o sistema de pagamento bitcoin no mundo -...

O Sistema de Pagamento Bitcoin

no Mundo

Projeto FEUP 2015/2016 - 1º Semestre

Mestrado Integrado em Engenharia Industrial e Gestão

Supervisor: Dulce Soares Lopes

Monitor: Mafalda Monteiro

Autores (Turma 3, Equipa 1):

Francisco Sampaio [email protected]

Joana Santos [email protected]

Joana Teixeira [email protected]

João Soares [email protected]

Rui Oliveira [email protected]

mailto:[email protected]





2 O Sistema de Pagamento Bitcoin no Mundo

Resumo

O presente relatório tem como objetivo informar relativamente às transações através de

Bitcoins a nível mundial. Em primeiro lugar, aborda a questão do aparecimento e disseminação

deste método de pagamento. Posteriormente, apresenta a sua caracterização e o ponto de situação

atual, analisando as flutuações do valor de mercado, a sua segurança e legalidade consoante o

país. Por fim, baseando-se em artigos de revistas online, apresenta as perspetivas de futuro,

desafios e riscos da moeda.

A Bitcoin é um sistema de pagamento eletrónico que se tornou disponível por

volta de 2009. Esta moeda difere largamente de outras, seja devido à criptografia em que está

alicerçada, ao meticuloso sistema de verificação de transações, à revolucionária atividade de

mining ou ao facto de não ter uma entidade central e reguladora.

Tudo se deve, contudo, a Satoshi Nakamoto, a mente responsável pela conceção

do sistema. De identidade desconhecida, presume-se que o nome não passe de um pseudónimo

criado para ocultar mais facilmente a pessoa (ou pessoas) por detrás de tudo. Três indivíduos

sobressaem, todavia, neste intrincado quebra-cabeças: Nick Szabo, criador do sistema bit gold,

cuja arquitetura é precursora da da moeda Bitcoin, Michael Clear, um licenciado em criptografia

numa universidade irlandesa, e Jed McCaleb, fundador da infame empresa de câmbio Mt. Gox,

agora encerrada. Ainda assim, os três negaram ser Nakamoto.

A Bitcoin é caracterizada pela sua descentralização e arquitetura criptográfica

porque não é gerida por nenhum órgão específico a não ser a rede em si e os seus utilizadores

(sistema Peer-to-Peer), e porque obedece a um algoritmo criptográfico para poderem ser

completadas as transações. Este algoritmo criptográfico baseia-se em funções do tipo-hash

criptográficas, ou seja, funções consideradas quase impossíveis de inverter, em que, a partir do

output produzido, seja, à partida, impossível deduzir qualquer informação sobre o conteúdo

introduzido. O sistema utiliza estas funções para todo o tipo de processos, seja em assinaturas

digitais, verificações de legitimidade das transações, construção de provas de trabalho.

Porém, toda esta segurança torna-se, ocasionalmente, penalizadora. Por exemplo,

a anonímia que traz pode fomentar atividades criminosas e levar à ilegalização da moeda, como

já sucedeu em alguns países. Sendo assim, o processo de aceitação do sistema de pagamento pelas

autoridades torna-se abrasivo. Em adição, a aceitação por um governo não depende unicamente

disso. Fatores como a disponibilidade de lojas para a aceitarem como forma de pagamento,

instabilidade do valor comercial da moeda e popularidade entre a população revelam-se muito

importantes.

Finalmente, os riscos e consequências que a Bitcoin alberga são alarmantes. A

fiabilidade limitada é, indubitavelmente, o maior dos males, embora problemas mais recentes,

como o inesperado impacto no ambiente, proveniente da atividade de mining que requer consome


vastamente recursos energéticos, trazem promessas menos frutíferas.

O potencial da Bitcoin é imenso, se todos os seus problemas forem solucionados

devida e atempadamente, de forma a garantir a sua adequação ao comércio a uma escala global.

Palavras-Chave

A. Assinaturas Digitais

B. Bitcoin

C. Block Chain

D. Bolsa

E. Economia

F. Fiabilidade

G. Flutuações de Mercado

H. Funções Tipo-Hash Criptográficas

I. Investimento

J. Legalidade

K. Mercado Global

L. Mineiros

M. Online

N. Proof-of-Work

O. Risco

P. Satoshi Nakamoto

Q. Tecnologia

R. Transação

S. Valor Comercial

T. Virtual


Agradecimentos

A realização deste trabalho contou com importantes incentivos e apoios essenciais sem

os quais o grupo não conseguiria finalizar o trabalho proposto no âmbito da unidade curricular

Projeto FEUP. Deste modo, a gratidão dos elementos do grupo dirige-se não só aos coordenadores

que monitorizaram as atividades e as aulas destinadas à preparação dos alunos para o grande

desafio que lhes foi imposto, mas também a todos os professores que se disponibilizaram para

ajudar, orientando os estudantes.

