o sistema de segurana pblica no brasil

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS – UEA ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS SOCIAIS CURSO DE SEGURANÇA PÚBLICA E DO CIDADÃO SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA NO BRASIL

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS UEAESCOLA SUPERIOR DE CINCIAS SOCIAISCURSO DE SEGURANA PBLICA E DO CIDADO

SISTEMA DE SEGURANA PBLICA NO BRASIL

MANAUS2013ELSON PEREIRA DE FARIAS JUNIORESTEVO BARBOSA DA SILVAEVERSON MORAES CAMPOSFABIANA MARTINS DA SILVAFRANCISCO SERGIO LEO PORTELALUCIANO MARQUES DA SILVAMANOEL DOS SANTOS OLIVEIRARAMON ALVES DA SILVASTANLEY OLIVEIRA DE ARAJOTIAGO HERNANDES DA SILVA

TURMA: 02

A POLCIA CIVIL DO ESTADO DO AMAZONAS

Trabalho solicitado pelo Prof. Jos Rubens Olart Estivalet Junior, para fins avaliativos e obteno de nota na disciplina Organizao de Sistemas e Mtodos do curso de Bacharelado em Segurana Pblica e do cidado - UEA

Manaus2013SUMRIO

1 INTRODUO32 HISTRICO CONCISO DA POLCIA CIVIL DO ESTADO DO AMAZONAS42.1 Polcia Civil do Amazonas Fases histricas52.2 Fase Colonial e antecedentes A fundao52.3 Fase Imperial transformaes72.4 Fase Republicana Autonomia e carreiras tcnicas83 POLCIA CIVIL NO ESTADO DO AMAZONAS94 A POLCIA CIVIL NO ORDENAMENTO JURDICO BRASILEIRO114.1 A Polcia Civil e a Constituio cidad124.2 A Polcia Civil na Constituio do Estado do Amazonas125 A LEI DELEGADA N 87 DISPES SOBRE A POLCIA CIVIL NO ESTADO DO AMAZONAS135.1 DAS FINALIDADES E COMPETNCIAS135.2 Da Estrutura Organizacional145.3 Das competncias das unidades175.3 Das competncias dos dirigentes195.3.1 Da competncia do dirigente maior196 MISSO, VISO E VALORES216.1 Misso216.2 Viso216.3 Valores227 A POLCIA CIVIL E O RONDA NO BAIRRO227.1 AES E OPERAES INTEGRADAS227.2 AES INTEGRADAS NO COMBATE AO TRFICO DE DROGAS227.3 OPERAES INTEGRADAS238 CONCLUSO24Referncias25ANEXO I26ANEXO II30

1 INTRODUO

A AsPolcias Civisso instituies que exercem funes de polcia judiciria nasunidades federativasdoBrasil, cuja funo de acordo com o artigo 144 daConstituio Federal de1988, o exerccio dasegurana pblicapara a preservao da ordem pblica, da incolumidade das pessoas e do patrimnio.As polcias civis so subordinadas aos GovernadoresdosEstadosou doDistrito Federale Territrios e dirigidas por delegados de polcia de carreira. Ainda de acordo com o artigo 144, 4, daConstituio Federal, que especifica o papel das Polcias Civis, so funes institucionais destas, ressalvada a competncia da Unio: Apurar infraes penais, exceto as militares; O exerccio das funes depolcia judiciria.O presente estudo tem como objetivo abordar os principais aspectos relacionados Polcia Civil do Amazonas dando nfase ao seu histrico, misso e valores, as legislaes pertinentes instituio bem como destacar as funes dos diversos rgos componentes da polcia judiciria do Estado do Amazonas.

2 HISTRICO CONCISO DA POLCIA CIVIL DO ESTADO DO AMAZONAS

2.1 Polcia Civil do Amazonas Fases histricas

A histria da Polcia Civil remonta ao cenrio das transformaes administrativas e sociais ocorridas, a partir de 1808, com o advento da chegada da famlia real portuguesa ao Brasil, cujas medidas trouxeram consequncias decisivas ao desenvolvimento da polcia judiciria no Brasil, seus quadros e carreiras. Da em diante, acompanha o desenrolar do processo histrico brasileiro e amazonense, amoldando-se aos contextos do Imprio e posterior Repblica do Brasil.

2.2 Fase Colonial e antecedentes A fundao

Os escritos a seguir so uma transcrio ipsi litteris de parte do texto Histria Concisa da Polcia Civil do Amazonas do Del. Raimundo Pontes Filho.[...] Embora o Alvar dEI Rei de 25.06.1760 tenha criado a Intendncia Geral de Polcia da Corte do Reino de Portugal, a Polcia Civil somente passou a existir no Brasil a partir de 1808, aps a vinda da famlia real portuguesa, fugitiva do exrcito de Napoleo. Lembremos que nesse momento o Brasil era Colnia de Portugal. O prncipe regente, D. Joo VI, j em terras coloniais, criou a Intendncia Geral de Polcia da Corte e do Brasil por meio do Alvar rgio de 10.05.1808. dessa medida administrativa em diante que todas as polcias civis do Brasil tm seu marco histrico inicial. o embrio do que hoje chamamos de Polcia Civil, inclusive no Estado do Amazonas. Antes, em 05 de abril do mesmo ano (1808), j havia sido nomeado para o cargo de Intendente Geral de Polcia do Brasil o desembargador e ouvidor geral do crime, Paulo Fernandes Viana. Por cerca de doze anos, Fernandes Viana exerceu a direo da Intendncia Geral (at 1821), sendo por isso considerado fundador da Polcia Civil no Brasil.Com a criao da Intendncia Geral de Polcia, desativou-se o policiamento realizado pelos chamados Quadrilheiros. Criado desde 12 de setembro de 1383 pelo rei Fernando I de Portugal, esses policiais estavam encarregados da vigilncia da sociedade em geral. Eram selecionados dentre os moradores da localidade, que gozavam de confiana, e eleitos numa assembleia de juzes e vereadores para atuarem por trs anos, aps juramento prestado.No recebiam salrio, prestavam servio gratuito, mas podiam apossar-se das armas de ladres e malfeitores. A rea geogrfica na qual exerciam suas funes de inspeo era chamada de quadrilha, composta por quarteires ou quadras, da o nome quadrilheiros, os quais consistiam em grupos de policias rondantes que patrulhavam a rea. Enfim, a criao da Intendncia Geral de Polcia extinguiu a esse sistema.

