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O Rascunho Jornal Escolar Ano - 2018 Edição | junho 0,50 rascunhos

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O Rascunho

Jornal Escolar

Ano - 2018

Edição | junho

0,50 rascunhos

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Editorial

É com enorme orgulho e satisfação que, agora que termina o ano leti-

vo 2017/2018, me dirijo a toda a comunidade educativa para dar con-

ta da chegada ao fim, com o cumprimento do ensino secundário, de

mais uma etapa da vida escolar por parte dos alunos finalistas do 12º

ano de escolaridade.

Na qualidade de Diretora do AEPAN, quero deixar, de viva voz, uma

mensagem de agradecimento e de estímulo a todos os alunos fina-

listas.

Os alunos finalistas do 12.º ano são o espelho da nossa ação educativa, quer na

dimensão académica, quer na dimensão humana. Empenharam-se nas diversas discipli-

nas, dinamizaram atividades artísticas, culturais e desportivas que levaram a que todos

sentissem orgulho em pertencer a esta instituição, ao AEPAN.

A escola sente um especial orgulho, por ter alunos que, pelo seu bom desempe-

nho, também contribuem para a construção de uma imagem positiva da escola.

Para além do agradecimento, fica também uma palavra de estímulo e confiança

para o futuro, nomeadamente no imediato – os exames nacionais. O estímulo e a con-

fiança numa prestação nos exames nacionais estão alicerçados na capacidade de traba-

lho partilhada e demonstrada ao longo do ano, entre alunos e professores. E já agora,

um pouco de sorte, que nunca fez mal a ninguém, sobretudo àqueles que a procuram.

Desejo que o novo ciclo das vossas vidas que agora se inicia seja frutuoso, nas

vossas aspirações profissionais e, sobretudo, no vosso crescimento, enquanto pessoas

íntegras e dignas de tudo o que a vida tem de bom para oferecer.

Por fim, não podia deixar de referir, apesar do momento que se vive nas escolas

com a greve às avaliações, sem por em causa a justiça e a oportunidade das aspirações

dos professores, que conto com todos e, como sempre, confio no seu profissionalismo

para poder dar garantias de que o com o seu empenho os nossos alunos não serão pre-

judicados nesta etapa final do ano letivo. Com a ajuda de todos, salvaguardaremos a

conclusão das avaliações a tempo de os nossos alunos e seus encarregados de educa-

ção poderem ter o “balanço” de todo o trabalho realizado e não fiquem prejudicados na

sua caminhada rumo a um futuro melhor.

Bem hajam! A Diretora

Aldina Pereira

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ACONTECEU Educação Visual - “Desenhar é levar uma linha para passear” (Paul Klee)

No âmbito da disciplina de Educação Visual, no 3ºciclo, foram desenvolvidos durante o terceiro período diferentes projetos com os três níveis de ensino. No 7ºano foi desenvolvido um trabalho de construção de animais com sólidos geométri-cos, explorando os conteúdos da geometria plana e da transformação de poliedros em formas geométricas tridimensionais. A criatividade dos alunos resultou numa variedade de animais desde a cobre, ao panda, mocho, vaca etc… como demonstram as imagens seguintes:

Morcego – Joana Mateus7ºA Coruja – Lurdes Barreto 7ºA Vaca – Carolina Pinto 7ºA

No 8ºano os alunos exploraram o design de comunicação e o design de produto, criando um relógio de pulso e realizando o respetivo cartaz publici-tário do mesmo. O recurso à técnica da colagem permitiu aos discentes a utilização de diferentes materiais, nomeadamente cartolinas, esponja eva, cartão, tecido, revistas, papel autocolante e papel de lustro. Os resultados obtidos estão expostos na sala 27 até ao dia de entrega final de avaliação aos encarregados de educação.

No 9ºano os alunos realizaram uma ave com material reciclado, explorando a tridimen-sionalidade, a ligação dos materiais e a criatividade num trabalho a pares. No final foi realizada uma faixa que está colocada no pavilhão social da escola, na qual os alunos fizeram uma analogia com os trabalhos desenvolvidos e com o futuro das suas vidas, agora que terminaram o terceiro ciclo e irão enveredar pelo ensino secundário. Fica para todos a seguinte mensagem:

A docente: Edna Frende Carvalho

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ACONTECEU

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ACONTECEU

Projeto Twist_EDP

No dia 3 de maio esteve cá uma equipa do projeto Twist_EDP a realizar uma

sessão e esclarecimento e motivação, aos alunos participantes neste projeto.

Nunca é demais este tipo de sessões, na medida em que a proximidade entre as pes-

soas que colaboram na concretização de um projeto é uma mais valia para que seja

realizado com um maior suporte em termos de técnicas e conhecimentos mais apro-

fundados.

Foi gratificante ter esta equipa na nossa escola a apoiar o nosso trabalho.

A Coordenadora de Projetos,

Sónia Guedes

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ACONTECEU Provas de Aferição

No ano letivo que agora termina os alunos do 5º ano de escolaridade realizaram Prova de Aferição às disciplinas de Educação Visual e Educação Tecnológica. Duas disciplinas novas em que a recetividade dos alunos variou entre o interesse e o empe-nho e algumas dificuldadesem ser cativados por alguns conteúdos. Educação Visual ensina-nos a “Saber Ver” tudo o que nos rodeia. A observar a beleza das coisas. Numa simples garatuja feita nos nossos primeiros contactos com a escrita/ ima-gem até à mais elaborada obra de arte. Educação Tecnológica ensina-nos a “Saber Fazer”. A mexer. A entendermos como tudo funciona, desde a caneta que escreve, até ao mecanismo que a faz funcionar.

As Provas de Aferição servem para aferir conhecimentos. Para avaliar o que vamos aprendendo. Com alguma descontração por parte de uns, alguma ansiedade por parte de outros e até algumas lágrimas no começo da prova, a maioria dos alunos realizaram-nacom determi-nação para alcançarem o melhor resultado, apesar de não ser ponderada para efeitos da sua avaliação final. Neste sentido é bom que todos nós façamos sempre o nosso melhor, sem esperarmos “o bónus da nota”, mas sim para que o nosso conhecimento pessoal seja cada vez mais enriquecedor. Aprender é um caminho contínuo, avaliar é uma só etapa, mesmo que repetida ao longo da nossa vida.

A professora de EV e ET Amália Montenegro

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ACONTECEU

Atividades desenvolvidas no AEPAN no âmbito do Projeto de Educação para a

Saúde no 3º Período

Programa de Prevenção do Consumo de Substâncias Ilícitas

No dia 09/05/2018 realizou-se no Agrupamento de Escolas de Mesão Frio um deba-

te sobre a prevenção do consumo de substâncias ilícitas, aos alunos dos 9º anos.

O debate foi desenvolvido pelo terapeuta Francisco Mariz da clínica RAN

(Recuperação de Alcoólicos e Narcóticos) de Vila Real, com a colaboração de 2

utentes da referida clínica.

O testemunho dos 2 utentes, pela passagem do mundo das drogas foi chocante,

interessante, cativante, educativo e pedagógico, levando a plateia a emocionar-se,

a estar atenta e interessada e a participar no debate com muitas perguntas sobre

dúvidas que foram surgindo.

Enfermeiro Miguel Pereira, da Unidade de Cuidados na Comunidade Douro – UCC Douro

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ACONTECEU Atividades desenvolvidas no AEPAN no âmbito do Projeto de Educação para a

Saúde no 3º Período

Dia Mundial sem Tabaco

Comemorou-se no dia 30/05/2018, no Agrupamento de escolas de Mesão Frio, o Dia

Mundial sem Tabaco. Os alunos do 6º B, com a orientação da Professora Amália

Montenegro, realizaram um filme para alertar sobre a problemática do tabagismo e

elogiar todos aqueles que optam por uma vida saudável, e não fumam. O filme foi

passado em toda a comunidade escolar.

Enfermeiro Miguel Pereira, da Unidade de Cuidados na Comunidade Douro – UCC Douro

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ACONTECEU

Suporte Básico de Vida

No dia 14 de maio, entre as 9 horas e as 17.30 hora, as turmas do 9ºano partici-

param numa ação de formação em Suporte Básico de Vida, na aula de Ciências Natu-

rais. É um tema que se leciona nesta ano letivo, mas sendo muito útil e interessante o

desenvolvimento deste tema, vieram especialistas, médicas do Centro de Saúde,

pomover esta atividade. Conjunto de medidas utilizadas para restabelecer a vida de

uma vítima em paragem ventilatória e circulatória, com o objetivo de recuperar vítimas

de paragem cardio-respiratória, para uma vida comparável à que tinham previamente.

Foi uma ação, em que os alunos aprenderam, na prática, a realização de vários

tipos de primeiros socorros, com simulações de situações relacionadas com problemas

respiratórios, nomeadamente devido a engasgamentoe paragem cárdio-respiratóriae a

agir em caso de acidentes vários, tendo em conta os sintomas e a situação que ocor-

rer. Aprenderam a realizar a posição lateral de segurança, a manobra de Heimlich.