À monitora Mafalda Monteiro, um especial obrigado por todo o empenho, esclarecimento

e paciência que teve com o grupo, revelando-se sempre disposta a auxiliar, contactando

diretamente com os membros do grupo e com o desenvolvimento do trabalho.

Aos regentes da unidade curricular, Armando Jorge Miranda de Sousa, Dulce Soares

Lopes, Luís Guimarães, Manuel Firmino da Silva Torres e Sara Maria Pinho Ferreira, os sinceros

agradecimentos por darem aos alunos do 1º ano da Faculdade de Engenharia a possibilidade de

se integrarem no seu novo ambiente, integração esta facilitada pela proposta de realização deste

trabalho de grupo que abriu as portas à facilidade em conhecer os novos colegas de curso e em

criar novas amizades.

Por último, aos professores que discursaram nas palestras ao longo da semana “FEUP

Orienta-te!”, os membros do grupo dirigem um obrigado, uma vez que as palestras foram muito

importantes para a orientação e para o esclarecimento dos alunos.

Em conclusão, o grupo deixa apenas algumas palavras, porém um sentido de profundo

sentimento de reconhecido agradecimento.


Conteúdos

Resumo .......................................................................................................................................... 2

Palavras-Chave .......................................................................................................................... 3

Agradecimentos ............................................................................................................................. 4

Tabela de Figuras .......................................................................................................................... 6

1. Introdução ................................................................................................................................. 8

2. A Bitcoin no mundo .................................................................................................................. 9

2.1 Satoshi Nakamoto ............................................................................................................... 9

2.2 Caracterização do processo ............................................................................................... 11

Principais conceitos ............................................................................................................. 11

Funções Tipo Hash Criptográficas (FHC) .......................................................................... 12

Assinaturas Digitais............................................................................................................. 12

2.3 Legalidade ......................................................................................................................... 15

2.4 Utilização no mundo ......................................................................................................... 17

Conversão e Valor Comercial das Bitcoins ......................................................................... 18

2.5 Riscos das Bitcoins ............................................................................................................ 19

Investir em Bitcoins ............................................................................................................. 19

Impacto da produção de Bitcoins no ambiente ................................................................... 20

Prós e Contras ..................................................................................................................... 21

4. Conclusões .............................................................................................................................. 22

Bibliografia ................................................................................................................................. 23


Tabela de Figuras

Figura 1 - Uso das Assinaturas Digitais no Sistema Bitcoin ....................................................... 13

Figura 2 - Legalidade da moeda Bitcoin no mundo .................................................................... 15

Figura 3 – Ranking da potencialidade dos países do mundo para a adoção das Bitcoins ........... 17

Figura 4 - Preço de mercado da Bitcoin em dólares americanos (BTC - USD) .......................... 18


Glossário

Block Chain – Registo seletivo e encriptado do histórico de transações efetuadas na rede e detalhes

sobre elas, sendo elaborado, pelos miners e a partir dele, uma prova de trabalho (Proof-

of-Work).

Deep Web – É o conteúdo da World Wide Web que não faz parte da Surface Web, a qual é indexada

e cuja informação é selecionada pelos mecanismos de busca padrão.

Digital Signature (Assinatura Digital) - É, pura e simplesmente, a alternativa eletrónica a uma

assinatura física. Através do uso de uma chave pública de verificação e de uma chave privada de

assinatura, um utilizador pode vincular a sua identidade ao conteúdo da mensagem a ser enviada

ou verificar a veracidade de uma transação.

Função Tipo Hash Criptográfica - Função algorítmica tipo-hash considerada quase impossível de

inverter, ou seja, onde, a partir do output produzido, seja virtualmente impossível deduzir

qualquer informação sobre o conteúdo introduzido. O input é, normalmente, chamado mensagem

e o valor hash de digest.

Funções Tipo Hash – Funções algorítmicas onde uma qualquer entrada de dimensão arbitrária é

convertida numa saída de dimensão fixa.

Miners – São os indivíduos responsáveis pela elaboração e verificação das transações de Bitcoins,

vêem o seu esforço computacional recompensado através de “impostos” efetuados

Peer-to-Peer (Par-a-Par, Ponto-a-Ponto) - Arquitetura de redes de computadores onde os nós da

rede funcionam tanto como utilizador ou como servidor, compartilhando informação e serviços

sem a necessidade de uma entidade central.

Proof-of-Work (Prova de Trabalho) - Tem o papel de uma fatura nas transações de Bitcoins, sendo

compilada pelos miners com base nos dados da transação e numa parte do histórico de transações

efetuadas na rede Bitcoin.

Proxy – Servidor intermediário para solicitações de recursos de outros servidores por

Resistência à Colisão – Probabilidade naturalmente reduzida de uma função produzir o mesmo

digest para duas mensagens.


1. Introdução

Este relatório, realizado no âmbito da unidade curricular Projeto Feup, tem como objetivo

explorar o impacto da moeda virtual Bitcoin na sociedade global cada vez mais tecnológica e

avançada.

