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Entrevista: Peter Anderson Propriedade: Escola Secundária Martins Sarmento Alameda Prof. Abel Salazar - 4810-247 Guimarães Tel.: 253 513 240 | Fax: 253 511 163 Código da Escola: 402187 Director: José Manuel Teixeira Coordenação Geral: Glória M. Machado Grafismo e paginação: José L. Faria Email: [email protected] 02 Olá, queridos leitores! Eis-nos aqui de novo. Eis aqui a vossa resposta ao nosso desa- fio. Tal como a “Fénix Renascida” das cinzas, O Pregão, o nosso pregão, renasceu e tem dado provas de que não voltará a desfa- lecer. Todos nós, professores e educadores da Martins Sarmento acreditamos que os jovens de hoje não são menos capazes que os do passado, que conseguem ler, que conseguem escrever, que conseguem reflectir, que, quando são motivados, impelidos, conseguem mesmo surpreender. Afirmamo-lo com convicção. Dizêmo-lo porque temos a prova viva, entre mãos (ou entre olhos, para usar alguma propriedade lexical!); temos um jornal com 36 páginas, que, apenas numa segunda edição, recebeu matéria que daria para duas edições, sem ser redundante. Foi difícil para a equipa redactorial ter de “colocar no congelador” alguns artigos para a próxima edição. Mas, perante o empenho e a participação que temos acolhido, prometemos aos que não encontrarem os seus textos nestas páginas, que os encon- trarão muito em breve. Na sessão de lançamento do nosso Pregão ouvi- mos as palavras experientes do Dr. Eduardo Ma- dureira, director do “Público nas Escolas”, sobre as características imprescindíveis a um jornal que pretende qualidade. Não esquecemos que, no seu discurso, referiu a importância da varie- dade de assuntos, da diversidade de géneros, da multiplicidade de intervenientes, da inovação e da surpresa, obviamente, sempre aliados ao rigor linguís- tico e formal. Orgulhosos, vemos o nosso Pregão crescer com estes requisitos: vemos mais autores alunos; maior diversidade de alunos: dos cursos EFA, do CNO e contamos brevemente, também, com os pais e demais agentes da acção educativa. Está a crescer a consciência de que um jornal só pode ser interessante, se interessar a muitos; só pode ser completo, se partilhado; só pode ser rico, se colaborado; só pode ser lido, se escrito e só pode ser para todos, se for de todos. Tencionamos ser breves. Por isso termino. E termino evocando o exemplo da força de uma simples e pobre mulher despojada de bens materiais, de heranças, de preconceitos: a Blimunda (da obra de Saramago), que nos ensina que tudo se consegue, tudo, até fazer voar uma passarola, se se tiver a coragem e a força suficientes para se recolherem algumas vontades dos vivos. Ainda que essas vontades estejam muito dissimuladas, em lu- gares muito ocultos. Uma simples força, de uma pessoa simples, aliada à coragem de uns, às capacidades de outros, conseguem transformar algo que é nada em amor, e em voo, e em vida. Em memória de José Saramago, que apesar de mostrar muitos “podres” do ser humano, conseguiu também, para quem o quer ver, ensinar-nos que é a vontade humana e a sua liberdade que traçam o seu destino: seja ele para norte ou para sul; para este ou para oeste. Bem hajam as “Blimundas” que, apoiadas pelos “Baltasares”, re- colherão vontades e manterão vivo o nosso Pregão. Glória Manuela Machado Editorial Jornal da Escola Secundária Martins Sarmento Maio a Julho de 2010 Entrevista: Marcos Barbosa Individualidades: Marilyn Manson Individualidades: Leonardo de Pisa p. 02 p. 04 p. 17 p. 32 p. 24 p. 20 p. 22 p. 28 Universo ESMS: Há poesia em mim Multimédia: Biografia de Raymond Loewy Notícia: Parlamento Europeu dos Jovens CNO: Colóquio - “compostagem doméstica” Sucesso e grande dinamismo pautou a primeira edição das Jornadas Culturais Em Destaque - p. 06 Próxima edição - Especial Jornadas

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Jornal da Escola Secundária Martins Sarmento - Guimarães. Número 2.

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Page 1: O Pregão, nº 2

Entrevista: Peter Anderson

Propriedade: Escola Secundária Martins SarmentoAlameda Prof. Abel Salazar - 4810-247 Guimarães

Tel.: 253 513 240 | Fax: 253 511 163Código da Escola: 402187

Director: José Manuel TeixeiraCoordenação Geral: Glória M. Machado

Grafismo e paginação: José L. FariaEmail: [email protected]

nº 02

Olá, queridos leitores!Eis-nos aqui de novo. Eis aqui a vossa resposta ao nosso desa-fio. Tal como a “Fénix Renascida” das cinzas, O Pregão, o nosso pregão, renasceu e tem dado provas de que não voltará a desfa-lecer. Todos nós, professores e educadores da Martins Sarmento acreditamos que os jovens de hoje não são menos capazes que os do passado, que conseguem ler, que conseguem escrever, que conseguem reflectir, que, quando são motivados, impelidos, conseguem mesmo surpreender. Afirmamo-lo com convicção. Dizêmo-lo porque temos a prova viva, entre mãos (ou entre olhos, para usar alguma propriedade lexical!); temos um jornal com 36 páginas, que, apenas numa segunda edição, recebeu matéria que daria para duas edições, sem ser redundante. Foi difícil para a equipa redactorial ter de “colocar no congelador” alguns artigos para a próxima edição. Mas, perante o empenho e a participação que temos acolhido, prometemos aos que não encontrarem os seus textos nestas páginas, que os encon-trarão muito em breve.Na sessão de lançamento do nosso Pregão ouvi-mos as palavras experientes do Dr. Eduardo Ma-dureira, director do “Público nas Escolas”, sobre as características imprescindíveis a um jornal que pretende qualidade. Não esquecemos que, no seu discurso, referiu a importância da varie-dade de assuntos, da diversidade de géneros, da multiplicidade de intervenientes, da inovação e da surpresa, obviamente, sempre aliados ao rigor linguís-tico e formal. Orgulhosos, vemos o nosso Pregão crescer com estes requisitos: vemos mais autores alunos; maior diversidade de alunos: dos cursos EFA, do CNO e contamos brevemente, também, com os pais e demais agentes da acção educativa. Está a crescer a consciência de que um jornal só pode ser interessante, se interessar a muitos; só pode ser completo, se partilhado; só pode ser rico, se colaborado; só pode ser lido, se escrito e só pode ser para todos, se for de todos. Tencionamos ser breves. Por isso termino. E termino evocando o exemplo da força de uma simples e pobre mulher despojada de bens materiais, de heranças, de preconceitos: a Blimunda (da obra de Saramago), que nos ensina que tudo se consegue, tudo, até fazer voar uma passarola, se se tiver a coragem e a força suficientes para se recolherem algumas vontades dos vivos. Ainda que essas vontades estejam muito dissimuladas, em lu-gares muito ocultos. Uma simples força, de uma pessoa simples, aliada à coragem de uns, às capacidades de outros, conseguem transformar algo que é nada em amor, e em voo, e em vida. Em memória de José Saramago, que apesar de mostrar muitos “podres” do ser humano, conseguiu também, para quem o quer ver, ensinar-nos que é a vontade humana e a sua liberdade que traçam o seu destino: seja ele para norte ou para sul; para este ou para oeste. Bem hajam as “Blimundas” que, apoiadas pelos “Baltasares”, re-colherão vontades e manterão vivo o nosso Pregão.

Glória Manuela Machado

Editorial

Jornal da Escola Secundária Martins Sarmento Maio a Julho de 2010

Entrevista: Marcos Barbosa

Individualidades: Marilyn Manson

Individualidades:Leonardo de Pisa

p. 02

p. 04

p. 17p. 32

p. 24

p. 20

p. 22

p. 28

Universo ESMS: Há poesia em mim

Multimédia: Biografia de Raymond Loewy

Notícia: Parlamento Europeu dos Jovens

CNO: Colóquio - “compostagem doméstica”

Sucesso e grande dinamismo pautou a primeira edição das Jornadas Culturais Em Destaque - p. 06

Próxima edição - Especial Jornadas

Page 2: O Pregão, nº 2

2Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão

Entrevista

No âmbito da actividade integra-dora da turma EFA 4, referente aos núcleos geradores de TIC (Tecnolo-gias de Informação e Comunicação) e Direitos/Deveres, realizou-se uma visita ao Centro Cultural Vila Flor, no dia 11 de Março do corrente ano, para assistir à representação da peça Pigmalião. Finda a dramatização, foi-nos concedida uma entrevista por parte do encenador, Marcos Barbosa.

Entrevista Marcos Barbosa

Marcos Barbosa nasceu em Lisboa, em 1973. Estudou em Inglaterra, complementou os seus estudos em França, passou pelo Mé-xico onde possuiu uma empresa. Actualmente, é o director do teatro Oficina em Guimarães, desempenhando este cargo desde Março de 2008. Já encenou textos de Will Eno, Jacinto Lucas Pires, André Sant´Anna e Wallace Sha-wn. O encenador tem trabalhado sobretudo nas novas dramaturgias em Portugal e no Mé-xico, onde foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, num projecto de estudo de drama-turgia mexicana.

Houve algum pormenor específico na sua

vida que tenha determinado o seu percur-so pelo mundo das artes?Não. Esse não foi o caminho que me surgiu inicialmente, não foi evidente o percurso que deveria seguir, uma vez que comecei por estu-dar Direito. Mas, mais tarde, o desejo de contar histórias falou mais alto, tendo por isso decidi-do tirar uma licenciatura em Teatro.

A história da peça pertence à mitologia ro-mana. O que o levou a combinar este mito com as tecnologias actuais?Foi ao contrário. Em primeiro lugar, a Oficina Teatro, embora sendo a única unidade de te-atro em Guimarães, não tem o desejo de viver

Director do teatro Oficina em Guimarães Turma EFA4 com o apoio da Prof.ª Narcisa Freitas

No dia 11 de Março, a turma EFA4 da Es-cola Secundária Martins Sarmento assistiu à peça de teatro “Pigmalião”, no Centro Cultu-ral Vila Flor.

No âmbito da actividade integradora dos núcleos Tecnologias de Informação e Comu-nicação e Direitos e Deveres, a turma EFA4 foi ao CCVF assistir a uma peça de teatro que incorporou a tecnologia 3D. A peça baseou-se no mito de “Pigmalião”, um escultor que, can-sado de todas as mulheres, criou a mulher ide-al, sob a forma de uma escultura. Após ter su-

plicado a Vénus que transformasse a sua obra numa mulher real, a deusa atendeu ao seu pe-dido e a escultura transformou-se numa bela mulher, Galateia. Esta interage com o público de uma forma diferente, isto é, a sua imagem surge numa tela e o público é convidado a colocar os óculos que lhe permitem visualizar Galateia em 3 dimensões, criando, desta for-ma, uma maior proximidade com o mesmo.

No final da peça, a turma teve ainda o privilégio de entrevistar o seu encenador, Marcos Barbosa.

A EFA4 vai ao teatro

Tecnologias 3d em “Pigmalião”

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isolada da cidade, pois não tem interesse ne-nhum fazer peças para si própria, tem vontade de dialogar e pensar em conjunto com outras instituições da cidade. No diálogo com a Univer-sidade do Minho, uma vez que ela trabalha es-sencialmente com tecnologias, surgiu a primeira ideia de juntar a arte à ciência. Particularmente, achei-a uma ideia bastante interessante a de-senvolver. Essa colaboração levou ao nascimen-to deste projecto que surgiu do zero, de uma parceria entre desenvolvimentos científicos e tecnológicos e a criação artística. Verificámos que oito minutos da peça têm uma apresen-tação em 3D; porém, futuramente, temos em mente fazer outros trabalhos em que a terceira dimensão esteja presente na totalidade da peça.Em relação ao mito, nós desafiámos autores a escrever connosco. O Pedro Mexia, falou no mito de “Pigmalião” e no seu interesse em re-escrevê-lo. A nós, a ideia também nos agradou, servindo como uma experiência base para tes-tar a junção desta peça com textos em verso e as tecnologias actuais, pois no Verão iremos realizar outra peça de Shakespeare.

Visto ser um trabalho inovador, surgiram muitas dificuldades na sua realização?Sim, não foi fácil. Da nossa parte, tínhamos o trabalho de pensar em como contar a história e, da parte dos engenheiros, a principal função foi inserir as novas tecnologias na peça. Esta junção foi bastante complicada, pois são mun-dos diferentes. Surgiram também dificuldades nos timings e um grande atraso na entrega dos textos. Por norma, costumamos ter tudo pron-to com uma semana de antecedência e nesta peça só conseguimos concluir os trabalhos no dia anterior à sua estreia.

Como já referimos antes, esta peça é algo inovadora. Pretende com esta inovação atingir um público diferente? Sim, tem sobretudo a ver com isso. Nós senti-mos que as nossas peças costumam ser sempre vistas pelo mesmo público. Hoje, já tivemos es-tas pessoas que provavelmente nunca tinham vindo ao Teatro Oficina. Se a tecnologia servir para, além de contar a história de uma manei-ra mais eficaz, trazer pessoas novas ao teatro, óptimo! Até porque a ideia é fazer teatro para toda a gente.

Porquê a utilização das tecnologias tridi-mensionais? Têm a ver com a sua utiliza-ção no cinema actual?Foi por acaso. Quando fomos a primeira vez ao centro de interpretação gráfica, os técnicos mostraram as várias tecnologias com que es-tavam a trabalhar e esta foi a mais interessante

e mais simples para começar, embora já tivésse-mos outra ideia, que era apresentar o que viram através da fibra óptica, em tempo real, com o actor num sítio e a actriz no outro. Como sur-giram várias complicações e a fibra óptica ainda estava a ser instalada, desistimos da ideia e op-támos apenas pelo 3D. Achamos este 3D mais interessante que o do “Avatar”, por exemplo. Se conseguíssemos uma tela maior para o apre-sentar, a ilusão seria, ainda, mais bem sucedida. Nas pesquisas que fizemos na Universidade do Minho, eles apresentaram-nos uma tela 4 vezes maior, onde projectaram uma serpente, tubarões e o efeito foi muito mais eficaz, pois parecia que estavam mesmo à nossa volta. Esse é o caminho a desenvolver também pelo cinema, conseguin-do a sensação de nós, espectadores, estarmos dentro de um filme e termos a sensação de que todo o cenário é real.

Como encenador experiente, o que acon-selha a alguém que queira seguir a mesma profissão?Por muito estranho que possa parecer, não re-comendo a ninguém fazer teatro! Acho que em Portugal qualquer profissão artística é muito maltratada. Esta casa (Teatro Oficina), onde es-tamos a trabalhar é uma das poucas excepções no país. Por vezes, vêm pessoas ter comigo a dizer que gostavam de estudar teatro, eu alerto--os sempre em primeiro lugar para a realidade, pois são muitas pessoas a tentar entrar para uma profissão que não é reconhecida e, comparando com outras, não tem tantos direitos. Nesta área não temos promoções de carreira, por exemplo, e é impensável passar de “empregado” a “geren-te”. Aqui, para sermos reconhecidos, temos que ser muito persistentes e lutadores. Por outro lado, eu gosto muito daquilo que faço, logo não vou dizer às pessoas para não fazerem isto.

É muito exigente como encenador?Acho que sou de uma exigência contemplativa; não sou muito de gritar nem de me zangar. Sou de uma exigência construída através da res-ponsabilidade. Ser exigente não é ser pai dos actores ou das pessoas que trabalham comigo, é saber passar a importância do que se está a criar aos outros. Esta peça é um bom exem-plo disso, pois os actores foram extremamente responsáveis na criação que fizeram, trabalha-ram muito sozinhos e este trabalho tem um especial valor por isso mesmo.

Guimarães vai ser Capital Europeia da Cul-tura em 2012. Acha que isso vai trazer novos projectos à cidade, uma vez que vai ter uma maior expansão a nível europeu?Sim, eu acho que vai ser um evento extraordi-nário em Guimarães. Mais do que o lado espec-tacular que esse evento vai ter é no que Gui-marães se pode transformar em 2012, 2013, 2014, 2015, etc. É um acontecimento que vai trazer muita festa, mas é importante que as pessoas participem activamente. Guimarães é já uma cidade europeia e isto vai trazer mais projecção ao nível das artes. É importante estarmos atentos a esse acontecimento em 2012, para depois se poderem formar mais companhias profissionais, não só de teatro, uma vez que só existe esta (Teatro Oficina) na cidade, mas também de dança, de música e de pintura. Desconheço artistas destas áreas a vi-ver na cidade.

O nosso muito obrigado por nos ter con-cedido esta entrevista e boa sorte para futuros projectos.Obrigado. Foi um prazer.

Entrevista

Acho que a Capital Europeia da Cultura vai ser um evento extraordinário em Guimarães. Mais do que o lado espectacular que esse evento vai ter é no que Guimarães se pode transformar em 2012, 2013, 2014, 2015, etc. (...) Guimarães é já uma cidade europeia e isto vai trazer mais projecção ao nível das artes.

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4Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão

Ao longo do ano, um pouco como todos nós, fui conversando com o Peter sobre Portugal e o Reino da Dinamarca. Afinal, eu já tinha visitado o seu país, pelo que o nosso diálogo foi sempre fácil pois tínhamos alguns pontos de contacto.

