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  • O SISTEMA NICO DE ASSISTNCIA SOCIAL E A

    CENTRALIDADE NA FAMLIA

    Antonia Alves Vanzetto

    RESUMO

    A Assistncia Social reconhecida como Poltica Pblica na Constituio Federal/1988,atravs dos artigos 203 e 204 e firmada com a Lei Orgnica da Assistncia Social -LOAS, n 8.742 de 07/12/93, est sendo materializada atravs de um Sistema nico deAssistncia Social - SUAS, diante da aprovao da nova Poltica Nacional deAssistncia Social - 2004. Este sistema, cujo modelo de gesto descentralizado eparticipativo, regula os servios scioassistenciais em todo territrio nacional. Enquantomaterializao da LOAS, o SUAS define e organiza elementos importantes para aexecuo das aes, consolidando princpios, diretrizes e objetivos, sendo um sistemaarticulado e integrado de aes com direo para a Proteo Social. O atendimento noSUAS com centralidade na famlia, pois nela que encontram-se todos ossegmentos, permitindo um atendimento na totalidade. Isto se d tendo em vista a fortepresso que os processos de excluso geram sobre as famlias, acentuando suasfragilidades e contradies. A famlia um espao de socializao e proteo primriapara seus membros, por isso, primordial que seja centro prioritrio de ateno paraas aes de Assistncia Social, independente dos formatos que assume, considerandoque o sistema imposto na sociedade no d condies humanas para uma vida cidad.A sociedade est em movimento, dinmica, assim, a cada dia solicita novas formasde sobrevivncia para as famlias e seus membros, culminando tambm em alteraoda sua forma de composio, que no SUAS, no ser levado em conta para oatendimento e incluso nas aes.

    PALAVRAS-CHAVE: ASSISTNCIA SOCIAL, SUAS, DIREITO, FAMLIA

  • INTRODUO

    A Assistncia Social foi garantida como Poltica Pblica de direito do cidado e dever

    do Estado, na Constituio Federal de 1988, atravs dos artigos 203 e 204 e firmada

    atravs da Lei Orgnica da Assistncia Social - LOAS Lei n 8.742 de 07 de dezembro

    de 1993. Com isso, a Assistncia Social passou a integrar juntamente com a Sade e a

    Previdncia, a Poltica de Seguridade Social. Esta insero aponta para o carter da

    Assistncia Social de poltica de Proteo Social articulada a outras polticas sociais,

    voltadas para a garantia de direitos e de condies dignas de vida.

    A partir de um novo marco para a Assistncia Social tem-se a efetivao da Lei

    Orgnica da Assistncia Social - LOAS por um Sistema nico de Assistncia Social -

    SUAS com a aprovao da nova Poltica Nacional de Assistncia Social - PNAS, em

    setembro de 2004, que veio atender a principal deliberao da IV Conferncia Nacional

    de Assistncia Social que aconteceu em dezembro de 2003, em Braslia.

    O SUAS um sistema pblico no contributivo, descentralizado e participativo que tem

    por funo a gesto do contedo especfico da Assistncia Social no campo da

    Proteo Social, sendo requisito essencial para efetivao da Assistncia Social como

    poltica pblica (BRASIL, 2005).

    O SUAS enquanto materializao da LOAS e regulao das aes de Assistncia

    Social, define e organiza elementos essenciais e imprescindveis execuo da Poltica

    de Assistncia Social, consolidando seus princpios, diretrizes e objetivos, sendo um

    sistema articulado e integrado de aes com direo para a Proteo Social, onde

  • sero ofertados servios de Proteo Social Bsica e Proteo Social Especial, por

    nveis de complexidade, respeitando o porte dos municpios.

    A proteo social bsica tem como objetivos prevenir situaes de risco atravs do

    desenvolvimento de potencialidades e aquisies, bem como, o fortalecimento de

    vnculos familiares e comunitrios. Prev a oferta de servios, programas e projetos

    locais de acolhimento, convivncia e socializao de famlias, conforme a situao de

    vulnerabilidade apresentada.

