o reino do_alimento_na_midia_social

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ERA UMA VEZ... Uma história curta ocorrida em um reino peculiar. Um reino que pertence a esta distante galáxia, de Gutemberg, possuindo mais súditos que todo o Reino Unido da Grã- Bretanha. Bem, nossa história se inicia em março de 2013, por volta do dia 12, mas ganhou notoriedade e valor histórico na manhã seguinte, pelos jornais da época, noticiando que um

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Uma pequena degustação do que será a 4º edição do curso de Marketing de Alimentos, Vendas e Consumo no Âmbito Internacional conduzido pela VERAKIS, na universidad Rey Juan Carlos de Madrid - Espanha. Prato cheio para os profisisonais da área de alimentos, bebidas, nutrição, gastronomia, que desejam ter uma vivência profunda do universo do marketing aplicado ao setor, na visão de acadêmicos e profissionais europeus e brasileiros de destaque.

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ERA UMA VEZ...Uma história curta ocorrida em um reino peculiar. Um reino que pertence a esta distante galáxia, de G u t e m b e r g , p o s s u i n d o m a i s súditos que todo o Reino Unido da Grã-Bretanha.Bem, nossa história se inicia em março de 2013, por volta do dia 12, mas ganhou notoriedade e valor histórico na manhã s e g u i n t e , p e l o s jornais da época, noticiando que um

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grande fabricante de alimentos, precisamente

bebidas nutritivas a base de soja, flavorizadas com

maças vermelhas, mobil izou um pequeno

destacamento logístico para recolher 96 unidades

de sua bebida saudável, contaminadas com

detergente de limpeza. Estas bebidas saudáveis a

base de soja, são produzidas e acondicionadas em

embalagens tetrapak, recheadas com imagens de

maças exuberantes, apetitosas e suculentas, um

brilho solar, e toda a saúde e natureza possível

para simbolizar as propriedades nutrientes da soja

para a saúde humana. Naquele mesmo dia, em

nosso peculiar reinado, os súditos começaram a se

perguntar sobre as notícias, que se espalharam

rápido como fogo.

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Assim, as mensagens ganharam

rapidamente o fluxo através do

Re i n o . C a d a u m a d e l a s

trazendo alguma compreensão

sobre o que acontecia no reino.

Velhos ícones do Castelo

Midiático da Publicidade,

apareceram até mais do que

poderiam imaginar quando

eram cavaleiros armados e

brilhantes da referência de

consumo na sociedade do

século passado.

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A esta altura, todos os grandes

cavaleiros midiáticos estavam de

partida para o campo de batalha,

conduzidos fielmente pela mágoa e

certa raiva dos súditos ao fato de que

uma cer ta fabr icante global de

alimentos e bebidas escorregou em seus

p r o c e s s o s p r o d u t i vo s e m u m a

milionésima fração de seu faturamento,

através das 96 embalagens de bebidas

de soja infectadas. Os esforços de

marca de maneira a restaurar algo de

sua anterior dignidade, esvanesceram

por completo diante da corrida que

dominou o reinado à época. A cada

hora, novos relatos vindos de todas as

partes do reino arrancavam ainda mais

alguns pedaços do que havia sobrado

da marca. Perceba, em alguma

dimensão, estamos aqui falando sobre

uma espécie de rebelião por entre os

habitantes do reino.

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Uma rebelião, ainda um tanto atípica no terreno das marcas globais, pelo alcance e estrago realizado. A

justiça dos comuns determinou uma alta soma a pagar, semanticamente, um justo valor monetário como

punição à companhia global, de forma a clarear qual era a lei, e quem a fazia cumprir naquele reinado.

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Então, o ponto aqui é trazer alguma

luz sobre o fato de que no curto

espaço de dois anos, duas grandes

companhias globais, Pepsico e

Unilever, tiveram praticamente a

mesma ocorrência em suas linhas de

montagem alimentícias. As multas e

penalidades aplicadas, ambas pela

jus t i ça comum e também pelo

mercado, pareceram ser de igual

d imensão, embora os números

houveram cresc ido quando da

situação de Unilever. Mas, no reinado

da mídia social, a revolta, as paródias,

o escárnio com que a marca foi

vitimada, apareceram de forma ainda

mais vigorosa. Não apenas as pessoas

produziam seus próprios conteúdos a

respe i to , como pr inc ipa lmente

deixaram claro o que de fato sentiram

sobre a marca e o ocorrido.

