o rio de janeiro de goeldi - artepadilla.com.br · artista. embora tenha vivido de forma recolhida,...
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Apresentação:
A exposição pretende apresentar no
Museu Nacional de Belas Artes (mnba)
um panorama da obra do artista
Oswaldo Goeldi, com enfoque na cidade
do Rio de Janeiro, reunindo cerca de
90 (noventa) obras pertencentes aos
acervos dessa instituição e da Fundação
Biblioteca Nacional, em curadoria assinada
por Maria Eduarda Marques.
Objetivo
O projeto tem por objetivo realizar
uma exposição no Museu Nacional
de Belas Artes (mnba), reunindo as
mais significativas obras de Goeldi
(gravuras, desenhos e matrizes) que
apresentam imagens urbanas do
Rio de Janeiro. A proposta é apresentar
ao público as paisagens da cidade do
artista, um dos mais proeminentes
da nossa modernidade, cuja poética
está intrinsecamente relacionada à
experiência urbana do Rio de Janeiro.
O viés curatorial da exposição terá
foco nas obras de Goeldi nas quais se
apresentam imagens da cidade do Rio
de Janeiro. As obras serão selecionadas
em dois dos principais acervos
institucionais da cidade, as reservas do
Museu Nacional de Belas Artes e da
Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro,
que guardam importantes gravuras,
desenhos e matrizes do artista.
Além de desenhos, xilogravuras
e matrizes, serão expostos livros e
catálogos publicados sobre a obra do
artista. Embora tenha vivido de forma
recolhida, Goeldi foi admirado por poetas
e intelectuais do seu tempo. A exposição
tratará também de mostrar os mais
destacados textos e poemas escritos sobre
sua obra por grandes autores da literatura
brasileira, como Manuel Bandeira, Carlos
Drummond de Andrade, Murilo Mendes
e Ferreira Gullar.
A curadoria é de Maria Eduarda
Marques, responsável pela elaboração
da linha curatorial, pela identificação e
a escolha das obras, e pela produção dos
textos e legendas.
Como registro e patrimônio permanente
do projeto, propõe-se um catálogo com
com 128 páginas, impresso a 4 cores, com
texto inédito da curadoria e reprodução
de uma seleção das obras expostas.
Justificativa
Ao olharmos para o conjunto da obra
de Oswaldo Goeldi (1895–1962) uma
evidência se impõe: a recorrência das
imagens da cidade. Seus desenhos e as
suas gravuras estão plenos de imagens
do universo urbano, notadamente da
cidade do Rio de Janeiro, que foi para
o artista fonte de inspiração, matéria
espiritual de sua poética.
Goeldi nasceu na Ladeira do Ascurra
em 1885, no então aristocrático bairro
do Cosme Velho, no Rio de Janeiro.
No ano seguinte ao seu nascimento
sua família mudou-se para Belém do
Pará, em razão dos estudos sobre a
flora e a fauna amazônicas do seu pai,
o naturalista e zoólogo suíço Emílio
Augusto Goeldi, que assumiu a direção
do Museu Paraense. Em 1901, aos
seis anos, o menino Oswaldo, assim
chamado em homenagem a Oswaldo
Cruz, voltou para a Suíça, onde, ainda
jovem, começou sua formação artística.
Em 1914 ingressou na Escola Politécnica
de Zurique, quando foi convocado
para prestar o serviço militar durante
a Primeira Guerra Mundial. Em 1917,
retomou os estudos em Genebra,
na École des Arts et Métiers, onde
permaneceu apenas seis meses.
A partir de então, passou a se identificar
com a estética expressionista do grupo
Der Blaue Reiter. Goeldi tornou-se
próximo de Hermann Kummerly
(1897-1964) e do artista austríaco Alfred
Kubin (1877-1959), com quem manteve
correspondência durante muitos anos.