Prdio da Intendncia Geral da Polcia (1808) Rio de Janeiro imagem escaneada do livro Os Fotgrafos do Imprio, de Bia e Pedro do Lago, 2009.

Primeiro Intendente Geral de Polcia da Corte e do Estado do Brasil. (Xilogravura escaneada do livro Histria da Polcia do RJ)

2.3 Fase Imperial transformaes

Nesta fase ocorreram mudanas significativas na estrutura da Polcia Civil do Amazonas. A nomeao de Francisco Teixeira Arago (1824-1827) culminou com a organizao o primeiro Corpo de Comissrios de Polcia. A Intendncia Geral de Polcia permaneceu at a promulgao do Cdigo de Processo Criminal de 29 de dezembro de 1832, o qual estabeleceu uma legislao penal e processual penal prpria do novo pas, tendo ainda reformado o sistema de policia no Brasil imperial.O Cdigo de Processo Criminal do Imprio (1932) delegou atribuies policiais aos Juzes de Paz, ocasio na qual surgiram as primeiras normas de organizao judiciria-policial, com a diviso do Brasil em Distritos, Termos e Comarcas, circunscries para aplicao da lei.No Amazonas, poca Comarca do Alto Amazonas, que integrava a Provncia do Par, a fim de dar efetividade ao Cdigo de Processo Criminal do Imprio (1832), foi escolhido, em 03/01/1834, o vereador Henrique Joo Cordeiro para funo de juiz municipal, a quem coube tambm administrar a polcia, com o ttulo de Chefe de Polcia, sendo, portanto, o primeiro a ocupar a funo. Henrique Joo Cordeiro, ex-vereador de Serpa, atual Itacoatiara, foi juiz e chefe de polcia sem ser graduado em qualquer rea. Somente a partir de 1842, conforme o art. 26 do Regulamento 120, que os delegados passam a ser nomeados dentre os bacharis formados.Com a Lei n 261, de 03 de dezembro de 1841, regulamentada pelo Decreto n 120, de 31 de janeiro de 1842, algumas disposies do Cdigo Criminal foram alteradas e criou- se, no Municpio da corte e em cada Provncia do Imprio, a figura de um Chefe de Polcia e respectivos Delegados e Subdelegados nomeados pelo Imperador ou pelos Presidentes de Provncia. Dessa maneira, o Intendente Geral foi substitudo pelo Chefe de Polcia.No tocante ao Amazonas, aps a elevao da Comarca categoria de Provncia (1850), assumiu a funo de Chefe de Polcia, a partir de 1852, o juiz de direito Manoel Gomes Correa de Miranda, pois a legislao poca estabelecia que o juiz deveria acumular a chefia de polcia e ainda os foros da Fazenda. Posteriormente, com a criao do cargo de Chefe de Polcia para a Provncia do Amazonas, por meio do Decreto rgio de 3 de fevereiro de 1854, o Imperador nomeou o bacharel Policarpo Nunes Leo, juiz de direito, para ocup-lo, o qual iniciou o efetivamente o exerccio a partir de 13 de dezembro daquele ano. Desse modo, a Provncia do Amazonas, que contava poca com cerca de 50 mil habitantes, teve como primeiro Chefe de Polcia nomeado pelo imprio o Juiz Policarpo Leo, natural da Bahia.O Chefe de Polcia nomeado para uma Provncia deveria ser auxiliado por Delegados e Subdelegados, os quais detinham poderes para expedir mandados de busca, conceder fiana, julgar crimes comuns, dentre outras atribuies atualmente exclusivas de juzes. O Chefe de Polcia era selecionado entre os desembargadores e juzes de Direito.Precursora dos atuais distintivos, o uso de faixas designativas das funes de Delegados e Subdelegados foi uma determinao estabelecida pelo Decreto n 584, de 19.02.1849, e, em 02.12.1854, pelo Decreto n 1.482, os Chefes de Polcia passaram a ter direito ao tratamento de Senhoria. Outro Decreto, o de n 1.746, datado de 16/04/1956, estabelecia a criao de uma Polcia Civil investigativa, una e indivisvel, estando todas as autoridades subordinadas ao Chefe de Polcia, escolhido dentre juzes e desembargadores.Esse sistema perdurou at a promulgao da Lei n 2.033, de 20.09.1871, norma que disps sobre a organizao judiciria no Brasil, regulamentada pelo Decreto n 4.824, de 22 de novembro desse mesmo ano, quando ocorreu a separao da Polcia em relao ao Judicirio. Polcia e Justia passaram a ser instituies distintas e com carreiras prprias, ficando o exerccio dos cargos policiais incompatvel com o de magistrado. Dessa separao entre Polcia e Judicirio resultaram certas inovaes legais, dentre elas o chamado Inqurito Policial, conforme estabelecido na citada Lei n 2.033/1871.

2.4 Fase Republicana Autonomia e carreiras tcnicas

O art. 5 do Decreto n 1, de 15 de novembro de 1889, que institui a Repblica no pas, conferiu aos estados membros autorizao para dispor de medidas para manuteno da ordem e da segurana pblica, defesa e garantia da liberdade e dos direitos dos cidados, quer nacionais, quer estrangeiros. Do mesmo modo, o art. 8 deste primeiro Decreto republicano concedeu autonomia aos estados para organizar uma guarda cvica.A partir da proclamao da Repblica, instalou-se um Governo Provisrio Republicano, que teve como uma de suas primeiras medidas a reviso do Cdigo Criminal (1890) e a reforma judiciria do pas, o que contribuiu para a reformulao dos rumos da segurana pblica do pas, como tambm das atribuies das polcias civis, agora responsabilidade outorgada aos estados membros. Nesse sentido, a Constituio de 1891 preservou e at ampliou essa autonomia conferida aos estados membros para legislar sobre a matria de segurana pblica e sobre a polcia civil. Cada Estado da recente Repblica brasileira passou, ento, a organizar sua prpria polcia.A vertiginosa expanso das principais cidades do pas, a partir de 1930, exigiu que a Polcia Civil prestasse seus servios no apenas de forma pedestre, como tambm de modo a empregar, paulatinamente, tanto o transporte animal quanto os veculos automotores.

