunidades profissionaisoferecidas pelo empreendedorismo

Programas governamentais de educação,financiamento e aumento da visibilidade

Promover o papel de empreendedoresna criação de novas vagas de trabalho

Melhorar a comunicação referente a históriasde sucesso de empreendedores

O foco no empreendedorismo e oapoio dado a ele pelo G20

Promover a dinâmica de alto risco/altoretorno do empreendedorismo

Melhorar a tolerância como fracasso empresarial

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Which forms of government tailored support would be most effective?

Educadores

Programas governamentais de start-ups/outrosprogramas governamentais, inclusive subvenções

Iniciativas de empréstimo a micro e pequenas empresas

Incubadoras universitárias patrocinadas pelo governo

Programas de treinamento específicos para o setor

Apoio administrativo a micro e pequenas empresas

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BrazilBRICS (Emerging economies: Brazil, Russia, India, China and South Africa)

Top five areas where govt can accelerate access to funding

Incentivos fiscais para investimentoem empresas de pequeno porte

Promoção de legislação trabalhista justa e eficiente

Menor tributação sobre ganhos de capitalSistemas regulatórios empresariais

mais eficientes e simplificadosInvestimento em infraestrutura

46%

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38%

37%

26%

Programas de coaching para empreendedores, 24%

Promoção de histórias de sucesso

para estudantes,15%

Programas de governo que apoiem o

empreendedorismo, 7%

Outros, 6%

Programas específicos nas universidades/escolas de negócios, 49%

Simplificação das regras e regulamentos tributários relativos ao cálculo das obrigações tributárias, 43%

Redução da carga tributária para pessoas jurídicas, 37%

Redução das alíquotas de impostos

indiretos, 16%

Criação de uma agência governamental para auxiliar novas empresas no cumprimento das exigências de

declaração de imposto de renda, 3%

Redução da carga tributária para pessoas físicas, 1%

Cinco principais áreas nas quais o governo pode acelerar o acesso a financiamento

Fonte: EY G20 Entrepreneurship Barometer 2013

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Promover as oportunidades profissionaisoferecidas pelo empreendedorismo

Programas governamentais de educação,financiamento e aumento da visibilidade

Promover o papel de empreendedoresna criação de novas vagas de trabalho

Melhorar a comunicação referente a históriasde sucesso de empreendedores

O foco no empreendedorismo e oapoio dado a ele pelo G20

Promover a dinâmica de alto risco/altoretorno do empreendedorismo

Melhorar a tolerância como fracasso empresarial

50%

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Which forms of government tailored support would be most effective?

Educadores

Programas governamentais de start-ups/outrosprogramas governamentais, inclusive subvenções

Iniciativas de empréstimo a micro e pequenas empresas

Incubadoras universitárias patrocinadas pelo governo

Programas de treinamento específicos para o setor

Apoio administrativo a micro e pequenas empresas

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perceptions of entrepreneurship in your country as a career path

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ChinaÁfrica do Sul

Cost to start a business (% of GNI per capita)

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BrazilBRICS (Emerging economies: Brazil, Russia, India, China and South Africa)

Top five areas where govt can accelerate access to funding

Incentivos fiscais para investimentoem empresas de pequeno porte

Promoção de legislação trabalhista justa e eficiente

Menor tributação sobre ganhos de capitalSistemas regulatórios empresariais

mais eficientes e simplificadosInvestimento em infraestrutura

46%

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Programas de coaching para empreendedores, 24%

Promoção de histórias de sucesso

para estudantes,15%

Programas de governo que apoiem o

empreendedorismo, 7%

Outros, 6%

Programas específicos nas universidades/escolas de negócios, 49%

Simplificação das regras e regulamentos tributários relativos ao cálculo das obrigações tributárias, 43%

Redução da carga tributária para pessoas jurídicas, 37%

Redução das alíquotas de impostos

indiretos, 16%

Criação de uma agência governamental para auxiliar novas empresas no cumprimento das exigências de

declaração de imposto de renda, 3%

Redução da carga tributária para pessoas físicas, 1%

Fatores classificados pelos empreendedores brasileiros como sendo os que mais dão apoio à cultura empreendedora

