o que está por trás da redução da conta de luz?

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O que está O que está por trás por trás da redução da redução da conta da conta de luz? de luz? Uma avaliação do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro

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O que está por trás da redução da conta de luz?. Uma avaliação do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro. Solução apontada pelo Governo não resolve o problema. ≠. PROBLEMA. SOLUÇÃO. Não foi negociada com as estatais do setor e nem com sindicatos e trabalhadores. - PowerPoint PPT Presentation

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O que está O que está por trás da por trás da redução da redução da conta de luz?conta de luz?Uma avaliação do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro

PROBLEMA SOLUÇÃO≠

Solução apontada pelo Governo não resolve o problema

A decisão da redução...

1. Não foi negociada com as estatais do setor e nem com sindicatos e trabalhadores.

2. Não atua sobre a causa do problema que gerou a elevação do custo de energia elétrica nos últimos anos.

3. Transfere renda para o empresariado.

4. Está causando o desmonte das estatais do setor elétrico.

5. Deverá trazer impactos negativos para os trabalhadores do setor elétrico.

6. A redução não deverá se sustentar no médio prazo.

A decisão da redução...

(1) (1) não foi negociada com as estatais do setor e nem com não foi negociada com as estatais do setor e nem com sindicatos e trabalhadores. sindicatos e trabalhadores.

Medida concebida pelo Governo Federal com apoio de consultoria externa (PSR, Mário Veiga), do presidente da EPE, Maurício

Tolmasquim, e da Aneel.

Representa o distanciamento do atual governo em relação aos trabalhadores/sindicatos do setor elétrico, diferentemente do cenário anterior;

Evidencia o descolamento entre o governo e os gestores das estatais, tendo sido observado o baixo poder de barganha destes.

A decisão da redução...

(2) (2) não atua sobre a causa do problema que gerou a elevação não atua sobre a causa do problema que gerou a elevação do custo de energia elétrica nos últimos anosdo custo de energia elétrica nos últimos anos

Lucros das geradoras térmicas privadas

Eletrobrás (holding): em torno de 4,0%

Empresa SetorDividend yield

médioEletropaulo Energia elétrica 19,4%Brasmotor Eletrodomésticos 17,9%Whirlpool Eletrodomésticos 15,8%Celpe Energia elétrica 15,3%Elektro Energia elétrica 14,1%Coelce Energia elétrica 13,1%Taesa Energia elétrica 13,0%Light Energia elétrica 13,0%Sondotecnica Construção 12,7%Transmissão Paulista Energia elétrica 12,2%Cosern Energia elétrica 12,0%AES Tietê Energia elétrica 11,9%Fonte: Revista Exame, publicada em agosto de 2011(*) indica o va lor dos dividendos por ação dividido pelo preço da ação

Companhias com maior dividend yield* nos últimos cinco anos

A decisão da redução...(3) (3) Transfere renda para o empresariado Transfere renda para o empresariado

Trabalhadores do Setor Elétrico

Fonte: Redução do custo de energia elétrica - MME, 11 de setembro de 2012.Fonte: Redução do custo de energia elétrica - MME, 11 de setembro de 2012.

Redução na tarifa será maior para osetor eletrointensivo

eletrointensivos

alumíniosiderurgiaferroligaspapel celulosepetroquímica

0% 2% 4% 6% 8% 10% 12% 14% 16% 18% 20%

Gases IndústriaisCloro e Alcalis

AlumínioFerro-LigasMetalurgia

MadeiraTexteis

Min. Não metálicosExtrativas

Celulose e papelBorracha e Plásticos

QuimicosProd. Metal

Impressão e gravaçãoMóveis

Couro, calçadosDiversosBebidas

AlimentosVestuário

Máquinas ElétricasVeículos

Maquinas e Equip.Outros transportes

FarmaceuticaFumo

Manutenção MaquinasInformática e eletrõnica

Deriv. Petróleo e Biocomb.Fonte: Pesquisa Industrial Anual do IBGE (2010)Fonte: Pesquisa Industrial Anual do IBGE (2010)Elaboração: Roberto D´AraújoElaboração: Roberto D´Araújo

Peso da energia elétrica nos custos dos setores industriais, em 2010

a) setor que exporta grande parte da sua produção. Portanto, a redução gera subsídios para a indústria estrangeira;

b) gera baixo valor agregado ao produto;

c) gera poucos e mal remunerados postos de trabalho (baixa relação entre nº empregos/GWh consumidos na produção);

d) Grande pressão sobre recursos naturais e alto potencial poluente.

POR QUE ESSE SEGMENTO É TÃO PRIVILEGIADO?