3 POLCIA CIVIL NO ESTADO DO AMAZONAS

O Estado do Amazonas criou, em 1922, por meio da Lei n 3.052, a Polcia Judiciria de carreira. Esse o marco histrico que formalmente instituiu a Polcia Civil e suas carreiras no Amazonas. Antes disso, mantinha-se uma estrutura de Polcia Civil herdada ainda da fase imperial, contudo, j no modelo de Chefatura de Polcia, ocupada por membro oriundo do Judicirio. Em 1930, aps a revoluo que levou Getlio Vargas presidncia do pas, emergiu no cenrio poltico estadual a figura de lvaro Maia, ento interventor federal, o qual nomeou o magistrado Emiliano Stanilau Affonso, em 26 de setembro de 1931, novo titular da Chefatura de Polcia do Estado.

Edifcio da antiga Chefatura de Polcia do Amazonas, aspecto anterior reforma de 1934, situado na Rua Marechal Deodoro, no centro de Manaus.

O cargo de Chefe de Polcia foi extinto em 1970 e, em 1971, a Emenda Constitucional estadual n 03 estabeleceu a organizao da Polcia Civil com carreiras funcionais, criou o Conselho da Polcia Civil e determinou o provimento da carreira de Delegado de Polcia por Bacharel em Direito, aprovado em concurso pblico, pois at ento o provimento de cargos e das funes de policiais civis era efetuado por meio de mera nomeao e contratao pela administrao pblica.O decreto n 2.291, de 12 de maio de 1972, regulamentando as disposies da Lei n 1013, de 23 de abril de 1971, estruturou organicamente a Polcia Civil amazonense, instituindo a Delegacia Geral de Polcia e definindo suas delegacias especializadas, distritos policiais, delegacias regionais no interior, delegacias municipais e algumas divises de apoio, como a de arquivo e registros criminais e a diviso de polcia tcnico-cientfica. Fundada a Delegacia Geral, foi nomeado, com o decreto de 14 de julho de 1972, o bacharel Jos Ribamar Soares Afonso, delegado contratado para exercer, em comisso, o cargo de Delegado Geral de Polcia Civil. Eis a o primeiro Delegado Geral da Polcia Civil do Estado do Amazonas (em anexo, quadro com os perodos das gestes dos Delegados Gerais PC/AM).

O bacharel em Direito, Jos Ribamar Soares Afonso, na condio de Delegado contratado, exerceu, em comisso, pela primeira vez o cargo de Delegado Geral de Polcia Civil do Estado do Amazonas, no perodo de 14 de Julho de 1972 a15 de Junho de 1973.

O primeiro concurso pblico para cargos da Polcia Civil do Amazonas ocorreu em 1974, assentado na Lei Complementar n03 desse mesmo ano, que estabeleceu a organizao funcional da Polcia Judiciria, posteriormente regulamentada pela Lei n 1323/78. A Lei n 1.300, de 31 de outubro de 1978, reformulou as carreiras da Polcia Civil, dispondo da nova reestruturao das mesmas. Em 28 de dezembro de 1978, passa a vigorar a Lei n 1323, primeiro Estatuto do Policial Civil, tratando sobre o regime jurdico peculiar dos funcionrios da Polcia Civil do Estado do Amazonas.Em 1982, pelo intermdio da Lei complementar n 14 do mesmo ano, alterou-se a denominao do rgo para Departamento da Polcia Civil, ligado a uma Secretaria de Estado de Segurana e dirigido por um Delegado Geral, cargo a ser exercido obrigatoriamente por um bacharel em Direito, ocupante do cargo de Delegado de Polcia, da classe mais elevada, advindo, desse modo, dentre os Delegados ingressos via concurso pblico.Devido a inmeros fatores, dentre os quais desgastes de natureza poltica e funcional, em cinco de julho de 1989, a Lei n 1.910 extinguiu a Polcia Judiciria do Amazonas e, em seu lugar, criou a Superintendncia Geral de Polcia Judiciria. A nova estrutura herdou as mesmas atribuies da extinta Polcia Civil, renomeando, contudo, os cargos que passaram a ter as seguintes designaes: Intendente de Polcia Judiciria, Agentes de Polcia Judiciria e Escreventes de Polcia. A investidura nos cargos de provimento efetivo, conforme previa a lei, fez-se por concurso pblico de provas e ttulos. Inspirada no modelo francs de polcia, a turma ingressa com o certame pblico de 1989 ficou conhecida como a francesa ou a polcia francesa.Entretanto, em quatro de abril de 1991, a Lei n 2.020 reinstitui a Polcia Judiciria do Amazonas e seus cargos, transformando e rede nominando intendentes, agentes e escreventes em Delegado de Polcia, Investigador de Polcia e Escrives de Polcia, respectivamente, retomando assim as antigas denominaes e confirmando as atribuies da instituio para investigar os delitos, realizar a identificao civil e criminal e as diversas espcies de percias. Ao ser reinstitudo, conforme dispe a lei, a Polcia Civil integrou-se atividade de segurana pblica e ligou- se autonomamente a uma secretaria de Estado de segurana pblica (SESEP), que passaria a exercer a coordenao dos rgos integrantes do sistema de segurana pblica. A lei n 2020/91 estabeleceu ainda a autonomia administrativa e financeira da Polcia Civil, com dotao oramentria prpria e sob os auspcios do novo ambiente jurdico, social e institucional, de promoo dos direitos e garantias fundamentais, fomentado com a promulgao da nova Constituio Federal.