Esforçava se por falar a língua portuguesa que aprendeu na sala de aula, nos contactos com a família de acolhimento e com todos os que ia estabelecendo alguma relação. A professora Ana Maria, está visto, ajudava-o - com imenso char-me - na tarefa de perceber as particularidades da nossa língua e cultura.

Mas, afinal, o que fazia, em terras vimaranen-ses, o simpático Peter?

Resolvi propor-lhe uma entrevista. Ele concor-dou e lá conversámos, junto a uma janela, na Bi-blioteca da nossa escola.

Vim a saber que os seus pais resolveram pro-piciar-lhe, a suas expensas, um contacto com outras culturas. Com que objectivo? Bem, uma organização internacional, a AFS (American Field Service http://www.afs.org/afs_or/home), pro-põe a jovens e professores programas intercul-turais que têm como objectivo contribuir para a compreensão e paz entre os povos. Nas palavras do Peter, os fundadores desta organização não--governamental, sem fins lucrativos, chocados com o sofrimento que viram durante a I Guerra Mundial, entenderam que, para evitar o sofri-mento e a eclosão de guerras, era importante que conhecêssemos a cultura dos outros povos de um

modo total. A imersão de um indivíduo na cultu-ra que o acolhe, permitir-lhe-á ver, “com óculos de outras cores”, o modo de vida, as relações, as atitudes, os comportamentos daqueles que são diferentes de nós. O Peter disse-me: - Agora, que conheço Portugal, não quero a guerra!

Perguntei a este nosso aluno, integrado numa turma do 11º ano, quais as regras para se parti-cipar neste tipo de intercâmbios. Colocando um ar pensativo, respondeu, pausadamente: [um jo-vem, como ele, que queira participar (sic)] 1º não pode andar à boleia de desconhecidos; 2º deve seguir as leis do país; 3º não pode engravidar raparigas; 4º não pode consumir drogas; 5º não pode conduzir nada com motor.

Questionei-o se cumpria tudo aquilo. Disse--me, com um ar ponderado e muito sério - quase luterano - que sim, senhor!

A parte dura do intercâmbio é que o jovem não pode ir à sua terra natal durante 10 meses. Porém, a sua família pode visitá-lo. Ele também pode visitar outros países, coisa que, aliás, fez com a sua “fantástica família de acolhimento”, a família Costa, constituída pela mãe e pelos seus dois irmãos - como lhes chama - dois rapazes, um de 10 outro de 11 anos.

Peter, - perguntei-lhe, - o que é melhor, a Di-namarca ou Portugal? - Não é melhor nem pior, é diferente!” Sim - retorqui - mas, para sermos breves, peço-lhe que liste as coisas que consi-dera diferentes! Pediu-me ajuda. Adiantei, - ok,

fale-me do seu dia-a-dia, do desporto, da comida, dos colegas, da escola, das relações humanas, da aprendizagem, das vivências…

Do que segue, cá vem, naturalmente, a minha leitura com as “lentes dos meus óculos” - que a sua exposição foi fluida e nunca preconceituosa.

Escola – O que mais notou de diferente é que lá, na sua terra, as escolas, no Inverno, são aqueci-das. E o número de alunos por turma, perguntei? - 20, 24, no máximo! Diariamente, dois alunos são incumbidos de limpar a sala de aula. As mesas são limpas pelos alunos. Disse-me que havia res-ponsabilidade, que não se deitavam papéis para o chão.

Aprendizagens – Na Dinamarca decora-se menos, há mais interacção, mais proximidade, mais práticas de grupo. Mais autonomia (dos pro-fessores para os alunos). Eu disse-lhe que, por cá, as escolas estão a ficar muito burocratizadas, mas eu acho que ele nunca perceberá o que isso seja, a não ser que passe cá mais uns anos.

Mais disse que, na sua escola dinamarquesa, os alunos dividiam mais, entre si, as tarefas. Menos infantis, mais maduros, perguntei-lhe? Delicado, ciente dos seus compromissos, sorriu e preferiu não responder.

Comida – Moelas de frango, coração, fígado, cabeças de polvos são “iguarias” estranhas que provou. Impensááável mesmo, na Dinamarca, - disse-me, gesticulando e com um sotaque engra-çado - era comer orelha de porco e frango com

Entrevista

Entrevista a Peter Andersen, o nosso aluno dinamarquês

Às quartas-feiras costumava encontrar o louro e azul Peter Frank Andersen no bar, da nossa escola, em conversas pe-dagógicas com a também loura e azul professora Ana Maria Oliveira. Quem os via por ali perguntava-se o que fazia um jovem dinamarquês de 16 anos na nossa escola? Que con-versava ele com a professora Ana Maria? Que fazia ele em Guimarães, no nosso país?

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sangue! Ele comeu. Não cheguei a perguntar-lhe se gostou.

Tinha saudades de comer um pra-to, com arroz e muitos legumes, que o avô lhe ensinou a fazer num wook. Disse que lá comiam muitos legu-mes. Na Dinamarca o pão é mais escuro, mais pesado e mais rico.

Pessoas – Os portugueses são simpáticos. Gostam de fazer baru-lho. Perguntei-lhe sobre a condu-ção dos portugueses. - Conduzem loucamente! (Disse isto abanando a cabeça, abrindo os olhos, com ar um ar maduro e de grande admiração). Param onde querem! - acrescentou.

País(es) – Dinamarca: tem mais relva, mas poucos castelos; muito raros. Lá, faz 40 km semanais de bi-cicleta. No Verão adora velejar, duas vezes por semana. Na Dinamarca, mal aparece o Sol, vai tudo para a rua, não se vai para os cafés!

Portugal: visitou (à altura desta entrevista) o Porto, Foz Côa, Lisboa, Braga, Viana do Castelo…). Vai sen-tir falta da comida - sai de cá com al-guns vícios. Por cá sentiu muito bom acolhimento. Na Dinamarca não sabe se seriam tão prestáveis.

Falei-lhe do grande Parque de di-

versões, do Tivoli, em Copenhaga. Riu-se. O “Tiôuli” é, de facto, um sí-tio de grande divertimento em famí-lia. Disse-lhe que passar nas pontes era estupidamente caro. Lembrou--me que lá não pagam livros nem propinas; só lápis, canetas e pouco mais. Que não paga nada quando vai ao hospital. Lá, os jovens gos-tam de trabalhar, em part-time. Compram roupas e divertem-se com o que ganham.

Trocámos impressões sobre o seu país, expressando-lhe o meu gosto particular pela Dinamarca. Falámos de várias referências culturais: do famoso Primeiro-Ministo, Anders Fogh Rasmussen, (até Abril de 2009, aquele dos cartoons…); do Museu Viking, em Roskild; do Mu-seu da História da Dinamarca; do vivo porto de Nyhavn; da imensa rua Stroget; da Sereia e dos canais; do colorido das casas; da arquitec-tura vanguardista; da “riviera dina-marquesa” e das suas águas surpre-endentemente tépidas; das ideias do filósofo Soren Kierkgaard; das ci-dades de Odense e Arhus; dos livros de Karen Blixet; dos 50 km que lá fiz de bicicleta (tudo plano); das histó-

rias de Hans Christian Andersen que a maioria dos pais portugueses con-ta aos seus filhos. Confidenciei-lhe que, quando lá estive, não gostei de duas coisas: de uma multa de trân-sito que apanhei (e ainda guardo, como recordação) e do preço exa-cerbado dos museus.

A nossa conversa chegou ao fim. Ele disse-me que gosta muito de Guimarães e eu reiterei que gostá-mos muito da sua passagem e inter-venção na nossa escola, que culmi-nou com a sua co-apresentação do Sarau das I Jornadas Culturais da nossa Escola. No seu já escorreito português de sotaque escandinavo, recomendou-me o visionamento dos filmes de Lars von Trier. Pedi--lhe que passássemos para outra sala da biblioteca e para levar o fan-tástico filme dinamarquês “A Festa de Babette”, dirigido por Gabriel Axel, baseado no belo romance es-crito por Isac Dinesen (pseudónimo de Karen Blixen). Espero que o te-nha visto, pois tem tudo a ver com o que veio cá fazer.

Bom regresso, Peter! Tak! (Obri-gado!)

Prof. Carlos Félix

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O que mais notou de diferente é que lá, na sua terra, as escolas, no Inverno, são aquecidas (...)Diariamente, dois alunos são incumbidos de limpar a sala de aula. As mesas são limpas pelos alunos. Disse-me que havia responsabilidade, que não se deitavam papéis para o chão.(...) Na Dinamarca decora-se menos, há mais interacção, mais proximidade, mais práticas de grupo.

José

Far

ia

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6Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão

Os últimos dias de aulas do ano foram vividos com enorme energia, envolvimento e alegria por todos os elementos da comunidade edu-cativa.

Três longos dias das I Jornadas Culturais foram preenchidos com inúmeras actividades que enche-ram o espaço da Martins Sarmento e revelaram vivacidade, dinamis-mo, empenho e talento, exprimin-do o trabalho realizado ao longo do ano lectivo.

A abertura solene, que contou com o privilégio da presença do Sr. Presidente da Câmara, Dr. António Magalhães e com a intervenção de vários alunos da escola, dos Nicolinos e da banda “Contraste”, marcou o arranque de uma série de actividades que puseram toda a es-cola em movimento.

Houve exposições que abran-geram várias áreas curriculares e transversais: comemoração do Centenário da 1ª República; reco-lha de vestígios de Camões feitas em visitas de estudo; mostras de materiais antigos das áreas da Bio-logia e da Geografia; da Matemáti-ca e da Física e Química existentes na escola ou propositadamente elaborados para o fim e reutilização

de materiais, entre outros.Com várias palestras, procurou-

-se valorizar a oportunidade de enriquecimento curricular e pes-soal dos discentes. Assim, a escola teve o prazer de receber convida-dos conceituados nas suas áreas de intervenção, como o Professor Doutor Fernando Rosas; o Doutor Fernando Gomes, da U. Minho; o Professor Doutor Cláudio Sünkle, docente e gestor do IPATIMUP; a Sr. Arquitecta Paisagística Rita Sal-gado e a Dra. Mariana Oliveira, do gabinete SIG da Câmara Municipal de Guimarães; do Professor Doutor Fernando Ribeiro, da U. Porto; o estilista vimaranense Rafael Frei-tas e o Dr. Armindo Costa e Silva, administrador da Vimágua, entre outros.

Os alunos envolveram-se nas mais variadas actividades: la-boratórios abertos, exposições, workshops de multimédia e músi-ca, concursos de informática, jogos de matemática, torneios de xadrez e matraquilhos e peddy-paper de Informática e Matemática.

As Jornadas foram, ainda, pre-enchidas com actividades da dis-ciplina de Área de Projecto, con-substanciadas na dinamização de

um espaço específico, intitulado “ÁREA de Projecto Non Stop”, destinado à divulgação dos traba-lhos realizados, utilizando como suporte a projecção de filmes e do-cumentários. Foi também promo-vida uma apresentação de várias instituições do ensino superior, que procederam à divulgação da sua oferta formativa.

Numa manifestação de envolvi-mento e participação activa na es-cola, a Associação de Pais, em cola-boração com o CNO, organizou um

jantar, confeccionado pelos alunos do curso Profissional de Técnico de Restauração e respectivos Chefes, aberto a toda a comunidade educa-tiva, que registou uma significativa afluência.

O dia 8 teve uma invulgar afluên-cia: cerca de 300 alunos de escolas básicas circundantes puderam ob-servar in loco as actividades reali-zadas e participar em muitas delas, incluindo as especificamente dirigi-das a este público. Nesta visita, os alunos foram divididos em grupos e recebidos por alunos do 2º ano do curso Profissional de Animador Sócio-Cultural, que orientaram a visita, conduzindo-os aos laborató-rios abertos de Ciência Viva, onde observaram e participaram em ex-periências da área da Biologia, da Física e da Química e disputaram jogos de Matemática, entre outros, à medida que iam conhecendo a história da Escola Secundária Mar-tins Sarmento. O programa desta visita continuou com um espec-táculo no ginásio, executado por alunos da ESMS que incluiu teatro, robótica, dança, beat-box, música e onde foi manifesto o agrado dos visitantes. Por último, o piloto ofi-cial Pedro Sousa, da Moto Espinho,

Em destaque

jornadas culturais na escola secundária martins sarmento

Três longos dias das I Jornadas Culturais foram preenchidos com inúmeras actividades que encheram o espaço da Martins Sarmento e revelaram vivacidade, dinamismo, empenho e talento, exprimindo o trabalho realizado ao longo do ano lectivo.

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Em destaque

campeão nacional e 19º do ranking mundial, fez uma arrojada e surpreendente demonstração de moto Trial que extasiou os presentes.

Estes três dias de festa culminaram com um Sarau no Centro de Artes e Espectáculos S. Ma-mede, na noite do dia 9, com a sua lotação esgo-tada. Foram três horas de revelação de talento de alunos, pais e professores, para além do contributo de entidades externas que o abrilhantaram, como a Academia de Música e Bailado “Asas de Palco” (incluindo alunos da escola), o Orfeão da Univer-sidade do Porto, que interpretou o hino da ESMS (escrito pela ex Professora Conceição Campos) e a Academia de Música Valentim Moreira de Sá, que gentilmente integrou o júri de um concurso de ta-lentos, organizado pela Associação de Estudantes, conjuntamente com o desportista e cantor Neno.

Este evento foi marcante pela qualidade eviden-ciada em todo o espectáculo, de algum modo sur-preendente, atendendo ao seu carácter inédito e, sobretudo, pelo simbolismo associado ao sentido de pertença e de identidade com a instituição vivi-do pelos alunos.

Estas dinâmicas Jornadas não teriam sido possí-veis sem o contributo de várias instituições que as apoiaram em várias modalidades.

O Director da Escola Sec. Martins Sarmento,

José Manuel Teixeira

e a coordenadora das I Jornadas Culturais,

Glória Manuela Machado

Fotos e vídeos das Jornadas em www.esmsarmento.pt

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8Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão

Reportagem

zona de couros: que futuro?

Espaço integrante da cidade histórica de Gui-marães, evidencia-se, na primeira década do séc. XXI, pelo traçado das ruelas sinuosas e con-traste do edificado, testemunhos de épocas que foram determinantes para o desenvolvimento da cidade e do país.

Por estes motivos, decidimos escrever um texto sobre a observação que efectuámos, nes-te território de 10ha, implementado no centro urbano de Guimarães, que se industrializou, muito provavelmente a partir dos sécs. XIII/XIV e que atingiu o seu apogeu nos sécs. XVIII e XIX, e manteve as mesmas funções até há, sen-sivelmente, meio século.

A “Zona dos Couros” organizou-se em função de uma ribeira, designada a Ribeira dos Couros, pelo facto de nas margens se ter instalado um bairro industrial de curtumes, cuja actividade necessita de muita água. Caracteriza-se por um património industrial muito valioso e, de certo modo, inédito, pelo que constitui um importan-te núcleo de arqueologia industrial.

Foi neste território industrial que teve origem a indústria dos curtumes, ou seja, a indústria do tratamento de peles, principalmente de origem bovina, que transformadas em couros, se utili-zam como matéria-prima no fabrico de artigos de sapataria, de correias, de selas dos cavalos ou de bainhas das espadas.

Hoje, como testemunhos de uma das fases

de tratamento das peles, podem-se observar os tanques de curtimenta, que resistiram às in-tempéries, além de unidades fabris em estado de conservação muito debilitado, a par das resi-dências tão características da classe operária do séc. XIX/inícios do séc. XX.

Em meados do séc. XX ainda laboravam uni-dades industriais, onde a transformação das pe-les em couro obedecia a velhas práticas embora conjugadas com algumas inovações tecnológi-cas. Em Julho de 1977, o núcleo industrial foi classificado de “Imóvel de Interesse Público pela Direcção-Geral do Património Cultural” (in Co-mércio de Guimarães, 29 de Março de 2006).

Não são apenas as unidades industriais que estão em decadência, também as habitações acompanham o envelhecimento das sumptuo-sas fábricas de outrora. Então, um grave proble-

ma se coloca: Como combater a degradação do edificado e ambiental neste território, também, considerado histórico de Guimarães?

Na última década têm sido desenvolvidos grandes esforços no sentido de se dar uma vida nova a um espaço, que perecia paulatinamente, perante a indiferença de uma urbe classificada, em 2001, como Património Mundial (UNESCO, 2001).

Em 2001, verificou-se a primeira reabilitação do Complexo Multifuncional de Couros, que engloba um Jardim-de-infância, um Centro de Dia, um Centro de Apoio à Juventude e A.T.L., um Auditório com 95 lugares e uma Biblioteca/Mediateca.

Também já a funcionar na “Zona dos Couros”, há o CyberCentro, uma infraestrutura de acesso público e generalizado à internet, com salas de estudo, estúdios de áudio e de vídeo, além de equipamento de produção multimédia, pelo que atrai muita população jovem a esta zona.

Com a nomeação de Guimarães Capital Eu-ropeia de Cultura 2012 surge uma outra janela de oportunidade para este importante local: o Projecto CampUrbis, projecto da Escola de En-genharia da Universidade do Minho em parceria com a Câmara Municipal de Guimarães.

Projecto que, ao reabilitar “velhas” unidades industriais de tinturaria e curtimenta, imple-mentará, por exemplo, um centro avançado de formação pós-graduada, uma escola vocaciona-da para Cursos de especialização tecnológica, salas de trabalho universitário e espaços (virtu-ais e físicos) museológicos.