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ACONTECEU Os alunos gostaram muito desta atividade, foram muito colaborativos, autóno-

mos, participativos e ficaram a saber como proceder em casos de emergência, para

poderem agir e informar corretamente quando estão perante uma situação de primeiros

socorros.

Muito importante para eles, foi perceber que se souberem atuar numa situação

de emergência podem salvar vidas em segundos, o que lhes dá mais segurança, não

só ao ajudar os outros como a eles próprios.

Para a professora foi muito gratificante, pois a aprendizagem dos conteúdos na

teórica é muito importante e a parte prática é uma mais valia, quando concretizada por

profissionais que realizam o Suporte Básico de Vida quase diariamente.

A professora de Ciências Naturais, Sónia Guedes

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ACONTECEU O dia “Escola para todos”

No dia 16 de maio de 2018, não houve aulas. Foi um dia diferente. No início da manhã fomos em autocarros visitar o Museu do Triciclo. Começamos por ver um documentário sobre o mentor do museu e depois vimos todos os triciclos, os carros, as motos e o triciclo do Professor Alberto Pereira quando era criança e que gentilmente doou ao Museu. A Bruna do 5º B andou num triciclo… Quando acabou a visita, fomos convidados pela proprietária do Museu a fazer um lan-che, bolo de chocolate e sumo de laranja, no pátio em frente ao restaurante e deslum-bramo-nos com a paisagem maravilhosa do Douro que de lá se via… Regressamos à escola outra vez no autocarro e fomos logo diretos à cantina onde decorria o pequeno-almoço com as mães (comemoração do dia da Mãe). Fartamo-nos de comer de todas as iguarias que estavam à nossa disposição. No final do pequeno-almoço, assistimos a uma atuação dos alunos do 6º A que cantaram uma música dedi-cada a todas as mães. Seguidamente fomos ver as atividades operacionais do exército: podemos ver as armas e até assistir a um vídeo sobre as atividades do exército e os seus exercícios de treino. Ainda durante a manhã assistimos às habilidades dos cães da GNR. Fizemos o concurso Kahoot Rally na Biblioteca escolar sobre o tema História. Foi fácil e todos ficamos bem colocados. Já quase há hora do almoço, fomos ouvir uma palestra sobre “Arbitragem” dada pela professora e árbitro Célia Santos. Durante a tarde dançamos e cantamos ao som da Banda da GNR “Os lobos do Marão”. Ao mesmo tempo que dançávamos fazíamos rapel com a ajuda dos Bombeiros Voluntários de Mesão Frio. Foi um dia inesquecível, quebrou a rotina e deu-nos mais ânimo para enfrentar mais uma semana de aulas e de testes.

Os alunos do 5º B

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ACONTECEU O dia “Escola para todos”

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ACONTECEU Visita de Estudo

No dia 17 de maio, os alunos dos 3º e 4º anos, do Centro Escolar de Mesão Frio, foram até ao Porto – Miragaia visitar o Museu Interativo e Parque Temático “WorldofDiscoveries”, que recria a fantástica epopeia dos Descobrimentos Portugueses.

Aí puderam conhecer alguns dos feitos gloriosos dos nossos antepassados, aspetos da vida quotidiana dos navegadores e pas-sar pelos sítios onde os portugueses estiveram presentes, durante este importante período da História de Portugal.

Foram recebidos com uma mensagem de boas-vindas pelo “Infante D. Henrique”. Este contextuali-zou o período histórico que o museu retrata. Seguiu-se a visi-ta ao espaço "Intentos e Inventos" onde apreciaram as répli-cas das embarcações que alteraram o rumo à história, bem como os instrumentos de navegação que permitiram a con-quista dos mares. Na sala "Mundos ao Mundo", que ilustra a cartografia e a evo-

lução geográfica da Época dos Descobrimentos, os alunos interagiram com os ecrãs touchscreen dedicados aos temas: arte e cultura, ciência, mitos, estórias, navegadores e vida a bordo.

Na sala “Coberta da Nau”, espaço interativo que recria fisicamente o interior de uma nau, entraram numa sala semelhante a uma embarcação onde é retratada a vida dos navegadores a bordo de um navio. Contém, entre outros artigos, réplicas de mobiliá-rio, de animais e de materiais de guerra utilizados na época.

Na última sala do museu, Estaleiro Naval, tal como o próprio nome indica, está recriado um estaleiro com pessoas a trabalhar na constru-ção de um barco.

Após a visita a estas quatro salas, seguiu-se o espa-ço do parque temático. Este mesmo espaço consiste numa pequena embarcação (2 a 4 pessoas) movida por uma cor-rente de metal. A viagem segue por cenários bastante rea-listas, que retratam os sítios mais importantes da História dos Descobrimentos. A viagem começa no Porto, rumo a Sul, passando por Lisboa, para logo de seguida chegar à

conquista de Ceuta, com cenários alusivos. Mais à frente vê-se o famoso Cabo das Tormentas, lar do mostrengo Adamastor. Seguem-se um conjunto de incursões pelas Florestas Tropicais, Índia, Timor, China, Macau, Japão e Brasil. Ao longo da visita foram notórios o entusiasmo e a curiosidade manifestados por todos os alunos. Esta visita de estudo foi muito enriquecedora.

Alunos dos 3º e 4º anos de escolaridade

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ACONTECEU DIA MUNDIAL SEM TABACO

No dia 30 de maio comemorou-se o Dia Mundial sem Tabaco. Na nossa escola

fez-se esta comemoração com a visualização de um vídeo, realizado por alunos da tur-

ma 6ºB, no âmbito do Projeto PES.

Estes alunos construíram o vídeo com muito gosto e motivação, com o objetivo

de alertar, mais uma vez, para os perigos do tabaco na vida de todos nós.

Obrigada turma, pelo vosso excelente trabalho!

A Coordenadora do PES, Sónia Guedes

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ACONTECEU

Geografia

No âmbito da disciplina de Geografia, alguns alunos do 8ºano, do nosso Agrupa-

mento, realizaram alguns trabalhos, em grupo, sobre o concelho de Mesão Frio e o seu

potencial turístico. Para além do enquadramento geográfico os alunos elaboraram pes-

quisas sobre os seus vários e encantadores pontos de interesse. Os alunos tiveram

ainda o cuidado de realçar o riquíssimo património cultural, arquitetónico e paisagístico

deste concelho.

A ideia principal passou por criar um guião turístico para despertar o interesse

de todos os visitantes, onde fosse possível recolher informações relativas ao alojamen-

to, aos programas culturais, festividades, gastronomia, roteiros turísticos, entre outros.

Filipa Nunes

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ACONTECEU “Abraço Verde”, no Dia Mundial da Criança

Os alunos dos 3º e 4º anos, do Centro Escolar de Mesão Frio, participaram na atividade “Abraço Verde”, no dia 1 de junho – desafio nacional lançado pelo Ministério da Educação, com o objetivo de sensibilizar a comunidade educativa para a proteção da floresta e do ambiente.

Esta atividade consistiu na elaboração/apresentação de uma faixa informativa, de uma caminhada até à praia fluvial do Rio Teixeira e de abraços simbólicos às árvo-res.

Todos se mostraram bastante recetivos e interessados, tendo sido cumpridos os objetivos propostos.

Alunos dos 3º e 4º anos de escolaridade

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ACONTECEU DESPORTO ESCOLAR

REGIONAL ZONA NORTE DE BADMINTON INICIADOS

Os alunos Ruben Silva do 8ºC e Micaela Bernardo do 7ºB, foram apurados para repre-sentar o distrito de Vila Real, como vencedores deste mesmo distrito, na variável de pares mistos, na modalidade de Badminton. Os alunos Leonardo Correia e Cristiana Azevedo, ambos do 8ºC, ficaram classificados em 2º lugar na mesma variável de pares mistos. Desta forma e pela quarta vez em cinco anos, o grupo de Bad-minton, orientados e treinados pelo professor Paulo Macedo, vão representar o nosso agru-pamento no Regional Zona Nor-te de Badminton Iniciados, que vai decorrer nos dias 15 e 16 de junho em S. Maria da Feira e Oliveira de Azeméis, como ven-cedores distritais. Nos anos anteriores fomos representados no escalão de juvenis. Este ano, primeiro ano de iniciados, conseguimos novamente mais um apuramento. De referir, que os restantes alu-nos, tiveram também uma pres-tação bastante positiva, tendo inclusive mais quatro alunos passado a primeira fase e auto-maticamente terem sido apurados para disputar o apuramento para o citado Regional Zona Norte, jornada em que foram apurados os alunos referidos anteriormente. No torneio de encerramento, realizado a 29 de maio em S. J. da Pesqueira, o aluno Rui Carvalho, do 8ºA, ficou em 2º lugar e em pares masculinos, os alunos José Pedro Ribeiro, do 8ºB e Rui Carvalho, do 8ºA, ficaram classificados em 3º lugar. Salientamos ainda, que no torneio de Futsal, os grupos/equipa de Infantis e de Juvenis, passaram a primeira fase de grupos do torneio, no entanto, apesar da boa prestação, não conseguiram continuar em prova, mas representaram de uma forma excelenteo nosso agrupamento.

