o regador | verão 2013

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Revista do Centro de Jardinagem e Arte Floral do Paraná - Cejarte. Ano 04 - Nº 16

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  • SAMAMBAIASAntigas habitantes do nosso planeta, as samambaias so protagonistas em casas e escritrios. Conhea um pouco mais!

    PLANTAS DESPOLUENTESConhea algumas espcies que contribuem com nossa qualidade de vida purificando o ar que respiramos!

    HORTA E POMARTomates e amoras: sabor e beleza na horta e no jardim

    vero

    Ano 04 - NO 16 - CEJARTE - DEZEMBRO 2013/JANEIRO/FEVEREIRO 2014Revista do Centro de Jardinagem e Arte Floral do Paran

    No incio, faa o imprescindvel. Depois o possvel. De repente, estar fazendo o impossvel So Francisco de Assis

    bromlias

    dis

    trib

    ui

    o

    gr

    atu

    ita

  • [ dezembro 2013 . janei ro . fevere i ro 2014 ]

    e d i t o r i a l

    Fazer jardins o mais puro dos prazeres humanos

    Roberto Burle Marx

    Ter um jardim!Fazer um jardim!

    Cuidar de um jardim!

    Mesmo que o seu jardim tenha o tamanho de um vaso.

    Mesmo que em seu jardim haja somente uma planta. Cuide

    bem dele.

    O prazer de se ter um jardim, o prazer que se tem ao cuidar

    de uma planta, indescritvel.

    Muitas vezes cuidamos de nossas plantas, de nosso jardim,

    sem aproveitarmos o benefcio que o germinar de uma

    semente, o brotar de uma planta recm podada, o surgir de

    um boto de flor e, por fim, este desabrochar de beleza, de

    suavidade e de amor que uma flor.

    Desde uma simples margarida at uma belssima rosa ou

    uma sofisticada orqudea, todas elas nos ajudam a termos

    uma vida mais alegre.

    O que seria do mundo, das pessoas, de mim, sem as flores?

    Regina MoReiRa RodRigues

    rua marciano dombeck, 106Curitiba-PrCEP 80240-64041 3244.6165 [email protected] blog: http://cejartecuritiba.blogspot.com

    http://facebook.com/cejartecuritiba

    http://facebook.com/revistaoregador

    A revista O Regador uma publicao trimestral, produzida por iniciativa do Centro de Jardinagem e Arte Floral do Paran, entidade de Utilidade Pblica Municipal, conforme a Lei 26/91 de 10/04/1991 e Estadual, Lei 9.615 de 05/06/1991. A publi-cao aberta a todos que desejem colaborar e os artigos so de inteira responsa-bilidade dos seus autores.

    EquipE EditorialRegina Moreira Rodrigues, Raquel Moraes, Juliana Moraes

    rEdaoRaquel Moraes, Juliana Moraes

    rEvisoRaquel Moraes

    CoordEnao dE ComuniCaoRaquel Moraes

    dirEo dE artELouise Pereira, Raquel Moraes

    diagramaoLouise Pereira

    Colaborao Marilda Gnatta Dalcuche, Toni Backes, Paula Fagundes

    FotograFiasRaquel Moraes, Regina Moreira Rodrigues, Marilda Gnatta Dalcuche, Shutterstock, sxc.hu e acervo pessoal dos colaboradores

    agradECimEntosSecretaria Municipal de Meio Ambiente de Pinhais, Carlos Eduardo Brandl, Juliana Zanetti Ribeiro, Toni Backes e Paula Fagundes.

    imprEsso Grfica Capital

    FontEs bibliogrFiCasEnciclopdia Ilustrada 1001 Plantas e Flores, Valrio Romahn, Editora Europa, 2008; Encyclopdie ds Fleurs ET Plantes de Jardin, Slection Du Readers Digest, 1982; Sa-voir Tout Faire au Jardin, Slection Du Readers Digest, 1983; Enciclopdia Ilustrada: 2200 Plantas e Flores. Volume 3 Flores e Folhagens Herbceas, Valrio Romahn, Edi-tora Europa, 2007; Dicionrio das Plantas teis do Brasil, M. Pio Corra, Ministrio da Agricultura, 1984; Guia Rural Abril; Biblioteca Natureza Life As Plantas, 1971

    Foto CapaGuzmania x hybrida. Crdito: Raquel Moraes

    d i r e t o r i a ( e l e i t a - 2 0 1 0 / 2 0 1 4 )CEJartEPresidente: Regina Moreira RodriguesVice-Presidente: Lourencita B. BoscardinDIRETORIA ADMINISTRATIVA Primeira Diretora: Vnia Meira MachadoSegunda Diretora: Jussara Maria Saade TeixeiraDIRETORIA FINANCEIRA

    Primeira Diretora: Leyla Gomes de Mattos PedrosoSegunda Diretora: Iara Cristina I. do Brasil CoutinhoDIRETORIA TCNICA Primeira Diretora: Elisabete da SilvaSegunda Diretora: Marilda DalcucheDIRETORIA SOCIAL Primeira Diretora: Rachel Maria Pereira NatividadeSegunda Diretora: Maria Luiza AmatuzziDIRETORIA CULTURAL Primeira Diretora: Nelly de Mattos MehlSegunda Diretora: Karen SprengerDIRETORIA DE EVENTOS E TURISMO

    Primeira Diretora: Marisa Mathias GorskiSegunda Diretora: Dirce Marques Mira

  • sumrio dezembro 2013 . janeiro . fevereiro 2014

    06 e n t r ev i s t aPINHAIS - PAISAGISMO E JARDINAGEM NO CONTEXTO DE CIDADESecretaria Municipal de Meio Ambiente de Pinhais

    CAPABromlias

    FLORES E PLANTASBromlias

    TEMPO (CRONOLgICO) NA JARDINAgEMToni Backers

    PLANTAS QUE PURIFICAM O AR

    ORQUDEASAdubao de orqudeas

    HORTATomate

    POMARESAmora

    10

    15

    18

    2430

    34

    SAMAMBAIAS Histria e beleza

    PAISAgISMO EM AQURIOSMoby Dick

    CURIOSIDADEO que um jardim botnico?

    PROgRAMAO DO CEJARTE

    36

    38

    444856

    45

    46

    50

    e a i n d a

    Reflexo

    Livro Antigo

    Carto de Natal

    10

    38

    r e p o r t a g e n s

    36 anncio outubro rosa

    0630

  • PinhaisPaisagismo E JardinagEm

    no ContExto dE CidadE

    Alguma vez voc j imaginou de que maneira so administrados os jardins pblicos de sua cidade? Quantas pessoas so necessrias para manter em ordem canteiros de gramados, flores, rvores, hor-tos municipais, parques, etc.? O Regador foi at o municpio de Pinhais, na regio metropolitana de Curitiba, para conversar com a Secretaria Municipal

    de Meio Ambiente, que gentilmente nos apresen-tou um pouco de Pinhais e nos esclareceu algumas curiosidades da gesto pblica deste municpio em relao jardinagem, em visita acompanhada pela Biloga Juliana Zanetti Ribeiro e pelo Gerente de Limpeza Urbana e Manejo de Resduos, Carlos Eduardo Brandl.

    or QUAL A REA DO MUNICPIO DE PI-NHAIS E QUANTOS HABITANTES POSSUI ATUALMENTE?