Com este projecto, fomenta-se o concei-to campus virtual/universidade sem muros, desenvolvem-se novos paradigmas de ensino--aprendizagem e aprofundam-se novos mode-los de interligação entre ensino-cultura-acti-vidade económica, pelo que Guimarães ficará mais atractiva, nomeadamente para alunos uni-versitários, nacionais e estrangeiros.

Uma reportagem do 11º LH1: Daniel Teixeira; Liliana Lopes; Marco Fernandes;

Sílvia Pinto e Vítor Lopes

Fig. 1 - A Ribeira dos Couros ladeada por “velhinhas” fábricas de curtimenta dos couros

Fig. 2 - Antigos tanques de curtimenta das peles

No passado dia 1 de Fe-vereiro, no âmbito da dis-ciplina de Geografia A, a turma LH1 de Línguas e Humanidades do 11º ano, efectuou uma visita de es-tudo à “zona industrial de Couros”.

Fonte: Projecto campurbis, Câmara Municipal de Guimarães, Universidade do Minho, Escola de Engenharia.

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O Pregão Abril - Junho de 2010

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Opinião

Prof. Zélia Monteiro

O blogue como ferramenta educativa

O termo Weblog foi cunhado em Dezembro de 1997 pelo americano Jorn Barger, quando começava a despontar na rede, a partir das palavras “Web” (Internet) e “Log” (registo). Os blogs, contracção da palavra Weblog, têm crescido vertiginosamente desde que apa-receram pela primeira vez, em 1996. Dave Winer é hoje considerado o pai dos blogs ao criar o seu primeiro weblog em 1996, embora dispute o título de criador com o inventor da World Wide Web, Timothy John Berners-Lee, que criou o seu primeiro blog em forma de site em 1991).

Em Portugal, tanto se utiliza a grafia “weblog” como “blogue”, sendo os seus subscritores desig-nados de “blogueiros” ou “bloguistas”.

A Internet possibilita um manancial de recur-sos e ferramentas disponíveis a qualquer indiví-duo e que podem ser potenciadoras do processo de ensino/aprendizagem. Os blogues assumem--se como uma dessas ferramentas, constituindo espaços privilegiados de análise e discussão sobre diversos temas. Constituem actualmente um dos instrumentos de elevado interesse educativo, por várias razões: são um recurso de muito fácil utilização; facilmente docentes e discentes tra-balham e lhes acedem, necessitando apenas de uma ligação à World Wide Web; exigem apenas conhecimento básicos de informática, ao nível da sua criação e edição; são atractivos e apelativos para os jovens, uma vez que esta geração está motivada para a utilização da tecnologia digital e da Internet.

Segundo a opinião de Barbosa & Granado (2004), os blogues, enquanto ferramenta pe-dagógica, ajudam a melhorar as capacidades de comunicação, a desenvolver um espírito críti-co sobre o que está escrito, a aprender a inter-

pretar o que se lê, a aperfeiçoar a utilização da língua portuguesa por parte dos alunos envol-vidos e a estimular a aprendizagem de matérias específicas. Tomando em consideração as mais valias pedagógicas desta ferramenta, alguns alu-nos da nossa escola criaram vários blogues para aprofundar o estudo das Teorias Evolucionistas (conteúdo do 11º ano da disciplina de Biologia e Geologia), onde podem ser encontrados resu-mos das matérias, filmes, exercícios para resolver e outras actividades interessantes, que a seguir se apresentam, juntamente com os respectivos endereços:

Segundo a opinião de Barbosa & Granado (2004), os blogues, enquanto ferramenta pedagógica, ajudam a melhorar as capacidades de comunicação, desenvolver um espírito crítico sobre o que está escrito, aprender a interpretar o que se lê, aperfeiçoar a utilização da língua portuguesa por parte dos alunos envolvidos e estimular a aprendizagem de matérias específicas

http://www.bio-evolution12.blogspot.com/http://darwinliceu.blogspot.com/http://bioteamct4.blogspot.com/http://lamarcknow.blogspot.com/http://teoriaevolucionistadelamarck.blogspot.com/

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10Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão

Podem me chamar de “old school”

Guia de sobrevivência aos telejornais portugueses

Embora eu seja português por di-reito e bilhete de identidade, nasci, vivi e estudei no Brasil até aos meus 15 anos. Nos últimos 5 anos em que estive lá, estudei numa escola que tinha lugar de destaque, todos os anos, na lista das 10 melhores esco-las do Brasil. Essa lista é efectuada com base na percentagem de alu-nos do 3° ano (equivalente ao 12° do sistema de ensino português) e obtiveram resultados para ingressar nas faculdades públicas do Brasil. Mesmo sujeito a um sistema de co-tas que limita 50% das vagas, em universidades públicas, a negros e pobres, o Colégio Santo Agostinho, onde orgulhosamente estudei, con-seguia atingir constantemente uma média de 90% de aprovações.

Durante os 5 anos que lá estu-dei, nunca fui obrigado a fazer um portefólio. Também não era para menos. Por norma da direcção, pelo menos 90% da nota final de cada aluno era o resultado da média dos

testes, e por isso praticamente to-dos os professores preferiam pon-derar as notas, apenas, com base nos testes. Nenhum aluno que pas-sou por aquela instituição produziu,

alguma vez, um portefólio, mas isso não impedia de serem, na maior parte das vezes, os seus alunos que frequentavam as melhores universi-dades e de os seus currículos serem motivo de distinção entre os restan-tes colegas.

É, justamente por essa forma-ção que tive, que encontro dificul-dades em entender a utilidade de se realizar um portefólio. Bem sei que organização e método são pe-ças fundamentais para a qualidade dos estudos e potenciam o melhor sucesso. Mas eu questiono, se no momento em que dois alunos, recém-formados, se apresentarem numa empresa para um só posto de trabalho, o gestor que os entre-vista, olhando para os seus curricu-los, quem irá preferir: o aluno com altas notas ou o aluno que produz um bom portefólio, mas com notas inferiores? O talento de se produzir um portefólio pode ser muito útil para um(a) secretário(a), mas eu

não conheço muitos alunos(as) que passem 12 anos a estudar e alimen-tam as expectativas de virem a ser apenas secretários(as). Pela minha experiência, e daquilo que posso inferir das conversas com os meus colegas, quase todos, senão todos, esperam vir a concluir um curso superior. Sem querer ser um apolo-gista da “old school”, há uma coisa que não consigo entender, que é a razão pela qual nos fazem perder o nosso tempo, enquanto alunos, a elaborar um portefólio, por mais qualidades que ele tenha, e até no eventual mérito na aquisição de boas competências para um ra-zoável secretário(a). Porque é que se mantém obrigatório este instru-mento de avaliação, que no meu entender, nem promove as apren-dizagens, nem avalia as competên-cias que a maioria dos estudantes vão ter que demonstrar em provas futuras? Quem sabe se um dia, eu poderei compreender...

Caros leitores, os nossos tele-jornais convergem num desastre durante dias a fio a ponto de os tor-narem populares. Será que para os telejornais, os desastres são como acessórios de moda e mudam de acordo com as estações do ano?

Tal como as estações do ano são previsíveis, pois seguem sempre a mesma ordem, os telejornais tam-bém a seguem, incidem sempre so-bre o mesmo: pedofilia, acidentes, futebol ou desemprego, e um sem número de situações a que muito gostamos de assistir.

Mas, com certeza, que o cão do ilustríssimo Presidente Obama é de origem portuguesa! E para que to-dos ficassem bem informados, tão importante assunto foi noticiado

em todos os telejornais.Os telejornais estão como

Hollywood: sem ideias, a ponto de pedirem ao próprio telespectador que envie imagens e comentários. Esta é uma maneira de poupar di-nheiro, como por exemplo a das notícias cor-de-rosa, protagoniza-das por Cristiano Ronaldo e muitas outras celebridades. E nós ficamos entusiasmados por saber como pas-sa o seu dia de aniversário, quanto ganha, com quem anda, apesar de Portugal estar em crise e de o tra-balhador comum, se receber uma nota de quinhentos euros, ter que dar troco ao patrão.

A ênfase que é dada a este joga-dor é enorme, a ponto de se centra-rem na sua opinião sobre a tragédia

que assolou a Madeira e os seus pla-nos de ajuda à população, colocan-do em segundo plano as intenções do Presidente Hugo Chaves de aju-dar o nosso arquipélago. Possivel-mente ambos são jogadores, só que um engana o adversário com fintas que faz com os pés, ao invés do Pre-sidente que engana com a “língua”.

Depois de ajudar a Madeira, Cris-tiano Ronaldo irá tentar criar uma

religião. Vocês, telespectadores, se-rão crentes?

O telespectador nos dias de hoje mais parece um jogador de futebol, trocando passos com o comando, fazendo zapping até chegar ao ca-nal ideal. Nesse exercício, aperce-bemo-nos de que os telejornais se têm tornado numa tertúlia cor-de--rosa e de que falam, falam e não dizem nada.

Mas eu questiono, se no momento em que dois alunos, recém formados, se apresentarem numa empresa para um só posto de trabalho o gestor que os entrevista, olhando para os seus curriculos, quem irá preferir: o aluno com altas notas ou o aluno que produz um bom portefólio, mas com notas inferiores?

Opinião

EFA 4

Marcello Iliescu, 12º CTE

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O Pregão Abril - Junho de 2010

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Entre os dias 19 e 21 de Fevereiro de 2010, decorreu, na Universidade do Minho, a quarta edição da Roboparty, por iniciativa do Profes-sor Doutor Fernando Ribeiro, do departamento de Electrónica Industrial da citada Instituição Universitária, com o objectivo de criar e desen-volver o gosto pela electrónica, através de um convívio salutar e de partilha, entre os cerca de 440 jovens participantes, provenientes de todo o país.

No primeiro dia, pelas 9h00, a turma 1º PGSI (Curso Profissional Técnico de Gestão e Pro-gramação de Sistemas Informáticos) reuniu-se com a Dra. Luísa Vieira, professora responsável pela nossa participação no evento, nas insta-lações referidas, para se proceder à validação final das inscrições das sete equipas formadas pelos alunos da turma. Neste acto de inscrição, aos participantes foram disponibilizados um li-vre-trânsito, uma fita de pulso, um poster e um calendário com toda a programação do evento. Por volta das 10h00, todas as equipas tiveram autorização para entrar no recinto universitá-rio, onde iria decorrer todo o evento. Aí, tudo foi motivo de surpresa: o som, os equipamentos tecnológicos e a qualidade do edifício. Inicial-mente, estávamos um pouco indecisos acerca do local que iríamos ocupar; no entanto, todas as equipas da turma acabaram por seguir os conselhos da nossa professora, fixando-se em locais estratégicos, ou seja, perto de equipas fortes, muitas das quais já tinham participado no evento e ganhado alguns prémios nos anos anteriores. De seguida, fizemos uma visita aos espaços, nomeadamente, ao dormitório (provi-soriamente utilizado como espaço de palestras, com os colchões empilhados, de modo a que o espaço ficasse livre, durante o dia), aos balne-ários e, por último, aos cacifos onde podíamos guardar os nossos pertences mais valiosos.

Devido ao número considerável de equipas, as inscrições atrasaram um pouco o desenrolar dos trabalhos agendados e, consequentemen-te, a palestra de “Montagem do Kit / Soldar”, que estava marcada para as 11h00, foi pro-telada para perto do meio-dia. Esta palestra, além de informativa, serviu para nos “aguçar o apetite” e estimular a ansiedade para dar início aos nossos projectos. No fim da mesma, obti-vemos permissão para levantar o kit robótico no balcão da SAR (Soluções de Automação e Robótica – uma empresa que trabalha na área da electrónica e robótica, presente no evento

para prestar ajuda na montagem do kit). Apesar de a cantina já se encontrar aberta, não resisti-mos à tentação de abrir a caixa e de “espreitar”, cheios de entusiasmo, os componentes electró-nicos e mecânicos que iríamos manusear. Então sim, depois da curiosidade satisfeita, fomos sa-ciar o apetite.

Por volta das 13h45m, recomeçaram os trabalhos no pavilhão, onde iniciámos a mon-tagem das partes mecânicas. Depois passámos para as partes electrónicas, que eram um pouco mais complicadas, procurando ajuda no manual digital que nos foi fornecido juntamente com o kit. Inicialmente tudo parecia complicado: a soldagem das pequenas peças; a percepção da lógica do seu funcionamento; a delicadeza de todo o trabalho, uma vez que um pequeno des-cuido poderia danificar alguns componentes e, no pior dos casos, poderia queimar a placa elec-trónica principal: caso isso acontecesse seria o fim para a equipa.

No dia seguinte, sábado de manhã, no Audi-tório Nobre, na sequência da sessão de aber-tura, com a participação de pessoas notáveis (nomeadamente o Reitor da Universidade, o Presidente da Escola de Engenharia, o Profes-sor responsável pela RoboParty, a Vereadora da Cultura e o representante do Presidente da Câmara de Guimarães e outros envolvidos), as-sistimos a duas palestras intituladas “Sensores e actuadores (Humanos vs Robôs)” e “Contro-lo de robots móveis autónomos: da percepção para a acção”. Após o almoço assistimos a uma formação intitulada “Programar o Robô”.

O dia de domingo foi destinado à finalização

dos trabalhos e à actuação de todos os robôs construídos pelos participantes.

Esta foi uma experiência maravilhosa que gostaríamos de repetir. Apesar de todos os problemas que tivemos, conseguimos supe-rar todos os obstáculos e terminar, com êxito, os nossos projectos. Esta foi a primeira vez que participámos num evento deste género, mas com ele aprendemos a respeitar o esforço alheio, a valorizar a nossa auto-estima e o nos-so próprio desempenho, o que de outro modo dificilmente conseguiríamos.

Temos a agradecer a todos os que estive-ram envolvidos na organização do evento, pelo modo como tudo foi planeado para que pudés-semos aprender, de forma simples, as bases da electrónica industrial. Queremos agradecer a oportunidade que a nossa professora nos proporcionou de participarmos na RoboParty e ainda salientar o esforço de todos os Pro-fessores, Encarregados de Educação e Alunos que puseram um pouco de lado o conforto dos seus lares, em prol da nossa insaciável neces-sidade de crescer, aprendendo. E, por último e não menos importante, estamos gratos a todos os colegas que nos auxiliaram de variadíssimas formas, pois sem eles nada teria sido possível. A todos eles um muito obrigado!

Prof. Luísa Vieira, Encarregados de Educa-

ção e alunos do 1ºPGSI

Redacção de Ivan Mendes, nº13 do 1º PGSI, com

colaboração da Prof. Fátima Lopes

roboparty 2010! mais um sucesso robótico!

Notícias

Page 12: O Pregão, nº 2

12Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão

Notícias

Na penúltima semana, do 2º período lectivo, numa das aulas de Área de Integração, vejo o Paulo dirigir--se-me, logo no início, com ar sério. - Quero falar con-sigo e eu: - O que é que se passa? - Não vou mais para o Lar de S. Francisco. Logo pensei: alguma coisa sem importância, do tipo não tenho tempo ou outra do mesmo género. Foi então, que ele me estendeu um papel, dobrado em quatro, fazendo-o sem dizer pa-lavra. Peguei no papel, desdobrei-o e depara-se-me uma daquelas folhas de necrologia que costumamos ver afixadas por aí, em portas ou algumas montras, anunciando a morte de uma senhora, bastante idosa, a adivinhar pela fotografia. De imediato percebi que a Idosa que o Paulo tinha adoptado tinha morrido.

Olhei para a cara do Paulo onde estava estampa-do sofrimento e acho que ele me disse “não consigo ir mais”. De repente, só me lembrei do exemplo dos médicos e dos enfermeiros, dizendo-lhe que essas pessoas convivem no dia-a-dia do seu trabalho com a morte dos seus doentes e, nem por isso, deixam de exercer a sua profissão. Pareceu-me que ele compre-endeu e fiquei convencida de que continuaria o seu trabalho de voluntário.

Vem toda esta história a propósito do projecto «Adoptar um Idoso» que alunos dos Cursos Profissio-nais de Animação Sociocultural, do 1º e 2º ano, estão a desenvolver no Lar de Sº Francisco, na cidade. Para os alunos de uma das turmas, este é já o segundo ano de experiência. Trata-se de um projecto de voluntaria-do, trabalho que fazem sem pedir nada em troca mas que dá mais sentido às suas vidas e à sua formação, melhorando outras vidas, aplacando-as da solidão.

Defendo que a formação dos alunos não pode ser remetida apenas para dentro dos muros das escolas. Sem menosprezar, evidentemente, a educação for-mal proporcionada na escola, tenho a certeza que o Paulo e os seus companheiros vão ficar com uma experiência de vida e educativa que muitas aulas não dariam ou substituiriam.

Escrevo estas linhas não só para divulgar este pro-jecto à comunidade educativa, mas sobretudo para homenagear estes jovens cuja actividade radica na satisfação de dar e eu sou testemunha de que eles vão ao Lar no fim-de-semana, roubando tempo às suas brincadeiras.

Quero dizer-lhes, em meu nome e julgo que dos outros professores envolvidos, que vale a pena viver e lutar pelo Amor, pela Compaixão, não nos acomo-darmos com a insensibilidade e com a indiferença.

Que esses sejam os vossos sonhos!

