o psicÓlogo e sua atuaÇÃo na Área social · resumo: o presente artigo tem como objetivo...

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__________________________________________________________________________________________ Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático Getúlio Vargas RS Brasil 1 INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI FACULDADES IDEAU O PSICÓLOGO E SUA ATUAÇÃO NA ÁREA SOCIAL AMARAL, Andrieli G. de¹ BATTISTI, Janatan J.¹ DI RIBEIRO, Luciano¹ DUARTE, Adriana C.¹ MAGNANTE, Giseli A. D.¹ MARTINI, Jessica T. ZUCCO, Dolizete¹ ALGERI, Vanessa² CALCING, Jordana² FLORES, Antoniéle C. S.² FRESCHI, Elisandra M.² PIEROZAN, Morgana K.¹ SILVA, Lisiane B. da² TOMASSINI, Fabiane¹ e-mail: [email protected] [email protected] ¹ Discentes do Curso de Psicologia Nível I 2018/1 Faculdade IDEAU Getúlio Vargas/RS ² Docentes do Curso de Psicologia Nível I 2018/1 Faculdade IDEAU Getúlio Vargas/RS RESUMO: O presente artigo tem como objetivo conhecer as áreas de atuação do Psicólogo com ênfase na Psicologia Social, assim buscou-se conhecimento teórico e prático sobre a inserção deste profissional no mercado de trabalho. Sendo realizada pesquisa bibliográfica e de campo com abordagem de dados qualitativos. A coleta de dados foi realizada com uma Psicóloga Social de uma instituição pública da cidade de Erechim RS no ano de 2018, mediante aplicação de um questionário. Os resultados da pesquisa apontam que a atuação do psicólogo social é abrangente, diversificado e desafiador requerendo do profissional constante aperfeiçoamento e compreensão do contexto de cada indivíduo e sociedade. A concepção de atuação do psicólogo nesta área diferiu dos resultados obtidos, contribuindo para o conhecimento sobre este campo e realçando a importância de ter ciência do exercício profissional do psicólogo na área social. Palavras-chave: Psicologia Área - Atuação Social Profissional ABSTRACT: The present article has as an objective knowing the occupation area of the psychologist with emphasis on the social psychology, therefore, it was sought theoretical and practical knowledge about the insertion of this professional into the job market, being made bibliographic and field research with qualitative data approach. Data collection was held with a social psychologist of a public institution from the city of Erechim-RS in the year of 2018, by applying a questionnaire. The results of the research show that the acting of the social psychologist is wide, diversified and challenging, requiring of the practicioner constant professional improvement and understanding of the context of each individual and society. The conception of the psychologist‟s performance in this area differed from the obtained re sults, contributing to the knowledge about this field and highlighting the importance of being aware of the psychologist‟s professional exercise in this área. Keywords: Psychology area acting social - professional

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Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático – Getúlio Vargas – RS – Brasil 1

INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO

EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI

FACULDADES IDEAU

O PSICÓLOGO E SUA ATUAÇÃO NA ÁREA SOCIAL

AMARAL, Andrieli G. de¹

BATTISTI, Janatan J.¹

DI RIBEIRO, Luciano¹

DUARTE, Adriana C.¹

MAGNANTE, Giseli A. D.¹

MARTINI, Jessica T.

ZUCCO, Dolizete¹

ALGERI, Vanessa²

CALCING, Jordana²

FLORES, Antoniéle C. S.²

FRESCHI, Elisandra M.²

PIEROZAN, Morgana K.¹

SILVA, Lisiane B. da²

TOMASSINI, Fabiane¹

e-mail: [email protected]

[email protected]

¹ Discentes do Curso de Psicologia Nível I 2018/1 Faculdade IDEAU – Getúlio Vargas/RS

² Docentes do Curso de Psicologia Nível I 2018/1 Faculdade IDEAU – Getúlio Vargas/RS

RESUMO: O presente artigo tem como objetivo conhecer as áreas de atuação do Psicólogo com ênfase na

Psicologia Social, assim buscou-se conhecimento teórico e prático sobre a inserção deste profissional no

mercado de trabalho. Sendo realizada pesquisa bibliográfica e de campo com abordagem de dados qualitativos.

A coleta de dados foi realizada com uma Psicóloga Social de uma instituição pública da cidade de Erechim RS

no ano de 2018, mediante aplicação de um questionário. Os resultados da pesquisa apontam que a atuação do

psicólogo social é abrangente, diversificado e desafiador requerendo do profissional constante aperfeiçoamento e

compreensão do contexto de cada indivíduo e sociedade. A concepção de atuação do psicólogo nesta área diferiu

dos resultados obtidos, contribuindo para o conhecimento sobre este campo e realçando a importância de ter

ciência do exercício profissional do psicólogo na área social.

Palavras-chave: Psicologia – Área - Atuação – Social – Profissional

ABSTRACT: The present article has as an objective knowing the occupation area of the psychologist with

emphasis on the social psychology, therefore, it was sought theoretical and practical knowledge about the

insertion of this professional into the job market, being made bibliographic and field research with qualitative

data approach. Data collection was held with a social psychologist of a public institution from the city of

Erechim-RS in the year of 2018, by applying a questionnaire. The results of the research show that the acting of

the social psychologist is wide, diversified and challenging, requiring of the practicioner constant professional

improvement and understanding of the context of each individual and society. The conception of the

psychologist‟s performance in this area differed from the obtained results, contributing to the knowledge about

this field and highlighting the importance of being aware of the psychologist‟s professional exercise in this área.