Fonte: EY G20 Entrepreneurship Barometer 2013

Cultura empreendedoraClassificação do pilar: 12

Progresso constante num ambiente cultural diversificado

No Brasil, há um enorme fosso entre o amplo apoio popular ao empreendedorismo e a falta de instituições e organizações que tornariam as coisas mais fáceis para empresas novas e recém-criadas. No país, a atenção dedicada aos empreendedores pela mídia é muito grande, e a cultura local – que conta com um nível acima da média de trabalhadores autônomos – parece prestigiar os empresários que venceram por seus próprios meios. Porém, ao mesmo tempo, o ambiente inovador em geral não é muito favorável aos empreendedores, conforme se percebe pelo gasto limitado com pesquisa e desenvolvimento (P&D), bem como pela baixa densidade de pesquisadores e o número reduzido de artigos em publicações técnicas e científicas.

Quando perguntados se o Brasil dispõe de uma cultura que encoraja o empreendedorismo, os empreendedores locais dividiram-se de modo equilibrado. O governo, sem dúvida, continua a promover o empreendedorismo, mas os resultados concretos têm demorado a surgir. Em parte, isso se deve ao fato de que ainda há muito a fazer. Apesar disso, há avanços nesse sentido: a produção de artigos em publicações técnicas e científicas, por exemplo, tem aumentado visivelmente em anos recentes, chegando a 12.306 em 2009 (o ano mais recente para o qual há dados disponíveis). Esse é um salto de 100% em relação a dez anos atrás. Portanto, continua havendo progresso na difícil tarefa de transformar aspirações em procedimentos formais e institucionais, mas ainda há muito a ser feito.

Em outras áreas, contudo, há muito o que comemorar em relação à cultura empreendedora brasileira: praticamente

metade de todos os novos negócios são comandados por mulheres. Para impulsionar isso, o Programa Nacional Trabalho e Empreendedorismo da Mulher, que apoia o trabalho e o empreendedorismo das mulheres, originalmente concebido em 2009 com alcance limitado, agora está sendo mais disseminado.5 O governo tem trabalhado muito para facilitar o acesso tanto a treinamento quanto a financiamento.

Além disso, o governo criou um portal on-line dedicado ao empreendedorismo social, de minorias étnicas e de afrodescendentes, tendo em vista os obstáculos enfrentados por esses grupos.6 Iniciativas, como a Feira Preta – uma organização social sem fins lucrativos que promove o desenvolvimento do empreendedorismo de afrodescendentes em nível nacional –, começam a surgir.7 De modo geral, os empreendedores veem um papel claro a ser desempenhado pelo governo no apoio ao empreendedorismo: 63% acreditam que programas focados na educação, financiamento e aumento da visibilidade, por exemplo, teriam um alto impacto na cultura em geral.

Cultura empreendedora Brasil Média do G20 Período

Gasto com P&D (% do PIB) 1,1 1,6 Média 2007-09

Artigos em publicações técnicas e científicas (por 10.000 pessoas)

0,7 3,3 Média 2007-09

Custo de resolução de insolvência (% do patrimônio)

12,0 11,8 Média 2010-12

Fonte: Banco Mundial

63%dos empreendedores acreditam que programas focados na educação, financiamento e aumento da visibilidade ajudariam a fomentar uma cultura empreendedora

O gasto com pesquisa e desenvolvimento (% do PIB) no Brasil, de 1,1%, é cerca de um terço inferior à média do G20, de 1,6% (média 2007–09)

5 “Programa Nacional Trabalho e Empreendedorismo da Mulher”, website do Programa Trabalho e Empreendedorismo da Mulher, pntem.org.br, acessado em 6 de julho de 2013.

6 “Empreendedor”, website do governo brasileiro, brasil.gov.br, acessado em 3 de julho de 2013.

7 “Programas”, website do Instituto Feira Preta, feirapreta.com.br, acessado em 4 de julho de 2013.