Os professores do Clube de Desporto Escolar

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ACONTECEU Dia da Europa

Todos os anos, no Dia da Europa, no mês de maio, festeja-se a paz e a unidade do continente europeu. Esta data assinala também o aniversário da Declaração Schu-man. No dia 9 de maio de 1950, Robert Schuman, o então ministro francês dos Negócios Estrangeiros, apresentou, em Paris, uma proposta com as bases fundadoras do que é hoje a União Europeia. Esta proposta, conhecida como "Declaração Schuman", baseava-se numa ideia originalmente lançada por Jean Monnet e trazia consigo valores de paz, solidariedade, desenvolvimento económico e social, equilíbrio ambiental e regional e incluía a criação de uma instituição europeia supranacional incumbida de gerir as maté-rias-primas que nessa altura constituíam a base do poderio militar: o carvão e o aço.

A 9 de maio de 2018, no âmbito da Disciplina de Geografia e sob orientação da professora Filipa Nunes, os alunos do 7º ano do nosso Agrupamento, quiseram associar-se às comemorações realizaram vários trabalhos apelativos.

Os diferentes trabalhos foram expostos na Biblioteca da Escola e deste modo as características e as especificidades dos 28 países da União Europeia, foram partilhados com toda a comunidade educativa.

Lurdes Barreto 7ºA, nº17

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TEM A PALAVRA

CUIDADOS A TER COM O SOL E O CALOR (1)

Chegou o verão, época de férias, quando as pessoas procuram mais a praia, piscina, campo, montanha, etc. Portugal apresenta um clima temperado (com muitas horas de sol), com um litoral maravilhoso e um interior com paisagens deslumbrantes, o que faz com que as pes-soas queiram aproveitar essas belezas naturais e passem mais tempo ao ar livre. O sol nas doses recomendadas é benéfico para a saúde, a sua luz promove a síntese de vitamina D (que ajuda a fixar o cálcio nos ossos) necessário para fortalecer os ossos, evitar o raquitismo e melhorar o humor. A luz solar que atinge a terra emite radiações ultravioletas (UV) que penetram na pele. Quanto maior a altitude em relação ao nível do mar mais intensa é a radiação UV. Estas radiações causam reações na pele imediatas e tardias. As imediatas são verme-lhidão, alergia e o bronzeado. A longo prazo aparecem manchas, rugas, sardas e dimi-nuição da elasticidade, levando ao envelhecimento precoce e ao cancro de pele. As pessoas que desenvolvem a sua atividade profissional ao ar livre, como por exem-plo os trabalhadores rurais, devem proteger-se das radiações durante todo o ano (mesmo quando o céu está nublado, porque as radiações atravessam as nuvens) usando protetor solar, hábito que não é muito frequente junto dessa comunidade. A exposição a períodos de calor intenso, durante vários dias consecutivos (ondas de calor) constitui uma agressão para o organismo, podendo conduzir à desidratação, ao agravamento de doenças crónicas, a um esgotamento ou a um golpe de calor, situação muito grave e que pode provocar danos irreversíveis na saúde, ou inclusive levar à morte. São mais vulneráveis:

Crianças nos primeiros anos de vida; Idosos; Doentes crónicos; Obesos; Acamados; Pessoas com problemas de saúde mental; Pessoas que tomam medicamentos crónicos; Os trabalhadores expostos ao sol e/ou ao calor; As pessoas que vivem em más condições de habitação.

COMO PROTEGER-SE? Proteja-se do Sol e do calor:

Evite a exposição direta ao Sol, em especial, entre as 11 e as 16 horas; Nas praias (marítimas, fluviais, piscinas), mesmo debaixo do chapéu-de-sol não

está protegido (a água e a areia também refletem os raios solares podendo pro-vocar queimaduras solares) e renove a sua aplicação sempre que estiver expos-to ao sol (de 2 em 2 horas) e se estiver molhado ou se transpirou bastante. Quando regressar da praia ou piscina volte a aplicar protetor solar, principalmen-te nas horas de calor intenso e radiação ultravioleta elevada;

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TEM A PALAVRA

CUIDADOS A TER COM O SOL E O CALOR (2)

Sempre que se expuser ao Sol ou andar ao ar livre, use protetor solar (índice supe-

rior a 30); Use chapéu e óculos escuros (especialmente as pessoas de pele clara). Proteja a

cabeça das crianças com chapéu de abas; Use roupa solta, de preferência de algodão e aplique sempre protetor solar; Nos dias de grande calor, os bebés e os idosos não deverão sair de casa entre as

11 e as 16 horas e deve evitar-se a exposição solar direta de crianças com menos de três anos;

Diminua os esforços físicos e repouse frequentemente em locais à sombra, frescos e arejados.

Beba e faça uma alimentação equilibrada: Aumente a ingestão de água ou de sumos de fruta naturais, sem adição de açúcar,

mesmo sem ter sede; Evite bebidas alcoólicas e com elevados teores de açúcar; Faça refeições leves, pouco condimentadas e mais frequentes; Os recém-nascidos, as crianças, as pessoas idosas e as pessoas doentes podem

não sentir sede. Ofereça-lhes água. Refresque-se:

Permaneça 2 a 3 horas por dia num ambiente fresco. Se isso não for possível em sua casa, visite centros comerciais, museus, cinemas ou outros locais com ar condicionado (informe-se sobre a existência de locais de "abrigo climatizados" perto de si);

No período de maior calor tome um banho de água tépida. Evite, no entanto, mudanças bruscas de temperatura (um duche gelado, imediatamente depois de se ter apanhado muito calor, pode causar hipotermia, principalmente em pes-soas idosas ou em crianças).

Em casa: Evite que o calor entre. Corra as persianas ou portadas e mantenha o ar a circular; Abra as janelas durante a noite; Use menos roupa na cama, sobretudo, dos bebés e doentes acamados.

Em viagem: Se o carro não tiver ar condicionado não feche completamente as janelas; Leve água ou sumos de fruta naturais sem adição de açúcar; Sempre que possível viaje de noite; Evite a permanência em viaturas expostas ao Sol, em especial, de crianças, doen-

tes ou idosos. PROCURE E DÊ AJUDA:

Não hesite em pedir ajuda a um familiar ou vizinho no caso de se sentir mal com o calor;

Informe-se periodicamente sobre o estado de saúde das pessoas isoladas, idosas ou com dependência que vivam perto de si e ajude-as a protegerem-se do calor.

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TEM A PALAVRA

CUIDADOS A TER COM O SOL E O CALOR (3)

EFEITOS GRAVES DO CALOR INTENSO SOBRE A SAÚDE – SINTOMAS E MEDI-DAS DE PREVENÇÃO O nosso corpo esforça-se por manter uma temperatura corporal interna constante de 37ºC ao longo do tempo. Durante os períodos de calor intenso, o corpo produz suor, sendo esta a principal forma que permite o arrefecimento do corpo à medida que o suor produzido se evapora. Quando os níveis de humidade do ar aumentam, o suor não consegue evaporar tão depressa como seria aconselhável. A evaporação do suor pára completamente quando a humidade relativa atinge os 90%. Nestas circunstâncias, a temperatura do corpo aumenta e o consequente aumento da produção do suor pode levar à desidratação excessiva, podendo provocar danos irreversíveis no cérebro, em outros órgãos, ou até mesmo à morte. Em situações extremas de exposição ao calor intenso, particularmente durante vários dias consecutivos, podem surgir doenças rela-cionadas com o calor, como as cãibras por calor, esgotamento devido ao calor e golpes de calor, situações que pela sua gravidade podem obrigar a cuidados médicos de emergência. Para mais informações: Linha Saúde 24: 808 24 24 24 Correio electrónico: www.saude24.pt/

Enfermeiro Miguel Pereira, da Unidade de Cuidados na Comunidade Douro – UCC Douro

Violência doméstica

Na minha opinião, a violência doméstica continua a ser um problema que afeta um grande número de pessoas. A comprová-lo temos as notícias que frequentemente surgem nos meios de comunicação social: jornais, revistas, programas televisivos, entre outros.

Esta ocorrência nem sempre se prende com problemas socioeconómicos, uma vez que encontramos casos de figuras públicas bem sucedidas que também passam pelo mesmo. Se tentarmos encontrar alguns motivos que estejam na base desta pro-blemática, podemos referir os ciúmes, o machismo, o alcoolismo ou as dificuldades em lidar com as diferenças e as desilusões do dia a dia ou até mesmo com a capacidade de resolver os desafios que a vida nos coloca pela frente.

Não obstante, a meu ver, nenhuma das razões apontadas anteriormente justifi-cam a ocorrência de violência física, verbal ou psicológica, pois haverá sempre a possi-bilidade de um diálogo calmo e ponderado entre as partes envolvidas.

Concluindo, a violência doméstica deverá ser um assunto debatido quer em casa, num ambiente próximo e familiar, quer na escola com a ajuda de profissionais mais preparados como os professores ou psicólogos, no sentido de os alertar e prepa-rar para lidar com estas situações que poderão ser a sua realidade ou de alguém próxi-mo.

Isabel Macedo, 10ºA

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TEM A PALAVRA 25 de Abril

A Revolução de 25 de Abril, também conhecida como Revolução dos Cravos, foi uma

revolução ocorrida a 25 de Abril de 1974, que depôs o regime ditatorial do estado

Novo, vigente em Portugal desde 1933 e iniciou um processo que viria a implantar um

regime democrático.