Paula Soares, uma das professoras dinamizadoras do projecto «Adoptar um Idoso»

No âmbito do NG 7 – Saberes Fundamentais (na Área de Competências-Chave, Sociedade, Tecnologia e Ciência), a turma 5 do Curso de Educação e Formação de Adultos (EFA) de Nível Secundário procedeu à realização de um inquérito no dia 21 de Abril de 2010, com o objectivo de averiguar os hábitos alimentares dos formandos dos Cursos EFA e do CNO da ESMS.

Assim, pediram a 65 formandos, que frequentam os Cursos EFA no período nocturno e de alguns grupos do CNO que se encontravam em sessão na escola nesse dia, que respondessem a 10 perguntas sobre o tema em questão.

Após a análise dos inquéritos, constatou-se que a maior parte dos adultos faz cinco ou mais refeições diárias e apenas uma pequena percentagem afirmou fazer duas refeições por dia. Re-lativamente ao consumo diário de fruta verificou-se que cerca de 78% dos inquiridos conso-mem fruta diariamente. Apenas uma pequena percentagem dos formandos da escola (10,96%) afirmou consumir frequentemente bebidas alcoólicas, enquanto que, a maioria (63,01%), ape-nas o faz ocasionalmente. Quando questionados relativamente ao consumo diário de água, constatou-se que a maioria bebe 1,5 litros ou mais por dia. A maioria dos inquiridos, 76,92%, consome frequentemente leite e/ou derivados.

Acerca do consumo semanal de carne e peixe, verificou-se que quatro dos inquiridos afir-maram não consumir carne semanalmente. Contudo, de uma forma geral, o consumo de carne é superior ao de peixe (a maior parte dos formandos revelou consumir peixe duas/três vezes por semana, e carne três/quatro vezes por semana). É importante salientar que ainda existem valores elevados para consumos de sete e oito refeições de carne semanais.

O estudo do consumo semanal de fritos, co-zidos e grelhados revelou que, de uma forma geral, às refeições os formandos optam por grelhados e seguidamente a preferência recai sobre os cozidos.

Relativamente ao consumo mensal de “fast--food” a maioria dos adultos (29) afirmou que nunca consume este tipo de refeições, enquanto que, os restantes consomem entre duas a três vezes por mês.

Quando questionados acerca do consumo diário de bolos, 89% dos alunos diz não con-sumir bolos diariamente. Esta tendência não é tão linear no que diz respeito ao consumo de chocolates e/ou guloseimas, já que apenas 9,28% afirma nunca consumir estes produtos e a maioria, isto é, 72,31% afirma consumir frequentemente.

Mediante a análise dos gráficos representa-tivos dos hábitos alimentares dos formandos da escola, podemos concluir que, de uma forma geral, têm hábitos alimentares equilibrados, cumprindo as recomendações da Direcção Geral de Saúde, representadas na Roda dos Alimentos.

Autores: Formandos do Curso EFA- NS 5Orientação: Formadoras de STC

Colaboração: Mediadora do Curso

uma experiência: adoptar amar

inquérito

como vão os hábitos alimentares dos formandos dos cursos efa e cno?

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O Pregão Abril - Junho de 2010

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Notícias

No passado dia 10 de Maio, foi apresentada, na nossa Escola, uma palestra sobre o exército português por um grupo de alunos do 12.º na (CT5), no âmbito da área curricular não discipli-nar Área de Projecto, no Anfiteatro1.

Os alunos do grupo em questão afirmam que a escolha deste tema está relacionada com o seu interesse em conhecer mais e melhor sobre o quotidiano do Exército e o que é necessário para entrar no mesmo.

Para a apresentação deste projecto os alunos contaram com a presença de quatro figuras pro-eminentes do Centro de Recrutamento de Braga. Um militar pára-quedista, um militar dos Coman-dos, um da militar da tropa normal e um Tenente--Coronel do ramo de Transportes.

Na palestra houve uma pequena introdu-ção dos alunos, com apresentação multimédia, na qual fizeram referência a vários aspectos do quotidiano militar, sobre o que é necessário para entrar no Exército e, ainda mais importante, ex-plicaram três categorias das forças especiais.

Seguidamente, os militares e o oficial (princi-palmente) tomaram a iniciativa de aprofundar a introdução feita pelos alunos e desfazer bastan-tes dúvidas dos presentes.

Segundo os alunos presentes (o Anfiteatro 1 estava à pinha), a palestra teve um excelente fun-cionamento e uma organização fantástica!

Os alunos do CT5

Hugo Freitas; António Capelão; Júlio Machado

a vida no exército

uma experiência: adoptar amar

No âmbito do Tema “Pobreza e exclusão social” os alunos do 11º LH1 do Curso de Línguas e Humanidades, realizaram uma visita de estudo à instituição ” Lar de Santa Estefânia”.

A instituição, que acolhe crianças e jovens com idades compreendidas entre os 6 meses e os 18 anos, proporcionou-nos uma visita guiada à zona mais privada da grande casa: aos aposentos das crianças, cozinha, salas de lazer, de estudo, refeitório, etc.

Seguidamente deslocamo-nos, a pé, acompanhados por cerca de 20 crianças e adolescentes que vivem nesta casa, para o parque da cidade. Interagi-mos em jogos desportivos e conversamos sobre as suas aspirações, alegrias, dramas e anseios. Posteriormente assis-timos a um jogo de juniores de Basquetebol no Pavilhão do Vitória Sport Club.

Depois de distribuído o lan-che, regressamos ao lar onde a professora de dança nos surpreendeu com activida-des lúdicas, fazendo com que todos participássemos nesse momento de convívio e festa: freiras, professoras, alunos, utentes do lar, todos dança-ram com alegria, sem distin-ções nem exclusões. Na realidade, a integração foi total.

Todos os alunos envolvidos referiram que se tratou um momento único nas suas vidas, que mo-dificou a sua maneira de ver como se enfrenta a vida numa instituição de solidariedade social. Nada será igual, na nossa visão sociológica do mundo, a partir daquela visita. São emoções e momentos ímpares, difíceis de descrever, mesmo por quem os viveu.

Turma 11º LH1

visita de estudo

lar de santa estefânia

Alegria e inclusão no Lar de Sta Estefânia

Quando ainda não tinham terminado as aulas, os alunos da turma CT2 do 11º ano, combinaram realizar uma festa de “despedi-da” ao seu colega de turma, Peter Andersen. Afinal, este jovem estudante, oriundo da Dinamarca, conviveu com eles durante um ano lectivo. Poucos foram os alunos desta escola que não ouviram ou falaram com o Peter: jovem de trato fácil, muito responsá-vel, sempre pronto a participar em todas as actividades.

O dia 22 de Junho chegou, dia em que terminaram, para eles, os exames nacionais da primeira fase. Estavam todos convidados, professores e alunos. Dirigimo-nos à casa da colega anfitriã, Ana Freitas, à “Casa da Cabeças”, local escolhido para a patuscada, onde éramos aguardados pelos restantes alunos. Quando lá chegámos, os frangos já se encontravam estendidos ao sol quente das brasas. O creme que fizeram deslizar na sua pele dava-lhes um ar bastante apetito-so. A chegada do Peter foi, como se previa, muito calorosa. Os jovens largaram os seus postos, esqueceram-se do que estavam a fa-zer e começaram a dar atenção ao jovem de Oersted. Começaram a jogar basquetebol e, antes que os frangos tostassem, os profes-sores, sob pena de permanecerem de barriga colada às costas, foram obrigados a arrega-çar as mangas e a continuar o trabalho. Ain-da a churrascada estava a meio e já todos os jovens mergulhavam, felizes, nas águas mor-nas da piscina. Antes que a festa terminasse, cantou-se os “Parabéns a você” à menina Cátia que completava, nesse dia, 17 anos, aniversário que, com toda a certeza, nunca esquecerá. A horas que não podemos revelar tivemos que levar o Peter a casa. Curiosa-mente, não houve choros nem lamechices. Apenas os abraços e beijos de um “Ficamos à tua espera …”. Na viagem para Pevidém, local onde viveu durante este ano, o Peter revelou-nos: “Vou estranhar muito quando estiver na Dinamarca e não tiver ao meu pé esta gente maravilhosa que aprendi a gostar e a partilhar os meus sentimentos. Obriga-do Escola que me acolheu. A minha mãe (de acolhimento – leia-se) repetiu-me várias ve-zes “És um menino cheio de sorte.”, e sou efectivamente”.

Professor Manuel Pinto, Director de Turma, do

Peter Andersen

uma patuscada para o peter

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14Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão

“Bastidores de Guimarães” é o nome do nosso projecto, realizado durante o ano lectivo 2009/2010, no âmbito da disciplina de Área de Projecto (AP).

Planificámos e elaborámos um documentá-rio de 30 minutos, que teve como objectivo mostrar à comunidade vimaranense o dia-a-dia dos trabalhadores que dedicam a sua vida à manutenção e funcionamento dos monumen-tos, instituições e ruas da nossa cidade.

Durante a realização deste documentário ti-vemos a oportunidade de entrevistar e conse-quentemente passar a conhecer: o Sr. Machado – empregado de mesa do Café Milenário; o Sr. Freitas – gerente da Pastelaria Clarinha; a Dr.ª Marta - do Centro Cultural Vila Flor; o Sr. Mi-guel – guarda do castelo de Guimarães; o Sr. Flá-vio e a D. Lurdes – técnico superior e auxiliar de limpeza, respectivamente; o Sr. Matos – jardi-neiro da cidade; o Sr. Jorge – cantoneiro da cida-de, e ainda o Sr. Pedro – engraxador no Toural.

Assim, no domingo, 6 de Junho, pelas 21h, no Café Concerto do Centro Cultural Vila Flor, foi o culminar deste nosso projecto através da apresentação pública do documentário que contou com a presença de muita gente, no-meadamente dos nossos pais e encarregados de educação; do nosso professor de AP, Carlos Félix, do fotógrafo que muito nos ajudou e de um representante da Câmara Municipal.

Foi um projecto inovador que associou a atribuição de Capital Europeia da Cultura, em 2012, aos “bastidores” desta cidade.

Deste modo, temos para nós, que conse-guimos atingir as elevadas expectativas que formulamos, cumprimos com os nossos objec-tivos e, sobretudo, conseguimos surpreender--nos. Foi um projecto bastante interessante que tivemos todo o gosto em realizar.

12º CT5: Ana Martins; Ana Rita Martins ; João

Cardoso ; Patrícia Leite; Tiago Lourenço

Notícias

Nos dias 15 e 16 de Abril, na sala de estudo, da Escola Secundária Martins Sarmento, o grupo de Biologia e Geologia promoveu mais uma edição da “Feira de Fósseis, Rochas e Minerais”, dirigi-da a toda a comunidade educativa. Foram divul-gados vários tipos de rochas, fósseis e minerais cultivando-se, assim, o gosto pela Geologia. Esse gosto resulta quase sempre da atracção desper-tada quer pelas formas cristalinas dos minerais, suas cores e brilhos, quer pela grande beleza des-tas amostras representativas das eras geológicas mais marcantes da história da Terra.

Desse interesse nasce, por exemplo, a curiosi-dade pelo nome, composição, origem, aplicação, principalmente sob a forma de adornos também presentes nesta exposição.

Com este evento pretendeu-se sensibilizar a comunidade educativa para a riqueza do planeta Terra e despertar o interesse dos alunos para o estudo da Geologia, Mineralogia e Paleontologia uma vez que facultou a troca de conhecimentos geológicos entre estes e os professores respon-sáveis pela Feira, relembrando conceitos já lec-cionados nas aulas. Foi ainda possível dinamizar

a componente sociocultural da escola e angariar fundos para a aquisição de materiais didácticos úteis para a leccionação de Geologia dos 10º e 11º anos dos cursos de Ciências e Tecnologias.

Esta iniciativa revelou-se um sucesso pois teve uma grande adesão por parte da comunidade es-colar. O grupo agradece a colaboração de todos e deixa a promessa de uma nova edição ainda du-rante este ano lectivo.

Prof. Elisabeth Mendes

Os grupos disciplinares de Biologia e Geologia e de Física e Química levaram a cabo, no dia 26 de Março, uma nova edição dos Laboratórios abertos ao 1º ciclo, contaram com a participação de cerca de 100 alunos das escolas “Colégio Nossa Senho-ra da Conceição” e “EB1 Oliveira do Castelo”.

Esta actividade constituiu para os mais novi-nhos um espaço de oportunidades para expe-rimentar, mexer, questionar e descobrir. Neste sentido, a iniciativa foi um verdadeiro sucesso.

Fazer pega-monstros, observar células do seu próprio epitélio bucal, simular a actividade explo-siva de um vulcão, em que se mistura a ciência com a diversão, foram o ponto forte deste even-to. Nestas idades tudo é entusiasmo, sendo mui-to gratificante para os dinamizadores a realização deste tipo de actividade, pois as crianças manifes-tam uma enorme curiosidade e interesse por tudo o que são experiências.

Esta iniciativa contou, ainda, com o empenho dos alunos das turmas 11ºCT2, 11ºCT3, 12ºCT3 e 2ºPAL, no papel de monitores (fizeram e orien-taram as experiências ) e dos professores das áre-as disciplinares de Biologia e Geologia e Física e Química como supervisores.

Pretendeu-se, com os “Laboratórios abertos ao 1º Ciclo”, motivar os alunos desde cedo para as áreas das ciências, promover a ciência e a tec-nologia que se desenvolvem actualmente neste estabelecimento de ensino, consciencializar alu-nos e professores da importância do trabalho experimental na aprendizagem das ciências e proporcionar visitas guiadas aos laboratórios da Escola Secundária Martins Sarmento.

Prof. Elisabeth Mendes

exposição e feira

feira de fósseis, rochas e minerais

documentário

bastidores de guimarães

curiosidades e experiências científicas

laboratórios abertos ao 1º ciclo

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O Pregão Abril - Junho de 2010

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O Projecto do Desporto Escolar da nossa Escola insere-se num ou-tro mais abrangente, através da sua intervenção pioneira na constitui-ção da Escola de Referência Des-portiva de Ar Livre de Guimarães (ERDAL). Este projecto, previsto para os próximos quarto anos, in-tegra-se no Projecto Educativo da Escola no sentido de dar continui-dade a todo um trabalho que vem sendo desenvolvido, pelas escolas envolvidas na ERDAL, através do Centro de Formação Desportiva de BTT (Bicicleta Todo Terreno). Por outro lado, vem acrescentar novas actividades, nomeadamente a Orientação e a Canoagem com o intuito de fomentar a prática de desportos de ar livre no Concelho de Guimarães, bem como o de promover e potenciar os recursos naturais da zona de inserção das escolas (Parque da Cidade, Colina Sagrada, Montanha da Penha, Ci-clo via Guimarães – Fafe e Barra-gem da Queimadela).

Neste âmbito, foi implementada a modalidade de natação, no sen-tido de oferecer aos alunos uma melhor preparação para superar os pré-requisitos exigidos pelas facul-dades de Desporto.

Conseguimos, ainda, alargar a oferta desportiva com as modali-dades de dança e futsal.

Em fase de projecto, já para o pró-ximo ano lectivo, está a possibilidade da criação do grupo de xadrez.

Este projecto vem colmatar uma lacuna existente na região, ofe-recendo, assim, um conjunto de práticas desportivas não conven-cionais, de uma forma sustentada, na exploração e preservação dos recursos naturais existentes, bem como contribuir para uma dinami-zação dos mesmos espaços. De-verá o projecto ser perspectivado como um instrumento de integra-ção dos alunos do 10º ano, de in-clusão e de promoção do sucesso

escolar, privilegiando os alunos que apresentem maior risco de insuces-so ou abandono, nomeadamente os alunos com Necessidades Edu-cativas Especiais. Pretende-se ofe-recer aos alunos um leque de acti-vidades que reflicta, e dê resposta, às suas motivações e interesses, contribuindo favoravelmente para o seu rendimento escolar.

De realçar, a preciosa e susten-

tada contribuição, na organização e dinamização da ERDAL -Guima-rães, dos alunos e professores do Curso Tecnológico de Desporto, bem como da Associação de Es-tudantes da Escola EB2,3 João de Meira. A concretização das activi-dades agendadas tem sido possível graças ao generoso contributo dos seguintes parceiros: Bike Zone, Fi-nibanco, Ass. Pais, Irmandade da

Penha, Vitalis, Tempo Livre (Com-plexo de Piscinas e Pista Gémeos Castro), Clube Náutico de Fafe, Vitória Sport Club e ACM.

O projecto prevê, ainda, um con-junto de estratégias e iniciativas no sentido de potenciar e diversificar as ofertas educativas, tais como: envolver os alunos do Curso Tec-nológico de Desporto na dinâmica de organização de eventos; pro-mover acções de formação para alunos (curso de arbitragens, curso de primeiros socorros - SBV); en-volver as associações de estudan-tes e encarregados de educação; comemorar dias temáticos (ex: Dia da Dança, Dia do Coração, Semana do Rugby); dinamizar a secção des-portiva do Jornal o Pregão; promo-ver um concurso interno articulado com a avaliação da condição física (MegaSprint e Mega Km) e respec-tiva divulgação; dinamizar estágios no final de cada período, criando oportunidades de ocupação dos tempos livres e convívio com alu-nos de outras escolas.

Foi também possível observar a junção de esforços na concreti-zação de actividades abrangentes como por exemplo: o 1º Sarau da Escola, realizado no Centro de Ar-tes e Espectáculos São Mamede e a colaboração com a Direcção Regional de Educação do Nor-te (DREN) para a realização do Mundial de Andebol Escolar, que constituiu um exemplo de parceria, encetada no âmbito da concretiza-ção de um projecto de dimensão internacional.