O triplo poder | 7

Tributação e regulaçãoClassificação do pilar: 17

O elo mais fraco

O desempenho geral do Brasil no EY G20 Entrepreneurship Barometer 2013 é prejudicado por um desempenho abaixo da média em regulação e tributação. Inúmeros programas governamentais visam reduzir o ônus regulatório e fiscal para grupos seletos de empresas, mas uma melhoria nesse cenário ainda se faz necessária. Por exemplo, a sobreposição desses programas aumenta ainda mais a complexidade do sistema, ao mesmo tempo em que reduz a pressão pela redução do ônus tributário e regulatório para todas as empresas. De modo geral, a melhora nos aspectos fiscais e regulatórios poderia produzir rapidamente ganhos para os empreendedores.

Tanto as percepções locais quanto os parâmetros internacionais demonstram a urgência de reformas estruturais nessa área, particularmente quando considerada em comparação com o restante dos países do G20. E isso é especialmente verdadeiro no que diz respeito ao tempo que as empresas gastam com questões tributárias, o qual, chegando a 2.600 horas por ano no Brasil, está fora de sintonia com o G20. De modo geral, o ônus regulatório pode ajudar a explicar a elevada taxa de mortalidade de micro e pequenas empresas: 49% delas fecham no primeiro ano.

Os empreendedores brasileiros – normalmente bastante otimistas – expressam preocupação significativa em relação a algumas das métricas regulatórias: 43% consideram que a rigidez do mercado de trabalho piorou nos últimos três anos. Talvez seja revelador

que a maioria buscaria reduzir o ônus relativo à legislação por meio da criação de uma agência governamental que ajudasse novas empresas no cumprimento dos regulamentos. De modo geral, 43% defendem a simplificação das regras e regulamentos relativos ao cálculo das obrigações tributárias – número surpreendentemente baixo, dado o desafio representado pelo processo de declaração do imposto de renda. Uma proporção menor, 37%, daria prioridade à redução de impostos para pessoas jurídicas.

Tributação e regulação Brasil Média do G20 Período

Facilidade de abrir um negócio

Procedimento para abertura da empresa (número) 13,0 7,6 Média 2010-12

Tempo para abrir uma empresa (dias) 119 22 Média 2010-12

Custo de abertura de empresa (% da renda per capita) 5,8 9,4 Média 2010-12

Capital mínimo integralizado para abertura de empresa (% da renda per capita)

0,0 17,9 Média 2010-12

Regulamentos empresariais

Tempo gasto com questões tributárias (horas) 2.600 347 Média 2010-12

Rigidez do mercado de trabalho

Custo de demissão (semanas de ordenados) 46 50 Média 2007-09

Contribuições fiscais e trabalhistas (% dos lucros comerciais) 40,8 24,0 2012

Tributação

Alíquota tributária total (impostos e contribuições obrigatórias incorridos pelo negócio expressos como porcentagem do lucro comercial)

69,3 49,7 2012

Alíquota de impostos indiretos (impostos recolhidos pela empresa e pagos às autoridades tributárias)

19,0 14,2 2012

Fonte: Banco Mundial

Quase metade (49%) das micro e pequenas empresas no Brasil fecham no primeiro ano

Equal weight scores

BrasilMédia das economias emergentes do G20

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Survey results on high impact factors supporting entrepreneurship culture

Promover as oportunidades profissionaisoferecidas pelo empreendedorismo

Programas governamentais de educação,financiamento e aumento da visibilidade

Promover o papel de empreendedoresna criação de novas vagas de trabalho

Melhorar a comunicação referente a históriasde sucesso de empreendedores

O foco no empreendedorismo e oapoio dado a ele pelo G20

Promover a dinâmica de alto risco/altoretorno do empreendedorismo

Melhorar a tolerância como fracasso empresarial

50%

40%

51%

62%

63%

31%

24%

Which forms of government tailored support would be most effective?