Esta ação foi liderada por um movimento militar, o Movimento das Forças Arma-

das (MFA), composto na sua maior parte por capitães que tinham participado

na Guerra Colonial e que tiveram o apoio de oficiais milicianos. Este movimento surgiu

por volta de 1973. Com reduzido poderio militar e com uma adesão em massa da

população ao movimento, a reação do regime ditatorial, foi praticamente inexistente e

infrutífera, registando-se apenas quatro civis mortos e quarenta e cinco feridos

em Lisboa, atingidos pelas balas da PIDEDGS.

O movimento confiou a direcção do País à Junta de Salvação Nacional, que assumiu

os poderes dos órgãos do Estado. A 15 de Maio de 1974, o General António de Spíno-

la foi nomeado Presidente da República. O cargo de primeiro-ministro seria atribuído

a Adelino da Palma Carlos.

Estabilizada a conjuntura política, prosseguiram os trabalhos da Assembleia Constituin-

te para a nova constituição democrática, que entrou em vigor no dia 25 de Abril de

1976, o mesmo dia das primeiras eleições legislativas da nova República. Na sequên-

cia destes eventos foi instituído em Portugal um feriado nacional no dia 25 de Abril,

denominado como "Dia da Liberdade".

Joana Rufino 5º B

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TEM A PALAVRA A Guerra Colonial

A Guerra Colonial Portuguesa desenrolou-se nas colónias de Moçambique, Guiné e Angola, no período de, entre 1961 e 1974. Estiveram em litígio as Forças Armadas Portuguesas e as forças organizadas pelos movimentos de libertação de cada uma das colónias onde decorriam os confrontos. Os primeiros confrontos ocorreram em Angola, na zona a que se viria a chamar Zona Sublevada do Norte e traduziram-se, a partir de 15 de Março de 1961, em bárbaros massacres às populações brancas e a trabalhadores negros oriundos de outras regiões de Angola. Nos três cenários das operações em Angola, Moçambique e Guiné o número de solda-dos das forças portuguesas foi aumentando constantemente em relação ao aumento das frentes de combate, atingindo-se, no início da década de 70, o seu limite máximo. Para o Estado Novo a guerra era sustentada pelo princípio político da defesa do que era considerado o território nacional, baseado no conceito de nação pluricontinental e multirracial. Para os Movimentos de Libertação, a guerra justificava-se pelo inalienável princípio de autodeterminação e independência, num quadro internacional de apoio ao incentivo à sua luta. O Estado Novo, primeiro com Salazar e depois com Marcelo Caetano, manteve com grande rigidez o essencial da política colonial, fechando todas as portas a uma solução credível para o problema de qualquer um dos territórios. O 25 de Abril de 1974 trouxe o fim da guerra colonial e os novos dirigentes de Portugal, aceitavam naturalmente os princípios da autodeterminação e independência, pelo que as fases de transição foram negociadas com os movimentos de libertação, traduzindo-se rapidamente no fim das ações militares envolvendo forças portuguesas.

Rafael Teixeira 6ºB

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TEM A PALAVRA

Entrevista—Carla Barreiro a professora e a mulher

CJ. Professora Carla em que universidade estudou e que curso tirou? Prof. Carla. Frequentei a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, mais conheci-da como UTAD, na licenciatura de Português/Inglês (ensino de). CJ. Por que razão escolheu esse curso? Prof. Carla. A escolha do curso ocorreu de forma curiosa! O meu projeto de vida, des-de que tenho memória, sempre foi dedicar-me à escrita. O mundo dos livros, das pala-vras e tudo o que podemos ser e fazer se os dominarmos com mestria sempre me fas-cinou. Falar e escrever sempre foram como respirar para mim! Iniciei o ensino secun-dário com o sério propósito de seguir a carreira jornalística e fazer dela uma plataforma para a de escritora. Contudo, e fruto do meu dinamismo e espírito de entre ajuda, sem-pre que nos grupos de estudo eu liderava a sessão, sempre que esclarecia dúvidas, sempre que ajudava a simplificar a matéria que de outro modo os meus colegas não conseguiam perceber (já mencionei que sempre fui uma excelente aluna?), começou a crescer em mim a paixão por ensinar…no final do 11º ano estava já rendida à docên-cia! CJ. Quando escolheu o curso já era com a intenção de lecionar? Prof. Carla. Exatamente. Sabia que queria ensinar, que ser professora iria ser a minha opção profissional, pelo que optei por um curso via ensino, com um estágio pedagógico de um ano, para que quando ingressasse na carreira estivesse o melhor preparada possível. O sonho de fazer a diferença no ensino acompanha-me desde o início, daí a escolha tão assertiva.

CJ. Há quantos anos é professora? Já trabalha há muito na nossa escola?

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TEM A PALAVRA Prof. Carla. Sou professora há 24 anos de sorrisos, experiências (umas mais positivas do que outras, mas todas elas enriquecedoras) e muitos projetos concretizados! Estou nesta escola, a MINHA escola, há 8 anos. CJ. O que acha dos alunos desta escola em comparação com alunos de outras esco-las onde tenha lecionado? Prof. Carla. Os alunos do AEPAN são únicos! Muito diferentes de todos os outros das escolas por onde passei e dos quais também guardo doces lembranças. São rapazes e raparigas com sonhos, com vivências, com um mundo inteiro para des-cobrir e conquistar, mas que simplesmente não acreditam vivamente que podem e devem fazê-lo. Tudo o que precisam é que lhes abram a janela do mundo lá fora, mun-do esse que passa pelo conhecimento, pelos afetos e, consequentemente, pela escola, pela família e pela comunidade. São alunos que quando gostam, gostam muitíssimo, mas se não cairmos nas suas “boas graças” é muito difícil liderá-los e todo o professor deve ser um líder dentro e fora da sala de aula. CJ. Nunca se arrependeu de ter seguido a carreira docente? Prof. Carla. Não, nunca me arrependi. É o que eu gosto realmente de ser e fazer, mui-to embora confesse alguns momentos de desalento. Quando chegamos a casa a casa às nove e meia da noite para jantar, vindos de uma reunião, e temos a nossa a nossa família à nossa espera, ou quando não conseguimos estar nesta ou naquela efeméride escolar dos nossos filhos porque estamos a desempenhar outras tarefas na escola, aí sim questiono se não serão sacrifícios demasiado altos… CJ. Se não fosse professora o que gostaria de ter sido? Prof. Carla. Se não fosse professora estaria provavelmente no ramo da comunica-ção…jornalista, escritora, psicologia…são áreas que exploraria com prazer, uma vez que envolvem a comunicação e esta está-me na essência. CJ. Nunca pensou em ser modelo? Prof. Carla. (Risos) não, nunca! Até porque eu sou a típica história do patinho feio rechonchudo, mas sempre com uma auto estima fantástica, porque me sabia repleta de outras valências. Aprendi a valorizar-me desde muito cedo, a mudar o que eu consi-derava que precisava de ser alterado, a fazer exercício físico, ter cuidado com a ali-mentação e, acima de tudo, a fazer disso um modo de vida! Claro que cometo exces-sos como toda a gente, sou inclusive muito gulosa, adoro chocolate e tudo o que é doce, mas são excepções que fazem com que a vida seja bem mais divertida e feliz.

CJ. Como ocupa os seus tempos livres?

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TEM A PALAVRA Prof. Carla. Não tenho tanto tempo livre como gostaria, mas aproveito sempre para colocar as minhas leituras em dia. Adoro explorar o Portugal que temos e ir sempre conhecendo os lugares fora dos roteiros turísticos. Também sou cinéfila por definição, pelo que sempre que posso vou ao cinema. CJ. Sempre gostou da língua inglesa? Prof. Carla. Por incrível que pareça, e digo sempre isto aos meus alunos, era melhor aluna na disciplina de Francês no que na de Inglês (muito embora obtivesse sempre nível cinco em ambas), mas a paixão sempre foi pela língua Inglesa. CJ. Já visitou a Inglaterra? Gostaria de viver lá? Prof. Carla. Vivi em Londres cerca de um ano com os meus pais e o meu irmão mais velho. O meu pai foi representar a empresa e como éramos muito pequenos, eu teria três anos e o meu irmão quatro, decidiu que iríamos todos. Recordo que quando regressei falava mais Inglês do que Português. Apesar de ter muita família a viver em Inglaterra, não me revejo no país. Aliás não me vejo a viver fora do Douro…esta paisa-gem, as pessoas e toda esta envolvência fazem parte do meu bem-estar. CJ. O que dizem os seus olhos? Prof. Carla. Os meus olhos dizem que…estou feliz e isso nota-se! Feliz com os suces-sos dos meus alunos, com as nossas “conversinhas de pé de orelha”, de cada vez que faço a diferença na vida das pessoas, pela família maravilhosa que tenho e por todos e com todos os que me fazem ser mais e melhor! CJ. Muito obrigada Professora por nos ter dado esta entrevista. Prof. Carla. Obrigada eu! É sempre muito gratificante refletir sobre estas questões e nem sempre paramos para o fazer!