4 A POLCIA CIVIL NO ORDENAMENTO JURDICO BRASILEIRO

4.1 A Polcia Civil e a Constituio cidad

A Constituio Federal de 1988 dispe de maneira mais direta sobre a questo da segurana, a partir dos art. 5 e 6, tratando de modo mais detido, no art. 144, das polcias brasileiras, estabelecendo que s polcias civis, dirigidas por delegados de polcia de carreira, incumbem, ressalvada a competncia da Unio, as funes de polcia judiciria e a apurao de infraes penais, exceto as militares. Com isso, a Polcia Civil ganhou assento no texto constitucional e hoje dirigida por um Delegado de Polcia de carreira, bacharel em direito, escolhido e nomeado pelo Governador do Estado dentre os Delegados de classe especial.Imputando polcia civil a funo de polcia judiciria, a Constituio Federal de 1988 reconheceu que o cargo de Delegado de Polcia figura entre as carreiras da rea jurdica, tendo a Constituio do Estado do Amazonas estabelecido com maior clareza, em seu art. 155, 3, que aos Delegados de Polcia de carreira, aplica-se o princpio da isonomia, previsto no art. 241, relativo s carreiras disciplinadas no art. 135, ambos da Constituio da Repblica.

4.2 A Polcia Civil na Constituio do Estado do Amazonas

A Constituio estadual de 1989 definiu ainda as atribuies da Polcia Civil do Amazonas, instituindo-a como rgo permanente com regimento, estrutura e competncias prprias, alm de autonomia financeira e dotao oramentria, dirigida por Delegado de Polcia de ltima classe, estruturada em carreira. Em relao a isso, estabeleceu a CE/89 que as carreiras dos integrantes da Polcia Civil sero estruturadas em quadros prprios, sendo que o respectivo ingresso na mesma depender de aprovao em concurso de provas e de provas e ttulos, realizado pela Academia de Polcia Civil do Estado, com participao da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Em 2001, realizou-se certame pblico para carreiras da Polcia Civil, requerendo dos candidatos autoridade policial o requisito de possuir carteira da OAB na ocasio, o que colaborou sobremaneira para elevar o nvel de exigncia quanto prtica e experincia na carreira jurdica. Por fim, a Constituio Estadual de 1989 definiu as seguintes incumbncias Polcia Civil, ressalvada a competncia da Unio: 1) exercer funes de Polcia Judiciria e apurar as infraes penais, exceto as militares, 2) realizar percias criminais e mdico-legais, 3) realizar percias de qualquer natureza; 4) efetuar a identificao civil e criminal.

5 A LEI DELEGADA N 87 DISPES SOBRE A POLCIA CIVIL NO ESTADO DO AMAZONAS

5.1 DAS FINALIDADES E COMPETNCIAS

As finalidades e competncias da PC-AM esto definidas no captulo I da Lei Delegada n87 de 2007. Seguem abaixo os artigos da lei:Art. 1.A POLCIA CIVIL DO ESTADO DO AMAZONAS, rgo componente da Administrao Direta do Poder Executivo, integrando o Sistema de Segurana Pblica do Amazonas, com subordinao ao Governador do Estado e vinculao, para fins operacionais, Secretaria de Estado de Segurana Pblica - SSP, tem como finalidades:I -exerccio da funo de Polcia Judiciria e apurao de infraes penais, exceto as militares;II -realizao de percias criminais e mdico-legais;III -identificao civil e criminal.Art. 2.Para o cumprimento do disposto no artigo anterior, sem prejuzo de outras aes e atividades previstas em normas legais e regulamentares, compete Polcia Civil do Estado do Amazonas:I -a promoo de intercmbio policial com organizaes congneres de mbito nacional;II -a cooperao com as autoridades administrativas e policiais na aplicao de medidas legais e regulamentares;III -a colaborao com os demais rgos integrantes do Sistema de Segurana Pblica na organizao e execuo de servios policiais relacionados com a preveno e a represso da criminalidade intermunicipal e interestadual;IV -a execuo setorial das atividades relativas administrao de pessoal, material, finanas, oramento e outros servios administrativos auxiliares;V -a promoo do aprimoramento cultural e profissional dos servidores policiais e administrativos, mediante treinamento e especializao funcional;VI -a colaborao na elaborao de planos que salvaguardem a segurana em caso de calamidade pblica;VII -a execuo de outras aes e atividades concernentes sua natureza ou determinadas pelo Chefe do Poder Executivo.