Goeldi voltou definitivamente para
o Brasil em 1919, quando se estabeleceu
no Rio de Janeiro. A cidade já era então
uma capital de hábitos cosmopolitas.
No início do novo regime republicano
as campanhas de Oswaldo Cruz e a
reforma urbana do Prefeito Pereira
Passos haviam transformado a velha
corte imperial numa metrópole saneada
e de feição europeia, cartão de visita do
Brasil. Na primeira década do século xx,
o Rio já aparecia com destaque como
o 15° porto do mundo, sendo superado
no continente americano apenas por
Nova York e Buenos Aires. A cidade era
o maior centro comercial do país, sede
do Banco do Brasil, da Bolsa de Valores
e da maior parte das casas bancárias
nacionais e estrangeiras. Goeldi,
entretanto, não se deixou encantar pelas
imagens do progresso da belle époque
carioca. Ele preferiu o Rio suburbano, a
singeleza dos bairros pobres dos velhos
casarões imperiais abandonados. No
seu papel, a cidade se apresenta sincera
e verdadeira. Em entrevista a Ferreira
Gullar declarou: “Eu 1919 vim para o
Brasil com a minha família... O que me
interessavam eram os aspectos estranhos
do Rio suburbano, do Caju, dos postes
de luz enterrados até a metade na areia,
urubu na rua, móveis na calçada, enfim
coisas que deixariam besta qualquer
europeu recém-chegado. Depois descobri
os pescadores e toda madrugada ia para
o mercado ver o desembarque do peixe e
desenhava sem parar”.1
Desde então, a arte de Goeldi
testemunhou sua sedução incontida
pelos longínquos recantos do Rio de
Janeiro, o avesso das paisagens urbanas
modernas da cidade. Até sua morte em
1961, Goeldi gravou as imagens de um
universo urbano rejeitado e olvidado,
concentrando sua força expressiva nos
aspectos noturno, periférico e anônimo
da cidade. A iconografia da cidade
goeldiana condensa velhas memórias da
cidade de outrora: são terrenos baldios,
becos tortuosos, sobrados abandonados,
lampiões, palmeiras imperiais...
Um mundo de reminiscências da cidade
tradicional perdida. Na apresentação
do álbum de seus trabalhos, Manuel
Bandeira anotou: “A imaginação de
Oswaldo Goeldi tem a brutalidade
sinistra das grandes capitais, a solenidade
das casas de cômodos, onde se morre
sem assistência, o imenso ermo das ruas
pela noite morta e dos cais pedrentos
batidos pela violência de sóis explosivos,
arte de panteísmo grotesco, em que as
coisas elementares, um lampião de rua,
um poste, a rede telefônica, uma bica de
jardim, entram a assumir de súbito uma
personalidade monstruosa e aterradora,
um admirável artista”.2
Há em Goeldi uma comoção pelas
áreas oblíquas da cidade, uma vertigem
pelo sombrio e pelo marginal.
O ambiente urbano que o artista
grava não é habitado por tipos ou
personagens alegóricos. As figuras
humanas, quando presentes, estão
sempre a ocultar suas faces, desprovidas
de identidade, enquanto as janelas do
velho sobrado parecem os espreitar.
Ausência e solidão são os principais
protagonistas da cena urbana goeldiana.
Goeldi gravou o fragmento da paisagem
urbana na medida do seu “ eu” isolado e
solitário. A cidade de Goeldi não continha
a intenção explícita de crítica social. O seu
expressionismo parece não ter partilhado
da tendência de crítica social de seus pares
berlinenes, que teve na arte de George
Grosz e Kaethe Kollwitz os maiores
expoentes. As imagens periféricas do Rio
de Janeiro de Goeldi não apresentam
Notas
1 Entrevista concedida a Ferreira Gullar ao
Suplemento Dominical do Jornal do Brasil em
12 de janeiro de 1957. In: zilio, Carlos Zílio
(coord.) Oswaldo Goeldi. Rio de Janeiro: Puc-
Rio/Solar Grandjean de Montigny, s/d p. 111.
