o sistema cantareira é um dos maiores sistemas produtores de Água do
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A crise da águaTRANSCRIPT
O Sistema Cantareira é um dos maiores sistemas produtores de água do
mundo. As seis represas que o compõem estão interligadas em diferentes
níveis por 48 quilômetros de túneis criados com o objetivo de aproveitar os
desníveis e a consequente acumulação da água por gravidade.
Juntas, as represas fornecem água para cerca de 9 milhões de pessoas na
cidade de São Paulo (zonas Norte, Central e parte das zonas Leste e Oeste),
além de Franco da Rocha, Francisco Morato, Caieiras, Osasco, Carapicuíba,
Barueri e Taboão da Serra, São Caetano do Sul, Guarulhos e Santo André.
Parte do interior do estado também recebe água do sistema.
Crise
A crise no Cantareira teve início devido às chuvas em níveis abaixo do
esperado para a época e das altas temperaturas no último verão. Uma
alternativa para evitar a crise da falta de água foi a utilização do “volume morto”
do sistema (retirada de água abaixo do nível mínimo de armazenamento do
sistema). No entanto, essa medida apenas amenizou a crise do abastecimento,
sendo extremamente crítica a situação dos reservatórios.
Possíveis Soluções
a. Dessalinização da água do mar;
b. Chuva Artificial;
c. Reuso da água;
d. Aquífero Guarani;
e. Transposição de rios.
.1.1 Dessalinização da água do mar
De acordo com o engenheiro químico, para que a dessalinização tenha
resultados mais satisfatórios é necessário fazer uma pré-filtragem antes da
destilação solar, que foi escolhida pela economia de energia pelo engenheiro
de energia, para realizar a filtragem será necessário construir um filtro com
custo de aproximadamente R$ 125 mil.
A destilação solar usa a energia térmica do sol para processar a
dessalinização da água. Uma central deste gênero não é mais que um grande
tanque com uma cobertura transparente, que permite a entrada da radiação
solar com o consequente aumento da temperatura. A longa exposição ao sol
faz com que a água evapore e condense na superfície interior da cobertura. O
condensado escorre pela cobertura e é recolhido lateralmente por uma calha
existente que conduz a água para fora da cobertura.
O engenheiro civil informou que para que seja realmente eficiente requer
uma área de implantação muito grande. São precisos 250 m² para conseguir
produzir 1 m³ de água por dia, essa construção custará em media R$ 110 mil e
levaria de 3 a 6 meses para ficar pronta.
Chuva artificial
O meteorologista informou que é possível fazer chover na região, mas
para isso será necessário instalar um radar meteorológico para detectar as
nuvens próximas, com valor próximo a R$ 10 milhões.
Depois de detectada as nuvens, inicia-se um voo que irá semear as
gotas coletoras (substâncias aglutinadoras), no caso água potável.
engenheiro
hidrólogo
informou
que
a
eficiência
da
O
semeadura,
bombardeamento de nuvens, é limitada, com previsão de 5 a 40 mm, e o
tempo de semeadura é de 20 a 40 min. Um dos problemas é que não se sabe
exatamente onde vai chover.
O engenheiro ambiental informou que, como as vazões liberadas são
baixas, a concentração de compostos orgânicos é elevada, e poderá causar
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consequências negativas na qualidade da água e no meio ambiente, em
relação ao tratamento da água irá ocasionar um gasto adicional de
aproximadamente R$ 500 mil no tratamento da água para que a mesma seja
distribuída à população.
Estima-se que o gasto de todo o processo, até dezembro de 2015, será
de R$ 4,47 milhões.
2.1.3 Reuso água
O engenheiro ambiental informou que reuso da água é uma das
melhores opções para resolver a crise hídrica, pois além de conservar o
recurso natural, depois de tratada pode ser utilizada para varias finalidades. O
método mais simples é tratar a água que escorre pelo
ralo do chuveiro ou damáquina de lavar, por exemplo, e destiná-la para fins não potáveis, comolimpeza de pisos, irrigação de áreas verdes ou fontes decorativas.O engenheiro civil informou que para construir uma rede na regiãometropolitana de São Paulo, teria um custo próximo a R$ 7,2 bilhões. Comessa construção, seria possível preservar cerca de 110 litros de águadia/pessoa. A construção levaria aproximadamente 2 anos para começar aoperar.2.1.4 Aquífero GuaraniO geólogo informou que o Aquífero possui um volume de águasubterrânea grande, aproximadamente 1.182.000 quilômetros quadrados. Eque a região metropolitana está sobre uma formação rochosa e, apesar deexistirem alguns depósitos de água, a quantidade é pequena.O engenheiro civil informou que é uma solução inviável para moradoresda metrópole, pois o aquífero está a mais de 200 quilômetros do ponto onde épossível captar água. Sob o solo da capital, o aquífero fica a mais de 1.000metros de profundidade. E uma construção desse porte teria um custo próximoa R$ 70 milhões e levaria de 6 a 10 meses para atingir a profundidadenecessária para completar o processo.