    CEB O Municpio de Pinhais foi criado em 1992, aps seu desmembramento do Municpio de Pira-quara. Possui 61,137 km, sendo seu territrio 100% urbano. O municpio conta, segundo dados de 2010 do IBGE, com 117.008 habitantes. Pertence Regio Metropolitana de Curitiba, estando a 07 km da capital paranaense.

    6 7

    entrevista OR entrevista OR

  • or O RgO RESPONSVEL PELOS ASSUNTOS DE JARDINAgEM E PAISAgISMO DO MUNICPIO A SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE. QUANTAS PESSOAS ATUAM DIRETA E INDIRETAMENTE NESSE DEPARTAMENTO E QUAIS AS FUNES DESSA EQUIPE NA ADMINISTRAO DE PINHAIS?

    CEB A Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SEMMA conta no seu qua-dro com 30 auxiliares operacionais, sendo que 08 deles atuam na manu-teno de bosques, parques, praas e campos de futebol, 09 no paisagismo de vias pblicas. Os demais funcio-nrios atuam em funes de limpeza urbana, corte e poda de rvores em vias, raspagem de meio fio e demais funes dentro da Secretaria. O Muni-cpio conta com o Bosque Municipal Central, Bosque Municipal do Bordig-non, alm das praas nos bairros equi-padas com parquinhos, canchas e aca-demias ao ar livre para a promoo do lazer. A SEMMA tambm conta com equipe tcnica formada por Biloga, Engenheira Ambiental, Engenheiros Florestais e Tcnicos Ambientais que

    atuam no planejamento das ati-vidades rotineiras como: escolha das espcies de flores e folhagens a serem plantadas nas diferentes pocas do ano, plantio de rvores nativas baseado em critrios tc-nicos, reaproveitamento de res-duos para produo de insumos atravs de tcnicas composta-gem, avaliao de corte e podas de rvores, elaborao do plano municipal de arborizao e paisa-gismo urbano, reconstituio de mata ciliar, planejamento e coor-denao de produo de mudas no Horto Municipal. O trabalho tcnico e operacional essencial ao embelezamento da cidade, visando qualidade de vida dos cidados, pois uma cidade limpa e ajardinada propicia a reduo do stress e o respeito natureza.

    Como investimento nesta rea e visando o abas-tecimento dos insumos necessrios ao desen-volvimento das atividades de ajardinamento, o Municpio conta com um Horto Municipal, com estrutura de 70 mil m, localizado no bairro Par-que das Nascentes. Atualmente, o Horto possui capacidade para armazenar 120 mil mudas. Entre os principais objetivos do local est a economia de recursos municipais, atravs da produo de mudas, mediante parcerias realizadas para a aqui-sio de sementes de rvores nativas. Encontra-se em estudo a implantao de projeto de compos-tagem, aproveitando os resduos verdes prove-nientes da limpeza urbana (galhos de rvores e restos de jardinagem), para a produo de adubo orgnico. Objetiva-se com esse espao, alm da produo de mudas e insumos, torn-lo um cen-tro para Educao Ambiental, atuando principal-mente com as crianas da rede de ensino.

    8 9

    entrevista OR entrevista OR

  • BROMLIAS Condies bsicas de cultivo: luz difusa, temperaturas altas, umidade e ventilao.

    As bromlias podem ser:

    terrestres: quando crescem no solo;

    rupcolas: quando crescem sobre paredes, muros, roche-dos ou afloramentos rocho-sos;

    Epfitas: quando crescem so-bre as rvores.

    ALIMENTAO E FIXAO As folhas da maioria destas plantas crescem em forma de roseta, curvadas para dentro e se sobrepondo umas sobre as outras, o que forma uma cavidade que conserva a gua no centro da planta.

    As bromlias rupcolas e epfitas utilizam suas razes mais para fixao do que propria-mente para alimentao. Portanto, sua nutrio vem especialmente da gua acumulada nos copos entre as folhas, que por sua vez possui grande quantidade de material org-nico proveniente de insetos mortos, poeira, restos de folhas, etc.

    Vriesea hybrid

    guzmania x hybrida

    As Bromlias pertencem famlia Bromelia-ceae, composta por mais de 3000 espcies descritas em aproximadamente 56 gne-ros, sendo nativas, quase em sua totalidade, da Amrica do Sul e Antilhas.

    Os representantes da famlia Bromeliaceae j eram conhecidos e utilizados pelos n-

    dios das Amricas h sculos e o primeiro registro feito pelos europeus de sua utiliza-o se deu quando Cristvo Colombo de-sembarcou em 1493, na ilha de Guadalupe, pois os ndios que ali viviam j cultivavam o abacaxi. O seu nome indgena era Iina-na, que significa fragrante, cheiroso, dan-do origem ao seu nome cientfico Ananas

    comosus (L.) Merrill. O nome bromlia foi proposto no fim do sculo XVII por Charles Plumier, um explorador e botnico francs, como uma homenagem ao mdico e bot-nico sueco Olaf Bromel, devido s diversas coletas que havia feito em conjunto com Charles Plumier no Paraguai (BROMELIADS SOCIETY INTERNATIONAL, 2011).

    10 11

    capa ORcapa OR

  • CURIOSIDADE Ao contrrio do que se pode pen-sar, a gua acumulada entre as fo-lhas das bromlias no se configura como um foco de propagao do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. A gua acumulada entre as folhas se transforma rapidamente em um pequeno e rico ecossistema, sendo continuamente absorvida pela planta, suprindo-a com nu-trientes.

    De acordo com uma pesquisa de-senvolvida pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC), da Fiocruz, em 2007 apenas 0,07% e 0,18% de um total de 2.816 formas imaturas de mos-quitos coletadas nas bromlias [do Jardim Botnico do Rio de Janei-ro] durante o perodo de um ano correspondiam ao Aedes aegypti e Aedes albopictus, sugerindo que as bromlias no constituem um pro-blema epidemiolgico como foco de propagao ou persistncia des-ses vetores.

    Fonte: http://mulher.uol.com.br/casa-e-decoracao/noticias/reda-cao/2013/01/11/faceis-de-manter--bromelias-sao-lindas-e-nao-atra-em-mosquito-da-dengue.htm

    12 13

    capa ORcapa OR

  • (Tillandsia geminiflora)

    Origem: Amrica do SulPorte: at 15 centmetros de alturaFlores: primavera e veroPropagao: sementes ou filhotes nascidos ao lado da planta-me

    (Ananas bracteatus)

    Origem: Brasil, Argentina e ParaguaiPorte: at 80 centmetros de alturaFruto vermelho, comestvel, porm muito cido.Propagao: sementes, brotos que se formam no fruto ou diviso de touceiras.

    TILNDSIA-ROSA

    ABACAxI-VERMELHO, ANANS-ORNAMENTAL

    /flores e plantasFLORAO Em geral as bromlias florescem apenas uma vez durante toda a vida. Porm, antes de mor-rerem, elas deixam brotaes laterais junto s suas razes para que, desta maneira, propa-guem sua espcie mais facilmente, j que suas sementes demoram consideravelmente para germinar.

    FOLHAGEM

    A colorao da folhagem pode variar de acor-do com a espcie, sendo possveis folhas ver-de intenso em sua totalidade, como folhagens rosadas, arroxeadas, cinzas, com listras brancas ou manchas.

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    flores & plantas ORcapa OR

  • (Guzmania x hybrid)

    Origem: plantas desenvolvidas por diversos cruzamentos entre espcies do mesmo gnero e melhoramento gentico.Porte: varivelFlores: longas e eretas, com cores, formas e perodos de florao diversos.Propagao: filhotes nascidos junto planta-me e sementes.