Atualmente, com um sistema bancário cada vez menos credível e apoiado pelo cidadão

comum, surge o ambiente perfeito para o aparecimento e aumento gradual da utilização da Bitcoin

no mercado global. Esta moeda combina duas características cruciais que a tornam extremamente

tentadora para quem procura fugir ao controlo fiscal: é descentralizada e relativamente privada.

Contudo, estes dois fatores são, também, o seu maior perigo para a sociedade, uma vez facilita as

atividades ilegais. Assim, devem ser feitos esforços por todos, utilizadores e autoridades, para que

uma moeda perfeita na teoria também o seja na prática.


2. A Bitcoin no mundo

2.1 Satoshi Nakamoto

Um Sistema criptográfico para pagamentos indetetáveis foi descrito pela primeira vez por

David Chaum em 1982. Em 1990, Chaum expandiu-o de forma a criar o primeiro sistema de

pagamento eletrónico criptografado, que ficou conhecido como ecash. Em 1998, Wei Dai

publicou uma descrição de um sistema de pagamento eletrónico. Pela mesma altura, Nick Szabo

criou uma nova criptomoeda que, como a Bitcoin,, era uma moeda em que os utilizadores

competiam para resolver funções Proof-of-Work, com as soluções sendo criptograficamente

encadeadas e publicadas.

Em 2008, Satoshi Nakamoto publicou um artigo na lista The Cryptography Mailing do

website metzdowd.com, descrevendo o protocolo Bitcoin como sendo abstrato, isto é, é um

sistema de pagamento virtual baseado unicamente nas transações per-to-per e no qual não

intervém nenhuma instituição financeira. Assim, os sistemas de pagamento digitais são úteis ,

porém não permitem ao utilizador usufruir de todas as vantagens que os sistemas podem oferecer

se houver uma terceira entidade a regular e a limitar as transações e, por esse motivo, as Bitcoins

constituem uma solução para esse problema.

A rede Bitcoin nasceu em 3 de Janeiro de 2009 com a estreia do primeiro cliente do

sistema, o wxBitcoin, e a produção das primeiras moedas. Um ano depois, as taxas de câmbio

iniciais foram definidas por membros dos fóruns “bitcointalk”. Em 2011,

Wikileaks, Freenet, Singularity Institute, Internet Archive, Free Software Foundation, entre

outras plataformas de comunicação, começaram a aceitar doações em Bitcoins. No ano seguinte,

Nakamoto inaugurou o software Bitcoin e lançou as primeiras 50 bitcoins, sendo a primeira

transação, em 2013, a compra de uma piza que hoje valeria milhões de euros.

Contudo, já em fins de 2010, o criador deste sistema de pagamento começou a tornar-se

cada vez menos ativo e, sempre que trabalhava, tinha o cuidado de esconder a identidade dos

colegas até, eventualmente, desaparecer definitivamente. Desde então, várias tentativas foram

feitas no âmbito de identificá-lo. Embora uma parte considerável da população pense que este

cidadão é japonês ou de origem asiática (dedução originária do seu nome) este não passará de um

pseudónimo, hipótese reforçada pelo inglês perfeito com que escrevia os seus artigos e

comunicava com o mundo exterior. Efetivamente, nem se sabe se será um homem ou uma mulher,

uma pessoa ou um grupo. Das diversas pesquisas já efetuadas, três candidatos sobressaem como

mais aceites pela comunidade.

Skye Grey, investigador, crê que o verdadeiro Nakamoto é Nick Szabo. Em primeiro

lugar, Szabo desenvolveu o sistema bit gold, um precursor direto da arquitetura do sistema

Bitcoin, por outro lado, a sua escrita demonstra semelhanças no registo e a sua reação à nova

moeda foi entusiástica, visto ter passado quase uma década a trabalhar em criptomoedas. Porém,

Szabo negou ser Nakamoto.

Joshua Davis, um repórter do The New Yorker, publicou um artigo de investigação que

defendia a sua opinião de que Michael Clear, um licenciado em criptografia no Trinity College

na Irelanda,podia ser o autor original das bitcoins.

O terceiro suspeito é Jed McCaleb, criador da empresa de câmbio problemática Mt. Gox.

Desde o encerramento de Mt. Gox, Michael mudou-se e fundou, em parceria, o sistema de câmbio

descentralizado Ripple. Pensa-se que a sua estadia em Tóquio possa tê-lo levado a adotar um

pseudónimo. Ainda assim, Jed McCaleb negou, igualmente, as acusações. O seu misterioso


desaparecimento pode ser um evento banal, isto é, Jed McCaleb pode ter sido alguém que

simplesmente decidiu mudar de projeto ou que se tenha sentido receoso com a atenção que as

autoridades e as organizações criminosas estavam a seguir o progresso do sistema.