O Clube de Jornalismo

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TEM A PALAVRA

Produção de Vinho no Douro

Desde os tempos romanos que tem sido produzido vinho na região do Douro.

Durante este período, a cultura da vinha teve um grande desenvolvimento, principal-

mente depois do século I d.C., permanecendo vestígios de lagares e adegas em várias

estações arqueológicas da região.

A importância do vinho perpetua-se durante a passagem dos Suevos, Visigodos e

Muçulmanos.

Durante o século XIII, o Porto servia de escoamento aos vinhos durienses, ao estabele-

cer ligação com os mercados internacionais. Os vinhos eram levados até à Cidade

Invicta, nos barcos rabelos, através do rio Douro. A exportação dos vinhos durienses

começa a ganhar elevada importância durante o reinado de D. Fernando, no século

XIV, uma vez que as principais receitas do Estado eram obtidas através dos impostos

sobre a exportação. Durante o reinado de D. Manuel I houve profundas alterações,

devido às grandes quantidades de vinho necessárias para as expedições marítimas. O

monarca ordenou que os canais de pesca no rio Douro fossem demolidos, para facilitar

a navegação entre São João da Pesqueira e o Porto, tendo o fluxo da circulação fluvial

aumentado consideravelmente.

Em 1703, Portugal e o Reino Unido assinam o Tratado de Methuen, também referido

como Tratado de Panos e Vinhos, que concede direitos preferenciais aos ingleses na

compra dos vinhos portugueses, com a contrapartida de permitir a entrada livre de teci-

dos britânicos no mercado português. Com este tratado e com o grande apreço destes

vinhos pelos ingleses, a região viu a sua produção intensificada, tentando dar resposta

à elevada procura, o que não impediu a existência de alguns casos de falsificação dos

vinhos.

A Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro surge em 1756, para dar

resposta às más relações entre produtores, comerciantes portugueses e negociantes

estrangeiros, além de tentar arrancar os vinhos da região do controlo dos mercadores

ingleses. Esta associação, criada pelo Marquês de Pombal, obtém a venda exclusiva

do vinho do Porto, em 1807.

O Alto Douro Vinhateiro foi a primeira região vitícola regulamentada do mundo, tendo

sido demarcada entre 1757 e 1761, através de grandes marcos de granito, com a pala-

vra “Feitoria” e a respetiva data.

Em 1844 é criado um mapa da região demarcada, no qual constam as quintas proemi-

nentes daquela época.

Durante o século XIX, as vinhas do Douro foram vitimizadas por várias doenças, como

o oídio e a filoxera, que acabaram por contribuir para um desenvolvimento na viticultu-

ra, devido a inovações biológicas e químicas, que surgiram como forma de evitar essas

doenças. Ainda no mesmo século, iniciou-se a construção das linhas ferroviárias, que

facilitaram a ligação entre o Porto e a fronteira de Espanha.

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TEM A PALAVRA Durante o Estado Novo, criaram-se a Casa do Douro, o Grémio dos Exportadores do

Vinho do Porto e o Instituto dos Vinhos do Porto e do Douro. Após o regime totalitário

foi criada a Associação de Produtores e Engarrafadores de Vinhos do Porto e do Dou-

ro, em 1986, com o intuito de permitir a entrada destes, na comercialização direta do

vinho, feita a partir das quintas do Douro e em nome dos respetivos produtores.

A paisagem atual das encostas do Douro começou a ser criada na década de 70, com

a aplicação de novas técnicas de plantio da vinha em patamares, com muros de xisto a

delimitar cada nível.

Os vinhos produzidos no Douro percorreram um longo caminho, tendo já arrecadado

vários prémios.

Processo de vinificação do vinho tinto

Vindima

Quando a vindima começa, devem assegurar-se as melhores condições de transporte

das uvas para a adega, fazendo-se os possíveis para que cheguem inteiras e não

amassadas ou calcadas, o que poderia significar o início precoce de fermentação.

Vinificação de vinho tinto

Uma vez chegadas à adega, as uvas são conduzidas para um desengaçador/

esmagador, podendo ou não ser previamente esmagadas.

O vinho tinto é um vinho de maceração (curtimenta), em que a fermentação alcoólica

dos mostos, deverá ser sempre feita em presença das partes sólidas (películas, grai-

nhas, e eventualmente os engaços) para assim ocorrer a dissolução no mosto

da matéria corante, taninos e compostos aromáticos, contidos nas referidas partes

sólidas, e em particular nas películas.

Nestas condições, os vinhos ficam com uma estrutura melhorada, uma maior intensida-

de corante, um índice de polifenóis mais elevado e uma componente aromática mais

intensa, criando-se, deste modo, melhores condições de conservação e melhorando a

qualidade final do vinho.

Turma do 8º B

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TEM A PALAVRA Crónicas das Ciências da Terra e da Vida

Confesso que sou um adepto das novas tecnologias e sempre

que posso, gosto de ler as notícias sobre os avanços científicos e

tecnológicos. Contudo, desde que iniciei a minha prática pedagó-

gica (e já passaram mais de das duas décadas), que observo

com preocupação a crescente dependência da tecnologia. É com

apreensão que observo os alunos, à saída da sala de aula, agar-

rados ao telemóvel/smartphone a teclar freneticamente nas redes

sociais, a jogar e ouvir música, enquanto se dirigem para o recreio ou para o pavilhão social. Aí chega-

dos, mantêm o padrão comportamental, potenciando o isolamento social e a ciberdependência, diminuin-

do os potenciais benefícios que a utilização racional destes equipamentos pode oferecer em situações

de ensino formal/informal.

O ano de 2017 foi dramático envolvendo a destruição das florestas e matas causada pelos incêndios,

com as consequências inerentes à destruição de ecossistemas, poluição e degradação de solos, refor-

çando a necessidade de alertar para a preservação dos espaços naturais, ordenamento e gestão do ter-

ritório. O cenário descrito merece uma reflexão profunda sobre o efeito das atividades antrópicas no

Ambiente e a mensagem é clara, o conceito de Desenvolvimento Sustentá-

vel, conforme definido no Relatório Brundtland (1987), intitulado "O Nosso

Futuro Comum", está seriamente posto em causa. Urge tomar medidas

preventivas adequadas, sob pena de se atingir o ponto de não retorno.

Partindo da necessidade de alertar para o ordenamento do território e ges-

tão do coberto vegetal, a par do desejo de integrar as tecnologias da comu-

nicação e informação como ferramentas informais no acesso ao conheci-

mento, surge o projeto Selfie Botânica.

Pretendendo estimular a utilização pedagógica dos smartphones, algumas das espécies existentes na

Escola Sede, foram identificadas com um Código QR, (Código de resposta rápida). O utilizador terá ape-

nas que apontar a câmara fotográfica do smartphone ao código QR e terá acesso imediato à base de

dados entretanto criada, via WIFI, onde constam fotografias tiradas ao longo das estações do ano, de

forma a poder visualizar a evolução em função dos efeitos dos diferentes fatores abióticos, classificação

taxonómica e caracterização/utilidade da espécie. Visitem a nossa página em https://

selfiebotanica.wixsite.com/aepan e usufruam dos recursos colocados ao vosso dispor.

O Projeto Selfie Botânica foi candidatado à 15ª Edição - Prémio Fundação Ilídio Pinho - Ciência na

Escola 2017/2018, tendo sido selecionado no concurso

de ideias e financiado, na categoria Ensino Secundário,

para a fase de execução. Participaram no projeto os alu-

nos do 11ºA (Cursos de Ciências e Humanidades) e alu-

nos do 6ºB “Brigadas Ecológicas” para a preservação/

sensibilização e limpeza dos espaços verdes da escola

(Atividade: Tertúlias nas oficinas de expressão oral na

disciplina de Português). Estiveram ainda envolvidas as

disciplinas de Biologia-Geologia e Geografia do 11º A, bem como os Docentes António Patrício, Carla

Barreiro e Nuno Paula Santos.