5.2 Da Estrutura Organizacional

O captulo II da Lei Delegada n 87 dispe sobre a estrutura organizacional da PC-AM. Segue abaixo a transcrio dos artigos:Art. 3.Dirigida pelo Delegado Geral de Polcia, com o auxlio de um Delegado Geral Adjunto, a Polcia Civil do Estado do Amazonas tem a seguinte estrutura organizacional:I -RGOS COLEGIADOSa)Conselho Superior de Polcia CivilII -RGOS DE ASSISTNCIA E ASSESSORAMENTOa)Gabineteb)Assessoriac)Departamento Especializado em Combate s Organizaes Criminosas1.Diviso de Combate s Organizaes Criminosasd)Departamento de Atividades Policiais1.Superviso de Atividades PoliciaisIII -RGOS DE ATIVIDADES-MEIOa)Departamento de Administrao e Finanasb)Departamento de Planejamentoc)Departamento de Controle e AvaliaoIV -ORGOS DE ATIVIDADES-FIMa)Fora Especial de Resgate e Assalto - FERAb)Departamento de Polcia Metropolitana1.Diviso de Recebimento, Anlise e Distribuio de Inquritos e Termos Circunstanciados de Ocorrncia, e de Armazenamento de Material Apreendido - DRAD2.Seccionais2.1.Seccional Norte2.2.Seccional Sul2.3.Seccional Leste2.4.Seccional Oeste2.5.Seccional Centro-Oeste2.6.Seccional Centro-Sul3.Delegacias Distritais de Polcia (1. ao 30. Distrito Policial)4.Delegacias Especializadas em:4.1.Homicdios e Sequestros4.2.Roubos, Furtos e Defraudaes4.3.Roubos e Furtos de Veculos4.4.Ordem Poltica e Social4.5.Crimes Contra a Fazenda Pblica Estadual4.6.Capturas e Polcia Interestadual - Polinter4.7.Crimes Contra o Consumidor4.8.Acidentes de Trnsito4.9.Crimes Contra a Mulher4.10.Assistncia e Proteo Criana e ao Adolescente4.11.Apurao de Atos Infracionais Cometidos por Crianas e Adolescentes4.12.Crimes Contra o Idoso4.13.Crimes Contra o Meio Ambiente e Urbanismo4.14.Crimes Contra o Turista4.15.Delegacia Interativac)Departamento de Investigao sobre Narcticos1.Ncleo DENARC Norte2.Ncleo DENARC Sul3.Ncleo DENARC Leste4.Ncleo DENARC Oested)Departamento de Tecnologia da Informaoe)Departamento de Polcia Tcnico-Cientfica1.Instituto de Identificao "Aderson Conceio de Melo"2.Instituto de Criminalstica3.Instituto Mdico-Legal "Dr. Antnio Hosannah da Silva Filho"f)Departamento de Polcia do Interior1.Delegacia Especializada em Preveno e Represso aos Crimes Praticados nas reas Porturias e Fluviais2.Delegacias Interativas de Polcia:2.1.Manacapuru2.2.Itacoatiara2.3.Coari2.4.Parintins2.5.Tabatinga2.6.Tef2.7.Lbrea2.8.Eirunep2.9.Humait2.10.So Gabriel da Cachoeira3.Delegacias Interativas de Polcia, em nmero de 51 (cinquenta e um), localizadas nos demais Municpios amazonenses (31. ao 81. DIP's).4.Delegacias Especializadas englobando as aes relativas a Crimes Contra a Mulher, Proteo Criana e ao Adolescente, Apurao de Atos Infracionais e Crimes Contra Idosos, localizadas nos Municpios de:4.1.Manacapuru4.2.Itacoatiara4.3.Coari4.4.Parintins4.5.Tabatinga4.6.Tef4.7.Lbrea4.8.Eirunep4.9.Humait4.10.So Gabriel da Cachoeira 1.Os cargos de Delegado Geral e de Delegado Geral Adjunto so privativos de Delegado do Quadro de Pessoal da Polcia Civil do Estado do Amazonas, na forma do disposto noartigo 2., 1.e2. da Lei n. 2271, de 10 de janeiro de 1.994. 2.O Conselho Superior de Polcia Civil e a Fora Especial de Resgate e Assalto - FERA tm suas composies, competncias e formas de funcionamento disciplinadas em atos especficos, conforme o disposto na legislao aplicvel.

5.3 Das competncias das unidades

O captulo III da referida Lei traz as competncias das mais diversas unidades da Polcia Civil do Amazonas.Art. 4.As unidades integrantes da estrutura organizacional da Polcia Civil do Estado do Amazonas tm as seguintes competncias, sem prejuzo de outras aes e atividades previstas no seu Regimento Interno:I - GABINETE -programao, coordenao, superviso e execuo das atividades de representao poltica, administrativa e social do Delegado Geral e do Delegado Geral Adjunto;II - ASSESSORIA -assistncia ao Delegado Geral, ao Delegado Geral Adjunto e aos Chefes de Departamento em assuntos tcnicos e administrativos; assessoramento aos gestores principais do rgo em matria jurdica, por meio de orientao ou mediante emisso de pareceres ou elaborao de outros documentos, em processos ou procedimentos pertinentes s finalidades e competncias da Polcia Civil, com vistas ao controle prvio da conformidade lei dos atos a serem praticados;III - DEPARTAMENTO ESPECIALIZADO EM COMBATE S ORGANIZAES CRIMINOSAS -coordenao, gerenciamento e controle das informaes fornecidas pela Diviso de Combate s Organizaes Criminosas e das Delegacias; elaborao de planos e avaliao de medidas de segurana, decorrente da anlise estatstica policial de dados e realizao de estudos sigilosos ou no, para fins operacionais das informaes recebidas;IV - DEPARTAMENTO DE ATIVIDADES POLICIAIS -coordenao, assessoramento e gerenciamento do servio de superviso da atividade policial, no concernente a representao operacional e administrativa, alm da superviso dos servios advindos das Delegacias Distritais e Especializadas, tanto na capital quanto no interior do Estado, inclusive com prerrogativas para acompanhar os procedimentos policiais sempre que necessrio;V - DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAO E FINANAS -superviso, coordenao e execuo, no mbito do rgo, das atividades pertinentes a pessoal, material, patrimnio, oramento, contabilidade, finanas, informtica e servios gerais, em consonncia com as diretrizes emanadas dos respectivos rgos centrais do Poder Executivo;VI - DEPARTAMENTO DE PLANEJAMENTO -coordenao do planejamento organizacional da Polcia Civil, por meio da elaborao e acompanhamento de programas e projetos de interesse da Instituio e do Sistema de Segurana Pblica; implementao de medidas para otimizar e potencializar os recursos existentes no rgo; orientao dos esforos em busca da melhoria do desempenho da atividade policial e o gerenciamento da apurao, processamento e anlise de banco de dados estatsticos da Polcia Civil;VII - DEPARTAMENTO DE CONTROLE E AVALIAO -avaliao e acompanhamento psicolgico, social, mdico e profissional dos servidores da Polcia Civil; elaborao de planos e metas que tornem eficazes a avaliao, o acompanhamento e o controle da atuao dos servidores da Policia Civil, visando valorizao e otimizao dos recursos humanos, das relaes interpessoais, garantindo melhor qualidade dos servios prestados, bem como a melhoria do atendimento sociedade, estabelecendo qualidade de vida e bem-estar social;