Solução
Dessalinizaçãoda água do mar
ChuvaArtificial
Reuso
AquíferoGuarani
Transposiçãode rios
Volume(L) deágua gerada(anual)
360 x 10³
Indeterminável
360x10^9
Indeterminável
15,5 x 10^7
Custo Total
R$ 225 mil
R$ 15 mi
R$ 7,2 bi
R$ 70 mi
R$ 110 mi
Prazo (meses)
De 3 a 6
Indeterminável
24
De 6 a 10
De 26 a 32
Sustentabilidade
Média
Média
Máxima
Média
Mínima
Restrições: Menor prazo, menor custo e não prejudicial às populações vizinhas.Melhor Solução: É impossível dizer que apenas uma das ações citadas notrabalho resolveria um problema de tal porte, como o do Sistema Cantareira. Amelhor solução é um conjunto de ações, aliado principalmente à uma novapolítica de sustentabilidade industrial e agropecuária. O reuso da água é umadelas e a mais indicada, pois é a que menos agride o meio ambiente, apesarde ter um custo elevado, porém só terá êxito se aliada a outras soluções decurto prazo como a utilização do Aquífero Guarani, ou ainda, a dessalinizaçãoda água do mar, que supriria a necessidade a curto prazo.8
REFERÊNCIASCOSTA, Maria. Sabesp gasta R$ 4,47 milhões com chuva artificial.Seca,
2014.
Disponível
em:
Acesso em: 20 set. 2014CASTRO, Sergio. Sabesp quer introduzir chuvas artificiais noSistema
Cantareira.
São
Paulo,
2014.
Disponível
em:
Acesso em: 20 set. 2014SANTOS, Juliana; LOIOLA, Rita. A falta de água em São Paulo temsolução.
Meio
Ambiente,
2014.
Disponível
em:
Acesso em: 20 set. 2014MACHADO, Bruna. Crise Hídrica: A escassez de água em São Paulo.Soluções
Ambientais,
2014.
Disponível
em:
Acesso em: 20 set. 2014
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O Sistema Cantareira trata 33 mil litros de água por segundo, trata-se de um dos maiores sistemas produtores de água do mundo. As seis represas que compõem o complexo estão em diferentes níveis e são interligadas por 48 km de túneis para aproveitar os desníveis e a acumulação de água por gravidade.
O Sistema Cantareira abastece cerca de 55% da Região Metropolitana do Estado de São Paulo e fornece uma das melhores água do planeta, com padrões de qualidade superiores aos exigidos pela Organização Mundial de Saúde ( OMS).
Conhecendo o Sistema Cantareira
(Bacias Hidrográficas Formadoras do Sistema Cantareira)Fonte de Pesquisa - www.mananciais.org.br
4 reservatórios dão origem ao Sistema. O primeiro fica na cidade de Bragança Paulista e é alimentado pelos rios Jacareí e Jaguari, cujas nascentes estão localizadas no Estado de Minas Gerais. Neste reservatório são armazenadas 22 mil litros de água por segundo.
O segundo reservatório armazena 5 mil litros/segundo do rio Cachoeira de Piracaia.
O terceiro na cidade de Nazaré paulista armazena 4 mil litros/segundo, do Rio Atibainha.
E na cidade de Mairiporã, a quarta barragem 2 mil litros/segundo do Rio Juqueri, formada pela barragem Engenheiro de Paiva Castro, e com nível de 745 metros, é capaz de fornecer 2 mil litros de água por segundo. Existe ainda, uma represa de segurança a 860 metros e denominada Águas Claras. Caso haja alguma paralisação, é possível manter o sistema em pleno funcionamento durante 3 horas.
Até aqui, a água percorreu aproximadamente 48 km através de tubos e canais por gravidade e chega ao pé da Serra da Cantareira, na Estação Elevatória Santa Inês, onde é elevada por bombeamento a 120 metros de altura para o Reservatório Artificial de Águas Claras.
Segue então para a Estação de tratamento de Água do Guaraú, onde começa a ser tratada , onde são produzidos 33 mil litros de água por segundo pra abastecer cerca de 8,8 milhões de pessoas da Região Metropolitana de São Paulo, saindo em ótimas condições de consumo.
Em seguida é levada para a Estação Elevatória do Cadiriri, na Mooca, onde é bombeada, parte para a Zona Sul de São Paulo e parte para um duto exclusivo que abastece os três reservatórios da cidade de São Caetano do Sul.
