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O que é transporte?

■ O transporte é a operação responsável pela

circulação física dos produtos ao longo da

cadeia de suprimentos em todos os estágios,

gerando valor desde o início do processo de

transformação até o final na disponibilização do

produto ao consumidor, seguida pela logística

reversa.

UNIDADE 1: Seção 1: Introdução à Gestão de Transportes e Abastecimento

Pilares da Logística

■ Principais valores que a Logística agrega:

– Tempo: entrega no prazo combinado

– Lugar: produtos devem estar disponíveis

no lugar onde sua utilização é desejada

– Qualidade: o produto deve ser recebido

em perfeitas condições de uso

– Informação: proporcionar ao usuário

informações necessárias para compra e

utilização, além de permitir o

rastreamento das entregas em tempo

real

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Logística como fator-chave para o sucesso das operações

■ Uma grande parcela do custo de operação das

empresas brasileiras é o custo logístico

■ A escolha do serviço é fundamental para

garantir uma boa experiência para o cliente e a

rentabilidade para a empresa

■ Os tipos de transporte de uma cadeia de

suprimentos influenciam diretamente nos

volumes de estoque da operação e refletem na

infraestrutura de distribuição dos produtos

Transportes e o PIB

■ A escolha do tipo de transporte deve considerar o

valor do produto e os custos financeiros do

estoque e de sua movimentação

■ O sistema de transportes brasileiro de cargas está

ligado diretamente à competitividade das

empresas

■ Segundo o Instituto de Logística e Supply Chain

(ILOS, 2018):

– o Brasil gastou cerca de 12,0% do PIB de

2017 em custos logísticos

– Destes, cerca de 6,6% relativos ao transporte

de mercadorias em território nacional

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O modal rodoviário

■ O transporte rodoviário é regulado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres

(ANTT) Seu papel é:

– Regulamentar,

– Fiscalizar,

– Controla a prestação de serviços de transportes

■ de carga e de passageiros (nível federal)

■ Características do transporte rodoviário:

– Rápido,

– Não necessita infraestrutura complexa para carga e descarga,

– Fácil acesso aos mais diferentes endereços,

– Boa flexibilidade para qualquer tipo de produto,

– Mais utilizado em cargas paletizadas, grãos, líquidos e produtos a granel.

Histórico das rodovias no Brasil

■ Os trens eram o principal modal até 1920

■ 1926: construção da Rio-São Paulo

■ 1940: única estrada pavimentada no país

■ 1950: estradas precárias

■ 1956 a 1961: “Plano de Metas” de JK

– “50 anos em 5”

– Objetivo: industrializar o Brasil

– Alto endividamento público

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Por que o Brasil optou pelo rodoviarismo?

■ Decisão política de Washington Luís (1926-1930):

“Governar é abrir estradas”

■ Aumento dos investimentos em estradas a partir de

JK, década de 1950

■ Razões:

– Porque era mais barato

– Porque era mais rápido de se colocar em

operação

– Porque arrecadaria mais impostos

– Porque era considerado mais “moderno”

– Interesse das montadoras de automóveis e

caminhões

Transporte rodoviário nos anos 70

• Interligação rodoviária entre as

regiões brasileiras

• Distorção da matriz de

transportes brasileira

• A questão asfalto x concreto

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Qualidade das estradas brasileiras

• Pesquisa CNT (2018) avaliou as estradas brasileiras:

- 11% ótimas

- 31% boas

- 35% regulares

- 15% ruins

- 6,5% péssimas

O preço das estradas

brasileiras

• Veículos cada vez mais pesados

• Preço do asfalto brasileiro: R$ 100 mil/ Km

• Quanto pior a qualidade da estrada, maior

o custo do frete (tempo, combustível,

acidentes, avarias, seguro, etc.)

• Em 2018 custo dos congestionamentos

nas grandes cidades brasileiras:

• R$ 267 bilhões

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Visão geral

• Do ponto de vista econômico, o

modal rodoviário é vantajoso para

distância de até 500Km

• Versátil para distâncias menores e

peri-urbanas

• Gera altos níveis de poluição

• Impacto sobre a circulação local

• Impacto sobre as estradas

Caminhão plataforma ou prancha

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Caminhão baú

Caminhão tremonha ou basculante

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Caminhão aberto

Caminhão refrigerado

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Caminhão tanque

Caminhão graneleiro ou silo

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Carreta e cavalo mecânico

Treminhões

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O modal aquaviário

■ Regulamentado pela ANTAQ (Agência Nacional

de Transportes Aquaviários)

■ Segundo a ANTAQ (2017):

– Brasil possui 8.500 quilômetros de costa

brasileira,

– 65 portos construídos

– 37 portos com estrutura para atracação de

navios médios e grandes.

– 95% das cargas concentra-se em 18 portos.

– Existem cerca de outros 500 portos fluviais

■ Pouco organizados

■ Sem infraestrutura para atividade

comercial de larga escala

Transporte fluviolacustre

• Uma questão econômica:

- Para movimentar 10 mil toneladas:

• Rodoviário: 556 pessoas + 278 caminhões

• Fluviolacustre: 12 pessoas + 1 comboio

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Bacias Hidrográficas brasileiras

Hidrovias brasileiras

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Hidrovias amazônicas

•Ampla cobertura geográfica

•Mais de 18.000 Km

•Principal modal na região

•Escoa grãos e madeira

Hidrovias nordestinas

•3.000 Km de extensão

•Ainda pouco exploradas

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Hidrovias Tocantins-Araguaia

•2.800 Km de extensão

•Pouco utilizada (grãos)

•Problemas de eclusagem

Hidrovia da Bacia do São Francisco

•1.300 Km de extensão

•Transporte de minérios

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Vantagens e desvantagens do modal

fluviolacustre:

•Alta capacidade de carga

•Custo mais baixo que o ferroviário e

rodoviário

Desvantagens do fluviolacustre:

•Baixa velocidade

•Sujeito à sazonalidade climática

•Demanda inter/multimodalidade

•Pouco desenvolvida no país

Transporte marítimo

•Pode ser cabotagem (costeiro)

ou de longo curso (internacional)

•Transporta carga

conteinerizada ou especializada

(celulose, siderurgia, etc.)