Em suma, independentemente de quem Satoshi Nakamoto verdadeiramente seja, o seu

legado transborda de genialidade e inovação, um sistema de pagamento revolucionário cujo

funcionamento será discutido nas restantes páginas.


2.2 Caracterização do processo

Principais conceitos

Bitcoin é um sistema de pagamento eletrónico, isto é, um a veículo de transação para

quaisquer duas partes através da internet que se baseia numa cripto-moeda digital descentralizada,

como já foi referido anteriormente neste relatório.

É uma moeda descentralizada, uma vez que não é gerida por nenhum órgão específico

exceto a rede em si que é composta por todos os utilizadores que, por sua vez, entram numa

atividade de Peer-to-Peer, após acordarem com um determinado conjunto de regras e

especificidades das quais depende o bom funcionamento da moeda. É considerada uma cripto-

moeda porque necessita de uma função criptográfica para poderem ser completadas as transações.

Para se melhor compreender a orquestração que está por detrás de tudo isto, imagine-se

uma situação hipotética em que um indivíduo pretende transferir dinheiro para outro, seja através

de uma compra, venda, doação, etc.. Considerando o destinatário André e quem envia Alice, dois

nomes comummente utilizados em analogias de processos criptográficos. Note-se que os nomes

não servem para atribuir identidade às duas partes, visto serem processadas, na verdade, como

conjuntos de números que as definem, pseudónimos atribuídos pelo sistema.

Alice pretende dar 30 dos 50 Bitcoins que possui a André, embora envie outros 18 que

voltarão para si de imediato, atuando como troco, além dos 2 Bitcoins que serão taxados pela

transação. Foi atribuída, adicionalmente, uma assinatura digital à transação, vinculadora dos seus

detalhes à identidade de Alice e criptografada, para ser posteriormente emitida para todos os

cidadãos da rede de Bitcoins. Da informação recebida, apenas alguma está ligada à identidade de

Alice, tal como o valor que possui, o que pretende transferir ou a taxa existente aplicada nesse

valor.

Este método de transação dupla, isto é, este método que envolve o envio de bitcoins e

troco, é uma tentativa de se proteger estas ações, pois o pagamento é verificado mais do que uma

vez e a informação adicional empilhada nas Blockchains, negando quase por completo possíveis

tentativas de utilizar os códigos de transação fraudulentamente. Todavia, os grandes responsáveis

pela segurança e privacidade do sistema são os Bitcoin miners, um conjunto de indivíduos

qualificados que pegam em todas as transações que encontram e empilham-nas no que é

conhecido como um bloco de transação, do qual retiram uma parte do código que manterão para

si. Os blocos vão sendo adicionados a outros blocos, guardando código de passadas transações,

sequências que as caracterizam chamadas Proof-of-Work, cujo papel é semelhante ao de um

recibo, necessitando, no entanto, de imenso trabalho para ser gerado. Este trabalho será

recompensado aos miners através de taxas de transação, como a que Alice pagou.

Derradeiramente, este empilhamento vai criar uma cadeia de dados adjacente às

transações, chamada Block Chain. Quando a informação criptográfica tiver sido desconstruída,

os detalhes serão enviados para os restantes nós da rede Peer-to-Peer que, a partir da mesma linha

de código, processarão novas transações, juntando-as ao pré-existente Block Chain e

incorporando quaisquer pedaços de informação inutilizados no Proof-of-Work que tenha sido

gerado pelo nó que conseguiu, com sucesso, decifrar uma parte do código. A partir daí, os outros

nós irão considerar apenas o Proof-of-Work que contiver mais informação, pois é demonstrador

de mais trabalho investido.


Funções Tipo Hash Criptográficas (FHC)

Funções criptográficas são blocos de construção fundamentais para inúmeros problemas

e protocolos criptográficos, albergando inúmeras aplicações na área da segurança de informação.

Um das mais preponderantes é, indubitavelmente, a função tipo hash, por exemplo a MD5, SHA-

256 (também apelidada de SHA-1), que sempre teve um papel crítico no desenvolvimento de

outras aplicações, entre elas, as assinaturas digitais.

Assinaturas digitais têm tido uso cada vez mais frequente desde que começaram a ser

utilizadas no desenvolvimento de protocolos para comércio eletrónico (e-commerce), tais como

na criação de Bitcoins e sequências pseudoaleatórias, segurança de palavras-passe e, até, em

alguns níveis de encriptação.

Para definir o que é uma função tipo hash criptográfica, é fundamental estabelecer o que

é uma função hash. É uma função matemática em que é introduzido um objeto (entrada) de

dimensão arbitrária, sendo posteriormente aplicada uma função à entrada e resultando numa só

imagem (chamado geralmente digest, embora tag e hash sejam aplicados) de comprimento

específico (256 bits no caso de SHA-256. Note-se que se trata de uma função determinística, em

que cada objeto tem uma única imagem, apesar de o contrário não se verificar necessariamente.