A Estação Elevatória Santa Inês
Motores da Estação Elevatória Santa Inês
A Serra da Cantareira era o grande obstáculo natural entre as fontes produtoras de água e a Estação de Tratamento do Guaraú. A Estação Elevatória foi construída para vencer esta barreira natural através do impulsionamento da água até o Guaraú.
No total, existem quatro unidades de bombeamento com capacidade de 11 mil litros por segundo cada uma. A água é transportada a uma altura de 120 metros e a energia elétrica necessária para manter a estrutura em operação plena corresponde ao volume consumido por uma cidade como bauru.
Os equipamentos foram escavados em rochas a 60 metros da superfície. As válvulas das tubulações que impulsionam a água têm 1,10metros de diâmetro e dão a dimensão do amplo complexo.
Estação de Tratamento do Guaraú
Entrada da água na estação de tratamento
O nome da instalação remete-se ao pequeno vale do córrego Guaraú. O projeto básico foi constituído em1966 e estruturado para possibilitar ajustamentos na capacidade conforme aumento na demanda de consumo.A construção da estação ocorreu em 3 etapas:- a primeira para tratar 11 mil litros por segundo;- a Segunda alcançou a capacidade de 22 mil litros por segundo;
- a terceira permitiu o aumento para 33 mil litros por segundo;Diariamente são consumidos entre 80 a 100 toneladas de produtos químicos. Devido à preservação do manancial, da tecnologia adotada pela Sabesp e empenho dos seus técnicos. O Sistema Cantareira possui 100% de qualidade no índice de performace no processo de tratamento.
Crise hídrica favorece método de construção a secoDrywall e Light Steel Frame são opções para não sobrecarregar meio ambientePublicado em 11/02/2015 15:25:00
Em Santa Catarina, a CentroPlac lidera este mercado e projeta um crescimento de 15% para este ano (Foto: Divulgação)
O aumento das temperaturas e a falta de chuva trouxe um período de seca em várias regiões brasileiras. No país com o maior potencial hídrico do planeta, a falta de água já é uma realidade. Ao todo, a crise atinge cerca de 46 milhões de brasileiros, a maioria são moradores de São Paulo, e a Agência Nacional de Águas (ANA) estima que, ainda em 2015, falte água em 50% das cidades brasileiras. Por conta disso, a preocupação com o racionamento e, até mesmo, com a reutilização da água está presente no dia a dia das pessoas. Cada vez mais, surgem novas ideias para diminuir o impacto que as ações individuais têm no meio ambiente, como é o caso da construção civil.
Com projeção de crescimento em torno dos 2%, a construção civil hoje é responsável por 16% do consumo de água potável. A água faz parte da rotina de uma obra, desde o concreto, argamassas, chapiscos, rebocos, assentamento de tijolos (que são umedecidos) e também da limpeza das ferramentas de
trabalho. Por exemplo, para a confecção de um metro cúbico de concreto são utilizados, em média, de 160 a 200 litros de água. Por isso, as indústrias têm apostado na construção a seco, um método construtivo que utiliza técnicas do drywall, composto por chapas de gesso acartonado, combinado com estruturas de aço galvanizado, conhecido como steel frame.
“Com esta técnica, o consumo de água é mínimo. Utiliza-se água somente na massa de junta, porém com um teor muito baixo”, explica o engenheiro e diretor do grupoCentroPlac, Davi Zimmermann.Em Santa Catarina, a CentroPlac lidera este mercado e projeta um crescimento de 15% para este ano. A expectativa se dá pela evolução que a empresa vem mostrando. Em 2010, o volume de drywall era de aproximadamente dois mil metros quadrados por mês, enquanto em 2014 chegou a 50 mil metros quadrados por mês e mais de 10 mil metros quadrados por mês no Light Steel Frame.
“No último ano fizemos grandes investimentos em nossas lojas, treinamentos e novas parcerias. Começamos 2015 tendo também como suporte os produtos da norte-americana USG, empresa líder no sistema drywall e steel frame nos EUA, Canadá e México, e uma das maiores players da Europa. Mesmo com o dólar em alta, encontramos uma logística que favorece o nosso mercado”, destaca o engenheiro.
http://www.noticenter.com.br/?modulo=noticias&caderno=industria¬icia=08193-crise-hidrica-favorece-metodo-de-construcao-a-seco
http://www.cimentoitambe.com.br/escassez-de-agua-construcao/
Escassez de água transforma construção civil em SP
Construção Sustentável, Gestão, Gestão de Obras, Sustentabilidade10 de setembro de 2014
Principal estado da União enfrenta maior estiagem em 70 anos e obriga setor a se reequipar, a buscar alternativas e
a realinhar projetos
Por: Altair Santos
O Estado de São Paulo enfrenta a maior estiagem em 70 anos. Se há um setor diretamente afetado pela escassez de
água, este é o da construção civil. A necessidade de economizar tem feito o segmento se mover em três direções. Em
uma delas, busca se reequipar com máquinas projetadas para demandar menos água ou promover o reuso do líquido.