    (Neoregelia Donger)

    Hbrido com as mesmas caractersticas da Neoregelia Fireball, porm de folhas verdes, com tons avermelhados e bordas branco-avermelhadas.

    (Vriesea x hybrid)

    Origem: plantas desenvolvidas por diversos cruzamentos entre espcies do mesmo gnero e melhoramento gentico.Porte: at 60 centmetros.Flores: duradouras, surgem em poca varivel, normalmente amarelas, vermelhas ou alaranjadas.Propagao: filhotes nascidos junto planta-me e sementes, menos frequentemente.

    (Neoregelia Fireball)

    Origem: desconhecida. Discute-se, entre especialistas, sobre qual seria a origem da planta.Porte: at 15 centmetros de altura.Flores: pequenas, no centro das rosetas, em tom azul-anil.Folhas: marrom-avermelhadas/vinho. Quando cultivadas na sombra, as folhas normalmente adquirem tom esverdeado.Propagao: filhotes nascidos junto planta-me e sementes.

    gUZMNIA

    VRISIA

    BROMLIA-FIREBALL

    BROMLIA-FIREBALL-DONgER

    16

    flores & plantas OR

  • NA JARDINAgEMTempo (cronolgico)

    TEMPO, TEMPO, TEMPO...

    RELgIO BIOLgICO, CALENDRIO

    E ESPIRAIS DO TEMPO

    por Toni Backes e Paula Braga Fagundes

    Na mitologia grega, o tempo representado principalmente por duas entidades: Chronos e Kairs. Enquanto o primeiro refere-se ao tempo cronol-gico, sequencial e linear, que pode ser medido, Kairs refe-re-se a um momento, opor-tuno, especial. Hoje em dia, a palavra tambm significa o tempo climtico, em grego. Seguindo essa ambiguidade, comeo esta reflexo expon-do a diferena entre os dois: o tempo climtico e o tempo cronolgico. Ao fazer jardim, com o passar do tempo (cro-nos), num tempo (climtico) extremamente varivel como

    O tempo (ou a falta de) nos dias de hoje, em que respeitamos horas e turnos definidos pelo relgio, nos leva a uma ansiedade gigantesca, deixamos de respeitar os ciclos e ritmo biolgico para nos encai-xarmos em um tempo artificial, o qual penosamente tentamos cumprir. Como comenta Eliane Brum, as-sim como o ar a atmosfera do corpo, o tempo a atmosfera da mente. Se o tempo no qual vivemos consiste em meses e dias desiguais, regulados por minutos e horas mecanizadas, nisto que se trans-forma nossa mente: uma irregularidade mecanizada.

    A origem dos meses do calendrio grego-riano que utilizamos atualmente foi basea-da em uma diviso espacial e no temporal, dividindo-se um circulo de 360 em 12 par-tes, que representam os meses que variam de 28 a 31 dias. O uso prolongado deste calendrio irregular, que no representa os ciclos naturais, colocou a humanidade em uma frequncia diferente e desconexa da frequncia do ambiente ao redor, onde os ciclos, alm de serem regidos pelo Sol, tam-bm so regidos pelo ciclo lunar.

    (...) o mundo vai ficando cada vez mais materializado, artificial, mecanizado. Esta-mos regidos por um relgio, com hora de 60 minutos, que nos escraviza em nosso dia-a--dia, nos indicando a hora para tudo, atro-fiando o relgio biolgico que existe dentro de ns e cada vez mais nos transformando mesmo em verdadeiras mquinas (Carti-lha: Aprendendo a Lei do Tempo.)

    o clima subtropical do Rio Grande do Sul, fui perceben-do o quo difcil dominar es-tas variveis sem se estressar. Considero isto uma arte a ser constantemente aprimorada. Um planejamento no pode ser duro e cronometrado. Temos que dar chances aos acasos de n fatores, especial-mente o climtico, para quem trabalha em reas externas como no caso da jardinagem. Como fatores de chuva, sol, vento, etc. so bem percebi-dos pela maioria dos jardinei-ros, procuro falar a seguir s do tempo cronolgico e sua influncia.

    Uma espiral no pode ser detida, uma vez que se pem em movi-mento e, como ocorre com a narrao de uma histria, o comeo nos leva adiante. Cada histria diferente, cada espiral diferente, mas todas contm o elemento tempo. (...) Uma das razes de meu xito que no luto contra os elementos. Quem luta contra eles so torpes. Existem pessoas que querem seguir ativas quando chove, ou quando neva, ou pela noite, ou quando estamos doentes. Mas estas so situaes em que a natureza quer que estejamos tranqui-los. (...) Isolar-se da natureza como viver em uma nave espacial e o homem no nasceu para estar nela!

    Hundertwasser (Harry Rand, Ed.Taschen)

    ... e a frieza do relgio no compete com a quentura do meu corao (Corao Noturno de Raul Seixas)

    Foto: Eirik Solheim

    Desenho: Toni Backes (2012)

    Civilizao estranha, onde o tempo medido

    em relgios.

    Eduardo Galeano

    365 dias em uma foto, a vegetao marca os

    ciclos que nos cercam.

    18 19

    PAISAGISMO REGENERATIVO OR PAISAGISMO REGENERATIVO OR

  • Temos a mania de olhar para a natureza ao redor sob um olhar muito humano (e como poderamos fazer diferente?) e nos esquece-mos de considerar que o meio que nos cerca faz parte de processos que diferem da escala temporal da vida humana. O tempo de vida de uma planta, de um inseto, de formao do solo, de processos ecolgicos, entre outros, ocorrem em outro ritmo. Muitas vezes queremos acele-rar esses processos e ter tudo de imediato, mas a vida ao nosso redor to mais complexa...

    LET IT BE (OU DEIxE FLUIR...)

    Recentemente Liane Alves, em um texto na revista Vida Simples, abordou esse assunto e nos questiona Qual foi a ltima vez em que voc sentiu o prazer de soltar as rdeas e dei-xou de controlar a situao, de manipular e se preocupar, para que as coisas acontecessem do jeito que tm de acontecer? Qual a ltima vez que treinamos com o desconhecido? Com o inesperado?

    A vida no se expressa apenas dentro da mar-gem estreita do que pensamos que vai acon-tecer. Isso querer sufoc-la, criar uma grade interna de segurana e pensar que a existncia s vai fluir dentro daquele quadradinho imagi-nado por ns. Ou ficar apavorado e em pnico quando ela se recusa a ficar enjaulada ali. As situaes tomam propores muito diferen-tes a partir do momento que simplesmente aceitamos que com o passar do tempo coi-sas acontecem e se transformam em outras: por ora melhores ou piores, relativas.

    O senhor... Mire veja: o mais importante e bonito, do mundo, isto: que as pessoas no esto sempre iguais, ainda no foram termi-nadas mas que elas vo sempre mudando.

    Afinam ou desafinam. Verdade maior. o que a vida me ensinou. Isso que me alegra,

    monto.