Todavia, uma função hash normal difere largamente de uma função tipo hash

criptográfica. Esta última é construída com um objetivo específico em mente, de forma a respeitar

determinados protocolos e a ser útil para sistemas de segurança e privacidade.

Uma das propriedades únicas das FHC é serem computacionalmente eficientes, o que

significa que podem ser realizadas num intervalo de tempo relativamente curto.

A segunda propriedade é a natural improbabilidade de haver o mesmo digest para mensagens

diferentes, designada Resistência à Colisão. Não obstante, a arbitrariedade da dimensão da

mensagem e o processo algoritmo que sofre tornam matematicamente impossível garantir que

uma FHC gerará novos digests em qualquer situação. Daí, pretende-se, unicamente, que seja

extremamente difícil depararmo-nos com esta situação.

Adicionalmente, a FHC deve estar feita de forma a ser quase impossível adquirir qualquer

informação sobre a mensagem a partir do digest.

Por fim, o digest precisa de ter uma aparência aleatória, a partir da qual seja difícil fazer qualquer

inferência sobre a forma como este foi obtido.

Estas propriedades relacionam-se entre si. Por exemplo, se a função parecer aleatória e esconder

informação, então a probabilidade de encontrar dois digests iguais para duas mensagens distintas

será menor, qualificando-se como resistente a colisão.

Assinaturas Digitais

Uma assinatura digital é o mecanismo matemático para combinar uma sequência pública

de números com uma dada mensagem digital. Como o seu nome sugere, esta pode ser vista como

a versão eletrónica análoga de uma assinatura real. Na realidade, quando se assina um documento,

está-se a fixar uma sequência de caracteres que representam o nome do assinante, vinculando a

sua identidade ao documento, na esperança de, pela unicidade da caligrafia ou do nome, seja

impossível forjá-la.


Numa assinatura digital, é possível atingir estas propriedades por métodos matemáticos.

Alguns dos esquemas mais conhecidos que concretizam esta premissa incluem o RSA

(criptosistema de Rivest-Shamir-Adlemane) e o DSS (Digital Signature Standard), cuja

falsificação é, para os programadores, imensamente mais difícil do que de uma assinatura escrita.

Retomando o pseudónimo Alice, desta vez pretendendo assinar digitalmente um

documento. Para isso, irá gerar à força duas chaves digitais, uma delas chamada chave de entrada

(SK), que é privada, e a outra chave de verificação (VK), pública, criadas ao mesmo tempo e

partilhando uma relação matemática: sabendo, unicamente, a chave de verificação, deverá

extremamente complicado obter a privada.

Se Alice pretender assinar uma mensagem (M), esta última sofrerá uma alteração

algorítmica em simultâneo com a SK, originando uma breve sequência de números chamada

“assinatura para a mensagem M” (M é o input imediato para ser emitida uma assinatura). A

assinatura é concebida de forma única, ou seja, só se conseguirá replicar SM a partir da chave

privada que, naturalmente, só Alice possui.

O processo de verificação é semelhante ao de subscrição, embora envolva a chave de verificação

e mais duas entradas, M e SM, somando três, ao invés das duas do primeiro processo. O sistema

utilizará as informações fornecidas para determinar se a chave de assinatura analisada é uma que

poderá ter sido, efetivamente, produzida pela SK. Aquilo que a chave de verificação permite é

obter uma resposta positiva ou negativa sem ter qualquer informação sobre a chave privada.

Figura 1 - Uso das Assinaturas Digitais no Sistema Bitcoin

Fonte: http://www.pcper.com/reviews/Graphics-Cards/Bitcoin-Currency-and-GPU-Mining-Performance-

Comparison/Bitcoin-Mining

Por fim, destacam-se alguns detalhes desta ferramenta. Em primeiro lugar, a assinatura

digital varia com a mensagem, ou seja, se o conteúdo do documento a assinar for alterado, a

assinatura sofrerá, igualmente, alterações, contrariamente à escrita, que permanece, claramente,

constante.

Em segundo lugar, as assinaturas digitais são frequentemente utilizadas em conjunto com

funções tipo hash criptográficas, destacando-se como o primeiro grande uso para esta forma de

encriptação. A mensagem a ser emitida é sujeita a uma modificação pela função a priori e,

seguidamente, o produto (digest), de menor dimensão, utilizado para ser emitida a assinatura,


resolvendo, simultaneamente, o problema da arbitrariedade da dimensão de M a ser assinada. A

segurança e privacidade são garantidas, desde que seja árduo encontrar duas mensagens que

produzam o mesmo digest, criando a possibilidade de ser igualmente assinada uma mensagem

diferente.