    Devero tambm incluir as pessoas com deficincia e considerar o Benefcio de

    Prestao Continuada e Benefcios Eventuais como parte deste atendimento. Ex:

    Programa de Ateno Integral s Famlias, Centros de Convivncia de Idoso, Projetos

    de Gerao de trabalho e renda, servios scio educativos para crianas, adolescente e

    jovens que visem sua proteo e o fortalecimento de vnculos familiares, aes scio

    educativas de apoio a famlia, etc. Os servios de proteo social bsica sero

    executados pelo Centro de Referncia de Assistncia Social - CRAS e pelas entidades

    que fazem parte da rede prestadora de servios de Assistncia Social.

    O Centro de Referncia de Assistncia Social - CRAS uma unidade pblica instalada

    nos municpios em local de maior vulnerabilidade social, com abrangncia de 5000

    famlias referenciadas e 1000 atendidas/ano. Dever atuar com famlias em seu

    contexto comunitrio, visando orientao e incentivo ao convvio scio-familiar e

    comunitrio, sendo responsvel pela oferta do Programa de Ateno Integral Famlia.

    O CRAS contar com uma equipe tcnica prpria para o desenvolvimento das aes,

    com no mnimo 30 horas: 01 Assistente Social, 01 Psiclogo ou Pedagogo, 01 Auxiliar

    Administrativo.

    Conforme o que preconiza a Poltica Nacional de Assistncia Social - 2004, na proteo

    social bsica, o trabalho com as famlias deve considerar novas referncias para a

    compreenso dos diferentes arranjos familiares, superando o tempo e o espao para o

    reconhecimento de um modelo nico baseado na famlia nuclear, e partindo do suposto

  • de que so funes bsicas da famlia: prover a proteo e a socializao dos seus

    membros; ser referncia de vnculos afetivos, sociais e de identidade grupal alm de

    ser mediadora das relaes entre seus membros e a vida social.

    A Proteo Social Especial dividida em: Proteo Social Especial de Mdia

    Complexidade e Proteo Social Especial de Alta Complexidade. Na Mdia

    Complexidade so realizados atendimentos s famlias com seus direitos violados, mas

    cujos vnculos familiares e comunitrios ainda no foram rompidos. Ex: Abordagem de

    rua, planto social, cuidado no domiclio, servio de apoio e orientao scio-familiar,

    medidas scio-educativas em meio aberto, etc. Estes atendimentos envolvem o Centro

    de Referncia Especializado de Assistncia Social - CRES, visando a orientao e o

    convvio scio-familiar e comunitrio. diferente da proteo social bsica pois se trata

    de atendimento a situaes de violao de direitos.

    Na Alta Complexidade so realizados atendimentos que garantem proteo integral,

    como: moradia, alimentao, etc, para pessoas/famlias que se encontram sem

    referncia e/ou em situao de ameaa, necessitando ser retirado de seu ncleo

    familiar. Ex: Casa-Lar, Repblica, Albergue, Atendimento Integral Institucional, Famlia

    substituta, medidas scio educativas restritivas de liberdade, etc.

    Na proposta da Norma Operacional Bsica - NOB/SUAS/2005, os servios que

    integram a Proteo Social Especial, sero ofertados por municpios de grande porte ou

    por consrcios intermunicipais de Assistncia Social.

    A implantao do SUAS se d pela organizao dos municpios, porque neles que as

    aes acontecem, por isso no SUAS, estes sero enquadrados em nveis de gesto,

    sendo: gesto inicial, gesto bsica e gesto plena, onde estaro reorganizando seu

    atendimento, seguindo alguns requisitos: reformulao das leis de criao dos

    Conselhos Municipais de Assistncia Social dentro do que orienta a LOAS;

    Regulamentao dos Fundos Municipais de Assistncia Social, com comprovao de

    alocao de recursos prprios; Elaborao dos Planos Municipais de Assistncia

  • Social, dentro do que preconiza a PNAS, implantao do Centro de Referncia de

    Assistncia Social - CRAS, contratao de equipe tcnica prpria para o CRAS, dentre

    outros.

    De acordo com a NOB/SUAS/2005, na Gesto Inicial sero habilitados os municpios

    que no se enquadrarem na gesto bsica ou plena, recebero recursos da Unio

    conforme a srie histrica. Na Gesto Bsica o municpio assume a gesto da proteo

    social bsica na Assistncia Social, devendo o gestor, ao assumir a responsabilidade

    de organizar a proteo bsica em seu municpio, prevenir situao de risco por meio

    de desenvolvimento de potencialidades e aquisies. Na Gesto Plena o municpio tem

    a gesto total das aes de Assistncia Social, sejam elas financiadas pelo Fundo

    Nacional de Assistncia Social ou atravs de outras fontes.