Keywords: Psychology – area – acting – social - professional

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1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

O desenvolvimento do presente artigo deve-se ao fato de ser proposto aos acadêmicos

do curso de Psicologia da Faculdade IDEAU, na matéria de Projeto de Aperfeiçoamento

Teórico Prático. A escolha da temática é “O Psicólogo e suas áreas de atuação: Uma visão dos

acadêmicos do primeiro semestre do curso de Psicologia”. Tendo como objetivo aproximar os

acadêmicos a prática dos psicólogos e suas inúmeras áreas de atuação, proporcionando assim

uma visão ampla da profissão e deslumbramento de suas potencialidades.

O artigo abrange todas as disciplinas do curso do primeiro semestre, as áreas da

psicologia e aprofunda-se em uma área especifica escolhida pelos autores do artigo, sendo a

Psicologia Social, visando a compreensão da atuação da psicologia na área social. Trata-se de

um projeto de pesquisa teórico e de campo, sendo a segunda composta por aplicação de

questionário como instrumento de coleta de dados, a uma Psicóloga Social de uma

determinada instituição pública da cidade de Erechim-RS.

Dividiu-se o trabalho por temáticas, sendo a primeira sobre a história da psicologia e

suas teorias psicológicas, abordando seu surgimento e fatores que influenciaram em seus

desenvolvimentos e avanços. A seguir vem às influências disciplinares, que abrangem a

antropologia, genética e estatística, apresentam-se com intuito de denotar suas importâncias

para com a psicologia e clarificando em quais momentos se farão presentes. Conseguinte,

apresentam-se brevemente todas as áreas de psicologia e suas atuações.

Como aprofundamento vem os dois últimos tópicos, sendo o primeiro sobre a história

da psicologia social, citando seu surgimento, filosofias, e respectivas. Após delimitado para a

psicologia social no Brasil, apresentando seu desencadeamento, áreas de atuação,

características e trabalho do psicólogo.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 História e teorias psicológicas

O conhecimento frente à história da psicologia é essencial para se ter ciência de seu

surgimento, raízes, filosofias e desenvolvimento, se tornando assim possível fazer uma

retrospectiva com o presente. Goodwin (2010) corrobora que a psicologia nasceu da filosofia

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e se baseava nela, no entanto, não era considerada uma ciência, levando-a a união com a

fisiologia em meados do século XVII e XIX. Após inúmeros estudos e experimentações ela

foi reconhecida cientificamente.

Referindo-se a expressão da palavra psicologia, há dois princípios como segue

abaixo:

O termo psicologia origina-se de duas palavras gregas: psique, que significa alma, o

espírito ou a mente, e logos, que se refere ao estudo de um assunto. Essas duas raízes

gregas foram inicialmente colocadas lado a lado para definir um tópico de estudo no

século XVI, quando psique era usado para se referir a alma, espírito ou mente em

contraposição ao corpo. (WEITEN. 2010, p. 04)

Mediante Bock, Furtado e Teixeira (2008), a psicologia difundiu-se cientificamente,

surgindo diversas correntes de estudos, sendo a mais influente a psicanálise, fundada entre

1856 e 1939, pelo médico psiquiatra vienense Sigmund Freud. Freud tinha questionamentos

sobre si mesmo, tais como, fantasias, sonhos, esquecimentos e interioridade do homem, os

quais o levaram a uma investigação científica, aprofundando-se e criando a psicanálise. Seu

surgimento tem grande contribuição do inconsciente, fator psíquico onde atua a resistência e

repressão. A psicanálise estuda o funcionamento da vida psíquica, pelo método de

investigação, que busca interpretar o significado oculto dos atos e produções imaginárias

através da análise.

Weinten (2010) refere-se que na década de 1890 os psicólogos, principalmente nos

Estados Unidos, desejavam dar à disciplina uma base objetiva e científica, reagindo contra a

abordagem introspectiva. Assim com o objetivo de estudar o comportamento observável,

nasce o behaviorismo entre 1878 e 1958, fundado por John B. Watson.

Mediante Schultz e Schultz (2011), a teoria cognitiva comportável, começou a se

desenvolver com a colaboração principal de George Miller e Ulric Neisser, mais precisamente

esta linha da psicologia ficou conhecida com a publicação do livro de Neisser em 1967:

“Psicologia Cognitiva”. Esta teoria está relacionada com a mente humana, como as

experiências são estruturadas, organizadas e adquiridas.

Davidoff (2001), afirma que no final do século XIX surge na Alemanha a psicologia

da Gestalt, significando em alemão “forma” ou “padrão”, esta tendência busca analisar os

fenômenos psicológicos isoladamente e após num todo, pois o conjunto é maior que a soma

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de suas partes, necessitando compreensão das partes e da totalidade. A Gestalt se baseia no

estudo da percepção humana.

Goodwin (2010) apresenta a psicologia humanista, conhecida como a terceira força da

psicologia, representava oposição à ideia de que o comportamento humano fosse reduzido a

instintos biológicos recalcados (premissas da Psicanálise) ou que se limitasse a simples

processos mecânicos de condicionamento (experimentos do Behaviorismo). Como teóricos

importantes destas linhas, citamos Abraham Maslow (1908-1970) e Carl Rogers (1902-1987).

Maslow ficou conhecido pela criação da pirâmide de necessidades, enquanto Rogers foi o

criador da terapia centrada ao paciente.

2.2 Influências disciplinares sobre a psicologia

Compreender complexamente o cenário de atuação da psicologia permite perceber que

as áreas em que o psicólogo se sentia mais próximo há algumas décadas, como as áreas de

ciências sociais, modificaram-se, assim faz se necessário o estudo antropológico em

psicologia para uma melhor compreensão dos fatores.

