o que é reportagem, afinal?

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Entrevistas jornalismo básico 2 Bianca Santana [email protected] definição das pautas e

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Entrevistas

jornalismo básico 2

Bianca [email protected]

definição das pautas e

Que boa história vocês querem contar? (20 min)

acompanhamento semanal da apuração

entrega no dia 23/9 (turmas da manhã) e 24/9 (turmas da noite): REPORTAGENS IMPRESSAS + APRESENTAÇÃO E 5 MIN PARA A TURMA

TEXTOS ENTRE 10 E 30 MIL CARACTERES

ENTREVISTAS?(10 min)

Nilson Lage“A entrevista é o procedimento clássico de

apuração de informações em jornalismo. É uma

expansão da consulta, objetivando, geralmente, a

coleta de interpretações e a reconstituição de

fatos.” (2003, p. 73)

Cremilda Medina“A entrevista, nas suas diferentes aplicações, é um técnica de

interação social, de interpretação informativa, quebrando assim

isolamentos grupais, individuais, sociais; pode também servir à

pluralização de vozes e à distribuição democrática da informação.

(...) constitui sempre um meio cujo fim é o inter-

relacionamento humano” (Medina, 2002, p.8)

Stela Guedes Caputo“aproximação que o jornalista, o pesquisador faz,

em uma realidade, a partir de um determinado

assunto e também a partir de seu próprio olhar,

utilizando como instrumento perguntas dirigidas a

um ou mais indivíduos.” (p. 28)

Stela Guedes Caputo

“Se for apenas uma técnica eficiente para obter

respostas pré-pautadas por um questionário, a

entrevista NÃO promoverá a comunicação entre

pessoas.” (p. 26)

Stela Guedes Caputo

“uma experiência de olhar

o mundo e ouvir o outro.”

(p. 28)

Thaís Oyama

Na edição:

“Pode fazer quase tudo — incluindo mudar a ordem das perguntas, cortar palavras e frases redundantes, emendar pensaments correlatos que tenham ficado dispersos e eliminar falas prolixas — desde que isso não altere o que o entrevistado quis dizer”

Thaís Oyama

“A linguagem oral — desorganizada, prolixa, redundante e descontínua — é completamente diferente da linguagem escrita”

1. Leia a entrevista;2. Converse com o(a) coleguinha e responda:

a. QUAIS AS 3 MELHORES PERGUNTAS DESTA ENTREVISTA?

b. QUAIS AS 3 MELHORES RESPOSTAS?

c. QUAL PODERIA SER O ABRE? escrevam tópicos ou não teremos tempo...

(20 min)

e as entrevistas da semana de jornalismo?

Sobre as entrevistas com convidados da semana de jornalismo:1. Serão publicadas no site da faculdade;2. Devem ser interessantes, com boas perguntas, bem editadas (ou seja, NÃO precisam abordar SOMENTE os temas que as pessoa vão debater/ mediar/ apoiar);3. Valem 2 pontos na média do bimestre (notas individuais)!

4. Grupos de 4 pessoas trabalharão com 1 entrevistado, exercendo PAPÉIS DIFERENTES:

Um(a) pauteiro(a)/produtor(a): deve pesquisar pontos importantes da vida e da trajetória profissional do entrevistado e sugerir perguntas:Dois(duas) repórteres: devem formular as perguntas, realizar e registrar a entrevista (essas pessoas vão trabalhar juntas! entrevistar ao mesmo),Um(a) editor(a)-estagiário(a): deve decupar e editar a entrevista, além de escrever.

Ao final, quem fez pauta/ produção, cria uma pasta com o nome do entrevistado em: https://drive.google.com/drive/folders/0B8v6QTHcbEOEfnBQZURqOE05MFVzWVlsWUU2SjdiSlVTYnhDNEdhdVZ6Q1F2bkYxek1RVWc

o antes

Thaís Oyama

- assessor(a) de imprensa;- território do entrevistado é sempre preferível;- gravar?- BLOCO- dress-code

Thaís Oyama

- perguntar não é fazer discurso;- saber ouvir: o mais importante;- controlar o próprio ego;- CONFIANÇA

Thaís Oyama

- questões originais têm mais chances de respostas originais;

- não se contente com a primeira resposta! cmo assim? pode dar um exemplo? pode explicar melhor?

Thaís Oyama

“quem não tem ego não tem timidez”

dicas

Stela Guedes Caputo

NOTAS GERAIS SOBRE ENTREVISTAS (ou 15 coisas

que não podemos esquecer quando entrevistamos)

Stela Guedes Caputo

1. pergunte primeiro se pode...

Stela Guedes Caputo

2. esteja informado sobre o entrevistado;

Stela Guedes Caputo

3. faça um roteiro;

Stela Guedes Caputo

4. 1,2,3 testando...

Stela Guedes Caputo

5. Na dúvida, senhor ou senhora

Stela Guedes Caputo

6. ouça a verdade

Stela Guedes Caputo

7. não dispute com o entrevistado

Stela Guedes Caputo

8. não roube a ideia de ninguém

Stela Guedes Caputo

9. reconheça o limite

“sei que estou insistindo, mas gostaria de voltar a…”

Stela Guedes Caputo

10. desconfie da memória

Stela Guedes Caputo

11. não invente

Stela Guedes Caputo

12. tenha paixão

Stela Guedes Caputo

13. pergunte por último…

“tem alguma coisa que (...) ainda gostaria de falar?”

Stela Guedes Caputo

14. solte o fio

Stela Guedes Caputo

15. escolha os temas e edite

“Qualquer jornalista que não seja demasiado obtuso ou cheio de si para perceber o que está

acontecendo sabe que o que ele faz é moralmente indefensável. Ele é uma espécie de confidente, que se nutre da vaidade, da ignorância ou da solidão das pessoas. Tal como a viúva confiante que acorda um belo dia e descobre que aquele rapaz encantador e todas as suas economias sumiram, o indivíduo que consente em ser tema de um escrito não ficcional aprende – quando o artigo ou livro aparece – a sua própria dura lição. Os jornalistas justificam a própria traição de várias maneiras, de acordo com o temperamento de cada um. Os mais pomposos falam de liberdade de expressão e do ‘direito do público a saber’; os menos talentosos falam sobre a Arte; os mais decentes murmuram algo sobre

ganhar a vida.”

Janet Malcolm

abre

Muniz Sodré e Maria Helena Ferrari:- “Nem sempre é fácil ser original. Tampouco é bom deixar o

leitor na expectativa de algo fantástico e depois decepcioná-lo.

Melhor que a abertura de uma reportagem adapte-se ao

gênero: na entrevista, uma citação (...)

A abertura destina-se basicamente a chamar a atenção do leitor e

conquistá-lo para a leitura do texto. Costuma-se usar palavras

concretas, frases curtas, incisivas e afirmativas, estilo direto (p.67)”

Muniz Sodré e Maria Helena Ferrari:

- “Sair da convencioal abertura informativa, em busca de estilo

mais literário pode ser uma alternativa para interessar o leitor.

Alguns tipos merecem destaque: (p.68)

- realçar a visão;

- realçar a audição;

(...)

Muniz Sodré e Maria Helena Ferrari:

(...)

- realçar a imaginação;

- realçar a pessoa;

- jogar com fórmulas (clichês);

- jogar com as palavras (trocadilhos, paradoxos…”