    Guimares Rosa em Grande Serto Veredas

    Paisagismo pressupe a interveno humana: o que importa a natureza e os objetivos dessa interveno. E, para intervir, preciso conhecer, entender como funciona a paisagem, como os seus com-ponentes agem e moldam a paisagem. Essa sede de saber vai da cos-mo-paisagem ao pequeno jardim, essa rede fantstica de interaes que tudo une. O prprio conceito de ecossistema tem nessa rede sua lacuna, pois no existe nenhum ecossistema completamente isolado. A vida pode ser compartimentada para fins didticos e de anlise, mas jamais se deve perder a viso do todo e a conscincia dessa rede (BACKES, 2005)

    O medo do acaso e a obsesso de querermos dominar tudo, inclusive o tempo, ajudam a construir muros e jardins minimalistas

    estticos. (Toni Backes, 2013)

    Alm de cumprir a to apreciada funo ornamental, o jardim, sempre que possvel, deve servir como um local de conexo de biodiversida-de. Atravs da preferncia pelo uso de espcies nativas da regio ele pode ter a funo de corredor ecolgico ao ligar reas remanescen-tes de paisagens fragmentadas pela atividade humana. Estas esp-cies, por estarem integradas fauna, flora e clima local, propiciam um maior trnsito e troca gentica entre estes fragmentos.

    Por fim, um dos ensinamentos mais importantes para aguarmos nos-sa percepo praticar o exerccio da CONTEMPLAO. Habitue-se a observar, a ter momentos em que olhar para o jardim seja parte da manuteno e da colheita do mesmo. Como as plantas tem um padro de crescimento diferente do nosso, puxe o freio. NO TENHA PRESSA, o jardim no precisa ser feito ou analisado todo de uma vez, d mais chances para o ambiente expressar suas vontades. Observe.

    Este tipo de olhar era exercido tambm pelo ambientalista e paisa-gista Jos Lutzenberger, como relatado por Paulo Backes (2005): Imediatismo no era com ele. Trabalhava com um profundo respeito com o tempo para os processos ocorrerem, como a decomposio da matria orgnica, a recuperao de um solo, o acompanhamento da evoluo da paisagem, as sucesses biolgicas. Alis, a palavra chave para entender o paisagismo de Lutzenberger justamente a evolu-o. O avano dos processos geoambientais no espao e tempo.

    Apesar de este trecho referir-se a pes-soas, ele pode ser facilmente estendido para outras esferas da vida. As pessoas, as plantas, as rochas... todos, invaria-velmente, so submetidos ao do tempo. O mais interessante no est na questo corriqueira de que o tem-po passa e provoca mudanas, mas o fato de no relacionar a uma melhora ou piora simplesmente assume que tudo mutvel e inacabado. As coisas afinam e desafinam, vo e voltam, so cclicas. Ao aceitarmos que no precisa-mos previamente enquadrar as mudan-as como algo definitivo, bom ou ruim, nos permitimos admirar os diferentes caminhos que elas podem tomar e des-cobrir novas possibilidades. Como seria pensar um jardim assim?

    PROJETANDO UM JARDIM DIS-TRADO PELO ACASO

    Nunca pensei em fazer um jardim bidi-mensional, jardim sempre tem uma terceira

    dimenso. E outra coisa importante a quarta dimenso: o tempo necessrio

    para se observar esse espao. O Tempo se incumbe da arte do paisagismo.

    Paisagista Roberto Burle-Marx

    Seguimos, ao projetar um jardim, uma viso holstica onde a localizao da ve-getao no segue uma viso mecnica e linear, mas sim uma forma dinmica, que joga com as espcies existentes, com as que esto nascendo espontaneamente e com aquelas que sero implantadas. Con-tando ainda com a ao do tempo, que se incumbe da arte do paisagismo, surge uma situao na qual alm das variaes esperadas das plantas com o passar dos anos, entram fatores imprevisveis, geran-do canteiros de diversidade pujante.

    Sendo assim, nossa concepo no lo-calizar exatamente cada muda de planta nos canteiros, mas apenas dar indicaes de quantidades de mudas e espcies. O plantio se adaptar de acordo com as condies de cada local, as interaes en-tre as espcies e o acaso do ambiente na-tural. A observao e a manuteno par-cial do que est por vir pode resultar em modificaes significativas na compo-sio e formato dos canteiros, podendo reduzir custos na mo de obra de plantio e na aquisio de mudas.

    Seco de tronco de uma sequoia gigante

    20 21

    PAISAGISMO REGENERATIVO OR

  • Os jardins ecolgicos so ambientes que pro-movem a vida, estimulando o desenvolvimento saudvel de inmeros seres vivos. Neles coabitam desde seres unicelulares at plantas e animais que interagem suas elevadas vibraes com os seres humanos naquele espao. Tambm so chamados de jardins energticos, teraputicos. Aplicando conceitos de Permacultura, Geobiolo-gia e Feng Shui, correntes de ensinamentos que trazem ferramentas excepcionais para o uso na prtica, procura-se criar pequenos ecossistemas.

    Quanto mais diversidade tivermos no jardim, mais chances termos de recriar um ecossistema e aprendermos sobre o seu desenvolvimento.

    Exemplificando a influncia da forma em nossa percepo do local: as curvas sinuosas de canteiros fazem nossa conscincia lembrar de um ambiente natural e estimulam a fluides da energia vital.

    Um jardim com profuso de flores e frutos produz vida e energia pulsante, melhorando as vibraes de quem passa por ele, compartilhando alimen-tos, aromas e beleza. Ao contrrio, jardins onde grama e plantas so constantemente podadas so incompletos, pois fica faltando a verdadeira inteno da vida crescer e multiplicar.

    Um jardim produtivo e esttico nos leva a interagir com seus ciclos naturais, flora e fauna, e proporciona tambm espaos de lazer ldicos e contemplativos. Qualquer pessoa com inteno de interagir dessa forma est habilitada a ter seu jardim vibracional, desde aqueles que tm jardins em vasos at grandes proprietrios de terras.

    Trecho da introduo do livro Paisagismo para celebrar a vida Jardins como cura da paisa-gem e das pessoas, do engenheiro agrnomo e paisagista gacho Toni Backes.

    22 23

    PAISAGISMO REGENERATIVO OR

  • PLANTASque purificam o ar

    As plantas dentro de nossas casas ou nos ambientes de tra-balho trazem indiscutivelmente dois grandes benefcios para a nossa sade e bem-estar. Em primeiro lugar elas nos ajudam, com sua beleza, a enfrentarmos nossos problemas cotidianos. Uma orqudea, um lrio-da-paz, um pequeno vaso de crisnte-mos florido, nos trazem alegria e tiram nossos pensamentos do cotidiano de nossas profisses. Uma bonita samambaia com suas folhas pendentes nos pro-porciona tranquilidade.

    O contato com um artigo da revista francesa Lami ds jardins et de la maison de setembro de 2005, que tratava de plantas despoluentes em nossas casas, nos estimulou a apresentar ao leitor um pouco sobre o assun-to, com base neste texto valioso da publicao francesa.

    Segundo os estudos, as plantas so responsveis pela reduo de:

    15%

    31%

    32%

    38%

    45%

    20%

    da irritao nos olhos

    da irritao na garganta

    da fadiga

    da tosse

    da dor de cabea

    da poeira existente no ar

    Os autores tiveram como base para o tema uma pesquisa re-alizada pela NASA h mais de 30 anos e tambm estudos rea-lizados pelo Centro Cientfico e Tcnico da Cidade de Nantes, na Frana. Eles chegaram concluso de que algumas plantas dentro de casa e nos ambientes de trabalho, alm de fazer-nos sentir mais felizes e contentes, influenciam consideravelmente na melhoria da qualidade do ar desses locais.

    24 25

    A PLANTA E O AR OR A PLANTA E O AR OR

  • Resultados to expressivos em relao qualidade do ar se somam a benefcios como a possibilidade do uso das plantas para a reduo de rudos no ambiente e confirmam o quanto elas nos auxiliam em nos-so dia a dia. Conhea algumas plantas ideais para a purificao do ar.