Consoante com Bastos e Gondim (2010, apud. Kullasepp, 2008) afirmam que a

identidade profissional do psicólogo vai sendo configurada desde o início de sua formação e

continua se redefinindo ao longo da inserção nas áreas de atuação. Permitindo assim observar

que desde o ingresso no curso existe uma tensão entre a identidade e a contra identidade, pois

o jovem estudante tem uma concepção da psicologia, mas as convicções se modificando no

decorrer do curso. E, até que identidade do psicólogo seja definida, as maiores observações

ficam entre sua identificação com a psicologia ou não identificação.

O psicólogo ao decorrer se depara com limites de sua identidade social, estes ligados a

inclusão e exclusão no cenário do mesmo. Como segue:

A demarcação de grupos profissionais nos quais o psicólogo está incluído e daqueles

dos quais o psicólogo se vê excluído permite compreender também os limites de sua

identidade social. Se há algumas décadas havia forte convicção de que a psicologia

estaria mais próxima da área de ciências sociais e de saúde, hoje ela merece ser mais

bem investigada. E um forte argumento a favor é a expansão das áreas

especializadas da psicologia, que a tem aproximado de outras áreas de atuação,

como a educação física (psicologia do esporte), o direito (psicologia jurídica), a

pedagogia (psicopedagogia), a arquitetura (psicologia ambiental), a linguística e a

comunicação (análise do discurso e da fala do sujeito, consciência fonológica), etc.

(BASTOS; GONDIN, 2010 p. 228)

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Baptista (2002) argumenta que a identidade presente em um determinado tempo

histórico poderá ter características distintas da de outras gerações. Assim, a identidade do

psicólogo é também influenciada pelo momento histórico que separam as gerações.

Estudar as origens do comportamento humano é de suma relevância para o

entendimento de fatores genéticos e adquiridos. Como a citação: “[...] Nessa ótica, o conceito

de ambiente engloba todos os fatores que agem sobre o indivíduo, desde o momento da

fecundação do gameta feminino pelo espermatozoide, incluindo a vida intrauterina e a vida

pós-natal através da educação recebida e das influências culturais.” (FARRA; PRATES,2004,

p. 95)

Conforme Neto, Gauer e Furtano (2003), sobre a teoria de Mendel, inúmeras doenças

são geneticamente desenvolvidas. Como a herança patológica, esta vinda de alterações de um

gene, resultando doenças cromossômicas, responsáveis por doenças de fundo psiquiátrico,

como o autismo, esquizofrenia, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, necessitando

o paciente de auxílio de um profissional de psicologia.

Farra e Prates (2004), afirmam sobre a importância do psicólogo na articulação das

implicações da Genética na área da saúde, especialmente pela possibilidade de identificar a

presença de genes que aumentam a predisposição a doenças como o câncer e o Alzheimer,

entre outras.

A influência da estatística, aplicada à psicologia tem por objetivo contribuir com a

coleta de dados e análise em pesquisas e testes psicológicos. De acordo com Feijo (2010), a

estatística é a ciência que nos permite tomar decisões em face da incerteza, minimizando-as.

Sendo que nas pesquisas científicas necessita a coleta de dados capazes de responder nossas

hipóteses, e para que eles sejam confiáveis faz se necessário análise criteriosa e objetiva dos

mesmos.

Barbetta (2004) ressalta sobre a aplicação de técnicas estatísticas, estas devem ser

feitas na etapa de análise dos dados, e a metodologia estatística deve ser aplicada no decorrer

da pesquisa, interagindo com a metodologia. Sendo que não é garantido obter boas

informações de dados que foram coletados incorretamente, pois a qualidade das informações

depende da qualidade dos dados. E, quanto à utilização dos resultados estatísticos, também

devem ser realizados de maneira correta, tornando-se necessário que o pesquisador conheça

os princípios básicos das técnicas utilizadas. Cabe realçar a consideração e eficácia na

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aplicação, da estatística na psicologia, uma vez que necessitamos dela para obtenção de

resultados fidedignos.

2.3 Áreas de atuação da Psicologia

O campo de abrangência da psicologia é imenso, referindo-se a abordagens, pesquisas

e áreas de atuação. No que se refere à atuação, ou seja, onde o psicólogo pode atuar,

apresenta-se a Psicologia Clínica, Psicologia Escolar, Psicologia Jurídica, Psicologia

Hospitalar, Psicologia Organizacional, Psicologia do Trânsito e Psicologia Social. A seguir se

atêm a todas com aprofundamento na Psicologia Social.

Mediante Mito e Oliveira (2008), a Psicologia Clínica se constitui como uma das áreas

mais tradicionais do conhecimento de atuação profissional, e seu conceito etimológico tem

ligação ao modelo médico, assim ao tratamento de patologias e a posição passiva e impotente

do paciente. A clínica autônoma em consultórios privados é preeminente, no entanto o

psicólogo possuem inserção na saúde privada e pública, havendo atuação em hospitais,

ambulatórios, unidades básica de saúde, creches, instituições privadas e instituições

comunitárias.

Em pesquisa realizada no Brasil, Yamamoto (2012), a clínica pode ser considerada

predominante, abrangendo 53% dos psicólogos, que atuam como autônomos e no setor

público e instituições privadas.

A psicanálise e a teoria cognitiva comportamental representam desde os primórdios,

no entanto as demais abordagens também são indispensáveis. “A psicanálise e a teoria

comportamental representam, desde o inicio, os dois principais corpos teóricos, e também são

considerados os alicerces das novas propostas teóricas e técnicas que se multiplicaram nas

ultimas décadas” (MITO; OLIVEIRA, 2008, p. 162).