Saudações desportivas!

Prof. Ricardo Lopes

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Notícias

notícias desportivas

balanço e perspectivas

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16Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão

Notícias

Ao longo do segundo período esteve paten-te na sala de estudo uma exposição dedicada a Charles Robert Darwin (12 de Fevereiro de 1809 - 19 de Abril de 1882). Esta actividade surgiu na linha das comemorações do bicentenário do nas-cimento do naturalista britânico e dos 150 anos da publicação do livro A Origem das Espécies, obra fundadora da teoria da evolução. Darwin introduziu a ideia de evolução a partir de um an-cestral comum, por meio de selecção natural, ex-plicando, pela primeira vez, em pleno século XIX, a diversidade de vida no planeta Terra. Na sua viagem de cinco anos a bordo do navio Beagle (um navio da Armada Inglesa), Darwin aportou na Ilha Terceira e passou pela ilha da Madeira.

Revolucionário, excepcional e (in)contestá-vel! São talvez os melhores adjectivos que des-crevem Charles Darwin, o Homem conquistado pelo Planeta, que conquistou a atenção dos que nele vivem. Há 37 anos, o geneticista Theodo-sisus Dobzhansky escreveu: “Nada em biologia faz sentido excepto à luz da evolução”, longe de imaginar o efeito da sua imponente teoria (da evolução). Darwin ficaria, hoje, radiante ao constatar tudo o que ele próprio possibili-tou. Desde a manipulação de genes, à recente criação da vida artificial, os humanos alcançam uma etapa que até há bem poucos anos atrás considerariam utópica. Mas foi a capacidade de percebermos que tudo o que existe na natureza se encontra, de alguma forma, ligado a tudo o resto, e esta descoberta foi o maior legado que o naturalista inglês nos deixou. É essa ligação que não queremos que se perca, é essa ligação que o ser humano, por ter sido contemplado pela competência de racionalização tem o de-ver de assegurar. A ciência atinge, no início do século XXI, um patamar nunca antes alcança-do; em oposição assiste-se no mesmo tempo a uma apavorante perda da biodiversidade. Ironia ou não, é o próprio Homem que, com todas as suas atitudes irresponsáveis, compromete essa mesma diversidade biológica; o mesmo Homem que, 150 anos atrás, Darwin considerou ser um ramo da complexa árvore biológica, culminada num único ser vivo. Um só! Somos todos um só!

Ana Leite, 12º CT6

charles darwin

No passado dia 25 de Março de 2010 realizou--se uma recolha de sangue, organizada por um grupo de alunos do 12º Ano.

Esta recolha foi realizada no Laboratório de Biologia, onde compareceram com os seus servi-ços especializados o Instituto de Histocompatibili-dade do Norte e o Instituto Português do Sangue.

Digna de registo, foi a grande afluência a esta iniciativa, nomeadamente por parte de estudan-tes, funcionários, professores e de outras pessoas de fora da comunidade escolar. Obtivemos 38 ins-crições, 18 dádivas de sangue e 30 inscrições para o banco de dadores de medula óssea.

Estes resultados superaram as nossas expecta-

tivas o que nos deixou bastante satisfeitas com o nosso projecto “ Dadores de Sangue e Medula Óssea”, desenvolvido na Área Curricular não disci-plinar de Área de Projecto.

Este foi um projecto conjunto de um grupo da turma CT5 (Diana Gonçalves, Joana Freitas, Mar-ta Pinto e Sara Lopes) e de outro grupo da turma CT4 (Nuno Gomes, Rui Jorge, Patrícia e Luís) que contou com o apoio da Associação de Estudantes desta nossa Escola.

Alcançamos, assim, com agrado e sucesso um dos nossos principais objectivos: a motivação para a solidariedade.

12º CT5

recolha de sangue e medula óssea

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O Pregão Abril - Junho de 2010

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No passado dia 23 de Abril teve lugar a 1ª Sessão de Selecção Local do Parlamento Europeu dos Jo-vens da Escola Secundária Martins Sarmento. Esta iniciativa surgiu no âmbito do projecto PEJ: SMS 2009/2010 e foi dinamizado pelas alunas Ana Silva e Carla Pinto da turma 11ºCT5, e pelo Nuno Sousa da turma 11º AV1, sob a coordena-ção das professoras Ana Maria Sil-va, Carla Menezes e Graça Pacheco.

Este projecto integrou o Projecto Curricular da turma 11ºCT5 e visou, fundamentalmente, responsabilizar os alunos pela sua aprendizagem, fomentando o desenvolvimento de competências ao nível do saber ser e do saber fazer. Pretendeu-se, também, ajudar os alunos a cami-nhar no sentido de desenvolverem capacidades de gestão do tempo, tão necessárias em situações do seu quotidiano de estudantes.

A actividade foi proposta às dife-rentes turmas da escola, sendo os alunos convidados a inscreverem--se individualmente ou em grupo. Constituíram-se 7 grupos de tra-

balho, mas apenas 4 foram capazes de enfrentar o desafio ao apresen-tarem a sua moção para discussão e aprovação em Assembleia Geral.

A Assembleia Geral teve lugar no Paço dos Duques de Bragança, após uma manhã de trabalho, e en-volveu alunos do 10ºCT4, 11ºLH2, 11º LH3 e 12ºLH2. As diferentes

equipas apresentaram, discutiram e votaram moções nas mais diversas áreas. Fizeram-no numa atmosfera de grande civismo, demonstrando enormes capacidades de argumen-tação e, sobretudo, de criatividade e sentido crítico.

As moções foram apresentadas em língua inglesa, e durante o perí-

odo de debate os participantes uti-lizaram a língua inglesa e a france-sa, as línguas oficiais do Parlamento Europeu.

A equipa vencedora representava o Comité para os Assuntos Consti-tucionais (Comittee on Constitu-tional Affairs), e a sua moção ape-lava à tomada de medidas capazes de dar credibilidade aos jovens, dando-lhes oportunidades de se expressarem livremente. Esta equi-pa era constituída pelas alunas Ana Margarida Martins, Maria Caroli-na Amaral, Helena Amaral, Pedro Emanuel Teixeira e pelo Chair João Brandão.

Esta iniciativa só foi possível gra-ças à colaboração preciosa do Nú-cleo Regional do Parlamento Euro-peu dos Jovens. Contámos também com a cooperação da Câmara Muni-cipal de Guimarães, do Director do Paço dos Duques de Bragança e da Escola Secundária Martins Sarmen-to, assim como com o patrocínio de diversas instituições da cidade, das quais destacamos a Papelaria Ideal.

Prof. Ana Maria Silva

“Duelo Económico: Achas que conse-gues?” foi o mote para um encontro entre alunos das Escolas Secundárias Martins Sarmento e Francisco de Holanda. A ini-ciativa partiu de um grupo de alunos do 12º ano da Escola Secundária Martins Sar-mento, no âmbito da disciplina de Área de Projecto.

O concurso, realizado no dia 2 de Junho, na Escola Secundária Martins Sarmento visou apurar os conhecimentos dos alunos do 10º ano na área de Economia e prepa-rá-los para os exames, que se avizinham.

No final, a taça foi entregue a uma tur-ma do “Liceu”. Os alunos vencidos recebe-ram, no entanto, um livro de passatempos de Economia, concebido pelos alunos or-

ganizadores do concurso, «como prémio de consolação».

Após o terminus do concurso, os vence-dores mostraram-se satisfeitos com os re-sultados alcançados. «Que melhor conclu-são de projecto poderia pedir? O concurso correu plenamente, tal como tínhamos delineado e culminou um projecto com muitos meses de trabalho», analisou Luís André Costa, membro da organização. “Foram muitos meses de trabalho e muita dedicação e empenho, mas valeu a pena. Para ultimarmos este projecto, tivemos de dispender muitas horas”, completou Filipe Fumega, também da organização.

12º SE1: Diana Faria, Luís Costa, Liliana

Ferreira e Filipe Abreu

Notícias

parlamento europeu dos jovens - 1ª sessão de selecção

“duelo económico” - secundárias martins sarmento e francisco de holanda frente-a-frente

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18Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão

Espanhol

chiste poemas

el patito que quería ser un cantante famoso

Esto era una profesora que estaba pasando lista en clase.Dice la profesora:¿Rodrigo Jiménez?Dice el niño:¡Presente!Y así con todos...Llega al último y dice:¿Orlando Trigo?Y dice el niño:¡Me pica el ombligo!Y todos se reían...Y todos los días que pasaba lista eran igual....Ella pensó que como no pensara algo pronto sería horrible el ridículo que pasaría..Al día siguiente pasando lista..¿Trigo Orlando? Dice la profesora..Y dice el niño:¡¡¡Me sigue picando!!!

Va la profesora y les dice:- Hoy vamos a dar los tiempos. Clarina, yo digo una frase y tú me dices en que tiempo está. ¡venga! yo voy en bicicleta. -Ummm.... tiempo presente señorita.-Muy bien. Haber, si yo digo: yo buscaré novio. ¿Qué tiempo es?-Tiempo perdido, señorita.

Ésto es un andaluz que entra en un bar de Cataluña y pide una cerveza, a lo que el encargado le responde que son 1,55 euros.El andaluz paga 1,50 a lo que el encargado replica en catalán que faltan cinco céntimos.El andaluz, como si no lo hubiera escuchado, coge su chaqueta y se la está poniendo cuando el encargado le vuelve a decir en catalán que le faltan cinco céntimos.El andaluz vuelve a ignorarle y está saliendo por la puerta cuando al fin el encargado le grita:-¡Qué le faltan de pagar cinco céntimos!Y el andaluz responde:-Ya sabía que por cinco céntimos ibas a hablar español.

Esto es un borracho que va con su coche y le para la Guardia Civil y le dice:-Sople hasta que diga ya.Sopla y pone 3.45, dice el guardia:-Usted está muy borracho.Le enseña el alcoholímetro y ve 3.45. Dice el borracho:-Mierda, son las 4 menos cuarto mi mujer me mata!

La maestra le pregunta a Jaimito:-Si yo digo fuí rica, es tiempo pasado, pero si digo soy hermosa, ¿qué es?-Exceso de imaginación.

Como me gusta mirarteDespués de nuestras almas se abrazarY ver tus ojos brillantes amarmeSin conseguirme expresar

Tu intensidad me envuelve los sentidosNuestros mundos parecen perdidosEs algo solo mio y tuyoConsigo sentirte realmente mio

Fuiste aquél que me tocaste en el almaY conseguiste despertar mi cuerpo,Es mi verdadera almaTe quiero solo para míGracias por ser así.

Rafaela Mendes 10º LH3

Mientras estaba mirando la tele, Patito Celeste ha dado con los ojos en un programa en que toda la gente cantaba, entonces pensó:

_ ¿Por qué no puedo yo también ser un cantante como mis compañeros?Así decidió arreglarse, puso una ropa muy guapa y com mucho coraje

y esperanza fue para los estudios. Muy contento y perfumado iba por el camino cantando:

_ Soy el Patito Celeste y un cantante famoso seré, si vosotros me seguís todos irán ver.

Y con esta bella música, por donde pasaba su vecino, como el ganso y la garza que iban cantando y bailando com él, y así se fueron juntando muchos animales.

Pasaron por la casa del Señor Julio Grillo, un animal muy mal humorado, que cuando escuchó la cantoria salió de inmediato de su casa y viendo todo aquél alboroto dijo:

_ Mira, ¿qué es esto!? No quiero oír un solo ruído. !Van embora! _ dijo el grillo con rabia

El Patito entrestecido preguntó:_ Pero … ¿a usted no le gusta oírme a cantar ? _ y toda la gente paró

de repente._No, tu música a mí no me encanta, tú no me encantas, esa ropa no me

encanta y este ruído también no me encanta. _ respondió el Señor Julio.Celeste empieza llorando y todos los animales empiezan manisfestando

su rabia contra el Señor Grillo.Patito desolado, con sus lágrimas saladas va embora y canta un canci-

ón muy guapa y mientras el pueblo se manifiesta, oyen su melodia y se apasionan de inmediato, hasta el señor Grillo se queda conmovido com el sentimiento que le llena el corazón. Y de seguida empiezan todos can-tando la canción y Patito Celeste mira para detrás viendo el magnífico escenário, pone una gigantesca sonrisa en sus lábios y piensa:

_ ¡Qué maravilloso! Mi sueño se ha realizado, no soy el cantante más famoso del mundo, pero soy el más famoso de mi lago.

Cátia Castro 10ºLH3Prof. Vânia Faria

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O Pregão Abril - Junho de 2010

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Espanhol

Prof. Vânia Faria

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20Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão

sinto…

Sinto um formigueiro na barrigaComo pequenas borboletas juntasTodas a pousar no meu braço.

Pensar? Não vale a pena.Sentir? É o que eu mais quero.Sentir junto de mimO que distante está quando escrevo.Porque, quando sinto,Apenas quero sentir, aproveitar…Quando não sinto, escrevo,Escrevo para sentir O que sinto quando estou contigo.

Explicar? Para quê?Sinto e amoE isso para mim chega!

Tiago Fernandes - 3ºPTM

Há poesia em mim

Universo ESMS

a minha alma anoitece

Minh’alma brilha como o Solmas também se sente como a chuva.Tanto está alegreComo com o tempo se muda

O vento da noite Assobia ao meu ouvido,Sinto-o a abraçar-mePois também se sente sozinho

Ana Freitas - 3º PTM

chuva de sonhos

Até pode chover, pode até trovoarMesmo não gostandoTenho de andar debaixo delesPorque nem sempre o Sol vai nascerE poucas vezes se vai pôr.

Quando a noite cair,Eu vou também,Quero é sonhar,Para ir mais além.

AcordeiE o Sol não nasceu.Peguei no guarda-chuva,Pois hoje pode chover.

João Monteiro - 3ºPTM

Há-de-se observar Que as rochas mais comuns,Os basaltosTêm arranjo aleatórioO que não é notórioPois nos minerais, não dá para ver!Se ígnea vulcânica Vira rocha na superfície, A ígnea plutónicaNão chega aqui na planície,Gera gabro e o granitoPois o diabásio é um tipoMais próximo da superfície

Num mundo sem SolA chuva permaneceDeixa o mundo tristeE a vida se entristeceNão quero saber Nem tão pouco aprenderSó sei que nada seiE no que sei sou reiRei do meu mundo ocultoFeliz sem saberO porquê do existirE do conhecerA vida é muito mais felizSe só a viver por viver

Pedro Santos - 3ºPTM

Desde os primórdios do tempoQue o homem pensa, pensa…Não naquilo que pensaMas naquilo que sente.

E a vida corre,Corre e corre até ao presenteE o homem em que pensa?Pensa naquilo que sonha.

Hugo Freitas - 3ºPGSI

Que há de comum entre o ciclo das rochas e poesia ?Para quem vive neste planeta,E que pisa nesse chão,O ciclo das rochas Eu trago com admiração,Neste texto resumidoDo magma ao metamorfismoPassará por minha mão…O material rochosoQue vem de se fundirTransforma-se em magmaQue no vulcão vai fluir.De lava é chamadoE quando cristalizadoRochas Ígneas faz surgir!Nas áreas vulcânicas

O passado já lá vaiO futuro é imaginaçãoNão vamos pensar nem imaginarNo que passou ou vai passar.

Vamos viver um dia de cada vezPois só assim seremos felizes a valer!

Domingos Silva - 3ºPGSI

Coordenação Prof. Carina Matos

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O Pregão Abril - Junho de 2010

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Universo ESMS

Para quem vive neste pla-neta,E que pisa nesse chão,O ciclo das rochas Eu trago com admiração,Neste texto resumidoDo magma ao metamorfismoPassará por minha mão…O material rochosoQue vem de se fundirTransforma-se em magma Que no vulcão vai fluir.De lava é chamadoE quando cristalizadoRochas Ígneas faz surgir!Nas áreas vulcânicas Há-de-se observar Que as rochas mais comuns,Os basaltosTêm arranjo aleatórioO que não é notórioPois nos minerais, não dá para ver!Se ígnea vulcânica Vira rocha na superfície, A ígnea plutónicaNão chega aqui na planície,Gera gabro e o granito

Pois o diabásio é um tipoMais próximo da superfície!

Para continuar o cicloTrago detalhesSobre outra classe das rochasQue são as sedimentares.Frutos da erosãoPercorrem lugaresAntes de se depositaremE em rocha se tornarem!As sedimentares detríticas Como o argilito e o siltitoTêm o tacto macio,Diferente do arenitoQue é áspero e friávelMuito mais erodívelPerante os outros tipos.Conglomerado e brechasNão têm estratificaçãoMesmo assim são detríticasO que os calcários não sãoSão a calcite e dolomitaAs classes deste tipoSão químicas, com razão!A pressão e a temperaturaAgem prolongadamenteSobre o corpo rochoso

Nas profundezas do chãoCausam a transformaçãoDo material em questão.

O metamorfismo pode serDe contacto ou regionalMudando as estruturasDaquele material.É a recristalizaçãoDobra, foliação…A ardósia é a primeiraNo grau do metamorfismoDepois vem o filito,Que é anterior ao xisto.O gnaise é bandadoE o migmatito, ondulado…Qualquer das rochasEstá sujeita á alteração,Quando se trata de um cicloAberto á ocasião.Pois a natureza não erra,Quando compõe a Terra:É pura imaginação!