Educadores

Programas governamentais de start-ups/outrosprogramas governamentais, inclusive subvenções

Iniciativas de empréstimo a micro e pequenas empresas

Incubadoras universitárias patrocinadas pelo governo

Programas de treinamento específicos para o setor

Apoio administrativo a micro e pequenas empresas

9%

12%

15%

31%

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Cost to start a business (% of GNI per capita)

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single initiative to improve taxation

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BrazilBRICS (Emerging economies: Brazil, Russia, India, China and South Africa)

Top five areas where govt can accelerate access to funding

Incentivos fiscais para investimentoem empresas de pequeno porte

Promoção de legislação trabalhista justa e eficiente

Menor tributação sobre ganhos de capitalSistemas regulatórios empresariais

mais eficientes e simplificadosInvestimento em infraestrutura

46%

44%

38%

37%

26%

Programas de coaching para empreendedores, 24%

Promoção de histórias de sucesso

para estudantes,15%

Programas de governo que apoiem o

empreendedorismo, 7%

Outros, 6%

Programas específicos nas universidades/escolas de negócios, 49%

Simplificação das regras e regulamentos tributários relativos ao cálculo das obrigações tributárias, 43%

Redução da carga tributária para pessoas jurídicas, 37%

Redução das alíquotas de impostos

indiretos, 16%

Criação de uma agência governamental para auxiliar novas empresas no cumprimento das exigências de

declaração de imposto de renda, 3%

Redução da carga tributária para pessoas físicas, 1%

Iniciativa preferida para melhorar a tributação

Fonte: EY G20 Entrepreneurship Barometer 2013

O tempo médio gasto com questões tributárias no Brasil é de 2.600 horas — sete vezes mais que a média do G20, de 347 horas (média 2010-12)

8 | O triplo poder

Educação e treinamentoClassificação do pilar: 10

Retornos crescentes

A maioria dos nossos entrevistados relatou melhorias na educação vocacional no currículo escolar; no ensino específico nas universidades ou escolas de negócios; e nas conferências e seminários sobre empreendedorismo. Os resultados são menos positivos quando se trata do período de treinamento nas escolas ou do envolvimento de empresas de grande porte: cerca de 60% acreditam que essas métricas específicas não melhoraram nem pioraram ao longo dos últimos três anos. Uma interpretação plausível desses números é que os empreendedores brasileiros estão felizes com o nível de investimento público e privado na educação de negócios, mas gostariam que esta fosse de natureza mais prática.

É provável que o forte investimento público em educação no Brasil venha a ser um dos principais indutores do empreendedorismo e do crescimento. O país gasta uma média de 5,51% do PIB

em educação, valor acima da média dos 4,77% em todo o G20. Os programas governamentais parecem reconhecer que um forte foco no empreendedorismo diminuirá o prazo entre o investimento na educação e seus resultados econômicos. Uma maior ênfase no treinamento prático e um maior envolvimento corporativo na educação – especialmente na educação média – também são fundamentais. Em especial, os empreendedores são amplamente favoráveis à criação de programas específicos em universidades e escolas de negócios que sejam focados basicamente nas habilidades necessárias ao estabelecimento e desenvolvimento de novos empreendimentos de risco.

Educação e treinamento Brasil Média do G20 Período

Gasto público com educação (% do PIB) 5,5 4,8 Média 2008-10

Matrículas na escola secundária (total de matrículas expresso como porcentagem da população em idade escolar para frequentar o curso secundário)

106,0 95,0 Média 2008-10

Matrículas no curso superior (total de matrículas expresso como porcentagem da população total da faixa etária até cinco anos após o término do secundário)

27,5 53,5 Média 2008-10

Fonte: Banco Mundial

97%dos empreendedores locais acreditam que os estudantes precisam ter acesso a treinamento específico para que se tornem empreendedores

Quase metade

No Brasil, mais mulheres do que homens têm formação superior: 18%, em comparação a 11%8

Equal weight scores

BrasilMédia das economias emergentes do G20

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Cultura

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Survey results on high impact factors supporting entrepreneurship culture

Promover as oportunidades profissionaisoferecidas pelo empreendedorismo

Programas governamentais de educação,financiamento e aumento da visibilidade

Promover o papel de empreendedoresna criação de novas vagas de trabalho

Melhorar a comunicação referente a históriasde sucesso de empreendedores

O foco no empreendedorismo e oapoio dado a ele pelo G20

Promover a dinâmica de alto risco/altoretorno do empreendedorismo

Melhorar a tolerância como fracasso empresarial

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Which forms of government tailored support would be most effective?