Como área aplicada da psicologia Neves et al. (2002 apud. Almeida 1999), apresenta-

se inicialmente a psicologia escolar, que teve seu surgimento ligado a psicométrica, com

aplicação de testes psicológicos, voltado para a área clinica, trabalhando com diagnósticos

vinculado a dificuldades de aprendizado dos alunos. Estes, cuja ênfase situava-se nos fatores

subjacentes ao indivíduo em detrimento das causas ligadas aos fatores institucionais, sociais e

pedagógicos.

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A clínica teve seu predomínio na área escolar, no entanto no decorrer foi observado

que o psicólogo poderia intervir em outras atividades cotidianas da escola como segue abaixo:

A partir da compreensão do contexto escolar, o psicólogo poderá fazer intervenções

em espaços coletivos existentes na escola, conselhos de classe, coordenações de

professores, reuniões bimestrais de pais e mestres, além de criar outros espaços de

discussão, como grupos de professores nos quais seja possível a reflexão sobre as

práticas pedagógicas, estudos de caso e aspectos intersubjetivos que permeiam o

trabalho da instituição (BARBOSA; CLASY; MARINHO, 2010, p. 398, apud.

ALMEIDA; ARAÚJO, 2005).

Aldrighi (2008) afirma sobre a Psicologia Jurídica, com inserção do psicólogo em

instituições judiciais, penitenciárias, grupos comunitários e familiares. O comportamento

humano define nossas ações, assim neste contexto a violência se apresenta seguida de

indignação que resulta em conflitos, muitas vezes de nível altíssimo, fazendo-se necessário a

intervenção do psicólogo que utiliza instâncias jurídicas para cabíveis soluções. A ação do

psicólogo tem como característica a visibilidade geral ao caso, analisando vítimas e

vitimadores, oscilando entre indivíduo e grupal de forma equilibrada e equitativa,

evidenciando grande responsabilidade social do profissional de psicologia.

Em resenha sobre atuação do psicólogo jurídico, Campos; Costa e Cruz (2006) citam

obras recomendadas entre os anos 2003 e 2005, sobre aspectos do trabalho deste profissional

a quem possa interessar, sendo elas destacam-se: Psicologia jurídica no processo civil

brasileiro, de Denise Maria Perissini da Silva, cujo objetivo é apresentar aspectos relativos ao

Direito de Família e ao Direito da Infância e da Juventude com ênfase na prática dos

profissionais da Psicologia e do Direito; Psicologia jurídica: implicações conceituais e

aplicações práticas, de Maria Adelaide de Freitas Caires, que apresenta a sistematização da

experiência profissional da autora, com perícias psicológicas e questionamentos dela

decorrentes, e Temas em Psiquiatria Forense e Psicologia Jurídica, produzido sob a

coordenação de Sérgio Paulo Rigonatti, com textos sobre aspectos históricos da prática

forense, etiologia do comportamento criminoso, papel da família na gênese e na recuperação

do delinquente e violência doméstica, entre outros.

A saúde mental é de suma importância, assim como a saúde física, a lembrar de que a

segunda por vezes e desencadeada pela primeira. Assim se tem duas patologias reagindo a um

único individuo, afetando de maneira generalizada, e o psicólogo hospitalar apresenta-se

como profissional a auxiliar o paciente. Simonetti (2004) cita que a psicologia hospitalar vem

com intuito de entender e tratar aspectos psicológicos de adoecimento psicossomáticos e

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doenças físicas não denominadas psicossomáticas que evidenciam o paciente, atuando assim

de maneira clínica terapêutico.

Martins (2008), afirma que o psicólogo hospitalar necessita competência em

atividades de ensino, pesquisa e assistência, atuar de forma abrangente e desenvolver projetos

de intervenção juntamente com equipes multidisciplinar, quando houver necessidade.

Clinicamente ele pode atuar em ambulatórios, unidades de emergências, prontos socorros,

unidades de internações, enfermarias e unidade de terapia intensiva (UTI).

As organizações precisam de pessoas e ambas precisam da mesma, sendo então uma

troca de favores em busca de um bem maior chamado de lucro, criando-se assim um vínculo

empregatício, mas, é necessário estar apto a exercer as funções que o empregador propõe. O

psicólogo organizacional surgiu como profissional a analisar e selecionar os indivíduos de

acordo com os cargos, entretanto hoje o campo de atuação dentro das organizações é

abrangente como segue:

A área organizacional é, com certeza, a menos definida em termos de Psicologia.

Até há pouco tempo, a atuação do psicólogo nas empresas era vista como essencial

apenas e tão somente na seleção de pessoal. Hoje, esta área de atuação está sendo

ampliada e, nesta fase de transição, ainda resta muito espaço a ser conquistado, tanto

na busca de espaços específicos dos psicólogos, quanto naqueles compartilhados

com outras categorias profissionais. (ZANELLI, 1986 apud. CRP, 1984, p.33)

Zanelli (1992) argumenta que o psicólogo organizacional tem atuação dentro das

organizações ou em serviços de consultoria autônomo, sendo denominadas pelo Conselho

Federal de Psicologia 19 atividades atribuídas ao psicólogo nesta área. Assim se distribuem,

das mais às menos frequentes: seleção, aplicação de testes, recrutamento, acompanhamento de

pessoal, treinamento, avaliação de desempenho, análise de ocupação, planejamento e

execução de projetos, desenvolvimento organizacional, triagem, cargos administrativos,

assessorias, análise de cargos, estudo de salários, aconselhamento psicológico, diagnóstico

situacional, supervisão de estágios acadêmicos e psicodiagnóstico.