VIII - DEPARTAMENTO DE POLCIA METROPOLITANA -superviso, coordenao e controle das atividades policiais desenvolvidas na Capital do Estado, pelos organismos policiais distritais e especializados que lhe so subordinados;IX - DEPARTAMENTO DE INVESTIGAO SOBRE NARCTICOS -coordenao e atuao na preveno e represso dos crimes de trfico ilcito e uso indevido de substncias entorpecentes que determinem dependncia fsica ou psquica ou de matrias primas ou plantas destinadas a sua preparao; apurao dos desvios, furtos ou roubos de substncias entorpecentes ou que determinem dependncia fsica ou psquica e na destruio das plantas nativas ou cultivas que sirvam para a produo de substncias entorpecentes ou que determinem dependncia fsica ou psquica, bem como a troca de informaes com as demais autoridades policiais do Pas, com rgos administrativos federais e estaduais; fiscalizao e controle do emprego e do uso clnico regular de tais substncias;X - DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA DA INFORMAO -coordenao e articulao da implantao de banco de dados, visando s aes unificadas e integradas eletronicamente, sistematizando e disseminando a troca de informaes internas na Polcia Civil, e da Instituio com outros rgos da Administrao Pblica; administrao e controle das informaes tecnolgicas de dados na rea da informao, internet, intranet, website, dando suporte, coordenando e dirigindo as gerncias de informtica, comunicao e estatstica, subsidiando a administrao a alimentao de dados destes setores;XI - DEPARTAMENTO DE POLCIA TCNICO-CIENTFICA -superviso, coordenao e controle da execuo de tarefas especficas das unidades que o integram; elaborao de planos e programas nos campos da Criminalstica, Identificao, Medicina Legal, de DNA Forense, de Toxicologia Forense e de Anatopatologia Forense, a serem observados pelos organismos subordinados;XII - DEPARTAMENTO DE POLCIA DO INTERIOR -superviso, coordenao e controle das atividades e aes de Polcia Judiciria nos Municpios do Interior do Estado;

5.3 Das competncias dos dirigentes

5.3.1 Da competncia do dirigente maior

O Delegado-Geral o dirigente maior da Polcia Civil e por esse motivo possui responsabilidades, deveres, direitos, garantias, prerrogativas e remunerao de Secretrio de Estado.De acordo com a Lei Delegada n87 compete ao Delegado-Geral:Pargrafo nico.Compete ainda ao Delegado Geral de Polcia, formalizao de proposta ao Chefe do Poder para a criao de outras Delegacias Especializadas ou Regionais em decorrncia da necessidade, do aumento da populao, do ndice de criminalidade, do ndice econmico e de sua localizao geogrfica.Os artigos 16 a 18 da Lei Delegada n67, que dispe sobre a estrutura administrativa e funcionamento do poder Executivo, acrescenta outras funes do Delegado Geral relacionadas a sua prerrogativa de Secretrio de Estado. So elas:Art. 16.Aos Secretrios de Estado compete:I -o exerccio das atribuies estabelecidas noartigo 58, 2., da Constituio Estadual;II -exercer, mediante avaliao peridica, a superviso das entidades da Administrao Indireta vinculadas Pasta, com vistas observncia dos princpios constantes doartigo 26, 2., incisos I a IV, desta Lei.Art. 17.Constituem competncias comuns aos Secretrios de Estado, aos demais Dirigentes de rgos da Administrao Direta e aos Presidentes de entidades da Administrao Indireta:I -instituir o Plano Anual de Trabalho do rgo ou entidade, estabelecendo as diretrizes para a Proposta Oramentria do exerccio seguinte;II -subsidiar a elaborao do Plano Plurianual e da Proposta Oramentria Anual do setor, observadas as diretrizes e orientaes governamentais;III -ordenar as despesas do organismo, podendo delegar tal atribuio por meio de ato especfico;IV -deliberar sobre assuntos da rea administrativa e de gesto econmico-financeira no mbito do rgo ou entidade;V- propor aos rgos competentes a alienao de bens patrimoniais e de material inservvel sob a administrao do organismo;VI -assinar, com vistas consecuo dos objetivos do rgo ou da entidade, e respeitada a legislao aplicvel, convnios, contratos e demais ajustes com pessoas fsicas ou jurdicas, nacionais ou estrangeiras;VII -indicar ao Governador as nomeaes, na forma da Lei, para cargos de provimento em comisso do organismo, ou de seus substitutos, nas hipteses de impedimentos ou afastamentos legais dos titulares;VIII -julgar os recursos administrativos contra os atos de seus subordinados;IX -sugerir ao Governador alteraes na legislao estadual pertinente ao rgo ou entidade;X -aprovar:a)atravs da edio de ato prprio:1.o Regimento Interno do organismo, observado o disposto noartigo 21desta Lei;2.a lotao interna dos servidores;3.a escala de frias dos servidores;b)a indicao de servidor para viagens a servio e participao em encontros de intercmbio, como parte do programa de capacitao e desenvolvimento de recursos humanos do organismo;c)o Relatrio Anual de Atividades do rgo ou entidadeXI -executar outras aes e atividades e praticar outros atos, em cumprimento a normas legais e regulamentares ou em razo da competncia do rgo ou entidade.Art. 18.Constituem competncias comuns aos Secretrios Executivos e Diretores de Autarquias e Fundaes:I -substituir automaticamente o Secretrio de Estado ou o Presidente da entidade, em seus impedimentos e afastamentos legais, ou por indicao do Titular, em ato prprio, no caso de existncia de mais de um cargo no organismo;II -auxiliar diretamente o Secretrio de Estado ou o Presidente da entidade no desempenho de suas atribuies, atravs da superviso geral das atividades do organismo e da coordenao e controle das aes e atividades-fim e meio, conforme sua rea de atuao;III -executar outras aes e atividades que lhes sejam determinadas ou delegadas pelo Secretrio de Estado ou pelo Presidente da entidade.