Educadores

Programas governamentais de start-ups/outrosprogramas governamentais, inclusive subvenções

Iniciativas de empréstimo a micro e pequenas empresas

Incubadoras universitárias patrocinadas pelo governo

Programas de treinamento específicos para o setor

Apoio administrativo a micro e pequenas empresas

9%

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Cost to start a business (% of GNI per capita)

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perceptions of entrepreneurship in your country as a career path

single initiative to improve taxation

BrasilRússiaÍndia

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Cost to start a business (% of GNI per capita)

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BrazilBRICS (Emerging economies: Brazil, Russia, India, China and South Africa)

Top five areas where govt can accelerate access to funding

Incentivos fiscais para investimentoem empresas de pequeno porte

Promoção de legislação trabalhista justa e eficiente

Menor tributação sobre ganhos de capitalSistemas regulatórios empresariais

mais eficientes e simplificadosInvestimento em infraestrutura

46%

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38%

37%

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Programas de coaching para empreendedores, 24%

Promoção de histórias de sucesso

para estudantes,15%

Programas de governo que apoiem o

empreendedorismo, 7%

Outros, 6%

Programas específicos nas universidades/escolas de negócios, 49%

Simplificação das regras e regulamentos tributários relativos ao cálculo das obrigações tributárias, 43%

Redução da carga tributária para pessoas jurídicas, 37%

Redução das alíquotas de impostos

indiretos, 16%

Criação de uma agência governamental para auxiliar novas empresas no cumprimento das exigências de

declaração de imposto de renda, 3%

Redução da carga tributária para pessoas físicas, 1%

Equal weight scores

BrasilMédia das economias emergentes do G20

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Survey results on high impact factors supporting entrepreneurship culture

Promover as oportunidades profissionaisoferecidas pelo empreendedorismo

Programas governamentais de educação,financiamento e aumento da visibilidade

Promover o papel de empreendedoresna criação de novas vagas de trabalho

Melhorar a comunicação referente a históriasde sucesso de empreendedores

O foco no empreendedorismo e oapoio dado a ele pelo G20

Promover a dinâmica de alto risco/altoretorno do empreendedorismo

Melhorar a tolerância como fracasso empresarial

50%

40%

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Which forms of government tailored support would be most effective?

Educadores

Programas governamentais de start-ups/outrosprogramas governamentais, inclusive subvenções

Iniciativas de empréstimo a micro e pequenas empresas

Incubadoras universitárias patrocinadas pelo governo

Programas de treinamento específicos para o setor

Apoio administrativo a micro e pequenas empresas

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Cost to start a business (% of GNI per capita)

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BrazilBRICS (Emerging economies: Brazil, Russia, India, China and South Africa)

Top five areas where govt can accelerate access to funding

Incentivos fiscais para investimentoem empresas de pequeno porte

Promoção de legislação trabalhista justa e eficiente

Menor tributação sobre ganhos de capitalSistemas regulatórios empresariais

mais eficientes e simplificadosInvestimento em infraestrutura

46%

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Programas de coaching para empreendedores, 24%

Promoção de histórias de sucesso

para estudantes,15%

Programas de governo que apoiem o

empreendedorismo, 7%

Outros, 6%

Programas específicos nas universidades/escolas de negócios, 49%

Simplificação das regras e regulamentos tributários relativos ao cálculo das obrigações tributárias, 43%

Redução da carga tributária para pessoas jurídicas, 37%

Redução das alíquotas de impostos

indiretos, 16%

Criação de uma agência governamental para auxiliar novas empresas no cumprimento das exigências de

declaração de imposto de renda, 3%

Redução da carga tributária para pessoas físicas, 1%

O que melhoraria a percepção do empreendedorismo como uma opção de carreira?