Todos com campos de atuação citados anteriormente vêm com intuito de soluções e

auxílios a determinadas tarefas, neste instante será apresentado uma psicologia que diz

respeito à prevenção de fatos derivados do comportamento humano, a Psicologia do Trânsito.

“Este tipo de Psicologia estuda, portanto o comportamento dos pedestres, do motorista

amador e profissional, do motoqueiro, do ciclista, dos passageiros, do motorista de coletivos,

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e num sentido mais largo ainda, de todos os participantes do tráfego aéreo, marítimo, fluvial e

ferroviário.” (ROZESTRATEN, 1981, pg.1).

Ainda, consoante com o autor acima esta psicologia restringe ao comportamento dos

usuários das rodovias e das redes viárias urbanas. Estudando o processo de atenção, de

detecção, diferenciação, percepção, tomada decisão, processamento de informações,

aprendizagem, conhecimento de normas e de símbolos, motivação, previsão de situações em

situações inesperadas no trânsito e normas de seguranças. Atuando assim na pesquisa e com

os órgãos de trânsito bem como na obtenção da Carteira Nacional de Habilitação.

Em retrocesso à história de atuação da psicologia é possível perceber os avanços que

esta ciência obteve no decorrer dos anos, no inicio com predominância da atuação clínica e

atualmente inserida nas mais diversas áreas e tarefas a ela repassada. Na temática a seguir é

citado outro campo de atuação psicológica, que vem ganhando espaço na área social em nosso

país, a Psicologia Social.

2.4 História da Psicologia Social

Para Myers (2014, apud Smith 2005), a psicologia social é uma ciência recente, sendo

que seus primeiros experimentos foram relatados há pouco mais de cem anos, em meados de

1898, e os primeiros textos de psicologia social surgiram em torno de 1900. Somente a partir

do ano de 1930 ela assumiu sua forma atual, e apenas a partir da Segunda Guerra Mundial

começou a emergir como campo de vulto que é hoje.

Lane (1994) comenta que o enfoque da Psicologia Social é estudar o comportamento

de indivíduos e suas influências sociais, desde o nascimento dos indivíduos. Onde condições

históricas dão origem a uma família, e nela há convivência entre pessoas, que sobrevivem

trabalhando em inúmeras atividades, estas influenciam desde o período gestacional e no

decorrer do desenvolvimento dos indivíduos.

De acordo com Lane et al. (2016), pode-se afirmar que ao falar da psicologia

comunitária ou social é falar, também, da história política recente do Brasil e da América

Latina. Refletir sobre o tipo de atuação da psicologia na comunidade, exige que se

identifiquem as disposições naturais que ela tem apresentado.

Ainda sobre a autora citada acima, a psicologia social comunitária utiliza-se do ajuste

teórico da psicologia social, privilegiando o trabalho com grupos, colaborando para uma

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formação da consciência crítica e para a construção de uma identidade social e individual

orientadas por princípios eticamente humanos. Entre 1960 e 1970 a psicologia na comunidade

de fato surgiu e recebeu tal identificação, em uma época fundamental, ou seja, momentos em

que a psicologia enfrentava fortemente uma crise em relação aos modelos importados e

alheios á realidade brasileiros e, dessa forma, assumia a proposta de perder a condição de elite

e de se tornar mais ligada ás condições de vida da população. Surgindo a necessidade de

expansão, indo além da clinica e escolar, chegando e desenvolvendo-se na comunidade.

2.5 Psicologia Social no Brasil

A história da Psicologia Social no Brasil ressurgiu segundo Sá (2007) com a reedição

do livro "Introdução à Psicologia Social", de Arthur Ramos em 1935 com a criação de um

curso formal na então Universidade do Distrito Federal, e em 1936 publicou um livro com o

título de Psicologia Social. Ela estava inserida nos estudos de direito, de economia, de

educação e de medicina e se beneficiava igualmente de contribuições biológicas,

psicanalíticas, comportamentais, sociológicas e antropológicas. Cita o autor ao tentar definir o

surgimento desta no Brasil:

É verdade que não existe uma psicologia brasileira, no sentido estrito de que no

Brasil se tenham gerado abordagens teóricas ou estratégias metodológicas

constitutivas de um corpo mais consistente de conhecimento acadêmico. Mas, há – e

isso já de longa data – psicólogos brasileiros que têm sido capazes de dar uma feição

singular à apropriação e à aplicação das teorias e métodos originados em outros

países (SÁ, C.P., 2001, p.41-42).

De acordo com Festiger e Katz (1974), num segundo momento foram criados os

cursos regulares em formação psicologia no final dos anos 50 e início dos anos 60. Com a

característica da chamada “psicologia social psicológica americana” que estava se tornando

hegemônicas, caracterizou assim uma terceira fase de desenvolvimento da psicologia social

no Brasil. O livro do principal autor brasileiro Aroldo Rodrigues teve dezoito edições e

ampliou o movimento editorial brasileiro, onde a pesquisa científica brasileira tem se

caracterizado pela ampla liberdade de adaptação, para investigar os mais variados problemas,

significando que possuímos uma psicologia social brasileira caracteristicamente plural, crítica

e avessa a fronteiras disciplinares rígidas.

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Jacques et al. (1996), afirmam que com perspectivas adaptacionistas que na opinião de

alguns é uma característica da Psicologia como um todo, instalam todo um questionamento

sobre o conhecimento e a prática produzidos pela Psicologia Social, pela ausência de

consonância entre a produção da chamada Psicologia Social e os problemas emergenciais dos

países Latino-americanos. É neste contexto que funda-se a Associação Brasileira de

Psicologia Social (ABRAPSO), com o objetivo de buscar novos rumos, metodologias, propor

práticas sociais e construir um referencial teórico diferente dos até então vigentes.