Sónia Correia, 12ºCT4

que há de comum entre o ciclo das rochas e poesia ?

poesia

a angústia de ser

Às vezes, sinto que nada muda em mim, que o mundo muda mas que eu não acompanho. Simplesmente… não acompanho. Tudo muda e eu permaneço.

Às vezes, sinto que não pertenço a este mundo. Sou diferente, não mudo! Tudo muda e eu permaneço.

Às vezes, o mundo desaba em mim, mas eu permaneço, não me altero! Tudo muda e eu permaneço.

Às vezes, sou como se não fosse, vivo como se não vivesse, morro como se não morresse. Tudo muda e eu permaneço.

Às vezes, escrevo por escrever, outras escrevo para recordar, hoje escrevo para sentir! Sentir que tudo muda. Mas que nada mudou. Sou a mesma após tanta mudança. Tudo muda, menos eu. Sou como sou, não como me querem, não sou como devo ser! Sou o que sou e nada se altera.

Helena Freire (Fevereiro 2010)

song

“rochas, pedras e calhaus”

Rochas...Pedras...Calhaus...

Rocha, Pedra, Calhau!Rocha, Pedra, Calhau!

Calhaus sedimentares,Magmáticos e metamórficos... (x2)

É o ciclo das RochasQue as guiaráSobre a Terra e o MarO Subsolo e o Ar

Até se formaremOu até se sedimentaremNeste ciclo,Neste ciclo sem fim...

A cor, o brilho e a durezaSão parte dos mineraisE é com muita certezaQue há muitas maisQue as propriedades física e químicaPois por de trás de uma rochaHá um passado infinitoQue iremos descobrir

Longe de tudoMas perto de nósEstão muitas respostasAtravés dos fósseis “avós”Magma, detritosCalor e PressãoA s’tora de Biologia (/Inglês/Eurico)É a nossa paixão...É assim!

Pode ser ouvida em http://www.myspace.com/

nunoecaty

Lyrics: Caty Rodrigues, Nuno Meneses, Lisga Fernandes, Daniel NovaisPiano (medley): Nuno MenesesVozes: Caty Rodrigues, Nuno Meneses, Lisga Fernandes, Daniel Novais

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22Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão

Multimédia

Raymond Loewy

O homem que desenhou a América

Raymond Loewy, um homem de negócios, um educador, um ilustra-dor, um escritor e, acima de tudo, um dos designers mais famosos e influentes da História, sendo por muitos considerado o pai do design industrial.

BiografiaLoewy nasceu em Paris, em

1893, onde estudou e obteve uma graduação em engenharia. Entre 1914 e 1918, durante a Primeira Guerra Mundial, esteve ao servi-ço do Exército Francês. Em 1919 emigrou para a América, manten-do sempre uma casa em Paris. Nos seus primeiros anos nos Estados Unidos, Loewy trabalhou como designer de montras em lojas como a Macy’s e a Saks Fifth Avenue, e teve também sucesso como ilustra-dor de moda para revistas como a Vogue e a Harper’s Bazaar. Loewy iniciou a sua carreira no design in-dustrial em 1929, quando Gestet-ner, um fabricante de máquinas de copiar, encarregou-o de melhorar a aparência da sua Mimeograph Machine. Em três dias Loewy dese-nhou o exterior que iria revestir os duplicadores de Gestetner durante

os 40 anos seguintes. Este foi o pri-meiro de inúmeros objectos criados por Loewy através do streamlining, isto é, através da linha fluida e aero-dinâmica, no uso da qual Loewy foi o pioneiro. Foi também neste ano que fundou, em Nova Iorque a Ray-mond Loewy, William Snaith, Inc.. (mais tarde Raymond Loewy Inter-nacional). Durante toda a sua vida, a empresa de Loewy trabalhou para inúmeras empresas públicas

e privadas, e o seu design teve um impacto muito grande no conforto material do homem. Foi respon-sável pelo design de produtos que vão desde carros, navios, aviões, edifícios a objectos do quotidiano como frigoríficos, fogões, escovas de dentes… seguindo sempre a má-xima “beauty through function and simplification”. Em 1930 tornou-se consultor da Hupp Mottor Com-pany, uma empresa de automó-veis. Muitos dos carros que Loewy desenhou são hoje considerados clássicos, como o Studebaker Star-liner Coupé, de 1953 e o Avanti de 1963. Em 1961, Loewy começou a trabalhar para a Pennsylvania Rail-road. Recorrendo sempre ao stre-amlining, Loewy desenhou e fez o restyling de várias locomotivas de passageiros e criou o design do interior das carruagens e estações. Em 1952 fundou a Compagnie de I’Esthetique Industrielle em Paris. De 1967 a 1973 foi consultor da NASA para os assuntos da habitabi-lidade dos projectos Saturn-Apollo e Skylab, desenhando o interior das naves espaciais. Loewy considera este projecto “o mais importante e gratificante” de todos os que re-

alizou. Nos anos 70, Loewy vendeu os seus escritórios em Nova Iorque e transferiu a sua base para a Euro-pa, reabrindo a sua firma, Raymond Loewy Internacional em Friburgo, na Suíça. Raymond Loewy mor-reu no Mónaco, a 14 de Junho de 1986, com 92 anos.

ProjectosOs carros Studebaker Champion,

Commander, Starliner e Avanti; as locomotivas K4s, T1, S1 e GG1 da PRR (Pennsylvania Railroad); o interior das naves espaciais Saturn I, Saturn V e Skylab; o interior do Concorde da Air France; uma linha de frigoríficos, fogões e congelado-res para a Frigidaire, os logótipos da Greyhound; dos Serviços Postais dos EUA; da Shubb, da Shell; da BP, da Exxon e da Hoover; o redesign da garrafa da Coca-Cola; a emba-lagem dos cigarros Lucky Strike; o mimeógrafo de Gestetner. Estas são algumas das criações de Loewy, muitas das quais presentes no nos-so quotidiano.

http://users.fba.up.pt/sebenta_wiki/Raymond_Loewy_

(texto adaptado por Prof. José Faria)

Raymond Loewy, um homem de negócios, um educador, um ilustrador, um escritor e acima de tudo um dos designers mais famosos e influentes da História, sendo por muitos considerado o pai do design industrial.

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O Pregão Abril - Junho de 2010

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Loewy teve um papel muito im-portante na promoção da profis-são de designer, mostrando os benefícios práticos da aplicação de um design funcional. Como o próprio afirmou, o bom design dos produtos torna-os maiores suces-sos de mercado, reduz os custos de produção, melhora o prestígio dos produtos, aumenta os lucros da empresa, beneficia o cliente e aumenta o emprego.

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24Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão

Individualidades

Leonardo de PisaMatemático

Fibonacci: 1180-1250

Por influência e necessidade do pai, cedo se iniciou nos negócios, em particular, nos cálculos.

Leonardo estudou sob a orientação de Mestres Árabes, que lhe transmitiram mui-tos dos conhecimentos que possuíam. Fez inúmeras viagens mercantis pelo Egipto, Síria, Sicília, Grécia, entre outros, e no con-tacto com esses centros de cultura tornou--se o matemático mais destacado na Euro-pa Medieval, dito como o primeiro grande matemático europeu depois da decadência helénica.

Pôs em relevo uma ideia que é bastante actual: a Aritmética e a Geometria estão estritamente ligadas e apoiam-se mutua-mente. Estudou também as operações ele-mentares com números naturais, a decom-posição de números em factores primos, a divisibilidade, etc.

Em 1202 redigiu a obra que o celebrizou “Liber Abaci”, na qual aparece o famoso “Problema dos Coelhos”, que inspirou mui-

tos outros matemáticos, cujo enunciado era: “Quantos casais de coelhos se obterão ao fim de um ano se, começando com um só casal (e não morrendo nenhum), cada um dos casais reproduz, em cada mês, um novo casal, o qual se torna reprodutor a partir do segundo mês da sua existência?” (proposto por Mestre Giovani de Palerma, da corte de Frederico. A resolução deste problema originou uma sucessão de núme-ros que se chama “Sucessão dos números de Fibonacci”: 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21… (Os dois primeiros números da série são iguais a 1 e os restantes dão a soma dos dois que o antecedem.)

Bibliografia: Galeria de Matemáticos, 1991; “Mathemats – Altuman Endeavor” - Marin

Gardiner; Struk, Durk J. – “História Concisa dos Matemáticos”; Gradia, 1989

Realizado por: Ana Mota; Carla Freitas; Pedro Marques; Susana Silva; Tatiana Brandão;

12ºCT3

Leonardo nasceu em Pisa, em data incerta, mas por volta de 1180. Era filho de um comerciante de nome Guglielmo Bonaccio ficando, por isso, mais conheci-do por Fibonacci (filho de Bonaccio).

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O Pregão Abril - Junho de 2010

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Universo ESMS

chá com livros: desafio superado com distinção!

biblioteca

semana da leitura 2010

No âmbito do Contrato de Lei-tura três alunas foram convidadas pela sua professora de Português a participar na sessão “Chá com li-vros”, no passado dia 18 de Março, para apresentação da obra “Histó-ria de uma Gaivota e do Gato que a Ensinou a Voar” de Luís Sepúl-veda, a ter lugar na Biblioteca da Escola que promovia a Semana da Leitura.

Ao princípio, este convite foi considerado um enorme desafio. Contudo, no final, as opiniões mu-daram… Aqui ficam os seus teste-munhos!

«O convite, para a apresentação do livro “História de uma Gaivota e do Gato que a Ensinou a Voar” de Luís Sepúlveda, foi-nos feito no final de uma aula de Português, e surgia no contexto da iniciativa “Chá com livros”, que ocorreu, na semana dedicada à Leitura, pro-movida pela Biblioteca.

Num primeiro impacto, não estávamos com muita coragem para aceitar o convite da profes-

sora Genoveva Lima, no entanto, sabíamos que esta experiência iria contribuir para aumentar as nossas aptidões ao nível cultural e pessoal. Acabámos, então, por aceitar o desafio!

Chegou o dia da apresentação. Estávamos agitadas e ansiosas. Todavia, no decorrer da apresen-tação o nosso nervosismo foi-se dissipando, pois fomos contando com o apoio que a nossa professo-ra nos ia dando.

Sob nosso ponto de vista, a apresentação desta obra de Luís Sepúlveda correu muito bem, pois pensamos que conseguimos ca-tivar a audiência e levá-la a inte-ressar-se pela leitura do livro. Foi igualmente interessante aperce-bermo-nos das diferentes visões/opiniões que se iam apresentando a propósito deste livro. Aquilo que aparentava ser uma história para crianças, afinal encerrava ensina-mentos bem sérios e adequados a qualquer idade…

Depois da tensão passada… so-

mos da opinião que iniciativas desta natureza deveriam ser rea-lizadas de forma mais frequente, pois constituem para um grande incentivo à leitura! Atrevam-se!»

No final da sessão foi servido

um chá, acompanhado por uns deliciosos biscoitos em forma de gaivota e de gato, confeccionados pela turma 1º PR.

Joana Ribeiro (10º CT6), Lídia Castro

(1º PR) e Vera Mendes (1º PAL)

No âmbito do PNL (Programa Nacional de Leitura), decorreu na biblioteca da escola, de 15 a 19 de Março, a Semana da Leitura. Foi uma iniciativa destinada a “celebrar e incentivar o prazer de ler, com a realização de múltiplas actividades festivas que promovam a leitura e o encontro entre os livros e os seus leitores, apelando à participação e mobilização de todos na promoção da leitura: escolas, famílias, biblio-tecas, associações (…).”

Com um programa repleto de ac-tividades, assistiu-se a declamação de poesia pelos alunos, apresen-tação de livros por professores e alunos, a um encontro com um es-critor, à leitura de textos em vários sotaques no domínio mais vasto da lusofonia. Para o público adulto,

realizou-se uma sessão destinada a pais e encarregados de educação sobre os benefícios da leitura, pro-curando sensibilizar todos e cada um para a importância do acto de ler na infância, pois o alargamento e aprofundamento dos hábitos de leitura depende do esforço de to-dos.

Sendo a população escolar o pú-blico privilegiado do PNL, a edu-cação e a leitura caminham a par, pretendendo-se novos usos, for-mas e modos de leitura. As práti-cas de leitura no século XXI visam responder aos desafios colocados pela Sociedade da Informação e do Conhecimento, por isso, os modos tradicionais de leitura já não são suficientes para responderem a esses desafios. Formar jovens para

lidarem com o fluxo crescente de informação, significa dotá-los das literacias múltiplas para adquirirem conhecimentos e para alimentarem a imaginação, tornando-se cida-dãos críticos e activos e profissio-nais competentes, com níveis mais elaborados de literacia.

A leitura é uma das capacidades mais importantes do ser huma-no, sendo que, dominar a leitura é condição essencial de autonomia e sucesso na vida. Os bons leitores têm mais sucesso na escola e na vida, para além do que, ler bem e depressa torna o estudo mais fácil e produtivo.

Prof. Cristiana Lopes (professora bibliotecária)

A leitura é uma das capacidades mais importantes do ser humano, sendo que, dominar a leitura é condição essencial de autonomia e sucesso na vida. Os bons leitores têm mais sucesso na escola e na vida, para além do que, ler bem e depressa torna o estudo mais fácil e produtivo.

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26Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão

Universo ESMS

“In my journal I am going to tell you about my trip to England. It was fantastic. We stayed at separated houses and visited lots of attrac-tions learning about the great country that is England. In most of the attractions we had clas-ses with our teacher Ashleigh Bodell because we were there also to learn and practice our En-glish so we were enrolled in a school in England that was called “Language in London”.

First we all got together at the airport in Por-to to catch the plane to England. It was a very boring trip. When we arrived we first needed to find our way to the school and after we saw the stores of Oxford Street.

Then, as it was becoming late we went to our Host families’. Mrs. Shereen Shah and her dau-ghter were very kind to us and we (Me, Gonça-lo, and Victor) returned her efforts by not being much of a pain to her and being very polite.

IN the second morning we went with the school to the WELLCOME COLLECTION with the theme of a collector that was a little piece of the world. In the afternoon we went to Ma-dame Tussaud’s museum, a wonderful museum with everything since Disney’s sculptures to the evil Nazi world ruled by Hitler.

IN the third day we went by train to the Lon-don Museum where we saw many antiques and articles about London history and majesty. We also did a work about the antiques of the mu-seum that was proposed to us by Ash. In the afternoon we went to the majestic tower of London where we saw the crown jewels and the immense museums.

IN day four we went - like every day - by tube

to the Science museum where we saw the evo-lution of science since its beginning and where it is now. We also rode a space travel simulator that was fantastic. In the afternoon we went to the famous National History Museum of Lon-don. It was amazing and we saw the size and shape of the Pre-historical beasts and the mo-dern animals.

In day five we went to the massive Camden Market where we spent lots of money shopping around and interacting with the local people. Camden Market is one of the most well - known places of London and for that it was a big cor-nerstone in my mind.

IN day six we went to the Imperial War Mu-seum with our teacher Ash. In that day we had to choose an article and analyze it. In the after-noon we went to see and discover the zone of the Big Ben, The London Eye, The Houses of Parliament, Westminster…

IN the seventh day we went to the Tate Mo-dern Gallery where we saw contemporary art and had a class in which we needed to choose an item that symbolized Portugal. In the after-noon we visited other London places like Soho, China Town and Covent Garden.

Day eight was the last day. We went to our school where we received our certificates and in the afternoon we went to the airport and we came back to Portugal.

It was a fantastic trip that I can recommend to anyone.”

My journal, by Raúl Martins

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Universo ESMS

“Consideramos que a nossa viagem a Londres, Inglaterra, correu com bastante sucesso, quer do ponto de vista pedagógico como didáctico. Na nossa opinião, termos ficado em famílias foi uma mais-valia pois, assim, treinámos mais a Língua e ficamos a conhecer alguns hábitos e costumes da cultura Inglesa. Achamos que foi uma oportunidade única. Gostamos muito da cidade e consideramos alguns dos museus que fomos visitar muito interessantes. Gostaríamos que mais actividades lúdicas com carácter peda-gógico se repetissem nas nossas escolas”

Margarida; 10º CT4 - ESMS e Filipa, 11º - ESFH .

“7 de Abril. Quando tudo começou. Olhando para trás parece tudo tão inacreditável! A semana idealizada, a experiência nunca tida, as pessoas que nunca havia conhecido! Foi uma semana de “loucos”, as correrias para apanhar o metro, a correria para não chegarmos atrasados às aulas, a correria para termos tempo de irmos a todos os lugares que queríamos, enfim… Uma semana a não esquecer!Esta viagem proporcionou-me momentos úni-cos, proporcionou-me cultura de uma forma tão subtil e tão eficaz, proporcionou-me amigos novos com os quais vou sempre manter contac-to. A semana, aquela curtíssima semana foi só o início de algo muito maior! ( :14 de Abril. Quando, para mim, o país mudou mas nada acabou.Olhando para trás parece tudo tão inacreditável! A semana realizada, a experiência tida, as pesso-as que nunca haverei de esquecer!Foi uma viagem de sonho. Foi “A” viagem de so-nho! Foi a “MINHA” viagem de sonho!”