•Focada nos hub ports, que

redistribuem via cabotagem

(serviço chamado feeder

service)

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Tipos de navios

•Cargueiros ou convencionais

Tipos de navios

•Porta-containers

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Tipos de navios

•Navio Roll-on/Roll-off (RoRo)

Tipos de navios

•Navio graneleiro

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Tipos de navios

•Navio tanque

Vantagens do modal marítimo

•Altíssima eficiência

•Grande economia de escala para grandes

distâncias e grandes volumes

•Ideal para commodities

Desvantagens do modal marítimo

•Investimento inicial

•Custo operacional elevado

•Pressupõe infraestrutura portuária eficiente

•Tempo de deslocamento lento

•Risco de avarias à carga devido ao manuseio

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O modal aéreo

■ O transporte aéreo é regulado pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero)

■ Utilizada para o transporte de cargas urgentes, perecíveis e de alto valor agregado que necessitam de um tempo rápido de trânsito em médias e longas distâncias.

■ O Brasil possui:

– 505 aeroportos

– 40 para movimentação internacional de carga com estrutura alfandegária

– Principais aeroportos: Guarulhos (SP), Viracopos (SP), Manaus (AM), Galeão (RJ) e Brasília (DF).

Transporte aéreo - características

• Adequado para transporte de cargas em que a

velocidade na entrega e a segurança são os fatores

mais importantes

• Tipos de carga mais frequentes:

- Alimentos e outros perecíveis

- Carga viva (animais e plantas)

- Eletrônicos

- Bens de alto valor agregado

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Transporte aéreo - vantagens

• Rede diversificada de aeroportos no

entorno das grandes metrópoles

• Velocidade, eficiência e

confiabilidade

• Frequência de voos garante o alto

giro de estoque

• Movimentação altamente

mecanizada, proporcionando

segurança e rapidez

• Possibilidade de ampla cobertura

(onde outros modais não atendem)

Transporte aéreo - desvantagens

• Menor capacidade de volume de

cargas

• Não atende granéis

• Custo elevado de frete

• Não pode ser usado para cargas

perigosas

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O modal ferroviário

■ Primeiras ferrovias brasileiras: séc. XIX (agicultura)

■ As ferrovias no Brasil:

– 30,6 mil km de ferrovias

– 13 concessões

■ Transporte de commodities:

– minério de ferro, soja, açúcar, carvão mineral,

milho, farelo de soja, óleo diesel, celulose,

produtos siderúrgicos e ferro gusa,

■ Acessam alguns portos brasileiros para cargas de

granéis e containerizada

Histórico das ferrovias brasileiras

• Primeira estrada de ferro brasileira: 1845

(Estrada de Ferro Mauá)

- Tinha 15 Km de extensão

- Localizada na RMRJ

• Várias outras construídas entre 1870 e 1930

- Escoamento de produtos sgrícolas

- Principalmente café

- Do interior para os portos

- Investimentos privados (liberalismo)

• bitolas diferentes

• Não interligadas

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Histórico das ferrovias brasileiras

• Entre as décadas de 1930 e 1960:

- Poucos investimentos privados

- Expansão pequena, promovida pelo governo

- Ascensão das rodovias

• Entre as décadas de 1960 e 1990:

- Expansão ferroviária estagnou

- Depreciação da infraestrutura ferroviária

• Após anos 1990:

- Privatização de algumas linhas

- Bitolas diferentes dificultam integração nacional

Características do

transporte ferroviário

• Vantagens:

- Baixo custo operacional

- Grande eficiência energética

- Adequado para transportar grande

quantidade de cargas a grandes

distâncias

• Desvantagens:

- Alto investimento para implantação

- Restrito à malha de trilhos

(demanda intermodalidade)

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Tipos de vagões

• Vagão plataforma:

- Transporta veículos,

contêineres, maquinas,

produtos siderúrgicos e

outros pesados

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Tipos de vagões

• Vagão fechado de

descarga lateral:

- Geralmente produtos

ensacados

Tipos de vagões

• Vagão gôndola aberto:

- Carga geral que possa ser exposta ao mau

tempo (toras, minérios, etc.)

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Tipos de vagões

• Vagão tremonha aberto e fechado:

- Transporte de granéis sólidos

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Conclusão

■ A escolha dos modais de transporte é um fator importante para o

alcance do ponto de equilíbrio na gestão de sistemas integrados de

distribuição.

■ Cada modal apresenta uma característica específica e exige cuidados

distintos.

■ Os tempos de trânsito de cada modal e o custo de operação também

são variáveis importantes no custo operacional.

■ A escolha dependerá do nível de serviço desejado pelo cliente e

também dos custos associados a cada uma das etapas da operação.

Dúvidas?

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Exercício

■ A partir da leitura do texto de pré-aula

disponível no AVA, responda:

– Relacione as etapas de uma cadeia

de abastecimento aos respectivos

modais possíveis

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