    CloroFito, planta-aranha (Clorophytum comosum)

    CoquEiro-dE-vnus(Dracaena fragrans)

    draCEna-dE-madagasCar(Dracaena marginata)

    grbEra(Gerbera jamesonii)

    hEra(Hedera helix)

    imb(Philodendron bipinnatifioum)

    pothos(Epiprennum aureus)

    Espada-dE-so-JorgE(Sanseveria trifasciata)

    EspatiFilum(Spathiphyllum wallisii)

    singonium(Ficus elastica) (Ficus benjamina)

    FilodEndro(Philodendron scandens)

    samambaiaSaiba mais na pgina 38!

    26 27

    DICAS E TRUQUES OR DICAS E TRUQUES OR

  • 28

    CEJARTE OR

    Curso de jardinagem

    e paisagismoCejarte 2014

    Em 2014 o Centro de Jardinagem e Arte Floral do Paran oferece Curso de Jardinagem e Paisagismo para profissionais e amadores.

    Para mais informaes, utilize o e-mail [email protected] ou telefone, a partir do ms de janeiro de 2014, para (41) 3244-6165.

    O CEJARTE fica na Rua Marciano Dombeck, nmero 106, em Curitiba.

  • Laelia purpurata

    Os elementos qumicos utilizados pelas plantas so divididos em duas partes, de acordo com as quan-tidades por elas recebidas: macronutrientes (quan-tidades maiores) e micronutrientes (quantidades muito pequenas).

    Existem adubos que so dissolvidos na gua e pulverizados sobre as folhas e razes. Outros so utilizados na forma de farelo e aplicados sobre o substrato (longe das razes), na borda dos vasos, na proporo de meia colherinha de ch, uma vez ao ms. As pessoas que possuem poucas plantas e pouco tempo para se dedicarem ao seu cultivo, geralmente preferem o adubo aplicado sobre o substrato.

    Os adubos trazem no rtulo as quantidades das substncias na ordem NPK. Um adubo igualmen-te balanceado em nitrognio, fsforo e potssio (18-18-18), dissolvido em gua na razo de 1 gra-

    Macronutrientes: nitrognio (N), fsforo (P), potssio (K).

    O nitrognio necessrio para o desenvolvimento da parte vege-tativa da planta (folhas, razes e novos brotos). O fsforo favorece a florao. O potssio d resistncia planta.

    Micronutrientes: clcio (Ca), magnsio (Mg), enxofre (S), boro (B), cloro (Cl), cobre (Cu), ferro (Fe), molibdnio (Mo), zinco (Zn), Manga-ns (Mn), Cobalto (Co), Sdio (Na).

    O clcio auxilia no crescimento e desenvolvimento das clulas. O magnsio essencial para a fotossntese (gs carbnico e gua transformados em acares com o auxlio da luz solar). O enxofre auxilia na formao de protenas, alimento fundamental para as plantas. O clcio e o magnsio so os mais importantes. Os elemen-tos restantes so necessrios ao desenvolvimento das plantas, sen-do que a deficincia dos micronutrientes se faz notar pela reduo do crescimento, amarelecimento das folhas, a presena de doenas fngicas, entre outros.

    Na natureza, as orqudeas recebem o alimento produzido pelas folhas em de-composio, resduos de insetos e gua da chuva que escorre pelas rvores car-regando nutrientes. O alimento orgni-co ou natural depender da poca em que produzido e de sua matria-pri-ma. Portanto, a quantidade de nutrien-tes no poder ser medida e repetida. Poderemos us-lo para adubar nossas plantas, mas no teremos o controle da qualidade e quantidade desses nutrien-tes que estamos aplicando.

    No ambiente domstico ou comercial, o meio de cultura mais utilizado hoje para orqudeas a casca, com a adio de maior ou menor quantidade de ma-teriais inertes capazes de reterem umi-dade (carvo, pedrisco) ou de torn-lo mais leve e proporcionar maior aerao para as razes (isopor, cortia, seixos). Po-rm, nenhum desses materiais fornece planta qualquer alimento.

    O presente artigo focalizar o uso do adubo qumico que consistente, uma vez que seu contedo poder ser me-dido e repetido. Produzido em escala industrial, tambm chamado de ferti-lizante.

    ADUBAO

    Dendrobium thyrsiflorum

    de orqudeas

    30 31

    ORqudeas OR

  • Alguns adubos venda no mercado

    Miltonia flavescens

    Adubo de substrato, colher de ch sobre o substrato, salpicado prximo da borda do vaso.

    Alguns pulverizadores encontrados no mercado.

    ma para 1 litro e aplicado uma vez a cada 15 dias por aproximadamente 9 meses (a partir do final da florao) e uma alimentao contendo mais fsforo (10-30-20) durante o restante do ano, o que na maioria das plantas coincide com o surgimento de novas hastes florais, fornecer nutrientes su-ficientes para dar s plantas florao exuberante.

    Existem, no obstante, muitas opini-es nesta questo. Alguns produtores usam fertilizantes 20-20-20 durante todo o ano, outros usam fertilizantes com contedo maior de fsforo ou po-tssio; alguns do alimento enquanto as plantas esto em flor; outros alimen-tam somente uma vez por ms; e por a vai. E certamente todos acreditam que o seu mtodo o nico corre-to. Uma boa regra para seguir fazer uma escolha e ficar com ela. Adubar as plantas com intervalos de tempo regu-lares, seja de 15 em 15 dias ou uma vez por ms, mas seguir sempre a mesma regra. Mudanas constantes causam desequilbrios perigosos que raramen-te do resultados satisfatrios.

    aconselhvel regar as plantas abun-dantemente antes da adubao, a fim de lavar quaisquer resduos de sais mi-nerais e molhar as razes em prepara-o para um novo alimento. O acmu-lo de sais pode causar srios prejuzos s razes, especialmente se o substrato no est suficientemente mido. O melhor horrio para adubar o incio da manh ou final da tarde, evitando os horrios quando o sol est forte.

    Tambm interessante agrupar plantas que florescem na mesma poca. Assim, a partir de trs meses antes da florao, pode-se comear com um adubo mais rico em fsforo. Por exemplo: NPK 10-30-20.

    Para as mudas pequenas, o crescimento das razes, pseudobulbos e folhas a prin-

    cipal funo. interessante um adubo com maior quantidade de nitrognio. Exemplo: NPK 30-10-10.

    Adquira sempre produtos que apre-sentem na embalagem as instrues do fabricante para a sua aplicao. Aplicar concentraes maiores do que

    se recomenda no faro com que as plantas cresam de manei-ra mais rpida e ainda podero queimar as razes e folhas. mais interessante alimentar suas plantas com a metade da quantida-de e o dobro do perodo de tempo indicados no rtulo.

    Toda orqudea responde muito bem quando recebe um progra-ma de adubao. Se estiver bem alimentada, ela vai agradecer com um belo sorriso em forma de flores.

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    ORqudeas OR ORqudeas OR

  • Uma das hortalias mais difundidas em todo o mundo, o tomate originrio das regies andinas, na Amrica do Sul, mais especificamente, Peru e Equador.

    Muito antes de Colombo chegar a terras americanas, este vegetal j era um anti-go conhecido dos habitantes da Am-rica e foram os astecas, habitantes das Amrica Central e do Norte, os respon-sveis por cham-lo de tomate, nome utilizado at hoje.