Nuno Paula Santos

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TEM A PALAVRA A Professora Anabela Macedo na aula de História do 6º A

Convidamos a professora Anabela Macedo para ir à nossa aula de História pois soube-mos que viveu em Moçambique aquando da guerra colonial, matéria que estamos a dar presentemente e que nos tem suscitado muita curiosidade. A professora Anabela aceitou de imediato o nosso convite e nós acolhemo-la com mui-ta alegria. Foi uma aula diferente, fizemos as perguntas que quisemos e a professora respondeu prontamente. Ficamos a saber como era a vida em África de uma maneira tão “colorida” que até parecia que estávamos lá. Ficamos também a conhecer as vivên-cias daqueles que fugiram à guerra naquela altura e comparamo-las com as dos que hoje em dia também fogem das guerras sobretudo da Síria. A Professora Anabela fez-nos pensar em sermos mais solidários com os refugiados. Aprendemos muito e ficamos mais “ricos”…. Obrigada Professora Anabela Macedo

Inês Ribeiro 6º A

Entrevista — Professora Anabela Marrafa Macedo (testemunho de vida)

6º A. Professora, sabemos que viveu em Moçambique antes do 25 de Abril. Que lem-branças tem dessa altura da sua vida? Prof. Anabela. Nasci em Moçambique, na capital, na altura, Lourenço Marques e atual Maputo. Vivi lá até aos meus 7/8 anos. Recordo as danças e as músicas africanas e a amizade entre as pessoas. Recordo com muita saudade os grandes espaços, a liber-dade de brincar na rua com as outras crianças, o calor, o madrugar muito cedo para ir brincar com os nossos cães. Recordo ainda subir às árvores para apanhar fruta, por exemplo, a uma mangueira, sentindo a brisa da manhã e os raios de sol que ilumina-vam o nascer do dia. Recordo andar descalça, mesmo em dias de muito calor e em especial, um ninho de cobras num tronco velho de uma árvore, muito próximo da minha casa. Recordo ainda uma cobra muito comprida que entrou na minha casa e se insta-lou numa prateleira. Recordo andar na escola, com farda e os alunos serem colocados em filas, no recreio da escola, para cantarem o hino nacional, ao sábado de manhã. Recordo um cão enorme, que a minha família adotou, porque os donos fugiram da guerra e ele teve de ficar. 6ºA. O sítio onde vivia foi alguma vez atacado por guerrilheiros africanos? Prof. Anabela. Possivelmente, pois tenho a recordação de ouvir a história de um casal morto pelos guerrilheiros. Recordo o medo com que passamos a viver, pois era possí-vel que a qualquer momento fossemos atacados, em nossas casas.

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6ºA. Em que circunstâncias saiu de Moçambique?

Prof. Anabela. Como muitos portugueses, os meus pais anteciparam a nossa vinda, evitando males maiores. Durante dois anos, ocorreram alterações nas nossas vidas, de separação, reencontro e nova separação. Como a guerra continuava, a minha família regressou definitivamente a Portugal. 6ºA. Como foi recebida em Portugal? Prof. Anabela. Foi muito complicado, porque os portugueses estavam habituados a viver em ditadura e tiveram muitas dificuldades em aceitar os portugueses que regres-savam a Portugal. A sociedade portuguesa não estava preparada para receber tantos portugueses, famílias inteiras que regressavam. Dizia-se que nós, “os retornados”, invadimos Portugal, tiramos as casas e os empregos a quem já cá vivia, no entanto, o nosso regresso, deveu-se à existência de uma guerra e só quisemos fugir dela! 6ºA. Custou-lhe muito adaptar-se a um novo país? Prof. Anabela. Sim, porque os hábitos e costumes eram muito diferentes. Quando regressei, fui viver para uma aldeia. Não estava habituada ao frio do inverno. Uma das casas onde vivi, que estava desabitada há muito tempo, era muito pequenina, sem luz elétrica, sem água canalizada e sem quarto de banho… Em Moçambique tínhamos tudo. Com o decorrer do tempo, a vida retomou a normalidade. Regressei à escola, após dois anos de interrupção, para frequentar o 2.º ano de escolaridade. Eu gostava da escola e de aprender. As dificuldades não podiam ser a justificação para perder o interesse pelo estudo e ter insucesso escolar. Conscientes deste facto e da importância que tinha a escola, os meus pais conversaram com a minha professora e nesse ano, consegui fazer dois anos de escolaridade, o 2.º ano por exame e o 3.º ano, no mesmo ano. 6ºA. Agora, vendo de longe o que se passou em Moçambique na altura da guerra colo-nial, concorda ou discorda com os motivos que levaram os moçambicanos a revoltarem-se contra Portugal? Prof. Anabela. O povo moçambicano lutou pelo direito de independência relativamente ao domínio português. Por um lado, Moçambique tinha o direito de ser independente, por outro lado, Portugal tinha interesses em manter Moçambique como território portu-guês. Havia interesses contrários, entre estes dois países, que resultou, infelizmente, numa guerra! 6ºA. Como teria a professora feito a descolonização se fosse na altura Presidente da República? Prof. Anabela. Acredito que era possível Moçambique ou outra colónia portuguesa ficar independente do domínio português, sem ter havido guerra. A História demonstra que nenhum dos países ficou a ganhar, pela perda de vidas humanas e pelo sofrimento causado.

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TEM A PALAVRA

Pela experiência de vida, tudo faria para que não houvesse uma guerra. Aproveitaria

as experiências positivas, existentes em Moçambique que envolveram portugueses e

moçambicanos para construir uma união forte entre os dois países, criando-se consen-

sos, mas com a vontade de assumir o direito à independência de Moçambique, retiran-

do daí benefícios sociais e económicos para os dois países.

6ºA. Obrigado por ter aceite o nosso convite e nos ter elucidado sobre este período da nossa história.

Alunos do 6º A

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Dia da mãe (domingo, 6 de Maio)

Dia das Mães, também designado de Dia da Mãe, é uma data comemorativa em que se homenageia a mãe e a maternidade. Em Portugal é comemorado no primeiro domingo do mês de Maio e no Brasil no segundo domingo do mês de maio. Na Grécia antiga a entrada da primavera era festejada em honra de Rhea a Mãe dos Deuses. Nos Estados Unidos, as primeiras sugestões em prol da criação de uma data para a celebração das mães foi dada pela activista Ann Maria Reeves Jarvis, que fun-dou em 1858 os Mothers Days Works Clubs com o objectivo de diminuir a mortalidade de crianças em famílias de trabalhadores.

Um feliz dia da Mãe para todas as Mães do Mundo!

ÂNGELA NOGUEIRA 5ºB

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TEM A PALAVRA O futebol

O futebol é o meu desporto preferido. Também referido como futebol de campo, ou futebol de onze é um desporto de equipa, jogado entre duas equipas de 11 jogadores e um árbitro que se ocupa da correta aplicação das regras. É considerado o desporto mais popular do mundo, pois cerca de 270 milhões de pes-soas participam das suas várias competições e milhões de pessoas assistem a essas competições. É jogado num campo rectangular relvado, com uma baliza em cada lado do campo. O objetivo do jogo é deslocar uma bola através do campo com o objectivo de a colocar dentro da baliza adversária, ação que se denomina golo. A equipa que marca mais golos ganha o jogo. O jogo moderno foi criado em Inglaterra, cujas regras de 1863 são a base do desporto na atualidade. O órgão regente do futebol é a FEDERAÇÃO INTERNACIONAL de FUTEBOL, mais conhecida pela sigla FIFA. A principal competição internacional de futebol é o Campeonato do Mundo FIFA, reali-zada a cada quatro anos. Este evento é o mais famoso e com maior quantidade de espectadores no mundo, o dobro da audiência dos jogos olímpicos. No futebol É preciso usar cachecol. Para marcar É preciso atinar. O meu texto tá no jornal… E eu sou internacional. É preciso uma bola Para ter uma grande tola.

FRANCISCO PEREIRA 5º

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Entrevista — Dona Adelaide, rececionista na escola há 33 anos diz-nos adeus.

C.J. Dona Adelaide há quantos anos trabalha nesta escola? D. Adelaide. Trabalho na função pública há 41 anos. Trabalhei na escola Rainha Mafalda 8 anos e já trabalho nesta escola há 33 anos. C.J. Sempre foi auxiliar de ação educativa? D. Adelaide. Não, aos 18 anos fiz parte da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Mesão Frio exercendo funções no snack-bar. Aos 20 anos saí e adquiri uma máquina de tricotar para trabalhar fazendo tricô para fora. Foi só aos 25 anos que ingressei na função pública como auxiliar de ação educativa, funções que ocupo até hoje. C.J. Quais as funções que já desempenhou no agrupamento? D. Adelaide. Na escola Rainha Dona Mafalda, como muitos dos vossos pais se devem lembrar, exerci durante 8 anos funções no bar, refeitório e limpezas. Entretanto houve uma reestruturação e eu vim para a escola Professor António da Natividade exercendo funções na biblioteca escolar durante 19 anos. Mais tarde passei a trabalhar na repro-grafia onde estive 6 anos. Atualmente encontro-me a trabalhar na recepção/ telefone, cargo que ocupo há 8 anos. C.J. Qual dessas funções gostou mais de desempenhar? D. Adelaide. Gostei de todas mas as funções, no entanto o serviço que desempenhei na reprografia foi aquele com o qual mais me identifiquei. C.J. Como vê os alunos do nosso agrupamento? D. Adelaide. Como em todas as escolas existem alunos com personalidades diferen-tes. Se soubermos interagir com eles, conseguimos que eles nos respeitem. No meu caso, converso com eles, troco ideias, preocupo-me em entender os seus problemas e dentro das minhas possibilidades aconselho-os. Normalmente os alunos aceitam os meus conselhos.

C.J. Alguma vez teve problemas com alunos?