Nos últimos tempos vem surgindo no Brasil um movimento Antimanicomial, que

ganhou força com a publicação do livro de Maria Stella Brandão Goulart em 2007, que traz a

idéia de inclusão dos ditos “Loucos” no convívio social, como forma de aprendizado e da

busca de um equilíbrio juntos as demais pessoas consideradas “normais”, para que haja uma

integração e o seu desenvolvimento. Como cita a autora a seguir:

Todas as críticas à Reforma Psiquiátrica, nos parece oportunistas e suspeitas, pois a

própria prática de asilamento das pessoas com transtorno mental que nos últimos

dois séculos construiu o grande preconceito social em torno da loucura e impôs a

internação com a única saída possível para o transtorno mental. E é o movimento

Antimanicomial, inicialmente identificado como o Movimento dos trabalhadores da

saúde Mental(com a participação de Psiquiatras) que nos últimos trinta anos tem

lutado pela desconstrução desse preconceito junto á sociedade como importante ator

na implantação da Reforma Psiquiátrica, conferindo ás pessoas com este sofrimento

o resgate de sua cidadania e a defesa de seus direitos humanos. Ao criar a Reforma

Psiquiátrica, essa parcela da classe médica parece querer evitar o questionamento de

suas práticas abusivas e de sua hegemonia no campo da saúde, e em última análise

do seu poderio econômico. (GOULART, 2007, p. 11-12).

Conforme Toniato, Tavares e Pessini, (2010) o Centro de Referência de Assistência

Social (CRAS) busca o fornecer benefícios e valorizar comunidades carentes para que essas

pessoas saibam que possuem direitos e deveres na sociedade. Para tanto, é preciso um olhar

de caráter preventivo, focando sempre na promoção da qualidade de vida desses indivíduos

que estão à margem da sociedade. Caracterizando o trabalho do psicólogo, que sempre atento

aos anseios da comunidade pode notar eventuais problemas de ordem coletiva, bem como

individualizados, durante seus atendimentos em Clínicas ou nos CRÁS dos municípios e nas

demais instituições voltadas à assistência social.

Ainda segundo Toniato, Tavares e Pessini, (2010), a Psicologia Social também se faz

com o fornecimento de serviços e proteção às famílias em vulnerabilidade, além de ajudar em

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formas de benefícios, como uma renda mensal que permite com que a família tenha maneiras

para lidar com as possíveis problemáticas.

Segundo Almeida e Goto (2011) a Constituição de 1988 (a constituição cidadã) em

seu artigo 227, abriu caminho para o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA),

regulamentado pela Lei 8.069/90, que revoga o Código de Menores de 1927. Este código

legal destinava-se a uma parte da população, inclusive a uma parte de crianças e adolescentes,

que se encontrava em situação econômica e social desfavorável decorrente do modelo

econômico vigente. Reformulado em 1979, ele possibilitou a criação da Fundação Nacional

do Bem-Estar do Menor (FUNABEM) e das Fundações Estaduais de Bem-Estar do Menor

(FEBENS), mantendo-se a ideologia excludente e lidando com a criança e o adolescente sob a

ótica da segurança nacional.

Em seu artigo Toniato, Tavares e Pessini, (2010) citam também o Centro de

Referência Especializado de Assistência Social – CREAS, que oferece serviço especializado e

continuado a famílias e indivíduos (crianças, adolescentes, jovens, adultos, idosos e

mulheres), em situação de ameaça ou violência de direitos, tais como: violência física,

psicológica, sexual, tráfico de pessoas, cumprindo medidas socioeducativas em meio aberto,

situação de risco pessoal e social associados ao uso de drogas. Visando a construção de um

espaço para acolhimento dessas pessoas, fortalecendo vínculos familiares e comunitários,

priorizando a reconstrução das relações familiares.

Metodologia

Quanto aos procedimentos trata-se de uma pesquisa bibliográfica e de campo, com

dados qualitativos, quanto aos objetivos considera-se descritiva, investigativa, comparativa e

explicativa. Uma vez que é feita levantamento bibliográfico, se investiga a atuação

profissional, buscam-se comparações unindo teoria à prática e expõem argumentos.

Como método de coleta de dados foi utilizado questionário qualitativo visando

conhecimento sobre o campo de atuação, com participação direta de dois acadêmicos de

psicologia com uma psicóloga da área social de uma instituição pública da cidade de Erechim

– RS, realizada na instituição de trabalho da entrevistada. Para levantamento de dados

utilizou-se análise do questionário com base no referencial teórico, a fala da entrevistada foi

descrita parafraseada para um melhor entendimento ao leitor.

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3 RESULTADOS E ANÁLISE

Ter ciência da atuação do psicólogo social e funções desenvolvidas no mercado de

trabalho é de suma importância para esclarecimento a acadêmicos iniciantes, ampliando a

visão da área, possibilitando um entendimento mais amplo. Apresentam-se as questões as

quais se buscava esclarecimentos sobre a área seguindo de análise argumentativa.