É ESSA A INDÚSTRIA QUE QUEREMOS PARA O BRASIL?

O setor eletrointensivo

Impactos nas estatais do Setor Elétrico:

O ajuste nas despesas com PESSOAL será feito, dentre outros, por um enxugamento no quadro de trabalhadores, sem a perspectiva de reposição das vagas. É o Plano de Desligamento Voluntário (PID) da Eletrobrás.

Com isso, a perda de memória técnica incorporada nas empresas trará reflexos na sua capacidade operacional – projeção, construção, operação e manutenção das instalações.

Impactos nas estatais do Setor Elétrico:

Áreas técnicas de projetos serão reduzidas ou desmontadas (ex. Pró-Furnas), transformando as empresas em gestoras de ativos e prospectoras de novos investimentos – passarão a ser escritórios de negócios?

Serão mantidos os investimentos em pesquisa e novas tecnologias?

• Cepel?

• Centro tecnológico de Engenharia Civil de Furnas, em Aparecida de Goiânia-GO ?

Centro de referência mundial no controle de qualidade de materiais e obras de construção civil e de barragens e o maior laboratório do centro-oeste brasileiro na área de Concreto e Solos.

Impactos nas estatais do Setor Elétrico:

Risco de privatização: distribuidoras federalizadas podem ser vendidas como forma de capitalização do Grupo Eletrobrás (segundo declaração de Costa Neto ao Valor Econômico).

Novos investimentos já estão sendo feitos por meio de SPEs. Na prática, todos os novos são empreendimentos são privados, com a participação das estatais.

Fonte: BNDESFonte: BNDES

SEB: Financiamentos do BNDES, em R$ bilhões correntes, 2004-2011

Como vem ocorrendo a expansão do setor

Projetos hidrelétricos aprovados no BNDES 2004-2011

Impactos patrimoniais – Eletrobrás, 2012

Em milhões de Reais

Antes da Lei

Depois da Lei Variação

Geração Imobilizado (*) 60.592 47.407 -22% Ativo financeiro - 1.484 100% Indenizações a receber - 6.153 100% Contratos onerosos (1.692) (3.283) 94%Transmissão Ativo financeiro 29.373 19.624 -33% Indenizações a receber - 8.284 100% Contratos onerosos - (1.491) 100%Distribuição Ativo financeiro 4.237 4.596 8% Contratos onerosos (131) (131) 0%Total do ativo líquido 92.379 82.643 -11%(*) Inclui ativos administrativos consolidados.

Fonte: Demonstrações Financeiras - Eletrobrás, 2012Fonte: Demonstrações Financeiras - Eletrobrás, 2012

A decisão da redução...

Redução do número de empregos:

a) Plano de Demissão Voluntária sem reposição das vagas;b) Terceirização da atividade fim (veto da presidência à Emenda 72

);c) Precarização do trabalho com o aumento da terceirização;

Redução dos benefícios conquistados pelos trabalhadores. Impacto sobre o fundo de pensão, com nº menor de

contribuintes na ativa.

(5) (5) deverá trazer impactos negativos para os trabalhadores deverá trazer impactos negativos para os trabalhadores do setor elétricodo setor elétrico

A decisão da redução...

volta

A decisão da redução...

Dificilmente a redução da tarifa será mantida, já que as causas da elevação não foram alteradas e o esforço fiscal do Governo não poderá ser de longo prazo.

Tesouro aporta R$ 8,46 bilhões/ano

(6) (6) não deverá se sustentar no médio prazo.não deverá se sustentar no médio prazo.

E a posição do empresariado...

FIESP“Essa redução nas tarifas é resultado direto de uma iniciativa da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). A campanha sensibilizou o governo federal, que em setembro criou uma Medida Provisória (579/12) analisada e aprovada em dezembro pelo Congresso Nacional.”

Confederação Nacional da Indústria – CNI“O custo da eletricidade para o setor diminuiu 5% ante igual período do ano passado. Na comparação com o último trimestre de 2012, a queda é maior e chega a 11,7%. O recuo verificado pela CNI fica significativamente abaixo dos valores anunciados por Dilma”.

Setor industrial eleva preços e recupera margem de lucro“Com a maior alta nos preços das mercadorias manufaturadas em cerca de quatro anos, a indústria começou 2013 recuperando margem de lucro. Os custos do setor continuaram desacelerando e fecharam com expansão de 5,8% no primeiro trimestre do ano em relação a igual período de 2012. No lado da inflação dos produtos, o aumento foi de 7,6% na mesma comparação, portanto, superior ao das despesas.”

Fonte: Jornal Valor Econômico, 07/06/2013