Helena, 11º LH3

“Poderá dizer-se que em Londres temos de ser cidadãos do mundo, tendo então vivenciado uma experiência única. A organização e o bom grupo de alunos envolvidos, fez desta uma viagem animada e interessante. A título mais pessoal, esta visita fascinou-me, não só pelas situações que vivi e tive de encarar, mas como também pelas coisas que pude visitar e que aprendi, o que contribuiu para um maior enri-quecimento cultural de minha parte e um modo de pensar um pouco diferente aquando da par-tida”

Gonçalo Castro, 11º LH1

“Posso dizer, sem exagero algum, que esta via-gem mudou a minha vida, a maneira como vejo as pessoas agora é totalmente diferente.Queria também aproveitar para agradecer à pro-fessora Carla, pois foi ela que nos proporcionou esta fantástica viagem.Foi a primeira vez que fui a Londres e adorei tudo. O grupo também foi espectacular.Por fim, a palavra que mais caracterizou a via-gem foi a seguinte: AWESOME!”

Vítor Lopes, 11º LH1

“Visita de estudo a Londres… Foi, sem dúvida alguma, absolutamente espectacular. Desde a chegada ao aeroporto do Porto para iniciarmos a viagem, até ao nosso regresso. Adorei o tem-po que lá estive. Aprendi imenso em cada um dos museus e não só: o facto de ficarmos em casas de famílias fez com que tivesse de perder algum do receio que tenho em falar Inglês. Tudo foi óptimo!

Ana João, 11º CT1

“Na minha opinião, a viagem a Londres foi ex-tremamente enriquecedora. O programa de estudos no qual fomos inseridos “Cultural Ex-perience”, na escola Language in London era muito divertido e interessante pois todas as au-las foram leccionadas em vários museus, onde

tínhamos o privilégio de podermos ver exposi-ções magníficas enquanto desenvolvíamos as nossas capacidades e os nossos conhecimentos a nível da Língua, bem como a nível cultural. O facto de termos ficado em casas de famílias re-sidentes em Londres permitiu-nos convivermos com estudantes de outras culturas que também ficavam nessas casas, bem como nos deu a opor-tunidade de desenvolvermos a nossa linguagem mais casual. Adorei a viagem e, a acrescentar, só tenho mesmo que referir a nossa professora em Londres, Ashleigh, que foi muito dinâmica, e a óptima companhia da professora Carla Menezes que se mostrou sempre disponível e nos ajudou no que pode”

Sara Sousa, 11º CT1

“Na minha opinião, a visita de estudo a Londres foi uma experiência óptima porque, para além de conhecer um novo país, novos costumes e novos locais, dos quais destaco o Big Ben, a Torre de Londres, o Museu de História Natural, entre outros, ajudou-me a desenvolver a mi-nha capacidade comunicativa a nível do Inglês, sobretudo através das aulas e da comunicação com as famílias. Em relação à família de acolhi-mento, esta era bastante , simpática e sociável. Concluindo, adorava que esta fosse uma experi-ência a repetir”

Rafaela, 11º CT1

“Para mim, a viagem a Londres foi espectacu-lar. Logo a começar pelo nosso magnífico grupo. Tivemos imensas experiências, mas a que mais me marcou foi logo no 1º dia, em que tivemos que andar hora e meia a pé para encontrarmos a nossa casa. Os nossos “pais” foram bastante acolhedores e simpáticos. De todos os locais que visitamos, gostei, em particular, do Museu de Cera, do Museu de História Natural e do Big Ben. Em suma, penso que esta viagem foi muito proveitosa, tanto a nível linguístico como de co-nhecimento cultural. Londres Forever!”

Paula, 11º CT1

Other voices:

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28Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão

CNO

colóquio – “compostagem doméstica”

No passado dia 23 de Fevereiro, o CNO Martins Sarmento promo-veu mais um colóquio na escola, desta vez, alusivo ao tema “Com-postagem Doméstica”. A iniciativa partiu da formadora da Área de Competências-Chave de Socie-dade, Tecnologia e Ciência, Prof.ª Marisa Azevedo, que pretendia com esta actividade sensibilizar os adultos para a importância da reali-zação de compostagem doméstica, promover a aquisição de novos co-nhecimentos sobre a valorização e tratamento de resíduos orgânicos e sobre o processo de compostagem. Para tal, convidou para oradora a Eng.ª Ana Lopes, licenciada em Engenharia Biológica pela Univer-sidade do Minho e actualmente monitora do programa Resíduos do projecto “Jovens, Ambiente e Cida-dania na Região Norte”, do Intervir +, Escola Superior de Biotecnologia – Universidade Católica Portugue-sa, que, amável e gratuitamente, se deslocou à nossa escola, num dia muito chuvoso, para nos falar so-bre este tema.

Entendemos verdadeiramente a importância compostagem domés-tica , um processo biológico de ex-trema importância ecológica, uma vez que reduz em 40% a quanti-dade de resíduos que produzimos, e dessa forma reduz a quantidade de resíduos que são encaminha-dos para aterros sanitários. Este processo permite ainda a redução de utilização de adubos químicos, uma vez que origina um fertilizan-te natural – o composto, extrema-mente benéfico para os nossos so-los e plantas.

Cerca de 60 pessoas assistiram ao colóquio, desde adultos do CNO que se encontram a frequentar processos de RVCC, a adultos dos Cursos EFA da nossa escola e de escolas vizinhas, assistentes ope-racionais e alguns professores da escola.

Os participantes mantiveram sempre uma postura muito atenta

e interessada durante o colóquio que, embora tenha sido realiza-do no final de um dia de trabalho, culminou com várias intervenções pertinentes feitas pelos mesmos. Para além de um panfleto sobre Compostagem Doméstica, os par-ticipantes tiveram também direito a um certificado de presença.

De uma análise posteriormen-te feita, pôde-se constatar que os mesmos ficaram bastante elu-cidados quanto à importância da Compostagem Doméstica, bem como do seu processo de con-cretização. Apenas uma pequena percentagem de adultos revelou dificuldades em classificar determi-nados resíduos como “verdes” ou “castanhos”. A maioria dos partici-pantes considerou que as questões abordadas neste colóquio foram do

seu interesse, que o colóquio foi de um modo geral muito interessante e que mais colóquios do género deverão ser realizados na escola, tendo sugerido mais temas da área de Saúde e Ecologia/Ambiente e Sustentabilidade.

Aproveitando a sugestão, os que gostaram podem e os que se inte-ressam por temas de ambientais e de sustentabilidade tiveram uma nova oportunidade de, no dia 5 de Maio, assistir a um colóquio sobre “Energias Alternativas e Recicla-gem”, também na Escola Secundá-ria Martins Sarmento.

A formadora de STC,Marisa Azevedo

Comentários de dois adultos, sobre o colóquio:

In “Portefólios Reflexivos de Aprendizagens”

Comentário 1:“No dia 23 de Fevereiro, fui a

um colóquio sobre compostagem doméstica e percebi que fazer com-postagem não é tão difícil como eu pensava.

(…) O local é uma das coisas mais importantes, pois convém que seja um local que dê sombra tanto no Verão como no Inverno e que não seja muito húmido. O recipiente tem que ter boa drenagem e o material orgânico não deve estar colocado directamente no fundo do mesmo recipiente porque assim o ar não cir-cula em baixo dificultando a decom-posição dos resíduos e consequente produção de composto. A mistura dos materiais também é importan-te pois tem de levar duas camadas distintas, e estarem alternadamente dentro do recipiente. Estas duas ca-madas são designadas por materiais verdes (fruta, legumes, relva, flores, folhas) e por os materiais castanhos (café, papel, cartão).

O arejamento é também impor-tante pois o composto não pode estar nem muito seco nem muito molhado e pode e deve-se revirar o conteúdo do composto para con-ferir a humidade. Se o composto estiver muito seco pode-se sempre regar para humedecê-lo.

Neste processo os insectos são muito importantes, mas as minho-cas são também organismos muito eficazes na formação do composto.”

José Leite GR10/SEC/09

Comentário 2:“(…) Muitas pessoas acreditam

que um bom composto é difícil de ser feito ou exige um grande es-paço para ser produzido; outras acreditam que é sujo e atrai ani-mais indesejáveis. Se for bem fei-to, nada disto será verdadeiro. Um composto pode ser produzido com pouco esforço e custos mínimos,

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O Pregão Abril - Junho de 2010

www.esmsarmento.pt

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trazendo grandes benefícios para o solo e para as plantas. Mesmo num pequeno quintal ou varanda, é pos-sível preparar o composto e, desta forma, reduzir a produção de resí-duos inclusive nas cidades.

Eu só fazia compostagem na casa do meu irmão. A partir do dia desta palestra, passei a fazê-la também em casa. Não a o fazia antes por-que desconhecia a possibilidade de se poder fazer compostagem num quintal de dimensões reduzi-das e com o solo revestido a arga-massa. Quando digo que faço no meu irmão, é porque ele tem um jardim com uma área aproximada de 1000m2, e eu, por norma, vou ajudá-lo a tratar do jardim. Há cer-ca de 3 anos resolvemos começar a compostar os resíduos do jardim, num pequeno espaço do terreno inutilizado com a cota elevada uns 3 metros de altura acima do jardim. A técnica que usámos até este mo-mento não era a melhor: colocáva-mos tudo num monte encostado

a um talude e bem apertado, sem o devido arejamento e sem ter o cuidado em pôr as camadas de ma-téria verde alternadas com matéria castanha. Estávamos aquém de um boa técnica de compostagem e é claro que agora vamos ter todos os cuidados técnicos para que o pro-cesso seja mais eficiente. Em casa fiz em madeira uma estrutura de compostagem (compostor) de pe-quenas dimensões mas o suficiente para os meus resíduos.

É pena que as entidades compe-

tentes e os media não divulguem a possibilidade de se poder fazer compostagem em casa e o correc-to processo para que tenhamos um bom composto. Há alguns anos que fazem várias campanhas de varia-díssimas reciclagens e nunca ouvi nem vi nada sobre compostagem. Por vezes, basta uma simples sín-tese informativa para que se criem novos hábitos em Portugal. As campanhas em Portugal já deram provas de que funcionam e muito bem, estou a lembrar-me há mui-

tos anos atrás da campanha para a reutilização do vidro (a grande campanha dos Vidrões), campanha dos óleos queimados, o apareci-mento dos ecopontos (já existem cerca de 30.000 ecopontos em Portugal), depois apareceram os pilhões, campanhas de recolha de Resíduos Eléctricos e Electrónicos fora de uso e avariados, o abate de automóveis muito antigos, a gran-de campanha “O TAMPINHAS”, a reciclagem das rolhas de cortiça (que na minha opinião foi pouco divulgada), e porque não fazerem também uma grande campanha de sensibilização para realização de Compostagem Doméstica?!

Acho que a iniciativa do CNO Martins Sarmento ao promover este colóquio aberto a toda a comunida-de educativa e local foi muito posi-tiva, uma vez que ajudou a divulgar mais este processo e como deve ser feito da forma mais correcta.”

Luís Miguel Abreu, GR10/SEC/09

há males que vêm por bem…

CNO

Chamo-me Maria José. Nasci no dia 14 de Agosto de 1977, em Guimarães.

Inscrevi-me no Processo de RVCC (Reconhecimento, Validação e Certifi-cação de Competên-

cias) por influência dos muitos professores que, felizmente, frequentam o meu café. Tenho alguns tempos “mortos”e tenho a oportunidade de de-senvolver a minha história de vida nessas alturas. A minha preferência seria ingressar no curso de Educação e Formação de Adultos (EFA), mas como ocupa mais horas e o horário do café não o permite, optei por esta via.

Aproveitei a oportunidade, pois consigo conci-liar o café e a escola. Um dia que trespasse o café, já poderei realizar um sonho adiado, que é fre-quentar uma universidade e tirar uma licenciatura.

Escolhi este Centro Novas Oportunidades (CNO) porque se situa na escola que eu frequen-

tei e da qual guardo óptimas recordações; também porque fica próxima do meu local de trabalho, o que facilita a minha deslocação. Contudo, com esta inscrição no Centro, gerou-se um conflito familiar.

Eu era da opinião de que deveria aproveitar a oportunidade, visto que, apesar de ocupar al-gumas horas do meu dia, não é um horário para sempre. Por outro lado, o meu marido achava que iria retirar o pouco tempo que tenho para a fa-mília, a hora do jantar, o único horário disponível para o convívio familiar, altura em que podemos estar juntos, conversar...

Visto que o CNO funciona à noite, ele tinha re-ceio de que aqueles momentos passados em fa-mília acabassem. No entanto, como somos uma família em que se dá muita importância ao diálo-go e à compreensão, conversámos sobre o que de bom o CNO me iria trazer. Eu achava que estava na altura de voltar aos livros, pois, com o meu fi-lho a estudar, dedicava muito tempo a ajudá-lo e voltei a ter gosto em estudar.

Resolvemos tentar, vendo o lado prático de concluiro 12º ano, o que poderia vir a ser uma

mais-valia, uma vez que não pretendemos “ficar” toda a vida com o café.

Resolvi, assim, inscrever-me aceitando a suges-tão do meu marido de encerrarmos o café ao do-mingo. Era uma decisão pensada há muito tem-po, mas sempre adiada; com a minha inscrição, decidimos que era a altura certa.

Hoje, passados vários meses, não me arre-pendo nada da atitude que tomei, porque acho que me valorizou bastante. Apesar de ter dias em que me sinto mais cansada, porque tenho muito trabalho no café, e ainda o da escola, também é muito positivo o facto de estar mais atenta aos problemas da sociedade que anteriormente me passavam mais despercebidos. Hoje em dia tenho mais capacidades de reflectir sobre os mais diver-sos temas.

Conheci técnicos e formadoras que são óptimas pessoas e dão muito delas para que juntos possa-mos concluir com sucesso esta oportunidade.

Estamos todos de parabéns e obrigada por tudo!

Maria José Mendes Ribeiro - Nível Secundário

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30Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão

dia internacional da mulher

clube química e culinária

Como se fazem amizades?Sabemos que o azeite e a água não se misturam, mas se em vez de água se usar uma gema (50% H2O) e um pouco de vinagre (98%H2O) e mexermos energica-mente a mistura, tudo se resolve.

Como foi criada então esta ami-zade?

Resposta:Boa, Filipa Martins (10º CT4)! Acertaste parcialmente na resposta…Sabemos bem que o azeite e a água “não se dão mesmo”. Tal deve-se à diferença de densidades. De uma maneira simplificada, podemos dizer que há substâncias que gostam da água e outras não. Esta “atitu-de” está relacionada com a forma como as moléculas têm a carga eléctrica distribu-ída: polar dissolve polar e apolar dissolve apolar.

Universo ESMS

A emancipação da mulher foi um enorme passo na sociedade ma-chista que existia até ao século XX. Mas será que foi feita da maneira correcta? Será que era mesmo ne-cessário às mulheres portarem-se como homens para merecerem a mesma oportunidade de direitos?

Porque foi isso que aconteceu. A emancipação da mulher foi a transformação da mulher numa có-pia do homem, para que as mulhe-res tivessem direito ao respeito, à igualdade e, acima de tudo, à liber-dade de escolha. Tudo isto lhes foi negado desde o início dos tempos e ainda o é em muitos países.

Não digamos que hoje não existe discriminação da mulher, pois não é verdade, e todos os dias vemos isso no nosso próprio país. As mulheres são as maiores vítimas da socieda-de simplesmente porque, a grande maioria, não tem medo de mostrar emoções, de abrir o coração.

Na moda, as mulheres sofrem atrocidades porque querem atingir um ideal de beleza impossível de atingir. Deixam de comer, perdem a capacidade de terem filhos (já que a Natureza coloca primeiro a pró-pria sobrevivência e depois a repro-dução), criam distúrbios alimenta-res e mentais que podem levá-las

até mesmo à morte, e tudo porque a sociedade do século XXI acha que o ideal de beleza feminina é uma mulher sem curvas, deturpando a própria anatomia da mulher.

Nos negócios, as mulheres que mostram compaixão para com os funcionários, ou que querem cons-tituir família, são postas de parte ou em posições inferiores àquelas que as suas capacidades exigiriam, porque o dinheiro é mais importan-te que a própria dignidade humana, que os direitos humanos.

A nossa sociedade continua re-trógrada e discriminatória em re-lação ao estatuto da mulher. Exis-tem mais mulheres pobres do que homens. Existem mais mulheres analfabetas que homens. Existem mais mulheres desempregadas do que homens. Há menos mulheres a participar social e politicamente do que homens. Há mais mulheres a sofrer violência que homens.

A nossa História mostra isso mesmo: há inúmeros relatos de maus-tratos de homens contra mu-lheres, mas não há conhecimento histórico do contrário.

Ainda nos dias de hoje as mu-lheres são vítimas de violência do-méstica, mutilação genital, crimes de honra… e tudo para manter o

controlo e o poder masculino na sociedade.

Em Portugal, no 1º semestre de 2008, registaram-se 7788 casos de violência doméstica contra mu-lheres.

Porque a luta pelos direitos das mulheres, não os mesmos direitos dos homens, mas os direitos de se-res humanos diferentes, ainda não acabou, continuemos a celebrar o dia internacional da mulher. Va-mos honrar todas as mulheres que morreram por serem quem eram, por pensarem por elas próprias e por querem, apenas, ser mulheres. Porque ser mulher é ser forte, é ter compaixão, é apoiar, é ser mãe, é ser esposa, é ser tudo o que quise-rem ser, sendo elas mesmas.

Tenham um caso de amor com vocês mesmas e percebam que são seres humanos extraordinários.