Fonte: EY G20 Entrepreneurship Barometer 20138 A. Millar, Empreendedorismo Feminino e a Inovação no Brasil

(documento informativo Endeavor Brasil, 2012).

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BrasilMédia das economias emergentes do G20

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Survey results on high impact factors supporting entrepreneurship culture

Promover as oportunidades profissionaisoferecidas pelo empreendedorismo

Programas governamentais de educação,financiamento e aumento da visibilidade

Promover o papel de empreendedoresna criação de novas vagas de trabalho

Melhorar a comunicação referente a históriasde sucesso de empreendedores

O foco no empreendedorismo e oapoio dado a ele pelo G20

Promover a dinâmica de alto risco/altoretorno do empreendedorismo

Melhorar a tolerância como fracasso empresarial

50%

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Which forms of government tailored support would be most effective?

Educadores

Programas governamentais de start-ups/outrosprogramas governamentais, inclusive subvenções

Iniciativas de empréstimo a micro e pequenas empresas

Incubadoras universitárias patrocinadas pelo governo

Programas de treinamento específicos para o setor

Apoio administrativo a micro e pequenas empresas

9%

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Cost to start a business (% of GNI per capita)

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perceptions of entrepreneurship in your country as a career path

single initiative to improve taxation

BrasilRússiaÍndia

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Cost to start a business (% of GNI per capita)

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BrazilBRICS (Emerging economies: Brazil, Russia, India, China and South Africa)

Top five areas where govt can accelerate access to funding

Incentivos fiscais para investimentoem empresas de pequeno porte

Promoção de legislação trabalhista justa e eficiente

Menor tributação sobre ganhos de capitalSistemas regulatórios empresariais

mais eficientes e simplificadosInvestimento em infraestrutura

46%

44%

38%

37%

26%

Programas de coaching para empreendedores, 24%

Promoção de histórias de sucesso

para estudantes,15%

Programas de governo que apoiem o

empreendedorismo, 7%

Outros, 6%

Programas específicos nas universidades/escolas de negócios, 49%

Simplificação das regras e regulamentos tributários relativos ao cálculo das obrigações tributárias, 43%

Redução da carga tributária para pessoas jurídicas, 37%

Redução das alíquotas de impostos

indiretos, 16%

Criação de uma agência governamental para auxiliar novas empresas no cumprimento das exigências de

declaração de imposto de renda, 3%

Redução da carga tributária para pessoas físicas, 1%

Um papel claro para a intervenção governamentalO Programa Nacional de Apoio às Incubadoras de Empresas e Parques Tecnológicos (PNI) é um bom exemplo dos esforços governamentais para melhorar o apoio público e privado para os empreendedores. Ele combina diversas agências e instituições numa rede comum, voltada ao aprimoramento da estrutura financeira e institucional para incubadoras de negócios e parques tecnológicos no Brasil. Os empreendedores parecem estar felizes com o progresso alcançado. As organizações de apoio tornaram-se mais ativas. Também parece ter havido melhora na coordenação e cooperação entre diferentes agências e partes interessadas. Além disso, cerca de oito em cada dez entrevistados relatam melhorias no acesso a clubes e associações de empreendedores, bem acima da média geral do G20. A recente decisão do governo federal de criar uma secretaria voltada à promoção do desenvolvimento de micro e pequenas empresas é um excelente sinal.9 Vinculada à Presidência da República, a Secretaria desfruta de status ministerial e está incumbida de “formular, coordenar e articular” políticas para micro e pequenas empresas.