    Em meados do sculo XVI, quando os espanhis o levaram para a Europa, a planta foi, inicialmente, utilizada de ma-neira ornamental, presente nas estufas da nobreza daquela poca.

    A partir da, o tomate ganhou diversos nomes pelo mundo, assim como his-trias relacionadas ao seu consumo. Os franceses acreditavam em suas pro-

    Para produzir tomates em sua horta ou variedades ornamentais para o seu jar-dim, O Regador apresenta algumas di-cas gerais de cultivo:

    - O tomateiro gosta de climas tempera-dos e com temperaturas entre 15 C e 30 C. Em regies mais frias, necessrio recorrer a estufas.

    - Forme mudas a partir de sementes de boa qualidade.

    priedades afrodisacas e, graas a isso, lhe chamaram de pomme dmour, no portugus ma do amor. Tambm os ingleses logo comearam a chamar-lhe love apple. J os italianos, interessados em uma variao amarela, batizaram-no de pomo doro, no portugus ma de ouro.

    Apesar do sucesso que o tomate come-ava a fazer na poca, muitas pessoas temiam consumi-lo at meados do s-culo XIX, por consider-lo venenoso. O motivo da desconfiana estava em suas origens. O tomate pertence fa-mlia das Solanceas, grupo no qual se encontram diversas plantas venenosas, alm das conhecidas berinjela, batata, pimento, pimenta, entre outros.

    A planta tem um caule flexvel com mui-tos ramos laterais recobertos de pelos e uma substncia ligeiramente pegajo-

    - O tomate pode ser cultivado em qual-quer poca do ano, mas durante seu desenvolvimento, deve-se evitar expo-sio umidade e calor excessivos, pois estas condies facilitam a proliferao de pragas e doenas.

    - Para lidar com as pragas e doenas, importante o controle das regas e o ni-velamento do solo (para se evitar o ac-mulo de gua). Pulverizar o tomateiro a cada 10 dias com preventivos (como molho de soja, do tipo shoyu, por exem-

    TOMATEIROS EM VASOS

    Utilize vasos de pelo menos 20 litros, com orifcio para drenagem. No momento do transplante, as mudas devem estar com aproximadamente 15 centmetros de altura. Para melhores resultados, plante o tomateiro em mistura de 80% terra e 20% adubo orgnico. Lembre-se de tutorar a muda quando o tomateiro completar duas semanas no vaso, pois as variedades mais cultivadas geralmente possuem caules flexveis. tambm importante a troca da terra do vaso aps cada colheita.

    TOMATEIROS EM CANTEIROS

    Os ps de tomate s devem ser replantados no mesmo lugar a cada trs anos. Isso se deve ao fato de que o plantio repetitivo pode empobrecer o solo e facilitar a pro-liferao de micro-organismos desfavorveis ao desenvolvimento da nova muda. A rotao de culturas pode ser uma boa alternativa nestes casos. possvel cultivar dois ps de tomate por metro quadrado. Os solos mais recomendveis so os argilosos, arenosos, fofos e um pouco cidos. Assim como nos vasos, tambm precisam ser tutorados.

    sa. Dependendo da variedade, podem ser vermelhos, amarelados ou rosados. Quanto forma, podem ser ovais, re-dondos, achatados ou parecidos com uma pra.

    Algumas espcies trepadeiras podem crescer at 2,5 metros e so mais indica-das para o consumo in natura. As esp-cies rasteiras tm ramos de at 1 metro e so estas as variedades utilizadas pela indstria alimentcia.

    Atualmente os tomates esto presentes na mesa de todos, independentemente de classe social. Contudo, um dos pro-blemas relacionados ao seu consumo atualmente o extenso uso de agrot-xicos utilizados nas plantaes, pelo fato dessa ser uma planta bastante sensvel a pragas e doenas.

    plo) pode tambm ajudar a manter a sade de suas plantas.

    - O perodo entre a semeadura e o ama-durecimento dura quatro meses e a co-lheita pode demorar mais dois meses. Sendo assim, plantando-se a cada dois meses, ser possvel colher tomates o ano inteiro.

    - Indica-se a adubao do solo para plantio com NPK 4-16-8.

    TOMATEFruto ou ho

    rtalia?

    Se voc responder que o to

    mate um fruto, sua res-

    posta est absolutamente c

    erta! Se considerar que o

    tomate uma hortalia, tam

    bm no estar errado:

    devido sua constituio h

    erbcea e seu uso na ali-

    mentao, o tomateiro tam

    bm pode ser conside-

    rado uma hortalia e este te

    rmo se estende aos seus

    frutos, os tomates.

    34 35

    horta OR horta OR

  • AMORA

    Quase impossvel resistir tentao de colher algumas destas deliciosas frutinhas que aparecem por nossos caminhos a partir do ms de setem-bro.

    Acredita-se que as amoreiras so plantas nativas da sia, Europa, Am-rica do Norte e do Sul. Seus frutos, negros, vermelhos ou brancos so, na verdade, a juno de diversos frutos menores, chamados de drupetes.

    A maioria das espcies conhecidas pertence ao gnero Rubus, em que os frutos so mais alongados, e ao g-nero Morus, que apresenta frutos um pouco mais arredondados.

    As do gnero Morus so mais comuns no hemisfrio norte (famosas black-berries), enquanto as mais conhecidas no Brasil so as do tipo Rubus.

    Amora preta Rubus sp.

    Pode-se encontrar no pas uma gran-de variedade de amoreiras-pretas (fa-mlia Rosaceae, gnero Rubus) nativas do Brasil, principalmente em regies de maior altitude e mais frias, entre o Rio de Janeiro e o Rio Grande do Sul.

    A amoreira preta um arbusto es-pinhento da famlia das Rosceas, mesma das rosas, morangos e maas, com ramos de at dois metros de

    comprimento.

    Apesar de ser muito rstica e sobrevi-ver em barrancos e solos pedregosos, pode ser mantida em vasos a pleno sol, mas no possui muito valor orna-mental. Sua grande qualidade se con-centra nos frutos, doces e um pouco cidos.

    O custo de produo da amoreira muito baixo, por se tratar de uma planta rstica no necessita de mui-tos cuidados ou adubao. As mais indicadas para o cultivo em quintais so as variedades Cherokee, Tupi e Guarani.

    Seus frutos roxo-escuros aparecem em cachos de at 20 cent-metros de comprimento e podem ser utilizados na fabricao de doces, mas quando frescos possuem alto teor vitamnico. Acredita-se que seu consumo pode ser benfico para pessoas que sofrem de anemia, lceras do estmago e falta de apetite.

    nome cientifico: Rubu

    s sp.

    nome popular: amora

    -preta,

    amora-negra, blackbe

    rry

    Famlia: Rosaceae

    Clima: regies mais frias, de climas temperados e subtropical.solo: bem drenado, com pH entre 5,5 e 6,5.poda: no vero, aps a frutificao, deve-se po-dar os ramos que produziram e as hastes dos ramos novos.Colheita: durante todo o vero. A princpio os frutos so esverdeados, depois tornam-se ver-melhos e quando aproximam-se da maturidade j esto roxos, quase pretos.

    36

    pomar OR

  • Muito comuns e adoradas pelos amantes da natureza, praticamente no existe casa ou escritrio onde no se encontre ao me-nos um vaso de samambaia. T-las , de certa forma, trazer para perto de si um pou-co da histria do planeta e da beleza das matas tropicais, de onde so originrias.