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TEM A PALAVRA D. Adelaide. Sim, tive problemas com um aluno. C.J. Se pudesse voltar atrás escolheria a mesma profissão? Porquê? D. Adelaide. Sim, porque gosto de crianças e apesar de esta ser uma profissão muito desgastante é também muito gratificante. C.J. Como ocupa os seus tempos livres? D. Adelaide. Ocupo os meus tempos livres a ler, a ver televisão e a fazer caminhadas. C.J. Sabemos que em breve se irá reformar. Como tenciona ocupar o seu tempo na reforma? D. Adelaide. Sim, vou aposentar-me em breve. Vejo a reforma como uma nova etapa na minha vida, vou dedicar mais tempo a mim mesma e á minha família estando sem-pre pronta a ajuda-los. Tenciono fazer as coisas de que mais gosto, como passear etc. C.J. Acha que vai ter saudades do seu trabalho aqui na escola? D. Adelaide. Sim, irei ter saudades, fiz muitas amizades inclusive através do telefone, amizades que nunca irei esquecer e que ficarão sempre no meu coração, pois fizeram parte da minha vida. C.J. Obrigada Dona Adelaide pela sua disponibilidade. D. Adelaide. À equipa do Clube de Jornalismo o meu muito obrigada.

Entrevista realizada pelos alunos do Clube de Jornalismo.

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TEM A PALAVRA Kelly Bailey

Nome: Kelly Bailey Nascimento:19 de Fevereiro de 1998 (20 anos) Nacionalidade: portuguesa Ocupação: actriz Kelly Bailey é uma das minhas actrizes preferidas, gosto dela desde que ela apareceu na televisão portuguesa. É uma atriz excelente, que apesar da sua pouca idade já recebeu prémios. Pela sua participação na novela “A Única Mulher” da TVI, foi considerada como "actriz revelação".Kelly Bailey chegou a ser nomeada na categoria de "Revelação do Ano" nos Troféus TV 7 Dias (2015), mas acabou por perder o troféu que foi entregue à sua colega de profissãoAna Sofia Martins. Em 2017, protagonizou a novela A Herdeira,atualmente em exibição, e interpretando o papel de Luz Fuentes.

Kelly Bailey feztambém a novela “Única Mulher” onde interpretou a personagem de “Francisca Sacramento”

Joana Rufino 5º B

Sisley Dias Nascimento: 13 de Janeiro de 1988 (30 anos) Nacionalidade: portuguesa Ocupação: actor e modelo Principais trabalhos: Morangos com Açúcar, Casos da Vida, Laços de Sangue e Mar Salgado. Estriou-se na série Morangos com Açúcar. Sisley Dias e a namorada de longa data, Mariana Peixoto, já são pais. O menino chama-se Levi e nasceu a 12 de Julho. Sis-

ley Dias e Mariana Peixoto estão juntos há seis anos.

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TEM A PALAVRA Mariza Peres

Nascimento:28 de Julho de 1990(27 anos) Nacionalidade: Portuguesa e Espanhola Ocupação: atriz e modelo Nasceu e vive actualmente em Lisboa Mariza “Popularizou-se” na série da TVI “Morangos com Açúcar”, onde interpreta o papel de Mariana Silveira. Entre 2007 e 2008, participou ainda na novela “Deixe que te Leve”.

Ana Rodrigues 5º B

Rita Pereira Ela é famosa E é muito carinhosa. Também divertida Com a sua vida.

Já perdeu o namorado, Mas não naufragado O seu riso encanta E a sua flor canta. Margarida Pereira 5º B

Sofia Ribeiro A sua estreia na televisão foi no papel de Luna em “Morangos com açúcar” (TVI) que construiu a rampa de lançamento para a sua carreira de atriz. Como atriz, participou em várias telenovelas da TVI como ”Fascínios” “Olhos nos olhos” “Meu amor” “Sedução” “Doce tentação” e “Santa Bárbara” entre outras. É uma das protagonistas da telenovela “a Herdeira” onde representa a cigana Soraia Fuentes. Nascimento: 2 de Outubro de 1984 (33 anos) Nacionalidade: portuguesa

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TEM A PALAVRA O Douro

O

Douro possui uma paisagem natural. E a sua beleza não tem preço. Oiço o canto das aves, E logo adormeço…

Os socalcos em pedra de xisto. As vinhas verdejantes e duras de trabalhar, O sangue do povo corre nas suas veias E o que os espera, é vindimar…

Do Douro sai o Vinho do Porto, Que quanto mais velho melhor. Daqui sai para o mundo E a alegria é maior…

O Douro segue o seu percurso, Lindo, forte e atroz. Através de belas paisagens, Nasce em Espanha e desagua na Foz.

Ângela Nogueira 5º B

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TEM A PALAVRA Uma janela sobre o Douro

Da minha janela vejo Um rio muito lindo Tem como nome rio Douro E é brilhante como ouro.

Da minha janela eu vejo Um rio de água azul Onde eu gosto de nadar.

O rio Douro é Um rio muito brilhante Quem cá vem o admira Ao ver os seus barcos rebelos.

O Rio Douro É tão brilhante Que mais parece feito em ouro.

Joana Rufino 5º B

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PARA MIM

Apenas o coração pode bater

É cada vez mais comum ouvirmos falar de casos de maus tratos na infância, quer em ambiente familiar, quer em ambiente escolar. Infelizmente os casos de maus tratos na escola têm aumentando imenso, fazendo com que as crianças não se sintam confortáveis e felizes num local que deveria ser conside-rado a sua segunda casa. Os maus tratos na infância são considerados um problema importante de saúde públi-ca que afeta não só a criança, mas também a sociedade como um todo.

Podemos agrupar os maus tratos na infância em quatro cate-gorias: nigligência, abuso fisico, abuso sexual e abuso emo-cional do qual faz parte a exposição à violência doméstica, sendo este o mais praticado. Os efeitos dos maus tratos em alguns casos são observados rapidamente, principalmente os fisicos. No entanto, o impacto dos maus tratos nem sempre é evidente. Transtornos ou traumas no início da vida podem resultar numa variedade de problemas, como por exemplo, depressão,

agressividade e uso de drogas. Quando se tornam adultos, as vitimas têm altas taxas de ansiedade e de stresse pós-traumático, apresentando também maior probabilidade de se envolverem em comporta-mentos criminosos. Por sua vez, as criançãs que presenciam atos de violência doméstica correm um risco elevado de problemas psicológicos, emocioais, sociais, comportamentais e académi-cos. Os pais são um fator bastante importante, pois crianças vindas de familias que prati-cam abusos não vão saber autorregular-se no futuro porque são expostas a formas desajustadas de comunicação e comportamento emocional. A nosso ver, os maus tratos na infância é um assunto bastante delicado e que merece toda a nossa atenção. Devemos estar alertados e dar importância ao mínimo compor-tamento “estranho”por parte da criança. Deve haver um controlo e uma observação mais elevada por parte das entidades superiores a todos os jovens, avaliar os possí-veis casos de violência e dar o acompanhamento necessário àsvítimas.

Alunos do 12ºA, psicologia B

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PARA MIM

Padrões de beleza Um tema atual e bastante debatido desde sempre são os padrões de beleza. Ao longo dos anos, esta ideia tem vindo a mudar, na Grécia Antiga, a primeira tentativa de padronização da beleza humana de que se tem registo é a combinação entre a harmo-nia e equilíbrio, valorizando as medidas proporcionais. O culto ao corpo entre os jovens previa que fossem fortes para serem soldados ou atletas. Os exercícios físicos também eram comuns entre as mulheres, que evitavam o bronzeado, por não ser considerado belo, características que hoje muitas pessoas ambicionam ter. Na idade Média o conceito de belo estava ligado ao divino, às virtudes morais,ao plano espiritual. Por questões morais, as vestimentas deveriam ser longas e esconder o cor-po atrás dos trajes volumosos. Imperfeições físicas do corpo eram consideradas liga-das às da alma (resultadas de pecado). Para serem consideradas belas, as mulheres medievais deveriam seguir a figura da Virgem Maria. Voltando a valorizar o corpo feminino, o modelo de beleza do Renascimento supunha mulheres mais cheinhas, de ancas largas e seios generosos - o que se manteria até o final do século XVIII. Apesar dos vestidos volumosos, a cintura deveria ser marcada pelo uso do espartilho e era permitido que o decote mostrasse um pouco dos ombros. Nos anos 20, aqui o conceito de belo exalta o corpo feminino cilíndrico: cintura, seios e quadris deveriam ter medidas parecidas. Para isso, as mulheres disfarçavam as curvas usando vestidos retos e até mesmo enrola-vam faixas sobre os seios para achatá-los. No fim dos anos 80 e durante o início dos 90 as supermodelos dita-ram os padrões de beleza. Altas, magras, com curvas na medi-da certa e um visual saudável. O ideal de corpo era forte e esbelto, favorecendo uma visão poderosa dessas mulheres. Outro atributo valorizado eram os seios. Diferentemente dos anos 20, em vez de tentarem disfarçá-los, as mulheres começaram a utilizar silicone. Atualmente o padrão das supermodelos intensificou-se ainda mais e ultrapassou o limi-te do saudável ao levar para a passarela modelos exageradamente magras. A anorexia e bulimia foram trazidas à discussão, principalmente pela sua incidência crescente entre as adolescentes. As cirurgias plásticas foram cada vez mais frequentes, para se encaixarem nos padrões sociais. O número de suicídios registados ao longo dos anos foi cada vez maior devido à pressão da sociedade pela perfeição. Na escola, inclusive, as questões de bullying maioritariamente estão associadas à aparência. Chega a ser ridículo a vontade das pessoas em ser algo que não querem só porque alguém lhes disse para o ser. Se um dia quiserem mudar alguma coisa na vossa aparência, mudem por vocês, não pela opinião dos outros. Não és menos mulher que as outras por teres os seios pequenos ou menos homem porque não és musculado. Cada um é perfeito à sua maneira.. Não interessa ter o corpo perfeito, mas sim ter um corpo saudável. Os padrões estão sempre a mudar e aquilo que nos parece ser bonito hoje amanhapode já não ser. Na nossa opinião, o mais importante é sentirmo-nos confortáveis na nossa pele, mes-mo que a nossa aparência não agrade tanto os outros. Se nem Deus que é Deus agra-dou a todos porque razão nós haveríamos de o fazer? Vivam a vossa vida e sejam vocês mesmos.