Um obstáculo persistente que dificulta o desenvolvimento de redes de empreendedores no Brasil é o número extremamente elevado de empreendedores que tentam evitar o pesado ônus regulatório simplesmente deixando de se formalizar. Uma recente

Apoio coordenadoClassificação do pilar: 3

80%dos empreendedores locais relataram ter havido melhorias no acesso a clubes e associações da categoria ao longo dos últimos três anos, ante a média do G20 de apenas 53%

estimativa sugere que pode haver até 10 milhões de profissionais autônomos trabalhando informalmente.10 Uma iniciativa relacionada, o Microempreendedor Individual (MEI), visa fornecer condições e benefícios especiais para aqueles que se formalizam.11

Trinta e um por cento dos entrevistados acreditam que os programas governamentais de start-ups são a forma mais eficaz de apoio coordenado. Os empreendedores brasileiros muito frequentemente relutam em apoiar a intervenção governamental, mas não neste caso: de longe, a maioria dos entrevistados disse que melhorias nessa forma de apoio seriam o meio mais eficaz de fomentar o empreendedorismo. Assim, para eles, programas governamentais e incubadoras de negócios seriam meios confiáveis de se obter resultados. Os entrevistados, porém, são mais céticos em relação a redes informais, como clubes e associações de empreendedores, programas de mentoria e câmaras de comércio. Finalmente, apesar de ter seu potencial totalmente reconhecido pelos empreendedores, as incubadoras de negócios permanecem um recurso amplamente inexplorado, com apenas 6% dos entrevistados afirmando tê-las usado.

As incubadoras de negócios continuam sendo um recurso amplamente inexplorado, com apenas 6% dos entrevistados afirmando tê-las usado. Tendo em vista a média de 21% do G20, existe claramente espaço para crescimento

Quais iniciativas e organizações seriam mais eficazes para melhorar o crescimento de longo prazo no Brasil?

Fonte: EY G20 Entrepreneurship Barometer 2013

9 “Lei nº 12.792, de 28 de março de 2013”, website do Portal do Planalto, planalto.gov.br, acessado em 12 de julho de 2013.

10 E. C. de V. G. Duarte et al., Monitor Global do Empreendedorismo: 2011 Empreendedorismo no Brasil (IBQP, 2011).11 “Microempreendedor Individual (MEI): O que é?”, website do Portal do Empreendedor, portaldoempreendedor.gov.br,

acessado em 14 de julho de 2012.