    Estas so as plantas mais antigas de que se tem conhecimento. Calcula-se que te-nham surgido a aproximadamente 350 mi-lhes de anos, sendo que muitas famlias de samambaias j desapareceram e po-dem ser encontradas apenas na forma de fsseis. Para se ter uma ideia, toda a histria da evoluo humana na Terra soma, ape-nas, aproximadamente 7 mil anos.

    A principal caracterstica das samambaias a ausncia de flores e sementes. Por este motivo, cientificamente so classificadas como Pteridfitas.

    Na natureza, encontramos as samambaias em locais sombreados, em rvores frondo-sas, em buracos ou em barrancos. Mesmo gostando de ambientes midos e sombre-ados, as samambaias tambm so encon-tradas em locais ensolarados, s que, sob estas condies, perdem muito da sua cor e beleza, apresentando certo amareleci-mento nas folhas.

    As florestas tropicais que geralmente abri-gam estas espcies so sempre verdes e midas, caracterizando-se pela riqueza das formas vegetais e animais que a habitam.

    SAMAMBAIAShistria e beleza

    So companheiras das samambaias neste ambiente as rvores, liquens, musgos e bromlias, comuns nas formaes de ma-ta-fechada.

    O conhecimento do ambiente natural onde vivem as samambaias importante para todos aqueles que desejam cultiv-las em casa, pois necessrio que reproduza-mos de alguma forma em nossas residn-

    O nome samambaia tem origem na lngua tupi e significa aquele que se torce em espiral.

    As variedades so muitas, tanto no que diz respeito ao tamanho, cor e forma dos fololos e folhas, como tambm pelos ambientes que habitam, podendo ser aquticas ou terrestres.

    Quanto sua forma, inicialmente no identificamos em uma samambaia o que folha, caule e razes, isto porque nem todas as samambaias seguem um mes-mo padro de organizao. De modo geral, podemos identificar suas partes da seguinte maneira:

    A grande procura das samambaias com finalidade ornamental fez com que o termo samambaia passasse a ser aplicado a qualquer planta que lembrasse, mesmo de leve, as samambaias mais co-nhecidas. Assim, sendo a classificao botnica muito complexa e a classificao popular muito confusa, mostraremos a voc algu-mas espcies destas belas folhagens dividindo-as em aquticas, gigantes e tradicionais:

    AQUTICAS

    salvnia: So encontradas em todos Brasil, flutuando em lagos, riachos e baias de guas calmas. Popularmente conhecidas por samambaia da gua, medem aproximadamente 3 cm e no pos-suem razes. Possuem dois tipos de folha: as superficiais (verdes e com pelos) e as submersas (que parecem razes). So muito usa-das em aqurios.

    azolla: So conhecidas popularmente como samambaia-mosqui-to e encontradas praticamente em todo o mundo. Possuem razes que podem ser vistas flutuando livremente ou presas s margens. A reproduo dessas plantinhas muito fcil, a tal ponto que comum se ver tapetes verdes cobrindo toda a gua. Em lugares sombrios so muito verdes e quando expostas a luminosidade in-tensa, tornam-se avermelhadas.

    gIgANTE

    samambaia-imperial, samambaiau (Dicksonia sellowiana): Es-sas samambaias tem um porte majestoso. Possuem caule alto e grosso, que chega a 5 metros de altura e folhas de 2 metros de comprimento. Seus caules so os conhecidos xaxins, muito em-pregados na confeco de vasos.

    cias as condies ideais que elas encon-tram na natureza.

    As samambaias so tambm conhecidas como fetos (termo utilizado mundialmente para design-las), devido forma enrolada que suas folhas possuem quando jovens.

    Pteris cretica

    Paulistinha

    Platycerium bifurcatum

    Davallia sp.

    38 39

    SAMAMBAIAS OR

  • TRADICIONAIS

    asplnio (Asplenium nidus L.): Folhas inteiras, sem divises, com disposio em roseta dan-do o aspecto de ninho.

    Chifre-de-veado (Platycerium bifurcatum): Apresenta dois tipos de folhas: uma achata-da chamada de escudo, que serve para absorver a gua e nutrientes, e a outra bifurcada no pice, em forma de chifre de alce. Prefere ser cultivada em placas de fibra de coco (em substituio ao xaxim) e tron-cos de rvore, mas tambm se adapta em vasos.

    paulistinha (Nephrolepis sp.): Folhas numerosas com v-rios fololos. As folhas podem chegar a 2,5 metros de com-primento. Precisam de muito espao, pois crescem rapida-mente.

    samambaia comum (Phlebodium vulgare L.): Folhas verdes, divididas em fololos recortados at quase a nervura central. Rizoma marrom e piloso. Cresce cerca de 30 centme-tros. Muito comum nas matas brasi-leiras, adapta-se bem ao cultivo em vasos. Tem perodo de vida longo.

    samambaia crespa (Nephrolepis exaltata L.): Folhas delicadamen-te recortadas ou bastante crespas, que podem alcanar at 1 metro de comprimento. Possui muitas va-riaes ornamentais. Cresce rapida-mente e ressente-se em ambientes secos.

    renda-portuguesa verdadei-ra (Davallia fejeensis Hook): Folhas verdes delicadamente rendilhadas. Risomas crespos com pelo. Podem atingir ate 80 centmetros de comprimento.

    Falsa-renda-portuguesa (Da-vallia sp.): Semelhante verda-deira, porm o rendilhado das folhas no to delicado.

    samambaia-azul ou samam-baia-da-amaznia (Phlebo-dium aureum L.): Folhas gran-des que podem atingir 50 centmetros de comprimento. Colorao verde-azulada. Rizo-ma espesso, marrom e bastante piloso, lembrando um rabo de macaco. Apresenta brotao bastante demorada.

    samambaia-de-fita (Pteris cretica Hook): Folhas subdivididas em fololos verde-claro que parecem fitas, apre-sentando listras brancas no centro. Po-dem atingir cerca de 30 centmetros de comprimento.

    samambaia prateada (Pteris sp.): Fo-lhas com o centro prateado, chegando a medir 1metro de comprimento.

    serrinha (Dryopteris denticulata Sw.): Folhas verdes claras, com fololos sub-divididos e recortados. As folhas me-dem cerca de 20 a 30 centmetros de comprimento. Introduzida na Inglaterra em meados do sculo passado, uma espcie muito cultivada na Europa, sen-do aclimatada em estufas.

    Nephrolepis exaltata

    Davallia fejeensis

    Nephrolepis cordifolia

    Samambaia-de-metro

    40 41

    samambaias OR samambaias OR

  • Voc j deve ter reparado que samambaias e xaxins so companheiros insepa-rveis.

    A razo disto est no fato de que os vasos feitos com este material oferecem ti-mas condies de penetra-o do ar e conservao da umidade, essenciais para o cultivo das samambaias e outras plantas, como aven-cas e begnias.

    A afinidade entre os xaxins e as samambaias no mera casualidade. O xaxim extrado principalmen-te do tronco da Dicksonia sellowiana, comumente conhecida como xaxim, sa-mambaiau ou samambaia imperial.

    Se voc j possui um xaxim para abrigar suas plantas, para melhor conservao,

    Como j dissemos anteriormente, o suces-so no cultivo das samambaias depende fundamentalmente da nossa capacidade de reproduzir em casa as condies natu-rais em que as samambaias vivem nas ma-tas.