2.3 Legalidade

A Bitcoin foi, desde o início, aceite e considerada uma moeda legal para comércio e trocas

financeiras na maioria dos países. Contudo, alguns países, como, por exemplo, Islândia e

Vietname, proibiram o seu uso dentro da sua jurisdição e outros consideram adotar a mesma

posição. Apesar de ser uma moeda que torna quaisquer transações numa atividade de grande

comodidade para o consumidor comum, seja devido à sua descentralização que, por sua vez, leva

à fácil evasão de impostos, ou ao secretismo com que pode ser conduzido o pagamento, a sua

aceitação pelas autoridades dos países continua relativamente reduzida.

Figura 2 - Legalidade da moeda Bitcoin no mundo;

Fonte: http://en.bitcoinwiki.org/Regulation_of_Bitcoin_in_Selected_Jurisdiction

As inovações que a Bitcoin apresenta são, indubitavelmente, aliciantes para criminosos.

Antes de mais, o facto de ser uma transação eletrónica abre portas para o mundo dos piratas

eletrónicos, que habilmente contornam protocolos de segurança. Além disso, a prometida

anonímia torna extremamente moroso o processo de encontrar os responsáveis por utilizar a

moeda para fins ilegais, especialmente se somado a outros métodos de camuflagem.

Deste modo, a Bitcoin é usada principalmente na Deep Web, infame pela maior

abundância com que ocorrem negócios ilegais. Por exemplo, no mercado negro online Silk Road,

acessível apenas através de browsers anónimos (capazes de contornar métodos de identificação

das redes pelas quais se acede à World Wide Web usando proxies falsos e endereços alternativos)

e encerrado em 2013 pelo Federal Bureau Of Investigation (FBI), o sistema de pagamento Bitcoin

era o único aceite pelos utilizadores, demonstrando as vantagens que esta moeda pode trazer ao

submundo do crime.

No entanto, o problema pode ser resolvido recorrendo a regulamentação mais rígida,

como por exemplo, a maior fiscalização de transações de elevado valor,, ou mesmo a total

proibição da moeda, como já foi referido.

A 17 de Setembro de 2015, a U.S. Commodity Futures Trading Commission emitiu uma

ordem em que a Bitcoin, para o governo dos Estados Unidos da América, passava a ser

considerada uma comodidade económica transacionável, medida já tomada em relação a outras

Permitida

Controversa

Ilegal

Estatuto Desconhecido


cripto-moedas eletrónicas. Com esta ação, a CFTC afirma a sua autoridade para a supervisão da

negociação de contratos de futuros e opções em cripto-moeda, que vai agora ser objeto de

regulamento pela agência. Em caso de irregularidades, como a manipulação de futuros, a CFTC

será capaz de apresentar acusações contra maus atuantes.

Verifica-se que as autoridades legais e fiscais dos diversos países em todo o mundo têm

começado a unir esforços para perceber como esta cripto-moeda interage com o mercado, a fim

de a poder controlar e legislar, protegendo os seus interesses, tornando-a igual aos outros produtos

e serviços que circulam no mercado.


2.4 Utilização no mundo

Por ser uma moeda independente de qualquer tipo de autoridade central, ou seja, por os

governos não poderem controlar este sistema de pagamento, a Bitcoin chega a ser proibida em

alguns países.

Todavia, desde a sua criação, o número de utilizadores tem aumentado exponencialmente

e as previsões apontam para que esse número continue a aumentar.

A Blockchain.info, a maior plataforma online de Bitcoins, já ultrapassou os 4 milhões de

utilizadores em todo o mundo, sendo que, atualmente, já existem cerca de 14,7 M de Bitcoins em

circulação.

O número de mercadores de Bitcoins são um dos dados mais esclarecedores para

percebermos a consciencialização mundial desta forma de pagamento, uma vez que a existência

de mais sítios onde gastar Bitcoins aumenta a confiança dos consumidores. Os Estados Unidos

lideram a respeito do número de lojas que aceitam Bitcoins, mas graças à internacionalização

desta moeda, a tendência tem sido para o aumento destas em todo o Mundo.

Outro dos fatores que serve de indicador para a taxa de uso das Bitcoins no Mundo é a

existência de BitCoins ATMs, ou seja, de máquinas de multibanco que convertem dinheiro “físico”

para Bitcoins e também o inverso.

A América do Norte é o continente com mais máquinas de multibanco destas,

contrastando com África que é o continente com menos instaladas. Em termos de países, os

Estados Unidos lideram mais uma vez, acompanhados pelo Canadá. Estes países têm,

respetivamente, 168 e 83 máquinas.

Através de um conjunto de fatores sociais e económicos, a Bitcoin Market Potential Index

(BMPI) fez um estudo sobre a potencialidade dos países para a adoção das Bitcoins.

Figura 3 – Ranking da potencialidade dos países do mundo para a adoção das Bitcoins

Fonte:http://cointelegraph.com/news/113202/bitcoin-review-2014-part-ii-vc-investment-and-regulatory-environment


Conversão e Valor Comercial das Bitcoins

O valor das Bitcoins é determinado pela procura e oferta. Ou seja, quando a procura

aumenta, o preço aumenta e quando a procura baixa, o preço também baixa. Como as Bitcoins

são um mercado recente e relativamente pequeno (apesar de estar em clara ascensão), o preço de

uma Bitcoin é muito instável, pelo que existem inúmeras variações e algumas de dimensões

consideráveis no seu valor.