10 | O triplo poder

Tabela de Classificação

Classificação Acesso a financiamento Pontuação Cultura

empreendedora Pontuação Tributação e regulação Pontuação Educação e

treinamento Pontuação Apoio coordenado Pontuação

1 Estados Unidos 7,12 Estados Unidos 7,67 Arábia Saudita 6,40 França 6,58 Rússia 6,23

2 Reino Unido 6,86 Coreia do Sul 7,53 Canadá 6,34 Austrália 6,53 México 5,89

3 China 6,75 Canadá 7,45 Coreia do Sul 6,34 Estados Unidos 6,50 Brasil 5,87

4 Canadá 6,62 Japão 7,28 Reino Unido 6,19 Coreia do Sul 6,40 Indonésia 5,84

5 Austrália 6,48 Austrália 7,18 África do Sul 6,10 UE 6,25 Índia 5,76

6 África do Sul 5,95 Reino Unido 7,00 Japão 6,07 Reino Unido 5,98 China 5,75

7 Japão 5,81 Alemanha 6,88 Alemanha 5,84 Alemanha 5,89 Turquia 5,66

8 Coreia do Sul 5,75 UE 6,07 Austrália 5,75 Argentina 5,85 África do Sul 5,65

9 Brasil 5,67 França 5,68 Rússia 5,65 Canadá 5,81 Argentina 5,64

10 Indonésia 5,53 Rússia 5,05 UE 5,48 Brasil 5,78 Alemanha 5,53

11 Índia 5,48 Índia 4,95 Turquia 5,45 África do Sul 5,67 França 5,41

12 UE 5,41 Brasil 4,88 Indonésia 5,38 Arábia Saudita 5,66 Arábia Saudita 5,39

13 Arábia Saudita 5,25 Itália 4,67 Estados Unidos 5,33 Itália 5,47 UE 5,37

14 Alemanha 5,23 África do Sul 4,33 México 5,21 Rússia 5,46 Coreia do Sul 5,36

15 Rússia 5,04 Turquia 4,30 França 5,12 México 5,32 Austrália 5,31

16 França 4,74 Argentina 4,06 China 5,07 Japão 4,72 Canadá 5,29

17 Turquia 4,57 México 3,96 Brasil 4,83 Turquia 4,39 Reino Unido 5,19

18 México 4,42 China 3,88 Itália 4,76 China 4,35 Japão 5,04

19 Itália 4,03 Indonésia 3,80 Índia 4,39 Indonésia 3,88 Itália 4,97

20 Argentina 3,27 Arábia Saudita 3,38 Argentina 4,31 Índia 3,49 Estados Unidos 4,85

Sobre o modelo do EY Entrepreneurship BarometerO EY G20 Entrepreneurship Barometer 2013 introduz um modelo de pontuação de países em cinco pilares do empreendedorismo.12 A finalidade desse modelo é ajudar a identificar os pontos fortes relativos por país e localizar as oportunidades para melhora.

O modelo é constituído por informações qualitativas (da nossa pesquisa com mais de 1.500 empreendedores) e dados quantitativos baseados nas condições de empreendedorismo em todas as economias do G20. Para cada pilar, excluindo o item “Apoio coordenado”, essas informações são ponderadas na base de 1:1 entre dados qualitativos e quantitativos. Para o item

“Apoio coordenado”, devido à falta de indicadores quantitativos, tais informações se baseiam exclusivamente nas respostas da pesquisa.

A vantagem de integrar tanto os resultados da pesquisa quanto os dados quantitativos é a capacidade de fornecer uma avaliação do nível atual e das tendências num ecossistema empresarial do G20 com base nas percepções locais. Nesse sentido, as estatísticas oficiais (por exemplo, tempo médio gasto para abrir uma empresa ou os encargos tributários) proporcionam uma referência para cada país-membro.

As informações da pesquisa são um complemento importante para a imagem de referência que essas estatísticas oferecem. A opinião dos empreendedores sobre o ritmo da melhoria ou deterioração nas condições do ecossistema do empreendedorismo do país é incorporada ao modelo junto com estatísticas concretas.

Detalhes completos sobre a metodologia do Barometer podem ser encontrados na página 66 do relatório principal da edição de 2013 do EY G20 Entrepreneurship Barometer.

12 Observação: em relação ao quadro de membros do G20, essa lista compreende 19 países individuais, além da União Europeia (UE) como membro adicional. A nossa classificação mostra o desempenho de cada país, ao lado do desempenho agregado para os 27 países-membros da UE.

O triplo poder | 11

EY | Auditoria | Impostos | Transações Corporativas | Consultoria

Sobre a EYA EY é líder global em serviços de Auditoria, Impostos, Transações Corporativas e Consultoria. Nossos insights e os serviços de qualidade que prestamos ajudam a criar confiança nos mercados de capitais e nas economias ao redor do mundo. Desenvolvemos líderes excepcionais que trabalham em equipe para cumprir nossos compromissos perante todas as partes interessadas. Com isso, desempenhamos papel fundamental na construção de um mundo de negócios melhor para nossas pessoas, nossos clientes e nossas comunidades.

No Brasil, a EY é a mais completa empresa de Auditoria, Impostos, Transações Corporativas e Consultoria, com 5.000 profissionais que dão suporte e atendimento a mais de 3.400 clientes de pequeno, médio e grande portes.

Em 2012, a EY Brasil tornou-se Apoiadora Oficial dos Jogos Olímpicos Rio 2016TM e fornecedora exclusiva de serviços de Consultoria para o Comitê Organizador. O alinhamento dos valores do Movimento Olímpico e da EY foi decisivo nessa iniciativa.

Sobre a Rede de Mercados Estratégicos da EY

A Rede de Mercados Estratégicos da EY, de alcance global, é dedicada a atender às necessidades de empresas com alto potencial de crescimento. Há mais de 30 anos, temos ajudado muitas das empresas mais dinâmicas e ambiciosas a se tornar líderes de mercado. Nossos profissionais contam com grande experiência acumulada, insights e recursos de nossa estrutura global para ajudar as empresas a realizar plenamente seu potencial.

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Liliana Junqueira Sócia-líder de Governo e Setor Público, Brasil, EY+55 61 2104 [email protected]