Ao questionar a entrevistada sobre os motivos que a levaram a cursar psicologia, a

mesma mencionou que conheceu a psicologia na graduação de Educação Física e quando o

curso de psicologia foi implantado na universidade da cidade onde residia, ela estava decidida

em realizar, porém nunca teve como motivação ajudar as pessoas ou entender-se, senão a de

estudar a mente humana, as emoções, etc. Segundo Bastos e Gondin (2010) a psicologia é

uma profissão muito abrangente, onde as expansões das áreas especializadas possibilitam à

aproximação a outros campos de atuação, como segue o autor a seguir: “[...] Um forte

argumento a favor é a expansão das áreas especializadas da psicologia, que a tem aproximado

de outras áreas de atuação, como a educação física (psicologia do esporte), o direito

(psicologia jurídica), a pedagogia (psicopedagogia), a arquitetura (psicologia ambiental), a

linguística e a comunicação (análise do discurso e da fala do sujeito, consciência fonológica),

etc.”

No que se refere à formação acadêmica e suas identificações, informou ter tido contato

com todas as linhas teóricas e estas tiveram contribuição em sua formação, mas sua

identificação foi com existencialismo/humanismo. Goodwin (2010) apresenta a psicologia

humanista, conhecida como a terceira força da psicologia, esta representava oposição à ideia

de que o comportamento humano fosse reduzido a instintos biológicos recalcados (premissas

da Psicanálise) ou que se limitasse a simples processos mecânicos de condicionamento

(experimentos do Behaviorismo).

Quanto o desejo de desistência e buscar outra formação, a entrevistada argumentou

que não identificou nenhuma crise existencial. Supõe se ao fato de sua identificação com a

psicologia que se deu no decorrer do curso, não ocorrendo desequilíbrio mental em relação a

sua escolha. Bastos e Goodwin (2010, apud. Kullasepp 2008) corrobora que até identidade do

psicólogo seja definida, as maiores observações ficam entre sua identificação com a

psicologia ou não identificação.

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Solicitando a entrevistada se em algum momento se deparou com vantagens,

desvantagens, satisfações e insatisfações, a mesma informou que em sua formação sentiu uma

grande competição dos professores que eram nativos da cidade e faziam o corpo docente da

instituição. Onde não se havia incentivo aos estudantes a apreciarem o curso e profissão, e em

algumas vezes incentivando-os a desistência da graduação. A filosofia da profissional

atualmente é de que a categoria deveria ser mais unida, e pensar na psicologia enquanto

profissão de ponta científica e necessária, combatendo as chamadas terapias modernas estilo

„animadores de plateia „e „milagrosas‟, adquirindo uma postura mais de reserva de mercado,

como a dos médicos. Considerando as diversas gerações dentro das organizações, estas

separadas por faixas etárias, observam-se divergências de identidade entre duas gerações.

Baptista (2002) corrobora que a identidade presente em um determinado tempo histórico

poderá ter características distintas de outras gerações, assim a identidade do psicólogo é

também influenciada pelo momento histórico que separam as gerações.

Levantada a questão sobre os principais desafios da profissional durante sua formação

acadêmica, relatou que foi aceitar que a sociedade é diferente da apresentada nos livros, pois

as famílias não são as estudadas e que muitas técnicas e teorias não têm êxito. Assim, não

havendo uma fórmula para seguir, sendo necessárias estratégias diferentes a cada caso de

paciente, exigindo do profissional uma compreensão de que o ser humano é complexo

devendo estar disposto há diversas interpretações. Ainda foi desafiador, pois a formação

universitária lhe forneceu a base, e esta é insuficiente na prática. De acordo com o autor Sá

(2001, p. 41-42) “É verdade que não existe uma psicologia brasileira, no sentido estrito de que

no Brasil se tenham gerado abordagens teóricas ou estratégias metodológicas constitutivas de

um corpo mais consistente de conhecimento acadêmico. Mas, há – e isso já de longa data –

psicólogos brasileiros que têm sido capazes de dar uma feição singular à apropriação e à

aplicação das teorias e métodos originados em outros países.” Assim, se tem hipótese que

teoria e prática diferem e certamente será desafiador para os recém-formados encarar o mundo

prático com todas suas nuances e particularidades. Sendo que os autores de psicologia social

mencionam condições históricas e atividades variadas que influenciam cada indivíduo, porém,

cabe a cada profissional identificar cada situação na prática e superar o desafio, utilizando e

descobrindo novos métodos.

Solicitado a profissional para compartilhar seus trabalhos realizados relacionados à

psicologia, apresentou que sua carreira é bastante complexa e abrangeu diversas áreas de

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atuação. Foi psicóloga na secretária da saúde, onde prestou atendimento clínico, grupos de

terceira idade, atendimento a famílias, coordenou e dirigiu a instituição. Atuou na prefeitura e

lar das crianças de uma determinada cidade. Atualmente é psicóloga coordenadora na

instituição lar das crianças, onde atua há 19 anos. Ao iniciar seus trabalhos ela organizou a

equipe técnica com contratação de profissionais, além de coordenadora realiza atendimentos

clínicos e sociais as famílias. É cedida como perita na delegacia regional de policia civil, para

realização de perícias nos casos de violência e perita do Tribunal de Justiça do RS. Ainda, é

presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente e possui

consultório particular. Em suas colocações observa sua preferência pela área clínica, o contato

direto com o necessitado, liderar grupos de atendimento a pessoas em vulnerabilidade social.

Mediante Mito e Oliveira (2008), [...] a clínica autônoma em consultórios privados é

preeminente, no entanto o psicólogo possuem inserção na saúde privada e pública, havendo

atuação em hospitais, ambulatórios, unidades básica de saúde, creches, instituições privadas e

instituições comunitárias.

Levantada a questão sobre a rotina de trabalho da profissional nesta instituição e quais

as técnicas utilizadas, a mesma denotou trabalhar 48 horas semanais tendo que cumprir metas

diariamente, onde os relatórios e atendimentos devem ser realizados e estar em dia. Utilizando

de técnicas de grupo, entrevista individual e coletiva (familiar), testagem psicológica,

anamneses, visita domiciliar, escuta, dentre outras. Ainda, argumentou que exige

comprometimento, dedicação e resultados de sua equipe.

