o que É pastilha de metal duro

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O QUE É PASTILHA DE METAL DURO Trata de um produto composto de elementos duros e aglomerantes, que são sinterizados. Desses produtos destaca-se o Carboneto de Tungstênio (que é uma composição química entre um metal e o carbono) e o Cobalto. Com isso na reação, mais Carboneto de Tungstênio resulta num metal duro mais duro (quebradiço), e mais Cobalto em um produto mais tenaz (porém menos resistente ao desgaste). DESGASTES E AVARIAS DAS PASTILHAS As pastilhas de metal duro possuem uma vida útil estimada e pré-determinada dependendo de seu revestimento e da operação de usinagem que será executada. Os fios de corte da pastilha ao se desgastarem causam reflexos imediatos na peça que está sendo usinada tais como: esforço de corte maior e um mau acabamento em sua superfície além de causar diferença em seu dimensionamento. Esses desgastes podem ser causados por uma má escolha de avanço e velocidade de corte, diferenças bruscas de temperatura ou a escolha errada da pastilha em relação à operação de usinagem. Dentre as várias situações de desgaste da pastilha de metal duro destaca-se algumas: Desgaste frontal e entalhe – É o desgaste natural da pastilha que pode ser causada pelo seu uso após sua vida útil provocando quebra na aresta de corte na pastilha tendo conseqüências em um mau acabamento na superfície da peça. Craterização – Uma craterização excessiva provoca um enfraquecimento da aresta. A aresta de corte quebra, o que provoca o mau acabamento de superfície. Deformação Plástica – Essas deformações conduzem ao mau controle dos cavacos e um mau acabamento da superfície. O risco de um desgaste excessivo do flanco conduz a quebra da pastilha. Aresta Postiça de Corte – Provoca um mau acabamento da superfície e fratura da aresta de corte quando a aresta postiça de corte se rompe. Golpes de Cavacos – A seção da aresta que não está em corte deteriora-se por causa das pancadas que os cavacos provocam. Tanto a parte superior como o suporte da pastilha pode deteriorar-se. Lascas e Trincas – Pequenas fissuras na aresta de corte provocam um mau acabamento da superfície e um desgaste frontal excessivo.

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Page 1: O QUE É PASTILHA DE METAL DURO

O QUE É PASTILHA DE METAL DURO

 

Trata de um produto composto de elementos duros e aglomerantes, que são sinterizados. Desses produtos destaca-se o Carboneto de Tungstênio (que é uma composição química entre um metal e o carbono) e o Cobalto. Com isso na reação, mais Carboneto de Tungstênio resulta num metal duro mais duro (quebradiço), e mais Cobalto em um produto mais tenaz (porém menos resistente ao desgaste).

DESGASTES E AVARIAS DAS PASTILHAS

As pastilhas de metal duro possuem uma vida útil estimada e pré-determinada dependendo de seu revestimento e da operação de usinagem que será executada.

Os fios de corte da pastilha ao se desgastarem causam reflexos imediatos na peça que está sendo usinada tais como: esforço de corte maior e um mau acabamento em sua superfície além de causar diferença em seu dimensionamento. Esses desgastes podem ser causados por uma má escolha de avanço e velocidade de corte, diferenças bruscas de temperatura ou a escolha errada da pastilha em relação à operação de usinagem. Dentre as várias situações de desgaste da pastilha de metal duro destaca-se algumas:

Desgaste frontal e entalhe – É o desgaste natural da pastilha que pode ser causada pelo seu uso após sua vida útil provocando quebra na aresta de corte na pastilha tendo conseqüências em um mau acabamento na superfície da peça.

Craterização – Uma craterização excessiva provoca um enfraquecimento da aresta. A aresta de corte quebra, o que provoca o mau acabamento de superfície.

Deformação Plástica – Essas deformações conduzem ao mau controle dos cavacos e um mau acabamento da superfície. O risco de um desgaste excessivo do flanco conduz a quebra da pastilha.

Aresta Postiça de Corte – Provoca um mau acabamento da superfície e fratura da aresta de corte quando a aresta postiça de corte se rompe.

Golpes de Cavacos – A seção da aresta que não está em corte deteriora-se por causa das pancadas que os cavacos provocam. Tanto a parte superior como o suporte da pastilha pode deteriorar-se.

Lascas e Trincas – Pequenas fissuras na aresta de corte provocam um mau acabamento da superfície e um desgaste frontal excessivo.

Trincas Térmicas – Pequenas fissuras perpendiculares à aresta de corte que provocam trincas e um mau acabamento da superfície causada pela variação brusca de temperatura.

Quebras – Quebra da pastilha ocasionando estragos não só no calço e suporte, como também na própria peça.

Page 2: O QUE É PASTILHA DE METAL DURO

GEOMETRIA DAS PASTILHAS DE METAL DURO

Classificam-se as pastilhas de metal duro para sua escolha na usinagem em alguns aspectos como: seu formato, seu ângulo de folga, sua tolerância dimensional, sua espessura, seu comprimento da aresta cortante, sua furação, e seu raio da aresta.

Formato – É nada mais que sua geometria, ou seja, se pastilha é redonda, quadrada, retangular, etc.

Ângulo de folga – É um ângulo de escoamento do cavaco, esse ângulo pode variar nas pastilhas de 0º (ângulo negativo) até 20º, sendo que quanto maior seu ângulo menor esforço terá a usinagem.

Tolerância dimensional – E a tolerância que a pastilha pode ter em seu dimensionamento.

Espessura – E a medida entre a aresta cortante da pastilha até a sua base.

Comprimento da aresta cortante – E a medida entre duas arestas cortantes da pastilha.

Furação – São os furos para pinos ou para parafusos diferenciando-se pelo chanfro que é de 45º.

Raios da aresta – E o raio da aresta cortante da pastilha.

CÓDIGO ISO DAS PASTILHAS DE METAL DURO

Para convenção mundial entre as pastilhas de metal duro a ISO adotou uma tabela de padronização para as mesmas.

Exemplo do código ISO de uma pastilha padrão qualquer:

CNMG 160408, sendo que:

Page 3: O QUE É PASTILHA DE METAL DURO

C – Formato da pastilha;

N – Ângulo de folga da pastilha;

M – Tolerância dimensional da pastilha;

G – Furação da pastilha;

16 – Comprimento da aresta constante;

04 – Espessura da pastilha;

08 – Raio da pastilha.