    A nova Poltica Nacional de Assistncia Social - 2004, explicita que os servios de

    Proteo Social Bsica e Proteo Social Especial, voltados para a ateno s famlias

    devero ser prestados, em unidades prprias dos municpios, atravs dos Centros de

    Referncia da Assistncia Social Bsico (CRAS) e Especializado (CRES). Estes

    servios tambm podero ser executados em parceria com entidades no

    governamentais de Assistncia Social, que integram a rede scio assistencial dos

    municpios.

    Isto tudo, possibilita a normatizao dos padres nos servios, qualidade do

    atendimento, indicadores de avaliao e resultado, nomenclatura dos servios da rede

    assistencial, seguindo eixos estruturantes: Matricialidade Scio-Familiar;

    Descentralizao Poltico-Administrativa e Territorializao; Novas bases para a relao

    entre Estado e Sociedade Civil; Financiamento; Controle Social; Desafio da participao

    popular; Recursos Humanos; Informao, Monitoramento e Avaliao.

    Atravs do eixo estruturante da Matricialidade Scio-Familiar, o atendimento na Poltica

    de Assistncia Social, passa a ter centralidade na famlia e seus membros, pois

    considera-se que nela encontram-se todos os segmentos. Esta ateno se d tendo em

  • vista as transformaes societrias e a forte presso que os processos de excluso

    scio-cultural geram sobre as famlias, acentuando suas fragilidades e contradies,

    por isso, faz-se primordial sua centralidade no mbito das aes da Poltica de

    Assistncia Social, como espao privilegiado e insubstituvel de proteo e socializao

    primrias, provedora de cuidados aos seus membros, mas, que precisa tambm ser

    cuidada e protegida.

    A matricialidade scio-familiar passa a ter centralidade no SUAS devido ao intenso

    processo de penalizao das famlias, que esto cada vez mais vulnerabilizadas.

    Mesmo havendo o reconhecimento da importncia da famlia para seus membros,

    necessrio que esta seja includa como centro da Poltica de Assistncia Social

    articulada com as outras polticas pblicas, to importantes para que o cidado possa

    alcanar a promoo social.

    Deve-se levar em conta tambm que a famlia independente dos formatos que assume

    mediadora das relaes entre o sujeito e a coletividade. um espao contraditrio,

    marcado pela luta cotidiana para a sobrevivnvia. Nesse sentido, deve-se considerar

    que o sistema imposto na sociedade no d condies humanas para uma vida cidad,

    pois a sociedade est em movimento, dinmica, e sendo assim, a cada dia solicita

    novas formas de sobrevivncia para as famlias e seus membros, seja no mundo do

    trabalho assalariado ou nos setores informais.

    O lugar da famlia nas polticas sociais necessrio pelo fato de que sua situao de

    pobreza est diretamente ligada a m distribuio de renda, onde o modo de produo

    capitalista no garante pleno emprego, ficando as famlias em situao de

    vulnerabilidade, havendo a necessidade da incluso social atravs das polticas sociais

    ofertadas pelo Estado. No Brasil o grau de vulnerabilidade vem aumentando, dadas as

    desigualdades, prprias de sua estrutura social, onde cada vez mais se nota a

    exigncia de as famlias desenvolverem formas estratgicas para manterem a

    sobrevivncia (MIOTO, 2000).

  • A famlia no deve ser entendida somente como uma casa onde reside pai, me e

    filhos, e sim compreender que no bojo das transformaes sociais, surgem novas

    concepes de famlia, que devem ser consideradas principalmente, como um grupo de

    pessoas que convivem em determinado lugar, durante um perodo de tempo e que se

    acham unidas seja por laos consangneos, afetivos ou de solidariedade (BRASIL,

    2003).

    Por isso no SUAS no h distino no atendimento para a forma que a famlia

    constituda, o que importa incluir os membros do grupo familiar em programas,

    projetos e servios, para que saiam da situao de excluso e possam ter suas

    principais necessidades atendidas.