Sejam felizes por serem mulhe-res!

Ana Rita Salgado, 11º CT3

Existem mais mulheres pobres do que homens. Existem mais mulheres analfabetas que homens. Existem mais mulheres desempregadas do que homens. Há menos mulheres a participar social e politicamente do que homens (...)

Sofia Escobar

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O Pregão Abril - Junho de 2010

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O nascimento do Minigolfe no mundo do desporto surgiu como necessidade de expandir o Golfe a mais pessoas, reduzindo custos e despesas aos seus praticantes.

Nos anos 50, este desporto sur-giu na vertente “Miniature”, com-posto por um conjunto de 24 pistas standard, das quais se escolhiam 18 para compor um circuito. Des-de então, este desporto teve a sua grande ascensão em quase todo o Mundo, e, surgindo campos em toda a Europa Central, levaram à constituição da Federação Mundial da modalidade, a WMF.

Actualmente, a modalidade já está espalhada um pouco por todo o mundo, é praticada quer na Ásia, quer na América do Norte. No pla-no competitivo internacional, são realizados anualmente torneios a nível Europeu e Mundial para todas as categorias.

Relativamente ao nosso país, o Minigolfe é uma modalidade consi-derada por muitos como recreativa, amadora, embora outros a conside-rem de competição elitista. Longe disso! Não sendo uma modalidade muito conhecida a nível nacional, pode todavia ser praticada por

qualquer cidadão e ser encarada como actividade de lazer, ou de competição.

A modalidade de minigolfe surge em 1968 por acção do Sr. Fonseca e Castro, Presidente do Clube Turís-tico e Desportivo de Vizela, e pelo Sr. Pedro Gomes, Fundador e Pre-sidente da Lusogolfe (1ª empresa de campos e material de minigolfe).

O 1º campo de minigolfe foi construído no Campo de tiro de Vizela, actualmente conhecido por Park Club, campo que existe até à actualidade. Neste, foi realizado em 1970 o 1º Campeonato Nacional (CN). Em 1971 realizou-se o 1º Campeonato Europeu de Minigolfe em Portugal nos campos de Vizela e Foz do Douro (Porto). Em vir-tude de nessa época ainda não ter sido constituída a Federação, foram conferidos poderes federativos ao Clube Turístico e Desportivo de Vi-zela para a realização desse evento.

Posteriormente, em 1977, foi fundada a Federação Portuguesa de Minigolfe, à qual foi atribuído o estatuto de “utilidade pública desportiva”. É uma associação de direito privado, sem fins lucrativos, constituída para a organização e de-

senvolvimento da modalidade.Só a partir de 1974 começou a

participação de Juniores nos cam-peonatos europeus. Tal participa-ção estava disponível apenas para as categorias de Homens e Senho-ras. Esse Campeonato aberto às três categorias realizou-se em Ar-nheim na Holanda.

Actualmente, existem cerca de

1000 atletas inscritos na Federa-ção Portuguesa de Minigolfe. Ainda assim, existe uma grande discre-pância a nível de praticantes, em comparação com outros países.

Por outro lado, a maioria dos pra-ticantes da modalidade no nosso país é constituída por pessoas com idades superiores a 30 anos, o que demonstra uma pequena adesão por parte dos jovens de hoje. Neste momento está a começar a haver uma maior adesão de jovens à mo-dalidade, tornando-a mais conheci-da e divulgada.

Existem em Portugal cerca de 60 campos para a prática de Minigolfe, embora nem todos estejam homo-logados para a prática da modali-dade. Esta homologação é feita por um júri, devidamente qualificado para o efeito, que trabalha em par-ceria com a Federação Portuguesa de Minigolfe.

Nos dias de hoje, e com a evolu-ção do número de praticantes da modalidade, tornou-se necessário abrir cursos para os cargos de Trei-nador, árbitros e júri, de forma a profissionalizar a modalidade.

Amara Silva, 10ºCT4

curiosidades tecnológicas

mimio interactive - vêm aí as aulas do futuro

história do minigolfe

Universo ESMS

A forma mais simples e económi-ca de transformar um quadro bran-co em interactivo.

Chama-se Mimio Interactive e é um conjunto de apontador, cabo USB e uma pequena barra para co-locar num quadro branco, tornando--o interactivo. O objectivo é que o professor possa fazer toda a apre-sentação sem ter que voltar ao com-putador. Basta instalar o software e ligar o computador a um projector. A partir daqui, todos os comandos podem ser dados directamente no quadro com o apontador que está ligado, sem fios, à barra. Este apon-tador substitui o rato, e a barra re-cebe e transmite o sinal. O Mimio Studi instalado traz diversas ferra-

mentas, como gravador de áudio, desenho, mapas, diagramas, etc. As diferentes disciplinas dividem-se em quatro categorias: imagens, templa-tes, multimédia e aulas. Podemos enriquecer qualquer uma dessas

categorias, importando criações nossas. Para tornar as aulas ainda mais interessantes é possível incluir ficheiros de vídeo, áudio ou Flash em diversos formatos também. No final da aula pode-se guardar o que

tiver sido feito em formato HTML, de imagem (JPEG, BMP, TIFF ou PNG) ou em PDF.

O Mimio Interactive tem como grande vantagem ser uma solução portátil, o que quer dizer que pode ser usado numa sala de aula e na hora seguinte ser usado noutra, pois a instalação demora menos de 5 mi-nutos.

Estamos a assistir ao início de uma nova forma de dar aulas. Este dispositivo pode ajudar a atrair o interesse dos alunos e melhorar os níveis de aproveitamento escolar.

Adaptado de “Exame Informática”,

Março de 2010, nº 177, Ano 14.

Grupo de Informática

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32Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão

Marilyn Manson“Vivemos numa sociedade de vitimização, onde as pessoas se

sentem bem mais à vontade sendo vitimizadas do que erguendo-se sozinhas”

Brian Hugh Warner, nasce a 5 de Janeiro de 1969, Ohio. Violado em criança, maltratado pelo avô e insultado pelo pai, Brian não teve uma infância feliz. Tinha dois amigos: o seu primo Chad e a sua cadela.

Estudou num colégio cristão onde era praticamente tudo proibido e onde segundo Brian: “Os meus professores explicavam as coisas não como se fossem opiniões abertas para outros tipos de interpretação, mas sim como irrefutáveis factos ordenados pela Bíblia”.

Começa a interessar-se por satanismo, música mais barulhenta e pela escrita de poemas. Por decisão dos pais, muda-se para a Flóri-da. Foi aí que Brian decide renascer para o bem ou mal. Forma-se em Jornalismo, trabalhando num jornal local, escrevendo artigos sobre músicos. Começa aí o seu grande interesse pela música, decidindo-se assim, em 1989, a formar a sua primeira banda: “Marilyn Manson & Spooky Kids”. Mais tarde, muda o nome para Marilyn Manson.

Apesar de toda a sua infância e adolescência infeliz, Marilyn Man-son continua determinado, não se rebaixando com as criticas destru-tivas. Aposta em mostrar o que é o ser humano de hoje: superficial.

Segundo Marilyn Manson: “As pessoas não gostam de mim pela mi-nha música, mas sim pela minha maneira de ser”.

Ana Luísa Gonçalves, 10ºCT4

Nome: Brian Hugh WarnerData de Nascimento: 5/1/1969Viveu : Ohio e FloridaEstudou: Heritage Christian SchoolTipo de Música: metal: industrial e alternativo, rock: industrial e alternativo, doom metalReligião: satânicaDiscografia: Portrait of an American Family (1994), Smells Like Children (1995), Antichrist Superstar (1996), Remix and Repent (1997), Mechanical Animas (1998), The Last Tour on Earth (1999), Holy Wood in the Shadow of the Valley of Death (2000), The Golden Age of Grotesque (2003), Lest We Forget (2004), Eat Me Drink Me (2007), The High End of Low (2009).Características: Possui um olho de vidro e pratica yoga desde pequeno.

Individualidades

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O Pregão Abril - Junho de 2010

www.esmsarmento.pt

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34Escola Secundária Martins Sarmento O PregãoSOLUÇÕES DAS PALAVRAS CRUZADAS N.º 1RECADO; TRAMAS; AROMAS; AURORA; AT; TU; P; ARAM; DOSE; R; LA; AIO; ECO; MU; ALA; ANOSO; DOM; NADA; O; C; MURO; OPERAM; OPERAR; ARARA; BELAS; C; IMAN; RIOS; Z; AC; ARI; ITA; CE; ION; AA; RO; CAL; AMOR; C; E; GALO; REVITALIZADOS; ARO; ARA.Universo ESMS

matemática

desafio 1

regresso às origens

sabias que…

desafio 2Três amigos: o João, o Manuel e o Francisco, costumam ir sempre ao mesmo restaurante para

almoçar. Hoje, não foi diferente. Como habitual, a conta foi de 30 euros. O gerente, que já perce-beu que eles almoçam todos os dias no seu estabelecimento, pediu ao empregado para devolver 5 euros para que os três dividissem entre si como desconto. O empregado, sabendo que 5 não é divisível por 3, decidiu pôr 2 euros no próprio bolso e devolveu 1 euro a cada cliente. Sabendo que cada um dos três pagou no fim 9 euros e que o empregado ficou com 2 euros para ele, explique onde foi parar o outro euro.

(9X3+2=29 euros)

Resposta: No problema acima o euro nunca desapareceu, simplesmente fomos levados a somar 27 com 2 e isso não é possível. O 2 faz

parte do desconto e não do que efectivamente, no final, foi pago. De facto,30-3-2=27-2=25=30-5.

Ana Costa, Carlos Ferreira, Joana Almeida, José Castro, Marcello Iliescu, Mariana Machado: 12 CT3

Existe uma raiz comum, um forte elo, entre os

significados das palavras jornal, jornada, jorna-

leiro, telejornal, diurno, dia, diário, hodierno

e muitas outras dessa família?

A razão dessa ligação está na sua etimologia

(origem das palavras) que é comum. E a fonte, ou

palavra mãe, é a palavra “dies, diei”, em latim

uma palavra do género feminino, quando significa

dia, e masculino, ao significar data, prazo. Pois, por

incrível que pareça, a língua, um mecanismo vivo,

evolui de tal forma que, por vezes, parece magia

um étimo originar vocábulos tão distintos como

os que citámos em cima. É esperado que de dies

surja a palavra dia e dela derivem diário, diarístico

ou diurno. Mais curioso, porém, é encontrarmos a

palavra jornal, jornaleiro ou jornada. A razão dessa

tão distante aparência nasce do étimo diurnus (ad-

jectivo) que significa “relativo ao dia”. A evolução

fonética foi grande, visto que a sílaba di- transfor-

mou-se em –j (fenómeno fonético cientificamente

chamado palatalização), é apenas um dos múltiplos

fenómenos de evolução da língua, e inscreve-se

como tal em mecanismos mais amplos, e intrigan-

tes, de adaptação da língua a novas circunstâncias,

à semelhança dos fenómenos de “crescimento/en-

velhecimento” que afectam de algum modo todos

os seres vivos (já dizia Lavoisier que, “na natureza,

nada se perde, nada se cria, tudo se transforma”) .

Enquanto que de diurnum (o caso etimológico

do português é o acusativo) para diurno não houve

senão a apócope (queda final) do -m, que configu-

ra um tipo de evolução por via erudita, a divergente

jorna, criada por evolução popular, altera de forma

mais profunda o termo latino, uma vez que além

da apócope, manifesta a palatalização do grupo –di

(di->j) e a abertura da vocalização velar (u>o).

Penso que é mais fácil agora entender a passa-

gem de diurnus para diurno e a sua relação com o

jornal (compilação de textos sobre acontecimentos

do dia) ou jornada (algo que tem a duração de um

dia) ou jornaleiro (aquele trabalhador que recebe o

pagamento do seu trabalho ao dia – e não aquele

que vende jornais!). Entende-se também assim que

no francês exista a palavra jour, journée e em espa-

nhol, por exemplo, dia, e em inglês (ainda que não

seja uma língua novilatina!) day, holiday, Sunday,

maonday, e journal, entre tantas outras. Sem que-

rer maçar-vos, queridos leitores, espero que vejam

que o latim, apesar de não ser uma língua hodierna

(hodiernus, moderna, dos dias de hoje) não pode

deixar de estar presente nas nossas ideias, nas nos-

sas palavras, nos nossos textos e nosso jornal.

Fiquem bem, hodie!

Prof. G. Manuela Machado

Sabia que pode utilizar os dedos para reali-zar multiplicações entre números de 6 a 10? Para isso, é necessário identificar os dedos da seguinte forma:

Por exemplo, para calcular 8x9, encosta-se o dedo equivalente ao 8 no dedo equivalente ao 9 na outra mão, como mostra a figura abaixo.

anagramaLeia e descodifique a mensagem abaixo:

35T3 P3QU3N0 T3XTO 53RV3 4P3N45 P4R4 M05TR4R COMO 4 NO554 C4B3Ç4 CONS3GU3 F4Z3R CO1545 1MPR3551ON4ANT35! R3P4R3 N155O! NO COM3ÇO 35T4V4 M310 COMPL1C4DO, M45 N3ST4 L1NH4 4 SU4 M3NT3 V41 D3C1FR4NDO O CÓD1GO QU453 4UTOM4T1C4M3NT3, S3M PR3C1S4R D3 P3N54R MU1TO, C3RTO? D3V3 F1C4R MUIT0 ORGULHO5O D155O! 4 SU4 C4P4C1D4D3 M3R3C3!

 

 

 

Elodie, Emanuel, João Baptista, José Pedro Martins,

Pedro Nogueira, Regina, Sara

12.º CT3

O resultado será um número de dois dígitos, onde o dígito das dezenas será igual à soma dos dedos que estiverem abaixo (incluindo os que estão em contacto), e o dígito das unidades será igual à multiplicação dos dedos que estiverem acima. A figura a seguir ilustra a multiplicação.

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O Pregão Abril - Junho de 2010

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Foto Colabora na próxima edição. Faz o teu comentário!

Sarau - Jornadas Culturais, Junho de 2010

Fenomenal! Há coisas que nunca se repetirão, o Sarau é uma delas. A recordar.

Bruno Fernandes, facebook da escola, 17 de Junho de 2010

Fico feliz por saber que o Liceu está a evoluir, no meu tempo nao era nada disto :)... Parabéns a todos os que participaram :D

Vânia Machado, facebook da escola, 13 de Junho de 2010

Foi uma festa “MUITO FIXE”!Ana Elisa Faria, facebook da escola, 25 de Junho de 2010

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02www.esmsarmento.pt

António Costa - [email protected]

Soluções na pág. 34

Jornal ‘O Pregão’ online em http://issuu.com/o pregao

Se pretendes ver publicado o teu artigo ou trabalho no jornal da escola, envia o material para o email:[email protected]

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Palavras Cruzadas 2

Sítios e Blogs

Cartoon matemático

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S A R M E N T O

http://www.lastfm.com/A Last.fm recomenda músicas, vídeos e shows com base no que ouve.

H 1 Participação verbal; fio grosso e dobrado com que se fazem colchas e outras obras (pl.).

2 Princípio odorífero das flores (pl.); madrugada.3 Ástato (s.q.); pronome pessoal que designa a 2ª

pessoa do singular.4 Ferem; porção de medicamento que se deve

tomar de cada vez.5 Nota musical; escudeiro; imitação ou repetição

de palavras ou actos; o mesmo que muão.6 Fileira; com muitos anos; título honorífico que

em Portugal se dava aos membros da família real e da antiga nobreza e a certas categorias religiosas.

7 O que não existe; obra (geralmente de alvenaria) que separa terrenos contíguos ou que forma cerca.

8 Trabalham; colocar em funcionamento máquina, aparelho ou dispositivo.

9 Variedade de amaranto; que satisfazem cabal-mente os nossos desejos ou prazeres.

10 Óxido natural de ferro que atrai o ferro e alguns metais; cursos de água natural.

11 Actínio (s.q.); nome masculino; rochedo; Cério (s.q.).

12 O mesmo que ião; “Autores”; letra grega; nome vulgar do óxido de cálcio.

13 Motivo de afeição; género de aves galináceas, de crista carnuda e asas curtas e largas.

14 Revivificados.15 Argola; pedra de altar.

V 1 Rádio (s.q.); superfície lisa que pode ser definida por três pontos, um ponto e um recta, ou duas rectas (Geometria); pintara de branco.

2 Época histórica; oculta; tirar proveito.3 Distância de um ponto ao Plano Horizontal de

Projecção (Geometria); liguei-me; que ainda não serviu ou serviu pouco.

4 Amerício (s.q.); Rádio (s.q.); cerca de arame.5 Concede; dama de companhia; sulcara.6 Aqueles; que ou aquela que padece de mono-

mania.8 Tântalo (s.q.); chegarei a conhecer.9 Ruténio (s.q.); vazio; parte anterior do corpo,

entre o pescoço e o estômago, que contém os pulmões e o coração.

10 Aparência; isolado; qualquer melão de casca esbranquiçada, listrada de escuro; Gálio (s.q.).

11 Epígrafe; que não se deixam comover facil-mente; qualquer de entre dois ou mais.

12 Sapo do amazonas; resides; sensação produzida por temperatura elevada ou por agitação do corpo.

13 Apelido; ruído surdo e confuso; cuidadosa.

Post it

“O insucesso é apenas uma opor-tunidade para recomeçar de novo

com mais inteligência.” Henry Ford