Por outras palavras, as Bitcoins têm o valor que as pessoas pensam que elas têm, uma vez

que as Bitcoins só têm valor porque um crescente grupo de pessoas acredita que elas têm valor.

Assim, o número de consumidores é crucial para determinar o valor das Bitcoins.

Analisando o seguinte gráfico, podemos verificar que o valor das Bitcoins aumentou

drasticamente no fim de 2013 porque o número de utilizadores desta moeda começou a aumentar

a um ritmo muito mais elevado.

Figura 4 - Preço de mercado da Bitcoin em dólares americanos (BTC - USD)

Fonte: https://blockchain.info/pt/charts/market-

price?timespan=all&showDataPoints=false&daysAverageString=1&show_header=true&scale=0&address=

À medida que o mercado que recorre à Bitcoin como sistema de pagamento aumenta, o

preço vai estabilizando, uma vez que será necessário uma quantidade muito superior de dinheiro

para abalar o preço de uma Bitcoin significativamente.

Outro fator capaz de alterar o valor das Bitcoins é o próprio setor de informação. Notícias

e reportagens sobre Bitcoins coincidem frequentemente com variações no mercado uma vez que

têm impacto na confiança do consumidor.

Apostar dinheiro nas bitcoins é sempre um risco uma vez que não há nenhum método

absolutamente fiável para prever o futuro das bitcoins. Estas tanto podem subir para dezenas de

vezes o seu valor atual, como podem perder todo o valor em poucos dias.


2.5 Riscos das Bitcoins

A Bitcoin é a primeira cripto-moeda com uma estrutura sólida, de fácil utilização, através

da qual as trocas comerciais se fazem com uma maior rapidez e simplicidade. Por conseguinte, é

esperado que se torne tão popular, influenciando o mercado e a economia global. É fácil para os

cidadãos de países desenvolvidos esquecerem que existem outras nações que não aceitam

pagamentos internacionais via cartão de crédito, ficando isolados do resto da população. Assim,

se este sistema de pagamento através das bitcoins for instaurado a nível mundial, então inúmeros

países vão poder influenciar e contribuir para a economia global. Bitcoin é uma tecnologia que

tem o potencial de transformar a indústria financeira global e elevar o estilo de vida de toda a

população. Por ser uma forma de pagamento descentralizada, a Bitcoin acaba com a necessidade

da intervenção bancária, reduzindo consideravelmente os custos de transação e dando a

possibilidade de libertar as economias pobres do mundo, garantindo o acesso a capitais a um terço

dos cidadãos que, hoje em dia, são excluídos do mundo financeiro.

Contudo, a Bitcoin não tem só este impacto na economia global. Esta tecnologia afeta os

bancos e mercados globais, retirando o poder a estas instituições intermediárias.

Nos dias de hoje, os bancos têm várias funções, nomeadamente:

• Manter os preços estáveis.

• Garantir a segurança do sistema financeiro e permitir aos seus consumidores o acesso ao crédito.

• Estabilizar o sistema financeiro em tempos de crise;

• Ajudar a supervisionar os sistemas de pagamento;

Para alcançar estes objetivos, os bancos têm de ter o poder de aumentar ou reduzir as

taxas de juros e criar ou destruir dinheiro. A utilização da Bitcoin como forma de pagamento pode

retirar, portanto, o domínio que os bancos têm sobre a economia global, uma vez que o serviço

de pagamento utilizando a Bitcoin faz-se Peer-to-Peer, isto é, sem intervenção de qualquer banco.

A Bitcoin afeta diretamente a quantidade de dinheiro, pois influencia a velocidade da sua

circulação. Se a população humana simplesmente recusar a utilização de dinheiro do

estado/banco, o sistema económico rapidamente colapsará.

Investir em Bitcoins

Uma parte da população considera que as cripto-moedas têm muito potencial para

investimento. Contudo, a história de crescimento e desenvolvimento da Bitcoin dá aos

consumidores inúmeras razões pelas quais devem ser cautelosos ao enveredarem por esses

caminhos de investimento. Ao contrário da maioria das tradicionais moedas virtuais, as Bitcoins

circulam de uma forma descontrolada, sem que haja qualquer entidade a controlar essa

movimentação. O colapso, em 2014, da Mt. Gox, isto é, o maior estabelecimento de câmbio de

Bitcoins do mundo, é uma evidência dessa mesma “flutuação” errática. O CEO dessa empresa

conseguiu desviar dinheiro da conta dos seus clientes para a sua conta pessoal, deixando uma

grande parte dos consumidores na “banca rota”. Do mesmo modo, a variação abrupta do valor

real das bitcoins também é um fator que condiciona o seu investimento, trazendo insegurança e

indecisão aos seus consumidores.