    A famlia, diante destas novas configuraes, acaba se movimentando sobre um

    terreno de conflito, de contradio, sendo um espao de felicidade ou infelicidade, de

    desenvolvimento para seus membros ou espao de limitaes e sofrimentos e no de

    estabilidade como deveria ser, para que todos os membros alcanassem a condio de

    cidado. Assim, deve-se tomar por base que a realidade atual indica diversas formas

    de organizao das famlias que se modificam para atender s exigncias impostas

    pela sociedade, pelos sujeitos que a compe, bem como os eventos da vida cotidiana

    (MIOTO, 1997).

    Isso significa compreender a famlia a partir das condies objetivas e subjetivas

    determinadas pela questo social. A famlia no homognea e sim marcada pelas

    especificidades histricas e culturais, condicionada pelas diferenas sociais. Isto

    determina que a capacidade de cuidado e proteo dos grupos familiares dependa

    diretamente das condies de vida que eles possuem no contexto social em que esto

    inseridos. A dinmica relacional estabelecida em cada famlia no dada, mas

    construda a partir de sua histria e de negociaes cotidianas que ocorrem

    internamente entre seus membros e externamente com o meio social mais amplo

    (MIOTO, 1997).

  • A matricialidade scio-familiar passa a ter papel de destaque na nova PNAS com a

    implantao do SUAS, tendo em vista todo o processo de excluso e empobrecimento

    das famlias e por esta ser merecedora de proteo do Estado, nesta direo que a

    luta deve se acentuar, fazer com que as famlias, saiam da situao de misria e

    possam por si s proteger seus membros.

    Nesse sentido, a formulao da Poltica de Assistncia Social pautada nas

    necessidades das famlias e seus membros. Esta anlise tambm refora a importncia

    da Poltica de Assistncia Social no conjunto protetivo da Seguridade Social, como

    direito de cidadania, articulada as outras polticas pblicas, atravs de atendimento

    intersetorial.

    OBJETIVOS

    Mesmo que seja a passos pequenos, importante ressaltar que a Assistncia Social j

    avanou muito em sua trajetria no pas. A maior vitria conquistada foi com na

    Constituio Federal, depois com a LOAS em 1993, e agora a Assistncia Social est

    novamente sendo reformulada no sentido de que possa ser realmente efetivada

    conforme o que preconiza a LOAS, atravs de um Sistema nico de Assistncia Social.

    Sabe-se que esta implantao no ser fcil, mas sabe-se tambm que este

    reordenamento necessrio, para que os atendimentos realizados tenham qualidade e

    sejam igualitrios.

    A nova Poltica Nacional de Assistncia Social aprovada em setembro de 2004,

    expressa o contedo da Assistncia Social no Sistema de Proteo Social Brasileiro no

    mbito da Seguridade Social, onde os programas, projetos, servios e aes sero

  • ofertados atravs de um Sistema nico de Assistncia Social, considerando que todas

    as famlias que tenham direito a incluso nessas, sejam atendidas de forma igualitria e

    universal.

    A primazia da ateno s famlias tem por perspectiva fazer avanar o carter

    preventivo de proteo social de modo a fortalecer laos e vnculos sociais de

    pertencimento entre seus membros e indivduos, para que suas capacidades e

    qualidade de vida atentem para a concretizao de direitos humanos e sociais.

    O atendimento na perspectiva do SUAS tem centralidade na famlia, independente dos

    formatos que esta assume, sendo considerada como proteo principal na socializao

    de seus membros e na garantia de vnculos relacionais, por isso deve ser introduzida

    como centro das polticas de proteo social.

    A centralidade na famlia com vistas superao da focalizao, para que se

    processe uma poltica de cunho universalista, que alm da transferncia de renda em

    patamares aceitveis, se desenvolva, prioritariamente, em redes de proteo social que

    suportem as tarefas cotidianas de cuidado, e que valorizem a convivncia familiar e

    comunitria.

    Neste processo a Poltica de Assistncia Social um espao para a defesa e ateno

    dos interesses e necessidades sociais, particularmente das famlias, seus membros e

    indivduos mais empobrecidos e excludos da sociedade (BRASIL, 2004).

    METODOLOGIA

    A partir da responsabilidade de cumprimento da principal deliberao da IV Conferncia

  • Nacional de Assistncia Social que aconteceu em dezembro de 2003 em Braslia,

    iniciou-se em todo territrio nacional a mobilizao pela participao de toda a

    sociedade na reformulao da Poltica Nacional de Assistncia Social aprovada em

    1999 pela nova em 2004 que seria a implantao do Sistema nico de Assistncia

    Social.

