o rito da primavera visÕes da natureza na arte modernista

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O RITO DA PRIMAVERA VISÕES DA NATUREZA NA ARTE MODERNISTA

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O RITO DA PRIMAVERAVISÕES DA NATUREZA NA ARTE MODERNISTA

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1.1. Por que razão a forma significante nos Por que razão a forma significante nos comove (comove (move usmove us) esteticamente? Não é ) esteticamente? Não é uma questão estética, mas metafísica.uma questão estética, mas metafísica.

2.2. O artista sente pela “beleza material” O artista sente pela “beleza material” ((material beautymaterial beauty) o que nós sentimos pela ) o que nós sentimos pela obra de arte. Deste modo, o artista obra de arte. Deste modo, o artista apreende um objecto material como “pura apreende um objecto material como “pura forma”.forma”.

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3. Um objecto de inspiração artística não é 3. Um objecto de inspiração artística não é perspectivado como meio, mas como “fim em perspectivado como meio, mas como “fim em si mesmo”. Percepcionar os objectos como si mesmo”. Percepcionar os objectos como puras formas é vê-los em si mesmos.puras formas é vê-los em si mesmos.

4. Os objectos percepcionados como fins em si 4. Os objectos percepcionados como fins em si mesmos suscitam uma enorme emoção que mesmos suscitam uma enorme emoção que nunca sentiríamos se eles fossem nunca sentiríamos se eles fossem perspectivados como meios. A contemplação perspectivados como meios. A contemplação da “forma pura” conduz a um estado de da “forma pura” conduz a um estado de “exaltação” e de completa “distância” em “exaltação” e de completa “distância” em relação às preocupações da vida.relação às preocupações da vida.

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5. Por que razão a percepção do “fim em si 5. Por que razão a percepção do “fim em si mesmo” proporciona uma emoção peculiar? mesmo” proporciona uma emoção peculiar? Será que acedemos ao que se chama “coisa Será que acedemos ao que se chama “coisa em si” ou “realidade última”?em si” ou “realidade última”?

6. Se esta hipótese for verdadeira, a “forma 6. Se esta hipótese for verdadeira, a “forma significante” poderá ser o modo através da significante” poderá ser o modo através da qual apreendemos a realidade última. Em vez qual apreendemos a realidade última. Em vez de se reconhecer o carácter “acidental e de se reconhecer o carácter “acidental e condicionado” de algo, apreendemos a sua condicionado” de algo, apreendemos a sua realidade essencial, o seu ritmo, a sua realidade essencial, o seu ritmo, a sua significação individual.significação individual.

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7. A tese metafísica é mera hipótese. 7. A tese metafísica é mera hipótese. Poder-se-ia usar, em vez de Poder-se-ia usar, em vez de “realidade”, palavras mais simples “realidade”, palavras mais simples como, por exemplo, o “ritmo” que como, por exemplo, o “ritmo” que perpassa a nossa experiência. Deste perpassa a nossa experiência. Deste modo, o “objecto último” da emoção modo, o “objecto último” da emoção artística permanecerá para sempre artística permanecerá para sempre incerto. incerto.

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8. Na sua relação com a forma ou com a realidade, 8. Na sua relação com a forma ou com a realidade, muito artistas precisam de canalizar a sua energia muito artistas precisam de canalizar a sua energia para a resolução de um “problema”, mais do que para a resolução de um “problema”, mais do que estarem preocupados com a “correcção” (estarem preocupados com a “correcção” (rightright) ) estética. Os problemas artísticos não se referem estética. Os problemas artísticos não se referem primordialmente à obtenção da “semelhança”, mas primordialmente à obtenção da “semelhança”, mas estão associados a um tipo “específico de emoção” estão associados a um tipo “específico de emoção” sentido pela “realidade” através da forma. Se a sentido pela “realidade” através da forma. Se a semelhança fosse um critério a obra de Shakespeare semelhança fosse um critério a obra de Shakespeare seria inferior à de John Galsworthy.seria inferior à de John Galsworthy.

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9. Os “problemas imediatos do artistas” podem 9. Os “problemas imediatos do artistas” podem ser o acto de “se expressar a si mesmo no ser o acto de “se expressar a si mesmo no interior de um quadrado, de um círculo ou de interior de um quadrado, de um círculo ou de um cubo”, de obter determinadas um cubo”, de obter determinadas “harmonias”, de “reconciliar certas “harmonias”, de “reconciliar certas dissonâncias”, de “obter certos ritmos”, de dissonâncias”, de “obter certos ritmos”, de superar certas dificuldades do seu meio de superar certas dificuldades do seu meio de expressão e de captar eventualmente uma expressão e de captar eventualmente uma semelhança.semelhança.