6 MISSO, VISO E VALORES

6.1 Misso

Integrar o sistema de segurana pblica e justia criminal, exercendo o papel de polcia judiciria, esclarecendo a autoria, materialidade, motivo e circunstncia de crimes, por meio da investigao criminal cientfica.

6.2 Viso

Ser reconhecida como rgo essencial para a construo das polticas de segurana pblica atuando na represso qualificada e na mediao de conflitos.

6.3 Valores

Compromisso com o interesse pblico; Respeito sociedade;tica nas relaes internas e externas; Valorizao e qualificao profissional;Eficincia, qualidade, imparcialidade, transparncia e efetividade dos servios.

7 A POLCIA CIVIL E O RONDA NO BAIRRO

7.1 AES E OPERAES INTEGRADASSabe-se que o ciclo completo de polcia s existe com o trabalho das duas polcias (Polcia Civil e Polcia Militar). Logo, a integrao entre as polcias deve ser um objetivo constante para o Sistema de Segurana Pblica.Alm da troca de informaes colhidas atravs de suas inteligncias, visitas comunitrias e visitas solidria, as aes e operaes devem ser integradas, reunindo esforos na preveno e represso qualificada do delito.

7.2 AES INTEGRADAS NO COMBATE AO TRFICO DE DROGAS

Quando a Polcia Militar tomar conhecimento de uma rea de trfico de drogas (Boca de Fumo), esta dever repassar a informao imediatamente Polcia Civil, que dever fazer a investigao.Contudo, nem sempre a investigao imediata, logo, cabe polcia militarminimizar o problema atravs de incurses fazendo revista em suspeitos, e presenaconstante nestas localidades, visando priso em flagrante do traficante ou impedir a venda no local, trazendo segurana comunidade.Cabe ressaltar que o policial militar no far investigao para estas aes. As informaes necessrias para as incurses j estaro contidas na ordem de servio ou de operaes. Nas investigaes da Polcia Civil, a Polcia Militar atua como suporte, preservando a integridade dos policiais civis. Para isso, deve haver comunicao entre as polcias para qualquer apoio imediato. Sabe-se que muitas vezes a priso ocorre na flagrncia, logo uma equipe policial militar deve sempre estar atrelada a uma equipe de investigao para apoiomtuo nas prises.Quando uma rea de trfico for desarticulada, sempre que possvel o comandante da unidade deve escalar no local policiamento permanente, visando manuteno do estado antidelitual at que aquela rea deixe de ser referncia para usurios de drogas. Esta ao mostra-se bastante eficaz, pois inviabiliza o surgimento de novos traficantes na localidade.

7.3 OPERAES INTEGRADAS

Nas reunies integradas, comandantes e delegados devem estabelecer asprioridades de suas reas e desencadear operaes visando reduo dos problemas mais evidenciados na comunidade.Caso exista problema em casas de show e bares, as operaes devem serarticuladas com os rgos responsveis para fiscalizao destes estabelecimentos. A operao de fiscalizao ser executada em comboio, integrando a ele a Polcia Militar, Polcia Civil e outros rgos demandados.

8 CONCLUSO

O conhecimento sobre como funciona a Polcia Civil do Amazonas essencial para os futuros oficiais da Policia Militar tendo em vista que sua convivncia com os agentes desse rgo do sistema de segurana pblica crucial para o bom funcionamento de todo o mecanismo policial.O foco precpuo deste breve estudo foi buscar entender como est disposta toda a estrutura organizacional da Polcia Judiciria do Amazonas, o funcionamento das suas unidades, a atribuio de seus dirigentes bem como compreender em qual contexto histrico surgiu to renomada instituio.

Referncias

AMAZONAS, Secretaria de Estado de Segurana Pblica. Manual do Gestor e Operador Ronda no Bairro Gestor e Operador Ronda no Bairro. Manaus: Governo do Estado do Amazonas, Secretaria de Estado de Segurana Pblica, 2011.

BRASIL. Constituio Federal (1988). Braslia, DF: Senado, 1988. - Cdigo. BRASILPONTES FILHO, Raimundo P. Histria do Amazonas. Manaus:editora cultural da Amaznia, 2011.

Livros 2, 4, 5, 9, 13 da antiga GUARDA CIVIL do Estado do Amazonas. Acervo do Setor de Registro da Gerncia de Pessoal da Delegacia Geral de Polcia do Estado do Amazonas.

Livros 3, 5, 6, 7, 8 do antigo CORPO DE SEGURANA PBLICA do Estado do Amazonas. Acervo do Setor de Registro da Gerncia de Pessoal da Delegacia Geral de Polcia do Estado do Amazonas.

ANEXO I

Entrevista com Sr. Rubens Estivalete Jnior[footnoteRef:1] [1: Diretor do Campos de Ensino V IESP. Policial civil Investigador.]

1)Qual o papel da Polcia Civil no mbito da Segurana Pblica no Estado do Amazonas?

De acordo com a Constituio Federal em seu artigo 144 e legislao especfica junto a Constituio Estadual, a polcia Civil trabalha com trs eixos: O primeiro eixo a questo da persecuo criminal, onde vai dar todo o embasamento, no que tange a parte do processo legal do inqurito policial que ser remetido a justia e junto a esta parte se faz necessrio algumas tarefas inerentes a identificao civil, identificao criminal e os laudos que seriam a questo da materialidade. J o segundo eixo seria a parte da identificao civil e identificao criminal por parte do cidado infrator e a identificao civil por parte de qualquer cidado, onde precisa de identidade; e junto aos instituto mdico legal e instituto de identificao e criminalista so expedidos os laudos onde busca-se a materialidade, justamente, para dar embasamento a ao penal junto a justia.2)Na Polcia Civil h hierarquia, como se d essa organizao?