    Os Conselhos Nacional e Estadual de Assistncia Social atravs do Ministrio do

    Desenvolvimento Social e Combate Fome e da Secretaria de Estado do Trabalho,

    Emprego e Promoo Social, respectivamente, comearam a promover encontros

    regionais e estaduais com intuito de apresentar a idia do que seria o SUAS. Vrias

    foram as contribuies dos Estados e dos municpios, resultando na nova Poltica

    Nacional de Assistncia Social aprovada em setembro de 2004, que deu visibilidade ao

    Sistema nico de Assistncia Social.

    Nesse sentido, a Poltica Nacional de Assistncia Social - 2004 expressa o contedo da

    Assistncia Social no sistema de Proteo Social Brasileiro no mbito da Seguridade

    Social. Busca transformar em aes diretas os pressupostos da Constituio Federal

    de 1988 e da Lei Orgnica da Assistncia Social, por meio de definies, de princpios

    e de diretrizes que nortearo sua implementao, cumprindo nova agenda para a

    cidadania no Brasil.

    CONSIDERAES FINAIS

    A Poltica de Assistncia Social j avanou muito desde o primeiro reconhecimento

  • como poltica pblica na Constituio Federal de 1988, porm, muito ainda h que se

    fazer para que todos tenham acesso aos servios e aes prestados por ela. Com a

    nova sistemtica do SUAS e com a centralidade na famlia, pretende-se romper com a

    segmentao e o focalismo no atendimento, trabalhando com a famlia na totalidade,

    atravs do atendimento de Proteo Social Bsica e Proteo Social Especial,

    considerando tambm a importncia do trabalho intersetorial, para que articulado com

    outras polticas se possa, garantir a sobrevivncia das famlias.

    Para que o trabalho com famlias e a sua incluso em polticas sociais alcance o

    resultado, deve-se entender e trabalhar com a famlia na perspectiva da totalidade, ou

    seja, a famlia inclui todos os segmentos existentes na sociedade: criana, adolescente,

    jovem, homem, mulher, idoso, pessoa com deficincia. Esta concepo de famlia

    possibilita promover a incluso social de forma mais ampla, pensando nas dificuldades

    do grupo social e no separadamente de cada indivduo. Na famlia, no existe o

    desemprego, a doena, enquanto categorias abstratas, mas existem os

    desempregados, os doentes e todas as implicaes de carter social, psquico, cultural,

    poltico, tico que estas situaes ocasionam (MIOTO, 1997).

    Considera-se tambm uma interpretao mais ampla do estabelecido na legislao, o

    de reconhecer que a concesso de benefcios est condicionada impossibilidade no

    s de o beneficirio prover sua manuteno, mas tambm de sua famlia. Desta forma,

    a universalidade, com vistas manuteno e extenso de direitos, em sintonia com

    as demandas e necessidades particulares expressas pelas famlias (BRASIL, 2004).

    Por isso a importncia da Assistncia Social, como direito de cidadania na lgica da

    universalidade, pois esta poltica tem papel fundamental no processo de emancipao

    da famlia e de seus membros.

  • REFERNCIAS

    BRASIL, Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome. Poltica Nacional

    de Assistncia Social. Braslia, setembro de 2004.

    ______. Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome. Norma Operacional

    Bsica - NOB/SUAS, Construindo as bases para a implantao do Sistema nico

    de Assistncia Social. Braslia, julho de 2005.

    ______. Constituio da Repblica Federativa do Brasil: promulgada em 05 deoutubro de 1988.

    ______ Lei n 8.742 de 07 de dezembro de 1993. Lei Orgnica da Assistncia Social.

    ______, Ministrio da Assistncia Social. Plano Nacional de Atendimento Integral

    Famlia - PAIF. Braslia: 2003.

    MIOTO, R.C. T. Famlia e Servio Social: contribuies para o debate. In Servio

    Social & Sociedade, n55. So Paulo: Cortez, 1997.

    MULLER, M.S. Normas e Padres para Teses, Dissertaes e Monografias.Londrina. Eduel, 2003.

    VANZETTO, A.A. As Concepes de famlia presentes nas Aes Scio

    Educativas de Apoio Famlia, nos municpios do Oeste do Paran. Toledo,

  • dezembro de 2004.