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Ok,sabemos que

e s t a s c o i s a s

acontecem aqui e

ali, em diferentes

m e r c a d o s e

segmentos. Mas,

quando se trata

da indústria de

a l i m e n t o s e

bebidas, leva por

ter ra uma das

c r e n ç a s m a i s

fortes penduradas

n a s o c i e d a d e

líquida, baseada

n o q u e u m a

marca sustenta

em seu âmago,

e m b a l a g e m e

posicionamento.

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Pois quando a subjetividade é sustentada principalmente pelo que associa como produtos, é quase um

acontecimento perceber que a confiança em sí próprio descansa em uma prateleira, opaca pela

duradoura embalagem em forma de jaqueta colorida que a abraça e um suco que cheira como maçã,

tem sabor de maçã,mas é na realidade, uma mistura de soja, flavorizantes e: detergentes.

A planície de mídia social que atualmente assegura a todos os seus súditos o direito mandatório à felicidade

cotidiana, em alguns casos, de hora em hora, se transforma em um liquidificador de angústia e frustração

contra os valores de marca, que revelam, na maioria dos casos, um simulacro em toda sua glória, um vácuo,

brilhante o suficiente pra esconder sua pálida cor real. Perceba, a coleção de imagens que nos rodeia nesta

pequena história foi totalmente colhida da mídia social em uma semana após o incidente ter ocorrido e se

transformado em notícia.

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Assim como na mídia tradicional, o tecido

da mídia social opera através da

simplicidade, alcance e repetição. O

p o n t o é q u e , q u a n d o t o d o s o s

consumidores podem produzir suas

próprias mensagens sobre as marcas que

consomem e as marcas normalmente

dialogam através de imagens de bem

estar, o diálogo passa a envolver réplicas

de consumidores carregadas em ironia e

criticismo no mesmo jogo de valores

utilizados pelas marcas. Castells construiu

uma matriz considerando localismo versus

globalização cruzando-se com outra

polaridade social, que é o comunalismo

versus o individualismo. Todo o movimento

dos consumidores sobre o suco Ades

pode ser um bom exemplo onde

encantadoras imagens retóricas não

podem se manter per si nas questões de

marketing nutricional.

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ENTÃO:Nosso ponto de reflexão se volta não para a questão de o quanto a Unilever foi de fato rápida e eficiente para retirar de circulação todo o lote danificado do mercado, ou ainda o quão amargos se tornaram os consumidores

quando se sentiram inseguros sobre o último dos valores tidos como assegurado. Mesmo assim, considerando que o consumo é uma interface clara entre a marca, a carteira e a confiança líquida social, talvez devêssemos prestar mais

atenção sobre o que de fato significa ser no reino da mídia social.

O curso MARKETING DE ALIMENTOS, VENDAS E CONSUMO

no ÂMBITO INTERNACIONAL endereça diversos assuntos em

torno da intersecção destes dois universos, unidos PELA VISão

eexperiência de profissionais e acadêmicos de expressão no

mercado europeu.

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Conduzido pela Verakis em sua quarta edição espanhola, o Curso

Marketing de Alimentos, Vendas e Consumo no Âmbito Internacional será oferecido pela Universidad Rey Juan Carlos em Madrid, durante o mês de julho de 2013.

Acadêmicos e profissionais europeus e brasileiros conduzem as discussões teóricas e as visitas a campo, onde os alunos terão a condição de análise in loco de diversas situações onde marketing e nutrição se colocam de forma clara, inequívoca, e ao mesmo tempo, sem a perspectiva de conflitos.

São apenas 15 vagas oferecidas a profissionais de marketing, nutrição, gastronomia, educação alimentar que desejam atualizar, aprimorar e redimensionar suas carreiras no cenário atual, onde a mídia se torna um reino particular, com mais súditos que diversas nações presentes no mundo, com maior volume de movimentação financeira e ideológica, do que diversos blocos econômicos jamais sonharam.