Sobre a maior atuação do psicólogo social ela coloca que é nos CRAS, CREAS, e

instituições de serviço público, sendo assim, as demais instituições não possibilitam uma

atuação social focada, surgindo comentários alheios sobre o trabalho do profissional de

psicologia, pois segundo a entrevistada a visão aos leigos é que “o psicólogo social organiza

festas, palestras, faz artesanatos e passeios”, sendo um desafio mostrar a importância do

psicólogo nesta área. De acordo com Lane (2016), a psicologia social comunitária privilegia o

trabalho com grupos, este contribui para formação consciente crítica e construção social e

individual orientadas por princípios eticamente humanos.

No questionamento feito à psicóloga sobre as principais competências que um

profissional de psicologia deve ter na área social, a mesma mencionou que se deve ser a

capacidade de olhar o outro no contexto dele e não do profissional. Pois na psicologia social

há diferentes contextos sociais, familiares, como também diferentes estruturas

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organizacionais. Ainda condizendo com Toniato, Tavares e Pessini (2010), a psicologia social

quanto à caracterização do trabalho do psicólogo social, necessita um olhar de caráter preventivo,

sempre atento aos anseios da comunidade, sendo possível identificar eventuais problemas de ordem coletiva,

bem como individualizada.

Considerando a importância da terapia frequente ao profissional de psicologia, buscou

se uma confirmação, e a mesma responderam afirmativamente e justificou que não considera

importante unicamente pelo fato de ser psicóloga, mas por ser mulher, cidadã e mãe.

Possuindo suas emoções, sentimentos, conflitos e que necessita falar sobre eles. Mediante

Mito e Oliveira (2008) a psicologia clínica se constitui como uma das áreas mais tradicionais

do conhecimento de atuação profissional, e seu conceito etimológico tem ligação ao modelo

médico, assim ao tratamento de patologias e a posição passiva e impotente do paciente. Supõe

a necessidade de fazermos terapia frequentemente, pois o ser humano precisa falar sobre seus

sentimentos quando estes lhes traz inquietação psíquica.

Como investigação final foi dada abertura à entrevistada para possíveis colocações aos

acadêmicos de psicologia do primeiro semestre e a mesma orientou bastantes estudos,

inúmeras leituras, controle da ansiedade, flexibilidade aos fatos da vida, pois a terapia não

necessariamente é solução, visão realista desprendendo-se das fantasias, especificamente

aquelas de almejar mudanças significativas ao mundo, às pessoas, pois talvez tais não

almejem a mudança. A afirmação da profissional vai ao encontro dos desejos dos acadêmicos

iniciantes de psicologia, estes movidos pelo desejo de mudança ao mundo, assim, se faz

necessário uma reflexão sobre estas realizações. Bastos e Goodwin (2010, apud. Kullasepp

2008) fazem referência a identidade profissional do psicólogo, sendo configurada desde o

inicio da formação e se redefinindo ao longo da inserção nas áreas de atuação. Ainda, é

possível observar que desde o ingresso do curso o estudante tem uma concepção da

psicologia, mas estas convicções se modificam no decorrer da graduação.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Considerando a pesquisa bibliográfica, de campo e análise de resultados, obtém-se

uma visão da psicologia social e seu desenvolvimento no Brasil, buscando a solução de

problemas e demandas, que anteriormente ficavam em segundo plano na sociedade e no

íntimo dos indivíduos. Com a intervenção do psicólogo social é possível proporcionar um

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acompanhamento psicológico aos pacientes que se encontram à margem da sociedade, visto

que as instituições sociais visam estes serviços aos indivíduos e sociedade.

Mediante a teoria e confirmação da entrevista, observa-se que a maior atuação do psicólogo

social é nos CRAS, CREAS, e instituições de serviço público, onde se tem maior

concentração das demandas de indivíduos em vulnerabilidade social. No entanto, a aplicação

em outras instituições ocorre, mas não é visibilizada pela sociedade, ocultando-se a

importância desta profissão.

De acordo com a pesquisa, as teorias diferem da prática e as linhas teóricas todas são

consideradas importantes para contribuição da construção do conhecimento, embora

obtenhamos identificações no decorrer da formação. Quanto à formação esta é considerada

autossuficiente para aplicação direta à prática, sendo necessárias especializações específicas.

Considera-se competente o profissional com a capacidade de empatia com o contexto

do outro e compreensão da personalidade de cada individuo e sociedade. Sendo que para

proporcionar um serviço com eficácia, é imprescindível que suas questões individuais sejam

resolucionadas, cogitando a terapia frequente quando houver necessidade.

Ainda, atentamos sobre a identificação e concepções filosóficas dos acadêmicos de

psicologia no decorrer da formação, estes sonhadores com a idealização frente a empatia e

altruísmo. A pesquisa apresentou tais desejos como fantasias, acredita-se que a percepção da

entrevistada deve ser considerada, no entanto não generalizá-la. E continuar a almejar

mudanças significativas, desde que sejamos realistas nas ações.

Diante disso, considera-se necessária identificação com a profissão, especializações

após formação acadêmica, compreensão e empatia com indivíduos e sociedade, qualidade de

vida, esclarecimentos do trabalho do psicólogo, reflexão sobre as idealizações e ações e

constante aperfeiçoamento profissional. Consequentemente será possível estar a serviço do

outro, prestando atendimento eficaz as demandas da sociedade, dispondo assim competência

profissional.

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