Assim, para investir em Bitcoins e para beneficiar de todas as vantagens que esta cripto-

moeda pode trazer, é necessário ter um conhecimento a priori sobre as bases sobre as quais o

sistema de pagamento está fundado e as consequências que advêm do seu uso.

Impacto da produção de Bitcoins no ambiente

Estudos realizados confirmam que a atividade de mining de Bitcoins tem um impacto

negativo no ambiente, na medida em que o processo de criação desta cripto-moeda pode,

eventualmente, levar ao consumo de 60% da eletricidade anual a nível global - equivalente à

quantidade de energia fornecida a 1.5 mil milhões de casas num ano.

As Bitcoins são criadas em armazéns ventilados repletos de computadores que precisam

de estar a ser constantemente fornecidos de energia. Segundo o website da Long Future

Foudation, é estimado que os mineiros de Bitcoins, para produzirem uma Bitcoin no valor de um

milhão de dólares, gastam metade desse valor nos recursos necessários à sua criação. Por esse

motivo, o impacto ambiental resultante é descomunal e poderá trazer consequências de elevado

risco global, como constata Guy Lane, um ambientalista. Assim, este cientista afirma que apesar

de a Bitcoin ser uma moeda virtual, esta tem impactos na economia, na sociedade e no ambiente

principalmente nos recursos globais e na energia se não for gerida corretamente. Com o aumento

do seu valor, os cidadãos esperam a criação de mais bitcoins e, consequentemente, aumenta o

custo e a energia necessários para o processo.


Prós e Contras

Vantagens

• Descentralização;

• Ausência de impostos e taxas de conversão;

• Anónima - nenhuma entidade superior pode fiscalizar o registo de transações;

• Pouca inflação- não há novas emissões de moeda;

• Baixo risco de colapso - não está sujeita ao risco de falência de um estado ou sistema

político (consequência da descentralização);

Desvantagens

• Volatilidade/ Imprevisibilidade, apesar do risco de colapso ser baixo, está sujeita a

grandes variações de valor num curto espaço de tempo e o facto de ser uma novidade deixa

algumas dúvidas quanto ao seu futuro, sendo um investimento de alto risco, que a qualquer

momento pode ser ultrapassado por uma nova tecnologia ou moeda online;

• Ausência de autoridade reguladora do valor da moeda;

• Não há devoluções da transferência (em caso de engano ou hack da conta online)

• Pouca adesão por parte das empresas (nomeadamente em lojas físicas);

• Propícia a atos criminosos devido ao anonimato (tráfico ilegal e lavagem de dinheiro)

• Difícil aquisição, não existe um local de conversão oficial, sendo necessário comprar a

particulares.


4. Conclusões

A rápida evolução dos meios tecnológicos criou uma nova realidade para os meios de

pagamento. Com o surgimento do multibanco e das empresas responsáveis por mediar

transferências a nível global (Visa, MasterCard, American Express, etc.), a população adaptou-se

ao conforto fornecido por este meio de pagamento e considera-o indispensável no dia-a-dia.

Contudo, em Janeiro de 2009, desperta a cripto-moeda Bitcoin, que rapidamente vingaria no

mundo dos sistemas de pagamento online pela sua inovação e utilidade e definindo-se, em 2014,

como a moeda alternativa mais usada em todo o globo.

Após um intenso trabalho de pesquisa e tratamento de informação e na sequência de

diversos debates de ideias dentro do grupo, uma opinião sobre a viabilidade e o papel deste novo

sistema de pagamento no mundo formou-se, culminando numa reflexão sobre as perspetivas do

futuro que espera as Bitcoins.

O grupo considera a Bitcoin uma moeda muito interessante e com capacidade de

revolucionar as transações a nível mundial. No entanto, ainda não tem grande peso tanto na

economia de cada país, que segundo o nosso ponto de vista nunca iriam aceitar alterar a sua moeda

para uma moeda universal, pois isso acarretaria enormes consequências para a economia mundial.

Além disso, o esquema em que se baseia, com um número de utilizadores algo limitado em relação

a qualquer outra moeda, causa grandes oscilações no seu valor, o que, por sua vez, faz dela pouco

fiável em qualquer uso doméstico ou do quotidiano, destacando-se unicamente em investimentos

de risco considerável.

Em suma, ainda que o conceito albergue, possivelmente, aquilo que será o futuro das

transações, este futuro permanece distante, alheio simplesmente por insuficiente credibilidade,

estudo de especialistas e desenvolvimento prototípico, tão necessários à edificação de uma rede

de pagamento universal e segura.

Derradeiramente, quem sabe se não será a ByteCoin a próxima moeda do futuro, uma

simples melhoria em relação à Bitcoin.


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o sistema de pagamento bitcoin no mundo -...

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