Possui sim. A Polcia Civil de acordo com a Lei Delegada 79, esta que dispe sobre a Secretaria de Segurana Pblica, ela considerada um rgo operacional junto ao sistema de Segurana Pblica ento dentro da hierarquia do Delegado Geral e do Delegado Geral Adjunto ele est subordinado apenas operacionalmente a Secretaria de Segurana Pblica, administrativamente, financeira e oramentria est subordinada direto ao Governador porque faz parte da Administrao direta do Poder Executivo.Quanto a parte do ingresso se d atravs de concurso Pblico de provas e provas e ttulos e por sua vez ns possumos dois quadros de servidores dentro da Polcia Civil: um quadro policial e o administrativo. Vou me restringir somente ao quadro policial, onde ns temos os cargos de delegado de Polcia, escrives e investigadores de polcia e os peritos que se dividem em 5 quadros :os peritos papiloscopistas, criminais, peritos legistas e os peritos odonto legistas e todos eles comeam na quarta classe e vo subindo as suas classes at chegar na classe especial. Ento o delegado comea na quarta classe, que a classe inicial, so feitas comisses a cada 2 anos para promoo e existe alguns pr- requisitos para que essas pessoas galguem as classes acima se chegando at delegado especial, s pode ser ocupado o cargo de Delegado Geral aquele que est na classe de delegado especial.

3)Qual a relao que a Polcia civil tem com a Polcia Militar?

A nova dinmica que est a frente, hoje, da Secretaria Segurana Pblica foi criado atravs de uma legislao especfica a Secretaria do Rondas no Bairros, mas antes desta Secretaria o plano de revitalizao da Segurana Pblica na poca da gesto de Francisco S Cavalcante foram feitas a questo da integrao das atividades junto as delegacias e Cicom's posteriormente veio o programa Ronda nos Bairros, de governo do ento Governador Omar Azizi no qual esse trabalho se d, justamente, dentro das competncias institucionais de acordo com a Constituio ento a Polcia Militar fazendo um trabalho ostensivo e muitas vezes dentro das suas especificidades, um trabalho repressivo e a Polcia Judiciria ou a Polcia Civil como ela chamada fazendo esse trabalho justamente, de persecuo criminal atravs de instaurao, uma polcia investigativa, uma polcia tcnica, cientfica afim de dar embasamento a uma ao penal junto a justia.O trabalho hoje feito junto aos DIP's onde ns temos um delegado titular e 4 delegados plantonistas e no mesmo ambiente, logicamente em instalaes fsicas distintas ns temos hoje, as CICOM'S Companhias Interativas Comunitrias, que so comandadas por Majores.

4)O que o senhor enxerga como necessidade do policial civil atualmente?Dentro das necessidades todos ns queremos melhorias.Ento a Polcia Civil hoje devido a questo dos grandes eventos ela criou uma comisso de capacitao, onde est trabalhando de forma linear junto com o IESP nas aes para capacitao do policial para trabalhar nos grandes eventos e para isso temos algumas aes no que tange a convnios de aquisio de novos equipamentos junto ao governo Federal, ento est sendo implantado o Departamento de Operaes Areas, quem est a frente o Delegado Artur Lira e o Delegado Simbal j esto na fase de licitao, aquisio de aeronaves para que seja colocado a disposio no trabalho em sociedade. As perspectivas para o policial que as instalaes fsicas das delegacias, as viaturas e o prprio material blico que utilizado seja a contento justamente para enfrentamento a criminalidade no Estado do Amazonas.

5)Algo que muito importante tambm na escolha do trabalho a remunerao. Na Polcia Civil, no que tange a remunerao, o soldo acrescido caso o policial civil comprove algum aprimoramento?Certo o encarreiramento na Polcia Civil dentro da nossa lei, a 2.271 de 1994 ela em seu artigo 201, reza algumas gratificaes de curso s que antes de falar das gratificaes de curso eu vou falar de como composto um salrio de um policial civil, no diferente do bombeiro militar e do policial militar ns temos um vencimento bsico que na nomenclatura de vocs chamado soldo e ns temos uma gratificao que em vez de ser chamada de gratificao de tropa chamada, gratificao do exerccio policial, GEP, ento conforme as classes que voc vai ascendendo em sua carreira policial existem escalonamentos de 10%, ento se voc pegar um delegado de classe especial como exemplo, se ele ganhar R$15.000 juntando o vencimento bsico junto com a GEP, o de primeira classe ele vai ter 10% a menos no salrio ento exite essa diferena entre as classes, esse foi um ganho que tivemos recentemente no governo de Eduardo Braga e posteriormente no de Omar Aziz, e j nesta gesto o ganho foi de algumas gratificaes de funo que aumentaram os escalonamentos ento dependendo da carga horria o policial civil ganha percentuais em cima do vencimento bruto, pra citar como exemplo o curso do ronda nos bairros, que tem uma carga horria de 180h ele qualifica o policial a receber uma gratificao que, leva inclusive para a aposentadoria, de 10% , j nas questes de especializaes de lato sensu e estrito sensu, isto especializao, mestrado e doutorado h o escalonamento de 15%, 20% e 35%. Bom entra tambm a questo de no ser aceita qualquer especializao, tem que ser voltado para a atividade de polcia civil.Caso eu tenha uma especializao em processo penal e em penal e se entro na polcia hoje eu j tenho direito as gratificaes? No, pois deve ser feita j no exerccio do cargo. Hoje grande parte dos policias j galgaram essa questo da especializao levando 25% em cima do bruto e em parceria com UEA e IESP, J lanou dois editais de turmas de mestrado, onde j se formaram policiais civis. Algumas equivalncias so feitas somente para os cargos peritos e delegados, quando eles fazem escola superior de polcia, como existe para o policial militar, eles geralmente vo ou pra Bahia ou pra Minas Gerais e l ficam por dois anos ao retornarem e j existe a jurisprudncia que faz essa equivalncia para obterem a gratificao de doutorado.AGRADECIMENTO.

ANEXO II

ORGANOGRAMA DA POLCIA CIVIL DO ESTADO DO AMAZONAS