Alunos do 12ºA, psicologia B

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PARA MIM

Eça, agora

Se Eça de Queirós vivesse atualmente, muitos seriam os aspetos que teria para criticar, sendo que alguns deles já criticou no passado. O mundo evoluiu muito, na minha opinião, para melhor, mas esta evolução não trouxe apenas aspetos positivos. A evolução da tecnologia provo-cou uma grande transformação na sociedade e as redes sociais são prova disso. A meu ver, as redes sociais são um “mundo de aparências”, onde muitas vezes as pessoas se fazem passar por aquilo que não são; talvez porque a sociedade tenha estabelecido certos paradigmas, “ ou és assim e és aceite, ou não és e ficas excluído ”. Este aspeto seria certamente um ponto que Eça de Queirós criticaria, o mundo de aparências, tal como criticou n`Os Maias. Outra situação que, infelizmente, ainda vivemos, e que nos dias de hoje já não podia acontecer é a violência, seja violência doméstica, maus tratos a crianças, maus tratos a idosos. Estas situações de violência acabam muitas vezes em mortes. Exemplo disso são os atentados a que ultimamente temos assistido. O mundo está a tornar-se um lugar muito perigoso, devido a guerras de religiões e deuses, que provocam a morte de muitos inocentes. Há quem diga que a terceira guerra mundial está perto. Até hápouco tempo, achava isso absurdo e pensava “Essa agora!”, mas nos dias de hoje penso que, afinal, talvez não estejam enganados! Eça criticaria também o estado da educação, da cultura, da saúde, o estado social que a maioria dos portugueses também critica, pois em Portugal tudo parece estar a regre-dir. Se Eça vivesse agora, teria muitos alvos e aspetos para criticar, pois iria viver numa época, onde o civismo, o respeito pelo outro, a ética e os valores são algo que se está a tornar cada vez mais raro. Mas nem tudo é mau, o mundo evoluiu e trouxe muitos aspetos positivos também, por isso, a meu ver, apesar de tudo o que Eça teria para criticar, muito mais teria para elo-giar!

Joana Fragoso, 11ºA

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PARA MIM

Transcender é a palavra que significa passar além de; ultrapassar; elevar-se acima de. Transpor os limites que a vida impõe. Todos os dias quando acordo, a imagem que vejo refletida no espelho limita-me. O olhar diz muito, mas não diz tudo. O corpo é uma forma. E como todas as formas, é limi-tante. Sente dores, é escravo dos desejos que domi-nam a mente. A mente só pensa o que pode ver, e ela vê a imagem refletida no espelho, o corpo é, portanto, um limite. Diz-me até onde posso ir, fala-me apenas sobre o que eu já conhe-ço. Escraviza-me aos desejos do corpo. É um limite. O coração debate-se em altos e baixos, apatia, alegria súbita, tristeza, saudade, ódio, ciúmes, inveja, ternura. Tudo passa por ele como num filme em ritmo acelerado. Tenta, mas volta sempre ao mesmo ponto: ao limite. Limite do que a mente aceita, do que o corpo sente e do que os sentidos podem captar. O pensamento é limite. O sentimento é limite. Recorro ao sonho. O sonho divaga, trabalha outras imagens, algumas boas, prazero-sas, outras confusas, delirantes, sofridas, pesadelo, acordo, limite. O sonho tenta, mas volta ao que a mente já sabe ou aceita como conhecido. Dou um passo, e perco-me na imensidão que é o universo. Olho á minha volta e vejo o mesmo corpo, a mesma mente, o mesmo coração, dei um passo em direção ao mes-mo ponto. Limite. Mas afinal quem sou? Energia aflita. Um olho para a luz do sol. A luz que se apaga todas as noites. A única luz que brilha e mostra que vivo. Ela acende-se e apaga-se, acende-se e apaga-se, enquanto tento dar outro passo. Mas para onde? Mas para quê? Por 90 dias, 90 meses, 90 anos. Paro, desisto, choro, odeio. Tenho compaixão de mim. Agora já não há nada além do próprio limite. As barras de minha cela, A cela da minha alma. A minha alma. Fecho os olhos, esqueço a direção que devo seguir. E agora vejo-a. A alma. Não tem corpo, não tem cor. Atravessa as paredes do corpo, atravessa as pare-des da mente, ultrapassa o coração. Torna-se um pequeno rio que flui, cria asas, voa. O corpo pede explicação aos sentidos, os sentidos procuram resposta na emoção, a emoção indaga à mente. A mente perde-se, acha-se, busca, pega a pena, lê e escreve, quer conhecer, tenta perseguir a liberdade da alma e dá um passo. Todo o corpo, todo o coração, toda a mente, dá um passo. Respiro, conheço, TRANSCENDO. O reflexo no espelho sorri, orgulha-se. Depressa esquece o ego. Volta a olhar a alma, segue, busca, pega a caneta, lê e escreve. Dá um passo! E outro, e outro. Passos em direção ao infinito. Ao todo indivisível completo. Passos, em direção a Deus.

Margarida Alves, 10ªA

TRANSCENDER

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PARA MIM La solidarité

La solidarité pour moi est aider les autres sans rien recevoir en retour. Nous pouvons aider les autres de diverses façons, par exemple en payant des dons

d’argent, des choses que nous n’utilisons plus, de la nourriture, des marathons, en col-lectant des fonds ou simplement en les aidant avec tout ce qu’ils ont besoin.

Solidarité peut prendre différentes formes, mais toutes ces formes ont quelque cho-se en commun dans chacune à elles: nous aidons les gens.

Eduarda Santos nº7 9ºB

SOLIDARITÉ

La solidarité est un acte de gentillesse envers les gens ou l’environnement, par exemple: faire un don, prendre soin de l’environnement, visiter des hôpitaux, faire du bénévolat, etc…

Pour moi, la solidarité est très importante,parce que beaucoup de gens, avec des problèmes, on besoin d’un peu d’aide de notre partie cela peut changer leur vie.

Travail réalisé par: Luís Martins, nº12, 9ºB

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RELAX

-Amor... Eu ... Eu traí-te. -Eu também. -Ah! 1 de Abril! - 24 de Março.

----------------------- -Mãe eu sou feio? -Já te disse para não me chamares "Mãe" à frente das pessoas.

-------------------------- -Sabes porque é que o pescador Alentejano bateu na Rocha? -Navio

Rui Rafael 10ºA

CARTOON

BÁRBARA 10ºA

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DESAFIA-TE

Jogos Matemáticos Desafio 1 Valor desconhecido 3 + 2 + 5 = 25 4 + 1 + 9 = 49 8 + 7 + 6 = ?

Desafio 2 Quantos quadrados existem na figura?

Descobre as soluções abaixo

Joana Sequeira 10ºA

Solução do desafio 1 Primeiro realizas a soma das duas primeiras parcelas e o resultado multiplicas pela 3º parcela: (3+2)x5 =25 (8+7) x 6 = 90

Solução do desafio 2 40 quadrados

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SABIAS QUE

Os chimpanzés e os golfinhos são os únicos animais capazes de se reconhecer em

frente ao espelho. O material mais resistente criado pela natureza é a teia de aranha. O elefante é o único animal com quatro joelhos. Comer uma maçã é mais eficiente que tomar café para se manter acordado. Os golfinhos dormem com um olho aberto. É impossível espirrar com os olhos abertos. O músculo mais potente do corpo humano é a língua. Rir durante o dia faz com que durmamos melhor à noite. Ninguém consegue lamber o próprio cotovelo, é impossível tocá-lo com a própria

língua. Aproximadamente 70% das pessoas que lêem este artigo tentam lamber o cotovelo.

Inês Pereira, 10ºA

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Ficha Técnica

O Rascunho

Propriedade do Agrupamento de Escolas de

Mesão Frio, Largo da Independência, 5040-352

Mesão Frio

E-mail: [email protected]; becremesa-

[email protected]

Direção - Aldina Pereira. Responsabilidade - Clu-

be de Jornalismo: Roberto Peralta, Manuela

Monteiro e José Manuel Carvalho

Redação - Alunos do Clube de Jornalismo, cola-

boradores.

Produção gráfica e paginação - José Manuel Car-

valho

Impressão - Reprografia Escolar. Tiragem—100

exemplares. 0,50 Rascunhos.

Ano Letivo 2017/18

Pode ainda ler-nos em:

http://escolas.uevora.pt/mesaofrioedu