    Para ajud-lo a cultivar estas lindas espcies com sucesso, O Regador sugere os seguin-tes cuidados no cultivo:

    luZ: As samambaias necessitam de muita luz solar, mas no suportam raios incidindo

    diretamente sobre elas. O sol direto sobre as plantas causa srias queimaduras em suas folhas. Preferem a luz filtrada e portan-to ficam bem ao lado de janelas ou vitrs. Em espaos externos o sombreamento pode ser conseguido atravs de uma densa vizinhana vegetal.

    gua: Exceto em algumas situaes, a rega deve ser diria, de preferncia realiza-da pela manh ou tarde, evitando-se os perodos de maior incidncia de raios so-lares.

    CultiVo

    xaxins

    A terra deve ser umedecida e no encharcada. Os recipientes de-vem ser sempre furados para haver o escoamento da gua, pois o acumulo de gua pode apodrecer as razes.

    Nas seguintes ocasies as regas devem ser diminudas: inverno, pouca luminosidade, planta enfraquecida por pragas ou doen-as, pouca circulao de ar e presena de razes apodrecidas.

    solo: Preferem os solos cidos, permeveis (fofos) e ricos em matria orgnica. A aerao do solo fundamental para evitar o apodrecimento das razes. Para isso deve-se evitar o excesso de gua e a compactao do solo.

    Mistura indicada para o plantio: parte de matria orgnica + parte de terra preta misturada com areia, em partes iguais + uma colher de farinha de osso.

    pragas: No so muito comuns, mas devem ser evitadas com inspees regulares nas plantas.

    poda: A poda de folhas no aconselhada, deve-se apenas eli-minar folhas secas, velhas ou queimadas. Pulverizao com gua nas folhas ajuda na remoo de poeira e impurezas.

    nunca o deixe ficar muito seco (as fibras ressecam) nem muito encharcado (as fibras apodrecem). Alm disso, para evitar a dissemi-nao de pragas e mols-tias, convm que os vasos deste material sejam pulve-rizados com inseticidas ou fervidos em gua.

    Devido ao grande risco de extino, a extrao e comercializao do xaxim para confeco de vasos e outras finalidades foi proi-bida. Nas ltimas dcadas, devido a grande extrao da mata e utilizao huma-na, esta planta quase foi ex-tinta da natureza.

    Se voc ainda no possui um deste tipo, substitua por vasos de fibra de coco ou mesmo recipientes com composto orgnico.

    Seguindo estas dicas voc poder manter suas samambaias sempre lindas e saudveis!

    Pteris sp.

    Polypodim blume

    rEProduo

    42 43

    samambaias OR samambaias OR

  • Se te comparo a um dia de veros por certo mais belo e mais amenoO vento espalha as folhas pelo choE o tempo do vero bem pequeno.

    s vezes brilha o Sol em demasiaOutras vezes desmaia com frieza;O que belo declina num s dia,Na terna mutao da natureza.

    Mas em ti o vero ser eterno,E a beleza que tens no perders;Nem chegars da morte ao triste inverno:

    Nestas linhas com o tempo crescers.E enquanto nesta terra houver um ser,Meus versos vivos te faro viver.

    William Shakespeare

    Soneto 18 Paisagismoem aquriosVeja que belo efeito tm as plantas posicionadas em aqu-rios! Consulte profissionais da rea para conhecer espcies resistentes a esses ambientes e divirta-se!

    A Moby Dick Aqurios comercializa aqurios prontos, orna-mentados com esses tipos de plantas, devidamente identi-ficadas com seus nomes cientficos. Conhea alguns!

    44 45

    PAISAGISMO eM AqurIOS ORREFLExO OR

  • CuriosidadEO que um jardim

    botnico?Quanto sua funo, os jardins botni-cos so semelhantes aos museus. So instituies permanentes, sem fins lu-crativos, a servio da sociedade e de seu desenvolvimento, que adquire, conser-va, exibe, investiga e divulga, com fins educativos, colees de objetos de im-portncia cultural e cientfica.

    No ocidente, os registros mais antigos da existncia de jardins criados com fins educativos remonta, como os ante-cedentes da prpria botnica, Grcia de Aristteles, onde so relatadas as propriedades de aproximadamente 450 espcies de plantas teis. Durante a An-

    tiguidade e a Idade Mdia, estes lugares foram, sobretudo, jardins de plantas medicinais, estabelecidos em mosteiros e universidades, onde se gerava e trans-mitia o conhecimento de prticas que requeriam o estudo e o uso de plantas.

    Durante o Renascimento e os sculos posteriores, foram introduzidas na Euro-pa um grande nmero de espcies ex-ticas ao local. Este feito, juntamente com a inveno da imprensa, teve uma alta incidncia no avano da botnica como disciplina cientfica. Um de seus pilares foi a criao e a universalizao do usa da nomenclatura binomial estabeleci-

    da por Linneo (1707-1778), sistema que facilitou identificar, nomear e classificar as espcies vegetais. Aparecem, ento, os jardins sistemticos e de climatizao de plantas exticas, provenientes de di-ferentes lugares do mundo.

    Por sua experincia e porque neles se preservaram plantas que hoje se en-contram ameaadas ou extintas de seu habitat natural, os jardins botnicos de-sempenham um importante papel na conservao de espcies vegetais e na conscientizao e educao ambiental ao redor do mundo.

    46 47

    JARDIm botnIco OR JARDIm botnIco OR

  • Dana das Flores, de Chiquinha Rodrigues, com ilustraes de Ursulina Fiorano, foi publicado pela Editora Ponto e Vrgula no inverno do ano de 1947. So doze pginas, cada uma com um poema representando uma flor e sua respectiva ilustra-o. O Regador reproduz alguns desenhos e textos dessa bela publicao, destinada ao pblico infantil da poca.

    o amor-PErfEito

    Esta flor aveludada a menor do meu jardim.Mame tem amor-perfeitoPelo papai e por mim.O amor na minha casa bem maior do que a flor.J nasceu h tanto tempo.Resiste festa e dor.Amor-perfeito no cheira.Dura pouco no canteiro.O amor da minha gente o amor do mundo inteiro.

    o lrio

    A histria conta uma lenda,Das flores da humanidade, Tempos de bruxas e fadasEm que imperava a maldade:Um lrio, flor de pureza,Pranto de Nossa Senhora,Vertido na naturezaTransformou-se sem demoraNeste clice sacrossanto,Dia e noite em oferenda Santssima Trindade...Assim conta a velha lendaDas flores da humanidade.

    das florEsDana

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    livros antigos ORlivros antigos OR

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  • /formatura do curso de jardinagemMais uma turma de jardineiros formados pelo Centro de Jardinagem e Arte Floral do Paran. Aos dedica-dos alunos, nossos parabns e sinceros agradecimentos! Aguardamos todos em nossos prximos cursos!

    Felicidades!

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    programao OR

  • /encerramento das atividadesMais um ano de muitas alegrias que se encerra para o Cejarte! Nossos agradecimentos ao Rancho P&R pela gentileza e acolhimento dos proprietrios e todos os funcionrios do local. Um feliz Natal a todos!

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    programao OR

  • /encerramento das atividades

    Para facilitar o trabalho de limpeza no jardim, a Trapp, j h al-guns anos, lanou no mercado o soprador/aspirador sF 3000 eltrico. Este produto oferece uma soluo fcil e eficiente para cuidar melhor do seu jardim, varrendo (atravs do soprador) ou recolhendo (atravs do aspirador) folhas secas, restos de gra-ma e outros detritos.

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