Noutra, investe em tecnologia, principalmente para a produção de concreto. Numa terceira via, procura
colaborar com a preservação dos recursos naturais ao projetar edificações que poupam o uso de água.
Blocos de concreto: máquinas que economizam água têm a preferência dos fabricantes
Como os outros estados não estão livres de ter de enfrentar problemas de escassez, a perspectiva é de que as medidas
tomadas em São Paulo se propaguem por todo o país. Além disso, está em processo de revisão a norma técnica que
trata do uso de água na fabricação de concreto, e que deve contribuir para mudar procedimentos da
construção civil em relação ao consumo de recursos hídricos. A norma em questão é a ABNT NBR 15900:2009 –
Água para amassamento do concreto, partes 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10 e 11.
Na linha de equipamentos que economizam água, alguns estiveram entre os mais requisitados na recente edição
do Concrete Show, realizado no final de agosto de 2014 em São Paulo. Destaque para as máquinas que
produzem blocos de concreto para alvenaria estrutural e para paredes de vedação. Segundo os fabricantes, os
novos modelos podem economizar entre 20% e 30% de água. As betoneiras com novas tecnologias embarcadas
também são mais precisas no controle da água liberada para o balão onde fica o concreto.
Em países com grande escassez de água, como determinadas regiões do continente australiano, os procedimentos para
a redução do desperdício de água na produção de concreto fazem parte da rotina das centrais de concreto
e fábricas de pré-moldados. Lavagens de caminhões e bombas de concreto são bastante reduzidas e o que não pode
ser evitado é totalmente reutilizado na produção de outros volumes.
Aditivos substituem água
Maurício Garcia: ambiente propício para o mercado de aditivos
Mas nada parece mais importante, no momento, do que a tecnologia dos aditivos para a fabricação de
concreto. Alguns produtos prometem substituir até 40% da água necessária para a produção do material. É o caso
da linha MasterGlenium, da BASF. À base de policarboxilato, o produto substitui a água para dar plasticidade ao
concreto. “A vantagem é que ele pode se adequar à exigência do cliente. Foi o que fizemos ao empregá-lo no
concreto produzido para erguer a hidrelétrica de Santo Antônio, no rio Madeira, em Rondônia. Adaptamos o aditivo,
levando em consideração os agregados usados para produzir o concreto”, revela Maurício Garcia, coordenador
técnico de desenvolvimento de químicos para construção da BASF.
Nestes casos de substituição de parte da água de amassamento pelo uso de aditivos, devemos tomar o cuidado de
considerar um volume mínimo de água necessário para hidratar toda a quantidade de cimento. Caso contrário,
poderemos ter no concreto, parte do cimento sem hidratar, o que prejudicaria a resistência final.
No entender do especialista, aditivos devem ganhar mercado para substituir a água na produção de concreto,
e em outras atividades da construção civil. “Já existem aditivos que podem ser usados na lavagem do caminhão-
betoneira. O produto requer quantidade menor de água e o produto da lavagem pode ser reservado por até três dias
para ser usado em nova produção de concreto”, diz o engenheiro civil.
A construção civil também tem sido parceira na economia de água, principalmente ao planejar edificações cada vez
mais sustentáveis. Já não são raros os prédios que promovem o reuso da água. Da mesma forma, cresce o número de
produtos permeáveis, que ajudam o meio ambiente a reabsorver melhor a chuva. “Essa preocupação com a Pegada
Hídrica será cada vez mais relevante para a construção civil”, avalia o professor-doutor da Escola Politécnica da USP,
Vanderlei John. São Paulo que o diga.
Entrevistados
Engenheiro civil Maurício Garcia, coordenador técnico de desenvolvimento de químicos para construção
da BASF
Engenheiro civil Vanderley M. John, professor-doutor do departamento de engenharia civil da Escola
Politécnica da USP, coordenador do Comitê Técnico de Materiais do CBCS e coordenador do Programa ACV
Modular
Contato: [email protected]
Créditos Fotos: Divulgação/Cia. de Cimento Itambé
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
2.1.5 Transposição de riosO engenheiro hidrólogo informou que a transposição do Rio Paraíba doSul para o Sistema Cantareira forneceria 5 m³/s a mais para o reservatório deSão Paulo, e abasteceria de 1,5 à 2 milhões de pessoas.O engenheiro ambiental informou que a transposição é viável, mas nãoresolve o problema à longo prazo.O engenheiro civil informou que a transposição de um rio, na distânciade 200 km, custaria aproximadamente R$ 110 milhões, que terá duração de 14meses.As licenças ambientais levam de 12 a 18 meses para serem obtidas.2.2 Melhor Solução