2 bandeira, Manuel. Andorinha, Andorinha.
Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1966,
p. 58–9.
temas sóciopolíticos, na contramão da
corrente social dos modernismo brasileiro
vigente na década de 30. No desenho ou
na gravura, a cidade de Goeldi conseguiu
dissolver o estigma do “exotismo
folclórico” carioca que Mário de Andrade
opunha ao cosmopolitismo moderno
paulista. O Rio de Janeiro desponta em
Goeldi sem narcisismo e livre dos aspectos
pitorescos. No seu papel, a cidade se
apresenta sincera e verdadeira. O Rio de
Janeiro teve em Goeldi o seu artista maior
da nossa modernidade artística.
Ficha técnica
CuradoriaMaria Eduarda Marques[currículo anexo]
Produção ExecutivaRoberto Padilla[dirigente e representante único da empresa
Artepadilla; anexa seleção de projetos realizados
nos últimos dez anos]
Programação Visuale Projeto GráficoContra Capa
Catálogo
Especificações TécnicasTiragem • 3.000 exemplares
Formato fechado • 22 x 23,5 cm
Formato aberto • 22 x 47 cm
Número de páginas • 128
Número de imagens • 90
Número de laudas • 20
Impressão • 4 x 4 cores capa e miolo; capa mole com lombada quadrada em couché mate 240g e laminação fosca; miolo em papel couché mate 150g.
Edição bilíngue.
Distribuição10% para distribuição gratuita à população de baixa renda, nos termos do art. 4º do Decreto nº 6.135, de 26 de junho de 2007
10% para distribuição gratuita promocional pelos patrocinadores
10% para distribuição gratuita promocional em ações de divulgação do projeto
20% para escolas públicas, bibliotecas, museus ou equipamentos culturais de acesso franqueado ao público, devidamente identificados, sem prejuízo do disposto no art. 44 do Decreto nº 5.761, de 2006
50% para distribuição para público visitante.
Orçamentor$ 567.778,97
(quinhentos e sessenta e sete mil, setecentos e setenta e oito reais, e noventa e sete centavos)
Projeto aprovado
em Lei do iss (wec 272/01/2016)
e na Lei Rouanet – Pronac 152.207
(r$ 607.420,00)
Cotas de patrocínioA definir
ContrapartidasReprodução da logomarca do Patrocinador nas peças gráficas:
Convite • 3 mil exemplares
Folder • 6 mil exemplares,
Catálogo • 3 mil exemplares
Banner • 1 na fachada do mnba
Painel de abertura da exposição
Reprodução do texto de apresentação do patrocinador nas primeiras páginas do catálogo e no espaço expositivo.
Cessão de exemplares das peças gráficas para o Patrocinador [quantidade a ser definida].
Citação do Patrocinador no release e nas entrevistas à imprensa
Outros a definir
Museu Nacional de Belas Artes
Avenida Rio Branco, n. 199 – Centro
Rio de Janeiro, rj
www.mnba.gov.br
O Museu Nacional de Belas Artes é uma das mais tradicionais e antigas instituições culturais brasileiras. Forma com a Fundação Biblioteca Nacional e o Theatro Municipal, um raro e preservado conjunto arquitetônico do início do século xx.
Acessibilidade e democratizaçãode acessoO Museu Nacional de Belas Artes, é adaptado às necessidades de acesso, mobilidade e serviços para pessoas portadoras de necessidades especiais, como determina o Inciso ii do artigo 27 do Decreto 5.761/06.
A exposição contará com gratuidade de entrada aos domingos.
Expectativa de público20 (vinte) mil visitantes, o que certamente atrairá expressivo registro de mídia, garantindo retorno institucional ao Patrocinador.
www.artepadilla.com.br
www.facebook.com/artepadilla.rio
Tels: [55.21] 3813.8309 | 9.8152.7119